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Centro de Engenharias
Manual do Estudante:
Legislação Aplicada à Engenharia
2022
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
INTRODUÇÃO 06
LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL 09
Profissões regulamentadas
Profissões não regulamentadas
SISTEMACONFEA/CREA 16
Formação Profissional 16
Exercício Profissional 17
Organização do Sistema 17
Integração Social e Profissional 18
Grupo Engenharia
Grupo Agronomia
Modalidade Agronomia
Campo de Atuação
REGISTRO PROFISSIONAL 27
ÉTICA PROFISSIONAL 32
LIVRO DE ORDEM 55
RESPONSABILIDADES 57
Responsabilidade Profissional 57
Infração Ética 60
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 83
LEGISLAÇÃO – CREA-RS 88
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 91
ANEXOS 98
Legislação Aplicada à Engenharia
INTRODUÇÃO
Engenharia e a sociedade
A sociedade, direta ou indiretamente, depende cada vez mais da engenharia, seja para
realização de obras e projetos. Como atuar como uma sociedade moderna e conceber nos
dias atuais a ausência da tecnologia que envolve a vida projetando novos meios de
conviver e conservar os recursos naturais do nosso planeta. Até mesmo as relações de
trabalho foram alteradas pela influência da engenharia, que proporcionou a mecanização
e a automação de muitas atividades, bem como outros tipos de melhoria nos postos de
trabalho, trazendo melhor segurança e qualidade de vida aos trabalhadores.
O engenheiro é o profissional que deve ser visto, acima de tudo, como um agente
transformador da sociedade em que vive. É o indivíduo preparado para avaliar situações
e propor soluções seguras, eficientes e eficazes, considerando que para se tornar um
engenheiro que de fato fará diferença na sociedade, contribuindo de forma efetiva na
resolução de muitos problemas.
A preparação começa com uma boa formação escolar, pois uma boa formação é algo
duradouro e nos prepara para sermos capazes de acompanhar a evolução das coisas. É
preciso, ainda, ter em mente que um profissional engenheiro precisa constantemente de
atualização, uma vez que o conhecimento e as ciências evoluem de maneira muito rápida.
A sociedade muda, técnicas se tornam ultrapassadas e novas áreas de conhecimento
surgem. É importante inovar, mas com segurança e responsabilidade, calculando sempre
o risco das ações a serem tomadas, assim, sem dúvida o engenheiro contribuirá para o
desenvolvimento da empresa onde trabalha, de sua profissão e de sua sociedade.
Por fim, a sociedade tem se mostrado cada vez mais consciente de que o modelo atual de
desenvolvimento econômico está associado à degradação do meio ambiente, com
impactos diretos na qualidade de vida e na própria sobrevivência do homem, e para o
engenheiro diante dessa realidade, torna-se necessário o entendimento a respeito do meio
ambiente, da sua relevância e a da importância do desenvolvimento sustentável, para a
longevidade do planeta terra.
Legislação Aplicada à Engenharia
1808 – Família Real Portuguesa, fugindo das tropas napoleônicas para o Brasil, D. João
VI criou novos estabelecimentos governamentais militares, científicos, culturais e de
formação profissional, até então limitados ou proibidos na Colônia.
1880 – Decreto Imperial Nº 3.001: fixaram-se novos requisitos para que os Engenheiros
Civis, Geógrafos e Agrimensores pudessem exercer cargos e funções de nomeação do
Governo.
No âmbito do Direito, a lei é uma regra tornada obrigatória pela força coercitiva do poder
legislativo ou de autoridade legítima, que constitui os direitos e deveres numa comunidade.
Legislação Aplicada à Engenharia
LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
Quanto aos diplomas legais podemos citar a Hierarquia das Leis – O conhecimento do
ordenamento das Leis do País, cabe a todos os cidadãos, principalmente aos profissionais
de nível superior. Para tanto devem ter em mente que o estabelecido em diploma de grau
superior detém prevalência sobre outro de grau inferior. Este é um dos primeiros passos
para o reconhecimento de direitos e obrigações do profissional pois, deste modo, poderá
evitar o talante arbitrário de qualquer administrador.
DIPLOMAS LEGAIS DO BRASIL
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Título II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Capítulo I
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Inciso XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
DECRETO N.º 23.569/33, 11 de dezembro de 1933.
Importante documento legal de suporte ao Sistema Profissional que deu origem aos
Conselhos Profissionais, atribuições e atividades profissionais estão relatadas no Decreto
23.569/33, o qual refere-se:
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações
e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
LEI N.º 10.406 – CÓDIGO CIVIL. Bens, Direitos, Contratos. De 10 de janeiro de 2002.
PROFISSÕES REGULAMENTADAS
O Estado regulamenta uma profissão se entender que seu exercício pode ser
indiscriminado colocando em risco a sociedade.
Profissões regulamentadas são definidas por lei, ou seja, tem regulamentação própria
de direitos e garantias, como piso salarial, jornada de trabalho e adicionais.
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=112681-
rces002-19&category_slug=abril-2019-pdf&Itemid=30192
Figura – Engenharias
O exercício das atividades inerentes a sua profissão, assegura-lhe, pela legislação vigente,
todos os direitos pertinentes a ela juridicamente.
E quem exercer ilegalmente, é passível de sanções penais e civis, estabelecidas por lei.
É bom lembrar: além dos direitos que lhe são assegurados, há também os
correspondentes deveres e obrigações de ordem LEGAL e de ordem ÉTICA.
