Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GEOTECNIA NO. 2
(1991)
o
m
p
00 c
w
o
o
o
?
(D
00
v õ J.H. Albiero
-^
O) m A.A. Bortolucci
m
O) T.B. Celestino
o
J.C.A. Cintra
N. Gandolïï
N. Gaioto
A.B. Paraguassu
J. E. Rodrigues
:ila O.M. Vilar
-.1
vz
\0'/^ ç.
APRESENTAÇÃO
10. KUWAJIMA, S.M.; NEGRO, A.; CELESTINO, T.B.; FERREIRA, A.A. Mini-
flat jack test for assessment of tunnel lining stress. In:
PANAMERICAN CONFERENCE ON SOIL MECHANICS AND FOUNDATION ENGINEERING,
9., Vinã del Mar, Chile, Aug. 26-30, 1991. Proceedings. Santiago,
Sociedad Chilena de Geotecnia, 1991. v.3, p.1377-1390 ..•.•••.•••..••• 79
11. LEVACHER, D.; GARNIER, J.; BOUAFIA, A.; CINTRA, J.C.A. Étude
expérimentale de pieux sollicités latéralement. In: EUROPEAN ON SOIL
MECHANICS AND FOUNDATION ENGINEERING, 10., Florence, Italy, May 26-
30, 1991. Proceedings. Roma, Associacione Geotecnica Italiana, 1991.
p.463-466 ......................................................... . 93
12. LOBO, A.S.; ALBIERO, J.H.; FERREIRA, C.V. Comparação entre carga
última previstas por diversas fórmulas e obtidas em provas de cargas
executadas em estacas de pequeno porte. In: SEMINÁRIO DE ENGENHARIA
DE FUNDAÇÕES ESPECIAIS, 2., São Paulo, 19-21 nov., 1991. Anais.
São Paulo, ABEF/ABMS, 1991. v.1, p.197-197-206 ................... . 97
15. MENEZES, S.M.; ALBIERO, J.H.; CARVALH0 D.; ~JillTILLA, J.N.R. Algumas
1
17. PARAGUASSU, A.B.; ROHM, S.A. O movimento da água no solo sob efeito
da temperatura e a sua influência na cimentação de superfícies de
sedimentos arenosos. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO SUDESTE, 2., São
Paulo, 12-15 nov., 1991. Atas. São Paulo, SBG, 1991. p.309-313 . . 142
18. ZUQUETTE, L.V.; GANDOLFI, N. Análise da relação entre disposição de
rejeites de baixa periculosidade e meio geológico receptor. In:
SIMPÓSIO SOBRE BARRAGENS DE REJEITOS E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS, 2.,
Rio de Janeiro, 6-9 nov., 1991. Anais. São Paulo, ABMS/ABGE, Rio
de Janeiro, CBGB/Clube de Engenharia, 1991. p.221-232 ..... .. ... ... 147
BAIUtAGIRMORROOOOOIW- UM.EXBWLOIEPROmi'OOI'WUAOO
DAS ETAPAS IEOONS'Dluç.ÃO.
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
2. PROJETO 8ASICO
3. EVOLUÇÂO DO PROJETO
4• O MODELO HIDROREJ
5. CONCLUSÕES
6. AGRADECIMENTOS
abr 6 )9 1 4 3 61470 181.223 o14 311 176874900 718849 25 74 39 72000 650649 1600,0 o,o
ma i 6 39 1 4 2 6,467 181,108 o, 4 310 177506400 742811 335681 74400 560821 1600,0 0,0
jun 639,33 6,458 180,577 o,4 306 178117600 718849 1!47181 72000 7R4554 1600,0 0,0
ju1 639,21 6,443 179,792 Q14 JOQ 178749100 742811 o 74400 894672 1600,0 0,0
ago 639,15 6,436 179,381 0,4298 179380700 742811 47831 74400 1285943 635,9 964,1
set 639,24 6,447 179,972 o, 4 302 179991800 718849 298196 72000 1151691 o,o 1600,0
IICAL6 eltÂIICA
00
CLIM'l'OLOGIA.
GEOMORFOLOGIA.
PBOOLOGIA
~
1111
....
•o
(,1
....
UI
--- - Siltitos,lamitos, níveis de Misto: lacustre e plan{-
Corumbata! 200 ele de maré
Supe- 8 arenitos finos
o
rio r
(230)
.
.111
Siltitos,calcários dolomfticos Harinho:lacustre e planl-
.,
c
....
IQ
111
A.t
Irati 50
e folhelhos cie de maré.
~ Siltitos e siltitos arenosos e Misto: plan!cle de 11111re
<O u Tatu i 70
....
(,1 !lo
Médio aranitos IIUitO fino avermelhe- e deltaico
•o dos
N (250) ......
o Continental: glacial flu-
u
.-1
UNIDADES ARS I ARAG I ARAG li AGSI I AGSI II AGSI Ili AGAI!. I ACAR I l ALAC A.L..U
fNDICES FISICOS MIN MÁ)( MIN MAx MlN MAx HIN M.(X lU~ ~ :i IN M'\l MUI ~ 11lN ~ lUS ~ lUN w
% Areia raidia 02 02 01 oa 01 os 01 02 01 02 01 03 01 04 02 0] 01
I
I 02 03 03
% Silte 22 3S 15 27 09 22 30 42 25 3!1 20 31 21 30 17 21 22 )0 16 19
c. Declividade.
CLASSES DB
ADBQUABILIDADE
ALAR:
ARSI; AI.AG;
ARAG li. AGSI III:
AGAR II.
a) > 6,0 2,0 a < 2,0 111
MAftRIAL (fossas e 6,0 •• (JRaterial
IlfCOWS. ESPESSURA tanques); litólico).
(li) b) > 20,0
(aterros).
C'!'C >15 5 a 15 < 5, o
••eq/100 q
de solo
2 a 5 % 5 a 10 % a) < 2 \;
b) > 10 ' .
5. C!OilCLIJSÕES
FROELICH, A.J.; GARNAAS, A.D. & VAN DRIEL, J.N. (1976). Planninq a
nev ~ity in an urban setting: Lehigh (Pranoonia Area,
Fairfax County, Virginia). u.s. Geological survey, Professional
Paper 950.
.....
~
~ RAZOÃVEL
0 INACEQUAOO
1. INTRODUCTION
Jt"J
fs (MPo) qt (KN)
2 4 G 8 10 .OI .02 .03 ,04 .0~ 20. 40. 80. 8í). I()()
2.50'
• _j ...-•.25
J
o1 o li
U:CENOE
ESSA! SPT
QL.e o 4 00
' 9 ESSA! CPT
1.~'r..so
• 4 J EBPUITS
o "" I
N
UNITE • m
o Soble .Arg~euw, N
peu o moyenne
4.00 menl compoct. \
~ . ·~
....
.':
• • &-I"
• 4.00 ()-f
ffi
()8--r.
.so-l ~
úso I 1Ç.5oi Q7 lt
t.oo ! J.oo-t.oo~.oo...J 20
K··· ··.
FIG. 1 - PLAN O'IMPLANT A TION OES PIEUX, FIG. 2 - ESSAIS DE PENETRA TION (SPT ET CPT)
OES ESSAIS DE PENETRA llON ET DE PUITS
Reportition Granulo- Limites d' Mtect>ug Poldo ~péclnquu Porom•troo 8e ComPf'H·· Réaittonct à la Com Conátlon (KPo)
métrique (X) At'lgle ele f"rottament
at TMeur an Eou (X) (KN/rn ) tlll,ai oi 11\dtc. ""' ""'"' pr..alon Slmple (KPo) lnltrn• (')
o 20 40 •o .ao 100 o 10 20 JO o 10 20 JO o 1 1 l 4 o 20 40 so o lO 2030.40 10 15 .20 U •.lO
r.,tp
.w
o..,. :Yy OCc\.10_-:1)
.t.C'f(ctn2/t09
~5~C.U),
iCÍ!(HOOI C.O.)
e·t{oatQI C:.U.)
•t;.(uool C.O.)
•VIl
.y. et"p(to2~Pa) O<'(ttool C.U.) C!l'(tlpal CU.)
0•
.JO
l.JO
\ \ ~ /
v'.1 r
).lO 1\ ~
j I J 1\ 1\ i/ f'. 1\.
l......... 'I v
~.JO
\ "'~ "'\
Ê 1\. \l\
v1\~
-$.lO
c::: v
:>
w
o 1\ / N~ N
Ô I.JO
o
cr.
r.. 7..10
v "~ ~ ..v J ~
w
\ '
'f\} l.J
v
~-
vv
a.JO
I
8.JO
i i j lJ
H
/
v ....... '~
~ ~
F"
lO•.lO
\ l 1\ ..J ~~ J/
3. 1-:f:Sl\JS D'l\HHJ\CIIl\GE
3. l. Pir.u-rur.ine
Tout d'abord a été pratiqué l'c5sai d'arracha~e sur un pi~u
racinc, pour vériíier lc comportcmcnt dcs picux-tirants cn
cssai de chargemcnt.
la:: 5.901---f--,f-+H-----i
:>
w
~ 8.10 1-+H.~"--------i
l)
g:10•.30t!~========::f
120 KN
u
f
I 20.ts
I
1 - - - - - - i l ta.as 1--------tH.ft
4.1. Picu-racine
Les trais pieux forés ont été tirés jusqu'à la rupture, pre
sentant les charges ultimes nettes de 363 kN, 408 kN et 428
kN, respectivement pour les diametres de 0,3Sm, 0,40rn et
O,SOm. Ces valeurs ont été comparées avec celles obtenues
par les méthodes brésiliennes d'AOK!-VELLOSO (1975) et de
D!:COURT-QUARESMA (1978), basées sur le SPT, et de VELLOSO
(1982), basée sur le CPT, ainsi qu'avec les méthodes de
MEYERHOF-ADAMS (1968) et de GRENOBLE (BIARREZ-BARRAUD,1968;
MARTIN, 1973).
S. CONCLUSION
6. REMERCIEMENTS
Les auteurs remercient la FAPESP de l'appui financier acor-
dé à cette recherche.
7. REFERENCES
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Objetivando o estudo do comportamento de estacas
instrumentadas, implantou-se um campo experimental de fundações
na Escola de Engenharia de são Carlos, campus da USP.
O subsolo local é constituído basicamente de duas camadas
bem distintas separadas por uma linha de seixos. A primeira, de
Sedimento Cenozóico, com espessura média de. 6 m, classificada
como areia argilosa fofa, é laterizada e tem comportamento
colapsivel. Subjacentes, aparecem os arenitos provenientes no
Grupo Bauru, geralmente classificados como areia fina a média
siltosa. Maiores detalhes desse perfil geológico, representativo
de grandes extensões de área no interior do Estado de São Paulo,
são encontrados em RORTOLUCCI (1983).
A caracterização geotécnica do solo local foi obtida com a
realização de sondage~s à percussão (SPT) , ensaios de penetração
estática (CPT), e ensaios laboratoriais em amostras retiradas a
cada metro, de um poco com 10m de profundidade, aberto para este
fim. A Figura 1 mostra o perfil típico do ·subsolo do campo
experimental, bem como os resultados médios dos parâmetros
obtidos nos ensaios.
/ / ·. / '
,.
. / / s•6,1tC'tt:JO-IIl,...
·.AREIA . • RGILOSA · TRIAXII.L .,..ENADO
. MARROM
. / l. 1G,3 UI I al
/,·//··:/·.·.·.·.
lSEOIMENTO CENOZOICO) .
N • 3,S
/:·.·/
::/.:
. .
. .
. .:
.
:'
. ..
..
.
qc•1070 kPe
=
z
...o
;:)
10,
a: z
..
0.. -
3. INSTRUMENTAÇAO UTILIZADA
Foram utilizadas barras instrumentadas com extensõrnetros
elétricos de resistência para medida das deformações especificas
ao longo do fuste, e também urna célula de carga para medida da
força aplicada à cabeça da estaca pelo conjunto macaco-bomba.
Para medida dos deslocamentos verticais da cabeça da estaca,
foram instalados quatro relógios cornparadores, com precisão de
0,01 rnrn e curso de 50 rnrn.
As barras instrumentadas com "strain gages" eram de aço tipo
CA-50 com mossa, diâmetro de 19 mm e comprimento de 0,60 m. Os
•strain gages" utilizados foram do tipo KFC-5-Dl6-11, da Kyowa,
tendo sido ligados em ponte completa. Após a colagem e
instalação, foi feita urna proteção externa dos "strain gages• com
massa asfáltica isolante e resina epóxi. Essas barras
instrumentadas, em número de quatro, foram ligadas através de
luvas, a outras barras não instrumentadas de mesmo diâmetro e
material, de maneira a formar uma barra un~ca de 16 m de
comprimento, instalada na parte central do fuste. Assim
resultaram quatro niveis instrumentados, correspondentes às
profundidades de 0,50 m, 5,70 m, 9,70 me 15,70 m. Apresenta-se
na Figura 1 uma vista lateral de uma estaca, com a localização
dessa instrumentação.
"'::lo
...j
c
u2
"'cz:
7. TRANFERENCIA DE CARGA
AI
,. LEI (-0111&111~
Bl
21 LEI
( - - OIU&IIIAL.
)
-
--IIIOOIFIC - · -IIIOIIFICADA
- --
.
Q
.c
!: •
~
~ , • •1 ~:~ F lia 2 ... ~\- ~>--
~--"'?o--= ... -·~
!
..J~
~ ·~.!'
I
• I
I
F••• -a .... , Q
.... ~,-..' :
Q
- - .. "1
.-rr.
..J ......
IC
~ ' A I u oz I
Q I
! A zl
,, ,
11:
FASE
DDIUI~IftO
OI: FASE
Y'UMÇioo
OE ~ FAH
D€
.
'z
OltSENVOL.'IIIIIEJITO
FAli
SATUit~
O« ~
~O·r-------------------------~
A-O AI•
..
~
110 0-6 A 'lO•
·-10 .,••
o
c
·c
..•
... 2
i
;:I
...c
c <C
"',_c z
... o
...
I <C
o
.... ......c
i:
....
c
..
o ~~,_~-,~r-,--r~--~~~~ oL-T-~,-~-r~-,~--r-r-~~
1 z s 4 s e T e t 40 ""-' 1 tS45171!140iil•)
OESI OCAMENTO ..ÉOIO EIIOTAIE NMJs ~ DD~III'O
DA P~
110 A-0 A I •
o-• AtO •
...
~
!:!
c
•c
....
i::)
.....
..J
c
,_
c
..J
,_o
c,_
c
4 Z l 4 5 ti 7 I I tO 1t la •)
OUI.OCAMIENTO IIIÉDIO IEN,_ IIÍVDS
INSTRUMENTADOS
FIGURA 8
35
Prof. A B yl Ba
(m) (kPa) (kN/m 3 ) (mm) (kN/m 3 )
------------
oa 6 -----------
4
------------
1100 ---------
1,8
-----------
760
6 o 10 11 2200 1,9 2790
10 a 16 4 7400 1,0 3680
Q Ya
Ponta (kPa) (mm)
Pro f. A B y Ba
(m) (kPa) (kN/m 3 ) (nui) (kN/mJ)
------------
o a 6 -----------
4
------------
1500' ---------
1,3 -----------
170
6 o 10 4 3900 1,1 330
10 a 16 4 7000 1,0 600
8. CONCLUSOES
Apresentaram-se os resultados de provas de carga à tração e
a compressão em duas estacas instrumentadas do tipo raiz.
Analisaram-se a transferência de carga ao solo e os deslocamentos
no topo da estaca e ao longo da profundidade, e fez-se uma
análise da aplicabilidade de fórmulas empíricas à determinação da
carga última das estacas ensaiadas.
Determinaram-se ainda os parâmetros de CAMBEFORT (1974) para
ambas as estacas.
Considerando-se que os ensaios foram realizados em local
cujo perfil típico do subsolo é representativo de extensa região
do Estado de São Paulo, os dados e análises apresentados poderão
ser úteis na previsão do comportamento de estacas raiz nessa
região.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Engo. Ariovaldo Viscaino de Barros e
a empresa Nacional Engenharia de Fundações Ltda. pelo apoio dado
na execução das estacas de reação e instrumentação das duas
estac.as raiz.
Agradecem também à FAPESP pelo auxilio financeiro concedido
36
REFER~NC!AS BIBLIOGRÁFICAS
RESUMO
1. INTRODUÇÂO
2. ASPECTOS GEOLCGICOS
.' .
···..· :' .. •'•
f.
