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Curso de

APICULTURA BÁSICA

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na bibliografia consultada.

M
MÓDULO III

10ª AULA – PRODUÇÃO, EXTRAÇÃO E ANÁLISE DO MEL

O mel é o alimento energético das abelhas e estas necessitam deste


alimento para cumprir suas atividades diárias.
O apicultor retira apenas o excesso de mel produzido pelas abelhas e
armazena nos quadros de cera, para não provocar o enfraquecimento da colônia.
A atividade da apicultura pode ser uma atividade secundária, gerando renda
complementar para a família, ou a atividade principal, onde além de renda, gera
emprego e outros benefícios diretos ou indiretos para o apicultor, sua família e a
população em geral.
Para se tornar um apicultor basta gostar de abelhas, fazer um curso básico
de criação, começar com poucas colméias para se certificar de que é a atividade que
pretende desenvolver e obedecer às normas de boas práticas, higiene e legislação
vigente.
O apicultor pode ser artesanal, produzir mel de forma legalizada, porém sem
certificação. Esse mel poderá ser vendido apenas diretamente do produtor ao
consumidor. Para ser comercializado em lojas, supermercados, e demais
estabelecimentos comerciais, o mel deve ser inspecionado e ter o selo do SIM (Selo
de Inspeção Municipal), o SIE (Selo de Inspeção Estadual) ou o SIF (Selo de
Inspeção Federal).
Mais adiante falaremos sobre a legalização de sua atividade como apicultor!

Você pode iniciar sua produção com:

U Até 50 colméias:
• Atividade secundária;
• Mão-de-obra familiar.

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U De 51 a 100 colméias:
• Atividade secundária;
• Mão-de-obra familiar;
• Na safra contratam mão-de-obra de terceiros.

U Acima de 100 colméias:


• Atividade profissional;
• Mão de obra fixa;
• Contrato temporário e parcerias.

• Calendário apícola para o mel

O bom produtor de mel deve seguir um calendário apícola que pode auxiliar
o apicultor sobre a necessidade de estimular com alimentação artificial o
crescimento da colméia para entrar com uma população forte no pico de floração
das espécies melíferas mais importantes da região. Para isso, conhecer a flora
apícola regional é importante, bem como as épocas de floração, para definir sua
estratégia de produção apícola.
Não se pode esquecer, entretanto, que quem lida com a natureza está
sujeito a mudanças climáticas inesperadas, uma planta pode florescer antes ou após
o seu período normal, emitir poucas flores em determinados períodos, e também há
outras causas responsáveis pelas flutuações do mercado.
A existência de uma floração maciça em determinadas épocas garante a
produção de mel. É o que chamamos de florada de produção, florada de safra.
Florações esparsas e contínuas durante o ano não permitem a estocagem
de mel, mas garantem a manutenção das famílias neste período. É o que se
denomina florada de sustentação ou florada da entre safra.
Grandes áreas de monoculturas favorecem a apicultura migratória.

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Áreas de floradas variadas durante o ano favorecem a apicultura fixa e
diversas colheitas durante o ano.

Calendário apícola para a região do sul de Minas Gerais, Norte fluminense


(adaptado de NASCIMENTO JR, 2002).

O primeiro passo para obter mel é estabilizar as colméias. Seguindo o


calendário acima, podemos nos programar para:

™ Janeiro e fevereiro - alimentação estimulante (xarope e água com

açúcar e ração) - aplique, semanalmente, 1,8 litros de xarope água com açúcar
40% de concentração e ainda a aplicação de 250 gramas de ração;

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™ Março e abril – troca de quadros velhos. Como já vimos no módulo
passado, esse procedimento é indispensável logo no primeiro ano, para manter
colônias fortes, abelhas robustas e trabalhadeiras. Repetir a troca a cada dois anos;

Fonte: Bobány, 2006

™ Em maio – troca de rainhas. A troca de rainhas se faz necessária


quando a rainha está velha demais para manter a produção de crias. Após a revisão
bimensal rotineira, e na revisão pós-safra, verifica-se a necessidade da troca. Você
pode seguir dois processos para efetuar a troca:

U 1º Processo: Eliminação da rainha para a colméia produzir nova rainha

• Vamos orfanar a colméia eliminando-se a rainha; colocamos dois


quadros de crias novas de outra colméia. Como a colméia está órfã, as abelhas
nutrizes passam a alimentar as larvas de um dia com geléia real e as engenheiras
transformam favos comuns em realeiras para produzirem a nova rainha;

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Realeiras construídas na lateral do quadro
Fonte: Embrapa, 2007

• Aproximadamente após 17 a 18 dias nasce a nova rainha;


• Uma semana depois de nascida a nova rainha sai para fazer seu vôo
nupcial;
• Dois a três dias após a cópula, a rainha nova inicia sua postura;
• Nessa fase, devemos fornecer alimentação artificial para estimular a
postura da rainha;
• Um mês após ter orfanado à colméia, já tem uma nova rainha botando,
a colméia já estará mais forte para enfrentar o inicio da safra e a introdução de duas
melgueiras.

U 2º Processo: Introdução de rainha fecundada e selecionada. Para esse


processo, você já deve ter providenciado uma rainha fecundada e selecionada que
pode ser adquirida de produtores de rainhas selecionadas. Ou pode estar
produzindo em seu próprio apiário, rainhas para substituição. Mais adiante você vai
aprender a produzir rainhas.

• Vamos encontrar a rainha velha a ser trocada. Se você tiver dificuldade


para encontrá-la, pode entrar com um quadro de cria nova de outra rainha para

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atiçar a rainha a ser trocada que chega ao quadro estranho em, aproximadamente,
15 minutos;
• Capturada a rainha, que pode ser num vidro âmbar, numa pequena
gaiola própria ou numa caixinha de fósforos, aguardarem 24 h.
• Após esse tempo, descer ao apiário com a rainha a ser introduzida
presa na gaiola de Muller e a rainha a ser substituída presa numa caixa de fósforos,
levando extrato de menta e de hortelã em uma bombinha aerosol;
• Abrir a colméia órfã e aspergir com o extrato para confundir o cheiro
das abelhas. Nesse momento, você deve eliminar a rainha velha e esfregar suas
vísceras na gaiola Muller que contém a rainha nova a ser introduzida, para manter o
cheiro da rainha antiga;
• Tirar um quadro do centro, eliminar um pedaço do favo e encaixar a
gaiola Muller apenas com a rainha, eliminando as acompanhantes;
• As abelhas da colméia passam a comer a pasta Cândi (pasta
comercial) da gaiola Muller e, em duas horas, a rainha é libertada e, em 24 horas
passa a botar.

