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ECA: Dinâmicas

Propostas de atividades para serem desenvolvidas com crianças e


adolescentes.
Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente do Butantã produziu este
material.

A seguir, você confere uma lista de dinâmicas feitas pelo Fórum dos Direitos da
Criança e do Adolescente do Butantã, que devem ser usadas com o objetivo de
inserir os participantes dentro do contexto dos direitos da criança e do
adolescente. Fica a critério do facilitador da atividade a utilização dos textos
relacionados abaixo, que servem como introdução para que crianças e
adolescentes conheçam seus direitos.

ECA: DIREITOS E DEVERES


OS DIREITOS DA CRIANÇA: DE PROPRIEDADES A CIDADÃOS
LIBERDADE E RESPONSABILIDADE
LIBERDADE E SOCIEDADE

1- DINÂMICA DO BRINQUEDO DE JORNAL

Proposta: resgate de um momento da infância, valorizando a importância do


brincar e do ser criança.

Desenvolvimento: cada participante monta com folhas de jornal um brinquedo


que tem ou que gosta. Alguns voluntários relatam brevemente porquê fizeram o
brinquedo.
Obs: colocar cantigas de roda de fundo.

Faixa etária: possível de ser realizada com qualquer faixa etária, adaptando a
linguagem e a condução da discussão.

2- DINÂMICA DA INFÂNCIA DE MASSINHA

Proposta: resgate de um momento da infância, valorizando a importância do


brincar e do ser criança.

Desenvolvimento: idem ao anterior, mas com uma massa feita pelos


participantes (2 medidas de farinha de trigo, 1 medida de sal e água). Fazem a
massa, montam o brinquedo/momento e apresentam.

Faixa etária: possível de ser realizada com qualquer faixa etária, adaptando a
linguagem e a condução da discussão. Mais recomendada até os 10 anos.
3- TRIBUNAL

Proposta: discutir os direitos das crianças e adolescentes, clareando os


argumentos que os legitimam.

Desenvolvimento: dividir a turma em dois grupos. Um grupo irá defender uma


proposta, por exemplo, de que "a criança tem direito a brincar" e o outro grupo
vai defender o oposto, de que "a criança não tem direito a brincar. À frente de
cada grupo é colocada uma bandeirinha e, quem quiser falar um argumento
para defender a proposta de seu grupo, pega a bandeirinha e fala. Depois é a
vez do outro grupo refutar o argumento e, assim continuamente. Depois, os
papéis podem ser trocados. Discutir sobre a facilidade ou dificuldade de
defender uma proposta que faz ou não sentido para o grupo. Discutir os
argumentos utilizados pelos grupos com base no Estatuto da Criança e do
Adolescente.

Faixa etária: possível de ser realizada com os grupos a partir dos 10 anos,
adaptando a linguagem e a forma de condução da atividade e das discussões.

4- SEMÁFORO

Proposta: verificar se os direitos e deveres que as crianças têm estão sendo


exercidos.

Desenvolvimento: cada criança receberá três pedaços de cartolina redondos


(1 verde, 1 vermelho e 1 amarelo). O professor fala ou escreve um direito ou
dever básico (também pode pedir para que as crianças falem, uma por vez) e,
as crianças levantam a cartolina verde se o direito está sendo exercido, a
vermelha se não e o amarelo se "mais ou menos" ou se tem dúvidas. Verificar
quantos levantaram de cada cor e fazer uma breve discussão.

Faixa etária: possível de ser realizada com qualquer faixa etária, adaptando a
linguagem e a condução da discussão. Mais recomendada até os 12 anos.

5- DEVER OU DIREITO

Proposta: identificar e diferenciar direitos e deveres.

Desenvolvimento: cada criança recebe dois pequenos pedaços de cartolina,


sendo um pedaço de cada cor, por exemplo, verde e amarelo. O verde poderá
identificar direitos e o amarelo deveres. O professor fala ou escreve um direito
ou um dever (também pode pedir que as crianças falem, uma por vez) e pede
que as crianças levantem um dos pedaços de cartolina, conforme elas acharem
que é um dever ou um direito. Verificar quantas levantaram de cada cor e fazer
uma breve discussão/reflexão.

Faixa etária: possível de ser realizada com qualquer faixa etária, adaptando a
linguagem e a condução da discussão. Mais recomendada até os 12 anos.

6- RUA DE LAZER (RESGATE DE BRINCADEIRAS INFANTIS)

O direito de brincar é verdadeiramente um direito básico de cada criança. As


crianças sem diversão, sem brinquedos, são crianças sem infância. Mas o valor
da brincadeira não se reduz à recreação. O jogo é um espelho da sociedade,
reflete seus valores básicos e os transmite à criança.

Se a saúde não significa apenas a ausência de enfermidades, mas a realização


de possibilidades de desenvolvimento de cada indivíduo na esfera física, social,
emocional, moral e cognoscitiva, a promoção da brincadeira faz, então,
indiscutivelmente, parte da medicina preventiva. Se fossem dadas a cada
criança as condições para um desenvolvimento humano saudável, estaríamos
no começo de uma maior igualdade, que inclui dar-lhes a possibilidade de
brincar.

