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POR QUE CINEMAS EM REDE?

Não é novidade para ninguém que o cinema foi inventado em 1895 pelos irmãos
Auguste e Louis Lumière, apesar das controvérsias de que foram vários os inventores
por sempre buscarem as imagens em movimento antes mesmo desse ano. Fato é que,
desde então, o cinema vem se expandindo ao longo das décadas de forma muito rápida e
vem se consolidando em outras linguagens também. Tenho certeza que no seu dia a dia
você se encontra repleto de imagens e sons o tempo todo a sua volta, seja no celular, na
televisão ou no computador.
A sétima arte, como um grande veículo de comunicação de massas, demonstrou
inúmeras vezes na história mundial o seu potencial como artefato sociocultural, difusor
de ideologias e influenciador do comportamento de milhões de pessoas ao redor do
mundo. E convenhamos, quem nunca se identificou com um personagem de um filme
ou com o próprio filme? Quem nunca saiu da sala de cinema com a cabeça explodindo
de informações e discutindo as cenas com amigos e familiares? Quem nunca ficou
reflexivo durante dias ou semanas acerca de um filme que assistiu?
Essas perguntas me fazem refletir sobre a importância do cinema em nossas
vidas, que pode ser como entretenimento, mas também como função social. Nesse
campo, entramos em um amplo debate sobre a questão do cinema comercial versus o
cinema de arte, o que nos leva a pensar sobre a importância dos diversos cinemas
existentes na face da Terra. Há quem prefira o cinema norte-americano (diga-se
hollywoodiano) e há quem prefira o cinema europeu ou o cinema brasileiro. Ou você
pode simplesmente gostar de todos.
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Mas a reflexão que eu proponho é: você conhece o cinema islâmico? Indiano?
Grego? Africano? Chinês? Coreano? Já ouviu falar no cinema indígena brasileiro? No
cinema amazonense? Pois é, existem muitos cinemas no mundo inteiro sendo realizados
todos os dias, cada um com suas características próprias e evoluindo com o passar do
tempo. Geralmente, esses cinemas ficam apagados e quase ninguém sabe das suas
existências, por isso a necessidade de conhecer e compreender as artes cinematográficas
de outras culturas.
São tantos cinemas que nós poderíamos pensá-los como uma rede. Imagina uma
grande rede repleta de filmes de várias partes do mundo, um entrelaçado no outro, como
se fizessem parte de um único contexto: imagens em movimento diversas que possuem
suas singularidades próprias, mas que se entrecruzam e conversam. Essa é a proposta
dessa coluna denominada “Cinemas em Rede”, no plural mesmo para que possamos
pensar o cinema e o audiovisual em suas múltiplas facetas em nosso próprio país, mas
também em outras culturas. Os temas abordados serão escritos por este que vos fala e
meu objetivo é democratizar o acesso ao conhecimento a todos aqueles que tiverem
interesse na sétima arte.
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Valorizar os diversos cinemas se faz necessário na atualidade, principalmente o
que é produzido no Brasil, desde curtas, médias e longas-metragens. Precisamos mais
do que nunca descentralizar o contexto hegemônico dos filmes comerciais para que
possamos ampliar os diversos cinemas em nossos grupos sociais e, assim, obter mais
senso crítico enquanto espectadores, cinéfilos e estudiosos de cinema. Vem comigo que
daqui pra frente eu te apresento os CINEMAS EM REDE.

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