Rainha sendo acondicionada Gaiola com a rainha sendo


na gaiola introduzida na colméia
Fonte: Senna, 2007 Fonte: Senna, 2007

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Verifique que, no primeiro processo, o apicultor perderá aproximadamente
um mês entre a orfandade e a postura da rainha nova, e no segundo processo, isso
se dará em 48 horas.
Para atestar a presença e a postura das rainhas novas introduzidas ou
nascidas, fazer revisões simples no ninho para atestar a presença de crias novas –
filhotes de 1 dia.
O processo de introdução de rainhas fecundadas pode oferecer uma
margem de aproximadamente 10% de rejeição. Caso isso aconteça, faça novas
introduções.
Agora se inicia o período da safra, e suas colméias estão prontas para
produzirem mel.

Fonte: Bobány,2005

• Produção, extração e envase do mel

™ O trabalho da transformação de néctar em mel

Fonte: Propolis-sana, 2007


Fonte: Ambientebrasil, 2007 Fonte: Breyer, 2007

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Segundo a definição da FAO/OMS, 1974 e da Norma Regional Européia,
1969 o mel é uma “ substância açucarada obtida a partir do néctar das flores ou das
secreções provenientes de partes vivas das plantas ou que sobre elas se encontram
e que as abelhas melíferas libam.” Transformam e combinam com matérias
específicas, armazenando-a depois em favos da colméia. Isto é, as abelhas colhem
o néctar das flores, levam para a colméia, lá o néctar que é basicamente composto
de sacarose + 90% de água, sofre dois tipos de processamentos: um é um
processamento físico, onde o néctar é desidratado ao passar de boca em boca por
aproximadamente 15 abelhas, enquanto está também sofrendo um processamento
químico através da enzima invertase que desdobra a sacarose em glicose e frutose.
E enquanto colhem o néctar, também recolhem o pólen. Vejamos no exemplo abaixo
como isso se processa:

U A desidratação

U A conversão

Os quadros da melgueira devem estar maduros, ou seja, com 18% de água,


para que o mel possa ser colhido. Este se encontra nas células operculadas. Um

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quadro deve ser colhido quando estiver com pelo menos 70% de seus favos
operculados.
Quando o mel está ainda em favos abertos, está sofrendo processamento
pelas abelhas, isto é, ainda não alcançou a saturação. É o que chamamos de mel
verde, que devido ao seu alto teor de umidade, por volta dos 30%, pode sofrer
deterioração e contaminação.

™ Coleta do mel

Chegou, então, a hora de recolher os favos maduros e levá-los para a casa


do mel e o segundo passo é seguir os requisitos e procedimentos desde a coleta até
a chegada na casa do mel:

U Vestimentas – macacão para coleta, para revisão, para


limpeza e apetrechos;

U Fatores Climáticos – devido à característica higroscópica


do mel, evitar colher em dias chuvosos;

U Uso da fumaça – tomar cuidado com o tipo de


combustível do fumigador e procurar usar pouca fumaça devido à
característica aromática acentuada e facilidade em absorver odores que
tem o mel;
• Uso de serragem de madeira não tratada;
• Não direcionar diretamente a fumaça;

U Seleção dos quadros – procure não colher:


• Quadros com crias em qualquer fase de
desenvolvimento;
• quadros com grande quantidade de pólen armazenado;
• Mel verde;

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Fonte: Bobány, 2006

U Prática na colheita – no campo, você deve procurar


otimizar sua colheita fazendo uso de alguns recursos que facilitam o
trabalho:
• Uso de padiolas para transporte das melgueiras até o
veículo;
• Uso de suporte ou cavalete ao lado do ninho para apoiar
a melgueira dentro de uma bandeja de aço;
• Uso de tampa para as melgueiras;

U Cuidados com veículo e transporte – o veículo para


transportar o mel do apiário até a casa do mel deve ser higienizado e
usado apenas para o transporte de mel;
• O compartimento que vai transportar o mel deve ser
forrado com lona ou plástico;
• O compartimento deve ser fechado ou coberto com lona;
• Procurar não efetuar esse procedimento debaixo de sol.

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O terceiro passo para produzir mel é levar as melgueiras para a sala do mel.
Na casa ou sala do mel, existe todo um fluxograma a seguir para se extrair e
embalar o mel.

™ Extração, processamento e envase do mel

Segundo a ANVISA, a classificação do mel, de acordo com o processo de


obtenção:
U Mel virgem - produto que flui
espontaneamente dos favos, quando
desoperculados;
U Mel centrifugado - obtido por
processo de centrifugação;
U Mel prensado - obtido por
Mel escorrido
compressão a frio;
Fonte: Embrapa, 2007
U Mel em favos - mantido dentro
dos próprios favos.

O método mais tradicional de se extrair mel é através da centrifugação. Para


esse método, deve-se seguir a seqüência seguinte:
U Desoperculação dos quadros;
U Centrifugação;
U Decantação;
U Envasamento.

1.Desoperculação dos quadros

Ao chegarem do apiário, os quadros repletos de mel devem ser


desoperculados para irem à centrífuga. Dependendo do tamanho e da produção da

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sua casa do mel, você pode usar para desopercular os quadros de favos, o método
manual, que se faz com faca e garfo. O quadro é mantido quase na vertical, apoiado
numa lateral pequena, e a faca é passada logo abaixo da cobertura, de forma a
remover as tampas sem prejudicar demais os alvéolos, para que o favo possa ser
reaproveitado. Essa operação pode ser feita numa mesa desoperculadora ou
mesmo sobre um recipiente largo, como uma bacia, que recolha a cera retirada e o
mel que escorre.
Existe uma faca especial de desoperculação que é aquecida eletricamente,
o que ajuda a cortar a cera. Existem, também, desoperculadores motorizados, com
escovas ou lâminas que removem os opérculos, e se destinam a grandes produtores
ou entrepostos.

