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pacto de mediocridade
1. Introdução
Nitidamente marcado por forte tendência positivista, o ensino jurídico brasileiro fora
concebido tendo por base os parâmetros curriculares utilizados na Universidade de
Coimbra. De cunho pouco reflexivo e baseado em conteúdos acumulados nas chamadas
aula-conferência, competia ao aluno a tarefa de memorizar o conteúdo passado pelo
professor de forma acrítica, tendo em vista a superficial abordagem utilizada.
Posteriormente, com a criação da Lei 9.131, de 24.11.1995 (Lei que instituiu o Exame
Nacional de Cursos) e da Lei 9.394, de 20.12.1996 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional) buscou-se desburocratizar o ensino superior e implementar
instrumentos controladores da qualidade de ensino.
Os primeiros anos de funcionamento dos cursos jurídicos no país foram marcados pela
precariedade, tanto do ponto de vista da estrutura curricular, quanto do ponto de vista
das instalações físicas, na medida em que as duas primeiras faculdades de direito do
Brasil foram inicialmente instaladas em Conventos – em Olinda, no Convento de São
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Bento, enquanto que em São Paulo, no Convento de São Francisco.
quinto ano estudavam-se teoria e prática do processo adotado pelas leis do império
(…)”.
Nesta esteira, a estrutura curricular adotada nos cursos jurídicos brasileiros refletia uma
ideologia ligada às raízes portuguesas, de modo que a cultura jurídica brasileira da
primeira metade do século XIX não havia ainda se desenvolvido a ponto de revelar
identidade e autonomia.
Apesar das inúmeras tentativas de reestruturação dos cursos jurídicos promovidas pelo
legislador, eles ainda permanecem vinculados a uma visão acrítica, não reflexiva,
afastados da realidade social e nitidamente caracterizados por uma formação positivista
e a um extremado apego à codificação.
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uma mudança social.
A forma equivocada com que o ensino jurídico tem sido abordado nas faculdades de
direito brasileiras tem possibilitado o seu distanciamento com a realidade social e
causado um grave entrave à solução dos problemas sociais.
Como resposta à manifesta crise do ensino jurídico, e ciente de que por décadas os
cursos jurídicos preocuparam-se exclusivamente em resolver os problemas jurídicos, a
Ordem dos Advogados do Brasil – OAB – tomou para si o papel de protagonista na busca
da reformulação dos cursos de direito, demonstrando uma maior preocupação no sentido
de priorizar um ensino jurídico reflexivo e com foco na formação jurídica
problematizadora.
“A partir do final da década de 80 podemos afirmar que a OAB deu o primeiro passo para
a institucionalização do debate: no dia 09.08.1991, o então Presidente do Conselho
Federal da OAB, Marcelo Lavenére Machado, criou a Comissão de Ciência e Ensino
Jurídico através da Res. 13/1991, composta inicialmente pelos advogados Álvaro Villaça
Azevedo, Edmundo Arruda Lima Jr., José Geraldo de Souza Jr., Paulo Diniz Neto Lobo,
Sérgio Ferraz e Roberto Aguiar, com a seguinte justificativa: ‘Considerando notórias as
deficiências do ensino jurídico, que precisa se adequar à realidade e às necessidades do
país; e considerando que o ensino jurídico não se esgota na transmissão de uma técnica,
sendo indissociável de uma visão crítica do Direito (…)’” (Capellari, 2001, p. 25).
Como resultado obtido através das reuniões da Comissão de Ciência e Ensino Jurídico da
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Ordem dos Advogados do Brasil foram publicados relatórios que possibilitaram a
classificação dos cursos jurídicos em bons/excelentes, regulares e insuficientes. Tal
classificação se deu mediante a análise do corpo docente, da infraestrutura, da estrutura
acadêmica, do desenvolvimento de programas de pós-graduação e da avaliação do
discente.
A Ordem dos Advogados do Brasil acentuou sua preocupação com a avaliação dos cursos
jurídicos criando o programa OAB Recomenda, nascido em 07.12.1999, no qual, a cada
três anos é atribuído um selo de qualidade aos cursos jurídicos que se destacarem em
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cada Estado da federação.
Todas as medidas adotadas pela Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Ministério da
Educação revelaram a necessidade de se repensar o ensino jurídico brasileiro, que ainda
não está habilitado a formar profissionais capacitados para resolver os problemas sociais
de seu tempo. Portanto, que a busca pela reflexão e o despertar da criticidade
tornem-se consequentes lógicos do rompimento de uma arcaica formação técnica
meramente positivista.
