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SUMÁRIO

1. EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS.....................................3


1.1 Letra S............................................................................4
1.1 Letra SS...........................................................................4
1.1 Letra Z............................................................................5

2. EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES ............................6


2.1 POR QUE x POR QUÊ.........................................................7
2.2 PORQUE x PORQUÊ...........................................................7
2.3 AFIM x A FIM (DE)...............................................................7
2.4 ONDE x DONDE x AONDE....................................................8
2.5 ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE ............................. 8
2.6 DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE.................................... 8
2.7 A PRINCÍPIO x EM PRINCÍPIO................................................8
2.8 HÁ x A.............................................................................9
2.9 MAS x MAIS......................................................................9

3. EMPREGO DO HÍFEN NA PREFIXAÇÃO............................10

4. QUESTÕES DE REVISÃO................................................13

5. GABARITO...................................................................21

6. QUESTÕES DE REVISÃO COMENTADAS.........................22

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1. EMPREGO
DE ALGUMAS
LETRAS

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1.1 Letra S

a) Nos substantivos que designam origem, título honorífico e feminino.


Ex: chinês, japonês, baronesa, duquesa, sacerdotisa, poetisa.

b) Nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE.


Ex: fase, ascese, eletrólise, apoteose.

c) Nos sufixos OSO e OSA.


Ex: formoso, formosa, gostoso, gostosa.

d) Nas palavras derivadas daquelas que possuem D, RT ou RG no seu radical.


Ex: iludir – ilusão, defender – defesa; divertir – diversão, inverter – inversão;
imergir – imersão, submergir – submersão.

e) No prefixo TRANS e nos seus derivados.


Ex: transatlântico, trasladar (ou transladar).

f) Após os ditongos.
Ex: maisena, Sousa, coisa.

g) Nas formas verbais derivadas dos verbos QUERER e PÔR.


Ex: quis, quisera, pusera, compusera.

1.2 Letra SS

a) Nas palavras derivadas daquelas que possuem as expressões CED, GRED, PRIM,
MIT, MET e CUT no radical.
Ex: suceder – sucessão, regredir – regressão, comprimir – compressão, demitir –
demissão, intrometer – intromissão, discutir – discussão

b) Prefixo terminado em vogal + palavra começada por S.

Ex: pre + sentir = pressentir (o “s” foi duplicdo para preservar a pronúncia

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1.3. Letra Z

a) Nas terminações EZ e EZA, formando substantivos abstratos derivados de adjetivos.


Ex: insensato – insensatez, nu – nudez; claro – clareza, belo – beleza.

b) Nas terminações IZAR, formando infinitivos verbais.


Ex: sintonia – sintonizar, real – realizar, visual – visualizar

Atenção!
Se a palavra possuir S em sua parte final, o infinitivo verbal também levará S: análise –
analisar, paralisia – paralisar.

Cuidado!
Hipnose – hipnotizar; síntese – sintetizar; batismo – batizar; catequese – catequizar;
ênfase – enfatizar. (Lembre-se da sigla de um famoso banco, só que com E no final:
HSBCE).

c) Como consoante de ligação


Ex: pé + udo = pezudo; guri + ada = gurizada.

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2. EMPREGO
DE ALGUMAS
EXPRESSÕES

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2.1 POR QUE x POR QUÊ

a) Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no início da oração,
equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono).

b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase interrogativa é
indireta).

c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e o “que” é
tônico).

d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome relativo, usado
no início da oração, equivale-se a pelo qual).

2.2 PORQUE x PORQUÊ

a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial, indica


circunstância de causa).

b) Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa explicativa).

c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é substantivo, equivale-
se a motivo, razão, causa).

2.3 AFIM x A FIM (DE)

a) Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em número para com
ele concordar).

b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva, denota finalidade,
objetivo, intenção).

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2.4 ONDE x DONDE x AONDE

a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a preposição em, na
língua portuguesa não existe a contração nonde, indicada por em + onde).

b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em razão sua regência,
a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de + onde).

c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também por causa de
sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”: “Aonde” = a + onde).