LEGENDA
t:-'YJ
AREIA ARGILOSA} SEDIIdEN'II) CENOZÓICO
~ ARGILA AIIEHOSA
3. CARACTERIZAÇÃO GEOTtCNICA
3.1. Ensaios "in situ"
a) Ensaios Penetrométricos
Foram realizados dez ensaios penetrométricos: cinco
sondagens de simples reconhecimento (SPT) e cinco ensaios de
penetração estática (CPT) , até a profundidade de 20 m.
O perfil tipico obtido a partir das sondagens indica uma
camada de Sedimento Cenozóico sobreposta ao arenito do Grupo
Bauru. A camada de Sedimento Cenozóico tem cerca de 6 m de
espessura e é descrita como areia argilosa marrom. A partir dessa
profundidade, separada por uma linha de seixos, tem-se a camada
de arenito que é descrita como areia argilosa vermelha. O nivel
40
PERFIL N qc - (M Po)
T(PICO
o a 42 46 o
4 20 2
" 6 8 10
1 /·:/y( (. //
2 /" AREIA ARGILOSA·."· / 1/
/- ·lidARA~ / '\ r.
3 /_·/ '/. . I
(SEDIMENTO CENOZÓiCO)
j I
4
\ '
///)~·
\
·.· ·. . -/~/
5
'
6 - .. .• .C)_.•. \
· ·\· LI~H'.r. oi sellios ~
-
E
""' 1
7 ""\
LIJ 8 ' ..
1\', .
o
<
o 9 ."·AREIA AAMDSA 1
-
o
N.A.
-:--v : \IERIIIIELHA ." · • ./
\
.(L
z 'lO
:::l
u.
o
-n r. ISOLO RESIDUAL-
-
..
l .!..!:..
!'
'\....
/
a: 12 GRUPO BAURU I
n.
13
- .. '\ \ \
...
.. .
--
f"- '
44
.- .. . .. ..
15 .
.
- / I
16
..
~ 1-t--
17
:
.. ..
L X
18
.. \ \:
. ...........
f'..... )\
~9
v
~
/
/ ,
20
o 100 2.00 300 400 !!00
fc (k Po)
,
FIGURA 2 PERFIL TI PICO E VALORES MÉDIOS DE SPT E CPT
41
Vs ImI s l Go (MPa I
100 150 200 Z50 o 100 150
E
·tr
3
w
o
<C
o 4 t ILI
o
4
<C
o o
z o 5
:l 5
"-
z
:l
o "-
a: 0
~
11
a: •
Q.
7 7
•
,..._ __________ ~
4. PESQUISAS CONCLU!DAS
A fase inicial do campo experimental já está praticamente
concluída, com o desenvolvimento de pesquisas sobre o
comportamento de estacas isoladas instrumentadas.
Trata-se de um conjunto de seis estacas escavadas com três
diferentes diâmetros: 0.35 m, 0.40 m e 0,50 m. Todas estas
estacas têm 10 m de comprimento e foram instrumentadas com
extens6metros elétricos ("strain-gages") dispostos em cinco
níveis, e também com cinco hastes do tipo "tell-tale".
O sistema de reação, para realização de provas de carga, é
constituído de uma viga metálica, em forma de I em planta, com 20
kN de peso próprio e 2000 kN de capacidade de carga. Para ensaiar
cada estaca, a viga se ancorava sobre quatro tirantes, sendo o
papel de tirante desempenhado por quinze estacas do tipo raiz,
com 16 m de comprimento e 0,25 m de diâmetro. Duas outras estacas
raiz foram executadas e instrumentadas para serem ensaiadas à
tração e à compressão.
A Figura 5 mostra o plano de implantação do campo
experimental.
4~1. Comportamento a Tração
Para verificar o comportamento das estacas-tirantes,
realizou-se inicialmente o ensaio de arrancamento de uma estaca
raiz instrumentada, Detalhes da instrumentação dessa estaca e da
execução da prova de carga, bem como da interpretação, estão
apresentados em outro trabalho desse Seminário (CARVALHO et alii,
1991).
Em seguida foram realizadas provas de carga a tração em três
estacas escavadas com diâmetros de 0.35 m, 0.40 m e O.SOm,
aplicando-se a carga em estágios até a ruptura. A análise e a
interpretação dessas provas de carga encontram-se em CARVALHO
(1991).
AMOSTRA 1 - 1. 40 m AMOSTRA 2 • 4. 60 m AMOSTRA 3 • 8.35 m
1,0
o,e
o
....0 O, I
0
o
0
'ã)Ci l'el OII(MIIIai NII'VJ (J')(kl"el 80 (lll'el Nll.,•l ITsi'JIIel ca.llll'tl Nll rv.t ....
0,4
o 'O ~o o so 400,. (l)
6
10
'50
'54,2
70,4 6,1 A 100 ,,,,!
104,1
T,O A 100 44t, J S,Z
o.z o 100 121,0 o 200 241,2 o 200 uo,z
10 ZOr------------------------, 20,-----------------------~
10
1 2
~ ~
!.
o
•
• o
o
s -z z
10
'
& • (.,.,
MURO I
QUAOR.t.
3.50
LEGENOA
8 ES'i'ACAS RAIZ
@ ESTACA$
TRAÇAO
ESCAVADAS
ESTACAS E~CAVAOAS
® COMPRESSA O
Gl ~:~r::45UIZ
() ENSAIOS CPT
~ SOIIOAGENS SPT
® "CIIOSS- HOLE"
0 POCC
l.OT ®
X
~00 ®
MEDIDAS EM METROS
v
FIGURA 5 PLANO DE IMPLANTAÇÃO
DO CAMPO EXPERIMENTAL
45
5. PESQUISAS EM ANDAMENTO
6. CO!'<CLUSOES
AGRADECIMENTOS
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBIERO, J.H. (1972): Comportamento de Estacas Moldadas "in
loco". Tese de Doutoramento, Escola de Engenharia de São
Carlos, 108 p.
46
SINOPSE.
INTROOUCÃO.
AMOSTRAS.
\
,,,,,
1\
,,
' ~·'.\
\. \ \' " \
\
\ \ \ I
I I 'I
I I \\
1 I I s
I 111 I
\\ . I . \
• \ t, \
:\ \, ~ ' ' ....
'\ \
·+
FIGURA 1. Planta da região. puquiaada cidade de Bauru.
ENSAIOS.
ENSAIOS GRAKULOHtTRICOS
GRANUI..DHETA IA t•le l
10 20 o 20 -«> 60 eo m
o
I 'L.O CAL1
-2
I
•4 I
e II
I
~ -o E
aZ5 .....o
Ê
t:
:;
I
o
,.
~
"~
~ -& I.. Q "E
~ o ~
i
111!
o Q
o o
f ci
v -
- ~ z• ~
-10
<
.J
-
w
IL
~
,~
~
I< ~ i
<I( I
IIJ
a:
<
.
~ •12 .
~~
I " I
! I I I
li
'I : ~
'
I lu 'I
I
I
J:.
:I
:,
I
70 ' '
I
I
!
!
i
I
I
I
I
oi
:j
1
'I
I
I
f: '
'
'
60
I
'I
i I I
I ' I
I i I
i 'I : Á '
I
'
I
I
50
!
I I I \I
I
li
I
1 ''I
I
'
I
iI !Í r:I
J#: :
i
i I I I
!
I
I
'
'I
70
'
!!
ífrí '' I
I
I '
I ' I'
'
~
"/- 20 I
'
'
i I;. : ''
' I'
'
o i i Ii : I
I I 00
0,001 0,01 0,1 , 1,0
OIÁMETRO DOS GR.{Os (mm)
FIGURA 4-Conjunto de curvas gronulométricos- Local \
:ÍNDICES FÍSICO.:>.
Através das amostras indeformadas foram determinadas a
massa especifica natural e o teor de umidade de cada corpo de
prova ensaiado. As amostras deformadas possibilitaram a
determinação da massa especifica dos sólidos.
Para correçào de eventuais desvios nos valores obtidos,
considerou-se cada um dos indices fisicos da amostra como a média
de todas as determinações efetuadas com os corpos de prova
daquele local e profundidade.
A figura 5 apresenta a variação dos indices fisicos com
a profundidade para cada local investigado.
LIMITES DE ATTERBERG
A figura 6 representa a variação do teor de umidade,
limite de liquidez e plasticidade com a profundidade, para 2 dos
locais pesquisados.
A figura 7 mostra a posição das amostras ensaiadas no
gráfico de plasticidade.
ENSAIOS DE COMPACTAÇ10
Utilizando-se amostras deformadas de solo, sem reuso,
fc.rar.. E::Xt:cutado~ 4-5 ensaios de compactação Proctor normal.
51
,Z
I
"'\\\
•~i\
E ~ ff :
\\;
\
I
5
-y;J
\
\
·....
I ',
h.J
~I/\'
\ "~.. I II
\.." ' '
\
' ,
... ...
~~
'~, i - -,
\
I
1 f ·,, !
I i
l1',
I
! i I
I
I '
~
'·\_ I~\
o ·-.
·-·-'..· .
I
I
I
\ . '·., I
I
\~ l ' .l
' ..,.
'
\ •.. I '
'
' ..
'.
'\. ~
)f
-s
t/ 'i
" {/{/ (
I
i .i
i
'I
I
w.l
"
.: I
-12
\I
·I ll
LEeENDA
l~ • ~
LOCAL 1
t \
~
LOCAL 2 -------- •15 \
I
LOCAL
' ----··----···
J .LOCAL -·-·-·---·-
'
FICJURA 8 - VARIAÇÃO DOa INDICEa Fl3lCO~ COM A
. ~
PROFUNDIDADE.
52
." ~ '
I
I
I
'
I
I
\111 p
'''
Wl"'
I\[\
I
4
. • .-
I
E I I
'II
'
I
~
~ ·o i
·o
.. ' 't
I
I
j . . ...
I I
I
I
~ I
I
Ii I
I
~
·a I
\TI ·a .+ ' '
iCL
I
I
i
i
I . .. . > . ,
, I
'
)o
,!
. I
I
I
!,
~
,
I
J I
•10 •10 I
I
II i
... . I
I
I
i I
•
I
j
•I
I
I
•12 '
I
l !
l
I I
60
LEGENDA
o LO C: lU. I
$0 o LOCAL 2
-1- I.OCAL 3
X LOCAL. 4
40
w
o
<I
c
u ~o
~
V>
<I
...J
CL 20
w
o
.....
u a:l
c 10
2 7 :r
z
...J
~~--~--~~----~--~----4---~----~----r---~----~
o lO 20 30 40 so 60 70 10 100
LIMITE DE LIQUIOEZ ("1.)
Wot t•lel
10 12 1ó LEeE..DA
! UXAL1 - -
r.<
v. '. ) \
UXAL I ··-----
LOCAL J - - -·2 +----1f-----+--!-+--+-'...,_---1
..: ~ 1'1; -
L.OCAL 4 -·-·--
·-'+----1f--
~
-........::
~~
. -6
8
<.y:l,,
~·'
·e
IL \~ ·~-----
o ~.}\ :::::.-- -
f•1 o •10
~~ -·':;;.
~:···
•1 2 •12
...- i
"''··:.-.
I
I
f-·
i
•15~-........JL-----'----'----'
"'
LOCAL 1
...
~
...o~1.95t-------r---~~~~~~~~~-r-------t---,
=
C[
.~ 1. 90 +----~OIE'-t--:#'#"'---..ii'F--"7'---''*"~~~----t------t
111
C[
2
~
.õ
~1.•&+---~~~~~~~~--+------4---4~~~~~----t
Q.
111
"'
C[
111
111
~ 1.80+---------~~---------+----------~----------~--~
& • I) lt 14 •
PERMEABILIDADE
-
C.
1."
/lf
-- ~r
,-.I' -
,o
- LECia!C
L CAl. i
I.I)CAI. li
-
----
f( ; I L CAL J . ·-·
~~
li I
~'I
}.f
i
6
S.P.T.
Observa-se, através dos relat6rios de sondagens, que os
valores da resistência à penetração, de um modo geral, crescem
com a profundidade, até se atingir camadas onde o material se
apresenta impenetrável à percussão.
PROPRIEDADES lHDICES
As distribuições granulométricas determinadas,
apresentaram discretas variações com a profundidade e de um local
para outro.
A granulometria foi praticamente constante para toda a
espessura, nos três locais pesquisados. Apesar das porcentagens
de silte e argila se afastarem da média, próxima da profundidade
de 9m, amostra L2.09, o solo se classifica predominantemente como
uma areia fina argilosa.
Na camada da amostra L2.09, encontrou-se sst de areia,
20% de silte e 25\ de argila, contrastando com as porcentagens
médias das particulas constituintes deste solo que apresentaram:
73 % de areia, 12% de silte e 15 % de argila. Em nenhuma das
55
PEIUIEABILIDADE
Os valores obtidos para o coeficiente de
permeabilidade, para os três locais investigados, decrescem com a
profundidade.
A faixa de variação deste coeficiente está entre 0,1 a
7,5 x 10- 5 m/s, com um valor médio de 1,2 x 10- 5 m/s. Estes
resultados são consistentes com o tipo de solo pesquisado e
coerentes com os valores tipicos fornecidos por Sanglerat &
Costet (1975) e Das (1985).
COMENTÁAIOS FINAIS.
REFER~NCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
SINOPSE.
INTRODUÇÃO.
.'
\
I
\
"''~,
\ \'\
\'
\
\\'
\'
I I'\
.
\
I
\\\
'J
\
\
\\I / .
•\
~ \
q
.,
I/
.
I
I
::.1
.,
~I
" II
I
I
'' \
''
IJi-....,j<p"=.~!!!·.!!""'~
ENSAIOS.
ÍNDICES
kg/m 3 )
l.OJ J Ps l.OJ
FíSICOS
p ( kg/m ) (
M1x
(
" )
MtD
Paramet.ros de Pari.met.ros de
AMOS
tr'
v (TJ Ruptura Resistência
TRAS (cr1-cr3) c1 u c' 1/1'
(kPa) (kPa) (k.Pa) (%) (k.Pa) (kPa) (o)
30 69 6,6 5
L4.01 15 60 120 9,6 12 o 34
120 262 19,4 22
50 72 6,2 7
L4. 02 43 100 157 13,2 16 o 31
200 400 14,6 24
50 97 7,7 10
L4. 03 63 100 151 9,6 25 9 27
200 323 12,6 23
50 108 5,6 3
L4.04 79 100 191 7,4 10 8 28
200 269 14,2 29
75 173 8,5 10
L4.06 112 100 192 8,5 11 23 25
200 319 12,5 29
50 127
-
4,1 4
L4. 08 149 100 197 5 o 6 5 31
200 492 14,4 11
50 125 2,8 1
L4.09 175 100 189 5,9 7 3 31
200 415 12,3 7
65 165 5,2 4
L4.10 188 130 281 6,3 6 17 28
260 491 12,5 19
!J)('..Al 1
LOCAL 2
O"tK Pol
o.
LOCAL 3
400
100
o VIKPal
o 100 200 300 400 ~00 iOO 700 100 900
LOCAL 4
:lO O
zoo
100
Local 4 T'
"" 8 + rT 1 tg 29° kPa ( 4 )
CONSIOERACOES FINAIS.
kPa ( 5 )
REFER~IAS BIBLIOGRAFICAS.
MELLO, V.F.B. & TEIXEIRA, A.H. Mecânica dos Solos. São Carlos,
Escola de Engenhaaria de São Carlos ( USP ), 1961.
SANGLERAT, G. • COSTET, J. CUrso Prático de Mecanica de Suelos.
Barcelona, Ediciones Omega, 1975. 653 p.
SOARES P.C.; LANDIM, P.M.B.; FÚLFARO, V.J.; AMARAL, G.; SUGUIO,
K.; COIMBRA, A.M.; SOBREIRO NETO, A.F.; GIANCURSI, F.; CORREA,
W.A.G . • CASTRO, C.G.I, Geologia da Região Sudeste do Estado
de São Paulo. In: SIMPÓSIO REGIONAL DE GEOLOGIA, 2, Rio Claro,
1979. Atas •.. , Rio Claro, SPG, 1979. p.307-19.
STANCATI, G.; NOGUEIRA, J.B . • VILAR, O.M. Ensaios de
laboratório em Mecânica dos Solos. São Carlos, Escola de
Engenharia de São Carlos ( USP ), 1988. 208 p.
