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HOMILIA DO NATAL DE 2017

Comecemos esta Homilia com uma história, passemos para uma reflexão e sigamos
para um poema - um poema que é exemplo da mais pura Fé em Deus.

JESUS CRISTO - SUA VIDA, SUA LUTA, SUA MORTE, SUA MENSAGEM

"Jesus não morreu por nossos pecados, muito menos, porque essa era a vontade de
Deus, mas por causa da ganância dos líderes religiosos de então, pessoas
inescrupulosas capazes de eliminar quaisquer obstáculos aos seus interesses, ainda
que isso significasse assassinar o próprio Filho de Deus ...". Durante a Semana
Santa em reflexão em "ilLibraio.it" do teólogo, arqueólogo bíblico e bibliologista de
renome internacional Padre Alberto Maggi, religioso da "Ordine dei Servi di Maria",
sediada na Itália. Estudou na Pontifícia Faculdade Teológica " Marianum" e na
"Gregoriana de Roma", além da "Escola Bíblica e Arqueológica de Jerusalém".
Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados. Esta é a resposta que geralmente é dada
para aqueles que perguntam por que o Filho de Deus terminou seus dias da forma
mais vergonhosa para um judeu, o patíbulo da cruz, a morte do maldito de Deus (Gl
3:13).
Jesus morreu por nossos pecados. Não só pelos nossos, mas também pelos daqueles
homens e mulheres que o precederam, mesmo os que nunca ouviram falar dele, e
mesmo os que morreram antes de sua vinda, e também por toda a humanidade ainda
por vir. Se assim foi, é inevitável olhar para a cruz, com o seu corpo, que foi
torturado, ferido, marcado por sangue vivo, feridas e coágulos de sangue, aqueles
pregos que penetraram na sua carne, aquela coroa improvisada com espinhos, presa
em sua cabeça, faz com que nos sentamos culpados... o Filho de Deus veio para a
forca por nossos pecados! A culpa que ameaça se infiltrar como substância tóxica,
venenosa, nas profundezas da psique humana, tornando-se irreversível o suficiente
para afetar para sempre a existência do indivíduo, como é bem conhecido por
inúmeros psicólogos e psiquiatras aos quais não falta trabalho com pessoas religiosas,
vergonhosamente devastadas pelo inescrupuloso e insidioso trabalho incessante de
perpetuar uma mentira cruel.
No entanto, basta ler os evangelhos para ver que as coisas são diferentes. Jesus foi
morto por causa dos interesses da casta sacerdotal no poder, com medo de perder o
controle sobre as pessoas e, especialmente, de ver desaparecer a riqueza acumulada
pela credulidade popular na justeza dessas despesas oriundas de mentiras.
A morte de Jesus não é apenas devido a um problema teológico, mas muito mais
mundano - verdadeiro crime. Cristo não era um perigo para a teologia (no judaísmo
eram muitas correntes espirituais que competiram umas contra as outros, mas elas
eram tolerados pelas autoridades), mas sim para a economia. O crime pelo qual Jesus
seria eliminado está na apresentanção de um Deus totalmente diferente, imposta
pelos líderes religiosos, pois um pai para seus filhos não pergunta nem questiona,
nunca, mas dá, sempre. O "boom" econômico do templo de Jerusalém, que se tornou
o banco mais seguro do Oriente Médio, manteve os impostos sobre as ofertas, e,
acima de tudo, sobre os rituais para se obter - por uma determinada taxa - o perdão
de Deus: era tudo um negócio, onde os "pecadores" pagavam para serem
"perdoados" com animais, peles, doações em dinheiro, frutas, cereais, tudo para a
honra de Deus e nunca saturando os bolsos dos sacerdotes, "cães gananciosos que
