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12º Encontro de Químicos da Amazônia

A Prevenção de Acidentes
Ambientais no Transporte de Cargas
Químicas.

BELÉM, AGOSTO DE 2011.


Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
INTRODUÇÃO

• Século XX – Diversos acidentes industriais envolvendo a


armazenagem, manuseio e transporte de produtos perigosos
• A necessidade de se criar uma regulamentação específica
para o transporte de produtos perigosos, em função dos
riscos desta atividade estarem presentes em todos os
segmentos da sociedade
• Século XXI – Aplicar os modelos de gerenciamento de
segurança, saúde e meio ambiente, visando a melhoria
continua das operações e condições de trabalho,
contribuindo para minimizar os impactos ambientais e
melhorar a qualidade de vida da sociedade
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
Transporte perigoso
e transporte de
produtos perigosos.
Existe diferença ?

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Transporte perigoso

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PRODUTO PERIGOSO ?

RISCO

SEGURANÇA SER MEIO


PÚBLICA HUMANO AMBIENTE

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TRANSPORTE DE PRODUTO PERIGOSO

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DEFINIÇÃO

Substâncias encontradas na natureza ou produzidas


por qualquer processo que possuam propriedades
físico-químicas, biológicas ou radioativas que
coloquem em risco a saúde, a segurança pública e ao
meio ambiente

Considera-se produto perigoso aquele classificado e


definido pela Resolução ANTT 420/2004

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Propriedades Físico-químicas

Temperatura Inflamabilidade
Pressão Potencial de Oxidação
Toxicidade Explosividade
Corrosividade Reação Espontânea

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Histórico – Acidentes no exterior
• Oppau/Alemanha – 1921: explosão 4.000 ton de nitrato de
amônio – 561 mortes
• Mississauga/ Canadá: acidente com cloro e butano – 200.000
pessoas evacuadas
• Ixhuatepec/ México: explosão GLP em refinaria – 452 mortos,
4300 feridos e 300.000 pessoas evacuadas
• Chernobyl/ Rússia: vazamento de material radioativo em
reator nuclear – 31 mortos, 500 feridos e 410.000 pessoas
evacuadas
• Bhopal/ Índia: vazamento de metilisocianato – 4000 mortos,
10.000 feridos e 300.000 pessoas evacuadas
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Histórico – Acidentes no Brasil

• Rio de janeiro/ Pó da China : transbordo de


pentaclorofenato de sódio – 3 mortos
• Pojuca/ Bahia : vazamento de trem com gasolina e
álcool – 100 mortos
• Cubatão/ São Paulo : vazamento de duto da Petrobrás
– 500 mortos
• Osasco/ São Paulo : vazamento de GLP no shopping –
40 mortos

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Legislação Nacional

Constituição da República Federativa do Brasil


Cap. VI – Art. 225
“Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações”

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Legislação Nacional

Lei Federal nº 6.938/81


Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente
Decreto-Lei nº 2.063/83
Dispõe sobre multas a serem aplicadas por infrações à
regulamentação para a execução do serviço de transporte rodoviário de
produtos perigosos
Decreto Federal nº 96.044/88
Aprova o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos
Perigosos
Resolução ANTT nº 420/2004
Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
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Rotas Principais
Panorama
do fluxo no
transporte
de
Produtos
Perigosos

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Rotas Principais

Amônia

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Rotas Principais
Ácido
Clorídrico

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Rotas Principais
Ácido
Sulfúrico

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Rotas Principais
Cloro

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Rotas Principais
Formol

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Rotas Principais
Soda
Cáustica

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Rotas Principais
Hipoclorito
de Sódio

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Falta incluir nos mapas
• Nos mapas não foram incluídos os
líquidos e gases inflamáveis e nem os
resíduos perigosos, que constituem o
maior número de veículos em uso para
transporte de produtos perigosos e
presentes em todo o território nacional.

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Decreto 96044/88
Dos Veículos e dos Equipamentos
• Devem garantir a segurança compatível com os riscos
transportados
• Durante as operações de carga, transporte, descarga,
transbordo, limpeza e descontaminação, os veículos e
equipamentos utilizados deverão portar os rótulos de risco e
painéis de segurança
• Os veículos deverão portar o conjunto de equipamentos para
situações de emergência indicado em norma e tacógrafo
• Todos os veículos e equipamentos (tanques) destinado ao
transporte a granel devem possuir o Certificado de Capacitação
fornecido pelo INMETRO
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Decreto 96044/88
Do Carga e seu Acondicionamento
• O produto fracionado deverá ser acondicionado de forma a
suportar os riscos de carregamento, transporte, descarregamento
e transbordo. O Expedidor ou Importador é o responsável pelo
acondicionamento dos produtos perigosos nos veículos
• No transporte fracionado, também as embalagens externas
deverão estar rotuladas, etiquetadas e marcadas de acordo com a
classificação e o tipo de risco
• É proibido o transporte no mesmo veículo com outro tipo de
mercadoria ou com outro produto perigoso, salvo se houver
compatibilidade (decreto nº 4.097/2002)
• É proibido o transporte juntamente com alimentos,
medicamentos, animais ou objetos de uso humano ou animal,
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salvo se os produtos estiverem em pequenos cofres distintos
TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS
Cofres de carga para transporte de produtos
perigosos

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Decreto 96044/88
Do Itinerário e do Estacionamento

• Evitar o uso de vias em áreas densamente povoadas,


reservatórios de água ou reservas florestais
• Verificar a existência de restrições ao tráfego de veículos
• Estacionamento somente em áreas previamente
determinadas pelas autoridades competentes
• Evitar o estacionamento em zonas residenciais e logradouros
públicos
• Por motivo de emergência, o veículo deverá permanecer
sinalizado e sob vigilância do condutor ou da autoridade local

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Decreto 96044/88
Do Pessoal envolvido no Transporte