2.5 ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE

a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de + os –, equivale-


se a sobre, a respeito de).

b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos. (refere-se a


acontecimento passado).

c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (equivale-se a aproximadamente).

2.6 DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE

a) O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas. (indica posição
contrária, colisão, confronto).
A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários.

b) O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável, concordância).

2.7 A PRINCÍPIO x EM PRINCÍPIO

a) a princípio significa à primeira vista, inicialmente, primeiramente, de início.


Exemplo: A princípio, não era contra sua ideia; mas depois soube os detalhes e me
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decepcionei.
b) em princípio significa em tese, em teoria, teoricamente, em termos, de modo geral.
Exemplo: Em princípio, a prova de Língua Portuguesa deverá ser fácil para você, que
está estudando.

2.8 HÁ x A

a) Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a tempo passado)

b) Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro)

2.9 MAS x MAIS

a) Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa adversativa, pode
ser substituída por porém)

b) Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade, refere-se a verbo,
adjetivo e advérbio)

C) Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido, refere-se a substantivo)

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3. EMPREGO
DO HÍFEN NA
PREFIXAÇÃO

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Prefixos Usa hífen Não usa hífen

a) Em todos os demais
casos: autorretrato,
autossustentável, autoanálise,
autocontrole, antirracista,
antissocial, antivírus,
minidicionário, minissaia,
Agro, ante, anti, arqui, Quando a palavra minirreforma, ultrassom...
auto, contra, extra, infra, seguinte começa com (perceba que as letras R
intra, macro, mega, micro, h ou com vogal igual à e S são duplicadas).
maxi, mini, semi, sobre, última do prefixo:
supra, tele, ultra... auto- hipnose, anti-herói, b) Quando se usam os
anti-imperalista, prefixos des- e in-, caem o
auto -observação, h e o hífen: desumano,
micro-ondas, mini-hotel. inabitável, desonra, inábil.

c) Também com os prefixos


co- e re- caem o h e o hífen:
coordenar, coerdeiro, coabitar,
reabilitar, reeditar, reeleição.

Quando a palavra
seguinte começa com h Em todos os demais casos:
Hiper, inter, super
ou com r: super- homem, hiperinflação, su persônico.
inter-regional.

Quando a palavra
Em todos os demais casos:
seguinte começa com b,
Sub, sob, ob, ab subsecretário, subeditor.
h ou r: sub-base,
Admite-se ainda subumano.
sub-reino, sub-humano.

Sempre: vice-rei, vice-


presidente, além-mar,
além-túmulo, aquém-mar,
ex-aluno, ex-diretor, ex-
Vice, ex, sem, além, hospedeiro, ex-prefeito,
aquém, recém, pós, pré, ex- presidente, pós-
pró graduação, pré-história,
pré-vestibular, pró-
-europeu, recém-casado,
recém-nascido,
sem-terra.

Quando a palavra
seguinte começa
com h, m, n ou Em todos os demais
Pan, circum, mal vogais: casos: pansexual,
pan-americano, circuncisão.
circum-hospitalar

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Quero enfatizar as seguintes mudanças:

» Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.


Ex: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, mini-hotel, proto-história,
sobre-humano, super-homem, ultra-humano.

» Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com
que se inicia o segundo elemento.
Ex : aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem,
autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura,
plurianual, semiaberto, semianalfabeto, semiesférico, semiopaco.

» Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento


começa pela mesma consoante.
Ex: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista, super-
reacionário, super-resistente, super-romântico.

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4. QUESTÕES
DE REVISÃO

13
1. (FGV – BNB – ANALISTA BANCÁRIO – 2014)

O verbo “ressuscitar” mostra corretamente a grafia, com o emprego de SC; o vocábulo


abaixo que está grafado erradamente por incluir essas mesmas consoantes é:

a) ascender;

b) adolescência;

c) fascismo;

d) indescente;

e) piscina.

2. (FGV – FUNARTE – CONTADOR – 2014)

“Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia,


a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro
de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de
Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a
China, tudo”.