nunca eram saciados" (Isaías 56,11).
Quando os escribas, a mais alta autoridade teológica no país, considerando o
ensinamento infalível da lei, viram que Jesus perdoara os pecados do paralítico,
decidiram condená-lo agora: "Este homem está blasfemando" (9,3 Mt). E
blasfemadores deveriam ser mortos imediatamente" (Lev 24,11 a 14). A indignação
dos escribas pode parecer uma defesa da ortodoxia, precisamente para proteger a
economia. Para o perdão dos pecados, na verdade, o pecador tinha que ir ao templo e
oferecer o que a taxa prescrita de pecados, de acordo com a extensão do pecado,
listando em detalhes quantas cabras, galinhas, pombos ou outra oferenda em
reparação dos danos ao Senhor. Jesus perdoa de forma gratuita, sem convidar o
perdoado a ir ao templo para levar a sua oferta.
"Perdoar e ser perdoado" (Lucas 06:37) é de fato o anúncio chocante de Jesus:
Apenas duas palavras, no entanto, são susceptíveis de desestabilizar toda a economia
de Jerusalém. Para obter o perdão de Deus, não há mais necessidade de ir ao templo,
e levar as ofertas, se submeter a ritos de purificação, nada disso. Não: Apenas perdoe
e você será imediatamente perdoado... E o medo cresce, os principais sacerdotes e os
escribas, os fariseus e saduceus, ficaram todos inquieto, sentindo o chão se desfazer
sob seus pés, até que, em uma reunião dramática do Sinédrio, o mais alto órgão
judicial do país, o sumo sacerdote Caifás toma a decisão. Jesus deveria ser morto, e
não só ele, mas também todos os seus discípulos, porque Jesus não é apenas perigoso:
o Nazareno, e sua doutrina, são a destruição do "estilo de vida" dos líderes religiosos
de então, e basta que haja apenas um seguidor capaz de propagá-la, para tirar para
sempre osono das autoridades ( "Se nós o deixarmos ir assim, todos crerão nele..." Jo
11,47). E Caifás, para convencer o conselho da urgência de eliminar Jesus, não se
refere a temas espirituais e teológicos, não, o sumo sacerdote que conhece tão
profundamente esses tópicos, vem brutalmente trazer à tona o que está em seu
coração, o interesse puro e soimples - "Você não sabe nada! Você não percebe que é
conveniente para Você, para nós, que um homem morra pelo povo..." (Jo 11,50).
Jesus não morreu por nossos pecados, muito menos, porque essa era a vontade de
Deus, mas pela ganância da poderosa e riquíssima instituição religiosa, capaz de
eliminar quaisquer obstáculos aos seus interesses, até mesmo o Filho de Deus: "Este é
o herdeiro. Venham, vamos matá-lo, e teremos a sua herança" (Mt 21,38). O
verdadeiro inimigo de Deus não é o pecado, que o Senhor, em Sua misericórdia,
sempre consegue limpar, mas o interesse vil, a conveniência fruto da mentira, a
ganância, a corrupção, o engano do puro, a condenação do inocente, a avidez pelo
ganho ilícito, que fizeram então e fazem hoje os homens totalmente refratários à ação
divina.
Foi contra isso, a imoral e indefensável “venda de indulgências”, que o Monge
Católico Martinho Lutero se revoltou, se insurgiu e finalmente acabou por fundar o
Protestantismo. Ele não se incomodava nem se opunha com os ritos Católicos, nem
com a devoção aos Santos, muito menos com a idolatria de imagens. Ele somente se
opunha à imoral comercialização de indulgências. Ele também era um homem
normal, com qualidades e defeitos. Inclusive, era alcoólatra e morreu na mais
absoluta miséria. Mas era um homem sério e um verdadeiro devoto de Nosso Senhor
Jesus Cristo.

