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BOLETIM DE MERCADO

BOLETIM DE MERCADO
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Fernando Yamada
Presidente do Conselho Deliberativo Estadual

Fabrizio Guaglianone
Diretor Superintendente

Hugo Suenaga
Diretor Técnico

André Fernandes de Pontes


Diretor Administrativo e Financeiro

UNIDADE DE GESTÃO ESTRATÉGICA E MERCADO

Clemilton Jansen Holanda


Gerente

Adauto Lobo de Oliveira


Analista

Alessandra Kelma de Souza


Analista

Eduardo Pereira Carneiro


Analista

Maryellen Lima Rodrigues Pinto


Analista

Solano de Vasconcelos Lisboa Filho


Analista

Waldinéa do Socorro Castro de Andrade


Analista

CONSULTORES RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO

Karan Roberto da Motta Valente


Paul Marcel Oliveira Pereira
BOLETIM DE MERCADO

04
06
INTRODUÇÃO EVOLUÇÃO E DESEMPENHO
DO MERCADO FITNESS

DESEMPENHO
DO MERCADO
FITNESS
PARAENSE

09
OPORTUNIDADES
DE NEGÓCIO

21
DICAS PARA QUEM
DESEJA INVESTIR 25
LINKS ÚTEIS 26
BOLETIM DE MERCADO

INTRODUÇÃO
Saúde e bem-estar, uma das principais preocupações dos brasileiros nos
últimos anos. Seja pela conscientização a respeito da necessidade de qualidade
de vida ou pelo boom midiático sobre o tema, o fato é que o mercado fitness
brasileiro se mantém aquecido e em crescimento a cada ano.

Composto por academias, moda fitness, acessórios, equipamentos, alimentos


naturais, suplementos e diversos serviços voltados para o cuidado com a saúde
(corporal e mental) dos atletas ou praticantes de atividades, este mercado
movimenta anualmente bilhões de dólares ao redor do mundo.

No Brasil, dentre os segmentos que compõem o universo fitness, o de academias


de ginástica e condicionamento físico é o que se mantém em alta contínua há
anos (desde 2010 aproximadamente), como indica a Associação Brasileira de
Academias (ACAD).

A principal justificativa é a mudança no entendimento do brasileiro: a atividade


física não é uma exclusividade de entusiastas da boa forma e sim, uma questão
de necessidade para o alcance e manutenção da qualidade de vida, saúde e
bem-estar.

Além disso, também houve o crescimento no número de empresas interessadas


em firmar convênios com as academias, a fim de oferecer aos seus
colaboradores planos de desconto ou acesso em suas próprias instalações;
um benefício visando a redução do estresse, aumento da motivação e redução
de faltas ao trabalho.

De acordo com a associação em 2017, o Brasil é o maior do setor na América


Latina, e ocupa a segunda posição no número total de academias (33.157
unidades registradas), ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
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Segundo a International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA), o


país possui a quarta maior população mundial frequentadora desse tipo de
estabelecimento, somando mais de oito milhões de clientes, o equivalente
apenas a 4% do total da população brasileira, de 207,7 milhões de habitantes,
em 2017, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Confirmando esses dados, no Diagnóstico Nacional do Esporte (Diesporte),


realizado em 2015, pelo Ministério do Esporte, foi identificado que a maior parte
dos brasileiros que praticavam esportes na época o faziam em instalações
esportivas pagas, como clubes, ginásios e academias, enquanto que somente
5,1% praticavam na própria casa ou no condomínio. Assim como, 35,9% dos
homens entrevistados declararam praticar mais esportes (futebol), enquanto
que 34% das mulheres mais atividades físicas (caminhadas).

