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MESTRADO EM ENGENHARIA

DE SEGURANÇA E HIGIENE
OCUPACIONAIS

Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre


Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS


NUMA INDÚSTRIA CORTICEIRA
José Edson de Carvalho Filho
(Texto escrito em português do Brasil)

Arguente: Doutora Susana Patrícia Bastos de Sousa (INEGI)


Presidente do Júri: Proferssor Doutor Mário Augusto Pires Vaz (FEUP)
Orientador Amorim: André Augusto Marques Cavadas
Orientador: Professor Doutor Jaqueline Castelo Branco (FEUP)
Coorientador: Professor Gonçalo Manuel Fernandes Perestrelo (FEUP)

___________________________________ 2023

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto PORTUGAL

VoIP/SIP: feup@fe.up.pt ISN: 3599*654

Telefone: +351 22 508 14 00 Fax: +351 22 508 14 40

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AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer e dedicar esta dissertação a todos os familiares e amigos que me


apoiaram e incentivaram nessa caminhada em busca de mais uma conquista acadêmica.
Aos meus pais, Cláudia e Edinho, por nunca medirem esforços para que eu pudesse chegar
até aqui e por todo apoio que me foi dado ao longo de 27 anos. Por sempre terem lutado para que
eu pudesse ter as melhores oportunidades e os melhores caminhos, mesmo nas situações mais
difíceis.
À minha noiva, Érica, por ser meu modelo de dedicação e por estar sempre disposta a
superar, ao meu lado, as adversidades que aparecem na nossa vida.
Ao meu irmão Pedro, minha tia Edna e Cronos, por fazerem com que a mudança para o
outro lado do atlântico seja menos sofrida e a saudade amenizada.
Aos meus amigos Carlos, Crispim, Gleneston, Gustavo, Igor, Israel, José, Lucas, Matheus,
Murilo, Rodrigo, Vinícius, Wesley e todos os outros que torcem pelo meu sucesso e que sempre
me estenderam a mão quando precisei de ajuda.
A todas as pessoas da Amorim Cork que estiveram presentes no desenvolvimento deste
trabalho e, que contribuíram com orientações, acolhimento, simpatia e paciência, em especial ao
André, por estar sempre disponível para me orientar e auxiliar com a dissertação.
Aos demais membros do departamento de higiene e segurança do trabalho, Hugo, Filipa e
João Paulo, que sempre estiveram abertos a compartilhar conhecimentos e que me integraram na
equipe desde os primeiros dias de estágio.
À Susana, por todo apoio que me foi dado para que esse período pudesse correr da melhor
maneira possível e pela disponibilidade para resolver qualquer tipo de questões. E a todos os outros
colaboradores que fizeram dessa experiência um verdadeiro marco na minha vida profissional.
Aos meus orientadores da FEUP, Jacqueline e Gonçalo, por todas as diversas contribuições
que me foram dadas para aprimorar o trabalho, sempre com muita paciência e bom humor, e pelas
palavras de incentivo que, sem dúvida, fizeram a diferença ao longo do desenvolvimento da
dissertação.
Por fim, gostaria de agradecer a todos os meus amigos e familiares que deixei no Brasil e
que fizeram parte da minha trajetória até aqui. Eu os trouxe no meu coração quando parti e mal
vejo a hora de reencontrá-los para matar a saudade.
A todos vocês, meu muito obrigado!

I
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

DESTAQUES

1. Importância da análise de risco em atmosferas explosivas;


2. Principais fatores que interferem na segurança de atmosferas explosivas na indústria da cortiça;
3. Situação atual da segurança contra explosões em unidades da Amorim Cork;
4. Classificação ATEX de unidades da Amorim Cork;
5. Medidas de segurança para evitar acidentes com atmosferas explosivas.

HIGHLIGHTS

1. Importance of risk analysis in explosive atmospheres;


2. Main factors that interfere with the safety of explosive atmospheres in cork industry;
3. Current conditions of explosion safety at Amorim Cork units;
4. ATEX classification of Amorim Cork units;
5. Safety measures to avoid accidents with explosive atmospheres.

III
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

RESUMO

A formação de atmosferas explosivas é um dos principais problemas presentes numa grande


parte das indústrias de transformação, onde a presença de gases inflamáveis, ou poeiras combustíveis,
seja como insumo ou como produto secundário do processo produtivo, em conjunto com a presença
de fontes de ignição e de um enclausuramento do local, podem criar uma zona com as condições
suficientes para ocasionar uma explosão.
O processo produtivo da Amorim Cork gera uma grande quantidade de pó de cortiça durante
as suas operações de transformação, principalmente durante as etapas de retificação, criando espaço
para uma série de medidas que podem aprimorar as condições de segurança relacionadas a esse tipo
de risco. O pó combustível costuma ser removido através de sistemas de aspiração que, apesar de
impedir a acumulação de poeiras no ambiente, gera necessariamente uma zona explosiva em seu
interior. As tubagens da aspiração estão presentes em todos os pavilhões onde se situam as principais
áreas da produção. Em caso de acidente que cause o colapso dessa estrutura, toda a unidade poderá ser
afetada.
A presente dissertação pretende otimizar as medidas de segurança e, implementar outras que
se façam necessárias para assegurar a integridade física de todos que estão no raio de alcance de um
acidente nas zonas de atmosfera explosiva, bem como da estrutura física da empresa e do meio
ambiente que cerca esses locais críticos.
O principal referencial nos domínios das atmosferas explosivas em Portugal é a diretiva
europeia ATEX 137 que foi transposta pelo Decreto-Lei 236/2003, onde expõe as prescrições mínimas
destinadas a promover a melhoria da proteção da segurança e saúde dos trabalhadores suscetíveis de
serem expostos a riscos derivados de atmosferas explosivas. Sendo este o principal guia para
elaboração desta dissertação, outras normas internacionais, como as oriundas da National Fire
Protection Association (NFPA) e as metodologias RASE e NTP 876, que são métodos de avaliação de
risco específicos para atmosferas explosivas, também foram essenciais para a avaliação das áreas e o
desenvolvimento das medidas de segurança propostas. As metodologias foram escolhidas devido à
forma completa e contextualizada que as mesmas abordam o risco de explosão.
As unidades produtivas da Amorim, com poucas exceções, não possuem as áreas atmosferas
explosivas (ATEX) totalmente caraterizadas num documento apropriado, sendo preciso elencar e
avaliar as zonas para de seguida traçar estratégias e medidas para assegurar a segurança contra os riscos
derivados das explosões.
Por fim, a dissertação apresenta a classificação das zonas de atmosferas explosivas, as
principais fontes de ignição encontradas na V&L, as medidas de controlo existentes, as medidas de
controlo recomendadas e ainda a avaliação de riscos antes e após a implementação das medidas
sugeridas. Assim, foi mostrado o alto risco que está presente na unidade industrial e as melhores formas
de reduzir o risco inerente às atmosferas explosivas. Essas informações foram compiladas em um
manual de proteção contra explosões que foi produzido com o objetivo de facilitar o aprimoramento
das condições de segurança relativos aos locais que possuem atmosferas explosivas.
Uma das maiores limitações deste projeto foi a grande diferença entre as unidades industriais
e suas principais caraterísticas que poderão levar a uma classificação totalmente diferente devido, a
fatores tão simples como presença de ventilação natural ou o isolamento de determinadas áreas. Para
além deste fator, mesmo com a caracterização das zonas e redução do risco ao ponto de torná-lo
aceitável, é difícil reduzir o nível de severidade das consequências de um acidente envolvendo
explosão de substâncias inflamáveis e poeiras combustíveis.

Palavras-chave: atmosferas explosivas, poeiras combustíveis, pó de cortiça, ATEX.

V
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

ABSTRACT

The formation of explosive atmospheres is one of the main problems present in a large proportion
of processing industries, where the presence of inflammable gases or combustible dust, either as an input
or as a secondary product of the production process, together with the presence of ignition sources and the
enclosure of the site, can create an area with sufficient conditions to cause an explosion.
Amorim Cork's production process generates a large quantity of cork dust during its transformation
operations, mainly during the rectification stages, creating space for a series of measures that can improve
the safety conditions related to this type of risk. Combustible dust is usually removed through aspiration
systems that, despite preventing the accumulation of dust in the environment, necessarily generate an
explosive zone inside. Suction pipes are present in all pavilions where the main production areas are located.
In case of an accident that causes the collapse of this structure, the entire unit could be affected.
This dissertation intends to optimize the safety measures and, implement others that may be
necessary to ensure the physical integrity of everyone who is within the radius of an accident in explosive
atmosphere zones, as well as the physical structure of the company and the environment surrounding these
critical locations.
The main reference in the fields of explosive atmospheres in Portugal is the European directive
ATEX 137 that was transposed by Decree-Law 236/2003, which sets out the minimum requirements to
promote improved protection of the safety and health of workers who may be exposed to risks from
explosive atmospheres. As this was the main guide for the preparation of this dissertation, other
international standards, such as those of the National Fire Protection Association (NFPA) and the RASE
and NTP 876 methodologies were also essential for the evaluation of the areas and the development of the
proposed safety measures.
The main reference in the fields of explosive atmospheres in Portugal is the European Directive
ATEX 137, which was transposed by Decree-Law 236/2003, which sets out the minimum requirements to
promote the improvement of the safety and health protection of workers likely to be exposed to risks derived
from explosive atmospheres. This being the main guide for the elaboration of this dissertation, other
international standards, such as those from the National Fire Protection Association (NFPA) and the RASE
and NTP 876 methodologies, which are specific risk assessment methods for explosive atmospheres, were
also essential for the evaluation of the areas and the development of the proposed safety measures. The
methodologies were chosen due to the complete and contextualized way they handle the risk of explosion.
Amorim's production units, with few exceptions, do not have the explosive atmosphere areas
(ATEX) fully characterized in an appropriate document, and it is necessary to list and evaluate the areas in
order to then outline strategies and measures to ensure safety against the risks arising from explosions.
Finally, the dissertation presents the classification of the explosive atmosphere zones, the main
ignition sources found at V&L, the existing control measures, the recommended control measures and also
the risk assessment before and after the implementation of the suggested measures. This analysis revealed
the high risk existing in the industrial unit and the best ways to reduce the risk inherent in explosive
atmospheres. This information has been compiled into an explosion protection manual that has been
produced with the aim of facilitating the improvement of safety conditions for explosive atmospheres sites.
One of the major limitations of this project was the great difference between the industrial units
and their main characteristics that could lead to a totally different classification due to factors as simple as
the presence of natural ventilation or the isolation of certain areas. Beyond this factor, even with the
characterization of the zones and the reduction of the risk to the point of making it acceptable, it is difficult
to reduce the level of severity of the consequences of an accident involving the explosion of flammable
substances and combustible dust.
Keywords: explosive atmosphere, combustible dust, cork dust, ATEX.

VII
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

ÍNDICE
1 Introdução ................................................................................................................................. 5
2 Fundamentação do trabalho ...................................................................................................... 7
2.1 Amorim Cork.................................................................................................................... 7
2.2 Conceitos básicos de ordem tecnológica .......................................................................... 9
2.2.1 Atmosferas explosivas e medidas de segurança .......................................................... 9
2.2.2 Poeira de cortiça ........................................................................................................ 15
2.3 Enquadramento legal e normativo .................................................................................. 16
2.3.1 Enquadramento legal ................................................................................................. 16
2.3.2 Enquadramento normativo ........................................................................................ 16
2.3.3 Fontes de ignição ....................................................................................................... 17
2.3.4 Classificação de equipamentos e substâncias inflamáveis; ....................................... 18
2.4 Conhecimento científico ................................................................................................. 20
2.4.1 Descrição da metodologia de revisão Bibliográfica .................................................. 20
2.4.2 Resultados da metodologia PRISMA ........................................................................ 20
2.4.3 Artigos selecionados ................................................................................................. 21
2.5 Objetivos ......................................................................................................................... 24
2.5.1 Objetivos gerais ......................................................................................................... 24
2.5.2 Objetivos específicos................................................................................................. 24
3 Materiais e métodos ................................................................................................................ 25
3.1 Materiais ......................................................................................................................... 25
3.1.1 Processo produtivo e principais locais de formação de atmosferas explosivas ........ 25
3.1.2 Sistema de despoeiramento ....................................................................................... 30
3.1.3 Outros sistemas relevantes ........................................................................................ 34
3.1.4 Informações das substâncias inflamáveis – V&L ..................................................... 37
3.2 Metodologia para avaliação de zonas com atmosferas explosivas ................................. 38
3.2.1 Metodologia para determinação das zonas de gases e vapores ................................. 38
3.2.2 Metodologia para determinação das zonas de risco para poeiras.............................. 41
3.3 Métodos de avaliação de risco ........................................................................................ 43
3.3.1 Método de avaliação de riscos de explosão – NTP 876 ............................................ 43

IX
3.3.2 Método de avaliação de riscos de explosão – RASE ................................................ 45
3.4 Medidas de controlo ....................................................................................................... 47
4 Resultados ............................................................................................................................... 49
4.1 Zonas classificadas ......................................................................................................... 49
4.1.1 Equipamentos permitidos por cada local avaliado .................................................... 50
4.2 Avaliação das fontes de ignição ..................................................................................... 50
4.3 Medidas de controlo existentes....................................................................................... 51
4.4 Avaliação do risco de explosão ...................................................................................... 52
4.4.1 Método NTP 876 ....................................................................................................... 52
4.4.2 Método RASE ........................................................................................................... 53
4.5 Medidas de controlo recomendadas ............................................................................... 54
4.6 Reavaliação do risco de explosão ................................................................................... 55
4.7 Resultados comparativos entre os métodos de avaliação ............................................... 56
4.8 Manual de proteção contra explosões ............................................................................. 57
5 Discussão ................................................................................................................................ 58
5.1 Classificação das zonas, equipamentos adequados e fontes de ignição ......................... 58
5.2 Medidas de controlo existentes e recomendadas ............................................................ 58
5.3 Avaliação de riscos e comparação de métodos – RASE e NTP 876 .............................. 59
5.4 Manual de proteção contra explosões ............................................................................. 60
5.5 Limitações e vieses ......................................................................................................... 60
6 Conclusões e perspetivas futuras ............................................................................................ 62
6.1 Conclusões ...................................................................................................................... 62
6.2 Perspetivas Futuras ......................................................................................................... 62
7 Bibliografia ............................................................................................................................. 64
1 Apêndice 1 – “safety data” da metodologia prisma ................................................................. 1
2 Apêndice 2 – Tabela resultados .............................................................................................. 18
3 Apêndice 3 - Manual de proteção contra explosões – V&L................................................... 19
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Número de acidentes com poeiras explosivas. Adaptado de (Yuan et al., 2015); ......... 5
Figura 2 - Fatalidades por acidentes em períodos diferentes. Adaptado de (Yuan et al., 2015); .... 6
Figura 3 - Vista aérea da unidade V&L (Amorim Cork, 2022) ...................................................... 7
Figura 4 – Processo produtivo Vasconcelos & Lyncke .................................................................. 9
Figura 5 - Triângulo do fogo. Adaptado de (Builkinside, 2021)................................................... 10
Figura 6 - Hexágono da explosão. Adaptado de (Builkinside, 2021) ........................................... 10
Figura 7 - Explosão primária e secundária de poeiras. Adaptado de (OSHA, 2005); .................. 11
Figura 8 - Ferramenta de desencravar rolhas ................................................................................ 11
Figura 9 - Metais de balas alojadas no corpo de cortiça (EGITRON, 2023); ............................... 12
Figura 10 - Teste de janelas de alívio de pressão nas instalações da Fike (Taveau, 2014) ........... 12
Figura 11 - Princípio de funcionamento de janelas de alívio de pressão sem chama. Adaptado de
(Snoeys et al., 2012) ...................................................................................................................... 12
Figura 12 - Ignição de poeira em suspensão (1), expansão da chama (2), deteção da onda de pressão
(3), ativação do container de supressão (4) e extinção (5). Adaptado de (Taveau, 2014) ............ 13
Figura 13 - Válvula flap em condições normais de operação. Adaptado de (Filtrowent, 2023) ... 14
Figura 14 - Válvula flap durante uma explosão (Filtrowent, 2023) .............................................. 14
Figura 15 - Sistema GreCon .......................................................................................................... 14
Figura 16 - Modelo do queijo suíço de James Reason. Adaptado de (Perneger, 2005) ................ 15
Figura 17 - Correlação entre espessura da camada e temperatura de ignição. Adaptado de (IEC,
2013).............................................................................................................................................. 19
Figura 18 – Diagrama da triagem de resultados. Adaptado de (Moher et al., 2009) .................... 21
Figura 19 - Número de artigos selecionados por tema .................................................................. 21
Figura 20 - Tipos de situações abordadas pelos artigos ................................................................ 23
Figura 21 - Tipos de poeiras nos casos reais da pesquisa ............................................................. 23
Figura 22 - Origem dos artigos obtidos ......................................................................................... 24
Figura 23 - SVE............................................................................................................................. 25
Figura 24 - Estufa super ROSA..................................................................................................... 26
Figura 25 - Retificadora – Ponçamento......................................................................................... 26
Figura 26 - Sistema de isolamento das retificadoras ..................................................................... 27
Figura 27 - Sistema de aspiração do Naturity ............................................................................... 27
Figura 28 - Tambores de lavação .................................................................................................. 28