Nélio Gaiolo
T1ago Franco Vilela
Vicente Dias Vieira Filho
PROMON Engenharia Lida
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
A Barragem de Dahmouni, localizada na região sudoeste ela Argélia. tem como objetivo regularizar a vazão
do Rio Nahr Ouassel para sua posterior utilização na irrigação da região e na alimentação das cidades vizi-
nhas ao reservatório.
O reservatório formado pelo barramento tem 5,4 km 2 de área inundada e um volume útil de 35.3 hm 3.
O barramento, composto por um maciço em terra de 35,0 m de altura máxima sobre as fundações. um ver-
tedor de soleira livre em canal lateral para 515m3 /se uma estrutura de tomada de água, permitirá assegurar
uma vazão média para a irrigação de 0,86 m 3 /s para uma região onde a precipitação média anual é da ordem
de450 mm.
3. DIVERGtN(;iAS VERIFICADAS
Durante o d :senvolvimento óa campanha de invest:gações comrlernen:a·e~ na ?O'la de e:'"'lprés!imo. no
início do projeto executivo. ver:ficou-se QUe a disponóilidade de c.asca!~'L' c:rr. :;o~.. ou meno~ dt: finos era
68
s.t-rtst•elmente mellOl que as prwi!.t.cs do projf>to bés.lco, além de la(! ~tneontrar distribulc!o dP urrlil forma
muito mleat6ria nas lO'\aS de &mpté!.trmo e de .er de dHícl extraçâo
Na figura 2 &âo aprer.entadas as curva> grartulométrlcar. d05 materiai!o disponfvels para a construção do!>
espaldares. juntamente com a lail(él esPE'cif•caôa Constatou-se assim. que ~nte 20'1(. das amostras en-
saiadas apresentavam porcentagem de fonos Inferior a 30%. Além deste fato. verificou-se uma diferença atg
nHicatlve entre as curvas granulométricas indicadas no projeto béslco e as CUNas obtidas a partir dos novos
ensaios de caracterização realizados como pode ser observado na Figura 3
4. ALTERNATIVAS ADOTADAS
Procurou-se então definir um elenco de allernalivas para a execução do maciço da barragem. em lunção da
falta de volume do material originalmente previsto. A$ alternativas foram concebidas baseando se nos
materiais disponfvels na região.
Inicialmente foram analisadas 3 alternativas para a seção transversal:
alterantlva A, conservar a mesma seção transversal do projeto básico. substituindo parte do cascalho
por enrocamento;
alternativa B, adotar uma barragem em terra. zoneada. utilizando os materiais realmente disponfveis na
zona de empréstimo; e
- alternativa c.
adotar uma barragem em terra. homogênea, utilizando somente o melhor dos dois
materiais disponlveis nas áreas de empréstimo.
Uma análise preliminar destas 3 alternalivas levou às seguintes observações:
para a alternativa A. embora hoLNesse material disponfvel em quantidade suficiente, o custo do
mesmo era 300% superior ao custo do material originalmente previsto para ser utilizado na barragem.
o que aumentaria sensivelmente o custo das obras. sendo esta alternativa descartada logo no inicio
dos estudos:
para a alternativa B. os volume~ necessários seriam superiores aos volumes previstos no projeto
básico. havendo entretanto a vantagem de se utilizar os materiais existentes na zona de empréstimo.
sem necessidade de grandes trabalhos de seleção ou mesmo de escavação; entretanto. um dos
materiais disponfveis, classificado como argila siltosa marrom. apresentava baixa resistência. o que
levaria a taludes mais abatidos para o maciço;
para a alternativa C. esta tinha como vantagem a grande facilidade na execução da obra pois seria
empregado um material único. e principalmente o falo de que este material (sille arenoso amarelado)
possuia resistência superior ao material marrom o que levaria a uma redução da seção transversal
relativamente à allt:rnativa B. entretanto. a utilização deste material exigiria urna escavação adicional
da zona de empréstimo. para se retirar a camada superior de argila sillosa marrom.
5. ANÁLISES EFETUADAS
Antes de se proceder a urna análise econômica detalhada das alternativas B e C foram elaboradas anális.es
de eslabnidade do maciço. considerando diversas situações de solicitação externa. incluindo análise pseudo-
estática com aceleração horizontal O.tg.
Ambas indicaram comportamento adequado, lace às solicitações impostas. para as duas alternati·•as. com
coeficientes de segurança superiores aos mínimos impostos para cada tipo de análise.
Os resultados indicaram que, nas duas alternativas, era possível modificar a inclinação inicialmente adotada
para os taludes. o que levaria a reduções de custo
A análise econômica, considerando somente a execução do maciço. levou aos seguintes custos com-
parativos:
6
Alternativa do projeto básico ................................................................... USS 10,2 x 10
6
Alternativa B ...............................................................................................US$ 9,3 x 10
6
- Alternativa C .............................................................................................US$ 9,9 x 10
6. CONCLUSOES
Consid,·rartd:- que a'fT. dE' apr~se~:~r um cus!n tc!a 1 mais reó,;:ijv a ah<?~n::r:·:3 8 (Figura 4) te-n Ú'-:i:t a seu
lavor a m<;ior C:i;;ponrt;i:•:ia~:.: o!.' rm:Niais nas zonas de e>mp,~·t''m'. fL.nç~;::. tar;,t.;',m da nlõr:·' b:;ildade de
e)(ploraçi.o. Es!a to: a atte~l'\átivé:J recome~aáa pélra a exe::uç-.b~· dõ ~~,-= ~·rõJ:•;,m. ::'-
A disponit>i!dé:lde de ma!eri.ais e a sua maior "explorabiiidade' permitiram arnda ao final. red"'zir o prazo de
execução da obra em 2 meses.
9~0
..._,
o
920
Tf.F'IRE"IC
. \ 1'11\TU<>AL
..
'>
MATERIAIS:
CORTINI\ ()F. IN,If. tCO
(i') Ntku:o AR61LOSO
'--·'
<iJ fll_TR('
1·j) CI\<:CIIL~<' COMPACTI\00 EM
'-> CAMADAS {'I[ O,l'Om
0 RIPRAI>
(.\) (NROCA,.ENTO Sf.t,tElHANTE A
'-'··· lONA® ~OM YA•CR DMú
FIGURA
SEÇÃO TRANSVERSAL T(PICA PROPOSTA NO PROJETO BÁSICO
PENE.IRAS ( ASTM)
o
o
....
o
o o
• ... .- .
~
~ k~ ~
I
?O 80
r:-:2:: J./ ~""""'
...
!-- ·-
,......
! ~ :t-: :? . l/f_;; I
>o O')
v ~~ [J, ~-~
...
v
., i ..--""'
<t O')
o
,_
- 40
. Jl .
'jl ......
~o
...
IL
;~~ ~~ v
I'
1' -~
"·'a: -~ :.·.: : w
'o ::>
U-~ t;;:: l;;,
00
~~ .. " )' o
j;
•o
~ ~ t;; ~~
i.t:Ho-
ikl
.. í -~ "
8: v I{, :I!
~
' o-:!!.
10
[1: ~~ ~ flí' 1/ lL f.±±t pl lf+tjv vr vr !
~o
2C'
on
I
i :li v li
'"
o
'
~f;:: íti;1
..I i li i I 1//
~
li
li rttr i li I i! !i (1
~~!:'to, o,s •o 1
1.10' 1.1n' IJ 10 0,01 OP? (),()!1 008 0,1 0,2 0,4 10 20 50 80100 roo
' O I Â M E T R O ( mm I
~ FAIXA GRANULOMÉTRICA
~ E5PECIFICAOA NO PROJETO BÁSICO
FIGURA 2
GRANUMETRIA DOS MATERIAIS DISPON(VEIS
NAS A'REAS DE EMPRÉSTIMO PARA OS ESPALDARES
71
~ 100
a:: DO I
I /
V'
eo
C:
;:;
TO
80
! l /
v
_..... v ... ~
z 110
cw 40 ---
:::> 30
a zo
-~ ~
W lO ~
Ir
11.. o
o 10 20 30 40 BO 10 10 10 DO 100
PORCENTAGEM DE FINOSI<I:E0.074nun)
;.~ r-
v
80
c: 70 I
I
õ 50
zeo
..... 40
v
I ·--
:::> JO
_,
~ !~ --- r---
Ir
... o v 10
'
20 li O 40
'
eo GO TO eo eo 1~
PORCENTAGEM DE SI LTE E ARGILA (0 ~ 0,02 mm)
FIGURt. 3
CUR\'AS DE f>"([QUE.!•CJA DAS OUAr-.;TIDA~ES DE
FINOS OOS CASCALHOS DAS ÁREAS DE EMPRÉSTiMO
L F. G E N DA
0 E.NROCAMENTO
FIGURA 4
SECA-O TRANSVERSAL DA ALTERNATIVA 8
73
Os decompositores s9o representados por alguns seres vivos, que, agindo sobre
o 1 i tter, produzem enzi.nas que hidrolizam a matérh org3.nic3. Alguns decompo-
sitores n3o produzem diretamente ess3.s enzi.nas, mas possuem no intestino, u-
ma microbiota que faz esse trab3.lho de decomposição. As minhocas possuem b3.i-
xo rendimento na decomposiç3o dos detritos vegetais, devido a 3usência de en-
zimas especializados para t3.l. Por isto, é uma espécie que vive em um ambien-
te onde existe, no solo, uma microbiota, com a qual ela interage. Par3. os mi-
nhocuÇÚs é mais imp:>rtante a existência de um3. micro"biots de solo, d3 qual e-
les se alimentam, do que proprisrnente a camada de litter.
~ ..,"'
I
....w oH ~
""w
:::. <
........
<
;! I
w '~"' w
O'
"'"' ...
o
"'::>O' "'T. ""<
0..
....o~ "'
7.
o o w ..J
i:í ~ õ
DESCRIÇÃO DOS SF.RVIÇOS T.
w "" "'w w ~ <
f-
~ 8 <
o ~ li o o ~
Q
T. :r. 0..
~ :.<: o
w ~< <~ <
"' w
/2 ;'i w
/2 "'w< 9.
"'wz
< "'
Ol w ~ o o ~
:;1
u ;! ""
'"( ;:::
:.J
~
"'
Sondagem 11 Quantidade de furo~ 9 - 36R - 164 J 544
PercussRo Perfurnção e 11mo~tra~em (m) 220,7 - 5.386,45 - 2.112,48 62,45 7.71l2,08
"'.... .,., .
~
.,......
Ensaloa de perda d'Água em sondagem rotativa 5'1 6 23 24 - 112
...."11
u ... Em pcoço tubu lAr profundo·
4 2 6
Ensaios de Bombea· PTP
.~
8. ij
~~~entoe Recuper11çÃo Em trincheirAs - - )4 - - . 34
.
f&l
En19aios Espe•
EnMlos de erodlbtlldade df! Cl!nftl {cu 1os - . 8 . 4 . 12
cfala de Ls112
r a tório
Quantidade
Ensaios laboratorlAlA de datação de ~edimento~ - - 4 - 2 . f,
BIBLIOORAFIA
ABSTRACT
The Mini Flat Jack Test was developed and used by Kuwaji-
ma (1991) for evaluation of stresses in shotcrete lin-
ings. A review of this technique is presented. This pro-
cedure was applied to a NATM tunnêl driven in Sao Paulo
through a hard silty-sandy clay. An assessment of the fi-
nal lining loads was poasible as well as an evaluation of
lining stress build up, with tunnel face advance.
INTRODUCTION
The difficulties involved in measuring stresses in shot
crete linings are well known. The usual problem with
stress concentration in stress gauges is aggravated when
they are embedded in a material with stiffness changing
with time. The use of ernbedded strain gauges requires a
compl~mentary laboratory testing program in shotcrete sa~
ples to furnish elements for stress calculation from mea
sured strains. Both testing program and data interpreta=
tion procedures are very involving. Embeáded or contact
pressure cells are prone to undermeasure stresses due to
cell expansion under concrete hydration heating. This
tends to produce deficient cell concrete contact when tem
perature drops and concrete hardens, even in open hydrau=
lic systems allowing fluid injection. Integration (or
else identification) techniques require a large number of
displacernent measurernents in the lining, so that lining
loads can be back-es.timated. Knowledge of the lining proE_
erties is thus required as well as performing àn inverse
solution of the load-displacement problem, which is not
always a simple exercise.
(1) PhD, ITA - CTA
(2) PhD, FEFAAP, BUREAU
(3) PhD, EESCUSP, THEMAG
(4) Civil Engineer, METRO Sao Paulor Brasil.
80
16.5 em
LONGITUDINAL SECTION
*- OIMENSIONS IN m
... ·... ···.·. ··.·.·· ..... ··:;·.··:·:
I
"~~~
, ,
,=
" __ ---,,
"
f?&17.m.a:: :[::
I
Jn7U.
I I
I 6
I I 8.50
I I
EXCAVATION
*- OIMENSIONS IN m
9.50
LEGEND EAST....,.
some 15 m.
TABLE I. Typical geotechnical properties of the
ground.
CLAY SANO
\ < 2 1.1 \ 65 28
IP 28 13
LL '
% 58 28
;5' (O ) 23 25
c' kPa 75 15
Eo (1) MP a 300 200
(1) Estimated in situ tangent modulus
LINING LOADS
Four MFJT were carried out about 30 days after the open-
ing was supported. The tests aimed the determination of
the avcrage tangential stress in the shotcrete at s2o
from the crown. Thc four tests gave rough1y similar re-
89
MF®
o --..
r--- I I T
- -10 ~
52°
CD
E
....... --20
E z
' ....o
-z oz-
o
--30
1-
ct
C)
40
"' r--..
-........
[\
\
~
.........
..J
~
a:
1-
(/)
-
ct w- 50
-60
~
r-..........
...........
-70
o 2 4 6 e 10
DEPTH (em)
FIGURE S. Measured strains with cutting depth.
o -2nd CYCLE
UNLOAD
LOAO
+
~ ·~
.......
E 12
- ~-2nd CYCLE
Ir c
-r UNLOAD >
U)
I
~lO
- ~
o
z e
-
!J. •
- •
~ 6
l-
4
- !J.
U)
*__!_*
- !J.$-;
2
o
-. ~;!I I I I I I
o 200 400 600 800 1000 1200
PRESSURE ( k Po }
o 10
I
20
I
3D
I
4D
I
soI 6D
J
10
I
aoI
(I)
40
f3
o
Q..
~
v ~
-20
0::
1-
v
(I)
30 """'
Cl) z
f3o::
t- 20
/ PC
/-
- 1.&.1
o
o::
::>
/
-:
m
v ~
Cl)
t-
10 ffi
o f)
~ 10 li..
~ o
o
o J I
I
I
I
o ";/.
o 10 20 30 40 50 60 70
CONCLUSIONS
In this paper a review of stress release techniques is
presented. Details of the Mini Flat Jack Test development
for applications in shotcrete lining are discussed. An
example of application is introduced. This refers to a
Sao Paulo Metro large tunnel, where the heading was ad
vanced with a temporary and discontinuous inverted arch:
The investigations have shown no significant load varia-
tion in the longitudinal direction in spite of the dis-
continuous support nature at the invert. Moreover, the
MFJT revealed lining stresses of 3 .HPa, what corresponds
to about 25% of the overburden stress.
The contact pressure cells undermeasured the ground
stresses, but were used to describe how the lining loads
build up with the tunnel advance. Consistent results were
92
ACKNOWLEDGENTS
The ~1FJT was developed by the first author as part of his
research work at the University of Alberta (Canada), un-
der the supervision of Dr. z. Eisenstein.
REFERENCES
RESUME : L'article présente las assais de chargement latéral de pieux et couples de pieux
dans du sable, manés sur modeles réduits centrifugés. Aprés la description des dispositifs
et das procédures d'essais, las résultats d'une étude paramétrique portant sur un pieu
souple et un pieu rigide sont exposés. L'effet das caractéristiques du pieu (rigidité, rugo-
sité), du moda de ~ise en placa (fonçage, battage) at des propriétéa physiques du sol (den-
sité, teneur en eau) ast analysé. Les courbes de réaction p-y sont déterainées à partir des
moments mesurés. Afin de las validar, elles sont introduitea dana un calcul au aodule de
réaction et las courbes de chargement calculées sont comparées aux courbea expérimentales.
La derniere série d'esaais concerne l'étude de l'effet de groupe surdas couples de pieux
disposés à espacement variable an ligne et en rangée.