• O condutor deverá possuir um certificado de habilitação,


através de um curso de treinamento específico (MOPP)
• O condutor, durante viagem, é o responsável pela guarda,
conservação e bom uso dos equipamentos e acessórios do veículo
• O condutor não participará das operações de carregamento,
descarregamento e transbordo da carga, salvo se devidamente
orientado pelo expedidor/destinatário e com anuência do
transportador
• Todos que participam destas atividades devem utilizar os
equipamentos de proteção individual
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Decreto 96044/88
Da Documentação
a) Documento Fiscal contendo as seguintes informações sobre o
produto perigoso:
• número e nome apropriado para embarque
• classe ou subclasse
• declaração do expedidor de que o produto está adequadamente
acondicionado para suportar os riscos normais de carregamento,
descarregamento e transporte
b) Ficha de Emergência e Envelope para o transporte (NBR 7503)
c) Original do documento que comprove o treinamento específico
atualizado do condutor (carteira do MOPP)
d) Certificado de Capacitação para o transporte a granel, emitido
pelo INMETRO Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
Decreto 96044/88
Dos Procedimentos em caso de Emergência

• Adotar as medidas indicadas na ficha de emergência e no


envelope para o transporte
• Avisar a autoridade de trânsito, detalhando a ocorrência, local,
classes e quantidades dos materiais transportados
• O fabricante, o transportador, o expedidor e o destinatário
darão o apoio no atendimento
• Todo manuseio do produto deve ser realizado com
equipamento de proteção individual e por pessoal qualificado

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Decreto 96044/88
Dos deveres, obrigações e responsabilidades

FABRICANTE E IMPORTADOR
Fornecer ao expedidor
• as informações relativas aos cuidados a serem tomados no
transporte e manuseio do produto, assim como as necessárias ao
preenchimento da Ficha de Emergência
• especificações para o acondicionamento do produto

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Decreto 96044/88
Dos deveres, obrigações e responsabilidades

EXPEDIDOR
• Responsável pelo acondicionamento do produto, adotando
todas as precauções quanto à compatibilidade
• Exigirá do transportador o emprego dos rótulos de risco e
painéis de segurança
• Entregará ao transportador os produtos devidamente
rotulados, etiquetados e marcados, bem assim como os rótulos de
risco e os painéis de segurança

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Decreto 96044/88
Dos deveres, obrigações e responsabilidades

TRANSPORTADOR
• Dar adequada manutenção e utilização aos veículos e equipamentos
• Fazer acompanhar as operações executadas pelo expedidor
• Providenciar e Instruir o uso do conjunto de equipamentos necessários
às situações de emergência (KIT)
• Zelar pela qualificação do pessoal envolvido, proporcionando
treinamentos, exames de saúde e condições de trabalho
• Providenciar a correta utilização dos rótulos de risco e painéis de
segurança

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Decreto 96044/88
Da Fiscalização

• Exame dos documentos de porte obrigatório


• Adequação dos rótulos de risco e painéis de segurança,
bem assim como rótulos e etiquetas das embalagens
• Verificação da existência de vazamento
• Estado de conservação e acondicionamento da carga
• Verificação dos veículos e equipamentos
• Conjunto de equipamentos de emergência (kit)

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Decreto 96044/88
Das Infrações e Penalidades

• As penalidades por infração consistem: MULTA e


CANCELAMENTO do registro
• As multas classificam-se em três grupos, de acordo com sua
gravidade
• Duas ou mais infrações simultâneas: soma-se os valores
correspondentes de cada
• Reincidência:a multa será aplicada em dobro, tendo prazo não
superior a um ano para cálculo de reincidência
• Tanto o transportador quanto o expedidor recebem a multa
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Disposições Gerais

• A documentação, rótulos, etiquetas e outras inscrições


serão válidas e aceitas no idioma oficial dos países de
origem ou destino

• As instruções das Fichas de Emergências serão


redigidas nos idiomas oficiais dos países de origem,
trânsito e destino, no âmbito do Mercosul

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Resolução ANTT n° 420/2004 &
NORMAS TÉCNICAS
CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PERIGOSOS

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Classificação dos produtos perigosos
Classe 1 – EXPLOSIVOS

Classe 2 - GASES, com as seguintes subclasses:


Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis;
Subclasse 2.2 - Gases não-inflamáveis, não-tóxicos;
Subclasse 2.3 - Gases tóxicos.

Classe 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

Classe 4 - Esta classe se subdivide em:


Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis;
Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas a combustão espontânea;
Subclasse 4.3 - Substâncias que, em contato com a água, emitem gases
inflamáveis.
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Classificação dos produtos perigosos

Classe 5 - Esta classe se subdivide em:


Subclasse 5.1 - Substâncias oxidantes;
Subclasse 5.2 - Peróxidos orgânicos.

Classe 6 - Esta classe se subdivide em:


Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas (venenosas);
Subclasse 6.2 - Substâncias infectantes.

Classe 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS

Classe 8 – CORROSIVOS

Classe 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS


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OS PROBLEMAS COM
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
 Número e quantidade cada vez maior de
substâncias utilizadas
 Procedimentos quase sempre incorretos de uso,
armazenamento e disposição de resíduos
 Procedimentos de aquisição descontrolados
 Carência de profissionais com conhecimentos para
equacionar estes problemas
 Falta de cobrança de uma “atuação responsável”
dos administradores das instituições
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Fatores de risco no trabalho

• Físicos
– Ruído, temperaturas extremas, radiações ionizantes e não-
ionizantes, vibração
• Biológicos
– Agentes patogênicos e infectantes
• Químicos
– gases e vapores
• Ergonômicos
– Fatores de stress físico e/ou mental no trabalho

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Risco inerente vs Risco efetivo

• Risco inerente: característico da substância. Está relacionado


com as propriedades químicas e físicas da mesma.

