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NOTíCIA EXPLICATIVA
DA fOLHA 19-A
CANTANHEDE
B. P. BARBOSA
A. F. SOARES
R. B. ROCHA
G. MANUPPELLA
M. H. HENRIQUES
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
INSTITUTO NACIONAL
DE ENGENHARIA,
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
LISBOA, 2008
Ministério da Economia e da Inovação
SECRETARIA DE ESTADO DA INDúSTRIA E DA INOVAÇAO
INSTITUTO NACIONAL DEENGENHARIA.TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
B. P. BARBOSAI1)
A. F. SOARESI')
R. B. ROCHAI3)
G. MANUPPELLA(1)
M . H. HENRIQUESI2l
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
INSTITUTO NACIONAL
DE ENGENHARIA,
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
LISBOA, 2008
1' 1 Instituto
Nacional de Engenharia. Tecnologia e Inovação
'" Universidade de Coimbra
PI Universidade Nova de Usboa
COLABORADORES:
I - INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
II - GEOMORFOLOGIA 6
III - GEOLOGIA .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
IV - TECTÓNICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
V - RECURSOS GEOLÓGICOS 25
V - HIDROGEOLOGIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
VII - ARQUEOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
VIII - BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
I - INTRODUÇÃO
o mapa geológ ico de Cantanhede , a que se refere esta notícia explicativa, cor-
responde à folha 19-A do mapa corográfico da escala 1/50 000 do Instituto Geográ-
fico Português.
A cartografia geológica para a 1a edição da carta geológ ica de Cantanhede rea-
lizou-se de 1982 a 1986, sobre a base topográfica da escala 1/25 000 do Instituto
Geográfico do Exército, nas folhas n° 217-Tocha, 218-Cantanhede, 227-S-Mur-
tinheira, 228-Quia ios e 229-Ançã.
As actuais edições correspondentes à nova carta geológ ica e respectiva notícia
explicativa, foram revistas e actualizadas pontualmente , nomeadamente no que se
refere à nomenclatura de algumas unidades estratigráficas e sua idade , bem como
a pequenas imprecisões de diversa índole que as anteriores edições da carta e da
notícia apresentavam.
Os aglomerados populac ionais mais importantes situam-se principalmente para
oriente da E.N. 109, isto é, das dunas de Quiaios e de Cantanhede . Salientam-se,
além das povoações que emprestam nomes aos mapas do Instituto Geográf ico do
Exército, Arazede, Seixo de Gatões, Cadima, Pocariça, Ourenta, Cordinhã, Portunhos
e, na margem direita do Mondego , S. João do Campo , S. Silvestre, Zouparria , Ten-
túgal e Meãs do Campo , entre outras.
O traçado da rede viária, devido à planura do terreno é praticamente rectil íneo e
permite fácil acesso a todas as localidades. A linha de caminho de ferro da Figueira
da Foz à Pampilhosa cruza, praticamente na diagonal , a metade Nascente do mapa,
na direcção SW-NE.
Do ponto de vista agrícola, sobressai o cultivo da vinha sobre os calcários mar-
gosos e margas da região de Cantanhede-Ançã e ainda nas gresosas do Cretácico
de Tentúgal. O pinhal vai ocupar grande parte dos terrenos arenosos: evita, por um
lado, o avanço do manto eólico para o interior e ocupa, por outro , os fracos solos
areníticos cretácicos. As culturas hortícolas e os campos de milho situam-se em
solos de aluvião arenítico, em áreas de areias hidroeólicas e em alguns depósitos do
Quaternário. Nas baixas aluvionares, alagadas, de Gatões, predomina a orizicultura.
Os primeiros trabalhos , datam praticamente do tempo de P. CHOFFAT (1897,
1900, 1904, 1927), com cronostratigrafia definida a partir do estudo de macrot ós-
seis, descrição de aflorame ntos e de perfis , e ainda com cartografia (1900, 1927 e
inéditos).
E. FLEURY (arq. ServoFom. Min., 1937) apresenta trabalhos de prospecção para
carvões na bacia do Cabo Mondego, com execução das primeiras sondagens
profundas (id., 1944).