Mesa desoperculadora
Fonte: Metalinoxrs, 2007

Fonte: Amelzonia, 2007 Desoperculação com faca desoperculadora


Fonte: Guerreirosdacolheita, 2007

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2. A centrifugação das melgueiras

Existem dois tipos de métodos de centrifugação e alguns tipos de


centrífugas, uma para cada necessidade.

U Centrífuga radial
• Coloque os favos no encaixe interno;
• Gire a centrífuga por 8 minutos, em média rotação;
• Retire os quadros.
U Centrífuga facial
• Coloque os favos no encaixe interno;
• Gire a centrífuga por 60 segundos, em média rotação;
• Pare de girar e vire o lado da face do favo;
• Gire novamente por 2 minutos em alta rotação;
• Pare e vire o favo de novo;
• Gire novamente por mais 2 minutos em alta rotação.

Centrifuga radial do mel Centrífuga facial


Fonte: Senna, 2007 Fonte: padiway, 2007

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O mel ao sair da centrífuga é imediatamente coado em peneira própria e
encaminhado ao decantador.

3. Decantação do mel

Fonte: Apilani, 2007

Para essa etapa você deve usar um decantador e deixar o mel decantando
aí, por 96 horas.
Se você não dispõe do decantador, deixe o mel decantando em baldes
atóxicas próprios para essa finalidade, com capacidade para 25 quilos, durante uma
semana.
Um decantador é um tanque com tampa e torneira. O mel é deixado nele por
alguns dias para que as impurezas que sobraram da filtragem se depositem no
fundo ou subam à superfície (junto com as bolhas de ar). Depois desse período, o
mel pode ser embalado. Como essa torneira se localiza um pouco acima do fundo, o
mel que passa por ela é o mais puro possível, exceto bem no final.
Após a decantação, o mel é levado para tanques homogeneizadores, que
possuem pás rotatórias que homogeneízam o mel padronizando cor, aroma e sabor.

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Os últimos passos na produção do mel são o envase, a rotulagem e a
armazenagem em ambiente climatizado a 18º centígrados. Depois disso, é a
comercialização, que veremos mais adiante.

4.Envase do Mel

O mel pode ser comercializado a granel ou fracionado. O mel em favos e o


mel com pedaços de favos só devem ser acondicionados em embalagens
destinadas para sua venda direta ao público.
U As embalagens devem ser novas e não recicladas, de
preferência de vidro e de boca larga;
U A estocagem do mel deve ser em baldes atóxicos de 25 quilos.

5.Rotulagem do Mel

U Rotulagem é toda
inscrição, legenda, imagem ou
toda matéria descritiva, ora
gráfica, escrita, impressa,
estampada, gravada (em relevo
ou litografada) ou colada sobre
a embalagem do alimento.

Fonte: Breyer, 2007

• Características gerais do Mel

O mel é um produto de origem animal e, devido a isso, está sujeito à


fiscalização e controle de qualidade. As amostras de mel são recolhidas dos
estabelecimentos comerciais e submetidas a testes para análise.

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U O mel não poderá conter substâncias estranhas à sua composição
normal, nem ser adicionado de corretivos de acidez;

U Poderá se apresentar parcialmente cristalizado e não apresentar


caramelização nem espuma superficial;

U É permitido o aquecimento do mel até o máximo de 70ºC, desde que


seja mantida a sua atividade enzimática;

U É proibida a adição de corantes, aromatizantes, espessantes,


conservadores e edulcorantes de qualquer natureza, naturais e sintéticos.

™ Características organoléticas

U Aspecto: líquido denso, viscoso, translúcido ou parcialmente


cristalizado;
U Cor: levemente amarelada a castanho-escura;
U Cheiro: próprio;
U Sabor: próprio.

™ Características físico-químicas

U Reação de Fiehe: negativa


U Reação de Lugol: negativa

™ Características microbiológicas

U Salmonelas, ausência em 25 g;

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U Apresentar ligeira caramelização;
U Apresentar poder distásico baixo ou nulo, como conseqüência do
aquecimento à temperatura superior a 70ºC

™ Características microscópicas

U Ausência de sujidades, parasitos e larvas;


U Presença de grãos de pólen, de forma variável, redondos, triangulares,
ovóides, cúbicos, alongados, poliédricos e outros;
U Poderá conter cristais de glicose com a forma de lâminas largas,
irregulares ou alongadas;
U O mel não purificado poderá apresentar partículas de cera.

™ Rotulagem

U O rótulo deverá trazer a denominação "Mel" seguida da classificação


(florada);
U Será optativa a declaração de sua qualificação de acordo com o
processo de obtenção;
U O mel proveniente de abelhas indígenas deverá trazer no rótulo
indicação clara.

™ Qualidade do Mel

U O teor de água condiciona a qualidade inicial. A legislação admite um


teor máximo de 20%, mas o ideal é 18% porque, quanto mais elevada a umidade,
maior é o risco de fermentação.

U A quantidade de leveduras presentes no mel é igualmente um


elemento determinante:

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• Umidade inferior a 17,1%: qualquer que seja seu número, as leveduras
não podem se multiplicar devido à pressão osmótica, portanto, o mel não pode
fermentar;
• Umidade de 17,1 a 18,0%: não haverá fermentação se o número de
leveduras for inferior a 1000 por grama. Se for superior, haverá fermentação.
• Umidade de 18,1 a 19,0% não haverá fermentação se o número de
leveduras for inferior a 10;
• De 19,1 a 20,0% não haverá fermentação se o número de leveduras for
inferior a 1;
• Acima de 20%, haverá risco de fermentação em todos os casos.

U O mel operculado só terá umidade abaixo de 18% se a umidade


relativa não for superior a 60%.

U O mel não é como o vinho, não melhora com o envelhecimento, este,


pelo contrário, trará conseqüências sobre o aroma, gosto, a cor, tornando-a cada vez
mais escura. Após algum tempo, o mel poderá sofrer modificações químicas e, é
comum, o aparecimento do Hidroximetilfufurol (HMF), um derivado químico de
açúcares. A medida da taxa do HMF pode ser considerada como um índice de
envelhecimento.

