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Saúde

Medicamento para artrite


poderá ser usado no
tratamento de alopecia
A droga baricitinib reduziu a queda de
cabelo em um terço dos pacientes em
estudo clínico. Entenda a doença que
afeta a atriz Jada Smith.
Por Maria Clara Rossini
29 mar 2022, 14h38

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Poucas pessoas lembram quem ganhou o


Oscar de Melhor Filme em 2022. Mas
ninguém vai esquecer a grande treta da
noite de cerimônia: Will Smith foi até o
palco e deu um tapa em Chris Rock após o
apresentador fazer uma piada com sua
esposa, Jada Pinkett Smith. A brincadeira
era sobre a perda de cabelo da atriz,
consequência de uma doença chamada
alopecia.

A alopecia areata, um dos tipos da doença,


ocorre quando o sistema imune começa a
atacar os folículos capilares, causando uma
queda excessiva de pelos. A doença pode
afetar qualquer região do corpo, mas é
mais comum que ocorra no couro
cabeludo. A alopecia pode ter origem
genética ou ser causada por problemas na
tireoide, estresse, traumas na região,
infecções, entre outras razões.

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O mecanismo da alopecia areata não é tão


diferente da artrite. Nesse último caso, o
sistema imune ataca, erroneamente, os
tecidos das articulações. Uma nova
pesquisa conduzida pela Universidade de
Yale mostra que o tratamento dessas
doenças também pode ser semelhante. Em
um estudo clínico de fase três, a droga
baricitinib (comumente usada no
tratamento de artrite) mostrou bons
resultados em um terço dos pacientes com
alopecia areata.

O estudo analisou 1.200 pacientes que


sofrem desse tipo da doença. Eles foram
divididos em três grupos: um recebeu 2
miligramas de baricitinib, outro recebeu
uma dose de 4 miligramas, e o último
grupo recebeu um placebo. O tratamento
foi feito ao longo de 36 semanas. A dose de
4 miligramas foi a que mostrou os
melhores resultados.

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Veja algumas fotos de antes e depois do


tratamento.

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– Yale/Divulgação

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Os pesquisadores analisaram a eficácia


usando uma escala que vai de 0 (sem
queda de cabelo) a 100 (perda de cabelo
completa). No início do estudo, todos os
participantes tinham uma nota de no
mínimo 50. Ao final do tratamento, 35%
dos pacientes que tomaram 4 miligramas
apresentaram uma nota de 20 ou menos.

No grupo que tomou 2 miligramas, 20%


dos participantes terminaram o período de
teste com uma nota de 20 ou menos. No
estudo, a equipe escreve que uma nota
abaixo de 20 é considerada um resultado
de tratamento significativo para pacientes
com alopecia areata severa.

Alguns pacientes também reportaram


efeitos colaterais, como acne, infecção no
trato respiratório, dor de cabeça e níveis de
colesterol elevados. Além disso, o
mecanismo de ação da droga envolve
“atrapalhar” o sistema imune, o que pode
prejudicar o combate a outras ameaças.
Pacientes com artrite que já fazem uso do
medicamento podem estar mais
vulneráveis a infecções.

O que o baricitinib faz é inibir uma


proteína chamada Janus kinase, ou JAKs.
Essas enzimas estão envolvidas em
diversas áreas, inclusive o sistema imune.
Os medicamentos inibidores, como o
baricitinib, conseguem diminuir a resposta
imunológica em alguns pacientes,
permitindo que os folículos capilares
voltem a crescer.

O possível novo tratamento não é uma bala


de prata, mas mostrou resultados
animadores em parte dos pacientes. Mais
pesquisas são necessárias para avaliar a
segurança e eficácia a longo prazo.

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