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IESA - INSTIT UT O DE ED UCAÇÃO E ENSI NO S UPERI OR DE SAMAMBAIA

IES A Credencia do pela Portaria MEC nº 3032 de 26/12/2001 (DOU de 27/12/2001)


INSTIT UT O SUPERIOR DE ED UCAÇÃ O DE SAMA MBAIA
SOEC – Sociedade de Educação e Cultura S/S

Administração Financeira e Orçamentária Pública – AFO pública


AULA Nº 11 – 06 de outubro de 2014
Prof: João José dos Santos Costa

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – PPA, LDO E LOA

1. PLANO PLURIANUAL
1.1. INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO
É importante ficar claro que quando tratamos de planejamento não estamos apenas
cumprindo uma formalidade legal, constitucional ou orgânica da União, Estados ou Municípios.
Estamos, antes de qualquer coisa, canalizando esforços no sentido da construção de uma realidade
futura melhor do que a presente condição de vida.
Desmistificando a figura do planejamento, aproximamos todos de algo que lhes é bastante
comum, a prática de planejar.
Planejamos para organizar a aplicação dos recursos e esforços da nossa prefeitura de modo
a que ela possa fornecer à população produtos e serviços de qualidade e em quantidade adequada
às nossas necessidades ao menor custo possível.
Dessa forma, temos que uma ação planejada minimiza o desperdício de recursos e, assim, os
recursos poupados podem ser aplicados naquilo que considerarmos mais relevante, ampliando a
capacidade da União, Estados e Municípios em atender nosso povo.
O planejamento deve ser feito a todo instante. Não existe um só momento onde não se
planeje algo. Contudo, na administração pública, por conta de sua complexidade, o processo de
planejamento precisa ser organizado. Isso se justifica pelo fato de que planejar as ações de um
governo envolve um conjunto volumoso de pessoas e instituições partícipes dessa construção.

Programa é um conjunto articulado de ações estruturas e pessoas motivadas ao


alcance de um objetivo comum. Este objetivo é concretizado num resultado (solução de um
problema ou atendimento de demanda da sociedade), expresso pela evolução de indicadores
no período de execução do programa, possibilitando-se, assim, a avaliação objetiva da atuação do
Governo.

A Portaria 42, de 14.04.1999, do Ministério do Orçamento e Gestão, estabeleceu novos


critérios para a classificação funcional concebida pela Lei nº4.320, de 17.03.1964.

O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um


conjunto de ações que concorrem para um objetivo comum preestabelecido, mensurado por
indicadores instituídos no plano, visando a solução de um problema ou o atendimento de
determinada necessidade ou demanda da sociedade.

Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual –PPA, que é de 4 anos. O
programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. Em termos de
estruturação, o plano termina no programa e o orçamento começa no programa, o que confere a
esses instrumentos uma integração desde a origem.

O programa, como único módulo integrador e as Ações, como instrumento de realização dos
programas. A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar maior
racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade dos resultados e
benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos
públicos.

End.: QN 406, A/E Nº. 01, Samambaia -DF – Fones: 3358-5057 / 3458-3730 – E-mail: faculdadesiesa@terra.com.br
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Cada programa contém objetivo, indicador que quantifica a situação que o programa tenha
por fim modificar e os produtos (bens e serviços) necessários para atingir o objetivo. A partir do
programa são identificadas as ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais,
especificando os respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela
realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que,
quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta.

1.2. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA E INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO


A legislação brasileira trata desse assunto com bastante detalhe, a começar pela Constituição
Federal. Na Constituição estão definidos os instrumentos de planejamento, seus conteúdos, prazos e
a interação entre eles.

O Art. 165 da Constituição Federal define que leis de iniciativa do poder executivo,
estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais.

Intermediando essas leis e a própria Constituição, temos a figura da Lei Complementar de


Finanças Públicas. Na verdade mais de uma lei. Sua função é dispor sobre o exercício financeiro, a
vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária anual; além de estabelecer normas de gestão financeira e
patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e
funcionamento de fundos. Hoje, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000) e a Lei nº
4.320/1964 exercem esse papel.

Atenção: Apesar de serem todas leis ordinárias, existe uma precedência funcional entre o
PPA, a LDO e a LOA, nessa ordem, em função do conteúdo e competência de cada uma delas.

A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as


PPA diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
LDO subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento.
A lei orçamentária anual compreenderá:
o orçamento fiscal referente aos Poderes do ente da federação, seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público;
LOA o orçamento de investimento das empresas em que o ente da federação, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
e mantidos pelo Poder Público.

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1.3. A SISTEMÁTICA DO PPA


Vimos que compete ao PPA estabelecer diretrizes, objetivos e metas para a administração.
Contudo, para que isso ocorra de fato, e não apenas no papel, o PPA precisa ser formulado,
executado, acompanhado e avaliado segundo rígidos critérios que lhe garanta:
Junto à estrutura administrativa do Executivo, ao Legislativo e a
CREDIBILIDADE população, conferindo-lhe status de compromisso entre governo e
sociedade.
Demonstrando sua capacidade de adequar-se às peculiaridades
UNIVERSALIDADE
das várias estruturas administrativas e diversidades sociais e regionais.
Na medida em que as estratégias e resultados previstos no PPA
mantenham-se:
VITALIDADE alinhados às prioridades de governo;
adequados à disponibilidade de recursos;e
coerentes com a realidade.