2. Ter habilitação, obtida com seu registro no CREA, que lhe fornece a carteira
profissional. (HABILITAÇÃO – LEGAL)
A legal cabe ao Estado, por ser interesse dele o bom desempenho do exercício
profissional, controlando e fiscalizando o exercício da atividade profissional, mediante
órgãos competentes, criados por lei. Cabe aos Conselhos de Fiscalização das diversas
profissões:
SISTEMA CONFEA/CREA
Formação Profissional
As profissões que integram o Sistema Confea/Crea possuem diferentes níveis de
formação e são caracterizadas pelos seguintes elementos: a) na parte da formação
profissional, pelas diretrizes curriculares, perfis e títulos acadêmicos; e b) na parte do
exercício profissional, pelas atribuições profissionais, perfis e títulos profissionais.
Exercício Profissional
O Exercício Profissional efetivo, eficiente e eficaz desejado reflete-se, entre outros
aspectos, na qualidade indispensável de obras, serviços e produtos colocados à
disposição da sociedade, na flexibilidade exigida dos profissionais em um mercado em
permanentes e aceleradas transformações e no comportamento ético, sujeito aos padrões
compensados pelos cidadãos-profissionais que integram o Sistema Confea/Crea.
Organização do Sistema
A boa gestão das relações entre entidades, instituições de ensino e conselhos de
fiscalização é condição indispensável para o alcance da eficiência, eficácia e efetividade
do sistema profissional. Acresce salientar que o complexo formado por essas
organizações é estruturado primeiramente no âmbito dos municípios, depois no estadual
e, finalmente, no âmbito federal, adquirindo dessa forma representatividade, capacidade
de mobilização e, consequentemente, força reivindicatória. Força essa direcionada
principalmente ao aperfeiçoamento da legislação profissional, a fim de que a mesma possa
acompanhar o dinamismo do processo de desenvolvimento sustentável do País.
Por sua vez, a Integração Profissional diz respeito ao estreitamento cada vez maior das
relações entre os profissionais integrantes do Sistema, desses com as entidades
representativas e destas entre si.
Por fim, também abarcada pelo eixo Integração Social e Profissional, a inserção
internacional do Sistema Confea/Crea é motivada em linhas gerais pelo processo de
globalização e dos novos paradigmas que se refletem em um novo desafio: a necessidade
da consolidação de um modelo que harmonize as condições do exercício profissional para
atender a mobilidade profissional. Além da mobilidade profissional, abre-se uma excelente
oportunidade de reflexão e análise sobre diversos aspectos do negócio – tais como registro
e certificação profissional – diante dos modelos existentes no mundo.
Agronomia
Engenharia Civil
Engenharia Elétrica
Engenharia Florestal
Engenharia Mecânica e Metalúrgica
Engenharia Química
Engenharia de Segurança do Trabalho
Geologia e Engenharia de Minas
Os Sindicatos– São organizações que objetivam a defesa dos interesses comuns de uma
mesma categoria profissional ou de profissões correlatas, principalmente na área
trabalhista. Os sindicatos representam, perante o Poder Judiciário e as entidades
administrativas, os interesses dos trabalhadores a eles congregados, diante dos
empregadores.
Legislação Aplicada à Engenharia
Modalidade Civil
De acordo com sua habilitação específica, limitados à sua formação curricular, atuam na
concepção e planejamento de diversos tipos de serviços e obras de construção civil, bem
como nos estudos de sua viabilidade técnica e econômica. Exercem atividades
relacionadas ao dimensionamento das construções, com a escolha e especificação de
materiais de construção, além do acompanhamento técnico da execução de obras e
serviços. Estudam e propõem soluções para as obras civis, tais como: edifícios e grandes
edificações, estradas, pontes, viadutos, túneis, dentre outras. Incumbem-se das obras de
infra-estrutura, como barragens, obras de contenção de encostas, obras de terra, bem
como do planejamento de meios de transporte e de tráfego.
De acordo com sua habilitação específica, limitados à sua formação curricular, é o ramo
da Engenharia que trata de conceber, projetar, construir e operar equipamentos
destinados a reproduzirem, em escala econômica, os processos controlados de
transformação da matéria em sua composição, estados físicos e conteúdo energético.
Modalidade Agrimensura
Modalidade Agronomia
Incluem ainda as atividades de vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer,
laudos técnicos e indicar medidas de controle sobre grau de exposição a agentes
agressivos de riscos físicos, químicos e biológicos, tais como poluentes atmosféricos,
ruídos, calor, radiação em geral e pressões anormais, caracterizando as atividades,
operações e locais insalubres e perigosos; Analisar riscos, acidentes e falhas, investigando
causas, propondo medidas preventivas e corretivas e orientando trabalhos estatísticos,
inclusive com respeito a custo; Propor políticas, programas, normas e regulamentos de
Segurança do Trabalho, zelando pela sua observância.
Legislação Aplicada à Engenharia
REGISTRO PROFISSIONAL
A graduação confere o título ao profissional e indica que ele está capacitado a desenvolver
atividades próprias de sua formação, porém só estará habilitado ao exercício profissional
após o competente registro no CREA.
Tipos de registro:
Registro de empresas
A constituição de uma pessoa jurídica que se organiza para atuar nas áreas sob a
jurisdição do CREA está sujeita a registro, conforme estabelecido na Lei nº 5.194/66 e
Resolução nº 336/89 do CONFEA.
I - Profissional
II - Cliente
III - Poder Público
IV - Serviço
V - Remuneração
Atenção: Como agente da prestação de serviços, você deve sempre ter em mente que o
cliente é a razão da sua prática profissional, podendo apresentar-se como um cliente
eventual, para um fim específico e temporário, ou como um cliente empregador, com o
qual você manterá vinculação empregatícia permanente e de dependência.