É, porém , G. S. DE CARVALHO (1949, 1950, 1952, 1953, 1954, 1964) que dedica
especial atenção aos sedimentos do PIia-Quaternário, apresentando , pela primeira
vez, base metodológica para caracterização desses depósitos e sua cartog rafia,
sem recurso a critérios altimétricos (id., 1981).
Na década de 50, a C.P.P. leva a cabo trabalhos de cartografia à escala 1/50 000
(relatórios do arq. D.G.G.M.) com vista à pesquisa de petróleos , bem como ao
estudo da estratigrafia das formações jurássicas (Scuorr & STAESCHE, 1957).
5
A estratigrafia das formações jurássicas da região abrangida pela carta é retomada,
primeiro por CH. RUGET (1961), que estudou o Dogger da região, e, mais tarde, por
vários autoresque apresentam os traçosgerais da lito e da biostratigrafia da totalidade
das formações jurássicas (MOUTERDE, ROCHA & RUGET, 1978, 1980; ROCHA et aI., 1981;
HENRIQUES, 1986; ELMI et aI., 1988). A paleontologia dos amonóidesjurássicostem dado
lugar igualmente a vários trabalhos (MOUTERDE et el., 1983; HENRIQUES et aI. , 1985; ELMI
& CALOO-FoRTIER, 1985; HENRIQUES, 1986). Um ensaio de interpretação dinâmica da
paleogeografia da região foi apresentado por SOARES et aI., em 1988.
A. F. SOARES(1966,1980) e A. F. SOARES et aI. , (1967, 1982) concorrem para a es-
tratigrafia e paleogeografia dos sedimentos pós-jurássicos da região do Baixo-
Mondego. A cartografia (id. bd., 1966) à escala 1/25 000, é praticamente integrada
no presente mapa, mas com introdução de nova base metodológica para a defini-
ção e cartografia dos terraços do Mondego (SOARES et ai., 1986).
P. Y. BERTHOU (1973, 1974, 1979, 1984), P. Y. BERTHOU et aI. , (1979), J. LAUVERJAT
(1978, 1982), J. LAUVERJAT et aI. (1973-74), dão largo contributo para o conhecimen-
to da biostratigrafia e paleogeografia do Cretácico.
B. BARBOSA(1986) define a formação de Queridas, suposta correlativa da Forma-
ção de Bom Sucesso, considerada do Paleogénico-Miocénico indiferenciados
(ROCHA et aI. , 1981).
II - GEOMORFOLOGIA
Do ponto de vista morfológico, a área da carta pode considerar-se aplanada de
baixa altitude. A superfície mais elevada, da ordem dos 100 rn, é correspondente a
aplanamentos tidos como do Plio-Plistocénico e integram o extenso planalto do Ju-
rássico de Cantanhede-Ançã e ainda as plataformas plio-plistocénicas de Murtede-
Cordinhã e de Gordos-Meco.
O segundo grande aplanamento inicia-se e prossegue no Quaternário. Ficaram
como testemunhos os depósitos das Areias de Arazede e de Cantanhede, a cotas
que vão dos 90 m aos 50 m, e que ligam, em declive suave e contínuo, até à linha
de costa, o planalto plio-plistocénico. As areias eólicas intervêm na cobertura de
algumas dessas superfícies, dando lugar à extensa planície da Gândara, identificá-
vel, em parte, com a "Plataforma de Cantanhede-Mira" (CARVALHO, 1952).
No canto SW da folha, ressalta já a elevação da frente Norte da Serra da Boa
Viagem, com escarpa de falha sobre a planície da Gândara.
No planalto carbonatado de Cantanhede-Ançã, a erosão diferencial define, ao
longo do contacto entre as Margas calcárias de S. Gião e os Calcários margosos de
Póvoa da Lomba, pequena costeira decorrente do arco estrutural. Nas margas, ins-
tala-se rede de drenagem muito pouco incisiva, de tipo subsequente e obsequente,
subsidiário das ribeiras de Pocariça e de Cantanhede, com direcções aparentemen-
te de fractura.