1.4. A ESTRUTURA DO PPA


Constituição Federal, Art. 165, § 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de
forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
- O PPA estabelecerá, de forma regionalizada ...
A regionalização tem por fim, orientar a intensidade diferenciada que as ações do plano terão
pelo território na medida em que as realidades das diversas parcelas desse território se diferenciam.
Além disso, ao regionalizar, o planejador delimita o espaço onde determinado problema a ser
enfrentado se apresenta de forma mais evidente. Para que se tenha sucesso, é preciso centrar foco
na solução/minimização dos problemas e isso só é possível, localizando-os.
- O PPA estabelecerá diretrizes ...
As diretrizes são as linhas gerais que desenham o plano. No governo federal costumam tomar
nomes próprios. Já foram "megaobjetivos e macroobjetivos" no PPA 2000-2003, "megaobjetivos e
desafios" no PPA 2004-2007 e "diretrizes da política fiscal" no PPA 2008-2011.
- O PPA estabelecerá objetivos ...
Os objetivos são expressos na programação do PPA. Um programa para superação de cada
problema identificado como alvo da atuação do poder público. Um objetivo claro e específico para
cada programa.
- O PPA estabelecerá metas ...
As metas representam, para cada objetivo/programa, as parcelas de resultado que se
pretende alcançar no período de vigência do plano.
- O PPA abrange as despesas de capital
Despesas de capital são aquelas destinadas à aquisição de um bem de capital (Lei nº
4.320/1964). Para efeitos práticos na elaboração e gestão do PPA, correspondem aos investimentos
e inversões financeiras a serem realizados pelo ente da federação no período de vigência do PPA.
As amortizações de dívida, outro grupo relacionado às despesas de capital, em geral não são
discutidas no processo de elaboração e gestão do PPA uma vez que a dívida possui um plano de
gerenciamento próprio. Mas atenção, isso não quer dizer que essas despesas não componham o
PPA. São despesas de capital e por isso integram o plano sim.

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- O PPA abrange outras despesas decorrentes das despesas de capital


Grande parte das despesas de capital geram por consequência de seu produto outras
despesas, em geral correntes, que decorrem da primeira. Assim, ao construir um posto de saúde, o
município estará realizando uma despesa de capital, mas para operá-lo precisará manter
profissionais de saúde, material de consumo e serviços de manutenção. Essas despesas correntes
decorrem da despesa de capital e ampliam os gastos correntes do município. Por essa razão devem
também fazer parte do PPA.
- O PPA abrange as despesas dos programas de duração continuada
Para continuar utilizando o exemplo da construção do posto de saúde, não se faz política de
saúde apenas com novos postos de saúde. Toda atuação governamental nessa área de
competência deve ser objeto de planejamento. Essa é a grande inovação do PPA em relação ao seu
antecessor, o OPI - Orçamento Plurianual de Investimentos, restrito aos investimentos do setor
público. Assim, toda ação do município deve ser objeto do PPA.

1.5. ORGANIZAÇÃO, PRAZOS E VIGÊNCIA DO PPA


Já vimos que o PPA abrange todas as ações do governo e deve detalhá-las de forma
regionalizada. A Constituição Federal disciplinou que cabe à Lei Complementar dispor sobre o
exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei
de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual.
Na União, ainda hoje persiste a falta dessa Lei Complementar e, nesse caso, recorre-se a um
dispositivo contido nos Atos e Disposições Constitucionais Transitórios que estabelece que até a
entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, o projeto do plano
plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial
subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. É possível que a Lei
Orgânica de seu município possua algumas dessas definições.
1.6. OBJETIVOS DO PPA
Agora que compreendemos o que é o PPA, como ele é organizado, e quais são as
competência desse instrumento de planejamento, estamos aptos a descobrir quais são os objetivos
do PPA, ou, em outras palavras, o que ele pode proporcionar para a administração pública Federal,
Estadual ou municipal.
O PPA organiza por programas todas as ações desenvolvidas pela
administração municipal, assegurando o alinhamento destes com a
Orientação Estratégica de Governo e com as previsões de recursos por área
ORGANIZAÇÃO POR
de atuação. Além disso, a organização por programas também propicia um
PROGRAMAS
ambiente convidativo ao desenvolvimento e aprimoramento do planejamento,
do orçamento e da gestão por programas em todos os órgãos da
administração pública.
O PPA, ao privilegiar o uso de uma linguagem próxima à utilizada pela
sociedade e organizar as ações de governo voltando-as para um público-alvo
específico (parcela da sociedade), presta um grande serviço ao processo de
TRANSPARÊNCIA comunicação governo-população e torna pública a informação referente à
execução dos programas do governo, possibilitando um bom nível de controle
social da aplicação dos recursos e uma maior participação da sociedade nos
debates inerentes ao processo de elaboração/revisão do PPA.
Para maximizar a possibilidade de alcance de resultados, o PPA deve servir como
um estímulo ao envolvimento e efetiva participação de outras esferas de governo
PARCERIAS e mesmo do setor privado na condução de ações alinhadas aos objetivos
expressos no plano e complementares aos esforços despendidos pela União,
Estados e Municípios.

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A gestão do PPA deve privilegiar a adoção de um sistema de gerenciamento


estruturado, centrado na estrutura programática, que facilite a tomada de decisão
GERENCIAMENTO
e a correção de desvios, direcionando os recursos disponíveis para o alcance dos
resultados pretendidos.
O PPA provê todas as condições para que seja avaliada a atuação do governo por
meio da mensuração de indicadores associados aos resultados programados e
AVALIAÇÃO dos efeitos deste sobre a sociedade. A partir da avaliação anual do PPA é
possível compatibilizar a alocação de recursos orçamentários com s capacidade
de execução e de geração de resultados dos programas.