Em “o conserto do automóvel” e “o concerto de Beethoven” há a presença intencional de


dois homônimos; a alternativa abaixo em que essa possibilidade não existe por só estar
dicionarizada uma das palavras dadas é:

a) concelho / conselho;

b) caçar / cassar;

c) paço / passo;

d) polir / pulir;

e) comprimento / cumprimento.

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3. (FGV – COMPESA – ADVOGADO – 2016)

Assinale a frase em que a grafia do vocábulo sublinhado está inadequada.

a) As autoridades dizem a toda hora que estão profundamente preocupadas com o crime
organizado. Por quê? Preferem o crime esculhambado?

b) Responda depressa: por que, na máquina escrever, o alfabeto não está em ordem
alfabética?

c) Quando a mulher diz que depois do marido nunca mais vai querer saber de outro
homem é porque pensa que nunca mais vai encontrar outro igual ou porque tem medo de
só encontrar outros iguais?

d) Por que é que, na estrada, o molenga está sempre na nossa frente e o apressadinho
vem sempre atrás?

e) Entre o porque e o por quê há mais bobagem gramatical do que sabedoria semântica.

[...]

Uma vez que todos esses


10 pressupostos são claramente ocidentais e facilmente
distinguíveis de outras concepções de dignidade humana em
outras culturas, teremos de perguntar por que motivo a questão
13 da universalidade dos direitos humanos se tornou tão
acesamente debatida.

Boaventura de Sousa Santos. Por uma concepção multicultural dos


direitos humanos. Internet: <www.dhnet.org.br> (com adaptações).

4. (CESPE – STJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2018)

Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto, o último período poderia ser


reescrito da seguinte forma: Considerando esses pressupostos como obviamente ligados
a noção ocidental de dignidade humana, que se diferencia das de outras culturas, a
pergunta a ser feita é: porque a universalidade dos direitos humanos é uma questão que
tornou-se tão inflamadamente debatida?

[...]

16 crítica. Quanto mais for levado a refletir sobre sua


situacionalidade, sobre seu enraizamento espaçotemporal, mais
15
“emergirá” dela conscientemente “carregado” de compromisso
19 com sua realidade, da qual, porque é sujeito, não deve ser
simples espectador, mas na qual deve intervir cada vez mais.

Paulo Freire. Educação e mudança. 2.ª ed. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 61 (com adaptações).

5. (CESPE – MEC – NÍVEL SUPERIOR – 2014)

O termo “porque” (l.19) poderia, sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido do
texto, ser substituído por por que.

[...]

16 Por que falharam os programas de formação? Talvez


porque se tenha insistido na crença da transferibilidade linear
de saberes pretensamente adquiridos. Talvez porque se tenha
19 esquecido que o modo como o professor aprende é o modo
como o professor ensina. Que o modelo predominante da
formação universitária é, por vezes, a negação do que se
22 pretende transmitir e que a universidade é... a matriz. Talvez
porque se descurasse a necessidade de criar dispositivos de

autoformação cooperativa, que rompessem com a cultura do


25 isolamento e autossuficiência que ainda prevalecem nas nossas
escolas. Talvez...

[...]

José Pacheco. Para que serve a formação? Escola da ponte – formação e

transformação da educação. São Paulo: Vozes, 2010, p. 4 (com adaptações).

6. (CESPE – SEDUC-AL – PROFESSOR – 2018)

Sem prejuízo da correção gramatical do texto, a locução “Por que” poderia ser substituída
por Porque no trecho “Por que falharam os programas de formação?” (l. 16).

[...]

16
7. (CESPE – FUNPRESP-EXE – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2016)

Sem prejuízo para a correção gramatical do período, a expressão “por quê” (l.23) poderia
ser substituída por o porquê.

[...]

O CDH solicitou ao Alto Comissariado das Nações


16 Unidas para os Direitos Humanos que estabelecesse — até o
final de 2017 — um grupo de peritos internacionais e
regionais, por um período de pelo menos um ano, a fim de
19 monitorar e relatar a situação dos direitos humanos no Iêmen
e de realizar uma investigação abrangente de todas as
alegações de violações e abusos de direitos humanos.