Sobre os Calcários margosos de Póvoa da Lomba, Calcários de Ançã e de
Andorinha, a rede de drenagem é incisiva, de tipo subsequente. Ressaltam os
6
subsidiários, confluentes para a ribeira de Ançã, de tipo obsequente e consequente,
rectilíneos e encaixados em direcções NW-SE de fractura .
Os Calcários de Ançã apresentam carsificacão superficial seca, localmente pe-
netrativa até à dezena de metros. Porém, nos Calcários de Andorinha , observa-se
carso evoluído , com preenchimento argiloso de dalinas e lapiares.
O Cretácico , também em costeira com cornija (cam. D DE CHOFFAT) na linha de
alturas de 100 m, que vai de Carapinheira a Ançã, define, para Sul de Andorinha,
basculamento flexural para o vale do Mondego. Na sua parte mais baixa, instalam -
se os terraço s do rio Mondego. A rede de drenagem, no Cretácico, é de tipo den-
drítico consequente: ravina os Arenitos de Carrascal, disseca os Calcários de Ten-
túgal e recort a os terraços do Mond ego.
Na área a Norte , as ribeiras de Varziela (E-W) e Corujeira, e seus subsidiários,
confluem para a Lagoa de Mira com aparente dependência do declive topográfico
regional e do manto eólico .
Na parte Sul, região de Viso-Gatõ es, o escoamento superficial orienta-se princi-
palmente segundo direcções de lineamentos, divergentes para o quadrante NW: de
Gatões-Liceia-Tocha, de Resgatados-Barrins, de Queridas e de Casal do Chouriço.
Directamente para o Atlânt ico, sobre o manto eólico (db), instala-se rede de dre-
nagem praticamente rectilínea (E-W), de circulação apenas invernal, controlada por
valas que drenam as lagoas.
III - GEOLOGIA
JURÁSSICO
Liásico
Esta unidade é bem visível na região sudoeste da carta, entre Quiaios e Murtinheira.
Na parte inferior (cerca de 70 m), corresponde a espessa série de calcários
cinzentos compactos, sublitográficos, em bancos espessos, com inclinação de 20
a 25° para Sul; a associação de "Terebratula" ribeiro i CHOF., Zeilleria quiaiosensis
CHOFF., Gryphaea cymb ium (LAM.), Pholadomya sp. varo e pequenos ostreídeos no
terço superior da série, permite datá- Ia do Lotaringian o inferior a médio, e talvez
mesmo da base do Lotaringiano superior.
A parte superior da Formação de Coimbra (40 a 45 m) pode dividir- se em três
conjuntos litológicos:
a) Na base (cerca de 15 a 20 m), alternância de bancos compactos ou ligeira-
mente argilosos e de margas xistosas, mais ou menos espessas, com associação
de G. cymbium (LAM.), G. geyeri TRAUTH , Z. quiaiosensis CHOF., Homeorhynchia
ranina (SUESS), Piarorhynchia radst ockiensis (DAV).
b) Na parte média, alternânc ia de calcários margosos e margas xisto sas, com
alguns níveis betuminosos (cerca de 17,50 m). Além dos braquiópodes das cama-
7
das anteriores (na metade inferior), alguns níveis são ricos de Paltechioceras (P.
delicatum BUCK., P. nobile TR. & WILL.); este conjunto é, assim , datado da zona de
Raricostatum.
c) Na parte superior, esta unidade termina por bancos espessos de calcário
compacto alternando com pequenos leitos margosos (8 m). Na superfície dos ban-
cos superiores , que correspondem a "hard-grounds", recolheram-se amonites de
grandes dimensões (0=20/25 cm) - Apoderoceras cf. dunrobinense SPATH, Eode-
roceras subtriangu/are (Y. & BIRD) - associadas a numerosos artículos de crinóides;
nas margas são correntes rostos e fragmocones de Belemnites sp., artículos de cri-
nóides e pequenas amonites Iimonitizadas (Leptonotoceras leptonotum SPATH).