A cristalização do mel tem sido mal interpretada pelos consumidores. A


cristalização do mel é um certificado de sua pureza, pois méis adulterados não
cristalizam, açucaram. A cristalização ocorre devido à separação da glicose (forma
líquida) formando hidrato de glicose (forma sólida). Alguns tipos de mel cristalizam
mais rapidamente e isso depende da florada em que as abelhas retiraram o néctar.
São fatores de cristalização do mel:

U Temperatura abaixo da temperatura da colméia;

U Composição e condições de armazenamento do produto;

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U Proporção entre os dois principais açúcares do mel: frutose e glicose;

U Presença ou ausência de cristais primários (chamados de "sementes


de cristalização ou núcleos de cristalização");

U As partículas em suspensão (impurezas, grãos de pólen e bolhas de


ar) induzem à formação de cristais pelo efeito denominado de nucleação.

• Descristalização do Mel

Para descristalizar o mel, segue-se o mesmo princípio de qualquer alimento:


quanto maior for a temperatura, menor deve ser o tempo de aquecimento.

Temperatura ( º C ) Tempo (minutos)


52,0 470
54,5 170
57 60
59,5 22
62,5 7,5
65,5 2,8
68 1,0
71,1 24 segundos

11ª AULA – PRODUÇÃO E EXTRAÇÃO DE PRÓPOLIS

A palavra própolis - do grego pro, em defesa de e polis a cidade -


define bem a utilidade desse produto para as abelhas. A própolis é usada, pelas
abelhas, para cobrir frestas, buracos, espaços; na assepsia de corpos de animais

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que morrem dentro da colméia e não podem ser removidos por elas, e outras
utilidades ainda não bem estudadas.
Para o homem, é utilizada desde tempos remotos, quando os sacerdotes do
antigo Egito embalsamavam os seus mortos.
Ela é produzida a partir de resinas de brotos, exudatos e outras partes do
tecido vegetal acrescentado de enzimas salivares, cera, pólen e materiais
inorgânicos para a confecção final deste produto.
A bruta encontra-se no estado sólido, sendo dura a 15°C e maleável a partir
dos 30°C. A própolis verde é uma substância resinosa produzida pelas abelhas a
partir do alecrim do campo (Braccharis dracunculifolia) e reúne, dentre todas as
própolis existentes, a maior concentração, em sinergia, de substâncias bioativas com
ação eficaz no organismo.
Para se obter a própolis, podemos raspar as partes da colméia onde haja
propolisação, porém, comercialmente falando, isso não é produtivo.

• Produção de Própolis

Para se produzir própolis é necessário instalar um apiário próprio para esse


produto. A princípio, o apiário para produzir própolis é montado idêntico como para a
produção de mel.
Apenas substituímos as melgueiras por CPI (coletor de própolis inteligente),
uma melgueira diferenciada para coletar própolis, já que o mercado atual valoriza o
material em placas, pois tem uma apresentação mais higiênica e menos susceptível
de alterações. Substituímos, portanto, as melgueiras por CPI com as ripas fechadas.

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Coletor Fonte: Casanativa,
Pirassununguense 2007
Fonte: Apacame, 2007

U A partir da terceira melgueira, a colméia vai para local sombreado,


seguindo o calendário apícola para própolis, para chegar na entrada da entre safra
do mel, novembro, dezembro, na região sudeste, com o máximo de melgueiras
possível;

U Usar nas melgueiras apenas oito quadros para as abelhas não


grudarem a própolis nos quadros das extremidades;

U Seguindo o calendário apícola para própolis, com a chegada das


chuvas, no início da safra, abrir as ripas da CPI e passar a alimentar com alimento
artificial colocado em comedouros coletivos bem próximos ao apiário. Para que as
abelhas se dediquem a produzir própolis sem se preocupar em visitar flores para
colher néctar.

U Alimentá-las no cocho, com garapa, diariamente, para poder colocar


mais melgueiras ou CPIs abertas;

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U Semanalmente colher as tiras de própolis, seguindo todo um ritual de
higiene e técnica.
U Para colher a própolis, vá em dupla, ambos com EPI e bandeja com
tampa para recolher as tiras, mesa ou cavalete para apoiar a bandeja, faca, estilete,
formão e outros.

Fonte: Bobány,

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• Calendário Apícola para própolis

Fonte: Adaptado de Nascimento Jr., 2005.

U Pacientemente vá raspando as tiras, com cuidado para não quebrar.


Própolis em tiras inteiras valem mais que em cavacos.

Fonte: Bobány,

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U Vá arrumando as tiras ou os cavacos em bandejas próprias, limpas e
com tampa, para levar para o beneficiamento.

Própolis Brown em cavaco


Fonte: Apiguarda, 2007

Própolis verde em fitas


Fonte: Apacame, 2007

U A própolis recém colhida deve, obrigatoriamente, ficar em ambiente


arejado por 24 a 48 horas, de preferência local fresco e sombreado para a perda do
excesso de água, que pode levar à formação de bolores. Esse local pode ser sobre
uma mesa colocada na varanda de sua casa ou sítio.

U Após esse período, coloque a própolis em sacos virgens, retire o ar do


interior do saco e leve ao freezer (-5 graus). Ao retirar a própolis do freezer, por
qualquer razão, deixe- a voltar à temperatura ambiente antes de abrir o saco, para
evitar a formação de bolhas d'água.

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A própolis limpa, classificada, pronta para estocar
Fonte: Mnpropolis, 2007

• Extração do princípio ativo da própolis

A maneira mais comum para se extrair os princípios ativos da própolis bruta


é por extração simples, conhecida como maceração.

™ Extrato de própolis a 30% (um litro)

U Ingredientes:
• 300 gramas de própolis brutos;

• 1 litro de álcool de cereais;

• 1 liquidificador;

• 1 vidro com tampa rosqueável de capacidade 1,5 L;

• kit completo de manipulação: touca, máscara, avental e luva;

• 40 vidros âmbar de 20 ml com conta-gotas e tampa.

U Modo de preparo
• Retire toda a impureza da própolis (pedaço de cera, favos,

folhas, abelhas mortas);


• Vista o kit de manipulação;

• Despeje no liquidificador 1 porção de própolis e 1 porção de

álcool;
• Bata até estar bem triturado;

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• Despeje o conteúdo no vidro com tampa rosqueável;

• Vede bem o vidro;

• Deixe curtir por 60 dias, agitando dia sim dia não;

• Filtre em coador de papel;

• Embale nos vidros de 20 ml;

• Rotule indicando a data do preparo e a validade (2 anos);

• Guarde os vidros em lugar fresco.