XI
Figura 29 - Local onde os químicos da lavação são utilizados ..................................................... 29
Figura 30 - Ventilador nas proximidades dos químicos ................................................................ 29
Figura 31 - Escolha eletrónica ....................................................................................................... 30
Figura 32- Presença e ausência de sistema de aspiração na escolha eletrônica ............................ 30
Figura 33 - Filtro de mangas F01 .................................................................................................. 31
Figura 34 - Limpeza das tubagens aéreas...................................................................................... 32
Figura 35 - Casa do pó V&L ......................................................................................................... 32
Figura 36 - Sistema de abastecimento da nora na cova................................................................. 33
Figura 37 - Pavimento da cova da nora ......................................................................................... 33
Figura 38 - Filtro 02, silo e casa do pó .......................................................................................... 33
Figura 39 - Fluxograma do pó de cortiça da unidade V&L .......................................................... 34
Figura 40 - Zona de carregamento de baterias obstruída por sacos de rolha ................................ 34
Figura 41 - Bidões de álcool etílico .............................................................................................. 35
Figura 42 - Posto de redução de gás natural.................................................................................. 36
Figura 43 - Planta de tubagens de gás natural da V&L ................................................................. 36
Figura 44 - Metodologia geral de avaliação de riscos de explosão ............................................... 38
Figura 45 - Determinação do grau de diluição. Adaptado de (IEC, 2020) ................................... 39
Figura 46 - Gráfico para determinação da extensão das áreas perigosas. Adaptado de (IEC, 2020)
....................................................................................................................................................... 41
Figura 47 - Zona 0 (IEC, 2020) ..................................................................................................... 41
Figura 48 - Zona 1 (IEC, 2020) ..................................................................................................... 41
Figura 49 – Zona 2 (IEC, 2020) .................................................................................................... 41
Figura 50 - Indicação de zona 20. Adaptado de (IEC, 2015) ........................................................ 43
Figura 51 – Indicação de zona 21. Adaptado de (IEC, 2015) ....................................................... 43
Figura 52 – Indicação de zona 22. Adaptado de (IEC, 2015) ....................................................... 43
Figura 53 - Quantidades de zonas codificadas por tipo de zona ................................................... 50
Figura 54 - Quantidades de zonas em que cada nível de proteção pode ser utilizado .................. 50
Figura 55 – Quantidades de zonas codificadas em que cada fonte de ignição está presente ........ 51
Figura 56 - Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas pelo pó
de cortiça ....................................................................................................................................... 51
Figura 57 – Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas por gás
natural ............................................................................................................................................ 51
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

Figura 58 - Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas por gás
hidrogénio...................................................................................................................................... 52
Figura 59 – Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas por álcool
etílico ............................................................................................................................................. 52
Figura 60 – Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas ATEX da V&L
....................................................................................................................................................... 52
Figura 61 - Nível do risco das zonas ATEX codificadas baseado no método NTP 876 ............... 53
Figura 62 - Efetividade das fontes de ignição em cada situação ................................................... 53
Figura 63 - Nível do risco das zonas ATEX codificadas baseadas no método RASE .................. 53
Figura 64 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para a poeira de cortiça
....................................................................................................................................................... 54
Figura 65 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para o gás natural .... 54
Figura 66 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para o hidrogénio..... 54
Figura 67 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para o álcool etílico . 55
Figura 68 – Tipologia das medidas de controlo recomendadas para controlar as zonas ATEX da
V&L .............................................................................................................................................. 55
Figura 69 - Nível do risco antes e depois das medidas corretivas - RASE ................................... 56
Figura 70 - Nível do risco antes e depois das medidas corretivas - NTP 876 ............................... 56
Figura 71 - Comparação em % do nível de risco estabelecido pelos métodos NTP 876 e RASE
antes as medidas de controlo recomendadas ................................................................................. 56
Figura 72 - Comparação em % do nível de risco estabelecido pelos métodos NTP 876 e RASE
após as medidas de controlo recomendadas .................................................................................. 57
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Unidades industriais da Amorim Cork em Santa Maria de Lamas e suas atividades .... 8
Tabela 2 - Comparação entre medidas de proteção contra explosões. Adaptado de (Taveau, 2014)
....................................................................................................................................................... 13
Tabela 3 - Propriedades relacionadas à explosividade da cortiça ................................................. 15
Tabela 4 - Tipos de fonte de ignição. Adaptado de (European Norm, 2007) ............................... 17
Tabela 5 - Nível de proteção de equipamentos baseados nas zonas (IEC 60079-14) ................... 18
Tabela 6 - Relação entre temperatura de ignição e classe de temperatura ((IEC, 2013)) ............. 19
Tabela 7 - Químicos não inflamáveis (V&L)................................................................................ 28
Tabela 8 - Planejamento de limpeza (V&L) ................................................................................. 31
Tabela 9 - Informações dos químicos inflamáveis (V&L) ............................................................ 37
Tabela 10 - Informações de poeiras combustíveis (V&L) ............................................................ 37
Tabela 11 - Classificação das zonas de acordo com a ventilação e o grau de fuga (IEC, 2020) .. 40
Tabela 12 - Determinação das zonas de acordo com a presença de poeiras. Adaptado de (IEC,
2015).............................................................................................................................................. 42
Tabela 13 - Parâmetros necessários para avaliação de zonas explosivas (NTP 876). Adaptado de
(Notas Técnicas De Prevención, 2010) ......................................................................................... 44
Tabela 14 - Probabilidade de materialização do risco derivado de ATEX. Adaptado de (NTP, 2010)
....................................................................................................................................................... 44
Tabela 15 - Valorização do risco (NTP 876). Adaptado de (NTP, 2010) ..................................... 45
Tabela 16 - Características do sistema/equipamentos necessárias para a avaliação (RASE).
Adaptado de (Rogers, 2000).......................................................................................................... 46
Tabela 17 - Registo da identificação dos perigos. Adaptado de (Rogers, 2000) .......................... 46
Tabela 18 - Níveis de risco (RASE). Adaptado de (Rogers, 2000) .............................................. 47
Tabela 19 – Cabeçalho da tabela com a determinação das zonas com atmosferas explosivas da
V&L .............................................................................................................................................. 49
Tabela 20 – Cabeçalho da tabela com as características dos equipamentos permitidos em cada zona
....................................................................................................................................................... 50

XV
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

ÍNDICE DE EQUAÇÕES

Equação 1 - Temperatura máxima recomendada do equipamento baseada na temperatura de


ignição da nuvem .......................................................................................................................... 19
Equação 2 - Temperatura máxima recomendada do equipamento baseada na temperatura de
ignição de camada (5 mm) ............................................................................................................ 19
Equação 3 - Cálculo de vazão volumétrica da fonte de fuga ........................................................ 39
GLOSSÁRIO

Big bags – Grandes sacos com até 2 metros cúbicos de volume;


Casa do pó – Local de armazenamento de pó de cortiça ou madeira;
Hexágono da explosão – Conceito da segurança em atmosferas explosivas que elenca as
componentes necessárias para que uma explosão ocorra;
Kst – Parâmetro que mede a severidade de uma explosão de poeiras;
Naturity – Etapa do processo, com tecnologia patenteada da Amorim Cork, para garantir a ausência
de TCA em 99,9% das rolhas;
Retificadora – Máquina utilizada para lixar a lateral das rolhas, reduzindo o seu diâmetro;
Rolhas naturais – Rolhas produzidas a partir da prancha de cortiça;
Rolhas técnicas – Rolhas produzidas a partir do aglomerado de cortiça;
TCA – Molécula produzida por fungos que dão um sabor característico aos vinhos;
Topejadeira – Máquina utilizada para lixar as extremidades das rolhas, reduzindo seu comprimento;
Triângulo do fogo – Conceito da segurança contra incêndios que elenca as componentes necessárias
para que o fogo exista;
Vinhos tranquilos – Vinhos que estão armazenados a pressões inferiores a 2 bar;
VSR – Equipamento responsável pelo processo Naturity.
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

SIGLAS

ATEX – Atmosferas Explosivas;


CEI – Comitatto Elettrotecnico Italiano;
INSHT – Instituto nacional de seguridade e higiene en el trabajo;
NASA – National Aeronautics and Space Administration;
NFPA – National Fire Protection Agency;
NTP - Notas Técnicas de Prevención;
RASE - Risk Assessment of Unit Operations and Equipment;
SVE – Sistema de vedação e estanqueidade;
V&L – Unidade Vasconcelos & Lyncke – Amorim Cork.
PARTE 1
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

1 INTRODUÇÃO

A prevenção de riscos gerados por atmosferas explosivas tem-se tornado um importante fator
para criar locais de trabalho mais seguros nas indústrias. Locais com atmosferas explosivas são
referenciados, desde o século XVII e, mesmo assim, ainda hoje há pouca clareza nos
procedimentos que se devem seguir para minimizar os riscos de explosão (Yuan et al., 2015).
Apesar da quantidade de explosões e riscos oriundos de gases e poeiras combustíveis ter sido
reduzida ao longo das últimas décadas, (Figura 1), as atmosferas explosivas são ainda consideradas
uma área em que é necessário realizar estudos mais profundos para se alcançar um nível mais
adequado de segurança nas indústrias (Yuan et al., 2015).

Figura 1 – Número de acidentes com poeiras explosivas. Adaptado de (Yuan et al., 2015);
Apesar de serem menos frequentes que os outros tipos de riscos ocupacionais, as explosões
geradas em atmosferas explosivas costumam acarretar sérios danos às instalações e,
principalmente, causar lesões e mortes dos colaboradores. A Figura 2 mostra a quantidade média
de fatalidades e lesões causadas por explosões de poeira em dois dos países onde há a maior
quantidade de acidentes (Estados Unidos e China) e ainda um comparativo com os dados globais
(Yuan et al., 2015).
Em todo o mundo, inúmeros acidentes fatais envolvendo a ignição de poeiras e gases
combustíveis ocorreram em consequência das condições precárias de segurança. Hoje, apesar do
perigo de explosão ter entrado nas pautas de segurança das empresas, ainda não há uma estrutura
de avaliação consolidada, já que as próprias legislações não são tão claras quantos às medidas que
devem ser tomadas e a forma de avaliação. A Figura 2 expõe a quantidade de mortes ou lesões
geradas por cada explosão de poeira que ocorreu envolvendo a ignição de poeiras em unidades
industriais americanas, chinesas e globais (Yuan et al., 2015).
Em 2021, o relatório anual da Dust Safety Science, mostrou que houve 64 mortos devido a
explosões e incêndios causados por poeiras combustíveis no mundo. Essa quantidade é muito mais
alta do que a dos quatro anos anteriores somados e deve-se, principalmente, à explosão que existiu
em Gramotenino, na Rússia, e que levou 51 pessoas ao óbito e lesionou outras 106. A quantidade
de vítimas mostra de forma clara o quão perigosos podem ser os acidentes envolvendo as poeiras
combustíveis e a necessidade de se utilizar medidas preventivas para impedir essas situações
(Cloney, 2022).

Carvalho, Edson 5
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Figura 2 - Fatalidades por acidentes em períodos diferentes. Adaptado de (Yuan et al., 2015);
Todas as indústrias que possuem como matéria-prima, produto ou subproduto poeiras
combustíveis estão suscetíveis à incidentes envolvendo a ignição desses materiais, e a indústria
corticeira não é exceção. A produção de rolhas e de outros produtos da cortiça geram quantidades
de pó suficientes para causar explosões e causar perdas humanas e materiais (Pilão, 2002).
De uma forma geral, a Amorim Cork tem-se preocupado nos últimos anos com a
implementação de medidas preventivas para conter os riscos relacionados com as atmosferas
explosivas e, em algumas unidades, já possui manuais bem estabelecidos e medidas de controle
implementadas e em processo de implementação(Relatório Anual Consolidado, 2022). É
importante salientar que qualquer alteração feita nos locais não classificados, como alterações na
ventilação, pode transformá-los em área ATEX ou até mesmo desclassificar o local (Comissão
Europeia (CE), 2003). Por isso, é preciso manter todos os documentos, manuais e plantas
atualizadas, além de manter uma monitorização permanente das zonas classificadas para que as
medidas sejam aplicadas de forma eficaz nos locais necessários.

6 Introdução
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

2 FUNDAMENTAÇÃO DO TRABALHO

2.1 Amorim Cork

A corticeira Amorim Cork, uma das maiores e mais conceituadas empresas do ramo no
mundo, é responsável pela produção de dezenas de milhões de rolhas naturais e técnicas
diariamente. Fundada em 1870, a Amorim & Irmãos possui hoje diversas empresas que fornecem
rolhas e produtos derivados da cortiça a mais de 22.000 clientes em todo o mundo. A unidade
Vasconcelos & Lyncke (Figura 3) foi a unidade escolhida para se realizar o trabalho de avaliação
dos riscos relacionados a atmosferas explosivas, sendo responsável pelo processamento anual de
220 milhões de rolhas. A V&L, como é conhecida, compra as rolhas naturais aos fornecedores
locais e as adequa para sua necessidade, executando o tratamento final solicitado pelos seus
clientes (Relatório Anual Consolidado, 2022).

Figura 3 - Vista aérea da unidade V&L (Amorim Cork, 2022)


Além das unidades que produzem rolhas naturais e técnicas (Tabela 1), a Amorim possui
um setor de investigação e desenvolvimento que fomenta o mercado com todos os produtos
derivados de cortiça que são necessários. Desde isolamentos e revestimentos, até aos compósitos
que são utilizados em naves espaciais da NASA, os produtos derivados da casca do sobreiro
exercem uma importância ímpar no desenvolvimento tecnológico do planeta.O pioneirismo da
Amorim associado à inovação e qualidade de seus produtos, fez com que fosse uma questão de
tempo para que tomasse a liderança mundial na venda de produtos de cortiça. Com um faturamento
anual alcançando as centenas de milhões de euros, o grupo é uma referência mundial de como os
lucros podem andar paralelamente ao desenvolvimento sustentável. A unidade V&L foi escolhida
para ser inicialmente avaliada nesse projeto por ser uma das mais recentes unidades industriais do
grupo (Relatório Anual Consolidado, 2022).

Carvalho, Edson 7
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Tabela 1 - Unidades industriais da Amorim Cork em Santa Maria de Lamas e suas atividades

Unidade Industrial Atividade principal

Lamas Rolhas naturais – Produção, escolha, acabamento e tratamento;

de Sousa Rolhas técnicas – Produção, escolha, acabamento e tratamento;

Vasconcelos & Lyncke Rolhas naturais – Escolha, acabamento e tratamento;

Portcork Rolhas naturais - Marcação, tratamento e escolha;

Champcork Rolhas de champagne – Produção, marcação e tratamento;

Amorim Distribuição Marcação e tratamento de rolhas;

Biocape Cápsulas de madeira;

Amorim Top Series Rolhas técnicas – Produção, marcação e tratamento;

As rolhas naturais produzidas na Amorim podem ser classificadas, em ordem decrescente


de qualidade em: Flor, Extra, Superior, 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, e 5ª. Essas categorias são baseadas na presença
de imperfeições presentes na rolha e podem, ainda, serem retificadas para as dimensões necessárias
para satisfazer o cliente, variando o comprimento entre 33 até 59 cm e o diâmetro entre 22 e 26
cm.
Além da retificação das rolhas para que estejam nos tamanhos exigidos pelo cliente ainda é
realizada, quando solicitada, uma etapa de tratamento utilizando o processo Naturity, que foi
desenvolvido pela própria Amorim, para garantir a remoção da molécula TCA (tricloroanisol) de
99,9% das rolhas produzidas. Essa molécula proveniente do metabolismo de fungos, quando
presente na rolha, contamina o vinho proporcionando um odor semelhante ao mofo, camuflando
os verdadeiros aromas e sabores do fermentado (Baptista, 2016).
Os processos desde a receção das rolhas dos produtores locais até o envio para os clientes
exigem transformações da matéria, como são mostrados na Figura 4, que produzem uma
quantidade elevada de poeiras de cortiça. Apesar de não realizar a transformação completa da
matéria-prima, já que compra as rolhas de outros fornecedores locais, a V&L apresenta todas as
máquinas, equipamentos e armazéns mais críticos do ponto de vista de atmosferas explosivas. A
unidade também não possui registos de avaliações de risco de explosão ou manuais próprios para
lidar com as atmosferas explosivas existentes, mostrando assim a importância de se executar este
trabalho nas suas dependências para que possam alcançar um nível mais elevado de segurança dos
seus colaboradores e instalações.