Este conjunto é também datado da zona de Raricostatum.
Para NW de Cantanhede , vários pequenos afloramentos desta unidade locali-
zam-se na região do vértice geodésico do Carriçal e ao longo da margem Norte da
Vala da Vela, a Oeste da povoação de Lírios; os calcários lotaringianos apresentam
na generalidade dolomitização importante. Trata-se de pequenos afloramentos de
calcários dolomitizados que se encontram à superfície devido ao jogo estrutural dos
diferentes blocos, ao longo das falhas de Arunca-Montemor (N-S) e da Vala da Vela
(E-W) (vide esboço estrutural).
Dogger
CRETÁCICO
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porém, o limite estratigraficamente mais baixo , isto é, na zona com Vascoceras
gamai CHOF. (E + F + G pars in CHOF).
PLlO-PLlSTOCÉNICO
São quartzarenitos finos a muito finos e bem calibrados, de cor amarela torrada,
por vezes com alguma mica e, no geral, com seixo pequeno (amêndoa) em finas
lentículas ou cordões. Apresentam boas exposições nos areeiros de Vale de Água
(Portunhos) e de Cordinhã (folha de Mealhada). Integram a "plataforma de Murtede-
Cord inhã" considerada como possivelmente de idade Plaisanciano-Astiano
(CARVALHO, 1964, p. 10).
Sucedem-lhe, arcosarenitos a quartzarenitos grosseiros , por vezes, finos e leve-
mente micáceos, com seixo essencialmente quartzoso, subanguloso a sub-rolado,
com comprimento máximo de 6 cm e raros intraclastos pelíticos. Exibem , com fraca
nitidez, estruturas planares e curvilíneas entrecruzadas. São considerados depósi-
tos fluviais, possivelmente do Vilafranquiano (CARVALHO, 1964, pp . 10-11) e muito
provavelmente correlativos dos da plataforma de Gordos-Meco (SOARES et aI.,
1986). Nesta plataforma observam-se , sobre as areias, arcosarenitos grosseiros, con-
glomeráticos, com cascalheiras e seixos subangulosos a sub-rolados de quartzo e
quartzito, com dimensões máximas de 20 cm. Organizam-se em barras , com fre-
quentes texturas de suporte elástica , normalmente imbricados.
Nas areias, análises granulométricas mostram 70% a 90% de fracção silto-are-
nosa fina, com menos de 10% de fracção argilosa. Esta apresenta-se com compo-
sição mineralógica predominantemente caulinítica relativamente à ilite.
18
QAz - Areias de Arazede, 10±Sm - SICILIANO (SOARES et aI., 1986)
Tufos de Ançã, 10 a 15 m
HOLOCÉNICO
Equivalem também a uma parte das areias eólicas da carta de Vagos. Distin-
guem-se as zonas de areias entre os complexos dunares (de) e (db), as das margens
dos vales da região entre Meãs do Campo e S. João do Campo , sobre os Arenitos
de Carrascal e as que ocorrem , na maioria das vertentes dos vales da região de
Ferreira-a-Nova, sobre os Arenitos e Argilas de Viso.
São também areias finas, no geral bem calibradas, que apresentam por vezes
certa imaturidade e heterogeneidade, com seixo pequeno, subanguloso a anguloso ,
disperso. Tem origem secundária, quer por lavagem ou escorrência quer por deflação.
Análises granulométricas mostram tratar-se de areias médias a finas (70%), com
fracção silto-argilosa inferior a 10%. A fracção argilosa, apenas de 1 % , apresenta
associação mineralógica em termos de caulinite e ilite.
dd - Dunas (NW-SW?)
As dunas (dd) definem edifícios dunares mal conservados, uns protegidos pelo
pinhal , outros, progress ivamente destruídos pelo homem na conquista de novos
campos de cultura. Formam com as Areias hidro -eólicas as Areias da Gândara (5.5.)
de G. S. DE CARVALHO (1964) e seriam do interglaciar Siciliano-Tirreniano (ibid ., p.27).