Internet: <nacoesunidas.org/> (com adaptações).

8. (CESPE – TRF-1ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2017)

A substituição da expressão “a fim” (ℓ.18) pelo vocábulo afim não prejudicaria a correção
gramatical e o sentido original do texto.

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9. (FGV – COMPESA – ASSISTENTE DE TI – 2016)

Assinale a opção em que a lacuna da frase deve ser corretamente preenchida com a
forma há.

a) “Não há profissão mais bela do que _____ de tio da América”.

b) “Onde é necessária a astúcia não _____ lugar para a força”.

c) “O mérito tem seu pudor, como _____ castidade”.

d) “Há lugares em que emana _____ inteligência”.

e) “Não existe pecado, exceto _____ estupidez”.

10. (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA – 2018)

O item a seguir apresenta, de forma consecutiva, os períodos que compõem um parágrafo


adaptado do texto Como se identificam as vítimas de um desastre de massa, de
Teresa Firmino (Internet: <www.publico.pt>). Julgue-o quanto à correção gramatical e à
coerência e à coesão textual.

Vale dizer: a possibilidade de se usar essa técnica tem haver diretamente com a existência
de registros dentários.

11. (CESPE – POLÍCIA FEDERALA – PAPILOSCOPISTA – 2018)

O item a seguir apresenta, de forma consecutiva, os períodos que compõem um parágrafo


adaptado do texto Como se identificam as vítimas de um desastre de massa, de Teresa
Firmino (Internet: <www.publico.pt>). Julgue-o quanto à correção gramatical e à coerência
e à coesão textual.

Para tal, tem de haver forma de fazer uma comparação entre os dentes da pessoa e o
seu registro dentário.

18
12. Analise a grafia das palavras sublinhadas nas sentenças abaixo,
SEGUNDO AS NOVAS REGRAS ORTOGRÁFICAS.

a) Livro de auto-ajuda permanece no topo da lista dos mais vendidos.

Certo Errado

b) O empresário deve cumprir pena por roubo em regime semiaberto.

Certo Errado

c) O coautor do estudo explicou que a descoberta ajuda no tratamento do câncer.

Certo Errado

d) Os homens mais vaidosos já encontram no mercado tipos de creme antirrugas.


Certo Errado

e) Cerca de 5% da população mundial têm comportamento anti-social.

Certo Errado

f) O ex-vereador participou da reunião extraoficial durante a madrugada.

Certo Errado

13. (CESPE/2014/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO)

Com base no que dispõe o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, julgue o
próximo item.

Está correta a grafia dos seguintes vocábulos: bilíngue, sagui, sequência, quinquênio,
Müller, colmeia, joia, paranoico, papéis, feiúra, perdoo, pera, pôde (3.ª pessoa do sing. do
pretérito), sobre-humano, co-herdeiro, subumano, coedição, capim-açu, semi-analfabeto,
vice-almirante, contrarregra, infrassom, semi-interno, sub-bibliotecário, panamericano.

19
14. (CESGRANRIO/BNDES/NÍVEL SUPERIOR/2013)

No trecho do Texto II “pelas exigências de infraestrutura e de serviços públicos.” (L. 4-5),


a palavra destacada não apresenta o emprego do hífen, segundo as regras ortográficas
da Língua Portuguesa.

Da mesma forma, o hífen não deve ser empregado na combinação dos seguintes
elementos:

a) mal + educado

b) supra + atmosférico

c) anti + higiênico

d) anti + aéreo

e) vice + reitor

15. (CESGRANRIO/2014/PETROBRAS/NÍVEL SUPERIOR)

No trecho “Um mundo habitado por seres com habilidades sobre-humanas parece ficção
científica” (L. 1-2), a palavra destacada apresenta hífen porque a natureza das partes que
a compõem assim o exige.