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Ensino jurídico: o embate entre a formação docente e o
pacto de mediocridade
“(…) o professor fala de códigos, e o aluno aprende (quando aprende) em códigos (…) a
pesquisa juridica nas faculdades de direito, na graduação e na pós-graduação, é
exclusivamente bibliográfica, como exclusivamente bibliográfica e legalista é a
jurisprudência de nossos próprios tribunais (…). Os juizes decidem com os que
doutrinam, os professores falam da sua convivência casuística com os que decidem, os
que doutrinam não reconhecem decisões. Esse é o trágico e paradoxal círculo vicioso da
‘pesquisa’ jurídica tradicional: alienada dos processos legislativos (debates
parlamentares, quando houve, a outra tragédia do autoritarismo), desconhece o
fundamento de interesse das leis; alienadas das decisões continuadas dos tribunais,
desconhece os resíduos dos problemas e do desespero forense do homem; alienada da
verificação empírica, desconhece as inclinações e tendências da sociedade brasileira
moderna” (Faria, 1988, p. 18).
É justamente nesse contexto que ganha destaque o pacto de mediocridade, que nas
palavras de Hamilton Werneck (1992, p. 15) assim se caracteriza: “O professor
enrolador, nada ensinando durante o ano letivo, chega ao final sem material concreto
para exigir. Sofrerá, irremediavelmente, pressões dos alunos para dar uma prova mais
fácil, dado o estado de total desleixo do profissional. Para não criar confusão, as
questões são preparadas com um grau de facilidade muito elevado, possibilitando notas
altas, evitando-se maiores reclamações junto à direção da escola. Geralmente, quando o
professor finge que ensina, e, depois, nada exige, os alunos fingem que aprendem e
nada falam. Quando, porém, não se leciona e se exige depois um grau de dificuldade
incompatível, os alunos, fingindo-se de interessados, procuram a direção, reclamam do
mau desempenho do professor e desejam da escola uma satisfação para melhorar o
nível”.
Tomando por base o exposto, são fatores que alimentam o pacto de mediocridade: a
ausência de processo seletivo sério para a composição dos bancos acadêmicos; a má
remuneração do professor, que mesmo especializado, submete-se a receber o piso
salarial da categoria; a falta de incentivo à pesquisa; o receio por parte do docente de
ser demitido por conta de seu maior rigor; a redução das exigências escolares; a
generosidade na avaliação dos alunos; a tolerância com o plágio, dentre outros.
parcela dos cursos jurídicos criados a partir da década de 90, não revela preocupação
com a construção de uma educação crítica e reflexiva. Inúmeros fatores contribuem para
a difusão deste novo modelo de ensino jurídico no país, dentre os quais se destacam a
ausência de um contínuo processo de controle de qualidade dos cursos de direito por
parte do Ministério da Educação e a existência de um mercado em constante
crescimento econômico.
Roberto A. R. de Aguiar (1999, p. 84) ao tratar do tema ensina que: “Hoje, em grande
parte dos cursos jurídicos, não se cursam disciplinas, mas ‘compram-se’ créditos. É uma
clara relação de compra e venda. O objeto de compra não é o conhecimento, mas o
título cartorial que vai possibilitar determinado exercício profissional. Esse objeto é
comprado pelo dinheiro das mensalidades e pelas avaliações favoráveis que devem ser
alcançadas a qualquer preço. Assim, a relação educacional tornou-se mercantil, tanto no
que se refere à venda dos servicos educacionais pelas instituições privadas, quanto às
relações creditícias que regem a composição curricular de cada um dos estudantes.
Logo, podemos dizer que os cursos jurídicos tornam-se um balcão de vendas, em que
todas as características da mercadoria estão presentes. Há um constante dolus bonus
em que o professor aparece como melhor do que realmente é e os alunos procuram
pressioná-lo a fim de obter com maior rapidez a mercadoria que está sendo comprada a
prazo”.
Por outro giro, seduzidos pelo sonho de se tornarem futuros doutores e operadores do
direito, os discentes ingressam em um sistema mercantil maqueado de sistema
educacional. Vistos como indispensáveis para a manutenção da instituição, os alunos são
tratados como verdadeiros clientes.
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Ensino jurídico: o embate entre a formação docente e o
pacto de mediocridade
Nesse turno, a educação vem sendo entendida nos tempos modernos como uma
verdadeira relação de compra e venda, na qual o cliente (aluno), ao efetuar o
pagamento das mensalidades, exige a entrega do produto (título de bacharel em
direito).