O Diesporte esclarece que as definições aceitas descrevem


atividade física como a prática vinculada à promoção da saúde e
elevação da qualidade de vida. À medida que a descrição aceita no
Conselho Europeu do Esporte é de que o esporte se define pelas
formas de atividade corporal que, através de participação ocasional
ou organizada, visam exprimir ou melhorar a condição física e o
bem-estar mental, constituindo relações sociais ou a obtenção de
resultados em competições de todos os níveis (European Sport
Charter, 1992).

No que diz respeito ao faturamento, o Relatório Global IHRSA 2016 apontou


que o Brasil está em décimo lugar no ranking mundial do mercado fitness,
movimentando cerca de US$ 2,1 bilhões ou algo em torno de R$ 8 bilhões por
ano.
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EVOLUÇÃO E DESEMPENHO
DO MERCADO FITNESS
Segundo os dados da Pluri Consultoria, cujos pilares são a pesquisa, análise
e as tendências do ambiente profissional esportivo, mesmo em meio à crise
enfrentada pelo Brasil nos últimos três anos, o setor fitness cresceu 8% (2015)
e 22% (2016), contrariando todas as expectativas de um mercado em recessão.
A explicação é de que este aumento se deu principalmente pela maior difusão
dos benefícios que a prática de exercícios pode proporcionar a saúde, tanto
em termos de prevenção quanto no tratamento de doenças, e pela inserção de
novas práticas ou modalidades de atividades no mercado (como treinamento
funcional e crossfit); aumentando as opções de escolha do público e o
atendimento das diferentes necessidades.

Nesta mudança foi observado o surgimento de grandes empresas e redes de


academia, assim como a maior presença de pequenas e médias empresas
(muitas no formato de franquias), com produtos/serviços próprios e
relacionados ao universo fitness ou ao conceito de lifestyle, expressão que se
refere a um determinado estilo de vida adotado pelos indivíduos.

De acordo com os dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), em


2017 foram contabilizadas mais de 6.000 franquias voltadas para o estilo de
vida mais ativo e saudável. Sendo que na comparação com o ano anterior,
somente o segmento de saúde, beleza e bem-estar, obteve crescimento de
12,1% no faturamento, atingindo o patamar de R$ 30,021 bilhões. Em termos
de participação, o crescimento do segmento saltou de 12% para 16%, conforme
avalia a entidade.
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Em paralelo a isso, o mercado também presenciou a eclosão de inúmeros


comércios de confecção, vestuário e acessórios esportivos, físicos e virtuais,
voltados principalmente para o atendimento do público feminino, ávido por
novidades e tendências da moda.

No somatório da Associação Brasileira da Indústria do Esporte (Abriesp),


somente em 2015 o país contava com mais de 7 mil lojas especializadas
no setor esportivo e outras 14 mil que vendiam algum produto relacionado;
gerando um faturamento anual de R$ 4,7 bilhões.

No meio online a Ebit, empresa que acompanha a evolução do varejo digital


no país, também evidencia o crescimento do universo fitness (vestuário,
acessórios e equipamentos) especialmente a partir de 2015, registrando em
seus relatórios que o segmento esportivo e de lazer ocupava em regra a nona
posição no ranking de volume de pedidos; subindo em 2017, para a sétima
posição com 6,4% de participação.

Ainda no meio online outro segmento que tem se consolidado é o de


suplementação alimentar, que por muitos anos foi discriminado pela
equiparação aos anabolizantes. Todavia, com o entendimento de que
é um complemento à
alimentação de quem
pratica atividades físicas
e busca ficar com menos
gordura e/ou mais massa
muscular, a busca por
opções e melhores preços
foi intensificada.
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De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Produtos


Nutricionais (Abenutri), em entrevista fornecida em 2017, durante o evento
Arnold Classic South America, atualmente são comercializadas 250 marcas no
país, entre nacionais (60%) e internacionais (40%), em um total de 11 mil pontos
de venda. Sendo que ainda há margem para expansão, haja vista o crescimento
do mercado e do número de academias e outros empreendimentos voltados
para a prática esportiva.