O grupo em que todas as palavras estão grafadas de acordo com a ortografia oficial é

a) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural

b) girassol, bem-humorado, batepapo

c) hiper-glicemia, vice-presidente, pontapé

d) pan-americano, inter-estadual, vagalume

e) subchefe, pós-graduação, inter-municipal

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5. GABARITO
1 2 3 4 5

D D E Errado Errado

6 7 8 9 10

Errado Certo Errado B Errado

11 12 A 12 B 12 C 12 D

Certo Errado Certo Certo Certo

12 E 12 F 13 14 15

Errado Certo Errado D A

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6. QUESTÕES
DE REVISÃO
COMENTADAS

22
1. (FGV – BNB – ANALISTA BANCÁRIO – 2014)

O verbo “ressuscitar” mostra corretamente a grafia, com o emprego de SC; o vocábulo


abaixo que está grafado erradamente por incluir essas mesmas consoantes é:

a) ascender;

b) adolescência;

c) fascismo;

d) indescente;

e) piscina.

Comentário – Errada está a grafia da palavra “indescente”, pois o “s” não deve ser
empregado, ele está sobrando.

Gabarito – D.

2. (FGV – FUNARTE – CONTADOR – 2014)

“Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia,


a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro
de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de
Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a
China, tudo”.

Em “o conserto do automóvel” e “o concerto de Beethoven” há a presença intencional de


dois homônimos; a alternativa abaixo em que essa possibilidade não existe por só estar
dicionarizada uma das palavras dadas é:

a) concelho / conselho;

b) caçar / cassar;

c) paço / passo;

d) polir / pulir;

e) comprimento / cumprimento.

Comentário – A única palavra inexistente que ainda não está no dicionário é “pulir”.
Todas as outras estão registradas:

23
concelho = circunscrição administrativa, subdivisão de distrito chefiada por um
administrador;
conselho = grupo de pessoas que se reúne para debater um assunto, assembleia de
ministros, opinião ou aviso que se dá a uma pessoa;
caçar = perseguir animais;
cassar = revogar, anular (mandato, licença, direitos políticos etc.);
paço = palácio de rei ou imperador;
passo = movimento feito com os pés para andar ou para dançar;
polir = lustrar para dar brilho;
comprimento = extensão de algo no sentido longitudinal ou de ponta a ponta;
cumprimento = ação ou resultado de cumprir, realizar algo ou atitude ou palavra de
cortesia, saudação.

Gabarito – D.

3. (FGV – COMPESA – ADVOGADO – 2016)

Assinale a frase em que a grafia do vocábulo sublinhado está inadequada.

a) As autoridades dizem a toda hora que estão profundamente preocupadas com o crime
organizado. Por quê? Preferem o crime esculhambado?

b) Responda depressa: por que, na máquina escrever, o alfabeto não está em ordem
alfabética?

c) Quando a mulher diz que depois do marido nunca mais vai querer saber de outro
homem é porque pensa que nunca mais vai encontrar outro igual ou porque tem medo de
só encontrar outros iguais?

d) Por que é que, na estrada, o molenga está sempre na nossa frente e o apressadinho
vem sempre atrás?

e) Entre o porque e o por quê há mais bobagem gramatical do que sabedoria semântica.

Comentário –A forma inadequada encontra-se na última alternativa. Observe a presença


do artigo “o”. Isso é um indicativo de que a forma correta é porquê (junto e com acento)

Nas alternativas A, B e D, a expressão foi empregada em uma pergunta, o que justifica a


forma separada. O acento empregado na forma constante na primeira opção deve-se ao
fato de o “que” encontrar-se no final da pergunta, ser tônico.

Na opção C, o “porque” sublinhado também está adequado, pois exprime a razão ou o


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motivo do que foi declarado anteriormente.

Gabarito – E.

[...]

Uma vez que todos esses


10 pressupostos são claramente ocidentais e facilmente
distinguíveis de outras concepções de dignidade humana em
outras culturas, teremos de perguntar por que motivo a questão
13 da universalidade dos direitos humanos se tornou tão
acesamente debatida.