1.7. CONSTITUIÇÃO DOS PROGRAMAS


A constituição de um programa pressupõe a necessidade de solucionar um problema, o
atendimento de uma demanda da sociedade ou, em casos específicos, o atendimento de demanda
dos órgãos públicos, viabilizando a realização adequada das suas atribuições.
Um programa é implementado pela execução das ações que o compõem que podem ser:
(projetos, atividades, operações especiais e outras ações) que, necessariamente, devem
concorrer e ser suficientes para o alcance do objetivo do programa.
As ações que não demandam recursos orçamentários mas geram bem ou serviço para uma
parcela ou para a totalidade do público-alvo do programa são chamadas "outras ações". São
exemplos de "outras ações": o incentivo à colaboração ou parceria de outras instituições privadas ou
de outras esferas de Governo; a alavancagem de recursos não orçamentários; o estímulo à geração
de receita própria; a edição de instrumentos normativos.
 Em primeiro lugar, deve-se identificar um problema ou demanda junto à sociedade. É
importante que o problema seja identificado na sociedade e não no interior dos órgãos da prefeitura,
ou seja, não se deve partir das estruturas e buscar problemas para justificá-las.
 Uma vez definido o problema, pode-se filtrar qual parcela da sociedade "sofre" daquele
problema e, então, teremos definido o público-alvo da atuação do futuro programa.
 Identificado o problema, sua solução será o objetivo do novo programa. O próximo
passo seria, então, estabelecer uma forma de medir quanto se pretende avançar na "solução" do
problema em determinado espaço de tempo e como isso será medido. Estaria identificado o
indicador ou o conjunto de indicadores do programa.
 Tomando-se por base o problema identificado, deve-se buscar suas causas e desenvolver
iniciativas que possam combatê-las, reduzi-las ou eliminá-las. Tem-se, então, o conjunto de ações
que irão compor o programa. O montante de recursos disponível e a capacidade operacional das
unidades ou órgãos da prefeitura definirão a intensidade, ou seja, as metas e os valores associados
a cada uma das ações.
 Finalizando, a partir da intensidade das ações, determina-se quanto do problema será
solucionado no período de vigência do PPA. Isso possibilita estimar o índice a ser alcançado ao final
do plano para o/os indicadores do programa.

2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)

2.1. APRESENTAÇÃO

A LDO passa a ter a partir da Constituição Federal de 1988 e mais recentemente com a Lei
de Responsabilidade Fiscal, um papel central e prévio de regulação política e de normatização
técnica dos principais aspectos do orçamento público anual, seja da União, dos Estados ou
Municípios.

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O conhecimento do seu conteúdo e aplicação é essencial para aqueles que trabalham no


setor público, em particular nas áreas de planejamento, orçamento, execução orçamentária e
financeira e contabilidade.

2.2. CARACTERÍSTICAS E CONTEÚDO LEGAL


A Constituição Federal de 1988 delineou o modelo do atual ciclo de planejamento e
orçamento, definindo três instrumentos, com força de leis, cuja iniciativa e prerrogativa é
exclusiva do Poder Executivo:
 O Plano Plurianual - PPA (duração de quatro anos) -> Nível Estratégico
 A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO (duração anual) -> Nível Tático
 A Lei Orçamentária Anual - LOA (duração anual) -> Nível Operacional

A LDO é o elo entre o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual, na medida em que
cabe a LDO fixar anualmente as prioridades e metas a serem observadas quando da alocação e
execução do orçamento. É, portanto o primeiro estágio da elaboração do orçamento anual. As
prioridades e metas fixadas por sua vez devem ser compatíveis com os objetivos e com a estrutura
dos programas constantes do PPA.
O ordenamento legal para que a administração pública possa efetuar o processo de execução
da despesa pública deve observar fundamentalmente estes instrumentos, que devem ser
compatíveis, além das demais normas legais aplicáveis, sendo as principais: a Constituição Federal,
Estadual e a Lei Orgânica Municipal, relativamente a cada ente da União, a Lei 4.320/64, e a Lei
Complementar nº 101/2000 - Lei de Responsabilidade - LRF.
O prazo de encaminhamento e aprovação da LDO deve constar da Constituição Federal,
Estadual e a Lei Orgânica Municipal. Na maioria dos municípios ela é encaminhada pelo Poder
Executivo até 15 de abril, mesma data determinada pela CF para a União, e votada pelo Legislativo
até o término da primeira sessão legislativa.
É importante que o encaminhamento e aprovação da LDO se deem antes do
encaminhamento do Projeto de Lei Orçamentária Anual, para que se adotem pelo Executivo as
disposições aprovadas e se forneçam as informações requeridas para o processo legislativo que
orientará a tramitação da proposta orçamentária, no âmbito da Câmara Municipal.

2.2. CONTEÚDO LEGAL

A LDO conforme a Constituição Federal - CF (art. 165, § 2):


 Contemplará as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente;
 Orientará a elaboração da lei orçamentária anual;
 Disporá sobre alterações na legislação tributária; e
 Estabelecerá a política de aplicação das agências financeira oficiais de fomento.
Cabe ainda à LDO, de acordo com o art. 169 da CF, autorizar a concessão de qualquer
vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos ou funções ou
alterações de estrutura de carreiras, bem como admissão ou contratação de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, estando excetuadas as empresas públicas e sociedades de economia
mista.

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Segundo a LRF é nulo de pleno direito o ato que provocar aumento com pessoal que não
esteja previsto na LDO, ou que não atenda as demais exigências previstas no art. 21 da LRF.
A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, Lei Complementar nº 101, de 2000, ampliou o
significado e a abrangência da LDO, tornando-a elemento de planejamento e controle das receitas e
despesas, com objetivo de manter o equilíbrio fiscal.
A LRF conferiu à LDO a prerrogativa de disciplinar e fixar vários aspectos específicos, tais
como:
 O equilíbrio entre receitas e despesas (art. 4º, inciso I, a)
 Metas fiscais (art. 4º, §1º)
 Riscos fiscais (art. 4º, § 3º)
 Programação financeira e o cronograma mensal de desembolso, estabelecidos pelo
Poder Executivo 30 dias após a sanção da LOA (art. 8º)
 Os critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetuada em caso de risco de não
cumprimento das metas bimestrais ou de superação do limite da dívida pública consolidada (art. 4º,
inciso I, b).
A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, Lei Complementar nº 101, de 2000, ampliou o
significado e a abrangência da LDO, tornando-a elemento de planejamento e controle das receitas e
despesas, com objetivo de manter o equilíbrio fiscal e propiciar uma gestão fiscal responsável pela
administração pública.
A LRF conferiu à LDO a prerrogativa de disciplinar e fixar vários aspectos específicos, tais
como:
 Normas para o controle de custos e avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos do orçamento (art. 4º, inciso I, e)
 Condições e exigências para a realização de transferências de recursos a entidades
públicas e privadas (art. 4º, I, f; art. 25, §1º e art. 26)
 Forma de utilização e montante da reserva de contingência que integra a lei orçamentária
anual (art. 5º, III)

