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Pregação ao
Alcance de Todos
ferramentas para levar mensagens
fieis aos mais diferentes lugares
Renato Duarte
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ÍNDICE
BIBLIOGRAFIA 41
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O Propósito do Sermão
5. Ético ou Moral – ajudar o crente a moldar sua conduta diária e suas relações sociais
de acordo com os princípios cristãos.
A extensão mínima deve constituir uma unidade completa de pensamento, com início, meio
e fim.
Requisitos do Sermão
1º) Fidelidade Textual: Fidelidade à Bíblia. Não suas próprias idéias utilizando o texto como
pretexto.
5º) Finalidade: O que você quer dizer com isto? É bom fazermos três perguntas:
O que desejo que meus ouvintes: saibam
sintam
façam
Observe o exemplo positivo, neste aspecto, de Atos 16:31.
Requisitos do Pregador
4º) Iniciar com firmeza e determinação, e terminar com aquela convicção celestial de
ter falado em nome de Deus.
Há um belo exemplo em 2ª Coríntios 5:18-21 e 6:1-13.
5º) Não iniciar nem terminar pedindo desculpas. Isto desmoraliza o pregador e sua
mensagem.
Encontramos um exemplo disto no livro apócrifo de 2º Macabeus 15:38-39.
7º) Enriquecer sua cultura: Romanos 12:11. O Bom pregador é zeloso em seus estudos,
procurando ler não só a Bíblia como bons livros, jornais e revistas, de onde poderá tirar
material abundante para suas mensagens. Veja o exemplo de Paulo em 2ª Timóteo 4:9-13.
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8º) Empatia: É a identificação com seus ouvintes. “Alegrai-vos com os que se alegram, e
chorai com os que choram.” Romanos 12:15.
10º) Ter ferramentas: Bíblia, Concordância, Dicionário bíblico e secular, uma boa
gramática, livros de teologia, comentários, mapas, etc.
É um erro cair na indolência, evitando todo estudo, esforço e trabalho. O sermão que mais
seguramente poderá contar com a bênção de Deus, disse alguém, é aquele que maior
trabalho houver custado ao pregador. É um engano supor que o ignorante não percebe o
valor de um sermão bem composto e ordenado: ele sente o efeito disso, embora não saiba
explicá-lo.
OBSERVAÇÕES:
I. QUANTO AO ASSUNTO:
1) Os Métodos de Pregação:
São basicamente três: Textual, Tópico e Expositivo.
a. Textual:
A sua forma segue as partes de um texto pequeno. Toma-se um ou no máximo três
versos, usando suas frases literalmente como títulos principais do sermão1.
Exemplos:
b. Tópico:
A sua forma resulta de palavras ou idéias contidas no assunto do texto. Eles não
resultam de um versículo (textual) ou de uma passagem (expositivo), mas de um assunto ou
tema (tópico), abordando-o “a partir de um dentre vários pontos de vista”2. Os argumentos
não procedem da passagem em si, mas das considerações do tópico escolhido em várias
passagens bíblicas. É muito útil para palestras e estudos doutrinários.
Vantagens:
Desvantagens
Exemplos:
Gálatas 5.25
Vida No Espírito.
I. Para Viver no Espírito é Preciso Ser Batizado com o Espírito (I Co 12.13).
II. Para Viver no Espírito é Preciso Andar no Espírito (Gl 5.16).
III. Para Viver no Espírito é Preciso Ser Cheio do Espírito (Ef 5.18).
Exemplo de espiritualização:
Lucas 19.5 - Zaqueu, Desce Depressa: Lucas 22.54 - Pedro Seguia de Longe.
1. Desce do orgulho. 1. Longe da sua presença.
2. Desce da arrogância. 2. Longe do seu amor.
3. Desce da altivez. 3. Longe da sua proteção.
c) EXPOSITIVO:
É aquele que explica e aplica uma passagem seguindo a estrutura dos parágrafos do
texto bíblico de acordo com a intenção básica de seu autor, respeitando-se o texto, o
contexto, a estrutura das palavras e as particularidades históricas.
DEFINIÇÃO:
3 Walter Liefeld, Exposição do Novo Testamento, Do Texto ao Sermão, Ed. Vida Nova, p.17.
4 Walter Liefeld, Exposição do Novo Testamento, p.13. Itálicos meus.
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8Russel p. Shedd, Apostila de Pregação Expositiva. Curso ministrado no Seminário Betel Brasileiro, Goiânia-
GO, 7-11/12/1999, p. 1,2.