Nota do Tradutor:
Os pecados então elencados o foram não por vontade de Deus mas por conveniência
aos interesses escusos da poderosa casta sacerdotal de outrora.
A chave da felicidade é o equilíbrio: sem abstinência nem indulgência!
O celibato foi instituido na Igreja Católica Apostólica Romana por um Papa que
vislumbrou o potencial de enriquecimento de sua instituição em os sacerdotes e
sacerdotisas não procriaem e, portanto, não deixando herdeiros - já que todos eram,
ao final das contas, herdeiros, haja visto quantos famosos membros da Igreja tem
relato similar em suas biografias, "...de família rica..."! Assim, morrendo o clérigo, a
Igreja herdaria! E assim se fez!
Sexo virou pecado como tudo que fazia (e faz) e vida ter alegria dos sentidos - além
de fazer com que o pequeno e inocente ser gerado por um homem e uma mulher já
viesse ao Mundo um pecador! Mas que tipo de Deus cruel criaria sua "imagem e
semelhança" com os instintos de pecar e, assim, ser obrigado e viver em confronto
com sua própria natureza? Mentira cruel e descarada! Sexo e procriação nunca foram
pecados!
Os verdadeiros pecados eram punidos pela Lei dos romanos de então: roubar, matar,
estuprar, para esses crimes e punição era pelas mãos dos homens mesmo! Para esses
pecados não adiantava "pagar com ofertas" que a punição legal era implacável!
Hoje se execram prostitutas, homossexuais, mães solteiras, se dizem ser valioso e
valoroso o sofrer, o passar necessidades junto dos seus, o viver sob os flagelos da
doença, da fome, da miséria... como se Deus julgasse seus filhos pelas atitudes
sexuais em suas vidas privadas e que fosse capaz de se regozijar com o sofrer de suas
criaturas!
Isso seria tão absurdo de se conceber quanto aceitar que Deus, outrora, apoiava a
escravatura, como se houvera criado sêres de primeira e segunda classe, os primeiros
a escravizar, os segundos a serem escravizados!
Acaso Santa Maria Madalena não era prostituta? E não fora companheira de Jesus? E
dela descendem todas as Casas Reais da Europa?
Ela pediu a Jesus que a perdoasse de seus pecados, e ele a atendeu, perdoando-a.
Mas jamais Jesus a acusou de ser pecadora!
Ela a aceitara como ela era. Uma grande e excepcional mulher.
Hoje vemos sacerdotes e religiosos de dedos em riste apontando os pecados dos
outros... apontem apenas os seus! Pecado é ver o pecado fora de nós mesmos!
Ainda hoje as religiões tentam controlar seus adeptos por meio da mão forte e
usurpando a palavra e a autoridade de Deus para amedrontar e acorrentar a todos ao
seu alcance.
Deus ama infinitamente!
Não façamos aos outros o que nao queremos que façam a nós. Essa é a Lei da Deus!
Devemos servir a Deus mas, sendo Deus a inteligêcia suprema, do que Ele precisa?
Que nós O servamos - servindo à Sua criação!
Servindo com amor aos nossos irmãos e irmãs, sem julgamento.
Servindo aos animais, sem crueldade, aceitando-os todos em sua natureza, em sua
forma de vida, pelo seu tempo em nossa companhia, com sua função no Mundo.
Servindo à natureza como um todo, buscando preservá-la e cuidando dela, sem
fanatismos.
Orar a Deus é bom e necessário, mas Rezar com amor por Ele, que nos deu uma vida
cheia de possibilidades e um Planeta maravilhoso!
Os índios norte-americanos costumavam dizer que "o homem branco entra em sua
casa e em seus templos e fala sobre Deus - o índio entra na mata e fala com Deus".
Eu, como Bispo Católico, leio a Bíblia e a interpreto levando em conta nosso tempo,
jamais literalmente.
Aprecio demais a definição de Deus dada por Baruch Spinoza, o filósofo predileto de
Albert Einstein!