8 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

Figura 4 – Processo produtivo Vasconcelos & Lyncke

2.2 Conceitos básicos de ordem tecnológica

2.2.1 Atmosferas explosivas e medidas de segurança

A elevada presença de poeiras de cortiça nas instalações de uma unidade industrial é


facilmente observada ao acompanhar o processo produtivo, sendo decorrente das inúmeras
transformações que a matéria-prima sofre até tornar-se numa rolha apta para uso. Especificamente,
durante o processo de acabamentos mecânicos da rolha, onde os produtos passam por uma
retificadora para adequar as suas superfícies, são emitidas grandes quantidades de resíduos de
cortiça em variadas granulometrias, gerando o potencial de criação de uma atmosfera explosiva.
Assim, é necessário realizar um controle para reduzir a probabilidade e gravidade de uma
eventual explosão. Esse controlo é feito aplicando-se efetivamente os princípios estabelecidos na
diretiva europeia de proteção em atmosferas explosivas e mantendo-a em constante reavaliação
para que o processo de melhoria contínua da segurança possa estar sempre presente (Weidmüller,
2011).
A problemática associada às poeiras num ambiente industrial ultrapassa os problemas
respiratórios que podem vir a ser gerados nos trabalhadores, produzindo um local com atmosfera
explosiva que pode desencadear acidentes gravíssimos com perda de vidas no momento ou à
posteriori devido as complicações de saúde geradas (Yuan et al., 2015).
A seguir, podemos analisar o impacto socioeconómico em dois grandes acidentes que
ocorreram em indústrias devido a ignição de poeiras combustíveis e resultaram em imensas perdas.
• Malden Mills Industries - 1995, 20 lesionados e 500 milhões de dólares de prejuízos
(Frank, 2004a);
• Ford Motor Company – 1999, 6 mortos, 14 lesionados e 1 bilhão de dólares de
prejuízos (Frank, 2004a);
Carvalho, Edson 9
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Apesar desses acontecimentos, a formação de atmosferas explosivas muitas vezes é


inevitável e, por isso, são necessárias medidas para garantir a segurança dos trabalhadores, da
estrutura física da empresa e do meio ambiente.
Para esclarecer quais são os motivos que originam uma “explosão de poeira” é necessário
que haja um entendimento de quais são as condições necessárias para criar uma atmosfera propícia
(Eckhoff & Li, 2021). A formação dessa atmosfera inicia-se com os três elementos básicos do
triângulo do fogo (Figura 5), sendo eles o combustível, o comburente e a fonte de ignição
(Weidmüller, 2011).

Figura 5 - Triângulo do fogo. Adaptado de (Builkinside, 2021)


• Combustível, onde a própria poeira ou gás cumpre esse papel;
• Comburente, normalmente sendo representado pelo oxigénio, mas considerando um
ambiente industrial, podendo ser substituído por um outro gás;
• Fonte de ignição.
Os três elementos citados são essenciais para que se inicie qualquer tipo de fogo, mas quando
se trata de explosões de poeiras combustíveis, é necessário adicionar mais três elementos:
• A dispersão das partículas de poeira;
• A concentração da mistura;
• O confinamento do pó combustível.
Para além das condições comuns para iniciar um fogo, a forma como a poeira está disposta
e o próprio ambiente são essenciais para que a explosão se concretize (Institut national de
recherche et de sécurité [INRS], 2022). A Figura 6 ilustra o que é conhecido como o hexágono da
explosão.

Figura 6 - Hexágono da explosão. Adaptado de (Builkinside, 2021)

10 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

A caraterização de uma explosão de poeira é bastante particular, pois é normalmente


constituída de dois momentos específicos. O primeiro, onde todo combustível particulado em
suspensão, é utilizado como combustível causando, além de outros efeitos, uma onda de choque
que suspende uma grande quantidade de poeira ou rompe equipamentos que contém poeiras,
ocasionando e, um segundo momento com uma outra deflagração ainda maior, devido ao aumento
da quantidade de partículas em dispersão (Eckhoff & Li, 2021). A Figura 7 demonstra esse efeito
de uma forma simplificada.

Figura 7 - Explosão primária e secundária de poeiras. Adaptado de (OSHA, 2005);


O parâmetro Kst é usualmente utilizado para classificar a periculosidade das explosões de
poeiras em 4 categorias. As poeiras do tipo St0, que são aquelas que não apresentam perigos de
explosão; as St1 que correspondem às que possuem o Kst maior que 0 e menor que 200, e podem
gerar explosões relativamente fracas (açúcar, leite em pó e carvão, por exemplo); as St2 que tem
o Kst maior ou igual a 200 e menor que 300, gerando explosões mais consideráveis e que podem
causar danos mais severos, e que é como está classificada a poeira de cortiça; e por último as
poeiras St3, que são as mais perigosas e estão associadas ao Kst ≥ 300. Essa última categoria,
normalmente está associada às poeiras de metais como alumínio, titânio ou magnésio
(Occupational Safety and Health Administration, 2009).
Algumas das formas de se garantir a segurança em locais com prováveis gerações de
atmosferas explosivas, é impedir a sua formação e promover o controlo das fontes de ignição
(Comissão Europeia (CE), 2003). Essas fontes podem ser geradas por diversas atividades rotineiras
ou não da empresa, como durante manutenções e incidentes pontuais. Faíscas, eletricidade estática,
chamas abertas, choques, fricções, equipamentos ou dispositivos que possuam superfícies quentes
podem dar início ao processo de ignição de atmosferas explosivas (Eckhoff & Li, 2021).
No processo produtivo da Amorim, algumas das fontes de ignição citadas anteriormente
estão amplamente presentes em praticamente todas as etapas do processo. Um exemplo de fonte
de ignição comum está relacionado à uma situação característica do processamento da cortiça que
é a utilização de um ferro com cabo (Figura 8) para desencravar as máquinas ao empurrar as rolhas
em seu interior, liberando o fluxo da máquina. Essa tarefa, que costuma ser executada diariamente,
acaba gerando faíscas quando a ferramenta entra em contato com as partes móveis do equipamento
causando a ignição do pó presente no local (Amorim Cork, 2022).

Figura 8 - Ferramenta de desencravar rolhas


Uma outra situação específica que gera sinistros com frequência é a presença de cápsulas
de balas provenientes da caça, encrustadas na placa de cortiça. Quando isso ocorre, ao efetuar um
acabamento mecânico de rolhas naturais, o metal alojado no corpo da cortiça gera um

Carvalho, Edson 11
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

superaquecimento na máquina que cumina na ignição do material. A Figura 9 mostra alguns


exemplos de corpos de rolhas de cortiça com o metal alojado (Amorim Cork, 2022).

Figura 9 - Metais de balas alojadas no corpo de cortiça (EGITRON, 2023);


A segurança em atmosferas explosivas também se faz presente na minimização das
consequências de um acidente, pois é necessário considerar a situação onde as medidas preventivas
falharam simultaneamente. Existem seis tipos de medidas de controlo de explosões mais
comumente implementadas, sendo elas as janelas de alívio de pressão, o design resistente à
explosão dos equipamentos, a inertização da zona, a supressão automática, o isolamento da
explosão e a redução dos volumes dos equipamentos classificados (Eckhoff & Li, 2021). Dessas
medidas, as janelas de alívio de pressão (explosion venting) as mais amplamente difundidas. Essas
janelas, como o próprio nome já sugere, fornecem uma abertura para alívio da pressão,
direcionando a pressão e chamas para locais seguros e impedindo o colapso do equipamento
(Figura 10). Contudo, essa medida não é recomendada para equipamentos que estão nos interiores
de pavilhões pois podem desencadear explosões secundárias (Taveau, 2014).

Figura 10 - Teste de janelas de alívio de pressão nas instalações da Fike (Taveau, 2014)
Para equipamentos que estão dentro das instalações, pode-se utilizar janelas de alívio de
pressão sem chama, como mostrado na Figura 11, que funcionam de forma semelhantemente à
medida citada anteriormente, mas que dissipam a chama, impedindo que a mesma entre em contato
com o ambiente externo (Taveau, 2014).

Figura 11 - Princípio de funcionamento de janelas de alívio de pressão sem chama. Adaptado de (Snoeys et al.,
2012)
Há ainda, uma medida protetiva capaz de suprimir a explosão ainda no interior do
equipamento. Essas ferramentas de supressão apresentam inúmeras vantagens em comparação às

12 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

anteriores, pois além de evitarem a libertação de pressão e chama para o ambiente, impedem que
os gases tóxicos provenientes da combustão sejam emitidos para áreas ocupadas por trabalhadores.
O seu funcionamento está associado a três partes, um sensor que deteta a explosão, um sistema de
controlo que recebe a informação do sensor e um aparelho que contém o agente supressor ativado
pelo respetivo equipamento de controlo (Taveau, 2014). A Figura 12 demonstra o funcionamento
do sistema de supressão durante um incidente.

Figura 12 - Ignição de poeira em suspensão (1), expansão da chama (2), deteção da onda de pressão (3), ativação do
container de supressão (4) e extinção (5). Adaptado de (Taveau, 2014)
Segundo Taveau (2014), cada uma dessas medidas de proteção resultam na redução das
consequências de uma explosão e podem ser aplicadas nas zonas com atmosferas explosivas. A
sua escolha deve ser feita de acordo com a situação apresentada, variando de acordo com a área
envolvente do equipamento e com quais consequências quer-se evitar (Tabela 2).
Tabela 2 - Comparação entre medidas de proteção contra explosões. Adaptado de (Taveau, 2014)
Sistema de proteção Sistema de alívio Sistema de alívio de Sistema de
de pressão pressão sem chama supressão
Controlo de pressão X X X
interna
Controlo de pressão Reduzido X
externa
Controlo de chama X
interna
Controlo de chama X X
externa
Controlo de gases para Reduzido X
o exterior
Controlo de ruído Reduzido X

Nos locais onde se têm sistemas de aspiração, por exemplo, é fácil imaginar que uma
explosão numa das áreas da tubagem pode rapidamente transportar ondas de choque e chamas para
todos os locais de captação e, consequentemente, para as máquinas que executam os processos
produtivos. Por isso, o isolamento entre as atmosferas explosivas é mais uma medida que pode ser
utilizada para prevenir esse tipo de situações.
Esse isolamento pode ser feito de forma passiva ou ativa, sendo a passiva a mais simples e
que requer menor manutenção, além de ser ativada automaticamente durante o incidente. Uma
válvula do tipo flap (Figura 13 e Figura 14) é a forma mais simples de se compreender a atuação

Carvalho, Edson 13
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

passiva do sistema, onde a própria pressão da explosão irá se encarregar de cortar a conexão entre
as tubagens (Taveau, 2014).

Figura 13 - Válvula flap em condições normais de operação. Adaptado de (Filtrowent, 2023)

Figura 14 - Válvula flap durante uma explosão (Filtrowent, 2023)


O isolamento ativo é feito normalmente com um sensor que identifica a explosão ou chama
e aciona uma válvula mecânica para isolar uma determinada área ou liberar um agente extintor
para impedir a ocorrência de efeitos mais graves. Na Amorim Cork, por exemplo, utiliza-se o
sistema da marca GreCon (Figura 15) que funciona exatamente dessa forma, identificando fontes
de ignição dentro da tubagem do sistema de aspiração e descarregando água como agente extintor
diretamente na tubagem, impedindo que essa fonte chegue a silos, filtros ou ciclones.

Figura 15 - Sistema GreCon


O isolamento da explosão é uma componente essencial numa estratégia de proteção efetiva
contra explosões, pois mesmo utilizando sistemas de alívio de pressão, uma explosão pode ser
propagada para outros áreas da instalação através das tubagens (Taveau, 2014).
As medidas de prevenção de atmosferas explosivas, de prevenção de fontes de ignição e
proteção contra explosões formam juntas, e de maneira complementar, a principal estratégia de
combate ao risco de explosões de poeira, líquidos e gases. É necessário ter em mente que quanto
mais barreiras forem colocadas entre situações de risco e a concretização dos incidentes, menores
são as chances de haver perdas humanas e materiais devido às atmosferas explosivas. A metáfora
estabelecida por James Reason, onde compara o acontecimento de um acidente à uma série de
fatias de queijo suíço em paralelo (Figura 15), é uma forma de compreender a necessidade de
existir meios de proteção redundantes com o objetivo de garantir a segurança dos envolvidos e
impedir que perdas de todos os tipos aconteçam (Perneger, 2005).

14 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

Figura 16 - Modelo do queijo suíço de James Reason. Adaptado de (Perneger, 2005)

2.2.2 Poeira de cortiça

A produção de rolhas de cortiça, seja ela natural ou técnica, gera uma elevada quantidade
de pó durante quase todos os processos até obter-se o produto final. Essa poeira possui uma série
de propriedades combustíveis que vão torná-la uma ameaça à da segurança dos trabalhadores e
das instalações e, por isso, deverão ser tomadas medidas para que haja um controle sobre sua
presença, manuseio e armazenamento.
Os processos que ocorrem durante a fabricação das rolhas de cortiça normalmente
produzem resíduos com granulometrias próximas de 42 µm de diâmetro segundo os dados da
própria empresa e dos referenciais, esse parâmetro é importante pois está associado à concentração
mínima de explosão (CME) da substância. Segundo (Pilão, 2002), o CME do pó da cortiça
permanece inalterado para diâmetros de até 180 µm, o que é favorável para as considerações
necessárias já que em processos industriais o diâmetro da partícula não é um valor tão constante.
O relatório da (HVBG, 1997) mostra que a CME do pó de cortiça é de 30 g/m3 . Isso significa que,
caso os procedimentos de limpeza da instalação sejam de tal formas eficientes ao ponto de que não
haja essa quantidade na instalação, o vértice do hexágono do fogo associado à concentração não
estará presente, retirando o perigo da explosão. O relatório também disponibiliza os valores da
pressão máxima de explosão e o parâmetro Kst (Tabela 3), que são essenciais para a determinação
da gravidade da explosão da poeira em questão.
A temperatura mínima de ignição em suspensão e a temperatura mínima de ignição em
camada também são descritas no relatório. Esses parâmetros são importantes para a determinação
da temperatura limite que os equipamentos e máquinas podem alcançar sem trazer riscos de
deflagração das poeiras presentes.
O último parâmetro pertinente para a avaliação da perigosidade da poeira é a energia
mínima de ignição (EMI), que indica o quão suscetível o material é face à ignição eletrostática o
material é. Descrito em (Babrauskak, 2003), a EMI para a poeira de cortiça equivale a 35 mJ e
torna o combate à eletricidade estática nas atmosferas explosivas essencial para impedir sua
ignição. Levando em consideração que o corpo humano é capaz de produzir até 30 mJ (Benedetti
et al., 2012) e em (Egan, 2017), é comentado que descargas eletrostáticas em situações industriais
normais alcançam valores de até 100 mJ, a EMI da poeira de cortiça é suficiente para o perigo de
ignição eletrostática seja levado em consideração.
Tabela 3 - Propriedades relacionadas à explosividade da cortiça

CME (𝒈/ EMI


Substância Ø (µm) 𝑷𝒎á𝒙 (𝒃𝒂𝒓) 𝑲𝒔𝒕 (𝒃𝒂𝒓. 𝒎. 𝒔−𝟏 ) 𝑻𝒊𝒈 (𝑪º) 𝑻𝒔 (𝑪º)
𝒎𝟑 ) (mJ)

Pó de cortiça 42 30 9.6 202 470 300 35

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

2.3 Enquadramento legal e normativo

2.3.1 Enquadramento legal

Levando em consideração os danos que podem ser causados por explosões e incêndios a
partir de poeiras e gases, a Amorim Cork aplica a diretiva ATEX, para resguardar seus funcionários
e proteger as instalações desse risco. Esta diretiva foi transposta para o ordenamento jurídico
português pelo Decreto-Lei nº 236/2003, de 30 de setembro, tendo como principal objetivo
explicitar as regras de proteção dos trabalhadores contra os riscos de exposição a atmosferas
explosivas. Nela, são abordados temas pertinentes como sinalização de segurança, avaliação dos
riscos de explosão, prevenção e proteção contra explosões, manual de proteção contra explosões,
obrigações gerais do empregador, equipamentos e sistemas de proteção e trabalho em áreas
classificadas como perigosas.