2.4. ESTRUTURA BÁSICA


De forma geral a estrutura do documento que encaminha ao Legislativo o projeto de lei de
diretrizes orçamentárias é a seguinte:
2.4.1. MENSAGEM
Acompanha o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e apresenta as linhas gerais e
pressupostos básicos que orientaram a sua elaboração pelo Poder Executivo.
2.4.2. PROJETO DE LEI
Dispositivos legais, compreendendo:
 Disposições preliminares, que evidenciam o conteúdo ou principais assuntos tratados no
texto do projeto de lei.
 Prioridades e metas da administração, que devem espelhar os principais objetivos e
metas que terão precedência na alocação de recursos no orçamento a ser encaminhado e
consequentemente ao longo da sua execução, e, ser compatíveis com o planejamento para o
período de quatro anos aprovado no PPA. São uma espécie de "recorte" das prioridades do PPA
dentro da perspectiva do exercício financeiro ao qual se referem não se constituindo, entretanto, em
limites a programação dessas despesas. As prioridades e metas costumam também ser
apresentadas sob a forma de um anexo específico

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 Estrutura e organização do orçamento


 Diretrizes para elaboração e execução do orçamento
 Tópicos específicos relacionados: à dívida pública , às despesas com pessoal e encargos
sociais, à receita e alterações na legislação tributária, às transferências para entidades públicas e
privadas, aos critérios e forma para limitação de empenho e movimentação financeira, entre outros.
 Disposições finais
2.4.3. ANEXOS
Acompanham o projeto e a lei de diretrizes orçamentárias.
2.4.3.1. O ANEXO DE METAS FISCAIS (AMF)
Demonstra como será a condução da política fiscal para os próximos exercícios e
avalia o desempenho fiscal dos exercícios anteriores.
No AMF são fixadas as metas de Resultado Primário e Nominal e montante da dívida
pública a ser observado no exercício financeiro a que se refere à LDO, além de sinalizadas as
metas fiscais para os dois exercícios seguintes.
O AMF deve conter (art. 4, § 1 e 2º da LRF):
 A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior
 O demonstrativo das metas anuais, com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores.
O AMF deve conter ainda:
 A evolução do patrimônio líquido, também dos últimos três exercícios, destacando a
origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.
 A avaliação da situação financeira e atuarial do regime próprio dos servidores públicos e
dos fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial.
O demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
Na prática a elaboração do AMF envolve um exercício preliminar de projeção dos principais
agregados orçamentários, que inclui receitas, inclusive as renúncias fiscais, a despesa obrigatória
(pessoal, despesas com o regime próprio de previdência e outras despesas de caráter continuado), e
o resultado primário e nominal, além do montante da dívida pública.

2.4.3.2. O ANEXO DE RISCO FISCAIS (ARF) (art. 4, § 3º da LRF)


Contém a identificação e avaliação dos passivos contingentes e outros riscos capazes
de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se
concretizem.
Passivos contingentes são despesas incertas ou eventuais. O grau de incerteza quanto a
sua ocorrência impossibilita a correta discriminação e previsão de valores na lei orçamentária, mas
podem vir a afetar o equilíbrio das contas públicas na medida em que se tornem exigíveis.
A melhor especificação dos itens do ARF é insumo importante para que, de forma prudencial,
se fixe no texto da LDO a forma de utilização e o montante (definido em percentual da Receita
Corrente Líquida) a ser consignado a título de Reserva de Contingência, que deverá constar do
orçamento.
Esta Reserva se destina nos termos art. 5º da LRF, ao atendimento de passivos contingentes
e outros riscos e eventos fiscais imprevistos ao longo da execução do orçamento, mediante a sua
utilização como fonte para abertura de créditos orçamentários adicionais.

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2.4.3.3. OUTROS ANEXOS


De natureza opcional por serem passíveis de integrar o texto do projeto ou da lei:
 Relação de quadros orçamentários - conjunto de informações consolidadas na
forma de quadros que organizam os dados e integrarão a proposta e/ou lei orçamentária , tais como:
despesa orçamentária por função, órgão, fontes de receita, grupos de despesa e vinculações nas
áreas de saúde e educação.
 Informações complementares - conjunto de informações que subsidiam a análise ou
avaliação dos pressupostos adotados na elaboração da proposta orçamentária pelo Poder Executivo,
geralmente encaminhados logo após o projeto de lei orçamentária, tais como: custos médios de
obras ou investimentos, obras em andamento com indicação do percentual de execução, custos
médios dos benefícios a servidores por Poder ou órgão, etc.

2.5. PONTOS ESPECÍFICOS


Neste subtópico serão abordadas as principais metas e objetivos que devem permear a
elaboração do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

2.5.1. PRIORIDADES E METAS


Os administradores tem um problema a ser contornado na definição de prioridades e metas
quando da elaboração da LDO no primeiro ano de mandato.
O PPA tem duração de quatro anos, que não coincidem com o período de mandato. O último
ano projetado do Plano tem sua vigência ampliada sobre o primeiro ano de mandato do atual
governo, que também convive com prioridades e metas e um orçamento elaborado pelo governo
anterior.
Além disso, na maior parte dos municípios, estados e na esfera federal o projeto de PPA para
o próximo período somente será encaminhado após a LDO, ou mesmo junto como o orçamento,
assim, como tornar as prioridades e metas compatíveis com um PPA que ainda não foi sequer
apresentado ou aprovado?
Uma solução permanente seria a de se antecipar o prazo de encaminhamento do PPA, o que
requerer um maior esforço no início do mandato para o estabelecimento dos objetivos e metas para o
período de quatro anos, resultando em uma LDO com elevado grau de aderência aos objetivos do
PPA.
Outras alternativas adotadas recorrentemente para contornar este problema, tem sido :
 Incluir dispositivo no texto do projeto de LDO que remeta a definição das prioridades e
metas para o próximo exercício ao PPA ou para a própria lei orçamentária, ou
 Estabelecer na LDO prioridades e metas compatíveis com os compromissos constantes
do programa de governo, que materializa as escolhas da sociedade, podendo-se incluir dispositivo
na LDO que permita que estas prioridades e metas sejam posteriormente ajustadas face a alterações
que por ventura ocorram quando da aprovação do PPA, o que asseguraria a compatibilidade mesmo
que a posteriori.
2.5.2. AMF - MARGEM DE EXPANSÃO DE DESPESAS OBRIGATÓRIAS
A limitação da criação e expansão de despesas obrigatórias de caráter continuado foi uma
das principais regras criadas pela LRF, buscando evitar a elevação de despesas sem uma avaliação
prévia e critérios para o seu custeio futuro.
O art. 17 da LRF conceitua a despesas obrigatória de caráter continuado como aquela
despesa derivada de lei ou ato administrativo (portarias, resoluções, etc.) que cria obrigação
de pagamento para a administração, com impacto orçamentário-financeiro por um período
superior a dois exercícios.

