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REINO DO EGITO E CUXE- HI17 (7 ANO)

Há cerca de 4 mil anos, duas sociedades poderosas se desenvolveram na África às margens do


imenso Rio Nilo: o Egito antigo e o Reino de Cuxe. Muitas pessoas já ouviram histórias sobre o
Egito antigo, famoso por suas pirâmides, seus faraós, suas múmias e sua cultura. Apesar de
pouco conhecido, o Reino de Cuxe destacou-se por seus faraós negros e por valorizar a
presença das mulheres na vida pública.

7 ano
GRÉCIA
ATENAS
Democracia direta
A democracia ateniense apresentava uma ideia básica: todos os cidadãos tinham os mesmos
direitos perante a lei. Essa igualdade, que é chamada de isonomia (do grego, iso = igual + nomia
= o que é de direito), abriu caminho
para que todos os cidadãos (ricos e pobres, aristocratas e não aristocratas) participassem do
governo da cidade.
Porém, a expressão “todos os cidadãos” não queria dizer “todos os habitantes” da cidade. Em
Atenas, cidadãos eram só os homens atenienses livres maiores de 21 anos. Assim, estrangeiros,
escravizados, mulheres e menores
de 21 anos não tinham direitos de cidadania. Calcula-se que, no século V a.C., Atenas tinha por
volta de 310 mil habitantes, dos quais apenas cerca de 42 mil eram cidadãos. A participação dos
cidadãos na Eclésia era direta, ou seja, os cidadãos compareciam pessoalmente para votar os
assuntos da vida pública. Eles decidiam quais obras deveriam ser construídas, onde aplicar o
dinheiro, com quem deveriam manter paz ou declarar guerra.

ESPARTA
Esparta era, portanto, muito diferente de Atenas. Seu governo era formado por dois
reis de famílias distintas, com funções religiosas e militares. Portanto, podemos dizer que
o governo espartano era uma oligarquia (do grego, óligos = poucos + arquia = poder),
ou seja, um pequeno grupo controlava o poder da cidade de acordo com seus interesses.

Heranças” Gregas:
Observação – Definição de mito: Hoje utilizamos essa palavra para significar histórias inventadas
ou fantasiosas. Para os antigos gregos, o mito era uma narrativa transmitida por meio da palavra,
de autoria desconhecida. Procuravam explicar a origem do universo, da natureza e dos deuses.
Jogos Olímpicos: Eram realizados de quatro em quatro anos na cidade de Olímpia, em
homenagem a Zeus.
Teatro: Inicialmente era um ritual religioso organizado por populações rurais gregas. O principal
gênero é a tragédia, e a comédia surgiu depois dela.
Filosofia: Em função de conhecer outras culturas os gregos passaram a questionar, compreender
e tentar explicar o mundo. Da vontade de conhecer o mundo por meio da razão humana surgiu a
filosofia (“amor à sabedoria”). A filosofia é uma das contribuições mais importantes para o
Ocidente. Destacam-se os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles.
História: História é uma palavra grega que significa pesquisa, investigação. Está dentro do
objetivo de construir uma narrativa dos fatos, sem recorrer aos deuses, mitos ou heróis. Destaca-
se o historiador Heródoto, que fez a primeira obra historiográfica que conhecemos: o seu livro, de
nome História, narra a guerra entre gregos e persas, que aconteceram antes de seu nascimento.
Medicina: O conhecimento sobre o corpo humano e as doenças deu origem à medicina. Destaca-
se Hipócrates, o qual afirmava que as doenças eram naturais, não sagradas ou mágicas.

ROMA

O império é uma forma de governo monárquico na qual um poder centralizado controla um amplo
território e uma numerosa população. Nessa forma de governo, o imperador era a autoridade
máxima, atuando como chefe militar, administrativo e religioso. Com o acúmulo de poderes, para
evitar rebeliões, o imperador precisava dialogar e manter um bom
relacionamento com diversos grupos sociais.

PARA O 8 ANO

AFRICA
Antes da colonização, os povos africanos exibiam uma grande diversidade cultural, linguística e
étnica em todo o continente.

Organização Social:

As sociedades africanas pré-coloniais eram organizadas de várias maneiras, incluindo reinos


centralizados, sociedades segmentares baseadas em clãs e tribos, e sociedades
descentralizadas de caçadores-coletores.

Muitas sociedades africanas tinham estruturas hierárquicas com reis, chefes e conselhos de
anciãos que governavam e administravam as comunidades.

Economia:

A economia africana pré-colonial era diversificada, com muitas sociedades praticando agricultura,
pecuária, pesca, comércio e artesanato.