ABSTRACT : This papar presents lateral loading pile testa performed in sand on centrifuged
modela. Devices and procedures are described. Resulte of parametric etudies on flexible and
rigid piles are presented. The effect of pile characteristics (etiffness, roughness), me-
thods of installation (jacked, driven) and soil properties (density, water content) are
analysad. P-y curves are developed from bending moment measurements. In justifying, thaae
curves are used in a subgrade modulus raethod and the calculated load displecement curves are
compared with those obtainad frora testa. Another test serias is concerning the group effi-
ciency of piles inatalled in line or side by side, at different spacings.
Tous les essais ont été réalisés sur la Las pieux modêles sont consti tués de tubes
centrifugeuse du centre de Nantes du d 'acier ou d • alumi.nium équipés de 12 paires
Laboratoire Central das Ponta et Chaussées, de jauges pour la détermination des moments
décrite par ailleurs (Corté et Garnier, de flexion (sauf lors dee assais de
1986). Les conteneurs utilisés ont das groupe). Les pieux Pl et P2 sont las
dimensions intérieures de SQQ mm X 1200 mm. modéles réduits dee pieux résls testés sur
La massa totale des modeles peut atteindre le sita du RHEU (souple pour Pl et rigide
2 tonnes sous une accélération centrifuge pour P2) et sont utilisés pour la simu-
de 100 G. lation du sita. Le pieu P3, trés rigide, a
94
i
1' échall.e de réduct:l.on du IIIOdàl.e est 1/n) • -"'
Las p:l.ewo: sont al.ors chargés latéraleaent,
en cours de eentrifugat:l.on, à l'a:l.de d'un 600
d:l.spos:l.t:l.f spóc:l.el. L'effort lat6ral aat
appl1qu6. par paliara succeasifs, en ~ -400
déplaçant una masae IIIIObil.e et est tr&nSIU.s
au pieu per 1'1nterméd1a1re d'un cAble.
Chaqua pal.icar est ..,.intenu 3 llinutes pour
les ....sais aur Pl, P2 et P3, et 1 llinute
~
pour laa assais sur P4 ( groupea) . 200 300 ~00 500
H (kN)
Figura 2. Momonts IIUIXÍlllla aeau:r6s aur Pl et
3 PIEU ISOLE SUR MASSIF HORIZONTAL P2 (SaSSia 1 et 2. ID • 60 t - Easais 3 et
4, Io • 94 t).
Avec les piewo: Pl et P2, 1..,. essais ont
portla sur la simulation das expériences du
sita du RHEU et sur l'étude de l'influenee 800 ai te: LE RHEU
de d:l.fférents per&Dàtraa (rigid:l.té, rugo-
sité, IIIOde de aise en placa des pieux,
Ycs-1.5 4 l~N/e I~-t53S:
3
Í/
danaitia et teneur en eau du eassif). La
pieu P3 a parais l'6tude das grands dépla-
gteu
a,., "'.5
s
""5
.9 /
cemants et la détcarllination des chargea
ultimes Hu (Bouafia, 1990).
D(m}
e::t (MNail} 56.6 741 -:/\c ieu: ?ê
a (s) I 1
[7
.~
3. 1 Mollarits de fle.z:ion lz L
I1s aont déterlllinés d:l.rectement par extan-
.;!
7 ' 1eu:Pt
eométrie. L'évolution dea moaents obsarvés
sur le pieu Pl, toutes oonditions d'essais
200
..e /
confondues, est donnée sur la figure 1
o /
(pieu lisae ou rugueuz, foncé ou battu. H (~N)
sable 111-cSensa ou dense) •
L'ensemb1e des easais réalisês sur o 100 êOO 300 400
modàles zontre que 1es moments de flexion,
pour un êl..nc..-nt et un effort latéral. Figure 3. Ealii<ÚS sur ai te r6al - - t s .
donn6s, Mpendent peu das carac:téristiquea maxi.ala obaervés aur Pl et P2.
du pi.eu ( incartie. ruges i t6, liiiOde de miae en
plac:e) ou du sol (densité, teneur en eau). L'étude expér:l.aentsle condui.te sur l -
La figure 2 illustre cette eonstatstion en pieux 1110d4l.es Pl et P2 a per ail.l.eura - -
présentant sur un ,..... graphi.qua las tré que l.'effet das peraaétres pouvait être
zoonente ....,.iaa mesurés aur le pieu souple netteaent d:l.fférent aur le pieu aouple Pl
P1 et la pieu rtgide P2, pour dewc densités et aur la pieu rigide P2 (Bouafia, 1990).
du sable d:l.fférentes. La tableau 3 synth4tiae las princ:ipeux
Les assais aur sita réel (La Rheu) résulteta obtanus, les va1eura entre paren-
conduiaent à l.a lllême conclusion et à des théses donnant 1 • influence en pourc:entege
valeurs dea IIIIOID8Jlta aaxiaa trás prochas &a das différents paremàtrea aur le dlapla-
cal1es obtenues sur mod4lea (fig. 3). eement en tête. Cea pourcentagaa peuvent
varicar, daM les p1ages ind:l.quéea,
lorsqu • ils dlapendent soit de la valeur de
l. 'effort lat6ral. app1.1qu6, soit d'un autre
paraaétre ( effets croisés).
Contrairaaent aux oourbas de 1110111ent, las ( 1) La ruges i tolo r6d.ui t lég4\r-nt les
courbas de chargaaent sont tri&s aensibles à déplac:eaents dana toua las caa (sable ai-
c:ertaina paramàtres liés au pieu ou au sol. densa ou dense, pieu soup1e ou rigide).
95
'l'abl-u 3. Effet de dift6rent• pe:r...tatre• INr las d6placement. La réponse du pieu rigide P2 est au con-
en t6ta dea pleux.
traire tràs fortenent gouvernée par las
E;ttet dea par. . . ttee Piou »>Uple Pl P!e\o\ r .ig1de P2 conditions en pointe (valeur de l'affort
RucjJM11:6 F&ible Faibl•
horizontal et du moment de flexion}. Les
(S.ble d-..a 4 •L-denae. aec) (10 l) {10 t .co \) paramétres pouvant DOdifier las conditions
Modll da -.1- en plac:e du l.portant 1'r•' taibla
régnant en pointe auront de ce fait une
p1•u (aable 4~ ...::) ( 10 • 80 •> ( ( 10 t} grande influence sur P2 et seront sans
effet sur Pl. Ceux qui sont plutOt suscep-
Doana1. t6 du aabl• lJIPQrtont Tr6a iapo~n.t
(Sabl• S6C) (60 \) (270 t) tibles de changer la résistance latérale du
sol modifieront la réponse de Pl, mais três
Taneur e.n eau Iaportanc 1apo.rtant
(S.ble deru~e) (206.80t) {70 \) pau celle de P2.
75r-----~-----r-----r-----,
,.•. ,---...----------~
~ o
rr-r-rr t
2 ' 6
s/B
8 10 12
""'
)'MI'""-' ""' pieu du groupe est identique à celui du
Figure 6. Comparaison des déplacements pieu isolé.
meauréa (l} et calculés à partirdes Pour las assais réalisês sur las oouplas
courbea p-y expérimentales (2} ou par la de pieux de type P4, inatallés en ligne ou
méthOde pressiométrique (3}. en rangée, la variation du terae d'effica-
cité Eq ast présentée à la figure 7, en
fonction de l'espaoaeent.
pressiométriques Ep et Pl· En l'absence de Dana le cas das piaux an ligne, l'effica-
pressiomàtre miniatura, on a évalué Ep et cité reste faible pour las pieua prochea.
Pl à partir des résistances pénétromê- Ella tend vers 95 i loraque l'aapacemant
triques Qc mesurées sur le modele en atteint 8 D, valeur limite déjà indiquée
appliquant les corrélations pénétrométre- par Fellenius et al. (1989). Pour las
pressiométre qc/Pl • 7 et Qc/Ep • 1. Les rangéea da pieux, l'afficacitê est
calcula conduisent là ancore à das dépla- sensiblement uniforme et avoisine 95 i.
cements tràs voisins de ceux observés sur
le modele (fig. 6).
5 CONCLUSIONS
SINOPSE
IMTRODUÇAO
p PU X ( 1 - e a + b x d ) ( 2 }
RESULTADOS OBTIDOS
qc =- 841 T 881 x N - 82 x z 4
fc = 35,5 T O,OlS x qc 5
Pu Plu T Ppu ( 6 )
101
E s TA C A s M t T o D o s
N
T
u c v D v MAZURKIEWICZ c H I N
I
p M o Pu Pu Pu
E M r2 r2 ra
o R P. ( kN ) ( kN ) ( kN )
o
11 4 159 0,964 161 0,976 154 0,985
E
s 13 4 184 0,991 184 0,997 179 0,984
c
A 15 6 171 0,992 169 0,997 172 0,952
v
A 17 6 178 0,986 182 0,995 178 0,968
D
A 57 8 151 0,992 ~1 0,994 155 0,993
s • ··
41 12 322 0,999 322 0,999 392 0,993
- - - - - -- - - ---- ~-·---- -
102
TABELA 2 - CARGA ÚLTIMA DAS ESTACAS PELO MÉTODO DE VAN DER VEEN
E s T A c A s CARGA
ULTIMA
TIPO NÚMEROS COMPRIM. DIÂMETRO
( v o v )
E 11 e 13 4 0,25 172
s
c 15 e 17 4 0,25 175
A
v 57 8 0,25 151
A
D 41 12 0,30 322
A
s 50 12 0,35 398
22 e 33 I 2 0,25 192
A
p 25 e 27 4 0,25 289
I
L 29 e 31 6 0,25 585
o
A 5 8 0,25 332
D
A 2 12 0,30 592
s
8 12 0,35 855
Ppu Pt X qu x Ap sendo qu = 40 X Np X Ze
z ( 8 )
D
Pu = Plu + Ppu ( 13 )
qc
Plu Al x fsu e 14
cr:s
Ppu Ap X qpu e c:p x qc 15
.•.
ESTACAS VDV AV1 AV2 ME DQ PH MA
'•'
REFERtNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
SINOPSE
IIITRODUÇ10
p = Pu x ( 1 - ea + b x d ) ( 2 )
d
p = ( 3 ) 11
a + d/Pu
onde procurou-se
carga-recalque.
ajustar a função a todos os pontos da curva
.
RESULTADOS OBTIDOS
E s TA c A S M É T o D o s
T T
N
c v D v MAZURKIEWICZ c H I N
I
u o
E p M
Pu rz Pu rz Pu
( kN )
rz
R. M. ( kN ) kN )
o P. I (
2
o coeficiente de correlação ( r ) resultou praticamente igual a
unidade, indicando que a função imposta pelo método é muito
próxima da curva carga-recalque, obtida na prova de carga.
Nas estacas ensaiadas com o terreno inundado os três métodos
prar.icamente conduziram ao mesmo valor de Pu, isso se deve a
forma da curva carga-recalque, que apresentam nesse caso uma
ruptura bem definida.
A tabela 2 compara os resultados obtidos pelo método de Van
der Veen, para as estacas escavadas, ensaiadas com o terreno no
estado natural e após inundação.
~~
UIIIDAOA
I
--g:;_~ov.
~:J I lU \,
CONSIDERAÇlO FINAL w
1111::
12
... "'
IJ 81
\
••
A anâlise de resulta- ------
dos de sondagens, numa
mesma &rea, executadas em
épocas diferentes, que
34
1--
.........
O•O-ZD•
mostram uma grande varia- lO
ção nos valores dos 1ndi- N.J• CURVAS CARGA·RECALOUE
ces de resistência à pene-
tração, somado a anâlise
de resultados laborato-
CAROA ( k Nl CARGA (kN )
o 100 lO O 100 400 o 100 •oo
o
~
I
($CAVADA S f iT~ E ! CAVAO&S
I ~ . ...
'
&
1&.1 •
~
'\:
I
r
I
I
'
•. ;)
(J
~
"'u 11
[ I! I [ 1! \...
~
1&.1 I ;
a:: I
I !
••
I
. I
r
_,
·~~ - ----- -·
I A T' V RA L
I
E li
I
I
1! 1
1
En --
NATUIIAL
- I NUNDA DO ----· ~U I'I O A OO
. -_-------~: ::., -_ I l
L "4"'. O• O. Z!!"' L:r. .... o'o~ ...
lO lO
FIG . 4 • CUR VAS CAROA-RECALQl€ 1"11. 8 • CUR VAS CARGA- RECALQ UE
CAROA ( kN ) CARGA ( k N)
o
o lO oro ••o o 100 NO I~ 4~
o ~~~~~~--·L----~--~---;----~---i
AI' ILOA D AS
--NAT URA L É
Ê
E•
1&.1
----
- - - INUNDA DO
-..,
E
o
- -- ;)
..
;)
(J
(J
..J
..J, 11
~a:: ..,
u
••
------ a::
..
I
•• ---- 14 I -
REFEAENCIAS BIBUOGRAFICAS.
AFLITOS, A.B.O.; PEREIU, .l.B.F.; CARVALHO, J.C. Ir MENDOUÇA,
M.B. Projeto formoso A - Implantaç&o de obras localizadas com
fundação em solos colaps1veis. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
MECÂNICA DOS SOLOS E ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES, 9, Salvador,
1990. Anais .•• , São Paulo, ABMS, 1990. V.2, p.101-108.
ALBIERO, 3. B. comportamento de estacas escavadas, moldadas
"in- loco". . São Carlos, 1972. 108p. Tese de Doutoramento -
Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São
Paulo.
ABSTRACT
The Engineering Geological Mappíng intends, where it stands the geotecnical properties
of rock and soil that are present in some area, to setup a zoning of this surtace, for lhe
human occupation. This study takes place on an area that mesures 717,43 krrf, called
"Folha de Leme·. in the central-east part of Sáo Paulo state. Thís study was develloped
through the metodologícal proposition of Zuquette (1987), from the eartieranatysis of the
colleted datas and informations that are gotten during the work. The anatysis were
develloped in the sense to stablish Comprehensive Special Purpose Maps that shows
the condition under some obligation in front of the work's kind and consíderable
occupation.
INTRODUÇÃO
A necessidade de conhecimento das condiçOes do meio flsico como forma de racionalizar as obras de engenharia,
diminuindo seu impacto sobre o meio tem possibilitado o desenvolvimento de várias modalidades de estudo de
atributos do meio considerado de interesse. O mapeamento geotécnico é uma destas modafldades, e tem tido
grande impulso no Brasil, em especial na região sudeste, nos últimos anos.
O presente trabalho enfoca a região aqui descrita como "Folha de Leme·. situada no centro-leste do Estado de
2
Sao Paulo entre os meridianos 47"15' e 4T30'W e os paralelos 22'00' e 22'15'S, compreendendo 717,43 km
de área. A escolha da Folha SF-23-Y-A-11·1-(IBGE, 1971), na escala 1:50.000, se deve ao fato da mesma se incluir
no contex1o do convínio firmado entre a EESC-USP e a FINEP para o projeto "Mapeamento Geotécnico do
Centro-Leste do Estado de São Paulo", cujos trabalhos abrangem a Folha de Campinas (1 :250.000).
A escala utilizada para execução dos trabalhos (1 :50.000) se justifica como trabalho de nível regional, segundo a
proposta metodológica adotada (Zuquette, 1987).
ÁREA ESTUDADA
A área escolhida para estudo apresenta, em sua divisão administrativa. parte dos municípios de Pirassununga,
Leme, Santa Cruz da Conceição, Araras. Corumbatai e Rio Claro, apresentando uma economia baseada
principalmente em atividades agropecuárias e um parque industrial voltado ao aproveitamento dos recursos
agrícolas.
A ocupação e uso do solo é caracterizada pela predominância de culturas anuais (cana-de-aducar, algodao e
feijão) e culturas semi permanentes {citrus). A ocupação residencial apresenta grande concentração nos sítios
urbanos (Leme, Pirassununga e Santa Cruz da Conceição) e as áreas de ocupação industrial estão situadas nas
proximidades destes núcleos urbanos.
O clima da área foi caracterizado, segundo DAEE {1981), como Sub-Tropical muito úmido a úmido, estando a
região localizada, segundo Setzer (1966) na "Depressão ~aleozóica Quente (OPq)", caracterizada por ·uma
topograHa suave, sem serra ou vale profundo, clima tropical com estiagem nitida, pluviosidade média anual inferior
a 1.300mm e evapotranspiraçao média anual menor que 1.000mm·. O balando hídrico, obtido por Mello (1979),
com dados do período 1946- 1975, apresenta três perlod.,Ps típicos no decorrer do ano: {1) período chuvoso entre
os meses de outubro e março; {2) período de estiagem_ de junho a setembro; e (3) período de transiçao (equilíbrio
entre precipitação e evapotranspiraçâo) nos meses de abril e maio.