Atenção: Sua vida profissional será sempre regida por leis, decretos, resoluções, códigos,
normas, procedimentos e outros dispositivos que devem ser obedecidos. Em
contrapartida, você terá seus direitos, garantias, oportunidades e vantagens profissionais
assegurados por esses diplomas legais.
ÉTICA PROFISSIONAL
A ética profissional é algo que deve fazer parte vida de todo profissional, lembrada de
maneira pessoal, independentemente da sua área de atuação. Princípios éticos sempre
devem reger a forma como o profissional atua e se relaciona, garantindo que sua conduta
seja honesta, digna e cidadã, sendo fator determinante nos rumos de uma sociedade.
Um profissional ético deve agir sempre considerando princípios gerais de conduta como:
Responsabilidade, Lealdade, Iniciativa, Honestidade, Sigilo, Competência, Prudência,
Perseverança, Compreensão, Humildade e Imparcialidade.
Um objetivo claro
Cada membro da equipe deve ter uma função bem definida
Todos os participantes devem ter compromisso com o objetivo do trabalho
As decisões devem ser tomadas em consenso
Deve haver o reconhecimento da equipe com relação ao esforço de cada
membro
Deve haver avaliações a respeito do andamento do trabalho.
Assim podemos definir ética profissional como “conjunto de atitudes e valores positivos
aplicados no ambiente de trabalho e, com o intuito de padronizar a conduta profissional,
os conselhos reguladores de profissão criam seus códigos de ética.
Preâmbulo
Artigo 4º - As profissões são caracterizadas por seus perfis próprios, pelo saber científico
e tecnológico que incorporam, pelas expressões artísticas que utilizam e pelos resultados
sociais, econômicos e ambientais do trabalho que realizam.
Artigo 6º - O objetivo das profissões e a ação dos profissionais volta-se para o bem-estar
e o desenvolvimento do homem, em seu ambiente e em suas diversas dimensões: como
indivíduo, família, comunidade, sociedade, nação e humanidade; nas suas raízes
históricas, nas gerações atual e futura.
Princípios éticos
Artigo 8º - A prática da profissão é fundada nos seguintes princípios éticos aos quais o
profissional deve pautar sua conduta:
Objetivo da profissão
Natureza da profissão
Honradez da profissão
III - A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, digna e cidadã;
Eficácia profissional
Relacionamento profissional
VII - A profissão é de livre exercício aos qualificados, sendo a segurança de sua prática de
interesse coletivo.
Deveres
II - ante a profissão:
V - ante o meio:
a) orientar o exercício das atividades profissionais pelos preceitos do
desenvolvimento sustentável;
b) atender, quando da elaboração de projetos, execução de obras ou criação de
novos produtos, aos princípios e recomendações de conservação de energia e de
minimização dos impactos ambientais;
c) considerar em todos os planos, projetos e serviços as diretrizes e disposições
concernentes à preservação e ao desenvolvimento dos patrimônios sócio-cultural e
ambiental.
Condutas vedadas
II - ante a profissão:
a) aceitar trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa para os quais não tenha
efetiva qualificação;
b) utilizar indevida ou abusivamente do privilégio de exclusividade de direito
profissional;
c) omitir ou ocultar fato de seu conhecimento que transgrida à ética profissional;
III - nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores:
V - ante o meio:
Direitos
Infração ética
Artigo 13º - Constitui-se infração ética todo ato cometido pelo profissional que atente
contra os princípios éticos, descumpra os deveres do ofício, pratique condutas
expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.
Legislação aplicada:
O Art. 1º da Lei 6.496/77, determina que "Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução
de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à
Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à Anotação de Responsabilidade Técnica - ART".
Isto significa que cada vez que o profissional prestar um serviço, desde uma simples
consulta até uma grande obra, deverá fazer previamente uma ART - Anotação de
Responsabilidade Técnica. A ART deve ser feita também para o registro de Desempenho
de Cargo ou Função Técnica, até mesmo em órgãos públicos.
A ART é um instrumento formal, estabelecido por Lei Federal, com o preenchimento dos
dados principais do contrato (escrito ou verbal), em formulário próprio, fornecido pelo
CREA, o profissional, mediante o pagamento de uma taxa, registra os seus contratos no
Conselho Regional.
Responsabilidade técnica
Responsavel Técnico – RT – É um profissional registrado e habilitado no CREA
Importância da ART
Profissional:
Tipos de ART:
Obra ou serviço (projeto)
Obra ou serviço de rotina (múltipla)
Cargo e Função Técnica
Forma de registro:
Inicial
Complementar
Substituição
Participação técnica:
Individual;
Coautoria;
Corresponsabilidade;
Equipe.
O que eu registro?
I – quando o profissional for contratado como autônomo diretamente por pessoa física ou
jurídica; ou
O profissional acessa o SISTEMA de ART do CREA e digita as atividades que vai executar,
conforme objeto do contrato, em campo específico e, em função dos códigos dos campos
de atuação, relacionados às atribuições profissionais de cada modalidade ou profissão.
Importante:
Quando o profissional pretende executar uma atividade que não está relacionada no seu
Campo de Atuação (Atribuições), não consegue CADASTRAR , nem REGISTRAR A ART.
O responsável técnico deverá manter uma via da ART no local da obra ou serviço.(art. 7º)
II – ART de obra ou serviço de rotina, denominada ART múltipla, que especifica vários
contratos referentes à execução de obras ou à prestação de serviços em determinado
período;
III – ART de cargo ou função, relativa ao vínculo com pessoa jurídica para desempenho
de cargo ou função técnica.