Boaventura de Sousa Santos. Por uma concepção multicultural dos

direitos humanos. Internet: <www.dhnet.org.br> (com adaptações)

4. (CESPE – STJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2018)

Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto, o último período poderia ser


reescrito da seguinte forma: Considerando esses pressupostos como obviamente ligados
a noção ocidental de dignidade humana, que se diferencia das de outras culturas, a
pergunta a ser feita é: porque a universalidade dos direitos humanos é uma questão que
tornou-se tão inflamadamente debatida?

Comentário – Nota-se que o sentido é diferente. Mas poder-se-ia chegar rapidamente à


resposta observando, pelo menos, o emprego da conjunção causal/explicativa no lugar de
por que na formulação da pergunta. Aponto ainda outros problemas de ordem gramatical:
a ausência do acento grave em “ligados a noção” e a ênclise em “que tornou-se”.

Gabarito – Errado.

[...]

16 crítica. Quanto mais for levado a refletir sobre sua


situacionalidade, sobre seu enraizamento espaçotemporal, mais
“emergirá” dela conscientemente “carregado” de compromisso
19 com sua realidade, da qual, porque é sujeito, não deve ser
simples espectador, mas na qual deve intervir cada vez mais.

Paulo Freire. Educação e mudança. 2.ª ed. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 61 (com adaptações).

25
5. (CESPE – MEC – NÍVEL SUPERIOR – 2014)

O termo “porque” (l.19) poderia, sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido do
texto, ser substituído por por que.

Comentário – Você não precisa ir ao texto. Basta ter a convicção de que as formas junta
e separada não são permutáveis. No primeiro caso, a expressão expressa a causa ou
a explicação de outra declaração feita. Já a forma separada é usada em interrogações
direta ou indireta. No texto, o termo “porque” esclarece o fato de alguém não ser mero
espectador da própria realidade: “porque é sujeito” [dela].

Gabarito – Errado.

[...]

16 Por que falharam os programas de formação? Talvez


porque se tenha insistido na crença da transferibilidade linear
de saberes pretensamente adquiridos. Talvez porque se tenha
19 esquecido que o modo como o professor aprende é o modo
como o professor ensina. Que o modelo predominante da
formação universitária é, por vezes, a negação do que se
22 pretende transmitir e que a universidade é... a matriz. Talvez
porque se descurasse a necessidade de criar dispositivos de

autoformação cooperativa, que rompessem com a cultura do


25 isolamento e autossuficiência que ainda prevalecem nas nossas
escolas. Talvez...

[...]

José Pacheco. Para que serve a formação? Escola da ponte – formação e

transformação da educação. São Paulo: Vozes, 2010, p. 4 (com adaptações).

6. (CESPE – SEDUC-AL – PROFESSOR – 2018)

Sem prejuízo da correção gramatical do texto, a locução “Por que” poderia ser substituída
por Porque no trecho “Por que falharam os programas de formação?” (l. 16).

Comentário – Basta perceber que o trecho destacado constitui uma pergunta (direta) para
compreender que a expressão tem que ser escrita separadamente. Reserve a expressão
porque para respostas que transmitam explicações, a causa ou o motivo de algo. Avalie
26
sinceramente se o texto seria necessário para se chegar a essa conclusão.

Gabarito – Errado.

[...]

7. (CESPE – FUNPRESP-EXE – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2016)

Sem prejuízo para a correção gramatical do período, a expressão “por quê” (l.23) poderia
ser substituída por o porquê.

Comentário – Subentende-se que o uso da expressão “por quê”, formada por uma
preposição e um advérbio, traz para o texto sentido de motivo ou razão. Da mesma forma,
a expressão “porquê”, precedida do artigo definido “o”, classifica-se como substantivo e
tem como sinônimos as palavras causa, motivo ou razão. A substituição proposta não
prejudica o texto em nada, mantém-no coeso e coerente

Gabarito – Certo

[...]

O CDH solicitou ao Alto Comissariado das Nações


16 Unidas para os Direitos Humanos que estabelecesse — até o
final de 2017 — um grupo de peritos internacionais e
regionais, por um período de pelo menos um ano, a fim de
19 monitorar e relatar a situação dos direitos humanos no Iêmen
e de realizar uma investigação abrangente de todas as
alegações de violações e abusos de direitos humanos.