O comércio interno e externo desempenhava um papel crucial na economia, com rotas comerciais
desenvolvidas ao longo do continente, conectando diferentes regiões.

Crenças e Religião:

As crenças religiosas variavam amplamente entre os povos africanos, incluindo animismo, culto
aos ancestrais, religiões tradicionais e sistemas de crenças baseados em divindades.

Práticas religiosas eram integradas à vida cotidiana, com rituais, cerimônias e festivais celebrando
a espiritualidade e a conexão com o divino.

Cultura e Artes:

A cultura africana era rica e diversificada, com expressões artísticas como música, dança,
escultura, pintura, tecelagem e literatura oral.

A tradição oral desempenhava um papel crucial na transmissão de mitos, histórias,


conhecimentos e valores culturais de uma geração para outra.

Sistemas Políticos e Jurídicos:

As estruturas políticas variavam de pequenos chefados a grandes impérios, como o Império


Songhai, Mali, Gana, Axum e Zimbábue.
Muitas sociedades africanas desenvolveram sistemas jurídicos próprios, baseados em tradições
orais, costumes e princípios de justiça comunitária.

Inovações Tecnológicas:

Os povos africanos desenvolveram uma série de inovações tecnológicas, incluindo métodos


avançados de metalurgia, agricultura, arquitetura, navegação e artesanato.

Antes da colonização, várias civilizações floresceram ao sul do Saara, contribuindo para uma
rica história e cultura na região. Aqui estão algumas das principais civilizações:

Reino do Congo:

Localizado na região que hoje é parte da República Democrática do Congo, Congo e Angola, o
Reino do Congo foi uma potência política e comercial entre os séculos XIV e XIX. Tinham uma
organização política centralizada e um sistema de comércio estabelecido com os europeus.

Império do Mali:

Uma das maiores e mais poderosas civilizações africanas, o Império do Mali prosperou entre os
séculos XIII e XV. Sua riqueza era baseada no comércio de ouro e sal, e a cidade de Timbuktu
era um importante centro de aprendizado e comércio.

Império Songhai:

Sucessor do Império Mali, o Império Songhai dominou a região do Sahel no século XV e XVI. Sua
capital, Gao, tornou-se um importante centro de comércio e aprendizado, com uma forte
influência islâmica.

Reino de Gana:

Localizado no atual Mali e Mauritânia, o Reino de Gana foi um importante centro comercial entre
os séculos VIII e XI. Controlava as rotas de comércio de ouro e sal, tornando-se uma potência
regional.

Reino de Axum:

Situado no que hoje é a Etiópia e Eritreia, o Reino de Axum foi uma das primeiras civilizações
cristãs do mundo. Entre os séculos II e VII, era uma potência comercial que controlava
importantes rotas comerciais entre a África, a Península Arábica e o Império Romano.

Grande Zimbabwe:

O Grande Zimbabwe era uma cidade-estado localizada na região do atual Zimbábue entre os
séculos XI e XV. Era um importante centro de comércio de ouro e marfim, conhecido por suas
impressionantes estruturas de pedra.

Tupi-guarani
Por volta de 1500, quando os portugueses chegaram ao atual território brasileiro, as terras eram habitadas
por povos indígenas que podem ser divididos em quatro grupos de línguas principais: Tupi-guarani, Jê,
Caraíba e Aruaque. Apesar das diferenças, pode-se dizer que esses povos viviam em aldeias autônomas
e tinham profundo conhecimento sobre a flora e a faunas locais. Calcula-se que cerca de 60% das drogas
medicinais de origem vegetal do mundo atual foram criadas com base no conhecimento dos povos
ameríndios. Os Tupi-guarani formavam uma população de, aproximadamente,1 milhão de pessoas.
Estavam divididos em dezenas de grupos, com certa rivalidade: Tupinambá, Tupiniquim, Guarani, Caeté,
Potiguar etc. De norte a sul, ocupavam trechos do litoral e partes do interior do território.