I – ART individual, que indica que a atividade, objeto do contrato, é desenvolvida por um
único profissional;
II – ART de coautoria, que indica que uma atividade técnica caracterizada como intelectual,
objeto de contrato único, é desenvolvida em conjunto por mais de um profissional de
mesma competência;
III – ART de corresponsabilidade, que indica que uma atividade técnica caracterizada como
executiva, objeto de contrato único, é desenvolvida em conjunto por mais de um
profissional de mesma competência;
Baixa da ART
A ART deve ser baixada em função de algum dos seguintes motivos: (Art.15)
a) rescisão contratual;
b) substituição do responsável técnico; ou
c) paralisação da obra e serviço.
Importante
Para os efeitos legais, somente será considerada concluída a participação do profissional
em determinada atividade técnica a partir da data da baixa da ART correspondente. (Art.
13)
Deve ser requerida ao CREA pelo profissional por meio eletrônico e instruída
com o motivo, as atividades concluídas e, nos casos de baixa em que seja
caracterizada a não conclusão das atividades técnicas, a fase em que a obra
ou serviço se encontrar. (Art. 16)
a ART que indicar profissional que tenha falecido ou que teve o seu registro
cancelado ou suspenso após a anotação da responsabilidade técnica;
Importante:
Art. 20. Após a baixa da ART, o motivo, as atividades técnicas concluídas e a data da
solicitação serão automaticamente anotados no SIC.
Cancelamento de ART
Quando ocorrerá o cancelamento da ART ?(Art.21)
Deve ser requerido ao CREA pelo profissional, pela pessoa jurídica contratada
ou pelo contratante, e ser instruído com o motivo da solicitação
Deve ser registrada antes do início da respectiva atividade técnica, de acordo com as
informações constantes do contrato firmado entre as partes.(Art.28)
No caso de obras públicas, a ART pode ser registrada em até dez dias após a liberação
da ordem de serviço ou após a assinatura do contrato ou de documento equivalente, desde
que não esteja caracterizado o início da atividade.
Subcontratação ou subempreitada
No caso em que a ART tenha sido registrada indicando atividades que posteriormente
foram subcontratadas, compete ao profissional substituí-la para adequação.
Importante:
A substituição, a qualquer tempo, de um ou mais responsáveis técnicos pela execução da
obra ou prestação do serviço obriga ao registro de nova ART, vinculada à ART
anteriormente registrada.(Art. 31)
Caso não deseje registrar diversas ARTs específicas, é facultado ao profissional que
execute obras ou preste serviços de rotina anotar a responsabilidade técnica pelas
atividades desenvolvidas por meio da ART múltipla. (Art. 34)
O disposto no caput deste artigo também se aplica ao serviço de rotina executado por
profissional integrante do quadro técnico de pessoa jurídica.(Parágrafo único)
Deve ser registrada antes do início da respectiva atividade técnica, de acordo com as
informações constantes do contrato firmado entre as partes, da seguinte forma: (Art.42)
ART referente à execução de obras ou à prestação serviços que abranjam mais de uma
unidade da federação pode ser registrada em qualquer dos CREAs onde for realizada a
atividade;
Além do mais, é pela ART que o CREA passa a ter ciência da regularidade e legalidade
das atividades técnicas de cada um dos profissionais, em obras ou serviços de sua
exclusividade, impedindo a ocorrência de irregularidades ou o exercício ilegal da profissão.
Também boa parte da arrecadação, decorrente das taxas pagas pelas ARTs, permite ao
CREA promover a continuidade dos serviços, inclusive mantendo um cadastro atualizado
dos profissionais e empresas e suas respectivas especialidades/atividades, beneficiando
os profissionais e a comunidade.
Legislação Aplicada à Engenharia
II – não tenham sido baixadas, mas tenha sido apresentado atestado que comprove a
execução de parte das atividades nela consignadas.
É é o instrumento que certifica, para os efeitos legais, que consta dos assentamentos do
CREA a ART pelas atividades consignadas no acervo técnico do profissional.
Quem e como deve ser requerida a CAT? (Art. 50)
Deve ser requerida ao CREA pelo profissional por meio de formulário próprio, conforme o
Anexo III, com indicação do período ou especificação do número das ARTs que constarão
da certidão.
Importante:
No caso de o profissional especificar ART de obra ou serviço em andamento, o
requerimento deve ser instruído com atestado que comprove a efetiva participação do
profissional na execução da obra ou prestação do serviço, caracterizando, explicitamente,
o período e as atividades ou as etapas finalizadas. (Parágrafo único, Art. 50)
Importante:
É vedada a emissão de CAT ao profissional que possuir débito relativo a anuidade, multas
epreços de serviços junto ao Sistema CONFEA/CREA, excetuando-se aqueles cuja
exigibilidade encontrar-se suspensa em razão de recurso. (Art. 54)
Atestado técnico
Sim. Com o objetivo de fazer prova de aptidão para desempenho de atividade pertinente
e compatível em características, quantidades e prazos.
Devem ser declarados por profissional que possua habilitação nas profissões abrangidas
pelo Sistema CONFEA/CREA.
No caso em que a contratante não possua em seu quadro técnico profissional habilitado,
o atestado deverá ser objeto de laudo técnico.
O registro de atestado deve ser requerido ao CREA pelo profissional por meio de
formulário, conforme o Anexo III, e instruído com original e cópia, ou com duas cópias
autenticadas, do documento fornecido pelo contratante.