21
dc - Dunas parabólicas
o agrupamento (dc) const itui formas por vezes mal definidas (num ponto ou
noutro controladas pela vegetação rasteira), que se espraiam sobre zonas alagadas
ou semi- pantanosas, fazendo barragem a lagoas, que aos poucos vão colmatando .
Os cordões dunares (db) formam extenso , monótono e compa cto corredor, se-
gundo N-S, com largura máxima de 5 Km e mínima de 3 Km, composto por estreitos
cordões dunares de orientação aparente W-E, visivelmente vincados pela rede de
drenagem. Const ituem formas actualmente fixadas pelo pinhal.
Ap - Areias de praia
ea e ec - Eluviões
a - Aluviões
1 • Anliclínal 2 - Sincli nal J • Flllln ~ - falh1 ronYl 5 - falh1 illYlf'Sa I caYillgant. b - Une lo 7 -Liràas d '~a
v - RECURSOS GEOLÓGICOS
Calcários
o calc ário , para cantaria, extrai-se nas pedreiras de Ançã a Pena. J. L. VELHO et
aI. (1981) descrevem a petrografia, composição química , propriedades geotécnicas
e sua utilização na construção civil, para gravilhas, britas e outros inertes. Também,
com semelhante aplicação, e ainda para o fabrico da cal, se exploram calcários, nas
pedreiras de Portunhos a Outil e até Fornos. Ocorrem também outras explorações
no Aaleniano e Lotaringiano da Serra de Boa Viagem, para idênticos ou semelhantes
fins.
G. MANUPPELLA et aI. (1976, 1982) dão conta das principais aplicações dos cal-
cários jurássicos, da distribuição das pedreiras e das respectivas indústrias trans-
formadoras naquelas regiões, bem como de resultados de análises químicas de
amostras recolhidas em perfis localizad os em mapas.
Com vista à determinação do grau de alteração superfi cial e do tipo de calcári o,
localizam -se duas sondagens: - uma a cerca de 1 Km para SW de Ourentã , com 60
m de profundidade e alteração superf icial até 12 m e outra a 1,5 Km a NW de Outil,
com 70,5 m de profundidade .
Os calcários cretác icos foram outrora igualmente empregues na construção civil
e também no fabrico de cal. As pedreiras da região de Cadima e da mancha de
Meãs do Campo a Jo ão do Campo estão praticamente abandonadas.
Argilas
Cascalheiras
Carvões
VI - HIDROGEOLOGIA
Formações do Plio-Quaternário
Formações do Cretácico
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Rg, 1 - Representação da folha 19·Adivididanasáreas de influência (A) relativas àsestações meteorológicas (E, M,)e respectivos resultados dos balanços climatológicos de
águano solo, sendo T: temperatura média anual obtidanaE, M. SantoVarão, P: precipitação, ETP: evapotranspiração potencial, ETR: evapotranspiração real, D: deficit
hidrico, S: superavit hídrico (escoamento superficial + infiltração eficaz) e AS: água no solo,
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Quadro 1 - Dadossobrecaracterístícas geométricas e produtividade de furos dos
sistemas aquíferos do Plio-Quaternário.
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Cc 3" Quartil 116,0 56,0 112,0 40,0 4,2 28,00 46 ,15 27,89 0,94
E~ 140,0 870 134,0 67,4 30,0 45,00 61,00 48,44
""'Imo 850
11 Médil 87,0 43,S 82,8 30,9 4,4 20,84 37,83 16,99 1,19
O;
Daevlo PMlrão 34,0 20,2 33,0 13,2 5,5 12.17 13,08 16,08 2,22
N'da Dadol 18 18 18 18 18 14 14 14 14
e ..