Mitos sobre a origem do ser humano


Além da mitologia grega e judaico-cristã, há outros mitos que também contam a origem do mundo.
Mitologia guarani, etnia indígena que habitava as terras sul-americanas antes da chegada dos europeus.
Para essa cultura, Tupã (o criador do mundo e deus do trovão) criou Rupave (o primeiro homem e pai dos
povos) e Sypave (a primeira mulher e mãe dos povos) a partir de estátuas feitas de barro nas quais soprou
a vida. Desde então, muitos outros homens e mulheres foram nascendo até povoar o mundo (que seria, na
visão guarani, provavelmente grande parte da América do Sul).
Mitologia maia, população que ocupava terras hoje pertencentes à América Central e ao México, o
panteão (conjunto de deuses) se juntou às divindades Tepeu e Gucumatz para criar o ser humano. Houve
três tentativas de criação: na primeira, tentaram usar a lama, mas ela se desmanchava; na segunda,
usaram madeira, que, ao final da criação, até tinha o formato do ser humano, mas não possuía alma; por
fim, usaram o milho e, com ele, conseguiram criar o primeiro humano.
Mitologia ioruba, etnia da África Ocidental, atribui a criação do mundo e da humanidade a Obatalá, que,
com a ajuda de Odudua, usou o barro para criar o ser humano e lhe deu o emi (sopro da vida).
Mitologia egípcia, existem variações do mito de origem da humanidade. Segundo um desses mitos
egípcios, Rá criou a Terra, povoou-a com plantas e animais e depois, a partir de suas lágrimas, criou o ser
humano.

ATIVIDADES:
EGITO ANTIGO

No processo de formação das primeiras civilizações, a região do Crescente Fértil foi um importante espaço, na qual
a relação de dependência do homem em relação à natureza diminuía e vários grupos se sedentarizavam. Entre todas
essas civilizações, o Egito destacou-se pela organização de um forte Estado que comandou milhares de pessoas.
Situada no nordeste da África, a civilização egípcia teve seu crescimento fortemente vinculado aos recursos
hídricos fornecidos pelo Rio Nilo. Além dos fatores de ordem natural, devemos salientar que a presença de um
Estado centralizado, comandado pela figura do Faraó, teve relevante importância na organização de um grande
número de trabalhadores subordinados ao mando do governo. Funcionários eram utilizados na demarcação de terras
e cada camponês era obrigado a reservar parte da produção para o Estado. Legumes, cevada, trigo, uva e papiro
estavam entre as culturas mais comuns neste território. Observando as grandes construções e o legado do povo
egípcio, abrimos caminho para um interessante debate de cunho histórico. Tomando como referência as várias
descobertas empreendidas no campo da Astronomia, Matemática, Arquitetura e Medicina, vemos que os egípcios
não constituíram simplesmente um tipo de civilização “menos avançado” que o atual.

SOCIEDADE NO EGITO ANTIGO


A sociedade egípcia estava dividida em diferentes camadas. Os grupos sociais do Egito Antigo dividiam-se
principalmente de acordo com o trabalho ou função social que cada um desempenhava. No topo da hierarquia social
encontravam-se o faraó e membros de sua família. Logo abaixo, vinham sacerdotes, chefes militares e funcionários
do governo.
FARAÓ: Era o governante do Egito. Além de rei, ele era considerado um deus vivo que tinha o controle de boa parte
das terras e proteção da sociedade.
VIZIR: Era a maior autoridade do país, depois do faraó. Chefiava a administração e a justiça.
ESCRIBAS: Eram funcionários do governo que sabiam ler, escrever e contar. Responsáveis pela escrita egípcia,
registravam os acontecimentos. Também controlavam e registravam os impostos cobrados pelo faraó.
SACERDOTES: Conduziam as cerimônias religiosas, administravam os templos. Tinham grande prestígio na
sociedade egípcia antiga.
CAMPONESES: Conhecidos como felás, formavam a maior parte da população. Eram pessoas que trabalhavam na
agricultura e na criação de animais a fim de gerar todo o sustento necessário para a população em geral.
ARTESÂOS: Essa classe era formada por pessoas com habilidades em todos os tipos de artesanato.
ESCRAVOS: Eram principalmente prisioneiros de guerra, obrigados a trabalhar em serviços domésticos, pedreiras,
minas e grandes obras públicas.
COMERCIANTES: Esse grupo se dedicava ao comércio, tinham grande importância no Egito Antigo.

ATIVIDADE
1- Descreva a localização do Egito Antigo.

2- Que tipo de agricultura era desenvolvida no Egito?

3- Como era chamado o governante do Egito?

4- Quais as principais descobertas do Egito no campo das ciências?

5- Defina quem eram os escravos na cultura egípcia:

