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Diante de um público majoritariamente chinês, o grupo Brasil in Trio, formado

pelos músicos Everton Luiz (sopros), Diego Amaral (percussão) e Julio


Lemos (violão de 7 cordas), realizou uma apresentação no Grande Teatro
Nacional da China (NPCA) no último sábado, dia 19, onde encantou os
chineses com uma rica diversidade de ritmos e estilos da música brasileira,
incluindo choro, samba, maxixe, maracatu e baião.

Em um repertório que refletiu a multiculturalidade do Brasil, os chineses


também puderam desfrutar, além da excelente perfomance, de uma viagem
através da história e cultura brasileiras. Considerado como um povo “contido”
por muitos, os chineses não se renderam ao som de Tico-Tico no Fubá,
durante o qual era possível observar o balanço dos ombros e dos pés
durante a contagiante interpretação feita pelo trio do choro de Zequinha de
Abreu.

Baiãozinho, uma das musicas do CD gravado em 2014, reflete a musica do


nordeste do Brasil, com influência africana.

Também esta no CD a musica Repentista - fo musico e compositor


Alessandro Branco, um dos maiores maiores amigos do grupo.

Musica sobre um garoto nascido no Nordeste do Brasil, muito pobre, ele


tocava repentes, ele se mudou para Sao Paulo, e recebeu muitas influencias
musicais. MPB, baiao, samba e rock.

Maracatudo - Musica que mistura samba com maracatu -

Após seis meses da primeira turnê na China, realizada em julho do ano


passado com shows em Beijing e Shanghai, o grupo não esperava voltar tão
rápido para um país tão distante. No ano passado, o trio desembarcou na
China graças à um programa de incentivo à cultura no Brasil, através do qual
conseguiu financiamento para apresentações em outro país.

Movidos pelo interesse de transpor fronteiras e de explorar a Ásia, visto que


já haviam se apresentado na América do Sul e Europa, e preparavam uma
turnê para os Estados Unidos, o grupo optou pela China, e, sem dúvidas, fez
uma ótima escolha.

Para o trio, a realização da segunda turnê demonstrou que eles realmente


foram bem recebidos e aceitos na primeira vez, o que proporcionou um
convite da embaixada do Brasil na China para se apresentarem novamente
no país.

Desta vez, eles se apresentaram nas cidades de Beijing e Tianjin. Na capital


chinesa, fizeram um show no DDC (Dustin Dawn Club) e no Blossom Hall do
Teatro Nacional. Em Tianjin, o grupo se apresentou no Tianjin Concert Hall.

O grupo destacou que ambas as experiências foram muito positivas, tendo


sido muito bem recebido pelo público chinês, que demonstrou entusiasmo e
também um certo ar de novidade, no que foi para muitos o primeiro contato
com a música brasileira.

O trio também mencionou a ótima estrutura e o profissionalismo das equipes


de produção dos locais em que tocaram: “Desta vez, tivemos também o
suporte da embaixada, que foi primordial, e fez com que nos sentíssemos
mais "em casa". A produção desta vez ficou a cargo do Marcelo, diplomata
responsável pelo setor cultura da embaixada, juntamente com o Alê
Amazônia, que também auxiliou na organização de alguns dos shows.

Em relação às diferenças culturais e à barreira linguística, os músicos


afirmam que vieram com uma pequena experiência para a segunda turnê, o
que tornou as coisas mais fáceis.

“A primeira visita foi mais impactante, principalmente em relação à dificuldade


de comunicação, já que a grande maioria dos chineses não fala inglês e a
língua é bem diferente das de origem do Latim. Já a segunda foi mais natural,
chegamos usando WeChat, entre outras ferramentas, além de aplicativos de
tradução. Além disso, conseguimos nos comunicar mais com os chineses,
pois tivemos a ajuda de uma tradutora da produção da embaixada, Sylvia,
que nos acompanhou na maior parte do tempo da nossa turnê”, disse o
grupo.

O grupo também afirma que a segunda vez no país também trouxe uma
maior empatia pela China, pois tiveram maior facilidade em lidar com as
diversas situações do cotidiano da turnê: “Vale destacar o nosso concerto no
NCPA, o qual ficamos impressionados com o super fundo de palco com a
nossa imagem bem grande em destaque, além de termos recebido no final
um buquê de flores da produção, nos sentimos muito valorizados”.

Com a previsão de lançamento do segundo CD neste ano, “Brasil in Trio


interpreta Jarbas Cavendish”, um grande músico e compositor que tambémn
foi o professor da universidade enquanto eles estavam na graduação, o
grupo está feliz com a valorização do trabalho na China, e espera mais
convites da China, como também de outros países asiáticos. “Estamos muito
interessados em desbravar o Japão, conhecemos vários artistas brasileiros
que já tocaram por lá”.

Como foi a escolha do repertório dos shows? Algo diferente dos shows do an
o passado?

O repertório foi praticamente o mesmo do ano passado, com algumas


pequenas mudanças.

Brasil in Trio traz música brasileira raíz até à China

Beijing, 22 jan (Xinhua) -

Em sua segunda vez na China,

O grupo Brasil in Trio foi formado no ano de 2007 e é composto pelos músicos Everton Luiz
(sopros), Diego Amaral (percussão) e Julio Lemos (violão de 7 cordas). O grupo apresenta
música popular brasileira com propostas inovadoras e modernas sem romper com os
aspectos advindos da tradição.