Sala de maceração e envase da própolis


Fonte: Mnpropolis, 2007

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12ª AULA – PRODUÇÃO E EXTRAÇÃO DE PÓLEN

Pólen é o elemento reprodutivo masculino das plantas mais evoluídas do


sistema biológico vegetal; é um pequeno grânulo de dimensões microscópicas, em
média 50 micra.
A manipulação do pólen na flor é feita pela língua e mandíbulas, que são
usadas para lamber e mordiscar, até que os grãos de pólen se adiram às partes da
boca umedecendo-se totalmente. A massa resultante adquire uma aparência mais
úmida e tonalidade opaca.

Abelha visitando flor e o pólen se adere aos pêlos


Fonte: Infobibos, 2007

A abelha coleta o pólen das flores, que adere aos pêlos do seu corpo
quando em contato com os estames, escovando-se com os "pentes tibiais" e
aglutinando os grãos em "bolotas" ou grânulos, que são transportados nas
corbículas das patas posteriores.

Abelha visitando flor com o pólen acondicionado nas corbículas


Fonte: Geociies, 2007

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Para fabricar uma boa carga de pólen, uma abelha pode gastar de 6 a 10
minutos ou até 187 minutos. Entre 50.000 a 54.000 cargas de pólen são trazidas à
colméia diariamente. O número de viagens por dia pode ser de 6 a 8 ou mais de 47
e o peso das cargas oscila entre 12 a 29 mg em peso úmido ou de 8,4 a 21,4 mg em
peso seco.
Chegando à colméia, as abelhas adicionam néctar e mel à massa de pólen,
transformando-o de flor em pólen de abelha. Após a transformação, essa massa é
armazenada em células ,nos favos de aprovisionamento dentro da colméia.
O pólen é a única fonte de proteínas, gorduras, minerais e vitaminas,
elementos necessários durante a produção do alimento larval e para o
desenvolvimento de abelhas recém nascidas.
Este pólen apresenta mudanças em suas propriedades físicas e químicas, e
as novas qualidades lhe dão o caráter de "pão de abelhas", que deve ser
reconhecido mais como pólen pré-digerido.

Pólen apícola estocado nos favos dentro da colméia


Fonte: Tvcultura, 2007

• O pólen para o homem

É o alimento mais completo e valioso da natureza. Contém água, glicídios,


libidos, proteínas, vitaminas, minerais e oligoelementos, enzimas, celulose e fibras.

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Um quilograma de pólen tem 3 vezes mais proteína que a mesma quantidade de
carne de vaca.
O pólen é extraído através de coletores instalados no alvado da colméia ou
que substituam o alvado. Uma em cada seis pessoas sofre de alergia sazonal ao
pólen (febre do feno), em vista da profusão de pólen que as plantas liberam no ar.
Por isso, deve-se sempre consultar um médico antes de consumir esse excelente
produto.

• A Extração do pólen

Existem equipamentos adaptados às colméias com a finalidade de extrair o


pólen que a abelha coleta das flores, antes dela entrar na colméia. São chamados
de coletores de pólen, compostos de orifícios circulares de 5 mm, ou malha de
arame com aberturas de 4 X 4 mm; ao passarem as abelhas com as corbículas
cheias de pólen, eles impedem essa passagem, espremendo as corbículas, retendo-
as numa bandeja coletora.

U Alguns inconvenientes são detectados nessa técnica;


• Reduzem notavelmente a ventilação da colméia,

• Produzem a morte por asfixia das abelhas, especialmente dos zangões,

• Causam problemas de mutilação das abelhas.

Malha coletora de pólen Trampa coletora de pólen


Fonte: Casadelaapicultura, 2007 Fonte: Casadelaapicultura, 2007

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™ Fatores que influenciam a coleta do pólen

U Tipo de trampa (capacidade);

U Umidade do pólen (numa umidade alta, deve-se coletar


com maior freqüência);

U Clima (em períodos chuvosos deve-se coletar diariamente


para evitar a fermentação);

U Tamanho da colméia (colméias com 3 câmaras de cria


requerem coleta diária);

U Temperatura - a ideal para a coleta é de 10 a 30ºC;

U Secagem.

Equipando a melgueira coletora de pólen Gaveta coletora de pólen


Fonte: Senna, 2007 Fonte: Senna, 2007

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Como, ao colhermos o pólen trazido pelas abelhas, estamos também lhes
tirando a fonte de proteínas, necessária para sua alimentação, devemos substituir o
pólen retirado por alimento proteico.

™ Procedimento

U Diariamente, logo após a retirada do pólen das gavetas


das trampas, estas devem ser limpas e higienizadas;

U O pólen colhido e retirado das trampas deve ser


transportado em baldes plástico, com tampa, cuja capacidade não deve
ser superior a 2,5kg de pólen, para não ocorrer o “pelotamento”;

U Ao chegar na sala de beneficiamento, retirar as impurezas


(abelhas, formigas);

U Congelar o pólen em bandejas de plástico, com


capacidade de 2,5 kg. Com uma colher de sopa, após uma a duas horas,
mexer para melhorar o congelamento e evitar o “pelotamento”. Após mais
duas horas, acondicionar em baldes plásticos com tampa, com capacidade
de até 10 kg de pólen;

U Ao ser retirado do freezer, o pólen deve ser deixado à


temperatura ambiente por 3 a 4 horas, sendo depois seco:
• Ao ar, à sombra - faz perder água sem risco de perder

propriedades terapêuticas por ação dos raios ultravioleta;


• Secagem artificial - secadores de ar quente a 40ºC por um

período de 12 a 48 horas. Com um máximo de 4% de água, a secagem

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permite conservar o pólen por grandes períodos de tempo (mais de 12
meses);

U Após seco, realiza-se a limpeza final, podendo usar


peneiras para classificar o pólen bem como usar ventilação forçada para
separar asas e pernas de abelhas do pólen;

U A limpeza do pólen pode ser manual, mediante o uso de


pinças ou mecanizada (esteiras para seleção de pólen). A esses dois
processos dá-se o nome de catação;

U Depois de catado e selecionado o pólen deverá ser


envasado em sacos plásticos, hermeticamente fechados, com capacidade
de 1,0 , 2,0 ou 3,0 kg para o comércio atacadista, e 50g, 100g ou 150g
para o varejista; em potes, de preferência de vidros opacos para melhor
proteção do produto.