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Não estão incluídos os contratos de prestação de serviço, pela possibilidade de interrupção e


pagamento de acordo com a quantidade consumida ou os investimentos plurianuais, em ambos se
aplica o caráter discricionário da administração em realizá-los.
A demonstração da margem permite uma espécie de controle do montante máximo disponível
para novos atos que elevem estas despesas, a partir do processo orçamentário.
Passa a se exigir a compensação por meio do aumento permanente da receita ou da redução
da despesa, de forma a evitar que no futuro haja um "engessamento" da capacidade de realizar
novos investimentos, em detrimento da elevada participação de despesas obrigatórias.
O aumento permanente da receita pode ocorrer pela criação de tributos, aumento de
alíquotas ou ampliação da base de cálculo. Quanto a este aspecto, tem predominado o entendimento
de que é válido tratar como ampliação da base de cálculo o efeito do crescimento real da atividade
econômica, tanto de natureza específica - regiões ou setores, quanto de forma ampliada através do
crescimento do conjunto da economia. Mas de forma nenhuma se deve considerar o efeito "preço"
como premissa de ampliação da base de cálculo.
Abaixo, temos um exemplo de demonstrativo de margem de expansão na LDO, aplicável a
municípios:

2.5.3. METAS FISCAIS - RESULTADO PRIMÁRIO


A definição de metas anuais de resultado primário deve ser fixada na LDO para o próximo
exercício, sobre o qual se baseará a elaboração do orçamento e a execução orçamentária e
financeira, e ter caráter indicativo para os dois exercício seguintes, que constarão do AMF.
O Resultado Primário é a diferença entre receitas e despesas primárias ou não-financeiras,
ou seja todas aquelas que não tenham caráter financeiro, referente aos órgãos da administração
direta, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes.
Entre as receitas financeiras, que devem ser excluídas deste cálculo estão as receitas de
operações de crédito, as decorrentes de aplicações financeiras e os retornos de empréstimos
concedidos.
Entre as despesas financeiras, que também devem ser excluídas, estão as despesas com
juros e encargos e com a amortização da dívida e despesas com operações de natureza financeira
como aquisição de títulos ou concessão de empréstimos.
O Resultado Primário - RP se positivo caracteriza a economia de recursos efetuada que
contribui para honrar os compromissos de natureza financeira, como o pagamento de juros e
encargos da dívida, ou para amortizar o montante da dívida pública. Caso negativo significa a
existência de desequilíbrios financeiros que potencialmente irão gerar aumento do endividamento.
O RP irá indicar se o município está ou não vivendo dentro de seus limites financeiros e
contribuindo para a redução ou elevação do seu endividamento.

2.5.4. METAS FISCAIS - RESULTADO NOMINAL


Este indicador permitirá aferir se o município necessitará ou não de empréstimos para fazer face
aos seus dispêndios totais, representando a sua efetiva Necessidade de Financiamento. A partir da
definição do Resultado Primário, são acrescidos os valores pagos e recebidos de juros nominais (juros
líquidos) decorrentes de operações financeiras. Assim:
Se Resultado Nominal for positivo, o Resultado Primário é maior do que os juros nominais
líquidos, o que significa que os recursos primários poupados são maiores que os pagamentos dos
serviços das dívidas contribuindo assim para a redução do nível de endividamento.
Caso os juros superem o Resultado Primário, ou seja, um Resultado Nominal negativo, significa
que a economia realizada não é suficiente para cobrir os encargos da dívida sendo necessário que se
busquem outras fontes de financiamento, que significarão elevação do endividamento do setor público.

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2.5.5. METAS FISCAIS ANUAIS


A partir da aplicação dos conceitos de resultado primário e nominal e da eventual
necessidade de recondução do endividamento aos limites estabelecidos, é possível que se
apresentem as metas anuais, o principal componente do AMF. De forma agregada é preciso
minimamente que se realizam as estimativas globais de receitas e dispêndios primários, dos
resultados primário e nominal e da dívida líquida do governo, referentes ao próximo exercício e aos
dois seguintes, conforme exemplo abaixo:

Anexo de Metas Fiscais


Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2008
(art. 4º, § 1º da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000)
Anexo III.a - Anexo de Metas anuais - 2008 a 2010 (preços correntes)
2008 2009 2010
Discriminação R$ % % %
R$ milhões R$ milhões
milhões PIB PIB PIB

2 2 2
I. Receita Primária 657.043,7 727.916,0 803.283,2
3,76 4,02 4,17

2 2 2
II. Despesas Primária 596.214,5 661.242,3 730.154,2
1,56 1,82 1,97

2 2 2
III. Resultado Primário (I-II) 60.829,2 66.673,7 73.129,0
0,2 0,2 0,2

- - -
IV. Resultado Nominal -30.760,0 -25.113,0 -16.214,0
1,11 0,83 0,49

2 2 2
V. Dívida Líquida (*) 748.247,0 769.442,0 781.609,0
6,55 4,89 3,02
(*) Deve considerar a Dívida Consolidada Líquida deduzidas as receitas de privatizações e os
passivos reconhecidos, decorrentes de déficits ocorridos em exercícios anteriores
Vale lembrar que constitui infração administrativa contra a LRF, nos termos do art. 5º da Lei
10.028/2000, a apresentação de proposta de LDO que não contemple as metas fiscais, e, que
compete também ao Poder Executivo demonstrar e avaliar junto ao Legislativo, ao final de cada
quadrimestre, o cumprimento parcial das metas de resultados primário e nominal (art. 9º, § 4º da
LRF).