O poema abaixo é atribuído a Baruch Spinoza – nascido em 1632 em Amsterdã,


Holanda, falecido em Haia, Holanda, em 21 de fevereiro de 1677, um dos grandes
racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com
René Descartes e Gottfried Leibniz. Era de família judaica portuguesa e é
considerado o fundador do criticismo bíblico moderno. Há controvérsias se essas
palavras deveras vieram dele, porém refletem a forma como ele via DEUS na
harmonia da natureza vivente, bem como seu pensamento inquisitivo em relação à
Bíblia, que é um livro de letras mortas, repleta de fábulas, lendas, parábolas,
metáforas e até charadas, e só o homem inspirado por DEUS pode compreendê-la
sem enveredar pela senda do fundamentalismo religioso. DEUS é inefável,
indefinível, intraduzível, porém se manifesta peremptoriamente na vida pulsante do
Universo.

DEUS SEGUNDO SPINOZA

“Pára de ficar rezando e batendo no peito! O que eu quero que faças é que saias
pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que
desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que
acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios,
nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti
ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um
presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria.
Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não
podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de
teu filhinho… Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me
pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te
incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz… Eu te enchi de
paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de
incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus
em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu
poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem
bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas
para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te
peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um
ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o
único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem
virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente
livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo
depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse.
Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim,
se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem
certeza que Eu não vou te perguntar se foste
comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste… Do que
mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim – crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites
em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua
amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando
tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me
aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o
cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado,
surpreendido?… Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre
mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio
de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro… aí é que estou,
batendo em ti.”
Albert Einstein, o cientista que é considerado o maior gênio da história recente da
humanidade, quando perguntado se acreditava em Deus, respondeu: “Acredito no
Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não
no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”.
Assim se concluiu Baruch de Spinoza a respeito de Deus.
Agora, cabe a nós uma profunda reflexão.
Hoje, vejo entristecido que as pessoas conseguiram separar Fé, Religião e Igreja de
forma irreversível.
Pois, permitam-me definir:
– Fé, é Você e Deus;
– Religião é ideologia, igual política – e não há uma Religião certa e as outras
estão erradas, ou são essas “falsas religiões”, pois todas as Religiões são boas e
tem uma parcela da Verdade, mas nenhuma Religião tem só para si a Verdade
absoluta, pois apenas a Religião Universal, que é a soma de todas as Religiões,
detém a Verdade Absoluta;
– Igreja é um negócio: há de se arrecadar dinheiro para pagar as despesas, as
contas de água, luz, internet, os salários dos funcionários responsáveis desde a
administração até a manutenção – então, é um negócio. Nada de errado nisso.
Mas...
Mas hoje muita gente não tem Fé...
Muita gente não abraça de fato uma Religião...
Milhões de pessoas fizeram do ato de frequentar as Igrejas um “estilo de vida”, essas
pessoas “curtem” criticar as outras Religiões, apontando um dedo que de fato é
portador de uma espécie de “lepra espiritual” contra todos que não são espelhos de si
mesmos...
Pessoas que adoram seus Ministros religiosos, os idolatram, repetem igual fossem um
disco quebrado, pouco importa se esses Ministros, verdadeiros maus pastores no
sentido bíblico da palavra, pregam ódio, escárnio, condenação ou mesmo incitam que
se cuspa sobre o “diferente” chamando a esse de “pecador”!
Homens e mulheres sem formação intelectual, educacional, teológica ou de caráter,
aos quais só importa o poder de manipular seus rebanhos e desses receber dinheiro de
forma inescrupulosa, prometendo perfidiosamente seja lá o que for, pois será sempre
mentira!
E, assim fazendo, esses fiéis não a Deus mas aos homens, se desgarram de Deus, pois
tomam para si o Direito de dizer quem peca como, quando e onde – mas se esquecem
que assim agindo tornam-se gigantescos pecadores, monstros que destroem vidas,
comprometem futuros e se atiram ignorantemente nas chamas da Inferno do auto-
engano e da mais profunda ignorância da verdadeira natureza de Deus!
Apelo, como um ultimatum, na tentativa final de resgatar essas almas perdidas e que
desencaminhadas por maus pastores rumam para a danação eterna, que voltem à
razão, abandonem o ódio, o preconceito, a não-aceitação, a surdez espiritual, a
cegueira religiosa, a teimosia condenatória, a retrógrada insistência em levar a
conversão forçada aos desgraçados, aos desvalidos, aos que carecem de tudo, numa
postura arrogante e insensível, tal qual na Idade Média os religiosos forçaram aos
ditos “selvagens” a aceitação de uma fé alienígena, assim destruindo tradições,
culturas e Sociedades.
Não mais incorramos nesse erro!
Conversão se oferta a quem pede!
Nenhum remédio forçado goela abaixo cura – e, hoje, religiosos ignorantes e
fanáticos querem curar o que não é doença...
Respeitar o
Respeitemos, aceitemos, abramos nossas mentes e corações ao outro, pois nem os
dedos de uma das mãos são iguais!
Na união dos desiguais encontramos a oportunidade de crescer!
Quem julgar será julgado.
Quem condenar será condenados.
Quem perdoar será perdoado.
O que Você escolhe para seu futuro?
A opção é sua, mas só pode ser PERDOAR e ser PERDOADO, ou CONDENAR e
SER CONDENADO!
Voce planta e depois colherá o que plantou. Pense bem nisso!
Seu futuro na Eternidade está em suas mãos!
Vivamos com Fé e equilibrio – nem descrença, nem fanatismo; nem abstinência, nem
indulgência!
Questionemos, perguntemos, pesquisemos, sempre sem ofender, sem afrontar, sem
confrontar.
Aproveitemas as boas coisas da vida.
Tenhamos prazer com alegria mas com responsabilidade, sem nos deixar levar pelos
descaminho nem nos entorpecer pelos prazeres da vida!
Tudo que é demais, entorna, e os exageros destruirão nossas vidas!
Cuiar, se cuidar, amar ao próximo, respeitar toda a criação, esse é o mistério da
Salvação, pois essa é a única e verdadeira forma de agradar a Deus!
E neste Dia de Natal, onde nós, cristãos, seres humanos, além e acima de Religiões,
celebramos o nascimento do Menino Jesus, abramos nossos corações para que Ele
entre em nossas vidas, nascendo dentro de cada um de nós, por intercessão de Nossa
Senhora, Mãe de Deus, que acoste a cabeça de seu filho primogênito em nosso peito,
assim fazendo com que, mais que apenas Jesus Cristo nascer em cada um de nós, nós
nos permitamos, por conta de nossa humildade, aceitação e imitação de Seus
exemplos, renascer em Jesus Cristo para uma nova, iluminada, plena e feliz vida, que
só pela união com Deus podemos obter!
São Paulo, SP, Brasil, 25 de dezembro de 2017.

Bispo Dom José Roberto Romeiro Abrahão, Ph.D.


Patriarca Dom Abrahão I, Fundador da
Igreja Néo-Católica Leão de Judá (Brasil) e da Igreja da Paz e do Amor (EUA)
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