Complementar a isso também se observa o número crescente de pessoas que


não realizam mais refeições em casa, mas buscam ter uma alimentação mais
saudável enquanto estão na rua. Somente em 2016, esse mercado de alimentos
e bebidas saudáveis atingiu R$ 93,6 bilhões em faturamento, tendo a categoria
de orgânicos o maior avanço, de 18,5% nos últimos cinco anos.

Ainda na avaliação da Euromonitor International, agência provedora global de


inteligência estratégica de mercado, a previsão de crescimento desse tipo de
produto no mercado brasileiro é de 4,4% ao ano, até 2021.
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DESEMPENHO DO MERCADO
FITNESS PARAENSE
Os dados levantados demonstram que o mercado fitness brasileiro, além
de diversificado é potencial para investimento nos diferentes segmentos
de atuação, visto que seu crescimento se manteve ascendente mesmo em
períodos de crise e recessão econômica.

Entretanto, é de conhecimento que cada mercado tem suas próprias


características, percebendo-se como oportuno o desenvolvimento de
uma pesquisa com dados primários, por meio do Sebrae no Pará, junto
aos empreendimentos comerciais que abrangem essa modalidade e aos
consumidores do estado, a fim de entender de forma mais substancial como se
dá a dinâmica mercadológica local sobre os diferentes aspectos do mercado
em questão.

A pesquisa apontou como perfil de consumidores a predominância do sexo


feminino (54,27%), com faixa etária de 20 a 29 anos (39,63%), estado civil
solteira (56,40%), estudante (34,15%), com grau de escolaridade médio
completo (31,26%) e renda familiar de um a três salários mínimos (55,95%),
o que representa rendimentos entre R$ 954,00 e R$ 2.861,99. Não adeptas
ao estilo de vida fitness (58,23%) e nem consumidora de produtos/serviços
deste mercado (56,25%), por falta de tempo (24,65%) interesse (18,97%) ou
adaptação (18,43%), como demonstrado no gráfico 01.
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GRÁFICO 01 - PERCENTUAL DE CONSUMIDORES POR MOTIVO DE


NÃO UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS/SERVIÇOS DO MERCADO FITNESS

Não possui tempo 24,65%

Não possui interesse 18,97%

Não se adapta 18,43%

Não gosta 17,89%

Devido condições financeiras 11,38%

Devido a idade 2,17%

Não tem disposição 2,17%

Limitações físicas 1,63%

Satisfeito com o corpo 1,63%

Não possui hábito 0,81%

0% 5% 10% 15% 20% 25%


Fonte: Pesquisa de Mercado Datas Comerciais 2018 – SEBRAE/PA
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Entretanto, entre os 43,75% que afirmaram utilizar produtos/serviços do mercado


fitness, 54,90% são do gênero feminino e 66,94% do masculino; ambos praticantes
de musculação e com idade entre 20 e 29 (64,71%) anos. Na segunda posição de
destaque, apresentada no gráfico 02, por tipo de atividade física praticada, ficou a
corrida com 32,68% e 31,40%, respectivamente, divergindo dos resultados apontados
no Diagnóstico Nacional do Esporte de 2015, em que a caminhada era a preferência
do público feminino.

GRÁFICO 02 - PERCENTUAL DE CONSUMIDORES


POR TIPO DE ATIVIDADE E GÊNERO

Artes marciais 1,31%


4,13%
Caminhada 0,65%
1,65%
Corrida 32,68%
31,40%
16,34%
Crossfit 11,57%
Dança 0,65%

Futebol 4,13%

Handebol 0,83%

Hidroginástica 11,76%
1,65%
54,90%
Musculação
66,94%
Personal Trainner 5,88%
4,13%
Pilates 0,65%

Treinamento Funcional 26,14%


19,83%
Voleibol 1,65%

0% 20% 40% 60% 80%


Fonte: Pesquisa de Mercado Datas Comerciais 2018 – SEBRAE/PA
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Na relação atividade física e faixa etária, é interessante ainda observar que entre os
consumidores, de ambos os sexos, com idade de 40 a 59 anos a prática comum é a
corrida (média de 57,78%), enquanto que entre os mais de 60 anos é a hidroginástica
(média 80,85%). Porém, entre todos os casos a prática de atividades ocorrem cinco
vezes por semana.