2.5.6. LIMITAÇÃO DE EMPENHO E MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA


Uma vez estabelecida a meta de resultado primário, esta passa a orientar não só a
elaboração e aprovação do orçamento, mas também a execução.
A LRF remete à LDO a necessidade de que se estabeleçam a forma e critérios pelos quais se
dará a eventual limitação de empenho e movimentação financeira, caso em que se projete a
impossibilidade de realização das receitas necessárias para o alcance das metas fiscais (resultados
primário ou nominal).
O art. 8º da LRF exige que o Poder Executivo estabeleça em até 30 dias da publicação do
orçamento a programação financeira e o cronograma de execução mensal desembolso, bem
como as metas bimestrais de arrecadação. As metas devem ser verificadas por meio de relatórios
bimestrais elaborados pelo Executivo.

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Caso se verifique a não realização das receitas, que afete o cumprimento das metas de
resultado, todos os Poderes deverão proceder a limitação de empenho e movimentação financeira,
nos montantes necessários, em até 30 dias após a comunicação efetuada pelo Poder Executivo. O
valor a ser limitado deve ser calculado de forma proporcional às dotações aprovadas na lei
orçamentária, para cada Poder, na hipótese de não haver dispositivo que estabeleça forma ou
critério diverso de aplicação da limitação.
Os Poderes, de forma solidária, por meio destes procedimentos devem observar para fins de
cumprimento da lei que estão obrigados a comprometer ou empenhar menos do que o aprovado na
lei orçamentária, até que se reestabeleça a receita prevista originalmente.
É importante que se tenha clareza quanto à base de despesas sobre a qual será aplicada a
limitação de empenho e movimentação financeira. O art. 9º, § 2 da LRF, já define que não serão
objeto de limitação às despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente,
inclusive as destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela LDO. Uma vez
especificadas estas serão excluídas de eventual limitação ou contingenciamento.
- O que são obrigações constitucionais e legais?
São consideradas, por exemplo, as despesas com pessoal e encargos sociais, as
transferências intergovernamentais, como as decorrentes do Fundeb. Enfim, todas aquelas
obrigações definidas na legislação, que não dependem de atos discricionários ou da vontade
do administrador, estando incluídas nesta categoria as destinadas ao pagamento do serviço
da dívida pública.
- E as despesas ressalvadas?
Estas por sua natureza são discricionárias, entretanto, em razão de sua importância e
prioridade, podem ser discriminadas no texto da LDO, evitando que se lhes aplique eventual
limitação, preservando-se assim a execução dos recursos aprovados na lei orçamentária e em seus
créditos adicionais. Podem ser programas ou ações específicas, seja na área social ou de
infraestrutura, órgãos ou entidades, as quais se pretendem incentivar ou priorizar o desempenho e os
resultados, ou mesmo despesas financiadas com recursos destinados à contrapartida em convênios
com outras esferas de governo.

3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)

3.1. ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO - INTRODUÇÃO


Vale lembrar mais uma vez a nossa definição inicial de orçamento:
"a lei que, entre outros aspectos, exprime em termos financeiros a alocação dos
recursos públicos. Trata-se de um instrumento de planejamento que espelha as decisões
políticas, estabelecendo as ações prioritárias para atendimento das demandas da sociedade,
em face à escassez de recursos. Apresenta múltiplas funções - de planejamento, contábil,
financeira e de controle" (CIT)
Traduzindo, os recursos são escassos e as necessidades ilimitadas, daí a necessidade de se
estabelecer e ordenar prioridades. Quando tudo é prioritário pouco acaba sendo concretizado
Para assegurar estabilidade e qualidade na alocação de recursos públicos é preciso conjugar
os princípios de gestão fiscal e a promoção da eficiência e eficácia do gasto.
Os princípios de gestão fiscal, como os critérios para criação e o cálculo da margem de
expansão de despesas obrigatórias de caráter continuado, ou, os que tratam da concessão ou
ampliação da renúncia fiscal, significam a possibilidade de que uma parcela maior do orçamento se
destine a ampliação dos investimentos.

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Já a eficiência e eficácia, combinadas, tem por objetivo atribuir o maior valor possível a cada
centavo arrecadado obtendo como retorno o melhor resultado da sua aplicação, é a "qualidade do
gasto" em ação.

3.2. PRESSUPOSTOS
O processo de elaboração do orçamento tem uma etapa prévia que decorreu da
elaboração e aprovação da LDO.
Lá foram fixadas as diretrizes básicas, a estrutura do orçamento, as autorizações de
aumento das despesas com pessoal, as prioridades e metas e os aspectos fiscais, como as
metas de resultado primário e nominal.
A complexidade das tarefas e requisitos técnicos e legais envolvidos no orçamento requer um
planejamento consistente, com etapas, cronograma e responsabilidades definidas, para que se
encaminhe dentro do prazo legal a proposta orçamentária para o ano seguinte.
Na União, o prazo definido constitucionalmente é 31 de agosto, em cada Estado e nos
Municípios, a Constituição Estadual ou Lei Orgânica Municipal deve fixar este prazo.

3.3. FASES
Podemos caracterizar a existência de 02 (duas) fases na elaboração do orçamento.
3.3.1. FASE QUALITATIVA
Onde se dá a estruturação programática, ou seja, são propostos os programas e ações a
serem adotados no orçamento, compatíveis com os objetivos de governo e setoriais e com as
prioridades. Em geral é concomitante com a revisão do PPA, e antecede a fase quantitativa, podendo
repercutir na alocação de recursos para as diferentes áreas de governo.