2.3.2 Enquadramento normativo

São utilizadas normas internacionais para complementar e concretizar as informações


existentes na diretiva, fornecendo parâmetros que podem balizar a gestão de segurança em locais
ATEX, obtendo as melhores condições possíveis. A parte 1 e 2 da norma IEC 60079-10, por
exemplo, foi utilizada de forma complementar ao decreto-lei para quantificar as áreas e volumes
das zonas de atmosfera explosiva. Ainda, a norma italiana CEI 31-35 também forneceu
informações importantes para o desenvolvimento do trabalho.
Outra norma internacional que contribuiu para o desenvolvimento desta dissertação é a IEC
60079-14, que aborda os pré-requisitos para o funcionamento de um equipamento em atmosferas
explosivas. A norma define os tipos e os níveis de proteção que esses equipamentos precisam ter
e de acordo com as diferentes zonas em que o local está enquadrado.
A compreensão e aplicação da legislação referente às atmosferas explosivas e poeiras
combustíveis tem se tornado cada vez mais presentes nas indústrias modernas. Porém, é comum
que a política de prevenção desses riscos seja ainda subvalorizada, fazendo com que mesmo nos
dias de hoje a quantidade de incidentes com essa tipologia seja elevada. Estas legislações
costumam ser alteradas quando algum acidente de grandes proporções ocorre e os governantes e
legisladores precisam tomar atitudes para controlar a situação, de forma que as melhorias nos
locais com atmosferas explosivas sejam praticamente baseadas no que não se deve fazer, de forma
a evitar um acidente. Contudo, o empenho de algumas entidades para melhorar esse cenário tem
sido percetível e trazem uma grande contribuição para o aumento da segurança nos locais de risco.
Atualmente, a instituição estadunidense NFPA é uma das principais responsáveis por
novos conhecimentos e aplicações que controlam o risco de explosões com poeiras combustíveis
e outras substâncias inflamáveis. Suas normas mais utilizadas na área são:
• NFPA 61: Norma para prevenção de incêndios e explosões de poeira nas
instalações de produção agrícola e alimentícia;
• NFPA 484: Norma para metais combustíveis;
• NFPA 652: Norma de fundamentos da poeira combustível;
• NFPA 654: Norma para a prevenção de incêndios e explosões de poeiras oriundas
da manufatura, processamento e manuseio de sólidos particulados combustíveis;
• NFPA 655: Norma para prevenção de incêndios e explosões de enxofre;
• NFPA 664: Norma para prevenção de incêndios e explosões no processamento
de madeira e instalações de carpintaria;

16 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

Com o objetivo de clarificar e consolidar as normas de segurança com poeiras combustíveis,


a NFPA está a desenvolver uma norma que compila todos os tópicos citados nessas seis normas
em uma única com título NFPA 660: Norma para poeiras combustíveis.
O Guia de boas práticas não vinculativo para a aplicação da Diretiva 1992/92/CE “ATEX”
(Comissão Europeia (CE), 2003)também contribuiu com informações e metodologias para facilitar
o entendimento da legislação, auxiliando no entendimento de como pode ser resolvido as questões
ligadas às zonas com atmosferas explosivas.

2.3.3 Fontes de ignição

De acordo com a norma europeia EN 1127-1, existem treze possíveis tipos de fonte de
ignição (Tabela 4), as quais dependem da atividade da organização ou até mesmo do setor em que
a atmosfera explosiva está inserida, pelo que nem todas estarão presentes no local de risco.
Tabela 4 - Tipos de fonte de ignição. Adaptado de (European Norm, 2007)
Tipo de fonte de ignição Descrição

Caso ocorra o contato entre uma atmosfera explosiva e uma superfície suficientemente aquecida,
a ignição pode se acontecer. É importante destacar que não apenas uma superfície quente
Superfícies quentes (SQ) isoladamente pode desempenhar o papel de fonte de ignição, mas também uma camada de poeira
combustível, ao ser acumulada em uma superfície aquecida e ser inflamada por esta, pode atuar
como uma fonte de ignição.
As chamas são resultado das reações de combustão que ocorrem a temperaturas superiores a
Chamas e gases quentes 1000 ºC. Nesse processo, gases em altas temperaturas são produzidos como subprodutos das
(CH/GQ) reações químicas. Além disso, no caso de presença de poeira e/ou chamas fuliginosas, também
há a formação de partículas sólidas incandescentes.
Faíscas geradas O uso de dispositivos que possam gerar faíscas por meio de ação mecânica, principalmente com
mecanicamente (FGM) choques ou fricções, tem o potencial de desencadear a combustão de substâncias inflamáveis.
Os dispositivos elétricos podem produzir faíscas elétricas e superfícies quentes, de forma a se
Aparelhos elétricos (AE) tornar uma fonte de ignição. Em diversas situações essa ignição pode ocorrer, desde a abertura
e fechamento de circuitos elétricos até por ligações soltas.
Correntes elétricas de Quando um sistema elétrico produz correntes de fuga, independentemente do motivo, o mesmo
fuga e proteção catódica estará susceptível a dar início à ignição de uma atmosfera explosiva. A ignição pode ainda
(CEF/PC) acontecer devido ao aquecimento do percurso de corrente (efeito joule).

A interação entre materiais diferentes pode gerar o carregamento ou descarregamento de cargas


elétricas sejam em máquinas ou nas próprias pessoas. Essa descarga pode gerar uma explosão
Eletricidade estática (EE)
ao atingir níveis energéticos superiores à energia mínima de ignição da substância presente na
zona ATEX.

Raios irão sempre realizar a ignição de atmosferas quando as alcançarem. Além disso, a alta
Descargas atmosféricas
temperatura do corpo atingido pelo raio também poderá causar a ignição de uma zona
(DA)
classificada.

Equipamentos e outros sistemas que funcionam a partir da emissão de ondas eletromagnéticas


Ondas eletromagnéticas
na frequência de rádio como transmissores de rádio e outros equipamentos que utilizam essas
de frequência de rádio
ondas para aquecimento, secagem, endurecimento, etc, podem ser fontes de ignição quando
𝟏𝟎𝟒 − 𝟑𝒙𝟏𝟎𝟏𝟐 𝑯𝒛 (OE)
suficientemente potentes.

Ondas eletromagnéticas A radiação de ondas eletromagnéticas nessa faixa espectral pode se tornar uma fonte de ignição,
de 𝟑𝒙𝟏𝟎𝟏𝟏 − 𝟑𝒙𝟏𝟎𝟏𝟓 𝑯𝒛 especialmente quando concentrada, devido à absorção por atmosferas explosivas ou superfícies
(RE) sólidas.

Radiação por ionização Raios x e substâncias radioativas podem ser fontes de ignição para atmosferas explosivas devido
(RI) a absorção de energia dos materiais.

Carvalho, Edson 17
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Os ultrassons uma quantidade elevada de energia é emitida do transdutor eletroacústico que


Ultrassons (US) acaba sendo absorvida por substâncias. Essa absorção pode ser suficiente para a ignição de zonas
ATEX.

Compressão adiabática e Compressões e descompressões adiabáticas podem levar a temperatura ao ponto de causar a
ondas de choque (CA/OC) ignição de uma atmosfera explosiva.

Reações exotérmicas naturalmente emitem energia na forma de temperaturas, atuando como


Reações exotérmicas (RQ)
fonte de ignição de substâncias e zonas ATEX.

2.3.4 Classificação de equipamentos e substâncias inflamáveis;

Quando uma zona é identificada como perigosa devido à formação de atmosferas explosivas,
os equipamentos e ferramentas que são utilizadas no local, sejam para realização de atividades do
processo ou qualquer outro tipo de intervenção atípica, precisam ser adequados para contornar o
risco. Equipamentos, componentes e sistemas de proteção e segurança devem ser desenhados,
marcados e declarados em conformidade com a Diretiva 2014/34/EU.
Dessa forma, a norma IEC 60079-10-14 apresenta uma série de informações que devem ser
levadas em consideração para determinar qual equipamento poderá ser utilizado no local,
incluindo a classificação da área (zona 0, 1, 2, 20, 21 ou 22), a classificação do gás, vapor ou poeira
com relação aos grupos de equipamentos elétricos, a classe de temperatura ou temperatura de
ignição do gás ou vapor envolvido, a temperatura mínima de ignição em camada ou em suspensão
da poeira presente, forma de utilização do equipamento, temperatura ambiente e influências
externas. De acordo com as zonas classificadas, os equipamentos são classificados de acordo com
a Tabela 5 - Nível de proteção de equipamentos baseados nas zonas (IEC 60079-14)Tabela 5.
Tabela 5 - Nível de proteção de equipamentos baseados nas zonas (IEC 60079-14)
Zona Nível de proteção do equipamento
0 “Ga”;
1 “Ga” ou “Gb”;
2 “Ga”, “Gb” ou “Gc”;
20 “Da”;
21 “Da” ou “Db”;
22 “Da”, “Db” ou “Dc”.

O tipo de substância presente, seja ela poeira, gás ou vapor, também irá influenciar no tipo
de equipamento permitido naquela zona, necessitando o enquadramento da mesma nos grupos a
seguir de acordo com suas propriedades. Os gases e vapores possuem como parâmetro balizador
a sua energia mínima de ativação, mas do ponto de vista de engenharia elétrica não é possível a
caracterização das poeiras com a mesma precisão. Por isso, é utilizado a resistividade elétrica das
poeiras para que seja feita a sua classificação (Linstrom, 2020).
• I – Relativo às instalações subterrâneas (minas);
• II – Relativo às instalações de superfície para gases;
o IIA – Energia mínima de ativação < 180 mJ;
o IIB – Energia mínima de ativação < 60 mJ;
o IIC – Energia mínima de ativação < 20 mJ;
• III – Relativo às instalações de superfície para poeiras.
o IIIA – Poeiras combustíveis;
o IIIB – Poeiras combustíveis não condutoras, com resistências elétricas >
103 Ω.m;
o IIIC – Poeiras combustíveis condutoras, com resistências elétricas ≤ 103 Ω.m;

18 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

A temperatura de ignição dos gases e vapores também são parâmetros utilizado na escolha
de equipamentos para áreas com risco de explosão. Isso porque, caso o equipamento atinja a
temperatura de ignição do gás, poderá desencadear a ignição da atmosfera. A norma IEC 60079-
10-14 classifica os equipamentos em 6 categorias como mostra a Tabela 6.
Tabela 6 - Relação entre temperatura de ignição e classe de temperatura ((IEC, 2013))
Classe de temperatura Temperatura de ignição do gás Classificação do equipamento permitida
T1 >450 T1-T6
T2 >300 T2-T6
T3 >200 T3-T6
T4 >135 T4-T6
T5 >100 T5-T6
T6 >85 T6

Os equipamentos que serão utilizados em locais com poeiras combustíveis, precisarão de


um tipo de classificação diferente dos gases e vapores. A temperatura de ignição em suspensão e
em camada são os parâmetros utilizado para saber até que temperatura os equipamentos podem
alcançar sem comprometer a segurança.
Ainda de acordo com a norma IEC 60079-14, para se obter a temperatura máxima de
operação de equipamentos para áreas empoeiradas e com risco de explosão, devem ser utilizadas
as equações Equação 1 e Equação 2 para calcular as temperaturas recomendadas. O valor mais
conservador resultante desses dois cálculos, deverá ser utilizado como limite para os
equipamentos.
2
𝑇𝑟𝑒𝑐𝑜𝑚𝑒𝑛𝑑𝑎𝑑𝑜 = × 𝑇𝑖𝑔𝑛𝑖çã𝑜 𝑒𝑚 𝑛𝑢𝑣𝑒𝑚
3
Equação 1 - Temperatura máxima recomendada do equipamento baseada na temperatura de ignição da nuvem

𝑇𝑟𝑒𝑐𝑜𝑚𝑒𝑛𝑑𝑎𝑑𝑜 = 𝑇𝑖𝑔𝑛𝑖çã𝑜 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑚𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 5 𝑚𝑚 − 75


Equação 2 - Temperatura máxima recomendada do equipamento baseada na temperatura de ignição de camada (5
mm)

Quando houver a presença de camadas mais espessas que 5mm, é possível utilizar o gráfico
presente na norma para estimar um valor mais seguro de ignição em camada, como pode ser visto
na Figura 17.

Figura 17 - Correlação entre espessura da camada e temperatura de ignição. Adaptado de (IEC, 2013)

Carvalho, Edson 19
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

2.4 Conhecimento científico

2.4.1 Descrição da metodologia de revisão Bibliográfica

Para executar a revisão bibliográfica foi utilizada a metodologia de revisão sistemática


Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Metanalaysis (PRISMA Statement) (Page
et al., 2021). A pesquisa iniciou-se identificando as palavras-chave que estivessem relacionadas
com a análise, avaliação de atmosferas explosivas em contexto industrial.
Assim, efetuou-se a pesquisa com a seguinte combinação de palavras-chave nas bases de
dados INSPEC e SCOPUS: “explosive atmosphere”, “combustible dust”, “ATEX”,
“explosibility”, “ignitability”, “industry”, “cork”, “hybrid mixtures”, “gas”, “silos”,
“aspiration system”, “flammable liquids”, “battery” e “dust”.
Foram ainda, aplicados critérios de exclusão para filtrar previamente os resultados obtidos.
Os documentos selecionados foram aqueles que:
• Foram publicados entre 2013 e 2023;
• Possuíam o tipo do documento sendo artigo;
• Foram publicados em revistas;
• Escritos em inglês.
Os resultados foram alvo da aplicação de critérios de elegibilidade, onde foram avaliados
os conteúdos dos artigos e, quando os mesmos não abordassem temas relacionados às atmosferas
explosivas, poeiras combustíveis ou segurança contra explosões, o mesmo era descartado.
Após a utilização dos critérios de elegibilidade, foi aplicado o método de snowballing
(Wohlin, 2014), que consiste na identificação e análise dos referenciais dos artigos selecionados
previamente de forma a encontrar novas referências para o trabalho.

2.4.2 Resultados da metodologia PRISMA

Apesar da crescente preocupação com as atmosferas explosivas, os artigos que relacionam


os resíduos da cortiça com o risco de explosão são bastante escaços. Por isso, estendeu-se o filtro
do período de publicação dos artigos, que a princípio foi de 5 anos, para 10 anos, de forma a
conseguir um volume maior de resultados relevantes. O resultado da busca mostrou que há pouco
conteúdo acerca do pó da cortiça e que, nos últimos 10 anos, não houve publicações que
relacionassem a substância com as zonas ATEX.
A pesquisa realizada nos dois bancos de dados INSPEC e SCOPUS utilizando os grupos de
palavras-chave previamente expostos resultou em 3453 documentos, onde desses, 3400 foram
excluídos com a aplicação dos diferentes critérios de exclusão. Desses, 1784 foram excluídos por
terem sido publicados há mais de 10 anos, não cumprindo o período definido para a revisão, 676
por não serem artigos, 22 por não terem sido publicados em revistas científicas e 35 pelo idioma
em que o artigo estava escrito.
Após a aplicação dos critérios de exclusão, foram retirados os duplicados, tendo resultado
53 artigos aptos a serem mais minuciosamente verificados. Adicionalmente, a partir do
snowballing, foram obtidos mais 9 conteúdos pertinentes e que foram aproveitados para a incluídos
para análise, totalizando assim 62 artigos.
Essa verificação foi realizada com a leitura dos artigos, de forma que, mesmo abordando os
temas em questão, alguns não forneciam informações relevantes, não cumprindo os critérios de
elegibilidade definidos, tendo sido excluídos 20 outros artigos, resultando em 42 artigos que
20 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

possuem um conteúdo pertinente e dentro do objetivo definido para a revisão bibliográfica. Todo
o fluxograma da metodologia pode ser analisado na Figura 18.

Figura 18 – Diagrama da triagem de resultados. Adaptado de (Moher et al., 2009)

2.4.3 Artigos selecionados

Após a pesquisa, os 42 artigos selecionados foram analisados e suas principais informações


foram inseridas em um ficheiro do Excel referente ao Safety Data. Dessa forma, todos os artigos
puderam ser divididos nas seguintes categorias de acordo com seu tema principal: atmosferas
explosivas, fontes de ignição, metodologia de avaliação, poeiras combustíveis, proteção contra
explosão e segurança com baterias. A Figura 19 mostra quantidade de artigos enquadrados em
cada uma das categorias.