Somente será objeto de registro pelo CREA o atestado emitido sem rasuras ou
adulteração, e que apresentar os dados mínimos indicados no Anexo IV. (§ 1º)
O atestado que referenciar serviços que foram parcialmente concluídos deve explicitar o
períodoe as etapas executadas. (Art. 60)
Importante:
O atestado que referenciar serviços subcontratados ou subempreitados deve estar
acompanhado de documentos hábeis que comprovem a anuência do contratante original
ou que comprovem a efetiva participação do profissional na execução da obra ou
prestação do serviço, tais como trabalhos técnicos, correspondências, diário de obras ou
documento equivalente.(Art. 61)
O registro de atestado será efetivado por meio de sua vinculação à CAT, que especificará
somente as ARTs a ele correspondentes. (Art. 64)
Importante
O atestado registrado constituirá prova da capacidade técnico-profissional da pessoa
jurídica somente se o responsável técnico indicado estiver ou venha ser a ela vinculado
como integrantede seu quadro técnico por meio de declaração entregue no momento da
habilitação ou da entrega das propostas.
Deve ser requerida no CREA em cuja circunscrição foi desenvolvida a atividade pelo
profissional que executou a obra ou prestou o serviço.(Art. 2º)
Mediante justificativa fundamentada, poderá ser aceita como prova de efetiva participação
do profissional declaração do contratante, desde que baseada em indício de prova
material, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal.(§1º Art.2º)
A falta de visto no CREA em cuja circunscrição a atividade foi desenvolvida não impede a
regularização da obra ou serviço, desde que a situação do profissional seja previamente
regularizada.(§ 2º Art.2º)
Procedimento de analise:
O que conferir?
A CAT deve ser concedida em função do que foi contratado, anotado e executado,
conforme laudo técnico , quando houver;
LIVRO DE ORDEM
Ele também é importante, porque conta, dia a dia, a história do empreendimento ao longo
de todo seu período de execução. Serve para discutir determinadas ocorrências com os
empreiteiros, ou justificar problemas nos prazos com o cliente, por exemplo. O diário é
uma ferramenta com valor de documento, e por isso deve ser preenchido com atenção.
VIII – os períodos de interrupção dos trabalhos e seus motivos, quer de caráter financeiro
ou meteorológico, quer por falhas em serviços de terceiros não sujeitas à ingerência do
responsável técnico;
Todos os relatos serão datados e assinados pelo responsável técnico pela obra ou serviço.
RESPONSABILIDADES
1. RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL
É interessante notar, nos temos dos artigos números 113, 421 e 422 do Código Civil
Brasileiro, que os contratos e os contratantes devem respeitar a função social do contrato,
os bons costumes e a boa fé. Constata-se, porém, ser pouco discutida no âmbito
profissional e, consequentemente, haver um desconhecimento quanto às obrigações e
responsabilidades decorrentes dos contratos que, além da responsabilidade civil, abrange
responsabilidade penal, a administrativa, a ética profissional e a trabalhista.
Longe de pretender esgotar este assunto, o intuito aqui é despertar essa discussão como
alerta aos futuros egressos dos cursos de Engenharia, da importância do assunto em
questão, pois os envolverá no transcurso da vida profissional.
O profissional ao exercer sua profissão estará sujeito aos ditames da Lei nº 5.194/66 que
considera as seguintes modalidades de responsabilidades:
A Lei 5.194/66 é que fundamenta legalmente o Código de Ética Profissional, adotado pela
Resolução nº 1.004 de 27.06.2003 do CONFEA e que estabelece os princípios éticos que
devem reger a conduta profissional.
O descumprimento da legislação ou o exercício inadequado da profissão, sem prejuízo
para com suas demais responsabilidades, pode resultar em um processo ético- disciplinar
junto aos órgãos disciplinadores da profissão: CREA’s e CONFEA.
As penalidades aplicadas nesses processos incidirão sobre a pessoa física e podem variar
em função da gravidade ou reincidência da falta. São elas:
Advertência reservada;
Censura pública;
Multa;
Suspensão temporária do exercício profissional;
Cancelamento definitivo do registro.
Mesmo que o profissional dê baixa na sua ART no CREA, ele não se desvincula totalmente
das suas responsabilidades condizentes à obra ou às obras. A baixa da ART deve-se
efetivar apenas para o não enquadramento nos atos normativos.
O nome dado para esses casos é Acobertamento, são os profissionais que anotam a
ART se responsabilizando por uma obra ou serviço, sendo que na verdade quem está
exercendo as atividades na sua grande maioria é uma pessoa leiga, que não possui
habilitação junto ao Crea.
PENALIDADES POR FALTA ÉTICA
Será anotada nos assentamentos do profissional, será efetivada por meio de edital
afixado no quadro de avisos nas inspetorias, na sede do Crea onde estiver inscrito o
profissional, divulgação em publicação do Crea ou em jornal de circulação na
jurisdição, ou no diário oficial do estado ou outro meio, economicamente aceitável,
que amplie as possibilidades de conhecimento da sociedade, ou seja, essa
penalidade pode ser amplamente divulgada para a sociedade, no intuito de alertar
sobre o mau comportamento do profissional penalizado.
O Código Civil Brasileiro rege tais ocorrências e seus efeitos. Nestes casos, a
responsabilidade civil varia em função do p roblema, a partir da entrega da obra/serviço,
podendo limitar-se a seis meses, cinco anos ou chegando a perdurar por 20 anos.
A responsabilidade civil é determinada no Código Civil Brasileiro em seu Art. 186 que
estabelece: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Responsabilidade Contratual
Responsabilidade Extracontratual
Considerando a ocorrência de um fato jurídico que possa ser considerado como danoso e
consequentemente gerar possível indenização, serão discutidos os seguintes conceitos:
Fato Jurídico; Dano; Ato Ilícito; Conduta; Intenção; Nexo Causal; Obrigação.