.e lO
MI....o 81,6 45,0 80,0 5,7 11 4,00 13,30 1,90 0,03
"5:!! 1· Quartil 119,3 54,3 110,0 13,0 5,0 5,07 23 ,69 8,35 0,19
a- Mediana 130,0 83,S 126,0 17,7 7,5 13,50 39,30 22,60 0,36
C !l
.. o 3" Quartil 230,8 108,5 219,0 25,3 10,9 18,95 49,75 41,50 1,86
E Ó
:! lO M"'lmo 3'\0,0 1750 300,0 33,9 200 40,00 80,CD 56,00 47
iii> Média 166,8 90,3 157,8 19,0 8,8 13 ,94 39 ,16 25,22 0,89
Daevlo PMlrio 73,4 39,S 72,2 7,3 5,5 10 ,51 19,80 18,25 0,98
Sistema Ançã-Cantanhede
650
600
550 11
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Fig. 2 - Variação do caudalda nascente de Ançã (período 1997-2006).
(Dados de monitorização cedidos pela DSMAlCCDRC)
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Hidroquímica
Prol. dos Prof . dos drenos Campo Prol. dos níveis Caudal
Ceudal NHD·NHE
furos (m) drenado (m) espe cifico
(Us) (m)
(m) Inicial Final ("lo) NHE NHD (Us. m)
NO de Dados 7 7 7 7 7 6 6 6 6
Mínimo 58.0 22,0 52,0 15,0 1,4 13.00 30.00 11,00 0,07
-8
.!J l ' Quartil 67,5 29,0 67,0 27,0 3,4 20.25 33.25 17,50 0.15
is: ~III ~o:: Mediana 80.0 50.0 75,0 34,1 4.0 23,00 42,50 19,50 0.18
e 0::« 3' Quartil 94.0 56,5 81,0 42,5 4,8 27,25 48.75 20.00 0.26
~ ~
o:: Máximo 120.0 65.0 100.0 517 5,5 30,00 60.00 32,00 0,45
~
c:l li Média 83.0 44.0 74,7 34,3 3,9 22.83 42.67 19.83 0.22
...... N
Desvio Padrio 22.0 17.0 15,6 13.2 1,4 6.18 11.52 6,85 0.13
.i NO de Dados 12 ' ope n-hole ' 11 9 9 9 9
.e -8 Minimo 12.6 0.0 0,00 0.85 0.85 0,05
'"" e
«'" c a l ' Quartil 15,3 1,0 2,08 5,50 2,30 0,38
lO B .r: Mediana 18.0 1.3 3.30 5.90 2.50 0.57
!. ~ 1:"oo::~
~
3' Quartil 20.3 12,0 3.60 6,00 2,70 3.59
iii "~ o. Mbimo 39.3 27.5 7,50 16.00 13.92 11,76
N
li Média 20.6 6.6 3.09 6,82 3,73 3.21
Desvio Padrio 8,2 8,9 2.06 4.14 3.91 4.76
NO de Dados 17 17 17 17 17 7 7 7 7
Mínimo 43.0 200 37 O 12,8 0.8 450 940 100 0,02
e
~8~
l 'Quartil 68,0 30,0 60,0 16,3 2,5 24.85 33,40 3.85 0,15
'" e
«';.:
Mediana 73.0 44,0 70,0 21,8 3,0 30.00 38,40 18.70 0,53
E~ ál 3' Quartil 110.0 60,0 107.0 26,5 4,8 30.75 59,00 28.75 0.96
!u~
iii
. Máximo
Média
180,0
91.1
130.0
48,5
172.0
84,9
41.7
23,1
10,0
3,9
33.00
25,53
133,00
52.23
102,00
26.70
5,00
1.11
Desvio Padrão 39,1 27,5 37,4 8.3 2.3 10.22 39,48 35.24 1.76
! Agradecimento
33
Duna. e erele.
"' :;': ; ' , .,,:-. ',:, Sistema Aqu lfero
Pilo.
-O uatemãr1o
eóllcaa
Areias . sel)(os 8
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Miocénico-
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(catcários margosos)
Aqu lfe ro
Formaçao de Coimbra
50 (cerc ártos e A qulfero
ca lcérios m ar go so s)
O
34
Quadro 4 - Características hidroquimicas das formações geológicas.
Condutividade
Qualidade p a r a consumo
pH eléctrica Fácies Obse rvações
humano
(!JS/cm)
w
c.n
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