Internet: <nacoesunidas.org/> (com adaptações).

27
8. (CESPE – TRF-1ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2017)

A substituição da expressão “a fim” (ℓ.18) pelo vocábulo afim não prejudicaria a correção
gramatical e o sentido original do texto.

Comentário – Claro que prejudicaria, pois não há condições de permuta entre tais
expressões. A primeira é uma locução que transmite ideia de finalidade. A segunda
é um adjetivo que comunica sentido de semelhança, afinidade aos substantivos aos
quais se refere.

Gabarito – Errado

9. (FGV – COMPESA – ASSISTENTE DE TI – 2016)

Assinale a opção em que a lacuna da frase deve ser corretamente preenchida com a
forma há.

a) “Não há profissão mais bela do que _____ de tio da América”.

b) “Onde é necessária a astúcia não _____ lugar para a força”.

c) “O mérito tem seu pudor, como _____ castidade”.

d) “Há lugares em que emana _____ inteligência”.

e) “Não existe pecado, exceto _____ estupidez”.

Comentário – Apenas a segunda lacuna deve ser preenchida com a forma verbal há, que
tem sentido de existe. As demais lacunas devem ser preenchidas com o artigo a.

Gabarito – B

10. (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA – 2018)

O item a seguir apresenta, de forma consecutiva, os períodos que compõem um parágrafo


adaptado do texto Como se identificam as vítimas de um desastre de massa, de
Teresa Firmino (Internet: <www.publico.pt>). Julgue-o quanto à correção gramatical e à
coerência e à coesão textual.

Vale dizer: a possibilidade de se usar essa técnica tem haver diretamente com a existência
de registros dentários.

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Comentário – Cuidado! A expressão correta, nesse caso, é tem a ver, ou seja, tem
relação (com), diz respeito (a). Não confunda, por exemplo, com a expressão tem a
haver em frases como “Ele tem a haver uma boa indenização”, isto é, tem a receber.

Gabarito – Errado.

11. (CESPE – POLÍCIA FEDERALA – PAPILOSCOPISTA – 2018)

O item a seguir apresenta, de forma consecutiva, os períodos que compõem um parágrafo


adaptado do texto Como se identificam as vítimas de um desastre de massa, de
Teresa Firmino (Internet: <www.publico.pt>). Julgue-o quanto à correção gramatical e à
coerência e à coesão textual.

Para tal, tem de haver forma de fazer uma comparação entre os dentes da pessoa e o
seu registro dentário.

Comentário – Não caia na “pegadinha”. Agora, a expressão “tem de haver” não tem a
ver com aquela que analisamos na questão 7. Observe que ambas surgiram na mesma
prova (e confundiram muita gente). A locução verbal tem de haver equivale-se a tem de
existir (respeitada a necessária flexão para a correta concordância verbal). Outro detalhe
interessante: às vezes, a preposição de é substituída por que, preposição acidental: tem
que haver.

Gabarito – Certo.

12. Analise a grafia das palavras sublinhadas nas sentenças abaixo,


SEGUNDO AS NOVAS REGRAS ORTOGRÁFICAS.

a) Livro de auto-ajuda permanece no topo da lista dos mais vendidos.


Errado, pois as letras final e inicial dos elementos formadores são distintas: autoajuda.

b) O empresário deve cumprir pena por roubo em regime semiaberto.


Certo, pois as letras final e inicial dos elementos formadores são distintas.

c) O coautor do estudo explicou que a descoberta ajuda no tratamento do câncer.


Certo, pois o prefixo “co” se une ao segundo elemento sem hífen, independentemente se
a letra inicial dele é “o”: coordenar.

d) Os homens mais vaidosos já encontram no mercado tipos de creme antirrugas.