Hídrologlcamente a área está situada na Bacia do Moji-Guaçu apresentando drenagens de segunda e terceira
ordem com comportamento tipicamente subsequente. enquanto as demais tem comportamento consequente. Com
relação à águas subterrâneas a área nao apresenta aquíleros em boas condiçOes (qualitativas e quantitativas)
de explotabilidade, fato este já apresentado por DAEE (1979) e DAEE (1981) e verificado em trabalhos realizados
118
GEOLOGIA REGIONAL
Os litotipos presentes na Folha de Leme podem ser descritos genericamente como pertencentes às sequênclas
sedimentares e magmatitos básicos da Bacia do Pataná. As unidades sedimentares apresentam litologias
pertencentes aos Grupos São Bento e Passa Dois e ao Supergrupo Tubarão. As intrusivas básicas podem estar
associadas ao evento Serra Geral ou lhe ser posteriores.
A estruturação da área pode ser descrita, segundo Andrade e Soares (1971, apud Kaefer, 1979), como um sistema
de falhamentos de gravidade (formando um conjunto de blocos elevados e rebaixados) orientados segundo NW-SE
e NE-SW, estando normalmente associados às intrusões básicas.
A caracterização das unidades litoestratigráficas, aqui referenciadas como ·substrato geológico", baseou-se nos
trabalhos de Kaefer (1979), Almeida (1981), DAEE (1981) e Landim (1982) e em trabalhos de campo.
Do Supergrupo Tubarão foi reconhecido apenas o Membro Paraguassu da Formação Tatui, composto por siltitos
arenosos de cores arroxeadas. O Grupo Passa Dois é representado na área pelo Membro Taquaral da Formação
lrati (siltitos e folhelhos cinza escuros) e pelos folhelhos variegados da Formação Corumbatai. O Grupo São Bento
apresenta, na área estudada, os arenitos argilosos da Formação Pirambóia e os arenitos finos bem classificados
da Formação Botucatu. Os magmatitos básicos são soleiras e diques de textura faneritica e coloração cinza a
preta.
METODOLOGIA UTILIZADA
A Proposta Metodológica de Zuquette (1987), utilizada para a realização do trabalho, representa uma tentativa
de, tendo-se como base os princípios que regem outras metodologias de mapeamento geotécnico existentes.
criar uma forma de execução do mesmo adequada às condições brasileiras.
A seqOência de trabalhos inclui quatro etapas: (1) obtenção e análise dos mapas básicos; (2) elaboração dos
mapas auxiliares; (3) obtenção das cartas derivadas ou interpretativas: e (4} apresentação das condições
geotécnicas em cartas interpretativas.
Os atributos considerados na análise. podem ser obtidos ou observados de três formas básicas : ( 1} trabalhos
anteriores; (2) uso de censores remotos; e (3) trabalhos de campo. A importância de cada atributo depende da
aptidão considerada. Os atributos básicos são: declividade dos terrenos, características dos materiais (rochosos
e inconsolidados). espessura do material inconsolidado, profundidade do nível d'água, forma dos terrenos,
movimentos de massas, ocupação e uso do solo, condições hidrológicas, além de parâmetros e propriedades
obtidas por meio de ensaios de laboratório.
Os documentos utilizados são divididos em Mapas Básicos Fundamentais (topográfico, geológico e de águas).
Básicos Opcionais (pedológico, geofísico, geomorlológico, climático, de ocupação e outros julgados de interesse).
Mapa Auxiliar (de documentadfo), e Cartas Interpretativas.
Substrato geológico
A adoçao do termo "substrato geológico· em lugar de ·substrato rochoso" para caracterizar os materiais
consolidados presentes na área. se deve a dificuldades encontradas. em muitos locais, de se definir o limite exato
(em profundidade) entre os materiais inconsolidados transportados e seu substrato. Portanto o termo substrato
geológico pode englobar o manto de alteração, de espessura raramente superior a SOem, sotoposto aos materiais
inconsolidados retrabalhados presentes na área.
As unidades utilizadas para a descrição do substrato geológico são os litotipos já descritos no item "Geologia
Regional" e sua denominação é idêntica à sua nomenclatura estratigráfica. Desta forma temos como unidades do
substrato geológico: Intrusivas Básicas, Formação Botucatu, Formação Pirambóia, Formação Corumbatai,
Formação lrati e Formação Tatui, cuja distribuição na área estudada pode ser observada no Mapa do Substrato
Geoló~ico (Fig. t).
119
Materiais lnconsolidados
Sob a denominação materiais inconsolidados pode-se distinguir, quanto à gênese, duas categorias: materiais
residuais e materiais retrabalhados.
Os materiais residuais representam, como o próprio nome indica, produtos derivados dos litotipos do substrato.
englobando solos derivados das intrusivas e das unidades sedimentares. Por questão de uniformidade de
nomenclatura estas unidades tiveram seu nome associado à unidade liloestrat~ráfica que lhes deu origem.
Os materiais retrabalhados incluem sedimentos aluviais recentes e sedimentos cenozóicos. Os sedimentos
aluviais abrangem depósilos, predominantemente arenosos. de terraços e de planícies de inundação, além de
corpos Isolados de turfa. Os sedimentos cenozóicos foram divididos em dois grupos de acordo com sua génese :
sedimentos arenosos indiferenciados de distribuição extensa por toda área; e sedimentos argilosos de rampa,
cujos depósitos se distribuem nas proximidades das soleiras básicas.
Para as unidades inconsolidadas retrabalhadas optou-se por uma nomenclatura dupla na qual o primeiro termo
descreve a granulometria do material e o segundo a sua gênese.
A seguir são apresentadas. de forma resumida, as unidades de materiais inconsolidados, cujas propriedades
geotécnicas mais importantes podem ser encontradas na tabela 1. Sua distribuição na área é mostrada no Mapa
de Materiais lnconsolidados (fig. 2).
Unidade Arenosa Aluvial (Ar. a) :depositados em planícies de inundaçao e terraços aluviais nas drenagens de
maior expressao da área. estes sedimentos normalmente possuem espessuras inferiores à 2m, apresentando
maiores valores apenas na planície de inundação do Moji-Guaçu, na porção leste da área. sao areias argilosas
compostas por quartzo, fragmentos de rocha, óxidos de Fe e argilo- minerais do grupo da caulinila.
Unidade Argilosa de Rampa (Ag. r): composta por colúvios cenozóicos de rampa, denominados "depósilos
frontais às escarpas regionais" por Fulfaro (1979), esta unidade foi reconhecida à NW da área, na região
conhecida como Serra da Cantareira", e na porção centro-sul, nas proximidades de Leme. Sua presença
está sempre associada às vizinhanças das escarpas das soleiras de magmatitos básicos, com espessuras
Inferiores à 2m nas proximidades dos corpos básicos. aumentando quando se afasta deles (podendo chegar à
Sm). São sedimentos predominantemente argilosos com uma mineralogia rica em hematita, ilmenita, quartzo,
limonita, zircão e argilominerais 1:1.
Unidade Arenosa Coluvlonar (Ar. c): de distribuiçao extensa na área estudada (principalmente ao norte),
estes sedimentos coluvionares cenozóicos sao lruto do retrabalhamento indistinto de unidades rochosas da
Bacia do Paraná, segundo Bigarella e Mousinho (1965) e Avila et alii (t981), recobrindo as intrusivas básicas
e rochas do Grupo Passa Dois, apresentando três classes de espessura: menor que 2m, 2-Sm. e maior que Sm.
Sao sedimentos arenosos finos com significativa contribuição da traçao argila, compostos por quartzo, óxidos e
hidróxidos de Fe e argilominerais tipo 1:1.
Unidade Magmatltos (Mg) :os solos derivados das intrusivas básicas foram reconhecidos na área principalmente
nas porções norte (na Serra da Cantare ira e nas proximidades da estação de tratamento do SAAE de Pirassunun-
ga) e sudeste, podendo apresentar três níveis de espessura:< 2m, 2-5m e> Sm. São solos predominantemente
argilosos compostos basicamente por opacos (magnetita, hematita, limonita e ilmenita) e quartzo.
Unidade Botucatu (Bt) : presente principalmente na porçao NW da região estudada, em regiões de relevo
escarpado ocupando as maiores cotas dos terrenos da área, estes solos apresentam espessuras sempre inferiores
à 2m e encontram-se assentes diretamente sobre o arenito silicificado em estágio inicial de alteração. Apresentam
predominância da fração areia fina (com alto grau de seleção dos graos) podendo mesmo ultrapassar 85%.
Apresentam uma mineralogia rica em quartzo e argilominerais 1:1.
Unidade Plrambóla (Pb): identificada nas porções NW e sw da área. esta unidade mostra faixas de distribuiçao
mais expressivas nas proximidades de Santa Cruz da Conceição. Em termos de espessuras, estes solos podem
ser divididos em duas classes: menor que 2m e entre 2 e Sm. sao areias finas argilosas compostas por quartzo.
feldspato e argilominerais cauliníticos.
Unidade Corumbatal (Cb) : de distribuição extensa em..toda a porçao oeste da área, principalmente à SW de
Pirassununga e NW e SW de Leme, esta unidade pode apresentar espessuras menores que 2m ou variando
entre 2 e 5m. São solos nos quais predomina a fraçao argila e apresentam uma composição rica em óxidos e
quartzo.
Unidade lratl (11) : identificada na região em estudo nas porções NW (a sul de Pirassununga) e SE, esta unidade
apresenta duas classes de espessura: < 2m e 2-Sm. Granulometricamente são argilas arenosas compostas
essencialmente por quartzo e opacos. apresentando subordinada mente carbonatos e argilominerais caulinfticos.
120
Unldsde Tstul (Ts): presentes principalmente na porção NE da Folha de Leme, os produtos residuais da Formação
Tatui situam-se nas porções mais aplainadas e rebaixadas da área. com duas classes de espessura: menor
que 2m e entre 2 e 5m. sao areias argilosas compostas por quartzo e opacos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A caracterização das condições geotécnicas presentes na área e dos atributos técnicos de interesse para cada
uso considerado permitiu o reconhecimento dos seguintes aspectos de grande relevancla geotécnica :
• os problemas erosivos já existentes e o potencial de erodibilldade da Unidade Arenosa Coluvionar indicam a
necessidade de um manejo muito cuidadoso com a mesma, especialmente no que diz respeito à atividade
agrícola. ·
• o fenômeno de expansão, decorrente de microlissuramento, apresentado pela Unidade Corumbatai, exige um
cuidado especial com taludes de corte.
• a possibilidade de uso de certas unidades para a deposição de rejeites sépticos, requer soluções técnicas
especiais tais como a instalação de drenes e a impermeabilização da base e das laterais do aterro.
• os pontos de ocorrência de sedimentos orgânicos (turfas) na planície de inundação do Moji-Guaçu devem ser
evitados em projetos de engenharia, especialmente obras viárias.
• o baixo potencial de utilização de águas subterrâneas na área estudada, pode ser melhorado com a
possibilidade de utilização de aqufferos rasos presentes na base da Unidade Arenosa Coluvionar.
• com relação à escavabilidade dos terrenos é necessário um cuidado especial nos locais que apresentem três
fatores associados: altas declividades(> 10%), espessura de material inconsolidado menor que 2m, e substrato
geológico representado pela Formação Corumbatai.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, F.F.M. Mapa Geológico do Estado de São Paulo • Escala 1:500.000. São Paulo • SP, DMGA-IPT,
Publicação N9 1184, Série Monografias N' 6, 1981.2 V., 126p.
AVILA, I.G.;IWASA, O.Y.;PRANDINI, F.L.;FORNASARI FILHO, N. E PONÇANO, W.L.AigumasCaracterrsticas
Geológicas e Gaotécnicas dos Depósitos Coluvionares do Estado de São Paulo. 3a CBGE. ltapema •
SC, ABGE, 1981, V. 3, p. 19·31.
BIGAAELLA. J.J. e MOUSINHO, M.R. Considerações a Respeito dos Terraços Fluviais, Rampas de Colúvios
e Várzeas. Boletim Paranaense de Geografia, (16-17): 153-198, 1965.
DAEE Estudo da Qualidade das Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo. São Paulo· SP. DAEE. 1979. 2
v.. 205p.
DAEE Estudo de Águas Subterrâneas - Região Administrativa de Campinas. Sao Paulo • SP, DAEE, 1981. 2
V., 175p.
FULFARO, V.J. O Cenozóico da Bacia do Paraná. 2° Simpósio Regional de Geologia. Rio Claro- SP, SBG, 1979.
v. 1, p. 231-241.
IBGE Mapa Topográfico: Folha Leme (SF-23-Y-A-11-1). São Paulo - SP, IBGE, Escala 1:50.000, 1971.
KAEFER, L.O. Projeto Sapucai : Relatório Final de Geologia. CPRM - Ministério de Minas e Energia. Série
Geologia, Brasília - DF, Boletim N° 2, 1979. 299p.
LANDIM, P.M.B. Mapa Geológico do Estado de São Paulo: Folha Campinas (SF-23-Y-A). Escala 1:250.000.
Rio Claro· SP, DAEE - UNESP, 1982.
MELLO, M.H.A. Determinação da Largura Efetiva de Escoamento da Bacia do Rio Moji-Guaçu, Aplicação do
Modelo Macneill & Serra. Boletim do Instituto Geológico de São Paulo. 6 (4): 52p., 1979.
PONÇANO, W.L. et ai Mapa Geomorlol6gico do Estado de São Paulo. São Paulo- SP, DMGA-IPT, Publicadfo
N9 1183, S'rie Monografias N° 5, 1981. 2 V., 94p.
SETZER, J. Atlas Climatológico e Ecológico do Estado de São Paulo. São Paulo· SP, Comissão Interestadual
da Bacia Paraná • Uruguai, 1966. 61p.
ZUOUETTE, L. V. Análise Critica da Cartográfia Geotécnica e Proposta MetodOlógica para as Condições
Brasileiras. São Carlos- SP, EESC/USP, Tese de Doutoramento, 1987. 3 V., 673p.
121
--· ::.:
lJNipÀoé_ Pe -_- p e Pdmãx Wot(%) .. -- HRB sues
Ar. a 2,67 1,60 0,6 2,00 10 A-2·7 se
Ag. r 2,70 1,50 1,0 1,80 18 A-7 Cl
Ar. c 2,68 1,40 0,5 1,94 11 A-2-6 se
Mg 2,82 1,50 0,7 1,69 23 A-7 CL
Bt 2,65 1,40 0,5 1,72 12 A-2-4 SP·SC
Pb 2,67 1,60 0,7 1,90 13 A-2-6 se
Cb 2,73 1,50 0,5 1,75 18 A·7 CL
lt 2,85 1,40 1,1 1,60 17 A-6 Cl
Ta 2,70 1,60 0,8 1,90 12 A-2-6 se
~
v "
'I v
1
v v v
v
'I
" "
'/ v
v •/ v 11
"
v v v
v
v v
~
,,
"
··~·
LE&ENOA
~A-.cGAOI: @
--~
CDIIUII8ATAÓ
~ ~ IIIIII!IIOÕ€1 E IIIOS I!ti) OIJ •••,,
J LJIIIIIT! !.NTI'IE UJ!tiDIIM.S
lEi]_.,.,.
AllflOIOY CXll...........
(!!] TAT>Ji
IID IOTUCATU
124
DAVID DE CARVALHO
FEAGRI/UNICAHP
JUOY NORKA RODO DE HANTILLA
UFHG
RESUKO
~ - ENSAIOS DE LABORATORIO
126
ATERRO
5
--OI
----- 02
---o3 2
AREIA
--·-··· 04 ARGILOSA,
-·-·- 05 4 IIMRAOIA.
FOFA
3
E
4
(SEDIIIIEf1TO
4 CEH020100)
9ARGL.A
ARENOSA,
v~
DIA
7
l.,........ ..,....