• Risco efetivo: probabilidade de contato com a substância. Está


diretamente relacionado com as condições de trabalho com o
agente de risco.

• Dano: consequência da concretização do risco.

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Danos
• À integridade física (morte ou incapacitação para o
trabalho)
– Acidentes  quedas, incêndio, explosão, etc.
• À saúde do indivíduo exposto
– Efeitos agudos
– Efeitos crônicos
• À saúde e integridade das gerações futuras
(descendentes dos indivíduos expostos)
– Efeitos mutagênicos
– Efeitos teratogênicos
– Efeitos sobre o poder reprodutivo
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Os produtos químicos como fatores
de risco
• As substâncias químicas podem ser agrupadas,
segundo suas características de periculosidade,
em:
asfixiantes tóxicos carcinogênicos
explosivos corrosivos mutagênicos
comburentes irritantes teratogênicos
inflamáveis danosos ao alergênicos
meio ambiente
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Asfixiantes
• Simples: sua presença diminui a concentração de
oxigênio do ar. Por isso são perigosos em
concentrações muito elevadas. Exemplos: N2 , He e
outros gases nobres, CO2, etc.

• Químicos: impedem a chegada de O2 aos tecidos.


Sua atuação pode ocorrer de diferentes maneiras,
por exemplo: o CO fixa-se na hemoglobina no lugar
do O2; o HCN fixa-se na citocromooxidase; e, o H2S
além de bloquear a citocromooxidase, afeta o
centro regulador do sistema respiratório.
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Explosivos
• Substâncias que podem explodir sob efeito de calor,
choque ou fricção. As temperaturas de detonação são
muito variáveis: nitroglicerina, 117 oC; isocianato de
mercúrio, 180 oC; trinitrotolueno (TNT), 470 oC.
• Certas substâncias formam misturas explosivas com
outras. Por exemplo: cloratos com certos materiais
combustíveis, tetrahidroresorcinol com metais
• Outras tornam-se explosivas em determinadas
concentrações. Ex: ácido perclórico a 50%

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Comburentes (oxidantes)

• Substâncias que em contato com outras


produzem reação fortemente exotérmica. Ex:
sulfonítrica, sulfocrômica, nitritos de sódio e
potássio, percloratos, permanganato de potássio,
peróxidos e hidroperóxidos.

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Inflamáveis
• A inflamabilidade depende de uma série de parâmetros:
• Flash point:(ponto de ignição): temperatura acima
da qual uma substância desprende suficiente vapor
para produzir fogo quando em contato com o ar e
uma fonte de ignição.
• ponto de autoignição: temperatura acima da qual
uma substância desprende vapor suficiente para
produzir fogo espontaneamente quando em contato
com o ar .
• pressão de vapor
• ponto de ebulição
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Inflamáveis
• Extremamente inflamáveis
• flash point < 0 oC , PE < 35 oC. Ex: gases combustíveis (H2,
CH4, C2H6, C2H4, etc), CO, HCN,
• flash point < 23 oC, PE < 38 oC. Ex: acetaldeído, éter
dietílico, dissulfeto de carbono
• Facilmente inflamáveis
• ponto de autoignição < temperatura ambiente. Ex: Mg, Al,
Zn, Zr em pó e seus derivados orgânicos, fósforo branco,
propano, butano, H2S
• 23 oC < flash point < 38 oC, PE < 100 oC. Maioria dos
solventes orgânicos
• substâncias sólidas que em contato com a umidade do ar ou
água desprendam gases facilmente inflamáveis em
quantidades perigosas. Ex: hidretos metálicos
• Inflamáveis
• 38 oC < flash point < 94 oC

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Tóxicos
DL50 oral DL50 cutânea CL50 inalação
ratos, mg/Kg ratos/coelhos, ratos, mg/m3
mg/Kg
Muito tóxico < 25 < 50 < 0,5
Tóxicos 25 – 200 50 – 400 0,5 2,0
Nocivos 200 – 2000 400 – 2000 2 - 20

• efeito agudo: dose única ou exposição < 24 horas


• efeito sub-agudo: 2 semanas a 3 meses de exposição
• efeito crônico: exposição > 3 meses
• outros fatores: órgão afetado, efeito direto ou indireto,
efeitos cruzados

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Corrosivos
• Substâncias que quando em contato com
tecidos vivos ou materiais podem exercer
sobre eles efeitos destrutivos.
– Exemplos: metais alcalinos, ácidos e
bases, desidratantes e oxidantes

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Irritantes
• Substâncias não corrosivas que por contato com a
pele ou mucosas pode provocar reação inflamatória.
– substâncias corrosivas a baixas concentrações são
irritantes
– quanto mais solúvel em água, mais irritante para o
trato respiratório
– solventes orgânicos são irritantes por dissolução da
camada lipídica protetora da pele. Ordem
descrescente: HC saturados, HC aromáticos,
halogenados, álcoois, ésteres, cetonas, aldeídos

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Danosos ao meio ambiente

• Substâncias que apesar da baixa toxicidade ao


homem pode causar efeitos danosos ao meio
ambiente. Importante ser considerado
principalmente quando da ocorrência de
acidentes com vazamento de material
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Carcinogênicos
• Classe I: substâncias cujo efeito carcinogênico
para o homem foi demonstrado através de
estudos epidemiológicos de causa-efeito.
• Classe II: substâncias provavelmente
carcinogênicas para o homem. Estudos de
toxicidade a longo prazo efetuados em animais.
• Classe III: substâncias suspeitas de causar
câncer no organismo humano, para as quais
não se dispõe de dados suficientes para provar
sua atividade carcinogênica e os estudos com
animais não fornecem provas suficientes para
classificá-las na classe II.
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Mutagênicos