Nos últimos anos a criação de cursos jurídicos viu-se fomentada por uma forte política
de publicidade. Os investidores, utilizando as experiências já acumuladas ao longo de
anos de atuação no mercado, desenvolvem políticas publicitárias de descontos para
matrícula de grandes grupos de alunos; veiculam na mídia possuir o melhor preço entre
as faculdades de direito, criam outdoors, papers e folders com informações acerca de
descontos; patrocinam eventos esportivos com repercussão nacional e internacional etc.
Em que pese a visão moderna do ensino jurídico, não se pode tratar a educação, assim
entendida de forma ampla, como investimento. Não se quer aqui imprimir uma visão
pessimista dos rumos do ensino jurídico brasileiro. No entanto, devem ser repelidas as
abomináveis práticas supra-aludidas, que se traduzem, como resultado final, em notória
queda na qualidade de ensino.
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força pela força do argumento.
É justamente nesse sentido que merece destaque a contribuição dada pela pedagogia ao
processo de formação do professor. Como forma de se romper com o pacto de
mediocridade no ensino jurídico, busca-se através do constante diálogo entre a
pedagogia e o direito, uma formação docente problematizadora e adequada à nossa
realidade social.
Tem-se, portanto, que o ato de ensinar não pode ser aleatório nem desorganizado. Cabe
ao professor a adoção de novos métodos de ensino capazes de despertar nos alunos o
interesse pelo aprendizado, pela criticidade, bem como pelo afastamento de uma visão
individualista e descontextualizada. Através destes novos artifícios metodológicos
busca-se repelir uma educação meramente bancária, na qual os alunos são considerados
verdadeiros depósitos onde os professores armazenam as informações, que serão
posteriormente verificadas através da avaliação. Paulo Freire (1987, p. 59) apresenta as
principais características da educação bancária: “a) o educador é o que educa; os
educandos, os que são educados; b) o educador é o que sabe; os educandos os que não
sabem; c) o educador é o que pensa; os educandos, os pensados; d) o educador é o que
diz a palavra; os educandos, os que escutam docilmente; e) o educador é o que
disciplina; os educandos, os disciplinados; f) o educador é o que opta e prescreve sua
ação; os educandos, os que seguem a presrição; g) o educador é o que atua; os
educandos, os que têm ilusão de que atuam, na atuação do educador; h) o educador
escolhe o conteúdo programático; os educandos jamais são ouvidos nesta escolha e se
acomodam a ela; i) o educador identifica a autoridade do saber como sua autoridade
funcional, que se opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem
adaptar-se às determinações daquele; j) o educador, finalmente, é o sujeito do
processo; os educandos, meros objetos”.
Como forma de alcançar tais objetivos, torna-se necessária uma sensível mudança no
perfil do docente. Para que se possa exercer a docência com o profissionalismo que a
função exige, devem os professores dos cursos de direito desenvolver competências
técnicas, pedagógicas e políticas.
Do ponto de vista da formação técnica do professor, tem-se que o simples domínio dos
conhecimentos básicos de sua área de atuação não é suficiente para a promoção de um
ensino problematizador.
No entanto, esse domínio cognitivo é muito pouco. Exige-se de quem pretende lecionar
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Ensino jurídico: o embate entre a formação docente e o
pacto de mediocridade
A formação técnica dos professores da área jurídica dever ser contínua, pois somente
dessa forma poderá o professor universitário repensar os problemas sociais de seu
tempo e buscar, através da aplicação do direito, resposta para estes e para eventuais
outros problemas que possam surgir com a evolução da sociedade. Nesse sentido,
torna-se indispensável que o professor universitário se submeta constantemente a um
processo de reciclagem, e de acúmulo de novos referenciais teóricos.
“O professor ao entrar na sala de aula para ensinar uma disciplina não deixa de ser um
cidadão, alguém que faz parte de um povo, de uma nação, que se encontra em um
processo histórico e dialético, participando da construção da vida e da história de seu
povo.
Ele tem uma visão de homem, de mundo, de sociedade, de cultura, de educação que
dirige suas opções e suas ações mais ou menos conscientemente. Ele é um cidadão, um
‘político’, alguém compromissado com seu tempo, sua civilização e sua comunidade, e
isso não se desprega de sua pele no instante em que entra em sala de aula. Pode até
querer omitir tal aspecto em nome da ciência que ele deve transmitir. Talvez,
ingenuamente, entenda que possa fazê-lo de uma forma neutra. Mas o professor
continua cidadão e político; e como profissional da docência não poderá deixar de sê-lo.
