Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
8
Precisamos adivinhar aque impulsos obscuros, aque necessi
dades de nosso ser, aque idiossincrasia de nosso espírito obe
dece ou responde aquilo que consideramos como verdade.
Em uma palavra, saber pensar significa, indissociavelmente,
saber pensar o seu próprio pensamento.
Precisamos pensar-nos ao pensar, conhecer-nos ao conhecer.
Eessa existência reflexiva fundamental, que nåo é só a do filó
sofo profissional e nao deve estender-se apenas ao homem de
ciência, Imas deve ser ade cada ume de todos (MORIN, E.
Para sair do século XX. Rio de Janeiro, 1987,p. Il).
7. As liçòes que seguem,indicadas no sumário, n£o são apenas pa
lavras, ideias,cmoçòes, objetos de saber,são primordialmente modos
humanos de existir e,consequentemente, sào exercicios práticos de fi
losofia. Na arte de pensá-los corretamente, recordamos a sabedoria, a
inquietação congênita ao nOsso ser, como na arte de habitar a casa re
cordamos a inquictaçào origináriade nosso impulso de moradia. E o
pouco que conseguimos nos deixa recompensados e felizes.
Mas otempo daverdadeira atividade filosofica, daverdadeira
atividade artística, sào os momentos em que cu, com entendi
mentocsentidos, leio dentro do mundo de modo puramente
objetivo; estes momentos nào såo intencionais, nào såo vo
luntários, cles såo a mim dados, a mim particularmente, såo o
que me laz ilósofo; neles concebo a essência do mundo, sem
simultaneamente saber que aconcebo. Seu resultado sera, tre
quentemente, só muito tempo depois, demodo fraco,extrat
doda lenmbrança, repetindo-se em conceitos e assim fixado de
modo duradouro (SCHOPENHAUER, A., apud MAlA, Muriel.
A outra face do Nada. Petropolis, 1991, p. 38).