Everton, Diego e Julio são graduados no curso de Música da Universidade Federal de Goiás.
Além do trabalho com o grupo, eles também possuem atividades paralelas como solistas ou
com outros grupos com apresentações no Brasil e no exterior, como por exemplo o projeto
Pixinguinha, no qual o percussionista Diego Amaral realizou um turnê no ano de 2007 com o
violonista Yamandu Costa. E o violonista Julio Lemos em turnê solo pela Europa como
concertista, e Everton Luiz como maestro da Banda Sinfônica do Estado de Goiás.

Os três músicos atuam também como professores de música. O violonista Julio Lemos é
professor do EMAC-UFG (Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás).
O percussionista Diego Amaral é professor de percussão e músico efetivo da FEF-UFG
(Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás), o multi-instrumentista
Everton Luiz é maestro da Banda Sinfônica do Estado de Goiás.

O grupo Brasil In Trio lançou em 2014 o seu primeiro disco, Brasil in Trio Interpreta
Alessandro Branco, um trabalho com obras inéditas do compositor Alessandro Branco,
composto por uma rica diversidade de ritmos e estilos da música brasileira, tais como: Choro,
Samba, Maxixe, Maracatu, Baião entre outros ritmos.
O trio realizou três turnês internacionais com o CD lançado em 2014, em julho no mesmo ano
pela América do Sul na Argentina e no Chile, em 2015 na Europa: Espanha, Portugal e França
e em 2016 também na Europa passando por: Suíça, França e Espanha. Juntamente com a
turnê o grupo também realizou workshops do seus instrumentos, para estudantes de música
interessados em estudar e interpretar a música popular brasileira.

Brasil in Trio traz mistura musical brasileira para a


China
2018-07-19 16:49:54 丨 portuguese.xinhuanet.com
Por Luiz Tasso Neto e Xun Wei
Beijing, 19 jul (Xinhua) -- Noite de quarta-feira em Beijing. Em um bar
da cena underground da capital chinesa, uma plateia de olhos e
ouvidos atentos acompanha a performance quase hipnotizante de Julio
Lemos, Everton Luiz e Diego Amaral. Os três professores de música
formam o Brasil in Trio. E o nome do grupo resume de maneira muito
precisa o trabalho deles: é a mistura de vários ritmos do Brasil na
simplicidade e talento dos três em sopro, percussão e harmonia.
O show desta quarta-feira no FruitySpace foi o primeiro da primeira
turnê do grupo pela China. Serão mais dois shows em Beijing e outros
dois em Shanghai. E a escolha da China para a viagem do trio não foi
por acaso. Através de um programa de incentivo à cultura no Brasil, o
grupo conseguiu o financiamento para as apresentações em outro país.
Julio Lemos, que toca o violão de sete cordas, revelou que a decisão de
vir ao país asiático passou muito pela experiência de amigos músicos
que já tocaram por aqui. "A gente viu que a China está tendo certa
abertura para música brasileira, um certo interesse pela música
brasileira, aí a gente aproveitou esse fator com a vontade de expandir,
atravessar da Europa para cá. Com esse projeto, a gente poderia
escolher qualquer país para ir, mas como a gente já tocou na Europa,
na América do Sul e já tem uma turnê preparada para os Estado
Unidos no final do ano, a gente falou 'vamos explorar a Ásia agora'".
O Brasil in Trio surgiu em 2007, para participar de um projeto de
música na rua na cidade de Goiânia, no Estado de Goiás, no Brasil. O
percussionista Diego Amaral conta que os três já eram amigos e
estudavam música juntos na Universidade Federal de Goiás quando
decidiram ensaiar um repertório de chorinho para tocar neste projeto.
"Daí por diante a gente começou a desenvolver um trabalho de
interpretação, até chegar ao ponto de decidir gravar nosso primeiro
disco", lembra. Em 2014, foi lançado o "Brasil in Trio Interpreta
Alessandro Branco", um trabalho com obras inéditas do compositor
Alessandro Branco, com uma rica mistura de ritmos e estilos como
choro, samba, maxixe, maracatu, baião, entre outros. Amaral avalia
que a gravação do cd consolidou a identidade do grupo.
A partir de então se intensificaram as turnês, especialmente fora do
país. O Brasil in Trio foi à Argentina, Chile, Espanha, Portugal, França,
entre outros, levando não apenas sua apresentação musical, mas
também conhecimento. Everton Luiz, que toca os instrumentos de
sopro no Trio, destaca que muitas dessas viagens casaram os shows
com workshops sobre música brasileira. Como os três são professores
de música, várias de suas apresentações nessas turnês foram feitas
dentro de universidades, junto com seus mini-cursos. E esse é um dos
projetos do Brasil in Trio, levar a música brasileira e conhecimento
sobre ela aos locais por onde passa. Everton Luiz vê com bons olhos
uma futura parceria com alguma universidade chinesa. "A próxima
turnê na China, quem sabe?"
Para o tour atual, o grupo entrou em contato com um produtor
brasileiro que vive na China há anos e está inserido no cenário musical
do país asiático. AleAmazonia, também conhecido como Zhao Zilong
(em chinês), é baterista da banda de Shanghai Dirty Fingers e
fundador da produtora Zilong Brazil, criada em 2014 e que tem como
objetivo principal promover e criar co-produções entre artistas
brasileiros e chineses. E a estreia do Brasil in Trio na China é também a
primeira vez que a produtora traz artistas brasileiros para uma turnê
no país. "Eles entraram em contato comigo e eu topei na hora. São
músicos de altíssimo nível", destacou Alê.
Os próximos shows do grupo estão marcados para esta quinta-feira
(19) no DDC e sexta (20) na The Bookworm, em Beijing, e para os dias
22 no Yuyintang (YYT) e 24 no Shake Club, ambos em Shanghai.
http://portuguese.xinhuanet.com/2018-07/19/c_137335588.htm

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