Quanto ao perfil das empresas pesquisadas, 45,77%% estão em funcionamento entre


um e cinco anos, são de pequeno porte (com até dez colaboradores), enquadradas como
microempresa (76,81%) e sem quadro societário (77,43%). Já receberam atendimento
de instituições de apoio ou amparo empresarial, como o SEBRAE (25,71%), durante seis
meses ou menos (29,27%), e atuam principalmente nos segmentos de vestuário e/ou
confecções (42,95%), como pode ser observado na pesquisa e detalhado no gráfico 03.

GRÁFICO 03 - PERCENTUAL DE EMPRESAS POR SEGMENTO DE MERCADO

Vestuário/Confecção 42,95%

Academia 31,35%

Calçados 7,87%

Suplementos 5,64%

Acessórios Fitness 4,70%

Alimentos 4,08%

Magazine 1,21%

Crossfit 0,94%

Produtos naturais 0,63%

Mercado 0,31%

Treinamento funcional 0,31%


0% 10% 20% 30% 40% 50%
Fonte: Pesquisa de Mercado Datas Comerciais 2018 – SEBRAE/PA
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Na gestão empresarial, 34,48% das empresas entrevistadas informaram


precificar seus produtos e/ou serviços utilizando a fórmula baseada em lucros
e 31,66% a metodologia de pesquisa de preço, que por sua vez também foi
apontada como a mais utilizada entre os 39,81% dos entrevistados que
afirmaram estudar a concorrência.

Nos resultados apurados, o desconhecimento de 82,13% dos entrevistados


sobre o que significa ticket médio mensal foi um ponto de grande destaque,
visto que é um termo comum ao meio empresarial, às finanças das empresas
e ao entendimento sobre o perfil do seu consumidor, revelando assim, falta de
qualificação e preparação para atuação no mercado.

Essa constatação se tornou mais latente quando a maior parte das empresas
atuantes no mercado fitness do estado, segmentos de acessórios fitness
(40%), alimentos (41,68%), calçados (32%) e vestuário/confecção (30,65%),
afirmaram não possuir público específico ou ficaram divididas na opinião,
como as empresas de magazine e produtos naturais.

Por outro lado, aquelas que geralmente necessitam de maior preparo e estudo
de viabilidade (às vezes até financiamento para a abertura) como serviços de
crossfit e academia, restaurantes e lojas de suplementos, revelaram claramente
que o perfil dos seus consumidores é do público jovem (15 a 25 anos) ou adulto
(20 a 45 anos), sequencialmente.
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Sobre isso, 61,13% das empresas entrevistadas revelaram terem sido criadas
pelo fato dos proprietários já terem alguma relação com o ramo, enquanto
que 38,87% foi por necessidade de adaptação. Entre estas, 37,04% atribuem
as dificuldades à concorrência e ao investimento inicial necessário, além de
outras razões que podem ser analisadas no gráfico 04.

GRÁFICO 04 - PERCENTUAL DE EMPRESAS


POR TIPO DE DIFICULDADE DE ADAPTAÇÃO

% 1,85%1,85%
3,70

Concorrência
18,52% Investimento
37,04%
Custo x Benefício
Adaptação
Fornecedor de qualidade
Pouca procura
37,04%

Fonte: Pesquisa de Mercado Datas Comerciais 2018 – SEBRAE/PA


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É interessante ainda observar que 93,10% acreditam que o mercado fitness está
em expansão também no estado, percebendo como principal oportunidade,
disparadamente, o aumento de clientes (81,19%). Isso porque tem a expectativa
de aumento nas vendas (82,45%) e não porque acompanham as notícias,
pesquisas ou estudos sobre o desempenho do mercado.