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a) FAMILIARIZAÇÃO:
a.1) O Tema:
Leia o texto todo e procure certificar-se de que há um tema dominante no
parágrafo. Tente resumir em uma palavra o assunto do texto; depois faça a seguinte
pergunta: O que este texto diz sobre este assunto? Uma forma de destacar o tema é
observar a repetição de palavras, frases ou idéias. Exemplo:
Este primeiro esboço ainda não é o esboço final do sermão da exposição bíblica, mas
é a sua base estrutural.
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Tema: Adoração. O que o texto fala exatamente sobre o tema da adoração? O QUE É
ADORAÇÃO?
Esboço analítico:
I. Eu sou
a) O caminho
b) E a verdade
c) E a vida
II. Ninguém
a) Vem ao Pai
a Deus
Como obreiro
Aprovado
Que maneja
Bem
A palavra da verdade
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“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensino, para a repreensão, para correção,
para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra.” II Tm 3.16,17
b) EXEGESE:
É o Estudo mais detalhado do texto e/ou palavras do texto.
c) O ESTUDO INDUTIVO:
1. OBSERVAÇÃO:
Veja os detalhes (tempos verbais, repetições, uso das preposições, das conjunções,
contrastes, comparações, etc.) Para isso, faça perguntas ao seu texto e deixe que ele
responda por si só. Lembre-se de que se fizer a pergunta errada o texto não dará uma
resposta que soa bem aos ouvidos, ou fará seu esboço ficar parecendo ter um parafuso
frouxo.
As perguntas: QUEM? - O QUE? - ONDE? - QUANDO? - POR QUÊ? - COMO?
Observe bem a estrutura do texto, como ele trata o assunto?
2. INTERPRETAÇÃO:
São 3 perguntas básicas:
➢ Por que o autor aborda o assunto dessa maneira? (Propósito)
➢ Qual o principal ensino do texto? (Pensamento -chave).
➢ Como o autor chegou a essa idéia? (fluxo-movimento do texto).
3. CORRELAÇÃO:
Comparação com outros textos que tratam do mesmo assunto ou que confirmam o
ensino da passagem escolhida. É aqui que você pesquisará as passagens de apoio ao
texto, as citações.
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Pesquise:
➢ Citações do A.T.
São todos os elementos que estão envolvidos com o texto (ao lado do texto) e que
contribuem para o seu entendimento. Subdivide-se em Literário e Histórico:
2. Leitura biográfica. Tudo o que lança luz sobre o autor e os destinatários importantes
mencionados no livro bíblico (Dicionários Bíblicos / Bíblias de Estudo).
9. Leitura devocional. Buscar o alimento espiritual com atenção à voz de Deus nas
palavras por Ele inspiradas na passagem escolhida.
9 Veja o excelente livro de Merril C. Tenney, Gálatas, Escritura da Liberdade Cristã, Vida Nova, 3ª ed., 1983.
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“Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparado para
responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós.” I Pd 3.15.
4. A APLICAÇÃO:
➢ Seja seletivo. Pode haver várias aplicações. Escolha algumas que se adequarem mais
às necessidades da Igreja (dos ouvintes). Procure numerá-las para não ultrapassar de 2
a 3 aplicações por divisão do sermão.
➢ Seja específico. Ex. “Preciso pedir perdão”. É vago. “Preciso pedir perdão à minha
esposa por ter gritado com ela”; “Preciso pedir perdão ao meu filho por não ter-lhe
levado ao passeio como prometi”; “preciso pedir perdão a Deus, pois sabia desse
ensino e o ignorei”, etc.
d) A PROPOSIÇÃO:
* Características:
- Ela é teológica/doutrinária (Declara um princípio divino/bíblico)
- Ela é didática (fácil de entender e decorar)
- Ela é específica (aponta direto o assunto sem rodeios)
- Ela é breve (formada com poucas palavras)
- Ela é temática (resume o texto/sermão em uma só afirmação)
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(AT): Satanás sempre irá tentar com astúcia ao homem piedoso, como fez com Jesus
Cristo.
(FT): Este texto nos mostra três tipos (PC) de tentação com os quais Satanás tentará nos
derrubar.