Fonte: Cuencarural, 2007

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13ª AULA – PRODUÇÃO E EXTRAÇÃO DE CERA

A cera é um produto da secreção de oito glândulas ao 18º dia de vida da


abelha, produzida a partir do néctar das flores. É uma substância oleosa, que se
solidifica em forma de lâminas delgadas, quase transparentes.
As glândulas ceríferas secretam a cera na forma líquida que na superfície
externa do tegumento se evapora, deixando as placas de cera. Cada placa é feita de
uma ou mais secreções, possuindo uma espessura de 0,6 a 1,6 mm com peso
médio de 1,3 mg. Com a ajuda das patas traseiras, a abelha traz a cera até à boca,
onde são amassadas e moldadas, utilizando a secreção das glândulas
mandibulares. Esta cera é então utilizada pelas abelhas, na construção dos favos.

Cera em favo
Fonte: Wikimedia,
2007

Fonte: Saúde Animal, 2007

Construção dos favos pelas operárias


Fonte: Breyer & Cia, 2007
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No Brasil, a produção de cera é, atualmente, um dos melhores investimentos
do setor de agronegócio apícola. O consumo de cera cresceu substancialmente,
gerando uma explosão no preço do produto em mais de 200% , em menos de 2
anos.
O apicultor reutiliza a cera fabricada pelas abelhas na construção dos favos,
para, após extrair o mel, derretê-la, e produzir, a partir daí, a cera alveolada para
compor os quadros novos que irão de volta para as colméias.

Lâminas de cera alveolada


Fonte: Apilani, 2007

Mas não é só o segmento apícola que utiliza a cera das abelhas, outros
segmentos agropecuários e industriais também a utilizam, como a indústria de
cosméticos, a indústria farmacêutica, a indústria de móveis e salões de beleza.

Velas ornamentais
Fonte: Apiguarda, Hidratante em barra de cera de
2007 abelha
Fonte: Africanart, 2007

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Os favos que chegam do apiário, cheios de mel, serão centrifugados para a
extração dele e, em seguida, derretidos para depois serem vendidos ou trocados em
blocos brutos; laminados e vendidos ou reaproveitados dentro do próprio apiário; ou,
além de laminados, alveolados e vendidos ou aproveitados dentro do apiário; ou
vendidos para indústrias.

Cera derretida Fonte: Wikimedia, 2007


Fonte: Pronatu, 2007

• Produção de cera

Para ser um apicultor produtor de cera, é necessário montar um apiário


específico. Estas colméias podem ser criadas até em recintos, como estufas,
fechadas e climatizadas, já que, para produzir cera, ao contrário do que para a
produção de própolis, é necessário clima quente.

™ Características necessárias para se montar um apiário produtor de


cera

U Só é viável economicamente a partir de 50 colméias;


U 5 melgueiras por colméia;

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U Mais de 100 mil abelhas por colméia;
U Rainha nova que não precisa ser selecionada, mas que tem que ser
trocada de 8 em 8 meses;
U Quadros novos com menos de 1 ano geram abelhas saudáveis e
grandes, capazes de construir favos rapidamente;
U Alimentação diária no cocho: ração e garapa;
U Local quente com temperatura média acima de 28 graus;

™ A alimentação artificial

U Garapa de cana;
U Concentração de açúcar na garapa: 15%
U A velocidade de absorção, pelas abelhas, dispensa a fervura da
garapa;
U Qualquer tipo de alimentador, de preferência o coletivo, se não houver
outros apiários num raio de 1.500 m;
U Dimensões do cocho: 2,0 X 1,0 X 0,20;
U Distância do cocho: a 20 m do apiário;
U Para ração em pó: cochos coletivos especiais para ração.

Alimentadores coletivos modelo Viçosa


Fonte: Senna, 2007

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U Manejo alimentar no início da criação (para 50 colméias)

O fornecimento de garapa vai aumentando conforme o número de


melgueiras que colocamos em cima do ninho, pois à medida que as abelhas vão
enchendo as melgueiras. O número de indivíduos na colméia também vai
aumentando (a colméia vai ficando mais forte) e por isto precisa de mais alimento
(começamos com 1 melgueira e quando esta estiver cheia, colocamos a segunda e
assim por diante).

• 1ª melgueira – aproximadamente 80 litros garapa / dia (cada colméia


consome pouco mais de 1 litro / dia)
• 2ª melgueira – 120 litros / dia
• 3ª melgueira – 180 litros / dia
• 4ª melgueira – 200 litros / dia
• 5ª melgueira – mais de 250 litros / dia

Após os 45 dias cada colméia já possui mais de 140 mil abelhas, já estão
com 5 melgueiras cheias e consomem mais de 250 litros de garapa ao dia.

U Manejo após 45 dias


• Colher todo o mel (melato, pois, não é feito do néctar e sim da garapa)
das 5 melgueiras, picando os favos e escorrendo-o;
• Prensar os favos;
• Voltar com as 5 melgueiras vazias em cada colméia;
• Administrar 7 litros de garapa / colméia / dia;
• Alimentar diariamente com garapa e com o melato colhido.

™ Manejo dos quadros para produção de cera

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U Nos primeiros 30 a 45 dias, fornecer quadros sem arame, com apenas
1 cm de cera alveolada para servir de guia para as abelhas;
U Após 45 dias não é mais necessário colocar tirinha de cera no quadro;
U Com 45 dias (140 mil abelhas e já estão com 5 melgueiras cheias),
espera-se que a produção seja de 6 quilos de cera / colméia / mês ou 300 kg / 50
colméias / mês
U No início da produção de cera o tempo para obtenção da mesma é de
aproximadamente 60 dias, pois as colméias ainda estão fracas e as melgueiras vão
sendo colocadas uma por vez;
U Após este primeiro processo, o tempo para obtenção de cera é de 30
dias, ou seja, a cada 30 dias os quadros (das 5 melgueiras) serão retirados, o mel
escorrido e a cera beneficiada para venda.