Quanto à existência de períodos de maior ou menor procura por produtos/


serviços deste mercado, 57,05% das empresas entrevistadas indicaram os
meses de junho, janeiro (52,66%) e dezembro (51,72%), seguidos também dos
meses de julho (40,44%) e fevereiro (40,13%). Ou seja, meses próximos às
férias, feriados prolongados ou festas de fim de ano, em que a preocupação
com a aparência fica em alta, especialmente entre o público feminino. Os
resultados podem ser vistos em detalhes no gráfico 05.

GRÁFICO 05 - PERCENTUAL DE EMPRESAS POR MÊS DE PROCURA

Janeiro 52,66%
Fevereiro 40,13%
Março 25,71%

Abril 25,71%

Maio 33,23%

Junho 57,05%
Julho 40,44%
Agosto 14,11%
Setembro 15,36%

Outubro 18,81%

Novembro 30,72%

Dezembro 51,72%

0 20 40 60
Fonte: Pesquisa de Mercado Datas Comerciais 2018 – SEBRAE/PA
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No que concerne a expectativa de vendas, 38,75% das empresas acreditam


que irá aumentar em 30%, enquanto que 29,80% prevê que o aumento será
de 10%. Todavia, é importante frisar que 5,63% apontaram que não possuem
expectativas de crescimento.

Esse fato revela a necessidade de execução de uma pesquisa direcionada


para entender o porquê do pessimismo: se é por baixos resultados no período
de crise (contrariando o movimento do cenário nacional) ou pouca procura
de clientes, o que é mais preocupante, visto que o segmento é de vestuário/
confecção e foi apontado por 78,66% dos consumidores do sexo feminino
entrevistados, como o principal objeto de compra no mercado fitness.

Ainda no quesito item de compra, exposto no gráfico 06, é curioso observar


que a alimentação saudável é bastante visada por ambos os gêneros, com
pouca diferença percentual entre si, contudo, quando se trata de suplementos

GRÁFICO 06 - PERCENTUAL DE CONSUMIDORES POR


GÊNERO E TIPO DE PRODUTOS CONSUMIDOS

Moda fitness 78,66%


39,02%

Alimentação Saudável 45,73%


46,34%

17,07%
Suplementos 41,46%

Moda Plus Size 0,61%


1,63%

1,22%
Não consome 6,50%

PCD 0,81%

Bebidas 0,24%

0 25 50 75 100

Feminino Masculino

Fonte: Pesquisa de Mercado Datas Comerciais 2018 – SEBRAE/PA


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Em contrapartida, se o viés de análise for a faixa etária, é possível notar a


predominância no consumo de dois itens: moda fitness (15 a 59 anos) e
alimentos saudáveis (mais de 60 anos), demonstrando que não há diferença no
comportamento dos consumidores quando o assunto é alimentação saudável
e mercado fitness.

Sobre este comportamento de compra, dois dados despertaram a atenção.


O primeiro é o tipo de produto alimentício mais visado, que são as frutas/
verduras/legumes (88,48%), carnes brancas (63,57%) e vermelha (60,59), pães
(47,58%), suplementos (38,66) e, com baixíssimos índices, os produtos sem
lactose (6,69%), vegetarianos (2,97%) e veganos (2,23%); contrariando todas
as expectativas e tendências do mercado fitness mundial.

E o segundo, são os 33,22% dos consumidores entrevistados que estimam


gastar mais de R$ 200,00 (duzentos reais) na compra de itens do mercado
fitness varejista, conforme demonstra o gráfico 07; e entre R$100,00 e
R$149,99 (19,70%) somente em produtos alimentícios, expondo que os itens
deste mercado tendem a ser mais caros que os do varejo tradicional e que
consomem um percentual significativo da renda mensal do público.