3.3.2. FASE QUANTITATIVA


Nesta fase são estabelecidos os referenciais monetários agregados. Com base em
parâmetros macroeconômicos se estimam a receita, as despesas obrigatórias e os valores
disponíveis para custeio e investimento, observando o nível da meta de resultado.
São 03 (três) os principais componentes desta fase:
 Meta Fiscal (Resultado Primário)
 Estimativa das Receitas
 Fixação de limites à Despesa

3.3.2.1. META FISCAL


Objetivo
A meta de resultado primário é definida em função do nível de controle da dívida que se
pretende atingir (relação Dívida/Receita Corrente Líquida - RCL), financiando-se os gastos
governamentais por intermédio de tributos e/ou redução de gastos e evitando-se a elevação do
endividamento, que comprometa a capacidade orçamentária futura.
Resultado Primário = Receitas Não-Financeiras - Despesas Não-Financeiras

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Já o resultado nominal mede qual a efetiva necessidade de financiamento, ou montante de


empréstimos necessário para cobrir os compromissos com a dívida pública, em função do nível de
juros líquidos.
Resultado Nominal = Resultado Primário + Juros Nominais Recebidos - Juros Nominais Pagos

3.3.2.2. ESTIMATIVA DAS RECEITAS


É necessário nesta fase que se disponham dos principais parâmetros econômicos - Inflação,
PIB, Taxa de Câmbio, etc., a serem utilizados para previsão e o acompanhamento das receitas
(receitas tributárias, preços públicos, transferências e eventuais operações de crédito), no seu menor
nível. Seguindo os seguintes passos:

Análise retrospectiva
 Identificação do comportamento passado e dos efeitos atípicos na arrecadação passada.

Análise prospectiva
 Ajuste nos modelos de projeção.
 Reconhecimento de efeitos: Legislação e Parâmetros.
 No caso das receitas de transferências por repartição de tributos, acesso prévio aos
parâmetros e resultados das projeções adotados pela União e Estados, para cada item
transferido, face a seu significado para o financiamento das despesas.

3.3.2.3. FIXAÇÃO DE LIMITES À DESPESA


São duas as principais classes de despesas, com especificidades de tratamento e
projeção:
A. OBRIGATÓRIAS.
A determinação do montante das despesas obrigatórias é fundamental para o
prosseguimento do processo de alocação, pela sua rigidez e caráter compulsório.
 Pessoal e Encargos Sociais
Considerada a previsão com a folha de pagamento, o seu crescimento vegetativo, sentenças
judiciais e acréscimos legais, inclusive pelo aumento do Salário-Mínimo e as novas
incidências, tais como, os impactos com a realização de concursos, reestruturações de
carreiras e outros aumentos da despesas de pessoal, conforme autorizados na LDO.
 Manutenção da Previdência
Projeções atuariais e de comportamento da despesa.
 Vinculações Constitucionais
Aplicação das Disposições Constitucionais, nas áreas de Saúde e Educação.
 Amortização e encargos da Dívida
Projeções de pagamentos, de acordo com cronogramas contratuais e comportamento da taxa
de juros e inflação.
Vale lembrar que estas despesas não afetam o resultado primário, por serem de natureza
financeira.

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B. DISCRICIONÁRIAS NÃO-FINANCEIRAS.
Já estimadas as despesas obrigatórias, em seu menor nível, é preciso também que sejam
definidos, com base no disposto na LDO:
 Os recursos para atender as prioridades e metas, e
 O montante da reserva de contingência, definido em percentual da RCL, reestimada
por ocasião da elaboração do orçamento, a ser consignada no PLOA.
A partir destes dados obtêm-se os recursos disponíveis a serem alocados nas demais
despesas discricionárias, conforme o fluxo abaixo:
O saldo disponível para despesas discricionárias consiste nos recursos que irão comportar a
manutenção dos serviços públicos e obras de ampliação e expansão da capacidade, ou seja os
projetos e atividades dos diversos órgãos da administração.
Quanto maior o comprometimento com despesas obrigatórias ou vinculações, seja de
despesa ou de receitas, e com o pagamento da dívida, menor é a margem que se conta para o
custeio da manutenção de serviços públicos e para a ampliação da ação de governo, inclusive das
prioridades definidas na LDO.

3.4. PROCESSO DECISÓRIO E ENCAMINHAMENTO DO PROJETO DE LEI


ORÇAMENTÁRIA.
A etapa seguinte implica no processo decisório, no qual são distribuídos os limites para que
cada órgão e unidade orçamentária, a partir da avaliação da execução atual e do desempenho das
ações desenvolvidas, das prioridades de governo e setoriais e da programação constante do PPA,
proponha seu orçamento ao órgão central, responsável pela consolidação.
A partir daí, é feita a análise da consistência das propostas e são realizados eventuais ajustes
mediante um processo decisório final, com o intuito de corrigir ou realocar recursos.
Nas etapas finais, se dá a alocação das fontes de financiamento às despesas e a
consolidação final e a formalização, para o encaminhamento do Projeto de Lei Orçamentária Anual -
PLOA ao Legislativo, composto da Mensagem, texto do Projeto e dos quadros orçamentários,
conforme estrutura definida na LDO.
No texto do projeto de lei além da previsão da receita e da fixação da despesa, deverá
constar autorização para abertura de créditos orçamentários e, eventualmente, para a contratação de
operações de crédito.

3.5. DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO


Veremos nesta aula como se dá a discussão e aprovação do orçamento e quais as
possibilidades de alterações na Lei Orçamentária aprovada.
Começando com o processo legislativo de elaboração do orçamento.
No decorrer da discussão legislativa ocorre a possibilidade de ajustes na proposta
apresentada pelo Executivo, mediante a apresentação e aprovação de emendas parlamentares,
incidentes sobre o texto e sobre os programas de trabalho que constam de anexo próprio.

3.5.1. AS EMENDAS SÓ SERÃO ADMITIDAS SE:


 Forem compatíveis com o PPA e a LDO.
 Indicarem os recursos necessários, desde que não reduzam as dotações de
pessoal, serviço da dívida e transferências constitucionais (no caso da União).