BAURU)
IIL----L----L---~--~----L____L___J
O tO 2.0 3.0 4.0 5.0 60 7.0
RESISTENCIA DE POHTA !MPol
ATERRO
5
'·tsr.~
[:·l,·1'\ ------
- OI
02
21----l'.....~-~-1---1--~- 03 2
3 r ~
~4
-···-·-04
-~-·- 05
AREIA
4 ARGILDSA,
II!IARROM,
FOFA
3
4
!SEDIMENTO
CENOZÓICO)
4
. GRANULOMETRIA (~)
Prof Areia Si I te Argila 030 050 060 LL LP IP
(m) H F (rrm) (mm) (mm) (%) (%) (%)
1 ,00 12 51 11 26 0,012 o' 15 o,20 21! 17 7
2,00 10 55 14 21 0,045 o' 16 0,20 26 18 8
3,00 10 51 os 31 0,002 o' 13 o. 18 27 20 7
4,00 os 56 11 28 0,004 o•11t 0,20 28 18 10
5,00 09 54 17 20 o' 030 o' 12 ot 17 30 19 11
6,00 08 54 16 22 0,020 o' 13 o. 18 31 21 10
7,00 10 57 14 19 o,070 o' 15 0,20 31 22 9
8,00 16 54 09 21 0,070 o,18 0,22 34 20 14
9,00 17 56 10 17 0,090 0,22 0,26 30 19 11
10 t 00 16 56 08 20 0,088 o, 19 0,24 32 19 13
128
~~--------------------~------------------------------~
õ
Cl. 200
~
100
Onde:
Jnde:
131
Y • variável dependente;
x 1 =variável independente (explicativas), 1, o o o o , j;
'b1 =coeficiente, i= l, ... ,j;
~o= intercepto;
c ::: resíduo.
Essa equação é denominada modelo de regressão linear, ou simplesmente,
modelo. Devido ao baixo número de observações (metros escavados) para cada
variável, poderemos ter, no máximo, modelos com 3 variáveis explicativas. Pa-
ra procurar os modelos que melhor explicariam o comportamento das variáveis de
pendentes, inicialmente calculamos as correlações pelo método de Pearson parã
encontrar as variáveis mais correlacionadas, obtendo-se a matriz de correla-
ção. O programa computacional utilizado constitui-se do seguinte algorítmo:
ABSTRACT
Using a methodology for geotechnica/ mapping developed in the EESC-USP. an
investigation in a wide area of S~o Paulo State, Brazil, located in lhe topographic map
of Campinas (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, 1:250.000 scale) was
carried out in order to provide the elaboration of a synthetic regional map (1:200.000
scale) of geotechnical units.
INTRODUÇÃO
A preocupaça.o em se conhecer as limitações do meio físico, frente a sua ocupaçao crescente, se tez sentir, em
alguns países, já no início do século. No Brasil essa preocupação só surgiu na década de 70; a rigor, só em 1974,
é que o primeiro mapa geotécnico foi elaborado. A partir dai, diversos outros trabalhos foram desenvolvidos em
institU1os de pesquisa e em centros universitários quase todos calcados em linhas metodológicas criadas no
exterior e que nem sempre contemplavam. adequadamente, as condições ambientais, tecnológicas e sócio-
econômicas de nosso pais.
No presente trabalho, elabora-se o mapeamento geotécnico de uma grande área do Estado de São Paulo, com
base em metodologia desenvolvida na EESC-USP (Zuquette, 1987) que procura considerar aspectos sociais e
econômicos do país, bem como a quase total ausência de informações básicas, função da extensão territorial e
da baixa densidade de ocupação de algumas regiões.
A área em que foi desenvolvido o projeto consta da figura anexa e corresponde à Folha Topográfica de Campinas,
do IBGE (1980), na escala 1:250.000, entre os paralelos 22° e 23°S e os meridianos 47" e 48° W, com uma área
aproximada de 10.000 km2 , onde se situam 56 municípios. Estima-se, para a área, uma populaçao superior a 4
milhões de habitantes, com cerca de 3,5 milhOes concentrando-se nas zonas urbanas. Dentre os municípios que
compõem a região, face à população e à importância econômica, destacam-se Campinas. Piracicaba, Limeira.
Americana, Rio Claro, Sao Carlos, Sumaré e Bragança Paulista.
Geomorfologla
Segundo Ponçano et a/li (1981 ), a compartimentação do relevo paulista permite incluir a regiao investigada, quase
na sua totalidade, dentro da Província Geomorfológica da· Depressão Periférica; subordinadamente, pequena
porção à NW, situa-se dentro da Provlncia Geomorfológica das Cuestas Basálticas e finalmente, uma área muito
restrita, à SE. enquadra-se na Província Geomorfológica do PlanaHo Atlântico.
Águas
a) Superficiais- Considerando as águas superficiais, a região apresenta boa rede de drenagem, sendo os cursos
d'água pertencentes principalmente às bacias dos rios Mogi-Guaçu e Piracicaba que drenam a maior parte da
área e subsidiariamente às bacias dos rios Jacaré-Guaçu e Corumbataí.
135
Geologia
A região é constituída por litologias da Bacia Sedimen!ar do Paraná e do embasamento cristalino. Na Tabela 1
encontra-se uma síntese da geologia regional
METODOLOGIA
O mapeamento geotécnico constitui-se de um conjunto de etapas. realizadas de maneira sucessiva, até atingir o
seu objetivo, ou seja, a realização de cartas que apresentam uma gama de informações sobre as condições do
meio físico (Cartas interpretativas).
Segundo Zuquette e Gandolfi (1990). a obtenção dos atributos constitui uma etapa essencial do trabalho, a qual
deve ser planejada e realizada em tempo de duraçao suficiente para a soluçao das dúvidas. Considera-se como
um primeiro passo para a obtenção dos atributos. o levantamento e a análise criteriosa dos trabalhos já realizados,
tais como: mapas (topográfico, geológico. pedológico. geomorfológico, geofísico, dentre outros), sondagens e
ensaios. Porém, é importante ressaltar que essas informações devem ser rigorosamente selecionadas. Outros
meios para a obtenção dos atributos podem ser utilizados: fotografias aéreas. trabalhos de campo (trabalhos de
superfície e investigação de superfície), ensaios de laboratório e propriedades estimadas. Face à escala adotada.
os resultados obtidos foram apresentados na forma de um mapa de síntese das unidades geotécnicas definidas.
Residuais
1. Cóstaljoo (graojtos gnaisses) - Composta por materiais residuais provenientes de granitos e gnaisses do
embasamento cristalino; apresentam espessura variável, chegando a 25m em alguns locais. sendo porém
comum encontrar valores menores que 2m. Em quase toda a área de ocoorréncia dessa umidade, são
encontrados mataçOes de dimensões diversas. É muito frequente a ocorrência de perfis em que a faixa de
136
saprolitos (materiais ferrisialíticos) é predomin<;Jnte em relaçao a faixa de material mais evoluído (com pequena
porcentagem de micas) que lhe é sotoposta.
2. Hjdrom6rtjcos- Podem ser representados por aluviões ou materiais residuais onde, na maior parte do ano. o
nível freático se mantém à profundidade menor que 1m. Constituem-se em áreas potencialmente inundáveis
(portanto, sujeitas a risco). apresentando limitações à maioria das formas de ocupação. Apresentam variações
texturais abruptas. tanto em área quanto em profundidade. Em toda a área de ocorrência, encontra-se ocupada
com atividades agropecuárias.
3. formacao Corumbataj - Composta pelos materiais residuais oriundos da Formação Corumbataí. sendo
predominantemente de textura fina (argila+ silte), apresentado-se sempre com espessuras inferiores a 5m.
Esta umidade apresenta problemas de estabilidade em cortes ou alloramentos, face ao processo de •empas-
tilhamento" dos materiais quando exposto à ciclagem natural.
4. Formaçao Serra Geral - Constituída pelos materiais inconsolidados residuais ligados aos magmatitos básicos
da Formação Serra Geral e intrusões associadas. Apresentam-se com espessuras variando de centímetros a
valores maiores que 20m. Em perfís nessa unidade. é possível distinguir três faixas de in!eresse geotécnico,
a saber: uma faixa superior, com minerais de gibsita, caolinita. quartzo e óxidos e hidróxidos de Fe e AI,
classificada por Nogami e Villibor como de comportamento laterítico: uma faixa intermediária, onde não se
observa mais estrutura e textura relativas à rocha ma1riz, mas classificadas por Nogami e Villibor (1985) como
de comportamento nao lateritico; finalmente, uma faixa inferior, com estrutura da rocha ainda mantida, bem
como existência de alguns minerais primários.
S. Formação Botucatu/Formação Pjrambója- Unidade constituída por pacotes muito espessos e homogêneos.
onde a contribuição de finos é sempre inferior a 20%; em alguns locais. e anomalamente. a fração argilosa
aprese ma altos valores de CTC (15 meq/1 OOg de argila). Trata-se da unidade que apresenta maior suscep-
tibilidade à erosão em toda a região mapeada.
6. Formacao Marília - Formada pelos materiais inconsolidados provindos de arenitos. siltitos e argilitos da
Formação Marília. Há uma relação entre a posição das camadas e a topografia, resultando uma alternância
textura! em área Assim. acontecem mudanças em distâncias inferiores a 1OOm, com ocorrência de materiais
arenosos, siltosos. argilosos. mistos e até a presença de carbonatos em alguns locais.
7. Formação Itararé (lextura fina} e
8. Eormacao Itararé (textura arenosa\- Unidades compostas pelos materiais residuais de texturas fina e arenosa
oriundos da Formação Itararé. Independentemente do tipo de textura, as espessuras encontradas variam de
centímetros até valores próximos a 20m. havendo predomínio (ao redor de 75% da área) de espessuras
Inferiores a 1Om. As regiões com textura fina são ocupadas por atividades agropecuárias e hortilrutigranjeiras.
sendo pouco conhecidas em termos geotécnicos. A textura fina (siltosa ou argilosa) é oriunda da alteração de
siltitos, argilitos. diamictitos. lamitos e outras litologias sedimentares peliticas.
As áreas de textura arenosa tem grande importância quanto à ocupação, pois apresentam susceptibilidade à
erosão e podem também se constituir em aquíferos, com vulnerabilidade à poluiçao.
9. Formação lratVForrnacao Tatui - Umidade constituída por materiais inconsolidados de diversas texturas e
grande variação em área; apresentam-se com espessuras também variadas, predominando valores menores
que 10m; são materiais pouco estudados. mesmo ao nível de caracterização.
Retrabalhadas
10. Mis1QS- Trata-se de unidade que apresenta materiais inconsolidados com alternância entre texturas fina e
arenosa; a espessura é variada, chegando a 25m, sendo raro encontrar valores menores que 5m. É uma
unidade que ocorre em depressões do terreno ou nas porções inferiores das encostas, formando-se a partir
de diferentes tipos fito lógicos. ·
11. Argilosos- É uma unidade que se apresenta em pacotes espessos, podendo atingir espessura de até 20m,
sendo encontrada em encostas. estando sempre associada a litologias finas ou a magmatitos básicos.
12. Arenosos- Constitue unidade que se apresenta em pacotes espessos, recobrindo praticamente todos os tipos
litológicos encontrados na região; às vezes. os finos podem chegar a quase 50% em sua composição textura!.
CONCLUSÃO
De acordo com a metodologia que norteou os trabalhos foi produzido um mapa síntese das unidades geotécnicas.
na escala 1:200.000, que permite uma visão abrangente das características geotécnicas da área investigada.
137
Cabe ressaltar que os materiais inconsolidados, quer de natureza residual quer retrabalhados, cobrem toda a área
mapeada, com diferentes espessuras e são de primordial importância em termos de caracterlsticas geotécnicas
de interesse para o planejamento do uso e ocupação do solo.
REFERêNCIAS
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA 1980 Mapa topográfico. Folha de Campinas
(SF-23-Y·A). 2a. ed. Sao Paulo, IBGE. Escala 1 :2~0.000.
NOGAMI, J.S. e VILLIBOR, D.F. 1985 Additional considerations about a new classification for tropical soils. In:
INTERN. CONF. ON GEOMECHANICS IN TROPICAL LATERITIC ANO SAPROLITIC SOILS, 1, Brasma.
Proceedings, Sao Paulo, ABMS, v. 1, p. 165-174.
ZUQUETTE, L.V. 1987 Análise critica de cartografia geotécnica e proposta metodológica para as condições
brasileiras. São Carlos, 3 v. Tese (Doutorado) EESC-USP.
ZUOUETTE, LV. e GANDOLFI, N. 1990 Mapeamento Geotécnico: uma proposta metodológica. Geociências 9:
55-66.
PONÇANO, W,L. et alii Mapa geomorfológico do Estado de São Paulo, São Paulo, IPT, 2v. (Publicação IPT, 1183.
Monografias 5)
138
i,..EGENDA
~
' t o 7 ~ 6
LiiiJ::S=tz::tõ;;;;J
& Fm. ITARARÉ I textura arenoso l E~CAL.A GQÃF"ICA
9 Fm. IRATI I Fm. TATUI
139
LEGENDA
1
2 -
- CRISTALINOS
HIOROMÓRFICOS
I granitos, onoi.sse.s I 10-
11 -
MIST~
ARGILOSOS
3 - Fm. CORUMBATAI 12 - ARENOSOS
"-
5 -
Fm. SERRA GERAL
Fm. BDTUCATU I Fm. Pt RAMBÓIA
6 Fm. MARt'LtA N.G.
7- Fm. ITARARÉ I textura fino I
~
2 ' o l ~ ......
LEGENDA
8- Fm
9- Fm.
ITARARÉ I textura arenosa I
IRATI I Fm. TATUI
E.:S.CAL.A -ÃFICA @
141
LEGENDA
ABSTRACT
A study about the mechanism o f hardened crust formation that occur in exposed surlaces
o f man-made slopes in cenozoic sediments atthe central region oi lhe State o f Sé'lo Paulo
is presented. A cut was made in those sediments at lhe Escola de Engenharia de Sé'lo
Carlos Campus to understand some questions, namely, lhe crust evolution and the water
movement under climalic and artificial influences.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho faz parte de uma pesquisa que vem sendo realizada em taludes escavados nos sedimentos
arenosos na região central do Estado de São Paulo, que se mostram capeados por "crostas• de materiais mais
resistentes. Estas crostas auxiliam na estabilização de alguns cortes em maciços de baixa coesão, mesmo com
inclinação acentuada, pela melhora das condições da super1ície exposta frente aos processos erosivos.
A maneira como a água percola os maciços é o principal fator da cimentação superficial desses taludes
(Paraguassú. 1972 e Vilar et ai., 1986). Os processos de transferência da água no solo. associados ao gradiente
térmico e aos fenômenos de evaporação e sucção, resultam na movimentaçao· alternada da água próxima à
superfide. onde se deposita o material -solúvel transportado e ocorrem fenômenos de endurecimento. A
cimentaçao se desenvolve com relativa rapidez e está associado aos períodos chuvosos e secos com insolação
(Paraguassú e 1989).
A crosta endurecida mostra-se mais intensa na super1ície exposta à ação climática, com uma atenuação gradual
do endurecimento com a profundidade. A espessura da zona mais resistente varia de poucos milímetros a até uma
dezena de centímetros, conforme se observa em cortes executados para a abertura de rodovias na região
estudada.
Trata-se de uma pesquisa experimental de campo, em escala real, num talude situado em local de fácil acesso
para possibilitar observações continuas da evolução do fenômeno. O objetivo principal foi aumentar os conhe-
cimentos sõbre os processos de cimentação e sua aplicabilidade nas obras de estabilização de taludes.
Sondagem de Simples Reconhecimento (Standard Penetration Tesf) é de 3 golpes por trinta centímetros de
penetração. Esses dados mostram que se trata de um material formado essencialmente por uma areia fina argilosa
fofa, de média permeabilidade.
Leituras In situ efetuada com uma sonda de Neutrons (501 DR - Hydroprobe moisture depth gauge) mostraram
que o teor de umidade do terreno não varia com a profundidade durante as estações do ano, apresentando valores
médios de 21 %, exceto nos SOem superficiais, onde a variaçao do teor de umidade foi considerável, da ordem de
21 ± 10% (Rõhm, 1991 ). Estes resultados foram confirmados através de determinações diretas com a coleta de
amostras a trado.
A composição química da água que percola o maciço está expressa pelos valores médios constantes da Tabela 1:
Os dados apresentados na Tabela 2 (obtidos a partir dos tensiõmetros instalados no talude. descritos mais adiante)
mostram que durante os períodos mais quentes do dia. a sucção aumenta, diminuindo com o decréscimo de
temperatura, quando a noite se aproxima. Pela manhã, antes do nascer do sol, a sucção é a menor do período.
voltando a crescer com o aumento da temperatura; e assim sucessivamente. Quando ocorrem chuvas, a sucção
diminui. expressando variações proporcionais a quantidade de água precipitada.
poros do bulbo, e um novo equilíbrio de pressões se estabelece.Como o potencial matricial apresenta uma relação
com o teor de umidade do solo, pode-se determinar a chegada da frente de variação de umidade.