Medidas de segurança
Atmosferas explosivas
Método de análise
Poeiras combustíveis
Fontes de ignição
Segurança com baterias
0 2 4 6 8 10 12

Figura 19 - Número de artigos selecionados por tema

Os artigos relacionados às atmosferas explosivas abordam de maneira global as


informações e características desses locais e pesquisas realizadas para compreender melhor as
influências e riscos associados (Addai et al., 2016; Eckhoff & Li, 2021; Gentilhomme et al., 2019;
Carvalho, Edson 21
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Janès & Dufaud, 2022; Ji et al., 2022; Lisi et al., 2010), além das consequências de explosões de
zonas perigosas baseadas em relatórios de acidentes prévios (Burcu, 2016; Hedlund et al., 2014).
O tema mais mencionado no resultado da pesquisa foi o de medidas de segurança, onde
são abordadas formas de prevenir situações de risco e proteger o trabalhador caso as atmosferas
explosivas venham a sofrer ignição por qualquer que seja o motivo. Artigos contendo informações
sobre proteções contra explosões compõe a maioria dos que estão relacionados à essa temática
(Davis & Pagliaro, 2019; Snoeys et al., 2012; Szkudlarek & Janas, 2021; Taveau, 2014), incluindo
também aqueles que possuem um enfoque maior em janelas de alívio de pressão (Pang et al.,
2021), formas de inertização de zonas (Hedlund, 2018), combate à propagação de explosões e
características do isolamento (Kakogiannis & Vingerhoets, 2022), danos causados pela radiação
térmica gerada por explosões (Holbrow et al., 2000), deteção de fogos latentes em atmosferas
explosivas (Vingerhoets et al., 2016) e, ainda, a importância da redução o risco em atmosferas
explosivas através de uma limpeza eficiente dos locais classificados (Frank, 2004).
As fontes de ignição dificilmente podem ser totalmente eliminadas das zonas classificadas,
por isso, estratégias para controlá-las são mais do que importantes para manter o ambiente seguro.
Alguns artigos encontrados na pesquisa abordam de forma pertinente tipos específicos de ignição,
como as superfícies quentes (Eckhoff, 2019), eletricidade estática (Butterworth & Dowling, 1981;
Egan, 2017), fogos latentes (Russo et al., 2017) e ondas ultrassônicas (Simon et al., 2013). Nestes
artigos, são expostas informações sobre acidentes que foram gerados por essas fontes de ignição e
as melhores formas de controlá-las.
Outro tema em que alguns artigos abordam é o de poeiras combustíveis, que, além de ser
bastante presente na indústria, geram consequências catastróficas quando funcionam como
combustível em uma explosão. As características e propriedades das poeiras (Abbasi & Abbasi,
2007; Abuswer et al., 2013; Amyotte & Eckhoff, 2010; Eckhoff, 2015; Kay & Mazur, 2020; Yuan
et al., 2015) são objeto de estudo de diversos autores para que possam encontrar formas de
amenizar o risco associado à essas substâncias, de forma que até mesmo equipamentos específicos
para esse controlo podem ser requeridos (Höding & Walther, 2016).
A temática da segurança com baterias, é alvo de análise por alguns dos artigos analisados
(Brzezińska, 2018; Conzen et al., 2023; Jin et al., 2021; Zalosh et al., 2021). Apesar de ser um
tema menos lembrado ao se tratar de atmosferas explosivas, o recarregamento das baterias de
chumbo-ácido gera quantidades consideráveis de gás hidrogénio que podem desencadear uma
explosão caso não se perceba a elevada concentração do gás, de forma que é de extrema
importância a ventilação adequada dos espaços em que são feitos os carregamentos (Brzezińska,
2018). As baterias de lítio não estão de fora desse risco e também podem desencadear acidentes,
sendo necessário cuidados para controlar o risco (Faranda et al., 2019; Jin et al., 2021; Zalosh et
al., 2021).
Por último, os artigos também foram enquadrados na categoria de métodos de análise, por
descrever metodologias de análise e avaliação de atmosferas explosivas (Abuswer et al., 2013;
Barozzi et al., 2020; Geng et al., 2015; Markowski et al., 2019; Mihoub et al., 2020; Murphy &
Borene, 2019; Telmo Miranda et al., 2015)de forma a obter resultados mais rápidos e/ou mais
precisos de zonas ATEX, que poderão contribuir para um ambiente mais seguro para os
trabalhadores e outras partes interessadas, além de facilitar a compreensão da necessidade de
medidas de proteção redundantes para minimizar os riscos existentes (Perneger, 2005).
Dentro dessas tipologias, muitos artigos abordam situações reais de análise de acidentes e
incidentes que ocorreram devido à ignição de poeiras combustíveis ou de substâncias inflamáveis.
Isso é devido à grande fração empírica no que diz respeito ao desenvolvimento da compreensão
do fenômeno e de técnicas de prevenção e proteção de atmosferas explosivas (Abbasi & Abbasi,
2007; Davis & Pagliaro, 2019; Eckhoff & Li, 2021; Egan, 2017; Frank, 2004; Hedlund, 2018;
Hedlund et al., 2014; Janès & Dufaud, 2022; Kakogiannis & Vingerhoets, 2022; Lisi et al., 2010;
Russo et al., 2017; Taveau, 2017; Yuan et al., 2015). A aplicação de métodos de análise de
atmosferas explosivas não é apenas fundamental para que a situação não ocorra novamente, mas

22 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

também é necessário para ratificar a necessidade e aplicabilidade de métodos e equipamentos de


prevenção e proteção (Barozzi et al., 2020; Geng et al., 2015; Telmo Miranda et al., 2015).
Novos conhecimentos e tecnologias relacionados às zonas ATEX são desenvolvidas
frequentemente e necessitam de comprovações e testes para serem de fato testadas em uma planta
industrial, devido ao alto risco associado. Por isso, situações experimentais e testes são reportadas
frequentemente nos artigos encontrados, sejam eles com foco em substâncias ou parâmetros
agravadores das atmosferas explosivas (Addai et al., 2016; Eckhoff, 2015; Gentilhomme et al.,
2019; Ji et al., 2022; Zalosh et al., 2021), com foco na aplicabilidade e eficiência de medidas de
proteção (Brzezińska, 2018; Holbrow et al., 2000; Kakogiannis & Vingerhoets, 2022; Pang et al.,
2021; Szkudlarek & Janas, 2021; Vingerhoets et al., 2016), ou ainda relacionado à novas
metodologias de análise (Abuswer et al., 2013; Mihoub et al., 2020).
Por último, assim como o lado experimental estava presente nos resultados, também foi
perceptível a existência de artigos relacionados com a teoria por trás da formação de zonas ATEX
(Butterworth & Dowling, 1981; Kay & Mazur, 2020), relacionados às medidas de controlo
existentes (Amyotte & Eckhoff, 2010; Conzen et al., 2023; Faranda et al., 2019; Höding &
Walther, 2016; Simon et al., 2013; Taveau, 2014), e relacionados a metodologias de análise das
zonas (Markowski et al., 2019; Murphy & Borene, 2019; Perneger, 2005).
Na Figura 20, os artigos estão distribuídos nas três categorias citadas: artigos que abordam
atmosferas explosivas ou suas particularidades de forma real, baseados em acontecimentos ou
indústrias que possuem de fato um risco de explosão associado; artigos que abordam situações
experimentais, onde são feitos testes ou avaliações de condições em escala laboratorial; e por
último, artigos que abordam a teoria das atmosferas explosivas, seja ao compilar dados ou
descrever o conhecimento existente sobre poeiras combustíveis, zonas de carregamento de
baterias, tipos de proteções contra explosões, etc.

Real
Experimental
Teórica
0 5 10 15 20

Figura 20 - Tipos de situações abordadas pelos artigos


Nos 16 artigos que consideram casos reais, ou seja, que abordam acidentes que ocorreram
zonas com atmosferas explosivas, a presença de duas tipologias de poeira foi mais acentuada.
Ambas com 5 artigos, as poeiras originárias na indústria alimentícia e as poeiras originárias em
indústrias de madeira se destacam das demais na pesquisa representando juntas mais de 60% dos
casos (Figura 21).

3 1 5

2
5

Poeiras alimentícias Poeiras de madeira Poeiras metálicas


Outros Não indicado

Figura 21 - Tipos de poeiras nos casos reais da pesquisa


A relevância dos estudos sobre atmosferas explosivas é evidenciada na distribuição dos
locais de origem dos documentos selecionados. Os Estados Unidos e a Itália estão na vanguarda
dos 16 países que produziram os artigos selecionados para esta dissertação, produzindo juntos 33%
dos documentos selecionados (Figura 22).

Carvalho, Edson 23
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Itália
Noruega
Canada
Reino Unido
China
Turquia
India
Argélia
0 1 2 3 4 5 6 7 8

Figura 22 - Origem dos artigos obtidos

2.5 Objetivos

2.5.1 Objetivos gerais

O presente trabalho visa aprimorar as condições de segurança da unidade corticeira


Vasconcelos & Lyncke, pertencente ao grupo Amorim, e embasar a tomada de futuras decisões no
que diz respeito à melhoria dos locais com atmosferas explosivas geradas pela presença de gases,
névoas ou líquidos inflamáveis e poeiras combustíveis.
Para isso, o objetivo geral da presente dissertação é o de identificar, analisar e avaliar os
diferentes subprocessos produtivos passíveis de formar atmosferas explosivas, propondo medidas
adequadas para a apreciação do risco.
De forma complementar e como resultado do trabalho desenvolvido será produzido um
manual de proteção contra explosões, em acordo com o decreto-lei nº 236/2003, que apresente de
forma clara e objetiva as informações obtidas nesta dissertação. Possibilitando que os responsáveis
da unidade industrial possam executar alterações nas instalações ou no processo produtivo,
visando o aprimoramento dos procedimentos, equipamentos e condições de trabalho dos locais e
a eliminação ou diminuição do risco de acidente associado.

2.5.2 Objetivos específicos

A unidade industrial V&L possui diversos locais com potencial para tornarem-se zonas
classificadas pela provável formação de atmosfera explosiva devido à presença gás natural,
hidrogénio, etanol e, principalmente, pó de cortiça oriunda do processamento das rolhas. Terá
então especificamente o objetivo de classificar essas zonas de acordo com o grau de fuga e a
ventilação local, como sugere a legislação portuguesa, além da identificação das possíveis fontes
de ignição, analisar das medidas de segurança implementadas, executar uma avaliação do risco de
explosão e ainda sugerir medidas corretivas para minimizar o risco presente.
As medidas corretivas sugeridas abordarão formas de evitar a formação das atmosferas
explosivas, de evitar a presença de fontes de ignição em locais classificados, de reduzir os danos
causados por explosões que possam ocorrer e medidas organizativas complementares que atenuem
o risco, de forma a criar uma sequência de barreiras que evitem ao máximo a ocorrência de um
acidente.

24 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais

3.1.1 Processo produtivo e principais locais de formação de atmosferas explosivas

A Vasconcelos & Lyncke (V&L) tem uma particularidade em comparação com as demais
empresas da Amorim Cork, que é o fato de que a produção de suas rolhas não serem efetuadas
integralmente nas suas instalações. São compradas de produtores locais, não havendo as etapas de
descortiçamento, vaporização, rabaneação e brocagem na unidade industrial.
O processo dá-se início na receção das rolhas de terceiros em um galpão específico para
descargas. As rolhas, antes de serem aceites, são testadas em laboratório para avaliar se a qualidade
condiz com as características descritas pelo produtor, podendo ser recusadas se a qualidade for
inferior ao que se esperava do lote, mas caso sejam aceites, passam para a primeira etapa da linha
de produção, o equipamento SVE (sistema de vedação e estanqueidade) (Figura 23). Também
conhecido como “veda/não-veda”, o SVE testa a vedação de cada rolha e a descarta caso não
atenda aos requisitos pré-estabelecidos. O princípio de funcionamento é simples, a rolha é
submetida a uma pressão em um dos lados e, se for verificada a passagem de ar para o outro lado,
a rolha não possui uma vedação adequada. Quando a rolha não é totalmente vedante pode haver
futuramente a contaminação do vinho e, por isso, as rolhas inadequadas são devolvidas para o
produtor.

Figura 23 - SVE
• Nessa etapa há a formação de poeira no interior da máquina, sendo necessário a
aspiração desse resíduo pelo sistema de aspiração;
• Os SVE’s possuem dois locais de sucção pelo sistema, um no interior da máquina e
outro no local de carregamento das rolhas que irão para o equipamento;
• Não foram localizadas instruções de limpeza nas proximidades das máquinas;
• Apesar da falta das instruções, os colaboradores costumam utilizar ar comprimido para
realizar a limpeza superficial das máquinas;
• Um carro de limpeza frequentemente passa pelos locais realizando a limpeza das
poeiras dispersas pelo ar comprimido;
• As máquinas não estão devidamente ligadas à terra.
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Ao sair das SVEs, as rolhas são enviadas para uma estufa super ROSA (Rate of Optimal
Steam Application) onde ficam expostas à temperatura e humidade controlada por longos
períodos. Na estufa (Figura 24), as rolhas além de adequarem sua humidade, também tem os seus
níveis de TCA reduzidos, aumentando a qualidade da rolha.

Figura 24 - Estufa super ROSA


Após o tratamento, são enviadas para o setor de acabamentos mecânicos, onde é feito o
redimensionamento para que sejam atendidos os requisitos de cada cliente.
Na V&L existem dois processos que realizam esse trabalho de retificação, a ponçagem e o
topejamento. A máquina de ponçagem (Figura 25) é responsável pela correção do diâmetro da
rolha, atuando como uma lixação da sua lateral através do uso de uma mó. O topejamento corrige
a altura da rolha, e, como o próprio nome sugere, atua lixando ou cortando as suas extremidades.
Esses dois processos que compõe o acabamento mecânico são as etapas com a maior quantidade
de pó de cortiça gerado devido à forma como é feita a transformação da rolha (lixagem ou corte).

Figura 25 - Retificadora – Ponçamento

• Nas duas operações de retificação há a formação de poeira no interior da máquina,


sendo necessário a aspiração desse resíduo pelo sistema de aspiração;
• O sistema de isolamento da retificadora (Figura 26) impede que fontes de ignição
entrem em contato com uma atmosfera explosiva no interior do sistema de aspiração
em momento de manutenção, por exemplo;
• De todas as unidades da Amorim Cork, o tipo de retificadora apresentada na V&L é,
de longe, a que menos produz poeiras para o exterior do equipamento devido ao
isolamento;

26 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

• Não há instruções de limpeza nas máquinas;


• As máquinas não estão devidamente ligadas à terra.

Figura 26 - Sistema de isolamento das retificadoras

Após a retificação das dimensões da rolha, uma etapa responsável exclusivamente para a
remoção do TCA é realizada, o Naturity. Esse processo, desenvolvido pela Amorim, garante que
99,9% das rolhas estejam sem o composto indesejado. As rolhas que saem do Naturity caem em
uma esteira rolante até uma girafa (Figura 27) e, antes de entrarem nos contentores, são sujeitas à
aspiração. O processo do Naturity possui um ponto negativo que é a alta remoção da humidade
das rolhas, tornando-as quebradiças. Por isso, as rolhas voltam a passar por uma estufa super
ROSA para adequarem suas humidades.

Figura 27 - Sistema de aspiração do Naturity


A lavação das rolhas é a etapa seguinte à segunda passagem no super ROSA. Nessa parte
do processo, as rolhas entram em grandes tambores (Figura 28) onde serão misturadas com
compostos químicos (Figura 29) com o objetivo de retirar as sujidades e fornecer a coloração
requisitada pelo cliente. Na lavação, são utilizados principalmente três compostos, o hidróxido de

Carvalho, Edson 27
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

sódio (𝑁𝑎𝑂𝐻) conhecido popularmente como soda cáustica, o peróxido de hidrogénio (𝐻2 𝑂2) e,
por último, o bissulfato de sódio (𝑁𝑎𝐻𝑆𝑂4 ).
Nenhuma das substâncias apresenta níveis relevantes de inflamabilidade ou explosividade,
mas o peróxido de hidrogénio, por sua característica oxidante, pode reagir violentamente quando
em contato com substâncias orgânicas e causar incêndios ou explosões.
Esse processo pode ser dividido em quatro etapas, onde a primeira é a adição das rolhas,
do peróxido de hidrogénio, que irá funcionar como agente de branqueamento, e do hidróxido de
sódio, que irá garantir o meio básico para aumentar a eficiência do branqueamento, ao tambor de
lavação. A segunda etapa pode ser descrita como um enxague para lavar e remover os excessos
dos químicos anteriores. Em seguida, é utilizado o bissulfato de sódio para neutralizar o hidróxido
de sódio restante, e, por último, é feita uma secagem das rolhas para garantir a humidade relativa
adequada às especificações. Durante todo o processo de lavação descrito, outros químicos não
inflamáveis são inseridos no processo para que as rolhas atinjam a coloração adequada, a tabela a
seguir expõe quais são esses químicos e quais são as principais substâncias de suas composições
(Tabela 7).
Tabela 7 - Químicos não inflamáveis (V&L)
Nome Aplicação Substâncias do composto

LC-85 Lavação de rolhas de cortiça natural e aglomeradas Hidróxido de Sódio (8%)

LC-92S Lavação de rolhas de cortiça natural e aglomeradas Bissulfato de Sódio (2%)

AOPACK 35% Lavação de rolhas de cortiça natural e aglomeradas Peróxido de Hidrogénio (35%)

Produto de revestimento de base aquosa para a indústria de Amoníaco (0-2%);


LORCOR – 8084
cortiça. Óxido de Zinco (0-2%)

Emulsão de um copolímero vinil-acrílico


HYDROTOPCORK NEUTRO
Lavação de rolhas de cortiça natural e aglomeradas (60-66%); Dióxido de titânio (3-5%);
8009 M3 DL
Parafina (4-6%);

QUIMLAV R 44 Lavação de rolhas de cortiça natural e aglomeradas Hidrogenocarbonato amoníaco (10-25%)

Produto de revestimento de base aquosa para a indústria de


COVERCORK 114-N Resinas;
cortiça.

Emulsão de um copolímero vinil-acrílico


HYDROTOPCORK CREME
Lavação de rolhas de cortiça natural e aglomeradas (60-66%); Dióxido de titânio (3-5%);
8009 M3 C2 B
Parafina (4-6%);

Figura 28 - Tambores de lavação

28 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

Figura 29 - Local onde os químicos da lavação são utilizados

• Durante a lavação são utilizados apenas produtos químicos não inflamáveis e esses não
possuem local de armazenamento na unidade;
• Não há sistema de ventilação natural ou mecânica eficiente;
• O ventilador existente está fora da área dos químicos (Figura 30);
• O piso do local apresenta sinais de corrosão provenientes provavelmente de derrames;
• Os IBC’s são adequados para o transporte e armazenamento das substâncias;
• Não há ligação à terra dos tanques de alimentação ou dos misturadores.