III. O terceiro TIPO é: Trocar o domínio de Deus por poder político (V. 8-10):
(AT): Paulo convida Filemon a vencer a desilusão com os irmãos e exercer uma comunhão
eficiente para com ele e Onésimo.
(FT): Este texto nos ensina três princípios (PC) para praticarmos uma comunhão eficiente:
(FT): Ao passarmos por dificuldades, lutas e desafios na vida precisamos nos lembrar de
Três Coisas Sobre Deus (PC):
São as afirmações do texto que comprovam o ensino proposto no seu tema. É esta
argumentação que deverá levar a Igreja à obediência ao ensino do texto.
Para fazer esta montagem é preciso muita submissão e criatividade, bem como
perder o medo de gastar e rasurar papel. A oração deve ser constante. Você ficará surpreso
com as atuações do Espírito Santo em seu coração nessa fase do estudo. Lembre-se,
porém, que o argumento poderá ficar muito bonito, mas mesmo assim não expressar com
plena fidelidade o ensino do texto. Por isso, confronte-o constantemente com o texto,
mudando-o se necessário.
1) As Ilustrações:
As Ilustrações são exemplos práticos das verdades ensinadas no sermão. São como
as janelas de uma casa - fazem a luz entrar, tornando-a clara. Seu objetivo é associar o
ensino à prática, mostrar como ele se aplica no dia a dia das pessoas.
Como usá-las?
a) Use ilustrações que se encaixam e reforçam o ensino do texto, e não piadinhas
sem razão de ser. Se usar de humorismo, faça-o de forma a reforçar o ensino do texto.
b) Não use muitas ilustrações, pois, poderão tirar a objetividade de sua exposição,
confundindo em vez de esclarecendo o entendimento. Seja equilibrado.
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c) Evite ilustrações com exageros. Você ensina a verdade, e não fantasia ou fábulas
(II Pd 1.16).
De onde tirá-las?
a) Da própria Bíblia - Muitas verdades são exemplificadas pelos próprios
personagens bíblicos.
b) Dos jornais, revistas, livros que lê; fatos da vida da Igreja (com cautela);
experiências pessoais etc.
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3) A Conclusão e a Introdução:
* A Conclusão:
Faça as seguintes perguntas ao seu texto:
Uma das razões por que a conclusão é muito importante é a probabilidade de que os
ouvintes se lembrem mais da conclusão do que qualquer outra parte da mensagem.
A conclusão é a meta da exposição bíblica, tornando tudo o que foi dito antes tanto
claro quanto constrangedor. Isso não quer dizer que a conclusão deva ser uma afirmação
bombástica ou a expressão da eloqüência do pregador, mas a expressão da profundidade e
do pensamento eficaz, que revela a sinceridade e a tranqüilidade do pregador. Nas palavras
de G. Campbell Morgan: “A conclusão precisa concluir, incluir e impedir”,12 ou seja, encerrar
a mensagem, incluir o que previamente foi dito e impedir que haja a possibilidade de se
perder as implicações e as conseqüências da mensagem.
mensagem deve terminar como um impulso que vai direto à vontade, sendo um apelo ao
coração.
d) Terminação. Ao terminar, termine; mesmo que a conclusão não sirva a outros ideais
homiléticos, será válida se fechar a exposição bíblica de forma decisiva.
c) Anticlímax. Chapell afirma que as conclusões funcionam melhor se houver apenas uma
por mensagem.14 Porém, isso só acontece se as aplicações da conclusão se
estenderem por um tempo maior do que deveriam ter.
* A Introdução:
É o meio pelo qual ganhamos o direito de sermos ouvidos. Ela deve ser chamativa a
ponto de levar o ouvinte a querer saber do texto bíblico as respostas ao tema que propomos
expor. Pergunte a si mesmo:
Procure escrever tanto a conclusão como a introdução, pois são elas que lançarão o texto à
vida prática das pessoas. Na introdução, você trás os ouvintes para dentro do texto; na
conclusão, você coloca o texto em seus corações, para levá-los consigo para a vida
cotidiana, que começa logo após o culto.
d) Preparar para a proposição. A introdução deve ser construída de tal forma que
conduza á proposição do tema da exposição. Os elos da corrente precisam ser
relacionados. No fim das contas a introdução deverá ter a seguinte dinâmica:
➢ Provocar interesse.