Para se conhecer o percurso da água que se in filtra no topo do maciço e o tempo necessário para que a frente de
umidade atinja a superfície do talude, procedeu-se da seguinte maneira: introduziu-se continuamente volumes
conhecidos de água no furo F1 e fez-se as leituras nos tensiõmetros T1, T2 e T3, que se encontram alinhados
com o referido luro.
Na primeira tentativa foram introduzidos 260 litros de água, pela manha, durante um período de três horas. Os
tensiõmetros nada registraram mesmo após cinco horas do término deste procedimento.
A segunda tentativa foi realizada nas mesmas condições, onde colocaram-se 710 litros de água num perlodo de
cinco horas. Novamente os tensi6metros mostraram-se insensíveis durante a introduça.o da água e também cinco
horas após o término do procedimento. Eles só acusaram pequenas variações na manha do dia seguinte,
mostrando que o fornecimento de soluções cime.ntantes somente por esta via é pouco eficiente. devido a grande
disseminação que ocorreu no interior do maciço. não chegando quantidades significativas à superfícies.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O mecanismo da cimentaçao em princípio é simples: as variações de temperatura e pluviOmétricas (diárias e
sazonais) promovem o movimento da água no maciço, em todo seu corpo. e principalmente na superfície exposta
ao ambiente onde se dá sua evaporação. Precipitações, principalmente da sílica, associadas a processos de
umedecimento e secagem dos materiais mais finos (óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio. caulinita e gibbsila;
componentes característicos dos sedimentos estudados). provocam o endurecimento da superfície exposta.
Por outro lado, quando se pretende investigar, com detalhes, as reações envolvidas na cimentaçao de superfícies
arenosas, a complexidade é grande necessitando-se de mais estudos de campo e de laboratório. Contudo. o fator
fundamental no mecanismo de cimentaça.o é o movimento da água no maciço que favorece os processos
físico-químicos envolvidos.
Dos sedimentos arenosos estudados, os do tipo referido nesta experiência, em princípio, sao os que mais
rapidamente tem suas superfícies cimentadas.
A época em que é feito o corte é muito importante. É preferível executá-lo após a estação chuv.osa ou entao num
período logo após a ocorrência de alguns dias de chuvas. A posição do talude em relação ao sol determina a
intensidade da evaporação o que influência diretamente na velocidade do processo de cimentação.
REFERÊNCIAS
DECICO, A. 1974. A determinação das propriedades térmicas do solo em condições de campo. S.Paulo. (Tese
de Livre Docência). ESALO/USP.
GERAMINEGAD, M. & SAXENA, S.K. 1986. A coupled lhermoelastic model for saturated-unsaturadet porous
media. Géotechnique, 36(4):539-550. ·
MILLY, P.C. 1082. Moisture and heat transpor! in hysteristic inhomogeneous porous media: a matric head-based
formulation anda numerical model. Water Resour.Res .. 18(3):489-498.
PARAGUASSÚ, A.B. 1972. Experimental silicification oi sandstone. Geol. Soe. America Buli., 83(9):2853-2858.
PARAGUASSÚ, A.B. 1989. A cimentação natural como processo de estabilização de taludes arenosos. In: SIMP.
GEOL. SUDESTE, 1, R.Janeiro, 1989. Boletim de resumos. S. Paulo, SBG. p.198 (Resumo expandido).
PHILIP, J.R. & DE VAIES, O.A. 1957. Moisture movement in porous materiais undertemperaturegradientes. Trans.
Amer. Geophys. Union, 38:222-232.
RAUDKIVI, A.J. & VAN u·u.
N. 1976. Soil moisture movement py temperatura gradient. J.Geotech. Eng.Div.ASCE.
102( 12): 1225·1244.
RÕHM. S.A. 1991. Aspectos da resistência ao cisalhamento de solos naturais parcialmente saturados da região
de São Carlos-SP. S. Carlos. (Tese de Doutoramento). EESC/USP. (Inédita).
SOPHOCLEOUS, M. 1979. Analysis of water and heat flow in unsaturated-saturated porous media. Water Resour.
Res.,15(15):1195-1206.
VILAR, O.M.; RODRIGUES, J.E.; BJORNBERG, A.J. & PARAGUASSU, A.B. 1986. The phenomenon of silicifica-
lion in slopes. In: INT. CONG. IAEG. s. Buenos Aires, 1986. Proceedings. Rotterdam, Balkema. v.3.4.
p.931-932.
146
&E'OIMENT'O$
CENOZÓICO$ IPI
6. 30W'I
..
GR\JPÓ BAURU
. o ·o
.
...•.
'' .. •
I·I,20MI
..
1:;;;;.-~~....:.
·.:;:;-,,;;-·.~- ..!...:_ ~
HANÔHIETRO DE
HIERCÜAIO
ht
_._j. ~!III!:NCIAL
CWUVtOADE
P<UIA
RESUMO
1. IN'l'RODUçAO
Rejeites do tipo 12
1 áqua servida re-
sidencial
1J
2
Exploraçao de *
3 areia
argila
15
Plasticos
5 16 e •
borrachas
Aqroindustrias
6 (mistura de fer-
tilizantes, cou-
ro, etc.)
Solidos com
Solidos de ma- 18 ions de metais *
7 deiras, papéis pesados
e têxteis
.
8
20
9 Deterqentes e
semelhantes ReJeites
21 radioati- "
vos
10
Rejeitos
22 hospitalares
Minas de me- a. Biolo-lb. Radio-
11 ~gicos 1 ativos
tais e carvão
* Contaminantes perigosos.
Tabela 2. Relação entre os tipos de rejeitas e as formas de disposição.
Fonnas IB::ine
Aterros T~ ~S/ Irriga-
T,"llY}UeS célu- a:m:ii-
rucão- c,;ões
Fossas sépti- trinchei Espa~
Barra-
Tipos de sanitá- gens La<pu;
-menta de~rCX?_ las es- es
rejeitas rios (lOS ras cao laçao peciais
e ate_E pecia.ii
(Tabela 1) ros
1 X X
2 X X
3 X
4 X X
5 X X
6 X X X
7 X
8 )( X X
9 X X X
10 X X X i-'
U1
11 X X o
12 X X X I(
16 X
17 X X X X
18 X X
19 X X X
20 X X X
21 X
22 {~) (~)
153
CONDIÇÕES LIMITANTES
Qualquer área que apresentar pelo menos urna das seguintes condi
ções deve ser evitada para a disposição de rejeites perigosos em ge=
ral:
- alto potencial à erodibilidade;
- solos cornpressiveis/colapsiveis e corn baixa capacidade de su-
po~te (resistência) ;
- proximidade a equipamentos públicos (distãncia < 10 km);
- nível de ãgua superficial (< 8 rn);
-declividade maior que 20%;
- evidência de movimentos de massa ou potencial para queooorram;
zona de recarga de aqülferos;
- ser potencialmente inundiive l, mesmo que por tempo minirno e com
periodo d~ retorno longo:
- localização em zonas costeiras;
- apresentar fraturarnento intenso ou constituir zona de falha-
menta;
- rlsco de sisrnicidade;
- ser constituída por materiais com coeficiente de permeabilid~
de maior que 10-6 rn/s.
to de terrenos.
c) Relacionados is iguas superficiais e is informações climáti-
cas: pluviosidade, intensidade pluviométrica, coeficiente de escoamen
to superficial, densidade de drenagem, erosividade, per!odos seco e
chuvoso, ~nsolação, direções predominantes dos ventos, divisores das
bacias, ~ar~cteristicas fisico-qulmicas, drenab111d&de e drenagem da
regiã.;,.
dl R~lacionados às águas subterrâneas: n!vel de água, sentidodo
fluxo, ãrQas de recarga e caracterlsticas flsico-quimicas.
el Atributos e niveis em que devem ser priorizado& para a sele-
ção dos locais. ·
o agrupamento dos atributos em favoráveis, intermediários e des
f3':orãveis constitui uma tentativa de ordenação que visa possibilitar
a escolha dos locais mais adequados. os nlveia que separam as clas-
ses de cada atributo foram definidos em função das condições mais fa-
,.o!"áveis à disposição dos rejeites e das caracteristicaa do 111eio fisi
c~ mais encontradas no Brasil, onde predomina o clima tropical e a ei
pessura do manto de alteração pode atingir 50 m ou mais (Tabela 4).-
~~]C::~~I=
~UA SUPERFICIAL
COBERTURA -1.0 m
SOLOS ARGILOSOS - - - . - - - SOLOS ARGILOSOS
K~10-4 cm/s DECLIVIDAO€ t ti. 2 % K't0-6cm/s
BASE-FILTRO
PROFUNDIDAO€
CONDICIONADA 1\ I FILTROS DRENOS COLETORES BARREIRA 0€ BENTONITA
PROFUNDIDADE I MISTURADA COM
00 Nl'vEL D'AGUA I _ _ _ _ _ _ _ _ _ _J FOSFATO FERROSO
L--
NIVEL
D'AGUA
SOLO ARGILOSO DE
COMPORTAMENTO
LATERI'riCO
FILTROS
fDECLIVIDADE 1/ A 3 "/"
das as cavas deve ser trabalhada •in situ•, se o material for de com
portamento later!tico, de tal maneira que tenha sua estruturação des=
truida e seja adequadamente compact&dQ a fim de que o coeficiente de
permeabilidade se torne menor que 10-7 m/s. Caso a base não seja de
material de comportamento lateritico, deverá ser substituída por mate
rial adequado e a seguir compactada obedecendo os critérios propostos
por NOGAMI e VILLIBOR (1985).
7. REFEdNCIAS BIBLIOGMFICAS
ABSTRACT
This pape r presents the rfsk chart of Ribeira o Preto region, ata scale 1:50.000. That chart
registerthe units with attributes desfavorables the severa! possibilities of ocupation. Were
mapped 8 groups of attributes in the region.
INTRODUÇÃO
As diversas regiões geográficas estão sujeitas a diferentes grupos de processos geológicOs e climáticos, que
podem alterar significativamente as suas características básicas em espaços curtos de tempo. Os processos
podem ser acelerados, potencializados ou até provocados por ações antropogênicas; principalmente quando
envolvem movimentos de materiais, cortes e implementação de obras relacionadas ao desenvolvimento dos
centros urbanos ou com grande extensão. Estes, podem ocorrer com intensidades diversas, de tal maneira que
podem causar danos eco nó micos, sociais e riscos de vida. Assim certas áreas estão sujeitas as ações decorrentes
destes processos.
Segundo Cerri et alií (1990) e Garry e Decaillot (1987), as condições de riscos podem ser pontuais ou não;
decorrentes dos processos geológicos ou climáticos; naturais e/ou provocados; podendo ocasionar perdas sócio
econômicas e/ou de vidas.
Para que não ocorram as referidas perdas é necessário avaliar as características dos processos, as probabilidades
existentes para que ocorram as situações de risco e as áreas que serão atingidas.
Segundo Zuquette et alíí (1990) é possível classificar os riscos em 4 grupos em função das situações que o
provocam.
1 - relacionados a fenômenos naturais, independentes da forma de ocupação,
2 - relacionados a fenômenos naturais induzidos pela ocupação em áreas potencialmente problemáticas,
3 - decorrentes da ocupação implementada de forma inadequada em terrenos potencialmente sem problemas.
4 ·decorrentes de limitações contornáveis do meio físico, porém não detectados antes da ocupação.
A· análise dos processos envolvidos em cada grupo exige procedimentos diferentes, e a previsão de suas
ocorrências está condicionada ao nlvel de conhecimento das características do meio físico, que aumenta em
direção aos processos do grupo 4. Assim, delimitar as áreas sujeitas aos riscos exige estudos que podem variar
desde escalas semi regionais (1 :50.000) até de detalhes (1 :5.000).
As possibirldades de ocorrerem processos caracterizados como de riscos podem ser avaliados em diferentes níveis
de probabilidades de ocorrência, desde que sejam considerados todos os aspectos do meio tísico, antrópicos e
climáticos.
No Brasil a maior parte das cartas de riscos elaboradas até o momento tratam predominantemente de movimentos
de materiais em regiões serranas (Costa Nunes et alii, 1990; Meio et alii, 1990; Cerri e Almeida, 1990), enquanto
que algumas sao gerais, como aquelas apresentadas por Carvalho (1990) e Freitas et alii (1990).
Nos últimos congressos brasileiros da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e da Associação Brasileira
de Mecânica dos Solos foram apresentados trabalhos que tratam de situações localizadas, onde ocorreram
processos que são ciassificados como de risco, mas não existem estudos com enfoque preventivo. que é o objetivo
fundamental das cartas de riscos.
No primeiro Simpósio Latino-Americano de Risco Geológico Urbano foram apresentados trabalhos com enfoques
diversos, mas sempre relacionados aos movimentos de terrenos. Nos últimos simpósios da I.A.E.G. (lntemational
Association of Engineering Geology) sobre geologia urbana (Londres. 1987; Hong Kong, 1989 e Amsterdam. 1990)
foram apresentados trabalhos sobre condições de riscos em áreas que se caracterizam como de expansão, assim
como com enfoque regional.
A região de Ribeirão Preto encontra-se em pleno desenvolvimento, seja no aspecto urbano quanto no rural, assim
como apresenta uma série de problemas que provocam perdas econômicas e em alguns casos colocam vidas em
risco. Por estes motivos elaborou-se uma carta de risco em escala 1:50.000 com o objetivo de definir preliminar-
mente as áreas com problemas.
Está localizada entre os paralelos 21' oo· e 21' 15' Se os meridianos 47" 15' e 48' oo· W (Figura 1). tendo 30%
da sua extensão territorial ocupada por centros urbanos (cidades de Ribeirão Preto, Bonfim Paulista. Sertãozinho,
Cruz das Posses e Jardinópolis). 60% pela cultura de cana de açúcar e 10% por outras formas de ocupaçao
(hortifrutigranjeiros. hotéis e chácaras de lazer). A amplitude topográfica máxima é de 240 m (490 a 730 m). a
pluviosidade anual média é da ordem de 1.400 mm, apresentando anomalias que podem atingir 700 mm em um
só mês (dezembro/1986). A geologia é constituída pelos arenitos da Formaçao Botucatu e magmatitos básicos da
Formação Serra Geral. que deram origem aos materiais inconsolidados arenosos e argilosos. respectivamente.
CONCLUS0ES
A maior parte da região apresenta pelo menos um tipo de limitação. assim como a ocorrência de alguns problemas
decorrentes já foram observados, tais corno: fogo em turteiras, aumento do custo das obras por serem necessârios
c:or1es em rocha, entre outros.
A grande maioria das áreas apresentam riscos enquadrados no grupo 4 (decorrentes de limitações contornáveis
do meio físico, porém não detectados antes da ocupação) de Zuquette et alii (1990), portanto podem ser evitados.
As informações que fazem parte da carta de risco podem direcionar o desenvolvimento das cidades, se utilizadas
na elaboraçao do plano diretor dos municípios.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, E.T.- 1990- O risco geológico em Belo Horizonte. In: 1 Simpósio Latino-Americano sobre Risco
Geológico Urbano. Sao Paulo. pp. 66-n.
AUGUSTO FILHO, 0.: CERRI, L.E.S.: AMENOMORI, C.J.- 1990- Riscos Geológicos: aspectos conceituais. In:
I Simpósio Latino-Americano sobre Risco Geológico Urbano. São Paulo. pp.334-341.
CERRI, L.E.S. 7 ALMEIDA. J.G.A.- 1990- Instabilidade da Serra do Mar no Estado de São Paulo: situaç6es de
risco. In: I Simpósio Latino-Americano sobre Risco Geológico Urbano. São Paulo. pp.342-351.
COSTA NUNES, A.J.: FERNANDES, C.E.M.: IUESCU, M.; CID. M.R.V.K.: ALVES. R.I.V.; SILVA, L.J.R.O.B. •
1990 - Contribuiçao ao conhecimento do risco geológico da cidade de PelrópolisiRJ. In: I Simpósio
Latino-Americano sobre Risco Geológico Urbano. São Paulo. pp. 102-114.
GARRY, G. & DECAILLOT, P. - 1987- La representationcartographique des risques naturels. In: Buii.Liaison Labo.
P. et Ch., 150/151. pp.20·28.
MELO, L. V.; MENEZES, M.F.M.: MARQUES, M.Z.L: BASTOS, E.G. • 1990 • Uma tentativa para definição das
áreas de risco nos morros da cidade do Recite. In: I Simpósio Latino-Americano sobre Risco Geológico
Urbano. São Paulo. pp. 281-292.