Figura 30 - Ventilador nas proximidades dos químicos


A última triagem feita no processo é a escolha eletrônica (Figura 31), onde uma máquina
equipada com lasers e leds faz a leitura de cada rolha e a classifica em uma das categorias
existentes. As rolhas classificadas seguem então para a embalagem onde são empacotadas em
sacos de 5 mil rolhas. Para finalizar o processo, são retiradas amostras desses sacos para serem
analisados no laboratório com o objetivo de garantir que as rolhas estejam em conformidade com
o pedido do cliente.
Se alguma das características das rolhas não estiver em conformidade, uma reinserção no
processo produtivo será feita a partir da etapa relacionada à característica identificada. Caso
contrário, a rolha seguirá para comercialização.

Carvalho, Edson 29
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Figura 31 - Escolha eletrónica

• Nessa etapa há a formação de poeira no interior e exterior da máquina, sendo necessário


a aspiração desse resíduo pela tubagem de aspiração;
• Algumas máquinas não estão com seus sistemas de aspiração instalados (Figura 32);
• Apesar da elevada produção de poeira, o ambiente costuma estar adequadamente limpo;
• As instruções de limpeza são expostas no equipamento;
• No acompanhamento da atividade foi possível ver que os colaboradores utilizam o ar
comprimido e sopradores com o objetivo de manter a limpeza do ambiente, mesmo
havendo aspiradores próprios para a limpeza;
• As máquinas possuem ligação à terra.

3.1.2 Sistema de despoeiramento

Figura 32- Presença e ausência de sistema de aspiração na escolha eletrônica


A poeira removida pela aspiração é encaminhada para o filtro 01 (Figura 33) e, em seguida,
armazenada no silo de pó, onde ficará armazenada até ser consumida pela caldeira. O pó em
suspensão que não é removida pela aspiração tende a ser depositada na própria máquina, no chão
e nas paredes dos pavilhões.
Os colaboradores são instruídos a utilizar o ar comprimido para realizar a limpeza das
máquinas e do chão, mas apesar de visivelmente desfazer as camadas acumuladas, a poeira não
deixa de estar no perímetro envolvente. Ao utilizar o ar comprimido, poeiras ficam em suspensão

30 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

e, muitas vezes, jogadas para longe alcançando paredes, janelas e estruturas que não detém uma
periodicidade de limpeza tão acentuada. Assim, é normal que mesmo com a parte mais visível da
produção estando em boas condições de limpeza, os locais de difícil acesso tenham acumulação
de poeira de cortiça.

Figura 33 - Filtro de mangas F01


• Todos os filtros da unidade possuem um sistema de inundação manual que pode ser
utilizado em um incêndio no seu interior;
• Existem janelas de alívio de pressão (venting) nos filtros;
• As janelas de alívio estão direcionadas adequadamente para fora das instalações,
reduzindo o risco para os colaboradores e para a estrutura do edifício;
• Um equipamento do sistema GreCon está presente na entrada de ar dos filtros.
Mesmo com o sistema de aspiração e os procedimentos de limpeza, é comum encontrarmos
locais da unidade com poeiras, por isso, existem procedimentos específicos para locais de difícil
acesso como o interior de equipamentos e as condutas sobrelevadas de aspiração (Figura 34). Essas
limpezas normalmente são efetuadas pelos próprios operadores, pela manutenção ou por empresas
externas. A Tabela 8 mostra de forma resumida, o planejamento de limpeza de um dos três
pavilhões da V&L.
Tabela 8 - Planejamento de limpeza (V&L)
Local Equipamento Método Responsável Periodicidade
VSR’s Câmaras e silos Sopragem e limpeza a seco Operador Semestral
VSR’s Tapetes de carga Sopragem e limpeza a seco Operador Semestral
VSR’s Interior das máquinas Limpeza com água Externo Semestral
VSR’s Filtros Remoção de resíduos e aspiração Manutenção Semanal
VSR’s Bombas Aspiração e desinfeção Operador Semanal
VSR’s Área exterior acessível Limpeza a seco e limpeza com água Operador Semanal
VSR’s Tubagem de exaustão Desmontar e espatular Manutenção Semanal
VSR’s Portas Limpeza a seco e desinfeção Operador Semanal
VSR’s Girafas Limpeza a seco Operador Semanal
VSR’s Exterior das máquinas Limpeza a seco Operador Diário
Geral Paredes Aspiração e limpeza a seco Externo Mensal
Geral Contentores Limpeza com água Operador Semestral
Geral Chão e passadeiras Aspiração e limpeza a seco Externo Semanal
Geral Girafas de carga e descarga Sopragem e aspiração Operador Semanal
Geral Caminho de passagem Limpeza com água Externo Semanal
Geral Caminhos do empilhador Aspiração e limpeza a seco Externo Semanal
Geral Cantos e corredores de passagem Aspiração e limpeza a seco Externo Semanal
Geral Zona envolvente dos equipamentos Limpeza a seco Operador Diário
Geral Contentores plásticos brancos Limpeza a seco Operador Diário
Geral Contentores de resíduos Despejo Externo Diário
Geral Tubagens aéreas Aspiração e limpeza a seco Externo Semestral
Contadeira Máquina de contar Sopragem e limpeza a seco Operador Diário
ACM Exterior das máquinas Aspiração e limpeza a seco Operador Diário

Carvalho, Edson 31
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Figura 34 - Limpeza das tubagens aéreas


Além do pó produzido nas operações da V&L, frequentemente outras unidades
descarregam seus resíduos na unidade para que sejam consumidos na caldeira. Para isso, utiliza-
se a casa do pó (Figura 35), uma área fechada onde os camiões despejam pó de cortiça diariamente.

Figura 35 - Casa do pó V&L

• A casa do pó não possui um sistema de ligação a terra que possa impedir a formação
de eletricidade estática no camião durante o descarregamento do pó;
• Não foram identificados procedimentos de limpeza, independentemente da
periodicidade para o local;
• Não há nenhum sistema automático de combate a incêndio no interior da casa do pó;
• Os colaboradores responsáveis pela casa do pó utilizam fardamentos comuns;
• Os camiões não utilizam equipamentos corta-chamas para os escapamentos mesmo que
haja a sinalização no local expondo sua obrigatoriedade.
A casa do pó é, sem dúvidas, uma das partes mais críticas das instalações da VL quando
nos referimos a poeiras combustíveis. A suspensão de pó que é formada durante o descarregamento
é enorme e alcança o exterior do local mesmo com um sistema de aspiração próprio projetado para
minimizar essa dispersão. As paredes, vigas, tubagens e tudo que apresente alguma superfície
minimamente plana no interior da casa do pó possui permanentemente resíduos de cortiça. O pó
descarregado cai em um piso inferior através de uma grelha e é transportado para a cova da nora
onde é utilizado um sem-fim para abastecer propriamente a nora. A cova da nora também
representa um risco elevado de explosão devido a sua constante presença de pó de cortiça como é
visível nas Figura 36 e
Figura 37. A nora então alimentará o filtro 02 (Figura 38)
32 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

Figura 36 - Sistema de abastecimento da nora na cova

Figura 37 - Pavimento da cova da nora


• O motor do sem-fim não é adequado para atmosferas explosivas;
• A iluminação do local não é adequada para atmosferas explosivas;
• Não há um sistema eficiente de aspiração do pó, tornando o ambiente
permanentemente empoeirado;
• Não há nenhum detetor que possa sinalizar a possível ignição do pó no local;
• Em outras unidades industriais do grupo já houve incidentes envolvendo o local;

Figura 38 - Filtro 02, silo e casa do pó

Carvalho, Edson 33
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

• O silo possui um sistema de inundação manual para controlar possíveis incêndios no


seu interior;
• Não há detetores de temperatura no interior do silo, dificultando a identificação de
fogos latentes em seu interior;
• Painéis de alívio de pressão estão instalados no silo para reduzir as consequências de
uma explosão;
Por último, o pó é transportado do filtro para o silo e segue o mesmo caminho que o pó
produzido na própria unidade, passando pelo Mini-silo e sendo consumido pelas caldeiras. O
caminho completo do pó que passa pela Vasconcelos & Lyncke pode ser analisado no fluxograma
da Figura 39.

Figura 39 - Fluxograma do pó de cortiça da unidade V&L

3.1.3 Outros sistemas relevantes

Além das poeiras combustíveis de cortiça produzidas pelo processo, ainda há locais da
unidade em que se formam atmosferas explosivas por outros motivos, como o sistema de
carregamento de baterias (Figura 40). Esse espaço é suscetível à formação de atmosferas perigosas
devido à emissão de gás hidrogénio durante o processo de carregamento. Na V&L, apesar do local
ser aberto e o gás estar diluído na atmosfera da fábrica, o espaço costuma estar frequentemente
obstruído com sacos de rolhas.

Figura 40 - Zona de carregamento de baterias obstruída por sacos de rolha

34 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

• Existem 4 carregadores de baterias no local;


• A zona de carregamento das baterias está inserida no pavilhão sem qualquer
isolamento;
• O pavilhão não possui ventilação mecânica ou natural no topo do edifício, tornando
possível a acumulação de hidrogénio já que o mesmo é menos denso que o ar
atmosférico.
No laboratório de análises da unidade em questão, utiliza-se o álcool etílico 96º nas análises
de rotina e também uma solução diluída da substância para realizar a higienização de locais. O
etanol, como é conhecido, pode gerar atmosferas explosivas devido às suas propriedades
inflamáveis e pela quantidade que frequentemente está armazenada no local (Figura 41).

Figura 41 - Bidões de álcool etílico


• Os bidões de álcool estão armazenados no mesmo ambiente em que são feitas as
análises laboratoriais;
• Não há outro local na fábrica onde seja feito o armazenamento da substância, mesmo
que temporariamente;
• Normalmente a armazenagem permanente é de quatro bidões de 20 litros;
• A solução diluída de álcool etílico é armazenada em frascos de 500 mL para o uso na
limpeza.
As demais substâncias químicas utilizadas no processo produtivo não possuem
propriedades de reparo sob o ponto de vista de sua inflamabilidade e explosividade considerável,
tornando assim os locais onde esses são manuseados e armazenados seguros com relação à riscos
de formação de atmosferas explosivas.
Vale salientar que na V&L há um sistema de tubagens de gás natural que alimenta a fábrica
a partir de um posto de redução (Figura 42) e com aproximadamente 200 metros de tubagens, com
inúmeras flanges de conexão. Esse combustível serve como fonte de energia secundária para o
aquecimento das máquinas de lavação e para o arranque das caldeiras. Duas caldeiras antigas estão
conectadas à tubagem, mas estão fora de funcionamento, sendo a passagem do gás natural para
esses equipamentos impedida por uma válvula de bloqueio. O GN é altamente inflamável e capaz
de gerar atmosferas explosivas, sendo necessário ser levado na classificação das zonas de risco.

Carvalho, Edson 35
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Figura 42 - Posto de redução de gás natural

• Não há ligações equipotenciais em todas as flanges;


• Algumas ligações à terra estão desconectadas;
• Existe um detetor de gás natural para identificação de fugas nas proximidades da caldeira;
• A Figura 43 mostra a localização subterrânea da tubagem de gás.

Figura 43 - Planta de tubagens de gás natural da V&L

36 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

3.1.4 Informações das substâncias inflamáveis – V&L

Tabela 9 - Informações dos químicos inflamáveis (V&L)


Substância Ponto de Limite inferior Limite Densidade Temperatura Temperatura Energia Grupo de Classe de Pressão
inflamação de superior de relativa de autoignição de ebulição mínima de explosão temperatura máxima de
(ºC) explosividade explosividade (Ar=1) (ºC) (ºC) ignição explosão
(% Vol) (% Vol) (mJ) (bar)

Gás Natural -223 5 15 0.6625 540 -161.5 0.29 IIA T1 8.1


(G)

Hidrogénio - 4 77 0.07 560 -252.8 - IIC T1 8.3


(G)

Álcool Etílico 16 3.3 19 1.59 400 78 - - T2 -


(96%) (L)

Tabela 10 - Informações de poeiras combustíveis (V&L)


Temperatura
Limite inferior de Temperatura Constante de Classe de
mínima de ignição Energia mínima Pressão máxima Grupo de
Substância explosividade mínima de ignição poeiras Kst explosão de
em camada de 5 de ignição (mJ) de explosão (bar) explosão
(g/m^3) (ºC) (bar.m/s) poeiras
mm (ºC)

Poeira de cortiça 300 30 470 35 9.6 202 St2 IIIC


AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

3.2 Metodologia para avaliação de zonas com atmosferas explosivas

Para executar o trabalho de melhoria das condições de segurança envolvendo atmosferas


explosivas na Amorim Cork, será tomada como base a principal legislação portuguesa para este
tipo de riscos, designadamente o Decreto-Lei nº 236/2003. Este documento, bem como a IEC
60079-10 (parte 1 e 2), servirão de guia para classificar e quantificar as áreas de risco das unidades,
bem como sugerir medidas que possam reduzir a probabilidade da formação das atmosferas
explosivas e de elementos que possam gerar a ignição dessas atmosferas, de forma a ser possível
criar um sistema de proteção eficiente para que caso aconteça alguma explosão, as perdas humanas
e/ou materiais sejam minimizadas.
O tipo de substância causadora de atmosferas explosivas afeta diretamente o tipo de
metodologia aplicada. Gases e líquidos inflamáveis possuem formas diferentes de avaliação
quando comparadas com poeiras combustíveis, já que os parâmetros utilizados envolvem
grandezas físicas distintas. Assim, apesar de possuírem consequências semelhantes e medidas de
controlo que podem ser aplicadas nos dois cenários, a avaliação precisa ser ramificada devido a
essas particularidades de gases/líquidos e poeiras. O diagrama da Figura 44 aborda resumidamente
as etapas de determinação das zonas de atmosferas explosivas.

Figura 44 - Metodologia geral de avaliação de riscos de explosão

3.2.1 Metodologia para determinação das zonas de gases e vapores

Para a determinação das zonas de atmosferas explosivas de gases e vapores, é necessário


identificar todos os locais com tubagens e outras fontes de inflamáveis. Na unidade V&L, os locais
onde existem atmosferas explosivas devido a gases e vapores, resume-se à zona de carregamento
de baterias, as tubagens de gás natural e o laboratório de testes.
Identificadas as áreas onde são manuseadas, produzidas e ou armazenadas estas substâncias
perigosas, torna-se então necessário recolher informações referentes ao ambiente e ao composto
que gera a atmosfera explosiva, de modo a efetuar-se a classificação das zonas de acordo com a
norma IEC 60079-10-1. Essa norma é a base para a determinação das zonas perigosas de vários
outros países e a sua metodologia é a mais aplicada nos manuais de atmosferas explosivas, sendo,
por tanto, o motivo de sua escolha para o presente trabalho.
Assim, os dados necessários para a determinação das zonas segundo a IEC 60079-10-1
envolvem a efetividade da ventilação na atmosfera, a disponibilidade dessa ventilação e o grau de
fuga dos locais. Para que seja identificada qual a efetividade da ventilação dos locais são
necessários parâmetros da substância que poderá causar o risco e do ambiente em que o mesmo
está inserido. Com a obtenção dos valores da velocidade do ar do local e com o fluxo volumétrico
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

emitido por uma possível fuga, é possível utilizar o gráfico da Figura 45, de modo a encontrar o
tipo de diluição que a fuga terá no ambiente.

Figura 45 - Determinação do grau de diluição. Adaptado de (IEC, 2020)

A característica de vazão volumétrica da fonte de fuga (𝑄𝐶 ) é calculada a partir da


seguinte equação:
𝑅 .𝑇𝑎 .𝑊𝑔
𝑄𝐶 =
𝑝𝑎 .𝑀 .𝐿𝐼𝐼

Equação 3 - Cálculo de vazão volumétrica da fonte de fuga


Onde:
• R = Constante universal dos gases (J/kmol.K);
• 𝑇𝑎 = Temperatura ambiente (ºC);
• 𝑊𝑔 = Vazão mássica da substância (kg/s);
• 𝑝𝑎 = densidade do ar (Pa);
• M = Massa mola do gás/vapor (kg/kmol);
• LII = Limite inferior de inflamabilidade (kg/m^3);
Para avaliar a disponibilidade da ventilação, são considerados três níveis segundo a IEC
60079-10-1:
• Boa (Good): Em locais com ventilação constante;
• Razoável (Fair): Ventilação esperada nas condições normais. Momentos sem
ventilação são permitidas desde que não sejam frequentes e por períodos curtos;
• Insuficiente (Poor): Local em que as condições de Boa e Razoável não são atendidas,
mas os períodos sem ventilação não se prolongam por muito tempo.
Caso o local não atenda nem mesmo às especificações da categoria insuficiente, será
considerado que a disponibilidade da ventilação é tão baixa que independentemente da efetividade
da ventilação, deverá ser considerada uma diluição baixa.
Com a determinação das características da ventilação, deve ser estabelecido o grau de fuga
para que sejam obtidas todas as informações necessárias à classificação da zona.
O tipo de grau de fuga deverá levar em consideração as seguintes características:

Carvalho, Edson 39
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

• Contínuo (Continuous): Quando a fuga ocorre frequentemente ou permanentemente;


• Primário (Primary): Fuga ocasional durante a operação normal do equipamento;
• Secundário (Secondary): Não se esperam fugas durante a operação normal do
equipamento.
Com isso, é possível determinar o tipo de zona gerada por cada uma das possíveis fugas de
gases a partir da tabela presente na IEC 60079-10-1 ( Tabela 11).