Para o cumprimento dos contratos e das obrigações inerentes, são realizadas ações cujos
efeitos ou decorrências podem ocasionar fatos jurídicos, seja com relação ao contratante,
aos vizinhos, à comunidade ou aos empregados das empresas envolvidas no processo de
construção ou projetos.
b) O Dano
O dano moral é todo aquele que abala a honra, a boa-fé subjetiva ou a dignidade das
pessoas físicas ou jurídicas. A caracterização da ocorrência do dano moral depende da
prova do nexo de causalidade entre o fato gerador do dano e suas consequências nocivas
à moral do ofendido.
O dano material é o que atinge, diretamente, o patrimônio das pessoas físicas ou jurídicas.
Sejam eles físicos ou financeiros.
O dano material pode ser configurado por alguma despesa ou custo gerado por uma ação
ou omissão indevida de terceiros. Ou, ainda, pelo que se deixou de auferir em razão de tal
conduta, caracterizando a necessidade de reparação material dos chamados lucros
cessantes.
c) Ato Humano
Para caracterizar um ato humano como ilícito, há que se qualificar a conduta e a intenção
do agente.
d) A Conduta
Definido o dano, seja moral ou material, há que se qualificar o ato humano, se esse ato é
lícito ou ilícito. Para tanto há que se verificar a conduta do agente.
A conduta pode ser por ação comissiva ou omissiva, que é a realização material da
vontade humana, mediante a prática de um ou mais atos.
A ação é dita omissiva quando o agente ou responsável não agiu ou não tomou quando
deveria agir, de acordo com a norma. Ou, não tomou as providencias cabíveis para impedir
que um fato danoso previsível ocorresse.
e) A Intenção
O passo seguinte é definir a intenção da conduta, se o agente do fato se houve com culpa
ou dolo.
O dolo ocorre quando houve intenção de que um fato jurídico acontecesse. Ou, então, se
o agente assumiu o risco de realizar uma ação previsível de causar dano.
A culpa ocorre quando não havia a intenção de causar dano.
Para qualificar a culpa, há que se constatar, e deve ser provado, se a ação do agente
ocorreu com negligência, imprudência ou imperícia.
f) Nexo Causal
O conceito de nexo causal não é jurídico; decorre das leis naturais. É o vínculo, a ligação
ou relação de causa e efeito entre a conduta e o resultado.
Assim, para se dizer que alguém causou um determinado fato, faz-se necessário
estabelecer a ligação entre a sua conduta e o resultado gerado, isto é, verificar se de sua
ação ou omissão adveio um resultado danoso.
No caso de obras e serviços de engenharia, tendo ocorrido de algum fato dado por danoso
e havendo discussão em juízo, há que o perito definir a causa que produziu o dano
relatado. E, o responsável pela ocorrência do fato.
Dos crimes em que possa incidir o engenheiro em sua atuação profissional, merecem
destaque:
Todas essas ocorrências são incrimináveis, havendo ou não lesão corporal ou dano
material, desde que se caracterize perigo à vida ou à propriedade.
Por isso, cabe ao profissional, no exercício de sua atividade, prever todas as situações
que possam ocorrer a curto, médio e longo prazo, para que fique isento de qualquer ação
penal.
Provado que tais erros resultem em morte de alguém e derivem da atuação direta do
engenheiro responsável pela obra, este responde penalmente por sua ação ou omissão,
podendo ser penalizado com restrição de liberdade (reclusão).
IV – Responsabilidade Trabalhista
Aquela que decorre das relações contratuais ou legais assumidas com empregado
mobilizado para a realização de obra ou serviço, estendendo-se a obrigações acidentárias
e previdenciárias.
Obriga o cumprimento das normas, dos encargos e das exigências de natureza técnico-
administrativa. Entre esses elementos aparecem, em primeiro lugar, as várias leis que
definem a extensão e os limites do "privilégio profissional".
Essa situação é mais comum do que a maioria das pessoas imagina. Por exemplo, depois
de sofrer um grave acidente é obrigação do hospital ou do médico fazer todos os esforços
para que a pessoa fique bem, porém, o médico e o hospital não têm a obrigação de salvar
a vida.
A profissão de responsabilidade por obrigação de resultado implica em
responsabilidade quanto ao que foi pactuado e suas garantias legais quanto as atividade
técnico-econômica de projeto, construção ou incorporação.
Responsabilidade de Resultado
Objetiva;
Subjetiva.
Responsabilidade Objetiva
A responsabilidade é dita objetiva quando ocorre uma relação direta entre o dano e o
agente que a causou. Ou seja, não há dúvida quanto ao agente causador do dano.
Para caracterizar a responsabilidade civil objetiva, basta haver uma relação direta entre
causa e efeito do dano e o agente causador. Ou seja, o nexo causal para a indenização
do prejuízo ou dano.
Como exemplo tem-se: a ruína de uma edificação; queda de uma torre de água sobre um
edifício; o desabamento de um muro de arrimo; a queda de um viaduto. O construtor, o
proprietário ou quem causou esse fato danoso tem a obrigação de repará-lo ou indenizar
o ofendido.
Para isso o lesado mostra a existência do contrato e prova a não obtenção do que foi
prometido. Só ocorre a extinção da obrigação quando o contratado prova que não alcançou
o objetivo final por motivo de força maior.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Responsabilidade Subjetiva
A responsabilidade civil é dita subjetiva quando causada por conduta culposa lato sensu,
que envolve a culpa stricto sensu e o dolo. Neste caso há que se provar quem foi o
causador do dano.
A culpa (stricto sensu) caracteriza-se quando o agente causador do dano praticar o ato
com negligência ou imprudência. Porém, sem haver a intenção do agente em que o fato
acontecesse.