ZUQUETTE, L.V.; GANDOLFI. N.; PEJON. O.J.- 1990- O mapeamento geotécnico na previsão e prevenção de
riscos geológicos em áreas urbanas. In: 1Simpósio Latino-Americano sobre Risco Geológico Urbano. sao
Paulo. pp.305-315.
162
6
21°15'L_~--~_L_L___L~~~----------~--~~~~_L~~~--~~--~~--_J47°45'
48°
Figura 02 - Carta de Risco da Região de Ribeirão Preto
Legenda
ZUQUETTE, L.V.*
GANDOLFI, N.**
RESUMO
Neste trabalho são apresentados os resultados obtidos com
a aplicação da metodologia de cartografia geotécnica proposta
por Zuquette e Gandolfi [2) em uma área de aproximadamente 700
km 2 , compreendida entre os paralelos 22045' e 23'00ftS e os me-
ridianos 47°00' e 4701S'W em escala 1:50.000. A região apreseE
ta diversos problemas relacionados ao meio físico e à ocupação
ambiental, tais como: áreas inundaveis, solos colapsiveis, ero
são e escavabilidade. -
Como resultado da cartografia Geotécnica foram obtidas di
versas cartas interpretativas voltadas ao zoneamento da regiãÕ
em termos de erodibilidade, escavabilidade, fundações e dispo-
sição de rejeites sépticos. Estas cartas permitiram a identifi
cação de áreas que reunem condições fortemente limitantes a ocÜ
-
paçao. -
ABSTRACT
This paper presents the results obtained ~ith the appli-
cation of the methodological proposal for engineering geological
mapping [2) in the Campinas region (Brazil), ata scale of
1:50.000. The region presents several problems having relations
with the physical environmental and occupation suchas:
callapsibility, erosion, flood and excavation. The engineering
geological mapping permited the elaboration of several inter-
pretatives charts for the definition of the units interms of:
erodibility, excavation, foundation, irrigation and waste
disposal.
* FACULDADE DE FILOSOFIA,CitNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO-USP
Depto de Geologia, Física e Matemática
Av.Bandeirantes, 3900
14049 - Ribeirão Preto - SP
** ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÂO CARLOS
Av.Dr.Carlos Botelho, 1465
13500 - São Carlos - SP
165
l - INTRODUÇ$.0
A região de Campinas, no centro-leste do Estado de são Pau
lo (Figura 11, é uma das áreas mais densamente povoadas do Brã
sil ( 2.100 habi tantes/km 2 ) e apresenta uma elevada taxa de cres
cimento urbano e industrial comparativamente ao restante dÕ
Pais.
A ocupação dessa região tem se dado sem qualquer planeja-
mento e desrespeitando as limitações naturais impostas pelo
meio-fisico (rochas, materiais inconsolidados e relêvo). Como
decorrência, tem surgido inúmeros e graves problemas relaciona
dos ao saneamento, i inundações, à erosão, à estabilidade de tã
ludes e à poluição de aquiferos.
Com o objetivo de relacionar criteriosamente as áreas com
problemas quanto às diversas formas de ocupação, foi elaborada
a cartografia geotécnica da região, na escala 1:50.000, atra-
vés da produção de diversos documentos básicos, onde foram re
gistradas as principais caracteristicas geotécnicas.
3 - ASPECTOS METODOLOGICOS
O mapeamento geotécnico foi realizado na escala 1:50.000,
segundo a proposta metodológicas de Zuquette e Gandolfi [ 2), que
tem como fundamento a análise de um grupo de atributos do meio
físico utilizados na elaboração das diversas cartas de aptidão
(Tabela 1).
Os atributos investigados foram agrupados em um conjunto
de documentos básicos, a saber: carta de declividade (Figura 2) ,
mapa do substrato rochoso {Figura 3), mapa dos materiais incon
solidados (Figura 4 e Tabela 2) e unidades hidrogeológicas (FI
gura 5), acompanhadas dos respectivos textos explicativos. -
A partir das informações contidas nos documentos básicos,
foram elaboradas cartas interpretativas para: fundações (Figu-
ra 6), rejeitos sépticos (Figura 7), erodibilidade (Figura B)e
irrigação e escavabilidade (Figura 9).
Finalmente, com base nesses diversos documentos, foi ela-
borada uma carta de zoneamento geral, voltada ao planejamento,
166
4 - CONCLUSÕES
A maior parte da regi~o apresenta atributos que s~o limi
tantes, levando a um aumento de custo na implementação da ocÜ
pação e as vezes provocando situações de riscos. -
BIBLIOGRAFIA
<(
o
...."'...
Vl
o
c:: "'..."o ., o
~
...:I .,u.,
:l
"' u
., ......., ........
o c.
..:ã ;z:o c:: ...... c::
Ql
o .,ua
.,.... ........... ;!...:; ·~.,
.-1 Ql
.-1 OJ
VI 111 "'....., ... ~
Ql
...c.
Ql
~ u
...., ... ....u
o
111
o ·~...111 111 '"'~
... .,"' "'"' "'.... "'
...111 ~ "'O"'.., "'"'..,
Ql
u .... ...
o I: OJ
OJ OJ
OJ
"' ri
.,
"'
Ql
:l Ql
o ...
111
"' ...c::o ...co ...o
., "' .o.... .o..... .....> "'...o uao 111
.... c::
.... ... ~ ·a
OJ •.-4 Ql
-
Fatores
a 111 ., "' ·~111 111 a "'
rl
Ql
.....
..... "'
.-1 "Ó
..... Ql
....
- .o .,
relacionados "' .-1
u
.._, "'...,"' a ] 111
a. ocupaçao Ql N
til
... r i
;:I
(J) VI
o
"' ...:I o ...."'::1c .....>
"'
•.-4
•.-4
111 cn
VI
(J)
til
Ql
VI
Ql
...... .....o "' ec ...nl til
Ql
Ql
"' u.
. rl
u N
.....
"'
111
~]
Ql
11
..... ...:I
111
.1:
11
FundaçÕes o o o o o o o X X
r--
1..0
ri
F:scavabilidade o X o o o X X
Deposição de rejeitos o o o o o o X X o o o o X X X X
Estrndas o o o o o o o o X X o X o X
Obras enterradas o X o o X o o X o o X
Estabilidade de taludes o X o o o o o o o o o X o
Materiais para construção o o X X o o o
Erodibilidade o o o o X X o o o X
Irrigação o o X o o o X o o o o X
Poluição o o o o o o o X X o
Loteamento X X X o o o O• X o o o o o o o
Tabela 1 - Atributos e fatores de ocupaçao (O • Fundamentais; X • Secundários)
~
LlMITF.S DE
GRANULOMETRIA NATURAIS PROCTOR NORMAL Co C Cl.ASS 1ri CAçAO
ALTERBERG
AREIA SlLTF. ARGILA PR E' O pdnat pdmáK WoT Nat L, L L.P UNIFICADA NOGA.Ml
'\, % % (g/cm 3 ) (g/cm 3 ) (g/cm 3 ) ('\) (\) ('-) (\) VILLIIIOT 111
RES 11.lUAL DO
DIARÂSIO 28 20 52 3,000 1,0 1,522 1,625 24,0 93,6 47,0 35,0 C, L LG'
RESIDUAL DO
ARENITO FINO 70 5 25 2,64 O,RO 1,46 1,905 13,0 76,6 19,0 16,0 s.c LA'
RES llllJAIS lXJS
--
GNAISSI':S/GRA- 45 18 )7 2,585 0,840 1,405 1, 715 16,70 82,0 39,3 27,3 C,L NA
NITOS
RESIDUAIS DOS
ARGII.lTOS/Sl!! 11 52 37 2,687 0,516 1, 772 1,810 17,2 97,0 35,5 18,8 M.L NS
TI TOS
RF.SlllUAI S DOS
FINOS E OIAB~ 42 19 39 2,817 1,40 1,180 1,635 23,30 72,1 36,2 27,25 C.L
SJOS
MATERIAIS
~0"• ARG. /SILTE 49 10 41 2,644 1,07 1,277 1,638 19,7 78,0 42,2 31,4 C, L NG/LG'
;...>
50% AREJA
C'
RFSIOUAIS DOS o.
SILTITOS, AR· 25 24 51 2,733 1,185 1,300 1,600 23,30 81,2 45,8 35,7 C. L LA'
GlLITUS/FOLH~
LIIOS
ALUVII'IES
N.A <1m ASSOCIAÇÃO llF. LF.NTHS DE ARF.lA E ARGILAS COM ALTO CRAIJ DE HOHOGENElDADE
l MATERIAIS TRAN§.
POIHADOS EM 01::- 43 12 45 2, 740 1,04 1,341 1,610 23,10 83,3 45,1 32,2 C.L
PRESSÔF.S
AIS ARE-
~IATr:RJ
71 12 17 2,594 o, 775 1,461 1,905 12,50 76,7 24,4 17,9 s.c LA
NOSOS I
MATERIAIS ARE·
NOSOS 11 55 12 33 2,6)6 0,801 1,470 1,822 12,50 94,8 33,4 17,6 s.c
TARF.I.A 2 - CARACTERtSTICAS DOS MATERIAIS INCONSOLIDADOS (VALORES fi€DlOS)
ps • Mas11a ll!spcd fica dos sÓlidos; pdnat - massa espec{rtca aparente aeca natural; pdmáx -massa especifica aparente seca mÁxima;
ro • lnctlce tlr vÍI7.lon nnturnl, WoT • umt clnde íit.lmn; C.C. Nnt. - ~rnu de compnct11çÃo nnturnl; LL • Llmlte de llquldez; LP - llml te de
plnHtlddiHII'.
..,. l
•
C•l80il'lla65
!>
......
.,..•. ~ -----'·'·
Figura 1 • Locali&açio da ragião de Caap1nae.
~ ~
lUtUfMPf!_
2 - For&AçÃo Itararé 2 - K~nldUdlR do arc~1to fino
2.1 - argilltoa/ailtitou l - Rctilduais do qra~itn o
2.2 - arenitoo qnaisses C&sAda• doatnant•
2.) - ailtitoa/folhelho&/ergilitoa - Residuais dor. '~gilito& c. 2-4-•ep~~~:&t~o
2.4 - intercalaçõea úc ailtitoa/ar9ilitoa/lanitos !àiltitOIO l- re(lll~>-aÃx)
2.S - ArenltO~/ailtitns/arqilitos/lAMitoa S - Residuais dos fino& c di.! s.r.1
l - Formação serra geral IJ~I OiabÁaiou IJá.-io (1\ln-K.Õx)
6 - Materi~ir. co~ 50\ d~ Sil-
t~/arqiln P.
SO\ de areia
- Jtea1duais arqilitoa, all-
tito& c folholhos
e - Aluviõc& - N.A < 211t
9 - Y.atcriais transportados
ID~&-rcl>siol
lO - M"tcríais areno&on I -~>~
L-----~~~~~~~~.a~t~c~r~l:A~i:s~a~r~c~n~o~s~o~là~·-1~!--------------------------------~
lia ' • t o t !100 .lOCI).
F19ur4 S - Corta das unióodc~ HidrogeolÓqic~~
lú - A4uif~ro &uporflcl4l (Material arenoso que pode Figura 6 - Carta para fundaçõea - nlval ~
oUlll'Jlr tOM de e:;peo;sural 2131 - aubatrato rochoao a prof. < 2•
AkG - a!"gilito 1 - Unidade adequada
S!L- td.ltitn 1.1 - aubatrato rochoso- pcof.entre 2 e Sa
litologia AI<E - arenito
aflur•nte 1.2- SPT- 5 a lO -adequado para conatruçio até
S~D - rocha& :;edi~ntaro~ l pavi.laantoa
61&pe~2riUtA
lllA - dilsbisio l.l - SPT- 9 a 15- adequado para divoraoa tipoa
lmin-tn.ÔKI CklS- qnai•ses/qranitos
laolo•p .. de conatruc:io
!'l'A - t'K ltar .. ré 2 - Unidade raaoive1
&OtOpoGt ..
2.1 - SPT < 7
2. 2 - SPT > 7
l - Unidadea inadequada•
11
8:KALA~
''" J I 1 O tiiOOli!IOO'"
H b:! feeed
Figura 8 - carta para erodibilidade
A - Unidade adequada A - Aduquada - materiaia que apreaentaa baixo potencial
1 - Unidade totalmente inadequada de erodibilidade
1) - Te~tura ailtoargilosa R - Razoável - materiais coa algwaaa cerecteriaticas f~
Unidades 1 2 - pro!und.1.dade do aubstrato rochoao < !uo vorÁvaiw a erodibilidade.
1 - lnaduquada - ll&llteriAis que reune111 muitas caracter!!_
COlO l.i.- 1 - profundidade do aubatrato rochoso< 2m
3
ticao favorãvaia a erodibilidade.
l!Uf.aÇÓ4:1i 1 - associaçÃo de prof.aub. rochoao, tex-
4
parciah tu::a a::c;ilooa e pro f .do nível de .ÍÍ<Jua.
Is - associaçÃo de prof.do aub.rochoao e
te~tu::a arenosa.
1-'
-....)
w
•• I o
r•v~~• 9 - Carta para eacavabilidade • irrigação
·rigur.a lO - Certa de lone ... nto Geral voltada ao Plane)!
Eacavebllid.ade Irrigação -nto.
1 - Unidade adeq~ade I - Unidade adequada 1 - profundidade do nlvel ele i'JU• < Za + inull4açõee anuaia
l - Unidade razoável lreee reatantea - podam 2 - aoloa colapeivaia -ao • l,S, Bll"r c S
2.1 - W.A. e/ou a~.rocho ear adequadaa aae •P~• l - l'roflmdidede do a~atrato rochoao c 2•
ao - l e Sm - aentaa probl . .aa de QU! • - Ocorrência do aataçõea e profundidade< Sa + eroaõea +
2.2 - declividade - O • S\ lidada da áque e/ou fe~ profundidade aub-::ochoao < 2a
l . l - N.A. e/ou e~acc.ro tilidado doa aat.incona. 5 - Inundaçõea eeporidicaa Caonaa de acu.ulo de iguaa)
cho&o • la. 6 - ero~io + iree da recarga + potencialidade da contaai-
Declivid.ade 10 e lS\ naçao.
l - Unidade inadequada 7 - l'~of.a~.roch. < 2• + poaelveia ainereia expenaivoa
l.l - N.A. e/ou aub.roch~ I - e~oaio + potencial para contaainaçio equlf.aup.rfi-
ao< la cial.
J . l - Declividade>U\ P! 9 - Aqulfero aup. + cont&ainação
ca qualquer profundidade lO - Prof. aub. rochoao < S..
do 11.11 ou do aub •.rocho&o
.. ,
-~
174
ABSTRACT
The accentuated growing of urban centers are considerably
increasing the quantity of domestic and industrial wastes. It
is necessary, therefore, to choose new sites to be destined
to the installation of sanitary landfills.
The physical environrnent (unconsolidated materials, water,
rocks and landforrns) of tropical regions like the one that
occurs in Brazil, presents very different characteristics from
the ones that are found in the bibliographies originating from,
temperate and cold countries. A study was conducted which
proposes a group of rules that guide the procedure to choose
the most suitable sites destined to sanitary landfill installation.
A an example, this paper sents the application of the proposed
rules in the region of Campinas (State of são Paulo - Brasil) in
an area of approximately 700 km 3 and a population around 2,5
million inhabitants.
Rtsu.Mt
Le développement des villes est responsable pour la grande
quantité de déchets urbanes et industriels. Ansi, la sélection
. de nouveaux si tes pour la stocka·ge de déchets sol ides et liquides
produites dans les villes se fait nécéssaire.
L'environnement géologique (roches, sols, eaux et relief)
des régions tropicais, comme le Brasil, présente caractéristiques
différents decelles existantes dans les bibliographies provenantes
des pays avec climats froides et modé:res.
Un étude fut dévellopé avec 1' objectif de proposer un groupe
de rêgles géologiques et géotechniques pour la selection préli-
liminaire des sites plus favorables pour la stockage des déchets.
L'article présente les resultats de l'application de ce
~:·
175
~BWS~
ARG - claystones litology
SIL - siltstones Thickness (m)
ARE sandstones litology
SED - rocks sedirnentars
DIA - diabases
CRIS - gnaisses/granites
ITA - Itararé Formation
183