➢ Apresentar o tema.
➢ Torná-lo pessoal. Indicar os motivos da exposição; o foco das necessidades dos
ouvintes e tornar cada ouvinte necessitado de ouvir a mensagem.
➢ Vincular à Escritura.
➢ Fixar a proposição.
Se a introdução for inconsistente o corpo da exposição ficará prejudicado. Por uma
questão de equilíbrio, proporção e coerência interna da exposição homilética, todos os
termos-chave da proposição devem resplandecer na introdução antes de aparecerem na
própria proposição.17
2. Tipos de Introduções:
a) Relato de interesse humano. Uma breve história da experiência de uma pessoa com
quem os ouvintes são compelidos a identificar-se.
d) Uma vez que os ouvintes não podem ver o esboço da exposição, as transições mostram
aos ouvintes quais pensamentos são importantes, quais os secundários, e como se
relacionam entre si.
2. Tipos de Transições:
a) Declarações entrelaçadas. Caracterizada por frases do tipo: “Não só..., mas também”,
que retorna a comentários precedentes, apontam para a discussão que se inicia e
juntam os dois.
Exemplos:
➢ “Se isto é verdade, então estas são as implicações...”
➢ Nossa compreensão não estará completa se não considerarmos também...”
➢ Outras expressões que estabelecem ligação: Entretanto, portanto, consequentemente,
não obstante.
b) Perguntas dialógicas. São diferentes das perguntas retóricas, que deixam as respostas
para os próprios ouvintes responderem. As perguntas dialógicas estimulam a discussão
posterior. Se o pregador está atento às perguntas que vão surgindo na mente dos
ouvintes, e faz essas perguntas em voz alta ao texto no decorrer da exposição, está
usando um instrumento retórico eficiente. Cumular a exposição de perguntas que levam
os ouvintes para dentro do debate com o texto e o autor bíblico, estimula o interesse na
mensagem. Porém, é preciso estar ciente de que, se as perguntas não forem adequadas
e as respostas não forem claras, o suposto diálogo se tornará árido e aumentará a
desconfiança na capacidade hermenêutica do pregador.
c) Enumerar (1,2,3...) e listar (a, b, c...). Embora esse método seja considerado pouco
criativo, orienta os ouvintes quanto aos estágios da exposição e seu progresso. Deve-se
portanto, evitar listar além dos pontos efetivamente principais, não descendo aos
detalhes dos pontos secundários. Chapell chama essa atitude de “insensibilidade
retórica”.18 Evite dizer: “Em terceiro lugar”, se não tiver dito antes do ponto anterior: “Em
segundo lugar”.
d) Pintura de quadro. Uma ilustração isolada também pode agir como uma transição com
imagens ou relações dentro da história, com os pontos da exposição, indicando como as
seções do esboço se ligam.
Cada subdivisão deve ser precedida por uma pequena frase de transição que liga os pontos
e pontua o progresso e a direção da exposição bíblica.
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O que você leva para frente? Tudo escrito? Algumas anotações sugestivas
para a lembrança? Nada?
Lembre-se, porém, que seu estilo deve ser submisso ao texto bíblico e ser-lhe fiel (I
Co 4.1).
Você poderá escrevê-lo à mão, digitá-lo ou datilografá-lo; poderá usar folhas de
cadernos pequenos ou grandes. Isso não diminuirá sua autoridade. O que diminui a
autoridade é a infidelidade à Palavra de Deus e ao Senhor que te dá o privilégio de ensinar
a Sua Palavra.
O esboço da exposição bíblica, no entanto, precisa ter uma forma que te ajude ao
máximo a repassar o que aprendeu no estudo.
Conclusão:
TEMA DO SERMÃO:
INTRODUÇÃO:
NARRATIVA:
AFIRMAÇÃO TEOLÓGICA:
FRASE DE TRANSIÇÃO:
1º PONTO:
a) subdvisão 1
b) subdivisão 2
APLICAÇÃO E ILUSTRAÇÃO
2º PONTO:
APLICAÇÃO E ILUSTRAÇÃO
3º PONTO:
a) subdvisão 1
b) subdivisão 2
c) subdvisão 3
APLICAÇÃO E ILUSTRAÇÃO
CONCLUSÃO:
RECAPITULAÇÃO
BREVE DOS PONTOS
EXORTANDO A VIVÊNCIA
APELO
!