GRÁFICO 07 - PERCENTUAL DE CONSUMIDORES POR VALOR


ESPERADO DE GASTOS NO COMÉRCIO VAREJISTA FITNESS

40 33,22%

30 25,99%

20 18,41% 15,16%

10 2,17% 3,97%
1,08%

Não Valor De R$ 0 De R$ 50 De R$ 100 De R$ 150 De R$ 200


informou Indefido a R$ 49,99 a R$ 99,99 a R$ 149,99 a R$ 199,99 ou mais

Fonte: Pesquisa de Mercado Datas Comerciais 2018 – SEBRAE/PA


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Ainda sobre a etapa de compra, 60,29% dos consumidores entrevistados disparam


na preferência pelo pagamento em dinheiro, influenciados pelo momento de
recuperação econômica e estabilidade financeira em que se encontram. Sabendo
disso, entende-se que para os estabelecimentos entrevistados no estado tal
preferência não será um problema, já que 100% aceita o pagamento em dinheiro,
88,40% cartão de débito e crédito à vista e 84,01% parcelado, além de outras formas
de pagamento sintetizadas no gráfico 08.

GRÁFICO 08 - PERCENTUAL DE ESTABELECIMENTOS POR FORMA


DE PAGAMENTO DISPONIBILIZADA AOS CONSUMIDORES

Dinheiro 100%

Cartão de Débito 88,4%

Cartão de Crédito, à vista 88,4%

Cartão de Crédito, parcelado 84,01%

Crediário 5,02%

Cheque 1,25%

Cartão de Alimentação 0,31%

Depósito 0,31%

0 25 50 75 100
Fonte: Pesquisa de Mercado Datas Comerciais 2018 – SEBRAE/PA
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Sobre o local de compra 46,21% procuram lojas fitness especializadas e apenas


3,61% a internet, como demonstra o gráfico 09, ratificando o comportamento
do consumidor paraense de baixa adesão às lojas virtuais, independente do
segmento ou ocasião, seja por altas taxas de frete ou demora na entrega do
pedido.

GRÁFICO 09 - PERCENTUAL DE CONSUMIDORES POR LOCAL DE COMPRA

46,21%
50%
Fonte: Pesquisa de Mercado Datas Comerciais 2018 – SEBRAE/PA
40%

26,35% 30%

18,41% 20%

3,61% 10%
2,53%
0%
Internet

Shopping Center
Feiras

Centro comercial

Lojas especializadas
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Contudo, quando se trata de itens alimentícios, a procura


geralmente é por supermercados (72,49%), feiras (43,87%) e
centros comerciais (15,24%), ou seja, locais em que nem sempre
são encontradas informações sobre a procedência dos produtos
e/ou a certificação de que são 100% orgânicos, diferente de
centros ou lojas especializadas.

Sobre a frequência dos consumidores nos estabelecimentos,


os representantes dos segmentos de academia, suplementos,
acessórios fitness e alimentos revelaram atender mais de cem
clientes por mês; o de calçados, magazine, crossfit e produtos
naturais entre cinquenta e cem clientes; e os de treinamento
funcional entre dez e cinquenta pessoas.
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OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO
Nos últimos anos, o mercado fitness brasileiro evoluiu muito e ocorreu
principalmente pela mudança significativa (se não drástica) nos modelos de
negócios, de forma a torná-los mais enxutos, especializados, modernos e/ou
focados no relacionamento com os clientes.

Compreendendo este cenário e as diversas possibilidades, pontuamos algumas


que se mostram promissoras para o desenvolvimento no estado.