• Substâncias que podem alterar o material


genético de células somáticas ou reprodutivas.
Dividem-se em 3 categorias, como os
carcinogênicos.
• O número de substâncias reconhecidamente
mutagênicas é muito maior do que o de
carcinogênicas
• Considera-se que alguns tipos de câncer são
resultado da evolução de processos mutagênicos.
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Teratogênicos
• Substâncias que podem produzir alterações no
feto durante seu desenvolvimento intra-uterino
(malformações)
• Estão divididas em duas classes:
– I: substâncias para as quais o efeito
teratogênico foi demonstrado por estudos de
causa-efeito
– II: substâncias provavelmente teratogênicas
ao homem

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Estabilidade
de substâncias químicas

• Facilidade de degradação exotérmica


• Reatividade com água
• Reatividade com oxigênio (ar)
• Incompatibilidades

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Reações químicas perigosas
algumas combinações explosivas
• Acetona com clorofórmio na presença de base
forte
• Acetileno com Cu, Ag, Hg ou seus sais
• Amônia com Cl2, Br2 ou I2
• CS2 com azida de sódio (NaN3)
• Cl2 com etanol
• Clorofórmio ou CCl4 com Al ou Mg em pó
• Éter etílico com Cl2
• Etanol com Ca(ClO3)2 ou AgNO3
• HNO3 com ácido acético ou anidrido acético
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CARGAS PERIGOSAS

GASES
...
não tóxicos e não inflamáveis : He, Ar, N2, CO2
riscos: asfixiantes simples
inflamáveis : H2, GLP, CH4, C3H6,
riscos: asfixiantes simples, altamente inflamáveis e explosivos; o
recipiente pode explodir se aquecido, a inalação dos vapores pode
causar tontura ou asfixia sem aviso prévio
Cuidados: isolar a área, ao se aproximar utilizar equipamento
autônomo de respiração. Não combata o fogo em vazamento de gás
a menos que o vazamento possa ser contido.
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GASES
tóxicos: NH3, H2S, CO, SO2, Cl2, NO e N2O
riscos : asfixiantes químicos ou intoxicantes sistêmicos (causam lesão
em órgãos ou afetam o sistema nervoso).alguns podem queimar, mas
não se inflamam de imediato. Cilindros rompidos podem projetar-se
violentamente.
Cuidados: isolar a área até que o gás tenha sido dispersado, ventilar
espaços fechados antes de entrar; aproximar-se somente com roupas
protetoras e equipamento autônomo de respiração. Em caso de
incêndio de pequeno porte usar pó químico seco ou CO2; em grandes
proporções utilizar jato, neblina de água ou espuma. Não jogar água
diretamente no ponto de vazamento, pode causar congelamento.
Se houver vítimas, remover para o ar fresco, se não estiver respirando
não fazer respiração boca-a-boca, usar outro sistema de respiração
artificial. Manter a vítima aquecida e imóvel.
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
LÍQUIDOS
Inflamáveis : agentes químicos que, a uma temperatura
igual ou inferior a 93 oC, desprendem vapores inflamáveis.
Ex. combustíveis em geral (gasolina, diesel, querosene),
álcoois, acetona, solventes industriais (thinner, cetonas,
glicóis, ésteres).
Riscos: incêndio ou explosão; narcóticos (produzem ação
depressiva sobre o sistema nervoso central, produzindo
efeito anestésico); intoxicantes sistêmicos. Em contato com
a pele causam desengorduração e irritação. Danos severos
ao meio ambiente.

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


Líquidos inflamáveis
Cuidados: em caso de incêndio não usar água, só CO2,
pó ou espuma; de uma distância segura molhar o tanque
que o transporta, evitar faíscas e estática.
Combater o fogo de uma distância segura. O fogo pode
produzir gases irritantes. Se há risco de o tanque pegar
fogo, evacue a área.
Se houver derramamento impedir o escoamento para
correntes de água, absorvendo o material com areia ou
terra seca.
Havendo contaminação de pessoas, lavar com abundante
água, retirar roupa contaminada. Se ingerido beber
bastante água e não provocar vômito
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
LÍQUIDOS CORROSIVOS

Corrosivos: soluções de ácidos (clorídrico, sulfúrico, nítrico,


fosfórico) ou de álcalis (soda cáustica, amoníaco), soluções
salinas (concentradas ou diluídas).

Riscos : corrosão (destruição de tecidos vivos ou


materiais inertes) queimadura química, produção de
vapores tóxicos, riscos de explosão. Nocivos ao meio
ambiente.

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


LÍQUIDOS CORROSIVOS
Cuidados: em caso de incêndio usar extintores de
acordo com os materiais que estão próximos. Há o
perigo de formação de vapores tóxicos por reação com
os materiais em contato.
Em caso de derramamento evitar que contamine
correntes de água, tentar absorver o material
derramado.
Em caso de contato com as pessoas lavar com bastante
água, retirar a roupa contaminada. Se ingerido, beber
muita água, não provocar vômito ou tentar neutralizar

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


SÓLIDOS

Material particulado: poeiras, fumos, neblinas e névoas.


Não são propriamente tóxicos mas podem causar efeitos
prejudiciais.
Poeiras: produzem pneumoconiose (endurecimento e
perda da flexibilidade dos tecidos pulmonares. Ex.
cimento, cal, resíduos de incineração, etc.
Partículas alergizantes e irritantes: atuam sobre a pele ou
aparelho respiratório (madeira, cereais, neblinas e
névoas).