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e) Cerca de 5% da população mundial têm comportamento anti-social.
Errado, pois as letras final e inicial dos elementos formadores são distintas: antissocial.
Observe que a letra “s” foi duplicada por surgir entre duas vogais e haver a necessidade
de manutenção do fonema (som) original.

f) O ex-vereador participou da reunião extraoficial durante a madrugada.


Certo, pois as letra final e inicial dos elementos formadores são distintas.

13. (CESPE/2014/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO)

Com base no que dispõe o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, julgue o
próximo item.

Está correta a grafia dos seguintes vocábulos: bilíngue, sagui, sequência, quinquênio,
Müller, colmeia, joia, paranoico, papéis, feiúra, perdoo, pera, pôde (3.ª pessoa do sing. do
pretérito), sobre-humano, co-herdeiro, subumano, coedição, capim-açu, semi-analfabeto,
vice-almirante, contrarregra, infrassom, semi-interno, sub-bibliotecário, panamericano.

Comentário – Existem quatro erros dentre as palavras apresentadas. O certo é feiura,


sem acento agudo. A letra U deixou de receber acento quando surge após ditongo
decrescente e representa a sílaba tônica de uma paroxítona. O prefixo co une-se sem
hífen a toda e qualquer palavra seguinte, mesmo que esta comece também com a letra
O. Além disso, se a palavra seguinte começa com H, esta letra desaparece: coerdeiro.
Em relação ao prefixo semi, o hífen só deve ser empregado quando a palavra seguinte
começa com H ou com I. Por isso a grafia correta é semianalfabeto. Já o prefixo pan
recebe hífen diante de palavra iniciada por H, M, N ou vogal: pan-americano.

Gabarito – Errado.

14. (CESGRANRIO/BNDES/NÍVEL SUPERIOR/2013)

No trecho do Texto II “pelas exigências de infraestrutura e de serviços públicos.” (L. 4-5),


a palavra destacada não apresenta o emprego do hífen, segundo as regras ortográficas
da Língua Portuguesa.

Da mesma forma, o hífen não deve ser empregado na combinação dos seguintes
elementos:

a) mal + educado

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b) supra + atmosférico

c) anti + higiênico

d) anti + aéreo

e) vice + reitor

Comentário – Somente a letra D apresenta elementos que se unem sem a necessidade


do hífen. O prefixo anti termina com uma vogal diferente daquela que inicia o vocábulo
aéreo. Portanto não faz sentido empregar o hífen para articular esses elementos.

Gabarito – D15. (

15. (CESGRANRIO/2014/PETROBRAS/NÍVEL SUPERIOR)

No trecho “Um mundo habitado por seres com habilidades sobre-humanas parece ficção
científica” (L. 1-2), a palavra destacada apresenta hífen porque a natureza das partes que
a compõem assim o exige.

O grupo em que todas as palavras estão grafadas de acordo com a ortografia oficial é

a) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural

b) girassol, bem-humorado, batepapo

c) hiper-glicemia, vice-presidente, pontapé

d) pan-americano, inter-estadual, vagalume

e) subchefe, pós-graduação, inter-municipal

Comentário – Em C, D e E, não há motivos para o emprego do hífen nas palavras “hiper-


glicemia”, “inter-estadual” e “inter-municipal”.

Já a palavra “batepapo” deve receber hífen, sinal que é usado quando, nos COMPOSTOS
SEM ELEMENTO DE LIGAÇÃO (de, da, do etc.), o primeiro termo é um substantivo,
adjetivo, numeral ou verbo: amor-perfeito, água-marinha, ano-luz, arco-íris, beija-flor,
guarda-chuva, porta-aviões,

porta-retrato, porta-moedas etc.

A palavra “vagalume” deve receber hífen, assim como

“erva-doce”. O hífen é empregado em nomes compostos de espécies botânicas e


zoológicas (mato e bicho, para você gravar!). Exemplos: andorinha-do-mar, bem-me-
quer, bem-te-vi, coco-da-baía, couve-flor, dente-de-leão,
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feijão-verde, fava-de-santo-inácio, joão-de-barro, lesma-de-conchinha, vassoura-de-
bruxa etc.

Gabarito – A1

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