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 Houver comprovado erro ou omissão de ordem técnica, no caso das reestimativas de


receitas feitas pelo Legislativo, comuns para possibilitar a ampliação de emendas à despesa.
A aprovação do PLOA deve se dar até o término da sessão legislativa em que foi
apresentado, para que a administração possa contar com o orçamento já aprovado no novo exercício
que se inicia.
Uma vez aprovado pelo Legislativo, o Poder Executivo tem 15 dias (art. 66, §1º da CF)
para sancionar o PLOA, com os eventuais vetos, incidentes sobre o texto ou seus anexos.
Possibilitando-se a partir daí o processo de execução da despesa.

4. CRÉDITOS ADICIONAIS
As alterações, após a sanção e transformação da proposta orçamentária em Lei, são
efetivadas por meio dos créditos adicionais, descritos na Lei no 4.320/64:
"[...] Art. 40. São créditos adicionais as autorizações de despesas não
computadas ou insuficientemente dotadas na Lei do Orçamento. (Lei nº
4.320/64)”.
Essas alterações se submetem ao mesmo processo legislativo e devem seguir a mesma
estrutura de classificação da despesa, adotados na LOA.
As causas para abertura dos créditos decorrem de diversos fatores, posteriores a aprovação
da Lei Orçamentária, tais como:
 variação de parâmetros adotados;
 erros de estimativa;
 reprogramação da execução de etapas ou fases das ações que possibilitam melhor
aproveitamento dos recursos financeiros alocados;
 alterações na legislação;
 novas iniciativas não previstas no processo de planejamento;
 eventos imprevistos que acarretam necessidade de atuação imediata do Estado.

4.1. CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS


Os créditos adicionais são classificados em:
4.1.1. Suplementares
Destinados a reforço de dotação orçamentária já consignada na LOA, a qual poderá conter
autorização para a sua abertura (prévia autorização) até determinada importância ou percentual, sem
que precisem se submeter novamente à aprovação legislativa.

4.1.2. Especiais
Destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Devem ser
autorizados por lei, dependendo da existência de recursos que amparem o seu financiamento.

4.1.3. Extraordinários
Destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, tais como em casos de guerra, comoção
interna ou calamidade pública. Podem ser abertos por Medida Provisória, no âmbito da União e dos
estados que possuam esse instrumento do Executivo, ou por Decreto, nas demais esferas
(4.320/64).

Ao contrário dos créditos suplementares, os especiais e extraordinário poderão ser


reabertos no orçamento seguinte, até o limite de seus saldos, tendo sua vigência prorrogada
além do exercício ao qual se referem, em hipóteses específicas, vejamos no quadro seguinte:

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Espécie Suplementares Especiais Extraordinário

Atender a programas
Atender a despesas
Finalidade Reforço do orçamento não contemplados no
imprevisíveis e urgentes
orçamento

Por decreto, com prévia


autorização, e até determinado Por meio de Medida
Por meio de lei
Autorização limite; por Projeto de lei, quando Provisória (União) ou
específica
não houver prévia autorização Decreto (Municípios)
ou superar o limite.

Indicação não
obrigatória (recomendada
Recursos Indicação obrigatória Indicação obrigatória
a utilização da reserva de
contingência)

Permitida para o Permitida para o


exercício seguinte, se exercício seguinte, se
Prorrogação
Não permitida autorizado dentro dos autorizado dentro dos
da Vigência
quatro últimos meses do quatro últimos meses do
exercício. exercício.

4.2. FONTES PARA ABERTURA


Desde que não comprometidos com outras finalidades, são considerados recursos para
abertura dos créditos adicionais:
4.2.1. O superávit financeiro
É a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, apurada no balanço
patrimonial do exercício anterior, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos
e as operações de crédito a eles vinculadas.
4.2.2. O excesso de arrecadação
É o saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a
realizada, considerada ainda a tendência do exercício.
4.2.3. A anulação de dotações orçamentárias
São os remanejamentos entre dotações orçamentárias, resultantes de cancelamento, parcial
ou total, de dotações autorizadas na lei orçamentária e em seus créditos adicionais para
suplementação de outras.
4.2.4. O produto de operações de crédito
Desde que autorizadas e atendidos os critérios para contratação definidos na LRF,
possibilitando o Poder Executivo de realizá-las.
4.2.5. A Reserva de Contingência
Para atender passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos (art. 5º,
inciso III, alínea b, da LRF).
4.2.6. Veto, Emenda ou Rejeição do PLOA
Os recursos que ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o
caso, mediante Créditos Adicionais, com prévia e específica autorização legislativa.

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O presente questionário deverá ser entregue até a aula do dia 13 Out 14, valerá
até 1,50 (um virgula cinco) pontos na nota final da A2, quem entregar após essa data
velerá no máximo 1,00 (um) ponto. Deverá ser observado o nível de acerto mínimo de
70% das questões.

QUESTIONÁRIO DE FIXAÇÃO DE CONTEUDO:

1) Quais são os instrumentos de planejamento preconizados no Art. 165 da Constituição Federal, e


qual a forma estabelecida para os mesmos?

2) De quem é a competência para propositura de projeto de lei que trate de Orçamento?

3) Segundo a constituição federal de 1988 qual é o papel do Plano Plurianual (PPA)?

4) Defina programas dentro da ótica orçamentária?

5) Quais são os tipos de Ação que podem existir dentro de um programa?

6) Segundo a constituição Federal de 1988, (art. 165, § 2) quais são as atribuições da Lei de
Diretrizes orçamentárias (LDO):

7) Qual a finalidade do Anexo de Metas Fiscais (AMF)?

8) Qual a finalidade do Anexo de Riscos Fiscais (ARF)?

9) Explique a limitação de empenho e movimentação financeira preconizada art. 8º da LRF?

10) Quais são as despesas obrigatórias que devem constar da proposta de orçamento?

11) O que são obrigações constitucionais e legais?

12) Qual o mecanismo utilizado para alterar proposta orçamentária antes de sua aprovação no
congresso nacional?

13) Quais são os tipos de mecanismos retificadores do orçamento após sua aprovação?

14) Quais são os critérios para admissibilidade de emendas à proposta de lei orçamentária (PLOA)?

15) Cite 02 (duas) fontes para abertura de créditos adicionais?

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