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


SÓLIDOS

Explosivos: materiais que sozinhos ou em combinação


com outros podem causar explosão (nitratos, nitritos,
cloratos, percloratos, permanganatos, carvão em pó,
ácido pícrico, nitroamido, picratos, nitrofenóis, nitrato de
uréia.
Inflamáveis, tóxicos ou corrosivos: podem inflamar-se
com o atrito, calor ou fagulhas, podendo produzir gases
tóxicos ou asfixiantes. (feno ou palha, papel, celulose,
carvão animal ou vegetal, carvão ativo, algodão,
resíduos oleosos, borrachas, resíduos de borracha,
naftalina, enxofre, fósforos)
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
PIROFÓRICOS
Sólidos ou líquidos que em contato com o ar ou água podem
explodir ou incendiar-se. Ex. fósforo branco, alquilalumínio,
alquilzinco, ferro esponja, sulfeto de potássio ou sódio,
alumínio em pó, ferro em pó, ditionito de sódio, tortas de
oleaginosas, amálgamas de metais alcalinos, ligas de metais
alcalinos terrosos, carbureto de cálcio, de alumínio, hidretos de
Li, Al, magnésio em pó, sódio metálico, plásticos a base de
nitrocelulose

Riscos: provocar incêndio quando expostos ao ar ou água,


podem explodir. O fogo pode produzir gases irritantes,
corrosivos ou tóxicos. A inalação pode trazer conseqüências
graves à saúde ou morte.
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
PIROFÓRICOS

Cuidados: Isolar imediatamente a área. Em caso


de fogo não usar água, CO2 ou espuma
diretamente sobre o material. Utilize areia para
tentar eliminar o fogo. Evitar o aparecimento de
faíscas. Não permitir o escoamento do produto
para bueiros ou redes de esgoto. Remova e
isole completamente roupas e calçados
contaminados.

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


SUBSTÂNCIAS OXIDANTES
São substâncias que podem provocar fogo ou acelerar o
mesmo se já tiver fogo no local. Podem ser gases, líquidos
ou sólidos.
Gases : oxigênio ou ar comprimido
Líquidos: peridrol (peróxido de H), ácido perclórico,
soluções de cloratos e percloratos, peróxidos orgânicos.
Sólidos: cloratos, percloratos, nitratos (fertilizantes),
peróxidos (dióxidos), bromatos, permanganatos,
persulfatos, dicromato de sódio ou potássio, óxido de
cromo, hipocloritos de Li e Ca
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
SUBSTÂNCIAS INFECTANTES

• A inalação ou contato pode causar infecções, doença


ou morte. As águas que tiveram contato com o material
podem causar contaminação e poluição. As
embalagens danificadas podem ser igualmente
contaminantes.
• Ex. resíduos biomédicos ou hospitalares

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


SUBSTÂNCIAS IRRITANTES
A inalação da poeira ou dos vapores é extremamente
irritante, pode causar queimaduras nos olhos com efeito
lacrimejante. Podem causar tosse, náuseas e dificuldade de
respiração.
O fogo pode produzir gases irritantes ou corrosivos e
muitas vezes tóxicos. As águas residuais do controle do
fogo podem causar poluição.
Ex. gás lacrimogênio, velas, gases halogenados,
clorofórmio, bromofórmio,

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS

• São classificados em nível de radiação baixo, médio e alto.


• Os efeitos causados no ser humano exposto por um pequeno
lapso de tempo às radiações não se manifestam em seguida a
menos que o nível seja muito alto. O efeito pode aparecer em
alguns dias ou semanas e podem variar desde náuseas, vômitos
e diarréias até o câncer (leucemia) ou mesmo efeitos hereditários.
• Ex. minério de urânio ou tório, urânio beneficiado, compostos de
urânio, ou tório; isótopos radioativos para uso medicinal ou
industrial.

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


SALVO PELA QUÍMICA

De alguma forma, o saco plástico na frente do motorista se enche,


subitamente, no caso de uma colisão. De onde vem este ar? Poderia
ser proveniente de um cilindro com gás comprimido, mas a velocidade
de efusão deste gás não seria suficientemente grande para encher os
70 litros do saco antes da colisão O gás vem, na verdade, de uma
reação química de decomposição, muito simples.
A mistura química responsável pela liberação do gás consiste
de NaN3, KNO3, e SiO2. Um impulso elétrico causa a
"detonação" da reação, que produz gás nitrogênio e silicato
alcalino ("vidro").
(1) NaN3(s)  2Na(s) + 3N2(g)
(2) 10Na(s) + 2KNO3(s)  K2O(s) + 5Na2O(s) + N2(g)
(3) K2O(s) + Na2O(s) + SiO2(s)  silicato alcalino
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
Rótulos de Risco

Classe 1: Materiais e
Explosivos objetos explosivos Explosivo (contém
agentes explosivos)

Explosivo (perigo de
incêndio de grandes Explosivo (explosivos
proporções extremamente sensíveis)
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
Rótulos de Risco

Classe 2: Materiais
e objetos explosivos

Gás Inflamável Gás Inflamável


não-tóxico

Gás Tóxico
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Rótulos de Risco

Classe 3: Líquidos
Inflamáveis

Líquido Inflamável

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Rótulos de Risco

Classe 4: Outros
Inflamáveis
Espontaneamente
Sólido Inflamável Inflamável

Liberta gás inflamável


ao contacto com a água
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Rótulos de Risco

Classe 5: Favorece
o incêndio

Materiais Comburentes Peróxidos orgânicos

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Rótulos de Risco

Classe 6: Tóxicos
Infecciosos

Matérias tóxicas Matérias infectuosas

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Rótulos de Risco

Classe 7: Materiais
radioativos

Radioativo
Radioativo

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Rótulos de Risco

Classe 8:
Materiais
Corrosivo

Material Corrosivo

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Rótulos de Risco

Classe 9: Outros

Produtos quentes Matérias e objetos


perigosos

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PRESCRIÇÕES GERAIS PARA O TRANSPORTE

VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS

• Extintores de incêndio portáteis e com capacidade suficiente para


combater princípio de incêndio do motor e do carregamento

• Jogo de ferramentas adequado para reparos em situações de


emergência durante a viagem

• No mínimo dois calços de dimensões apropriadas ao peso do


veículo e ao diâmetro das rodas e compatíveis com o material
transportado

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RELAÇÃO DOS PRODUTOS PERIGOSOS