O dolo ocorre quando houve a intenção do agente quanto à ocorrência do fato danoso ou,
então, ele tenha assumido o risco de sua ocorrência. Noutros termos pode-se dizer que:
“dolo é a vontade conscientemente dirigida à produção do resultado ilícito”. Nota-se que a
pena no caso ser caracterizado o dolo é superior à da culpa.
A culpa ocorre quando a ação do profissional não tinha a intenção de causar dano.
Para a imputação da responsabilidade do profissional liberal, e aí se incluem os
engenheiros e arquitetos no desempenho das suas funções profissionais
independentemente de atuar como autônomo ou empregado, há que se qualificar se a
ação do agente ocorreu com negligência, imprudência ou imperícia, o que deve ser
provado.
Quando o projetista não especifica bem os projetos que serão entregues à construtora, dá
margem à subjetividade que podem acarretar condenações aos envolvidos no processo
de construção.
Eles lidam com a incerteza das teorias, dos modelos de cálculo, das técnicas de
construção, do comportamento dos materiais, das ações humanas e da natureza. Porém,
tem o dever de cumprir suas obrigações a contento do contratante.
Figura – Qualificação da Ação
Exemplificando, nenhum projetista de barragens, por mais competente que seja, pode
garantir com 100% de confiabilidade a segurança contra rompimento por enchentes.
Geralmente, para grandes obras, trabalha-se com a probabilidade de ocorrer uma grande
cheia a cada dez mil anos – período de retorno deca milenar.
Este entendimento é definido pelo Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078, Art.º 14
parágrafo 4º que diz:
Há, porém, que se entender que, mesmo em sobrevindo fato danoso, a responsabilidade
do profissional e mesmo da empresa pode ser descaracterizada. Quando sobrevirem
eventos extraordinários, imprevistos e imprevisíveis, onerosos, retardadores ou
impeditivos da execução do contrato, a parte atingida fica liberada dos encargos
originários.
2 – Iniciativa Privada
4 – Contratos
O processo de construção pode ser dividido em três fases básicas distintas: a concepção,
a engenharia do produto; e a engenharia do processo. Ver Figura – Processo do Projeto
de Engenharia.
Ela tem como objetivos principais: a definição da tecnologia a ser adotada em cada projeto
singular; a execução do processo construtivo; e, a entrega do produto em condições de
operação. Área associada a empreitadas.
Figura – Processo do Projeto de Engenharia.
Sem dúvida alguma, o contrato é o instrumento que rege as relações entre as partes.
Mesmo havendo este entendimento ele, o contrato, não se sobrepõe ao que estiver
estabelecido em lei, na jurisprudência estabelecida pelos tribunais ou na doutrina.
Além disso, o profissional durante a execução dos contratos, e para resguardar a sua
responsabilidade, deverá seguir as orientações das normas técnicas, teóricas e adotar
boas práticas de projeto, execução e manutenção.
Tanto isto é importante que o Código Civil em seu artigo nº. 422 reza:
“Os contratantes são obrigados a guardar, assim da conclusão do contrato como em sua
execução, os princípios de probidade e boa fé”.
Cláusula tácita ou implícita é aquela que não esta escrita em contrato. Ela decorre da lei
ou da jurisprudência e sua aplicação depende de interpelação judicial.
Para tanto, deve estabelecer o que dele se deseja do produto final: seus destinos e usos,
a qualidade esperada, o desempenho e o rendimento esperado. É recomendável que os
Termos de Referência disponham, também, possíveis óbices à elaboração do projeto
(design) quanto a restrições legais, físicas, geológicas e de natureza ambiental.
Ele é composto dos seguintes documentos: desenhos dos projetos singulares; memorial
descritivo; processo construtivo; especificações e normas técnicas; orçamento.
Figura – Projeto e Termos de Referência.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Neste item são apresentados os principais textos legais que regulamentam o exercício das
diversas profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.
Leis
Lei nº 6.766, de dezembro de 1979, que institui a Lei do Parcelamento do Solo Urbano;
Lei nº 6.839, de 30 de outubro de 1980, que dispõe sobre o registro de empresas nas
entidades fiscalizadoras do exercício deprofissões;
Decreto-Lei
Decreto-Lei nº 8.620, de 10 de janeiro de 1946, que dispõe sobre a regulamentação do
exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, regida pelo Decreto
nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, e dá outras providências;e
Decreto-Lei nº 241, de 28 de fevereiro de 1967, que inclui entre as profissões cujo exercício
é regulado pela Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, a profissão de engenheiro
deoperação.
Decreto
Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, que regula o exercício das profissões de
engenheiro, de arquiteto e deagrimensor;
Resolução
Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973, que discrimina atividades das diferentes
modalidades profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia;
Resolução nº 262, de 28 de julho de 1979, que dispõe sobre as atribuições dos técnicos
de 2 º grau, nas áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (revogado o contido no art.
2º, exceto o seu parágrafo único, pela Resolução nº 473, de 26 de novembro de 2002);
Resolução nº 278, de 27 de maio de 1983, que dispõe sobre o exercício profissional dos
técnicos industriais e técnicos agrícolas de nível médio ou de 2º grau, e dá outras
providências;
Decisão Normativa
Decisão Normativa nº 005, de 25 de junho de 1982, que dispõe sobre registro nos CREA
de Auxiliares Técnicos equiparados a Técnicos de 2ºGrau;
LEGISLAÇÃO – CREA-RS
http://www.crea-rs.org.br/site/index.php?p=legislacao
Descrição: pessoa física leiga que executa atividade técnica privativa de profissionais
fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea
Infração: alínea “a” do art. 6º da Lei nº 5.194, de 1966.
Penalidade: alínea “d” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966.