Tabela 11 - Classificação das zonas de acordo com a ventilação e o grau de fuga (IEC, 2020)
Efetividade da diluição

Alta Média Baixa


Grau de fuga
Ventilação

Insuficien Boa, razoável


Boa Razoável Boa Razoável Insuficiente
te ou insuficiente

Não perigosa Zona 2 Zona 1 Zona 0 + Zona 0 + Zona


Contínuo Zona 0 Zona 0
(Zona 0*) (Zona 0*) (Zona 0*) Zona 2*** 1

Não perigosa Zona 2 Zona 2 Zona 1 + Zona 1 + Zona Zona 1 ou


Primário Zona 1
(Zona 1*) (Zona 1*) (Zona 1*) Zona 2 2 Zona 0***

Não
Não perigosa Zona 1 ou
Secundário perigosa Zona 2 Zona 2 Zona 2 Zona 2
(Zona 2*) Zona 0****
(Zona 2*)

(*) Zona que pode ser desprezada em condições normais;


(**) A Zona 2 criada por uma fonte secundária de fuga pode ser maior do que a criada por fugas contínuas e primárias, quando
isso ocorrer, a maior distância deverá ser levada em consideração;
(***) Zona 1 não é necessária, ou seja, Zona 0 que onde a liberação não é controlada pela ventilação e Zona 2 para quando a
ventilação falhar;
(****) Será Zona 0 se a ventilação for tão fraca e a liberação for tal que, na prática, uma atmosfera explosiva de gás existe
continuamente (ou seja, aproximando-se de uma condição de 'sem ventilação');

(+) Significa “rodeada por”;


Ventilação natural em locais fechados não são considerados bons.

A avaliação de qual é a zona mais adequada para os locais de fuga não é suficiente para
garantir a segurança dos locais. Por isso, é necessário estimar esse valor a partir do valor de vazão
volumétrica da possível fuga e o tipo de dispersão que ocorrerá caso a fuga se concretize. O gráfico
da Figura 46, extraído também da norma IEC 60079-10-1, classifica as dispersões em 3 tipos:
• Jato: Quando um gás ou vapor menos denso que o ar sair pelo local da fuga sem
encontrar nenhuma resistência;
• Difuso: Quando um gás ou vapor menos denso que o ar sair pelo local da fuga e
encontrar uma barreira como portas, paredes ou até mesmo outros equipamentos;
• Gás pesado: Quando o gás ou vapor é mais denso que o próprio ar, a tendência é que
ele se comporte como um líquido e escorra pelo chão, alcançando áreas mais distantes
e podendo ficar enclausurados em valas ou buracos.
Ao identificar o tipo de dispersão e com o valor da vazão volumétrica já utilizada para
determinação da ventilação, é possível então determinar qual será a área da zona classificada em
questão.

40 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

Figura 46 - Gráfico para determinação da extensão das áreas perigosas. Adaptado de (IEC, 2020)
Com as áreas identificadas e a extensão calculada, é possível aplicar o zoneamento na
unidade industrial, utilizando a simbologia recomendada pela própria norma (Figura 47, Figura 48
e Figura 49).

Figura 47 - Zona 0 (IEC, 2020)

Figura 48 - Zona 1 (IEC, 2020)

Figura 49 – Zona 2 (IEC, 2020)

3.2.2 Metodologia para determinação das zonas de risco para poeiras

A primeira etapa consiste na caracterização da poeira presente nas unidades industriais para
que seja possível compreender o nível de perigosidade desse pó ou de sua camada em máquinas e
equipamentos. O pó de cortiça é caracterizado como uma poeira St2 e suas características foram
já descritas na tabela 3.

Carvalho, Edson 41
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Em seguida, deverão ser identificados os percursos que o pó realiza na unidade e nas


demais zonas onde se podem vir a formar atmosferas explosivas, devido a presença de poeiras
combustíveis. A norma IEC 60079-10-2, aborda a classificação de zonas explosivas produzidas
por poeiras e nela são dadas as informações necessárias para a sua determinação.
A norma refere que ainda é necessário determinar a probabilidade de as fontes de fuga
ocorrerem nos locais identificados e, mediante essa informação, classificar as respetivas zonas.
Essa informação, pode e deve ser obtida baseada no tipo de equipamento, no histórico de
manutenções, bem como na periocidade das suas manutenções preventivas, por exemplo.
O grau de fuga dos equipamentos empoeirados é classificado, de acordo com a norma,
como contínuo, primário ou secundário. Apesar de poder ser alterada por vários fatores como a
pressão interna do equipamento ou a granulometria da partícula, essas categorias, à priori,
identificarão o tipo de zona que será aplicada à respetiva área.
• Fonte de fuga contínua: Aplicado em casos onde a presença de suspensões de poeira
é contínua ou é esperada por longos períodos (>1.000 horas anuais (CEI 31-35)). Como
exemplos de áreas de fuga contínua temos o interior das tubagens dos sistemas de
aspiração, o interior de determinados silos e vasos de mistura que possam conter o pó
de cortiça.
• Fonte de fuga primária: Quando as fugas são esperadas que ocorram periodicamente
ou ocasionalmente em operações normais (>10 horas e ≤ 1.000 horas anuais (CEI 31-
35)). Fugas primárias podem ser encontradas nas proximidades de pontos de abertura
de equipamentos que operam em ciclos, na abertura de big bags e na área suja de um
filtro de mangas.
• Fonte de fuga secundária: Fugas que não são esperadas em condições normais de
funcionamento do equipamento e, quando ocorrerem, existirão por curtos períodos
(>0.1 hora e ≤ 10 horas anuais (CEI 31-35)). Para exemplificar, podemos considerar
algumas zonas após a classificação 21 ou locais onde a estanquidade dos equipamentos
pode falhar.
Com as determinações das fontes de fuga, é possível identificar quais serão as zonas dos
locais utilizando como base a tabela presente na norma 60079-10-2 (Tabela 12).

Tabela 12 - Determinação das zonas de acordo com a presença de poeiras. Adaptado de (IEC, 2015)
Fonte de fuga Zona de classificação
Contínua 20
Primária 21
Secundária 22
Para que as zonas sejam efetivamente classificadas, também é necessário calcular a
extensão das zonas. Para isso, é preciso ter em mente que enquanto nos gases a sua densidade pode
implicar que estes subam à atmosfera ou se depositem no chão da fábrica, no caso das partículas
de poeiras, estas somente ficarão temporariamente em suspensão e eventualmente irão se depositar
nas máquinas, no chão, nas paredes ou nas tubagens. Assim, quando a zona for gerada por gases
inflamáveis mais densos que o ar ou por poeiras combustíveis, a extensão deverá ser ampliada até
o pavimento da instalação, pois a tendência é que a gravidade force as substâncias a se acumularem
no plano abaixo da fonte de fuga. Em casos onde uma máquina ou equipamento que possa gerar
uma fuga esteja sobre uma plataforma ou grade que permita a passagem de gases e poeiras, a
extensão da zona deverá atravessar o pavimento.
De acordo com a norma IEC 60079-10-2, a zona 20 tem como extensão todo o interior do
equipamento, onde existe permanentemente a presença de poeiras de cortiça. Como exemplo, todo
o volume interior dos ciclones, as respetivas tubagens de aspiração e outros locais que tem os pós

42 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

como característica intrínseca da sua função. A zona 21, semelhante à zona 20, preencherá todo o
equipamento que possa conter poeiras em condições normais de operação, como o lado sujo dos
filtros de mangas. Já no exterior dos equipamentos, de um modo geral, classificar-se-ão como
zonas 21 até a uma extensão de 1 m de raio da sua envolvência, sendo que esta extensão poderá
ser aumentada ou encurtada de acordo com as barreiras físicas do local e de outras condições
específicas como a frequência e eficiência das limpezas realizadas. Por fim, quando uma área
aberta obtiver a classificação 21, é recomendada a aplicação de zonas 22 de forma complementar,
após o limite das zonas 21. As zonas 22 são normalmente classificadas dessa forma quando há a
presença de fontes de fuga secundárias, possuindo uma extensão de 3 metros na maioria das
situações. Porém, a depender das circunstâncias e do layout do local, barreiras físicas como outras
máquinas, paredes ou outas estruturas podem-se tornar os limitantes das zonas.
Após obter a classificação e extensão das áreas, deve-se concretizar em peças desenhadas
a identificação das áreas classificadas nas unidades industriais, através das seguintes simbologias:

Figura 50 - Indicação de zona 20. Adaptado de (IEC, 2015)

Figura 51 – Indicação de zona 21. Adaptado de (IEC, 2015)

Figura 52 – Indicação de zona 22. Adaptado de (IEC, 2015)

3.3 Métodos de avaliação de risco

3.3.1 Método de avaliação de riscos de explosão – NTP 876

O método criado pelo Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo (INSHT),


órgão espanhol que é responsável pela criação das notas técnicas de proteção (NTP), utiliza as
inicialmente informações sobre a substância geradora do risco de explosão para compreender a
situação. A Tabela 13 mostra alguns dos parâmetros necessários para se compreender o contexto
e as propriedades da zona ATEX em questão.

Carvalho, Edson 43
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Tabela 13 - Parâmetros necessários para avaliação de zonas explosivas (NTP 876). Adaptado de (Notas Técnicas De
Prevención, 2010)
Gases, vapores e névoas Poeiras combustíveis
Limites de inflamabilidade e explosividade (LII, LSI,
Granulometria
LIE e LSE)
Temperatura de inflamação Concentração mínima de explosão
Temperatura de auto inflamação Energia mínima de ignição
Grupo e subgrupo (IIA, IIB e IIC) Temperatura de ignição em camada
Interstício experimental máximo de segurança Temperatura de ignição em suspensão
Energia mínima de ignição (EMI) Pressão máxima de explosão
Gradiente máximo de pressão Constante de explosividade
Corrente mínima de inflamação Resistividade/condutividade elétrica
Densidade relativa Concentração limite de oxigênio
Coeficiente de evaporação Suscetibilidade/estabilidade térmica
Com a obtenção desses parâmetros e conseguinte compreensão das características básicas
das substâncias, o passo seguinte é determinar a probabilidade de formação e duração das
atmosferas explosivas. Essa etapa está associada a determinação das zonas e, nessa dissertação,
será utilizado o método já citado da IEC 60079-10-1 e 60079-10-2 para isso.
Além da determinação das zonas, deve considerar-se a probabilidade de existir uma ignição
nos locais classificados. Todas as 13 fontes de ignição citadas previamente devem ser consideradas
em um primeiro momento e apenas após análise do contexto da zona poderão ser desconsideradas.
Essa análise deve considerar os locais ATEX, durante o funcionamento normal, durante paragens,
manutenções e primeira/última utilização. Ao identificar as possíveis fontes de ignição, também é
necessário avaliar a sua probabilidade de aparição. O método divide essa variável em três
categorias:
1. Quando a probabilidade de surgimento é constante/frequente ou quando um
equipamento inserido na zona pode gerar fontes de ignição durante sua operação
normal;
2. Quando a probabilidade de surgimento é depende de circunstâncias raras ou quando
um equipamento inserido na zona pode gerar fontes de ignição apenas em caso de
falhas;
3. Quando a probabilidade de surgimento é depende de circunstâncias muito raras ou
quando um equipamento inserido na zona pode gerar fontes de ignição apenas em
caso de falhas muito raras.
Assim, com as zonas classificadas e as fontes de ignição avaliadas, é possível utilizar a
matriz presente na descrição do método (Tabela 14) para classificar como negligenciável, muito
baixa, baixa, média, alta e muito alta a probabilidade de materialização do risco na zona ATEX.

Tabela 14 - Probabilidade de materialização do risco derivado de ATEX. Adaptado de (NTP, 2010)


Não classificada Zonas 2/22 Zonas 1/21 Zonas 0/20
Fonte de ignição
Negligenciável Negligenciável Negligenciável Negligenciável
inexistente
Possível ignição em
caso de disfunção rara Negligenciável Muito baixa Baixa Média
ou falha não previsível
Possível ignição em
caso de disfunção ou Negligenciável Baixa Media Alta
falha previsível
Possibilidade de ignição
em funcionamento Negligenciável Média Alta Muito alta
normal

44 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

O método propõe associar a probabilidade de materialização do risco obtida com a


gravidade das consequências para então determinar o nível do risco. A gravidade citada no método
é subdividida em 4 categorias: baixa, média, alta e muito alta. De forma que, apesar de explosões
estarem normalmente associados a um nível elevado de gravidade devido as suas ondas de choque,
radiação térmica, projeção de estilhaços, ruído, queda de estruturas, chamas e emissão de
substâncias perigosas, é necessário considerar a extensão dos danos, a eficiência das medidas de
proteção existentes, a fiabilidade dos sistemas de proteção, a possibilidade de burlar os sistemas
de prevenção e proteção, o efeito dominó em caso de explosões secundárias (NTP, 2010). Com
isso, o utilizador do método poderá, após essa ponderação, obter o nível de risco da zona de acordo
com a Tabela 15.
Tabela 15 - Valorização do risco (NTP 876). Adaptado de (NTP, 2010)
Severidade das consequências
Probabilidade de
Baixa Média Alta Muito alta
materialização
Muito baixa Risco leve Risco médio Risco médio Risco alto
Baixa Risco leve Risco médio Risco alto Risco muito alto
Média Risco leve Risco alto Risco alto Risco muito alto
Alta Risco médio Risco alto Risco muito alto Risco muito alto
Muito alta Risco médio Risco muito alto Risco muito alto Risco muito alto

3.3.2 Método de avaliação de riscos de explosão – RASE

De forma a atender a Diretiva 94/9/CE, a metodologia serve de guia para a prevenção e


proteção de explosões através de uma avaliação de risco. Dessa forma, o RASE estrutura e define
o que é necessário para executar uma avaliação de risco em zonas ATEX.
O documento tem sua avaliação de risco dividida em:
1. Determinação da intenção do uso;
2. Identificação dos perigos, situações perigosas e eventos perigosos;
3. Estimativa dos riscos;
4. Avaliação dos riscos.
O primeiro passo indica a necessidade de se determinar a intenção do uso da metodologia.
Para isso, deve-se ter um entendimento abrangente de todo equipamento ou sistema em que a
atmosfera explosiva está inserida. No anexo da norma há uma série de recomendações de
informações e características que podem facilitar a compreensão da zona explosiva e devem ser
levadas em consideração para realizar a avaliação do risco. Alguns dessas informações sugeridas
estão elencados na Tabela 16.
O método sugere ainda que, em operações e sistemas complexos (que não é o caso estudado
nessa dissertação) é necessário a elaboração de uma análise de estado do processo onde em cada
operação unitária do sistema sejam identificados o estado físico das substâncias, as variações de
energia e o tipo de processo que se procedeu.
Com as informações obtidas é possível ter conhecimento suficiente sobre o contexto em
que as atmosferas explosivas são formadas, bem como as substâncias e equipamentos que estão
relacionados, para prosseguir na metodologia. Por isso, o próximo passo que deve-se dar na
avaliação do risco diz respeito à identificação dos perigos e situações perigosas que, no caso das
atmosferas explosivas, está associado principalmente, mas não exclusivamente, às fontes de
ignição. De forma que os 13 tipos citados na norma EN 1127-1 devem ser avaliados e considerados
relevantes ou não para a situação.

Carvalho, Edson 45
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Tabela 16 - Características do sistema/equipamentos necessárias para a avaliação (RASE). Adaptado de (Rogers,


2000)
Elementos constituintes e parâmetros a serem Fatores e relações que podem influenciar o risco
considerados
Fases da vida do equipamento: Montagem, instalação, ajustes de configuração,
• Construção; programação, formação, operação, limpeza, descoberta de
• Transporte e comissionamento; falhas, manutenção;
• Uso pretendido; Efeitos externos: humidade, vibração, contaminação,
• Descomissionamento. sobretensões;
Limitações do equipamento: Condições das áreas adjacentes: condições de operação
• Limitações do uso; severas, movimentações bruscas, alterações nas condições
• Limitações espaciais; ambientais, geometria e arranjo físicos;
Ações que devem ser tomadas em situações específicas, na
• Limitações temporais.
ordem correta e integralmente: balanço de energia, reduzir
Definições precisas:
o tempo de exposição de outras pessoas ao processo e aos
• Função;
perigos;
• Tarefa;
Funcionamento seguro para a finalidade pretendida,
• Uso pretendido; incluindo mudança de processos;
• Operações normais; Estado de operação:
• Fluxo de energia; • Energia (calor, temperatura, pressão, frio);
• Materiais e substâncias que estão • Características (misturas, sprays, transporte, etc);
relacionados; • Condições físicas da substância (sólido, líquido,
• Sinal e informação processada; pó, granulado, etc);
• Níveis de performance. Objetivos da qualidade e estrutura organizacional,
Processos que não costumam estar associados à responsabilidades e poder da administração em relação à
operação normal do equipamento: qualidade do produto;
• Paragem; Estabelecimento e aprimoramento da documentação
• Arranque; técnica, como a descrição do equipamento, design
• Defeitos; conceitual e desenhos técnicos/plantas, bem como os
• Avarias devido a acidentes; memoriais de cálculo.
• Desligamento. Monitoramento da operação efetiva do sistema de
Construção do equipamento ou sistema com o qualidade;
adendo do conhecimento técnico de proteção contra Auditorias periódicas.
explosões e garantia de qualidade.