Proposta: resgate de brincadeiras infantis e de rua, valorizando a importância


do brincar e do espaço comunitário.

Desenvolvimento: em algum lugar da escola, ou se puder isolar uma rua


próxima, ou uma praça, montar uma Rua de Lazer, com diversas atividades,
desde brincadeiras infantis até jogos esportivos.

Faixa etária: dependendo do espaço, possível de ser desenvolvido em


conjunto com diversas faixas etárias, adequando as atividades.

7- OFICINA DO ECA

1º- Sensibilização com a apresentação das declarações dos direitos universais


das crianças.

2º- Discussão, levantamento de questões fazendo um paralelo entre direitos


das crianças e a real situação daquelas que estão submetidas a condições
precaríssimas de vida.
3º- Em papel kraft, formam-se grupos que irão por no papel através de
símbolos, desenhos, palavras o que mais lhes chamou atenção na declaração.

4º- apresentação do ECA, o que é, como surgiu, leitura dos direitos e deveres
(síntese/texto base).

5º- Comentários sobre ação do Conselho Tutelar.

6º- Pesquisa em jornais e revistas sobre matéria que tratem sobre o tema e a
situação da criança e do adolescente hoje e os 10 anos do ECA.

7º- Formação de pequenos grupos ou duplas que escolherão a matéria que


mais lhes chamou a atenção.

8º- Leitura, discussão nos grupos, com a intervenção do professor.

9º- Registro - síntese a cercado que leram (informações e comentários).

10º- Correção dos textos.

11º- No laboratório de informática, digitação dos textos.

12º- Diagramação dos textos com figuras / fotos para montagem de um jornal
ou, de um painel/mural.

8- OFICINA SOBRE O ECA

A) Dinâmica sobre o Estatuto

Os participantes escreverão num papel os direitos que cada qual crê possuir,
dividindo-os entre:
- os que são reconhecidos facilmente;
- os que são reconhecidos com grande dificuldade ou que não são
reconhecidos;

Os participantes anotarão também os direitos dos outros que lhes custa aceitar
e reconhecer os direitos que são violados com maior freqüência.
Formar-se-ão pequenos grupos para trocar idéias sobre as anotações.

Questionamentos para provocar a discussão:


Por que alguns direitos são reconhecidos e outros não?
Por que existe a dificuldade em reconhecer que a criança e o adolescente são
cidadãos que tem direitos, apesar do ECA já existir há 12 anos?
Por que existem dificuldades para implantação do Estatuto pelo Poder Público?
Por que vacilamos em admitir os direitos dos outros e defendemos os nossos
acintosamente?

Após a discussão, a partilha será feita através da troca dos trabalhos entre os
grupos, num primeiro momento e a síntese das conclusões posteriormente.

B) Discutir eixos importantes do ECA

Em pequenos grupos, analisar o que o estatuto prevê e o que de fato acontece


em relação a alguns eixos, como educação, saúde, medidas sócio-educativas,
convivência familiar. Poderão discutir nos grupos o mesmo eixo e verificar as
conclusões semelhantes e diferentes ou, discutir eixos diferentes e, depois,
cada grupo explica para o restante da turma o que foi concluído.

Elaboração de um fanzine, de um mural ou de um painel que trará a síntese


dos trabalhos

C) Pesquisar sobre os órgãos mencionados no ECA

Pesquisar para o que são e para que servem o Conselho Municipal de Direitos
da Criança e do Adolescente (CMDCA); os Conselhos Tutelares e o Ministério
Público.

Pesquisar a importância desses órgãos para a fiscalização do cumprimento do


Estatuto e quais são as dificuldades desses órgãos?

9- OFICINA SOBRE PROTAGONISMO JUVENIL

1ª Etapa: conceituar o que é participação.

Numa folha grande de papel pardo os participantes escreverão o que cada um


entende por participação. Feito isso, uma pessoa lê em voz alta, enquanto o
coordenador sublinha os pontos que o grupo achou mais importante.

Leitura do Estatuto (artigos 15 e 16) e do artigo 21 da Declaração do Direitos


Humanos:
"1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país,
diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público de seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será
expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto
secreto, ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto."
Discussão de pontos como:
- Como é a nossa participação no cotidiano?
- A participação é importante para o exercício da cidadania?
- Em quais espaços e de que forma estamos participando das coisas que
acontecem na minha casa, na minha comunidade, na minha cidade, no meu
país?
- Como podemos melhorar a nossa atuação?

Dinâmica “Descobrindo nossos direitos e deveres”

Como brincar?
Um por vez, os alunos vão tirando uma ficha da caixa surpresa (que será um
dever ou um direito), cada um deve fazer uma mímica para que os outros
descubram o que é. Se alguém descobrir, escreve o que dizia na fichinha no
quadro, do lado certo, visto que o quadro está dividido no meio e de um lado lê-
se "Direitos" e de outro "Deveres". Se ninguém descobrir, quem fez a mímica
escreve no lado correto do quadro.

Fichinhas para o jogo:

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