Descrição: profissional que empresta seu nome a pessoa física ou jurídica sem a real
participação na execução da atividade desenvolvida.
Infração: alínea “c” do art. 6º da Lei nº 5.194, de 1966.
Penalidade: alínea “d” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966.
AUSÊNCIA DE ART
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
1. JORNADA DE TRABALHO
Agora, após a atualização das leis, ficam mantidos os limites máximos semanais e mensais
(de 44 e 220 horas, respectivamente). Entretanto, a jornada diária poderá ser de até 12
horas trabalhadas, com intervalo mínimo de 36 horas descansadas.
2. TRABALHO INTERMITENTE
Outro aspecto trazido pela nova CLT é que, durante os intervalos inativos desse tipo de
contrato, fica garantido o direito ao trabalhador de atuar em parceria com outras empresas.
3. HOME OFFICE
Essa modalidade de contratação não era contemplada antes da nova CLT. Após a
Reforma, será possível formalizar esse modelo de trabalho por meio de contrato. Com
isso, ficam inclusos contratualmente os gastos com equipamentos, gastos com energia,
internet e telefonia.
Já o controle do trabalho poderá ser feito remotamente via tarefas estabelecidas, ou seja,
esses contratados não terão a obrigatoriedade de cumprir uma jornada de trabalho mensal
ou semanal, por exemplo.
4. REMUNERAÇÃO
Agora, não é obrigatório que as empresas sigam os valores estabelecidos pelo piso ou
salário mínimo quando temos os salários definidos por produção. Já as bonificações e
outras extensões salariais podem ser negociadas entre funcionários e empresas, sem que
elas constem como salário fixo.
No caso dos planos de cargos e salários, antes da Reforma Trabalhista era necessário
que eles fossem homologados junto ao Ministério do Trabalho e constassem nos contratos
de trabalho estabelecidos.
Segundo as antigas normas, os acordos e convenções coletivas eram parte integrante dos
contratos individuais de trabalho. Nesse cenário, esses pontos só poderiam ser alterados
mediante novas negociações coletivas das empresas com os sindicatos.
A antiga legislação ainda estabelecia que, após o tempo de vigência dos contratos, essas
cláusulas eram mantidas em vigor até que o contratante realizasse uma nova convenção.
O pacote de alterações da Reforma Trabalhista decreta que os acordos definidos não terão
obrigatoriedade de constar em contrato. Dessa forma, os prazos de validade e os direitos
estabelecidos pelos acordos coletivos serão decisões que competem às empresas e
sindicatos. Já em relação ao encerramento do período de vigência dessas convenções,
novas negociações deverão ser feitas.
7. BANCO DE HORAS
As empresas não têm mais a obrigação de estabelecer um acordo com os sindicatos para
colocarem em prática um regime de banco de horas. Portanto, basta que haja um acordo
entre ambas as partes. Nesses casos, o contratante fica obrigado a compensar as horas
do colaborador em um período de até 6 meses.
Antes da Reforma esse processo era bastante burocrático e, muitas vezes, acontecia de
forma irregular, pois os empregadores precisavam formalizar um acordo coletivo para a
compensação de jornada de trabalho.
8. DEMISSÃO
Nos casos de demissão por justa causa ou pedido de demissão voluntário, o trabalhador
perdia o direito ao pagamento da multa de 40% sobre seu saldo de fundo de garantia e
também não tinha acesso a retirada do FGTS acumulado.
Para o aviso prévio, as antigas normas previam que as empresas tinham a obrigação de
notificar os colaboradores sobre seu desligamento com, no mínimo, 30 de antecedência.
Caso contrário, era necessário que o contratante realizasse o pagamento do salário
referente a esse mês sem que o funcionário precisasse trabalhar.
9. TERCEIRIZAÇÃO
11. FÉRIAS
Outro ponto bastante discutido, as férias remuneradas poderão ser agora divididas em até
três períodos. Para isso, é preciso que exista um acordo entre o colaborador e a empresa.
Vale reforçar que para isso é obrigatório que esses períodos não sejam inferiores a 5 dias
e não ultrapassem a 15 dias úteis.
Mesmo diante de muitas discussões, essa foi uma decisão bastante comemorada por
ambas as partes. Sobretudo para o pequeno empresário que, por dispor de equipes
reduzidas, poderá agora coordenar de forma mais tranquila a concessão de férias para
seus funcionários.
A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então
presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil.
Jornada de Trabalho;
Período de Descanso;
Férias;
Medicina do Trabalho;
Organização Sindical;
Convenções Coletivas;
Fiscalização;
Apesar das críticas que vem sofrendo, a CLT cumpre seu papel, especialmente na
proteção dos direitos do trabalhador. Entretanto, pelos seus aspectos burocráticos e
excessivamente regulamentador, carece de uma atualização, especialmente para
simplificação de normas aplicáveis a pequenas e médias empresas.
O Código de Defesa do Consumidor é uma lei abrangente que trata das relações de
consumo em todas as esferas: civil, definindo as responsabilidades e os mecanismos para
a reparação de danos causados; administrativa, definindo os mecanismos para o poder
público atuar nas relações de consumo; e penal, estabelecendo novos tipos de crimes e
punições.
Consultar:http://www.procon.al.gov.br/legislacao/cartilhadoconsumidor.pdf
JANEIRO
MARÇO
ABRIL
10 – Dia da Engenharia
15 – Dia da Conservação do Solo
22 – Dia Internacional do Planeta Terra
MAIO
03 – Dia do Solo
06 – Dia do Cartógrafo
12 – Dia do Engenheiro Militar
27 – Dia do Profissional Liberal
29 – Dia do Geógrafo
30 – Dia do Geólogo
JUNHO
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
ANEXOS