Obs.: A aplicação e/ou apelo estão inclusos na conclusão como propostas oferecidas
aos ouvintes desafiando-os à prática e/ou decisões.
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INTRODUÇÃO:
Um pastor brasileiro contou-nos certa vez uma experiência que viveu em um culto
multilingüe comemorativo nos EUA, no final da década de 1980.
➢ A entrada das delegações das Igrejas do 1º Mundo foi marcada por muita formalidade
e solenidade ao som de um sonoro órgão de tubos.
1. Um Conflito de gerações.
Jovens e adultos querendo que a sua forma de cultuar tenha hegemonia, evidenciando
no corpo de Cristo uma tremenda falta de comunhão. Será que há lugar para as crianças
adorarem também no culto público?
NARRATIVA:
O Salmo 100 faz parte do Livro IV do livro dos Salmos. Faz parte dos salmos reais: De
95 – 100, que exaltam a Deus como Rei da terra e do seu povo.
PROPOSIÇÃO:
(FT) Este salmo nos ensina pelo menos quatro princípios básicos e claros da
adoração cristã, respondendo-nos a pergunta: (AT) O que é (PC) adorar no culto?
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Ilustração:
O filme “O Nome da Rosa” gira em torno de um tema intrigante. A proibição do riso vinha do
entendimento que Deus é sério e compenetrado, e que por isso rejeita o riso na sua
presença. O foco do filme é bem exemplificado no debate entre o Frei William e o Frei Jorge
sobre a utilidade do riso para a fé. Cremos que não há conflito entre fé e razão, mas que as
duas atua nas suas esferas complementarmente, pois se não fosse assim, não haveria
razão de estar escrito nas Escrituras palavras como as de Neemias 8.10: “A alegria do
Senhor é a vossa força”.
b. Todas as terras.
Essa expressão significa todas as nações do mundo.
Essa é, portanto, uma expressão missionária, pois o nome de Deus precisa ser adorado por
todas as nações, e em todas as nações.
O Salmo 67.1-2 nos lembra que quando Deus abençoa o seu povo, este povo o faz
conhecido entre os povos.
Logo, culto não é opção, é obrigação e necessidade de todo aquele que foi REMIDO
por Deus em Cristo.
1º) Obrigação.
Porque o Salmo 29.1,2 fala que devemos “Tributar a glória devida” a Deus. Adoração
e louvor são devidos a Deus. São coisas que não podemos deixar para depois.
Adorar não é fazer um “favorzinho” para Deus se der tempo, mas é o cumprimento
de nossas obrigações como seus servos que somos.
2º) Necessidade.
Porque o Salmo 42.2, afirma que nossa alma tem sede de Deus, do Deus vivo das
Escrituras.
a. Com alegria.
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Assim como a celebração, o serviço também deve refletir a nossa alegria. Como é
possível servirmos como escravos e ainda assim sermos alegres? É só lembrar que o nosso
Senhor não é mau, mas bondoso. Quando conhecemos a bondade de Deus temos prazer
em servi-lo.
b. Com cântico.
O Cântico é uma das principais expressões de alegria na Bíblia. A palavra hebraica
demonstra firmeza na voz (quando o cântico não é firme é porque não há alegria em Deus).
Vozes tristes não têm firmeza quando cantam.
A servidão do Senhor é melhor que a servidão do mundo, pois é uma servidão libertadora
e que cura.
Ilustração:
A Reforma do século XVI reintroduziu na liturgia da Igreja o canto congregacional.
Redescobriu-se a alegria de todos cantarem juntos a Deus mais uma vez.
a.Ele é Deus.
“Saber” significa ter a consciência de que adoramos a um Deus que conhecemos e
podemos continuar a conhecer. Nós o conhecemos pelos seus atributos pessoais
comunicáveis (Amor, bondade, verdade etc).
c. Pertencemos a Ele.
1º) Somos o seu povo.
Deus livrou a Israel do Egito para ser o seu povo. A Igreja é o povo de Deus, livre do
pecado para viver proclamando a sua maravilhosa graça e luz (II Pe 2.9,10).
“Bendizer” significa elogiar, glorificar, dar louvor (reconhecer o seu valor próprio).