• O beneficiamento da cera

Após a retirada do mel dos quadros das melgueiras (pica-se os favos ainda
com mel, deixa-se o mel escorrer e depois se prensa os favos para finalizar a
retirada, mas os quadros também podem ser centrifugados e posteriormente os
favos derretidos) deve-se proceder a homogeneização.

™ Homogeneização - Até 30 colméias

U Material necessário:
• Fogão industrial ou fogão à lenha;
• Lata de 20 litros ou superior;
• 2 panos de saco;
• 1 metro de arame;
• Alicate;
• Madeira de fácil combustão;
• Fósforo;
• Peso grande com, no mínimo, 3 Kg;

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• Ou derretedor de cera solar.

U Procedimento
• Se você não tem a panela derretedora, coloque a cera recolhida dos
favos dentro dos dois sacos de lona e amarre bem a boca do mesmo. Coloque os
sacos com a cera dentro, no interior da lata com água e leve ao fogo. Ponha um
peso sobre os sacos para mantê-lo no fundo e dar forma à cera. Aqueça bem a
água até a cera derreter. Retire do fogo e aguarde até ela endurecer ou use o
derretimento de cera com derretedor solar

Derretedor de cera
solar
Fonte: Apacame, 2007

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™ Homogeneização – Mais de 30 colméias

U Material necessário
• Fogão industrial ou fogão à lenha;
• 1 derretedor de cera semi-industrial;
• 1 bacia de alumínio grande (20 litros);
• Material de fácil combustão em
Modelo de derretedor
abundância e fósforo. de cera
U Procedimento Fonte: Crieabelhas,

• Coloque a cera picada no compartimento superior e água no


compartimento inferior. Leve ao fogo e recolha a cera derretida em recipiente
próprio.

Derretedor de cera a vapor


Fonte: Apacame, 2007

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Com mais de 30 colméias você deve investir num
derretedor automático.

Derretedor de cera
elétrico
Fonte: apilani, 2007

Derretedor de cera nos quadros, modelo


Viçosa
Fonte: Senna, 2007

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• O Negócio

U Troca de cera em barra por cera alveolada (25%), se você não possui
um rolo alveolador;

U Laminação da cera para utilização em seu apiário. Derreter a cera e


com uma ripa de madeira na largura do quadro da melgueira, introduzir a ripa na
cera quente e retirar para secar; reintroduzir e retirar de novo, até obter a espessura
desejada. Depois, é só soltar da ripa. Se você tiver um rolo alveolador, pode já
produzir cera alveolada para vender e para uso próprio;

U Grandes produções vendem a cera bruta para:


• Aplicação em cosmetologia - a cera de abelha é utilizada para cuidar da
pele delicada, especialmente quando está seca e desvitalizada;
• Uso como cera depilatória - a depilação a quente feita com cera de
abelha, auxilia na dilatação dos poros, facilitando a extração do pêlo por inteiro,
enfraquecendo-o e retardando o seu crescimento. Além de deixar a pele macia, a
depilação com cera quente não provoca alergia nem os ferimentos normalmente
causados pelo uso de lâmina;
• Polimento de metais e madeiras, como isolador de bobinas, na
galvanoplastia, na fotografia, na pirotécnica e ainda para impermeabilizar panos e
papéis;
• Fabricação de velas litúrgicas e ornamentais onde é a principal matéria
prima, permitindo a cópia de figuras perfeitas mediante o uso de moldes.

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus
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Entrando com a lâmina de cera no rolo alveolador Saindo com a cera alveolada
Fonte: Senna, 2007 Fonte: Senna, 2007

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Cilindro alveolador e laminador de cera Derretendo a cera dento do laminador
Fonte: casadoapicultor, 2007 Fonte: Senna, 2007

Laminando a cera Destacando a lâmina de cera


Fonte: Senna, 2007 Fonte: Senna, 2007

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14ª AULA – PRODUÇÃO E EXTRAÇÃO DE GELÉIA REAL

A geléia real é um leite espesso e com sabor ácido, produzida nas glândulas
hipofaríngeas, pelas abelhas, para a alimentação das larvas até o 3º dia de vida e
para a alimentação da rainha durante toda a sua existência.

Favos realeiras com geléia real.


Fonte: Caldoquantico, 2007

A geléia real é, depois do veneno, o produto mais difícil de ser coletado pelo
apicultor.

• Produção de geléia real

™ Material necessário para produção de geléia real:


U 3 colônias de abelhas fortes, em produção, sem
melgueiras, reservadas apenas para essa função;
U 1 bastonete de madeira com a ponta mais fina que um
dedo mindinho e abaulado;
U 100 g de cera bruta e filtrada;
U 1 estilete de metal;
U 1 vidro âmbar de 20 ml;
U 1 conta-gotas manual;
U 1 copo d’água;

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U 1 caneco soldador;
U 1 fogareiro a álcool;
U 1 quadro porta-cúpulas com cepo porta-cúpulas;
U 10 ml de água destilada;
U 200 ml de álcool 70º;
U 1 litro de álcool comum;
U Polemel (alimento estimulante) usado constantemente.
U
U Preparo do material:
U Coloque o bastonete com a ponta abaulada dentro do
copo com água;
U Derreta a cera no caneco soldador;
U Posicione o quadro com o cepo porta cúpulas em pé e de
cabeça para baixo;
U Retire o bastonete da água e introduza na cera por 1
segundo;
U Repita essa operação 3 vezes;
U Desagarre do bastonete - formação de uma cúpula oca -
faça 30 cúpulas ou a critério;
U Prenda-as no quadro porta cúpulas – 15 cúpulas, ou a
critério.

Bastonete de madeira moldando a cúpula de cera Fixando a cúpula na ripa


Fonte: Senna, 2007 Fonte: Senna, 2007

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™ Preparo das colméias

Separam-se três colônias de abelhas fortes, em produção, sem melgueiras;

Colméia Colméia Colméia


A B C

Escolha uma das colméias, por exemplo, a “B” e retire a rainha e aplique
alimento (polemel). Aguarde por 72 horas e verifique a produção de realeiras (5 a 6);

Separe as realeiras, retire as larvas e descarte. Retire a geléia real e


coloque no vidro âmbar com capacidade para 20 ml.
Retire da colméia “A” ou “C”, um quadro de cria nova, vá ao local onde você
já tem separado o quadro porta-cúpula e o restante do material previamente
preparado conforme a lista acima. Dilua com um pouco d’água a geléia real colhida.
Misture bem. Com o estilete, retire larva por larva com uma das mãos enquanto que,
com a outra, pega o conta-gotas. Pingue uma gota da geléia em cada cúpula da
porta-cúpulas e introduza o estilete com a larva, deixando-o boiar sobre a geléia real.