• Existem duas relações: numérica e alfabética


• Nome apropriado para embarque
• Número da ONU
• Classe ou Subclasse
• Riscos subsidiários
• Número de risco
• Grupo de embalagem
• Provisões especiais
• Quantidade máxima (peso bruto) permitido para isenções
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NÚMERO DE RISCO

2 Emissão de gás devido a pressão ou reação química


3 Inflamabilidade de líquidos e gases ou líquido sujeito a auto-
aquecimento
4 Inflamabilidade de sólidos ou sólidos sujeitos a auto-aquecimento
5 Efeito oxidante (favorece incêndio)
6 Toxicidade
7 Radioatividade
8 Corrosividade
9 Risco de violenta reação espontânea
X A substância reage perigosamente com água (prefixo)

Ex: 23, X323,


Eduardo 59,
Mc Mannis 663– mcmannis@portoweb.com.br
Torres
Condições Especiais para
quantidades limitadas

Dispensam-se as seguintes exigências

• Rótulos de risco e Painéis de segurança


• Kit de emergência
• Limitações quanto ao itinerário e ao estacionamento
• Treinamento específico do motorista (MOPP)
• Ficha de emergência e envelope para o transporte
• Proibição de conduzir passageiros no veículo

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Condições Especiais para
quantidades limitadas

Permanecem válidas as demais exigências

• Precauções de manuseio
• Disposições relativas à embalagem dos produtos e sua marcação e
rotulagem
• Inclusão no documento de transporte indicação de que se trata de
quantidade isenta

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Elementos indicativos de risco

• Tornar os produtos facilmente reconhecíveis à distância,


pela aparência geral dos símbolos (como forma e cor)
• Permitir a identificação rápida dos riscos que apresentam
• Prover, por meio das cores dos rótulos, uma primeira
indicação quanto aos cuidados a observar no manuseio

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


IDENTIFICAÇÃO DE UNIDADES DE
TRANSPORTE

RÓTULOS DE RISCO

• Devem ter dimensões de 300 mm x 300 mm, apoiados por um de seus


vértices, com uma borda de 12,5 mm

• Para veículos utilitários, as dimensões são de 250 mm x 250 mm

• Corresponder ao rótulo de risco estipulado para classe do produto


perigoso em questão

• Conter o número da classe ou subclasse do produto perigoso em


caracteres com altura mínima de 25 mm
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
EXPLOSIVOS

Subclasses 1.1, 1.2 e 1.3


Símbolo (bomba explodindo): preto. Fundo: laranja.
Número "1" no canto inferior.

Subclasse 1.4 Subclasse 1.5 Subclasse 1.6

** Local para indicação da subclasse.


* Local para indicação
Eduardo do
Mcgrupo deTorres
Mannis compatibilidade
– mcmannis@portoweb.com.br
GASES

Subclasse 2.1 Gases inflamáveis Subclasse 2.2


Gases Não-Inflamáveis, Não-Tóxicos
Símbolo (chama): preto ou branco.
Símbolo (cilindro para gás): preto ou branco.
Fundo: vermelho. Número "2" no canto inferior Fundo: verde. Número "2" no canto inferior

Subclasse 2.3 Gases Tóxicos


Símbolo (caveira): preto.
Eduardo
Fundo: branco. Mc Mannis
Número "2" noTorres
canto – mcmannis@portoweb.com.br
inferior
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

Símbolo (chama): preto ou branco.


Fundo: vermelho. Número "3" no canto inferior

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


CLASSE 4

Subclasse 4.1 Subclasse 4.2

Sólidos inflamáveis Substâncias Sujeitas a Combustão Espontânea


Símbolo (chama): preto.
Símbolo (chama): preto.
Fundo: metade superior branca, metade inferior
Fundo: branco com sete listras verticais vermelhas vermelha.
Número "4" no canto inferior Número "4" no canto inferior

Subclasse 4.3
Substâncias que, em Contato com a Água,
Emitem Gases Inflamáveis
Símbolo (chama): branco ou preto.
Fundo: azul. Número "4" no canto inferior
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
CLASSE 5

Subclasse 5.1 Subclasse 5.2


Substâncias Oxidantes Peróxidos Orgânicos
Símbolo (chama sobre um círculo): preto. Fundo: amarelo.
Número "5.1" no canto inferior. Número "5.2" no canto inferior

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


CLASSE 6

Subclasse 6.1, Grupos de Subclasse 6.1, Grupo de


Embalagem Ill
Embalagem I e II
Substâncias Tóxicas
Substâncias Tóxicas (Venenosas)
(Venenosas)
Símbolo (um "X" sobre uma
Símbolo (caveira): espiga de trigo) e inscrição:
pretos.
preto. Fundo: branco.
Fundo: branco. Número "6" no
Número "6" no canto inferior canto inferior

Subclasse 6.2 Substâncias Infectantes


Símbolo (três meias-luas crescentes superpostas em
um círculo) e inscrição: pretos.
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
Fundo: branco. Número "6" no canto inferior
MATERIAIS RADIOATIVOS

Categoria I – Fundo Branco


Categoria II e II – Fundo Amarelo
Texto: preto na metade inferior do rótulo
Símbolo ( trifólio ): preto
Número “7” no canto inferior

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


CORROSIVOS

Símbolo (líquidos pingando de dois recipientes de vidro e atacando uma


mão e um pedaço de metal): preto.
Fundo: metade superior branca, metade inferior preta com bordas brancas.
Número "8" em branco no canto inferior

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS
DIVERSAS

Símbolo (sete listras na metade


superior): preto.
Fundo: branco.
Número "9",Eduardo
sublinhado noTorres
Mc Mannis canto inferior
– mcmannis@portoweb.com.br
IDENTIFICAÇÃO DE UNIDADES DE
TRANSPORTE