Como elogiamos a Deus?
gratidão (Ef. 4.29). Nossos cânticos devem ser repletos de gratidão, tanto nas suas próprias
letras e palavras, como na atitude com que os cantamos para Deus.
b. Hinos de louvor.
O salmista fala de hinos que engrandeçam o nome de Deus.
Creio que o grande problema da música na Igreja tem a ver com o fato de que nossos
compositores têm feito canções que vendem e que falam aos corações dos homens, mas
não falam nada de Deus ou para Deus. Vejam só as letras. A minha fé é assim; o crente que
ora tem poder... Ou em estilos parecidos. Onde estão os salmos de louvor?
Por que bendizer? O texto diz que é porque o seu nome é excelso, ou seja, está
acima de tudo.
Quais são as razões que nos levam a cultuar a Deus com louvor? O verso 5 nos
responde prontamente a essa pergunta:
APLICAÇÕES:
1. O centro do culto é Deus. O centro da alegria no culto também é. Quando buscamos
alegria em nós mesmos, tornamo-nos vazios da alegria de Deus, que é a única alegria
verdadeira.
Introdução:
Uma das qualidades mais impressionantes do ser humano é a capacidade de
restaurar. O homem é capaz de restaurar grandes e pequenas coisas, desde pequenos
detalhes em uma obra antiga até uma enorme estrutura. Mas para coisas que parecem ao
homem ser algo insuperável, é que esse Salmo nos apresenta o Deus Restaurador, o Deus
das Escrituras. Nesse texto tão antigo podemos enxergar claramente a ação restauradora
de Deus.
Narrativa:
Para melhor entendermos o texto precisamos necessariamente procurar entender o
seu contexto. Um provável autor, e possível compilador do Livro dos Salmos, foi Esdras,
homem levantado por Deus para liderar o povo depois do retorno do cativeiro babilônico,
onde permaneceu por 70 anos. Assim sendo, o Salmo é uma expressão de louvor por um
ato restaurador de Deus na história de seu povo.
Essa restauração foi algo maravilhoso aos olhos do povo e das nações. Vejamos
bem a situação:
a) O contexto de Isaías, Miquéias, Ezequiel 5:9 “Farei contigo o que nunca fiz, e o
que jamais farei, por causa de todas as tuas abominações”; 5:12 “Uma terça parte de ti
morrerá de peste e será consumida de fome no meio de ti; outra terça parte cairá à espada
em redor de ti; e a outra terça parte espalharei a todos os ventos, e desembainharei a
espada atrás dela”.
b) em 586 a.C. o povo foi levado cativo para a Babilônia. Na verdade, a deportação
dos habitantes de Judá se deu em três fases distintas e em cada uma delas o nível de
destruição foi maior, até a fase final, quando Jerusalém, os muros da cidade e o Templo
destruídos. a situação que aquele povo viveu certamente foi trágica: destruição e separação
de famílias, perda das propriedades, perda de valores. Tristeza, morte e destruição. Tudo o
que era do bom e do melhor foi levado ou destruído. Com relação ao Templo construído por
Salomão, o que não pode ser levado foi queimado.
c) No livro do profeta Daniel encontramos um pouco do resultado dessa tragédia:
Daniel, jovem, bem educado, líder, agora um cativo! No capítulo 5 encontramos os utensílios
sagrados do Templo sendo usados numa orgia promovida por Belsazar, filho e sucessor de
Nabucodonosor.
d) No livro de Ezequiel, 3:15, depois de ter tido uma visão de tudo que o povo
sofreria, encontramos o profeta Ezequiel: “por sete dias assentei-me ali atônito no meio
deles” .
Depois de muito tempo, quase 70 anos, o povo ainda era escravo, triste, sem
qualquer perspectiva humana. O Salmo 137 nos relata em poesia a tristeza da situação:
1 Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos,
lembrando-nos de Sião.
2 Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas,
3 pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos
opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião.
4. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?
Quem poderia mudar aquela situação? Quem teria o poder e o interesse para mudá-la?
Afirmação Teológica:
Deus Iavé restaura qualquer situação de desgraça na vida. (FT) Esse texto nos fala de 3
verdades (PC) sobre Restauração.
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1. Iavé restaura
Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha.
mas o povo de Deus precisava mais uma vez que Deus agisse no seu meio.