NICHO DE MERCADO
Essa talvez seja uma das maiores tendências do mercado fitness: investir em
pequenas empresas, incluindo as de franquia, que são mais compactas e/ou
especializadas em um determinado tipo de atividade, necessidade ou perfil de
público (obesos, grávidas, idosos, crianças, intolerantes a glúten e lactose e
etc).
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PRODUTOS ORGÂNICOS
Os produtos orgânicos são diferenciados em toda sua concepção e, por isso,
merecem distinção também na forma de comercialização. O recomendado
pelo SEBRAE é a instalação da loja ou “feira” em bairros mais populosos de
classe média e alta, bem como nas proximidades de áreas residenciais, a fim
de ficar na rota diária do cliente em potencial.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Uma das principais vantagens desse tipo de negócio é a possibilidade de
atender o público em ambientes físicos, como restaurantes e quiosques, ou
apenas pelo serviço de entrega à domicílio, com opções de pratos nutricionais
ou específicos para cada necessidade (sem glúten, sem lactose, vegetariano),
além de congelados para consumo em até noventa dias.

ESTÚDIOS DE PILATES, DANÇA


E OUTROS
Os estúdios estão em alta. São espaços
que, geralmente, oferecem entre cinquenta e
sessenta minutos de uma prática específica
(pilates, dança do ventre, pole dance, ioga, etc),
em uma sala que permanecem, no máximo,
quatro alunos. As atividades misturam, em
regra, as técnicas da especialidade com
exercícios aeróbicos além das práticas de
correção postural, como o RPG.
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TREINOS AO AR LIVRE
Para fugir da rotina dos treinos de musculação da academia e/ou atrair aqueles
que não gostam desse tipo de ambiente, os treinos ao ar livre são excelentes
opções de baixo investimento. Além dos benefícios do exercício, este tipo de
treino, que pode ser funcional, de circuitos ou corrida, proporciona um estímulo
a mais por ser realizado em diferentes praças e parques, além de estimular a
socialização de pessoas de um mesmo grupo, com interesses comuns, como
por exemplo, idosos, grupo de corridas, ciclistas, entre outros, criando uma
rede de contatos.

TREINOS QUE ENVOLVAM FORÇA, AGILIDADE,


EQUILÍBRIO E ESPÍRITO DE EQUIPE
Os treinos mais intensos continuam em alta no mercado, com destaque ao
crossfit e aos funcionais. O primeiro requer certificação internacional para
utilização da marca e montagem/execução de treinos, requerendo um elevado
investimento inicial
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TECNOLOGIA VESTÍVEL
A moda fitness é ampla e, atualmente, encontra concorrência acirrada. Porém,
um campo pouco explorado é o de trajes dotados de tecnologia ou que, de fato,
auxiliam os atletas ou praticantes de atividades no alcance de seus objetivos e
melhora da performance

APLICATIVO FITNESS
Aplicativo fitness. As pessoas estão conectadas ao smartphone 24 horas por
dia, sendo assim oportuno utilizar essa relação para facilitar ou estimular a
melhora da qualidade de vida. Uma boa oportunidade é criar aplicativos fitness
que favoreçam a melhoria do condicionamento físico, a personalização dos
treinos, o controle do tempo dos exercícios, alimentação saudável, ingestão de
água e sucos diversos, entre outras ações que encorajem e motivem o alcance
dos objetivos.
Faça muitas pesquisas e Antes de investir, avalie qual
analise bem o mercado que é o seu perfil empreendedor:
pretende atuar. ter negócio próprio ou uma
franquia?

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nichos pouco explorados. que você pretende atingir.

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equipe. Acompanhe os principais estabelecimentos afins ao
estudos de tendência de seu produto/serviço.
mercado ou os específicos
a sua área de atuação.

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Links Úteis
Associação Brasileira de Franchising - ABF

Diagnóstico Nacional do Esporte - Ministério do Esporte

Sebrae Pará

Sebrae Mercados

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial


SEBRAE/PA @SEBRAE/PA @SEBRAE/PA

0800 570 0800 | WWW.PA.SEBRAE.COM.BR


2018

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