PAINÉIS DE SEGURANÇA

• Devem ter o número da ONU e o número de risco do produto com no


mínimo de altura de 65 mm, num painel retangular de cor laranja com
largura de 400 mm e altura de 300 mm com uma borda preta de 10 mm
• Para veículos utilitários, largura de 350 mm e altura de 250 mm

* * *
* * * *

*** Nº RISCO
**** NºMannis
Eduardo Mc ONUTorres – mcmannis@portoweb.com.br
EXEMPLOS DE IDENTIFICAÇÃO

Unidade de transporte carregada


com um único produto perigoso

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EXEMPLOS DE IDENTIFICAÇÃO

Unidade de transporte carregada com dois


ou mais produtos perigosos da mesma classe

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


EXEMPLOS DE IDENTIFICAÇÃO

Unidade de transporte carregada com dois ou


mais produtos perigosos de classes distintas

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


EXEMPLOS DE IDENTIFICAÇÃO

Veículo tanque com múltiplos compartimentos


carregado com dois ou mais produtos perigosos da
mesma classe de risco

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EXEMPLOS DE IDENTIFICAÇÃO

Unidade de transporte com reboque ou semi-


reboque carregado com dois produtos perigosos
de diferentes classes de risco

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NBR 7503
Ficha de Emergência

PAPEL E IMPRESSÃO
• O papel deve ser branco, tamanho A4 ou ofício com gramatura de 75 a
90 g/m2
• Toda impressão deve ser em preto, com exceção da tarja que deve ser
na cor vermelha, com largura mínima de 5 mm (salvo o logotipo do
expedidor)
• As informações devem ser impressas (em gráficas ou em impressora de
computador) ou datilografadas
• São permitidas cópias, desde de que mantido o padrão definido pela
norma
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NBR 7503
Ficha de Emergência

• Identificação do expedidor e do produto transportado


• Aspecto do produto
• Equipamento de Proteção Individual necessário
• Identificação dos riscos em relação a fogo, saúde e meio ambiente
• Providências a serem tomadas em caso de acidente em relação a
vazamento, fogo, poluição, envolvimento de pessoas, informações ao
médico e observações relacionadas a instrução do motorista
• No verso da ficha deve conter os telefones de emergência do corpo de
bombeiros, polícia rodoviária federal e estadual, da defesa civil e do
órgão estadual do meio ambiente
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
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NBR 7503
Envelope para o transporte
• O envelope deve ser confeccionado em papel kraft, nas cores ouro, puro ou
natural, com gramatura mínima de 90 g/m2 e tamanho de 190 mm x 250 mm
• Todas as impressões devem ser feitas em preto
• O envelope deve conter as fichas de emergência dos produtos que estão
acondicionados no veículo
• O envelope possui dados de identificação do expedidor, do transportador e
informações relacionadas em caso de emergência, tais como isolamento da
área, sinalização do local, eliminar fontes de ignição e avisar imediatamente os
órgãos responsáveis

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Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
NBR 9735
Conjunto de equipamentos
para emergência

Equipamento de Proteção Individual

• Traje mínimo: calça comprida, camisa e calçados fechados


• EPI básico: capacete e luvas de material adequado ao produto
transportado
• Os produtos perigosos são divididos em 20 grupos de EPI específicos
• O que modifica é a proteção dos olhos e a proteção respiratória
• Existem vários filtros químicos: amônia, dióxido de enxofre, gases
ácidos, vapores orgânicos e os polivalentes

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


NBR 9735
Conjunto de equipamentos
para emergência

Equipamentos para sinalização e isolamento da área

• Os materiais devem ser compatíveis com o produto perigoso


• Devem estar em local de fácil acesso
• Quando tratar-se de produto cujo risco seja inflamável, o material
dever ser antifaiscante, exceto as ferramentas
• Devem portar:
• dois calços com dimensões mínimas de 150x200x150 mm
• Jogo de ferramentas: alicate universal, chave de fenda ou philips e
chave de boca apropriada paraMcdesconexão
Eduardo Mannis Torresdo cabo da bateria
– mcmannis@portoweb.com.br
NBR 9735
Conjunto de equipamentos
para emergência
Equipamentos para sinalização e isolamento da área

Dispositivos para sinalização/isolamento:


• Fita ou corda de comprimento compatível com as dimensões do veículo
caminhões -100m bitrem -200m utilitários -50m
• Quatro placas autoportantes de dimensões mínimas de 340x470 mm com a
inscrição “PERIGO - AFASTE-SE”
• Dispositivos (tripés, cones ou cavaletes) para sustentação da corda ou fita
caminhões -6 bitrem -10 utilitários -4
• Quatro cones para sinalização da via
• Uma lanterna comum de no mínimo duas pilhas médias
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• Extintor de incêndio portátil de acordo com a carga
NBR 9735
Conjunto de equipamentos
para emergência

Os veículos que transportam carga líquida embalada, podem portar:


• martelo e batoques cônicos para tamponamento de furos
• almofadas impermeáveis para tamponamento de cortes e rasgos
• tirantes para fixação das almofadas adequadas ao tamanho da
embalagem
Os veículos que transportam carga sólida é obrigatório portar:
• pá e lona totalmente impermeável de tamanho mínimo de 3x4 m,
exceto se já houver lona cobrindo a carga (carroçaria aberta)
• no caso de explosivos - pá e enxada de fibra de vidro ou similar

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NBR 14619
Incompatibilidade Química

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LICENCIAMENTO
AMBIENTAL

Licença do órgão ambiental estadual


Res.Conama 237/97

Cadastro do IBAMA
Lei Federal 10165/2000

Licença da Polícia Federal


Lei Federal 10357/2001 e Portaria MJ 1274/2003
Licença do Exército
Decreto Federal 3665/2000