São verdadeiros rios que passam pelo meio do deserto, de uma forma inesperada e
incontrolável. O fenômeno é causado pelas chuvas que caem nas montanhas e que na
medida em que saturam o solo começam a descer e se ajuntar trazendo verdadeiras
correntes de águas no meio da sequidão. Portanto, de uma forma inesperada, sem qualquer
evidência imediata, e de forma incontrolável, a torrente desce das montanhas trazendo vida
no meio da morte, refrigério no meio da sequidão.
Esse é o pedido do salmista, que Iavé, como havia agido no passado de uma forma
tão ‘anormal’ (ainda que não inesperada porque ele mesmo havia anunciado a volta do
cativeiro), mais uma vez agisse para com o seu povo de forma a restaurar-lhe a alegria da
vida. Essa oração no verso 3 é a verdadeira oração do avivamento. O pedido humilde e
sincero do servo de Deus para que ele venha e traga a vida plena para o meio do seu povo
que vive na sequidão do dia-a-dia.
Conclusão
1. O crente não pode nunca esquecer quem é o verdadeiro restaurador das coisas que o
homem não pode restaurar. O Senhor é a sua esperança e força, pela restauração
passada e pela esperança futura de restauração. Ele faz aquilo que não podemos fazer.
2. O crente não pode nunca esquecer da soberania do Senhor em restaurar quando e como
ele quer. Por isso nunca deve deixar de orar humilde e esperançosamente a oração do
avivamento: restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe.
3. O crente não pode nunca tentar produzir aquilo que só o Senhor pode fazer. O que o
crente deve fazer é continuar na obediência até que o Senhor mande a torrente. Mesmo
diante das tentações que o mundo oferece para “facilitar” a vida de sequidão, o homem de
Deus permanece firme, ainda que com lágrimas.
4. E mesmo que a sequidão continue neste mundo, o crente não pode nunca esquecer que
são Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Quando isso vai
acontecer? Não sabemos ao certo. Temos certeza porém que “.... o Cordeiro que se
encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E
Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima ( Ap 7:17 ) e ...lhes enxugará dos olhos toda
lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as
primeiras coisas passaram (Ap 21:4).
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Entregar um sermão ou fazer uma exposição bíblica não é falar à frente da Igreja ou
de pessoas somente. Envolve também a sua consagração pessoal, postura, tom de voz e
gestual. Portanto, aceite essas recomendações:
1ª) Não negligencie a oração e a comunhão com Deus. Sem elas, a semente será lançada,
porém, não haverá chuva para fertilizá-la.
2ª) Tome uma postura discreta, que possibilite chamar a atenção mais ao que você fala do
que para você mesmo. Paulo diz que o exercício físico é pouco proveitoso, mas a piedade é
muito proveitosa (I Timóteo).
3ª) Demonstre respeito. Pelo texto e pelos ouvintes. A forma como manuseia a Bíblia diante
de outros; as palavras que usa no linguajar demonstram isso.
4ª) Não se justifique quanto à sua mensagem (“_eu não estudei direito; vocês sabem que eu
não sei nada; eu não tive tempo” etc.) Fale com convicção o que você aprendeu. Você está
falando a verdade de Deus que precisa ser ouvida e obedecida, a não ser que não creia no
que aprendeu do texto!
5ª) Procure aprender a fazer bom uso de sua voz, variando o tom e a velocidade de acordo
como ritmo do próprio texto e da emoção que Ele (o texto) produz em você (isso é obra do
Espírito Santo). Um mesmo tom de voz causa desinteresse.
6ª) Gesticule, porém, faça-o de forma a auxiliá-lo na exposição e te dar maior liberdade de
expressão do conteúdo do texto. Seja natural e não um exibicionista. Procure sempre o
equilíbrio.
7ª) Seja organizado. Assim as pessoas perceberão que o estudo da Bíblia é algo que
realmente vale a pena, e você demonstrará respeito para com as coisas de Deus.
8ª) Confie na direção de Deus. Você não está falando de coisas puramente humanas, mas
das verdades eternas de Deus, o seu PAI celestial, seu Salvador amado, seu Supremo
Pastor.
10ª) Guarde na lembrança: I Tm 4.6-16 e I Co 3.4-9. Medite nesses textos, e trabalhe com
diligência.
!40
1. Escolher o Texto;
2. Estudar o Texto;
BIBLIOGRAFIA