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Pingando o alimento nas cúpulas para Retirando as crias novas e passando
receberem as crias para as realeiras com alimento
Fonte: Senna, 2007 Fonte: Senna, 2007

Preencha todo o porta cúpulas (dois andares de 15 cúpulas cada). Reponha


o quadro de cria nova na colméia “A”, no nosso exemplo;

Retire um quadro de cria madura de cada colméia. Um quadro da colméia


“A” e um quadro da colméia “C”.
Da colméia “B” orfanada, retire 3 quadros que não contenham crias ou, se
tiverem, em pouca quantidade. Reposicione os quadros deixando o espaço interno e
introduza o quadro porta cúpulas entre os dois quadros de cria madura. Marque a
hora desse procedimento. Coloque os três quadros retirados da colméia “B” nas
colméias “A” e “C” nos devidos espaços vagos.

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Após setenta e duas horas da introdução do quadro porta cúpulas, retirá-lo
da colméia “B”. As cúpulas desse quadro estarão cheias de geléia real. Retire as
cúpulas, coloque outras vazias e repita a operação, preparando outro com larvas

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recém-nascidas. Renove também os quadros de crias novas se mais de 70% tiver
nascido.
Agora, os cepos porta cúpulas retirados cheios de geléia real são levados
para o local reservado para o manejo dos quadros.
Com um estilete seco e lavado com álcool, pegue as larvas e reserve, se
quiser reaproveitá-las para outros procedimentos. Retire a geléia real e introduza
imediatamente nos frascos de vidro âmbar para 9 gramas, próprios para geléia real.
Em 30 cúpulas se consegue aproximadamente 80 a 90 gramas de geléia. Mantenha
os vidros no congelador.

15ª AULA – PRODUÇÃO, BANCO E INTRODUÇÃO DE RAINHAS

O interesse em produzir abelhas-rainha surgiu a partir de 1853 quando um


estudioso, Dzierzon começou a utilizar abelhas italianas na Europa Central e na
América do Norte, com o interesse em substituir as abelhas negras, originárias do
Oeste da Europa. O surgimento dos métodos de produção, em grande escala, surgiu
com Miller e Doolittle, considerados os fundadores da indústria de criação de
rainhas.
Hoje, está mais do que consagrado o uso de introdução de rainhas
melhoradas geneticamente, no sentido de explorar com maior lucratividade e
técnica, os produtos produzidos pelas abelhas.
A produção de rainhas é a transferência das larvas, de sua célula de origem,
em um favo de crias de operárias, para células reais, confeccionadas com cera
natural ou material plástico; estas células são normalmente introduzidas em outras
colônias, encarregadas da alimentação, desenvolvimento e incubação de novas
rainhas,
até sua emergência.

143
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Cepo porta cúpulas
Fonte: Züge, 2007

Larva mergulhada no alimento


Fonte: Senna, 2007

Existem vários processos para se obter rainhas, desde as puxadas de


realeiras naturalmente até a enxertia artificial, todas com o objetivo de produzir
rainhas fortes e vigorosas.
A produção artificial de rainhas segue a mesma metodologia da produção
de geléia real, porém, ao invés de colher geléias reais, deixam nascer as rainhas. A
técnica é a mesma para a geléia real acrescentando, apenas, um suporte móvel às

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cúpulas para encaixar, quando preciso, a gaiola de Burgho, o que impede que uma
rainha eclodida precocemente induza abelhas a eliminarem outras.

Preparação das Fonte: züge,


gaiolas 2007
Fonte: Senna, 2007

A introdução dessas rainhas segue técnicas já estudadas no manejo do


apiário.

Realeira trazidas das colméias Inseminação artificial de rainhas para o


para incubação até o nascimento banco
Fonte: Senna, 2007

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Dá-se o nome de Banco de Rainhas à colméia que
mantém várias rainhas ao mesmo tempo. É um ninho
comum (a), com a rainha fazendo postura normalmente.
Por cima desse ninho coloca-se uma tela excluidora (b) e
por cima desta, outro ninho (c) contendo dois quadros de
mel em cada lateral externa (1), dois quadros de cria
madura (2), um em cada canto próximo aos quadros de
mel, quatro quadros de cria nova (3), dois de cada lado e c

dois quadros porta cúpulas (4) com gaiolas e com rainhas


b
fecundadas (por inseminação artificial), no espaço restante.
A técnica é baseada em que as crias novas atrairão as a

operárias para alimentá-las e que alimentarão também as


crias de rainha. Todo o processo deve ser feito

16ª AULA – EXTRAÇÃO DO VENENO DAS ABELHAS

O veneno das abelhas, também chamado de apitoxina, é produzido por


glândulas existentes no abdômen e introduzido no corpo das vítimas, através do
canal existente no ferrão, provocando reações que variam de intensidade de acordo
com a sensibilidade de cada pessoa, podendo levar até à morte. É uma substância
química complexa. Formada por águas e aminoácidos, açúcares, histamina e outros
componentes.
Se cada ferroada representa a morte para a abelha que ferroa, não se podia
imaginar utilizar esse produto sem o sacrifício dos animais. Devido a isso,
desenvolveu-se o coletor de apitoxina, que é capaz de armazenar o veneno de
abelhas de 10 colméias, ao mesmo tempo.
O coletor de apitoxina é composto por um gerador de pulsos, dez placas
coletoras (com vidro), uma bateria e um carregador de baterias. Cada placa coletora

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poderá extrair aproximadamente 100 miligramas do produto. O tempo de coleta do
veneno é aproximadamente 20 minutos, para cada 10 colméias.
A coleta de veneno de abelha é uma atividade nova no Brasil e se dá por
meio de coletores próprios. A apitoxina ainda não está legalizada para uso no país.

Placa coletora
Fonte: apiariosmontanhas,
Gerador de pulsos 2007
piariosmontanhas, 2007
Fonte: apiariosmontanhas

FIM DO MÓDULO III

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