Grécia antiga: das origens às polis


A sociedade grega surgiu há cerca de 4 mil anos e influenciou profundamente outras culturas ao longo da história. Essa influência
se revela, por exemplo, na presença de muitas palavras de origem grega em idiomas como inglês, alemão, português, espanhol,
francês, entre outros.
Primeiros povoadores e a pólis
Por volta de 2000 a.C., diversos povos – como aqueus, jônios, eólios e dórios – começaram a se estabelecer na região da Grécia.
Ali misturaram seus modos de viver. Ao longo do tempo, construíram uma unidade cultural e passaram a se identificar como
helenos ou gregos. A partir do século VIII a.C., formaram-se na Grécia antiga
cidades que eram chamadas de pólis. Cada pólis, ou cidade-Estado, era independente e tinha seu governo, suas leis, seu calendário
e sua moeda. No mundo grego, surgiram cidades-Estado, como Atenas, Esparta,
Messena, Mégara, Corinto e Tebas. Entre elas, Atenas e Esparta destacaram-se pela liderança que tiveram em certas ocasiões.
Atenas
A cidade de Atenas fica próximo do Mar Egeu. Como em outras cidades-Estado gregas, o centro de Atenas situava-se em uma
colina chamada acrópole (cidade alta).
Divisão social em Atenas
Já estudamos que os direitos de cidadania pertenciam apenas a uma minoria que excluía: as mulheres, os estrangeiros (metecos),
os escravizados e os jovens menores de 21 anos. Por isso, alguns historiadores caracterizam a cidade grega como uma espécie de
“clube masculino” no qual as mulheres apareciam como “convidadas”. A seguir, conheça características dos principais grupos
sociais de Atenas.
• Cidadão: homem adulto (maior de 21 anos), filho de pais atenienses. Tinha direito político e podia participar do governo da
cidade. Nesse grupo havia homens ricos e pobres, como grandes e pequenos proprietários de terra ou comerciantes. Os atenienses
quase nunca concediam cidadania a pessoas vindas de outras cidades.
• Meteco: heleno que morava em Atenas, mas que nasceu em outra cidade. Pagava impostos, mas não tinha direitos políticos.
Mesmo que fosse rico, não podia comprar terras, mas podia trabalhar no comércio e no artesanato. Os homens metecos podiam ser
convocados para o serviço militar. Em raros casos, um meteco podia se tornar cidadão ou adquirir alguns direitos, como o de
comprar terras.
• Escravizado: a maioria dos escravizados era composta de estrangeiros derrotados em guerras e vendidos aos moradores de
Atenas. Nas Guerras Greco-Pérsicas, que estudaremos adiante, muitos estrangeiros foram escravizados. Caso o escravizado viesse
a ter filhos, eles também se tornariam escravizados. Em situações excepcionais, eram libertados e se tornavam metecos.
Esparta
Os habitantes de Esparta podem ser divididos em três grupos sociais:
• esparciatas: eram os cidadãos descendentes dos fundadores da cidade. Dedicavam sua vida ao Estado, ao
exército ou à administração pública. Eram donos das terras mais produtivas e não podiam trabalhar no comércio e na
agricultura. Eram os líderes guerreiros de Esparta;
• periecos: eram livres como os esparciatas, mas não tinham direitos políticos. Pagavam impostos e serviam nas
tropas em tempos de guerra. Trabalhavam no comércio e no artesanato;
• hilotas: eram obrigados pelos esparciatas a trabalhar em nome do Estado. Alguns historiadores equiparam os
hilotas à condição de servos presos à terra. Cultivavam as terras durante a vida toda para sustentar os cidadãos.
Os hilotas organizaram muitas revoltas contra a opressão em que viviam. Porém, os esparciatas mantinham os
hilotas em clima de terror, perseguindo e matando quem fosse considerado perigoso.

ROMA ANTIGA
No centro Península Itálica, próxima ao Rio Tibre, surgiu Roma (por volta do ano1000 a.C.), resultado de uma
fortificação erguida por latinos e sabinos em um local estratégico e propício às atividades agropastoris.
Monarquia (753-509 a.C.) / República (509 – 27 a.C.) / Império (27 a.C. até 476)
Sociedade Romana
Roma era comandada por uma aristocracia (espécie de nobreza) formada pelos descendentes dos fundadores. No
período monárquico ainda prevalecia a mão de obra livre, marcada pelos plebeus.
Patrícios – eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos políticos e podiam
desempenhar altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os cidadãos
romanos.
Clientes – eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando- lhes diversos serviços pessoais em troca
de auxílio econômico e proteção social. Constituíam ponto de apoio da dominação política e militar dos patrícios.
Plebeus – eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e aos trabalhos agrícolas.
Representavam a maioria da população romana e, a princípio, não tinham direitos de cidadãos, não podendo exercer
cargos públicos nem participar da assembleia curial.
Escravos – eram, inicialmente, os devedores incapazes de pagar suas dívidas.
Posteriormente, com a expansão militar (época da República), o grupo passou a incluir
prisioneiros de guerra. Realizavam as mais diversas atividades, como serviços domésticos e
trabalhos agrícolas, e desempenhavam as funções de professor, capataz, artesão, etc. Eram
considerados um bem material, uma propriedade, e, assim, o senhor tinha direito de castigá-
los, de vendê-los ou alugar seus serviços.

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