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GESTÃO DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL
NBR 14064

Em um acidente rodoviário com produtos perigosos, o gestor mais


importante é o responsável legal pela transportadora. Através de um plano
de emergência, é este gestor que irá disponibilizar recursos materiais e
humanos, acionar o responsável técnico, fornecer informações aos órgãos
de fiscalização e solicitar auxílio ao expedidor, destinatário e fabricante.
A intensidade do acidente vai depender do produto, situação após
acidente e na forma mais segura e ao mesmo tempo rápida do pronto
atendimento.
O atendimento adequado é o que determina a redução dos
impactos negativos, os custos e os atores envolvidos no acidente

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GESTÃO DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL

LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS


Lei Federal nº 9605/98

• Responsabilidade Objetiva
• Transportar substância ou produto perigoso em desacordo com as
exigências estabelecidas
– Pena de reclusão de um a quatro anos e multa que varia de
cinqüenta reais a cinqüenta milhões de reais

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GESTÃO DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL

ATORES ENVOLVIDOS
OS PRIMEIROS NO ACIDENTE

• Ao avistar, não se aproxime do acidente


• Comunique a autoridade mais próxima
• O condutor foi treinado para adotar as medidas da ficha de
emergência:
- retirar o kit de emergência
- sinalizar o local
- informar a transportadora e a autoridade mais próxima
- com EPI, realizar ações possíveis de controle
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Como atuar em caso de acidente
rodoviário

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Como atuar em caso de acidente
rodoviário
Primeiras medidas de segurança
Isolamento do local
Sinalização rodoviária de emergência

Identificação do cenário
Ações defensivas
Identificação dos riscos
Definir se foi acidente ou incidente (se foi de origem humana ou em
outro fator externo a essa causa)
Comunicação ao Centro de Operação Rodoviário
Proceder ao bloqueio do trânsito automóvel
Solicitação de apoio
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Como atuar em caso de acidente
rodoviário
Identificação do incidente
Identificação do produto
Avaliação do porte do incidente
Isolamento da área
Solicitação de apoio

Avaliação dos riscos


Estado da via
Condições meteorológicas presentes
Quais os riscos para o ser humano
Quais os riscos para o ambiente
Quais os riscos para o patrimônio
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Como atuar em caso de acidente
rodoviário
Avaliação dos recursos
Capacidade e limitação dos recursos disponíveis
Disponibilidade
Solicitação de especialistas
Ações de urgência
Abordagem do acontecimento
Reavaliação dos riscos
Resgate de vitimas
Combate ao incidente.
Redução do dano
Contenção de vazamentos
Remoção de material
Limpeza da via
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GESTÃO DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL

ATORES ENVOLVIDOS
POLÍCIA RODOVIÁRIA

• Tem competência legal sobre a rodovia


• Papel de proteger os usuários na segurança da rodovia
• Autonomia para isolar a área, interditar a rodovia, orientar o
condutor
• Acionar o socorro mais próximo, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil
• A polícia não intervém diretamente no acidente, salvo para socorrer
vidas humanas em circunstâncias totalmente seguras

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GESTÃO DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL

ATORES ENVOLVIDOS
CORPO DE BOMBEIROS

• Órgão treinado para primeiros socorros e combate a incêndios


• Socorro das possíveis vitimas
• Realizar as operações de prevenção e combate a incêndios
• Identificação precisa dos produtos envolvidos
• Isolamento da área

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GESTÃO DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL

ATORES ENVOLVIDOS
TRANSPORTADOR

• Deve acionar o plano de emergência


• O plano de emergência tem que considerar as responsabilidades e
atribuições dos envolvidos no atendimento, o acionamento dos
envolvidos, através de um sistema de comunicação
• O plano deve disponibilizar mão de obra e equipamentos para ações
de controle
• Deve promover contenção, retenção, neutralização, remoção e
disposição final dos resíduos
• Deve definir o transbordo da carga
• Fornecer as informações aos órgãos envolvidos
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GESTÃO DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL

ATORES ENVOLVIDOS
EXPEDIDOR, DESTINATÁRIO E FABRICANTE

• Apoiar no fornecimento de mão de obra e equipamentos


• Participar da contenção, retenção, neutralização, remoção e
disposição final dos resíduos
• Realizar o transbordo da carga quando necessário
• Fornecer as informações necessárias ao transportador
• Apoio ao transportador na retirada do veículo

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


GESTÃO DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL

ATORES ENVOLVIDOS
RESPONSÁVEL TÉCNICO

• Quanto aos produtos transportados: compatibilidade, proibições e


toxicidade
• Quanto as exigências legais: simbologia, uso da ficha de emergência
e o uso do kit de emergência
• Treinamento periódico dos motoristas
• Responsável pela formulação do plano de emergência
• Em situações emergenciais, atender e orientar a transportadora
visando evitar, minimizar e recuperar eventuais danos a pessoas, meio
ambiente, etc.
Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br
GESTÃO DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL

ATORES ENVOLVIDOS
ÓRGÃOS FISCALIZADORES

• Fiscaliza todas as ações dos responsáveis pelo atendimento do


acidente, acompanhando desde as causas, o tempo de resposta e a
capacidade do atendimento, as medidas técnicas de contenção e
retenção para redução dos danos ambientais
• Pode auxiliar com sugestões de técnicas de controle
• Avalia a extensão dos possíveis danos ambientais e acompanha a
recuperação da área, definindo penalidades

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


GESTÃO DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL

ATORES ENVOLVIDOS
MÍDIA

• A mídia é um dos canais dos órgãos públicos para informar a


população envolvida
• É necessário trabalhar somente com informações verdadeiras,
informando a postura da transportadora e seus apoiadores

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br


PALAVRA – CHAVE ??

PREVENÇÃO

OBRIGADO

Eduardo Mc Mannis Torres – mcmannis@portoweb.com.br

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