Como cidadão, o professor estará aberto para o que se passa na sociedade, fora da
universidade ou faculdade, suas transformações, evoluções, mudanças; atento para
novas formas de participação, as novas conquistas, os novos valores emergentes, as
novas descobertas, novas proposições visando inclusive abrir espaço para discussão e
debate com seus alunos sobre tais aspectos na medida em que afetem a formação e o
exercício profissionais” (Masetto, 2003, p. 31).
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Ensino jurídico: o embate entre a formação docente e o
pacto de mediocridade
Não se quer aqui considerar louvável a atitude do discente que profere semanalmente
discursos políticos e até mesmo político-partidários de cunho ideológico. Quer-se,
somente dizer que, a partir do enfoque político, possa o docente tornar-se mais crítico e,
por via de consequência, transmitir essa criticidade para seus alunos.
“Talvez seja por isso que, dizem, o curso jurídico atrai os alunos acomodados, os
carneirinhos dóceis, os bonecos que falam com a voz do ventríloquo oficial, os
secretários e office boys engalanados de um só legislador, que representa a ordem dos
interesses estabelecidos. O uso do cachimbo dogmático entorta a boca, ensinada a
recitar, apenas, artigos, parágrafos e alíneas de ‘direito oficial’” (Lyra Filho, 1980, p. 28).
Conclui-se, assim, que, se de fato os discentes são acomodados e acríticos, para tanto
foram condicionados por seus professores, que, em sua grande maioria, não possuem o
domínio necessário da dimensão técnica, pedagógia e política. Portanto, somente a partir
da tomada de consciência do professor universitário que o pacto de mediocridade
perderá força no ensino jurídico brasileiro. Por conseguinte, com a formação de novos
profissionais, tecnicamente habilitados e formados sobre uma perspectiva
problematizadora, novos horizontes poderão ser projetados no ensino jurídico brasileiro.
5. Considerações finais
Após estas breves considerações, pode-se concluir que o ensino jurídico brasileiro
atravessa um momento de crise, marcado pela existência de um pacto de mediocridade,
que clama por mudança. Desta forma, na busca por seu aperfeiçoamento, deve-se
afastar o pacto de mediocridade atualmente vigente nos cursos de direito e
implementar-se uma cultura jurídica reflexiva, crítica, problematizadora através do
processo de capacitação e formação docente.
1.886/1994, que promoveu uma vasta mudança na estrutura dos cursos jurídicos, a Lei
9.131/1995, que instituiu o Exame Nacional de Cursos e a Lei 9.394/1996, que criou as
Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Com igual intuito, a Ordem dos Advogados do Brasil exerceu um importante papel na
busca de um ensino jurídico de qualidade. O protagonismo adotado pela Comissão de
Ciência e Ensino Jurídico aliado a uma mudança comportamental quanto ao papel social
da OAB na busca pelo aperfeiçoamento do ensino jurídico, realçaram a necessidade de
se repensar o ensino jurídico brasileiro.
Nesse sentido, resta clara a intenção de se afastar uma visão meramente positivista do
direito, bem como de promover uma maior aproximação dos conteúdos estudados em
sala de aula com a realidade social dos alunos, repelindo-se de igual modo um discurso
dogmático, unidisciplinar e conservador.
De igual modo merece destaque o papel do aluno, que ciente da importância de obter
uma formação jurídica reflexiva, deve visualizar no professor um aliado para seu
processo de formação.
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Werneck, Hamilton. Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo. Petrópolis: Vozes,
1992.
1 Era estrategicamente importante para Portugal que as colônias não tivessem centros
de formação superior.
2 Consta, inclusive, que os frades foram obrigados a deixar o prédio após a instalação da
faculdade, o que gerou uma relação nada amistosa com os estudantes.
3 “Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
8 Como prova do total afastamento dos problemas sociais, os exemplos utilizados pelos
professores em sala de aula revelam-se mirabolantes e descontextualizados das relações
sociais.
9 Vale salientar que, devido à forma pela qual são concebidos os cursos jurídicos,
torna-se difícil esgotar os conteúdos constantes da ementa ao longo do semestre, o que
faz com que as instituições promovam cursos e semanas de atualização com tal
finalidade. Tais cursos são pagos.
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