Essas fontes de ignição deverão ser associadas a cada uma das atmosferas explosivas
existentes de forma semelhante ao que é mostrado na Tabela 17. A efetividade da fonte de ignição
pode ser classificada em baixa, média ou alta e essa informação será crucial para determinar a
criticidade de cada uma das situações.
Tabela 17 - Registo da identificação dos perigos. Adaptado de (Rogers, 2000)
Atmosfera explosiva Fonte de ignição

Ref Tipo Frequência de Localização Tipo Causa Probabilidade Efetividade da


ocorrência fonte de ignição

Para proceder com a estimativa do risco, o método considera cada uma das situações
referenciadas na Tabela 17 como alvo pertinente da estimativa. A severidade e a frequência são os
dois principais parâmetros que irão, em conjunto com as informações recolhidas previamente,
fornecer uma análise qualitativa dos riscos de explosão associados a cada conjunto atmosfera
explosiva-fonte de ignição.
A avaliação da severidade passa pela classificação da consequência em um dos 4 níveis:
catastrófico quando há mortes ou perdas de sistemas produtivos, maior quando há várias pessoas
lesionadas/doentes ou grandes danos ao sistema produtivo, menor quando houver a possibilidade
de causar ferimentos leves ou pequeno dano ao sistema produtivo e negligenciável quando as
lesões forem ainda mais superficiais ou houver algum dano ao sistema produtivo.

46 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

Quanto a frequência, as classificações estão associadas ao tempo de exposição daquelas


situações de risco. Subdividindo-se em:
• Frequente – Quando a situação é provável de ocorrer frequentemente;
• Provável – Quando se prevê que a situação ocorrerá várias vezes durante a
existência do sistema;
• Ocasional – Quando é provável que ocorra em algum momento durante a existência
do sistema;
• Remota – Quando é pouco provável, mas pode acontecer durante a existência do
sistema;
• Improvável – Quando é improvável ao ponto de se considerar que não irá ocorrer.
A formação de uma matriz com as informações de frequência e severidade é apresentada
pela norma na Tabela 18. Onde o risco estimado é classificado em uma escala de 4 níveis variando
em escala crescente de risco do D até o A.
Tabela 18 - Níveis de risco (RASE). Adaptado de (Rogers, 2000)
Severidade
Frequência Catastrófico Maior Menor Negligenciável
Frequente A A A C
Provável A A B C
Ocasional A B B D
Remoto A B C D
Improvável B C C D
Com a estimativa do risco realizada, cabe ao avaliador determinar quais medidas deverão
sofrer intervenção para ter suas condições de segurança otimizadas e quais poderão ser
consideradas aceitáveis. Situações onde o risco é classificado como A devem ser considerados
intoleráveis e precisam necessariamente sofrer intervenções, enquanto situações de risco D podem
mais facilmente serem enquadradas dentro do limite de aceitabilidade.

3.4 Medidas de controlo

Após a identificação, classificação e zoneamento dos locais de risco de explosão, foram


avaliadas as medidas presentes para minimizar ou remover os riscos nos locais encontrados e,
quando necessário, recomendadas novas ações que possam complementar as existentes de forma
a trazer um ambiente mais seguro para os colaboradores.
Uma das principais medidas de controlo existente é a presença de um sistema de aspiração
constante que impede parte do pó gerado de ser lançado ao ar após ser produzido. Esse sistema de
aspiração está presente em todos os equipamentos que podem produzir ou propagar o material e
conta ainda com um sistema de deteção e extinção de chispas que impede a ignição dessa poeira
combustível em seu interior. Outras medidas de controlo existentes na V&L podem ser analisadas
na tabela presente no apêndice 2.

Carvalho, Edson 47
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

PARTE 2

48 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

4 RESULTADOS

Como resultado dessa dissertação, foram obtidas uma série de informações relativas às
atmosferas explosivas da unidade industrial Vasconcelos & Lyncke. Informações essas que, para
serem mais bem compreendidas, foram fracionadas em tabelas que estão presentes no apêndice 2,
estando divididas no ficheiro nas categorias: “classificação de zonas”, “medidas de controlo”,
“avaliação de risco NTP 876” e “avaliação de risco RASE”.

4.1 Zonas classificadas

Ao utilizar os métodos descritos pela IEC 60079-10-1 e 60079-10-2, foi possível calcular o
tipo e a extensão de todas as zonas geradas pela presença de gás natural e pelo pó da cortiça.
Porém, foi preciso recorrer à normativas adicionais para a identificação das zonas em duas
situações: a presença de bidões de álcool etílico no laboratório de análise e a emissão de hidrogénio
durante o carregamento de baterias. Essas normas complementares foram respetivamente a EI 15
(Classificação de áreas para instalações que manipulem fluidos inflamáveis) e a IEC 62485-3.
É importante salientar que para facilitar a comparação e entendimento não foram utilizados
os números absolutos de zonas de atmosferas explosivas na apresentação dos gráficos seguintes.
O que está exposto nos resultados é uma codificação, devidamente demonstrada no apêndice 2, de
zonas ATEX geradas pelas exatas mesmas condições (mesmo equipamento, substância,
funcionamento, dimensões, etc). Esse código será utilizado em todas as tabelas de resultados de
forma a simplificar a associação dos locais com zonas explosivas com suas particularidades. Por
exemplo, a codificação 1.1 sempre estará associada à secção interior do posto de redução e medida
de gás natural. A associação das zonas e suas codificações estão presentes no apêndice 2.
A Tabela 19 mostra o cabeçalho da tabela citada anteriormente e presente no apêndice 2, a
qual contém todas as informações de caracterização obtidas. Essas informações serão
fundamentais para o entendimento de todos os outros resultados apresentados e a codificação será
utilizada para associar todas as informações.
Tabela 19 – Cabeçalho da tabela com a determinação das zonas com atmosferas explosivas da V&LLocal/Área

Substância Equipamento Secção ou Codificação Fuga Diluição Ventilação Zona Extensão


Momento da zona da zona

Ao realizar a determinação das zonas e suas respetivas extensões, foram identificados oito
tipos de locais propícios para a formação de atmosferas explosivas referentes à gases, vapores e
névoas inflamáveis e 27 envolvendo poeiras combustíveis. O gráfico mostrado a seguir (Figura
53) especificam as quantidades de cada uma das seis zonas que estão presentes na V&L, sendo as
zonas 0 e 20 as que estão presentes em menor e maior quantidade respetivamente. No gráfico,
apenas são consideradas as zonas codificadas, ou seja, zonas geradas nas mesmas condições
(mesmo equipamento, mesma substância e mesmas dimensões) não são contabilizadas mais de
uma vez.
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Zonas classificadas
20 16
15
10 8
6 5
5 2
0
0
Zona 20 Zona 22 Zona 2 Zona 21 Zona 1 Zona 0

Figura 53 - Quantidades de zonas codificadas por tipo de zona

4.1.1 Equipamentos permitidos por cada local avaliado

De acordo com a classificação das zonas e com a substância que está associada a esse local
de risco, a norma IEC 60079-14 determina as propriedades que os equipamentos a serem utilizados
precisam de possuir. A listagem das características dos equipamentos de acordo com a codificação
criada para cada zona pode ser encontrada no apêndice 2, mas na Tabela 20 expõe-se o cabeçalho
da tabela, onde se pode verificar quais são as informações fornecidas.

Tabela 20 – Cabeçalho da tabela com as características dos equipamentos permitidos em cada zona
Temperatura de
Secção Nível de Classe de
Codificação Grupo de ignição (poeiras)
Equipamento ou Substância Zona proteção temperatura
da zona substância
Momento exigido (gases)
Camada Suspensão

Ao analisar o nível de proteção exigido por zona, obtemos o gráfico da Figura 54, em que
mostra a quantidade de zonas que cada nível de proteção pode ser utilizada.

Zonas codificadas em que os níves de proteção podem ser utilizados


40 29

20 13
8 8 8 6
0
Da Db Dc Ga Gb Gc

Figura 54 - Quantidades de zonas em que cada nível de proteção pode ser utilizado

4.2 Avaliação das fontes de ignição

A análise da existência de fontes de ignição em cada uma das 37 zonas codificadas de


atmosferas explosivas formadas por circunstâncias únicas identificou que quatro das treze fontes
estão presentes em todas as situações, sendo elas: chamas e gases quentes, aparelhos elétricos,
eletricidade estática e descargas atmosféricas. Por outro lado, outras seis fontes de ignição não
foram identificadas em nenhuma circunstância na unidade industrial (correntes elétricas de fuga e

50 Conclusões e perspetivas futuras


AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

proteção catódica, ondas eletromagnéticas de frequência de rádio, ondas eletromagnéticas,


radiação por ionização, ultrassons e compressões adiabáticas e ondas de choque).
A Figura 55 mostra a quantidade de zonas codificadas no item anterior em que cada uma das
fontes de ignição está presente com a especificação de quais substâncias estão associadas.

Quantidades de fontes de ignição identificadas nas zonas codificadas


37 37 37 37 35
40
30
20
9
10 1 0 0 0 0 0 0
0
CH/GQ AE EE DA FGM SQ RQ CEF/PC OE RE RI US CA/OC

Figura 55 – Quantidades de zonas codificadas em que cada fonte de ignição está presente

4.3 Medidas de controlo existentes

Na V&L, as zonas de atmosferas explosivas são geradas principalmente por 4 substâncias


(gás natural, álcool etílico, hidrogénio e o pó de cortiça) e em todos os locais em que há a presença
desses compostos perigosos existem medidas de controlo a fim de reduzir o risco de acidentes.
Nas figuras abaixo (Figura 56, Figura 57, Figura 58 e Figura 59) são mostradas o número de
medidas por substância segundo as seguintes tipologias: controlo da formação de atmosferas
explosivas, controlo de fontes de ignição (SQ, CH/CQ, FGM, AE, EE, DA) e redução de danos de
explosão. A lista completa de medidas de proteção pode ser encontrada no apêndice 2. Enquanto
isso, a Figura 60 mostra o número total de medidas de controlo diferentes tomadas na unidade
industrial.

Medidas de controlo existentes em áreas com pó de cortiça


10 7
5 3 3 2 2 2
0 0
0
Redução de Formação de FGM SQ CH/CQ EE AE DA
danos de zonas ATEX
explosões

Figura 56 - Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas pelo pó de cortiça

Medidas de controlo existentes em áreas com gás natural


4 3 3
2
2 1
0 0 0
0
EE Redução de CH/CQ Formação de FGM AE DA
danos de zonas ATEX
explosões

Figura 57 – Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas por gás natural

Carvalho, Edson 51
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Medidas de controlo existentes em áreas com gás hidrogénio


4 3
3 2
2 1 1 1 1
1 0 0
0
Redução de CH/CQ SQ AE EE Formação de DA FGM
danos de zonas ATEX
explosões

Figura 58 - Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas por gás hidrogénio

Medidas de controlo existentes em áreas com álcool etílico


4 3
3 2 2
2 1
1 0 0 0 0
0
Redução de Formação de CH/CQ EE FGM AE DA RQ
danos de zonas ATEX
explosões

Figura 59 – Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas por álcool etílico

Total de medidas de controlo existentes


7 7
8
6 3 3 3
4 2 1
2 0 0
0
Formação Redução de SQ FGM EE CH/CQ AE DA RQ
de zonas danos de
ATEX explosões

Figura 60 – Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas ATEX da V&L

4.4 Avaliação do risco de explosão


4.4.1 Método NTP 876
Ao aplicar a metodologia NTP 876, foi possível elaborar a tabela apresentada no apêndice
2. Os dados retirados da tabela permitiram construir o gráfico da
Nível de risco das zonas codificadas (NTP 876)
18 19
20
15
10
5
0 0
0
Baixo Médio Alto Muito alto

Figura 61, em que se detalha o número de zonas codificadas que foram enquadradas em cada
um dos 4 níveis de risco estipulados pelo método NTP 876 (baixo, médio, alto e muito alto).

52 Conclusões e perspetivas futuras


AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

Nível de risco das zonas codificadas (NTP 876)


18 19
20
15
10
5
0 0
0
Baixo Médio Alto Muito alto
Figura 61 - Nível do risco das zonas ATEX codificadas baseado no método NTP 876

4.4.2 Método RASE

A etapa inicial da metodologia requer uma caracterização exaustiva das condições em que
são formadas as atmosferas explosivas. Essa caracterização foi realizada nos tópicos anteriores
com a classificação das zonas ATEX, com a identificação das fontes de ignição presentes em cada
uma das zonas, com o detalhamento das propriedades e características das substâncias envolvidas
e com as demais informações descritas ao longo da dissertação.
A identificação dos perigos utilizando o método RASE está exposta no apêndice 2, com uma
tabela que utiliza uma ramificação da codificação de zona associada à fonte de ignição. O método
destrinçou as 37 zonas ATEX em outras 230 situações de risco e definindo um nível de efetividade
da fonte de ignição naquele cenário. Com os dados obtidos, foi possível gerar a tabela presente na
Figura 62.

Efetividade das fontes de ignição


188
200

100 42
0
0
Baixa Média Alta

Figura 62 - Efetividade das fontes de ignição em cada situação


Ao continuar com o procedimento do método, foram determinadas a frequência e a
severidade de cada uma das situações de risco baseado na escala e definições do próprio método.
A tabela completa pode ser verificada no apêndice 2, contudo o gráfico a seguir (Figura 63)
transpõe as informações sobre o nível de risco.

Nível de risco das zonas codificadas (RASE)


150
113 117
100

50
0 0
0
D C B A

Figura 63 - Nível do risco das zonas ATEX codificadas baseadas no método RASE

Carvalho, Edson 53
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

4.5 Medidas de controlo recomendadas

Com o objetivo de aprimorar as condições de segurança da unidade Vasconcelos & Lyncke,


foram feitas sugestões técnicas baseadas na diretiva ATEX que norteiam este trabalho, no
conhecimento adquirido a partir dos demais referenciais técnicos e teóricos, e no conhecimento
possuído pelos trabalhadores e responsáveis técnicos. Todas as medidas de controlo recomendadas
por zona codificada podem ser encontradas no apêndice 2, e, a seguir, as medidas estão
contextualizadas de forma a explicar a sua importância.
As medidas de controlo recomendadas expostas no apêndice 2 foram utilizadas para a
construção dos gráficos a seguir (Figura 64, Figura 65, Figura 66 e Figura 67) que associam as
medidas com a sua tipologia do controlo e ainda o gráfico da Figura 68 onde é mostrado de uma
maneira geral todas as medidas recomendadas independentemente da substância que se gera na
zona.

Medidas de controlo recomendadas em áreas com pó de cortiça


10 8
8
6 4
3 3
4 2 2 2
1
2 0
0
CH/CQ Formação EE Outras SQ AE DA FGM Redução de
de zonas formas de danos de
ATEX controlo explosões

Figura 64 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para a poeira de cortiça

Medidas de controlo recomendadas em áreas com gás natural


4 3 3
3 2 2 2
2 1 1
1 0
0
EE Outras formas CH/CQ AE DA Formação de FGM Redução de
de controlo zonas ATEX danos de
explosões

Figura 65 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para o gás natural

Medidas de controlo recomendadas em áreas com gás hidrogénio


6 4
4 2 2 2 2
2 1 1 1
0
Formação de SQ AE DA Outras formas CH/CQ EE Redução de
zonas ATEX de controlo danos de
explosões

Figura 66 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para o hidrogénio

54 Conclusões e perspetivas futuras


AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

Medidas de controlo recomendadas em áreas com álcool etílico


3 2 2 2 2 2 2
2 1 1
1
0
CH/CQ AE DA RQ Redução de Outras formas Formação de EE
danos de de controlo zonas ATEX
explosões

Figura 67 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para o álcool etílico

Total de medidas de controlo recomendadas


9 9
10
8 5
6 4 3
4 2 2 2 1 1
2
0
Formação CH/CQ EE Outras SQ AE DA RQ FGM Redução de
de zonas formas de danos de
ATEX controlo explosões

Figura 68 – Tipologia das medidas de controlo recomendadas para controlar as zonas ATEX da V&L

As medidas recomendadas estão na tabela do apêndice 2, e descrevem o que deve ser feito
para controlar a formação de atmosferas explosivas, controlar as fontes de ignição possíveis,
reduzir os danos que uma explosão pode causar naquele sector e, por último, apresenta ainda
formas de controlo que não se enquadram nas categorias anteriores de controlo por estarem
associadas a formações, instruções de trabalho e outras questões organizativas.
O interior da casa do pó, que é uma das zonas mais críticas da unidade industrial, teve
recomendações em quase todas as formas de controlo citadas anteriormente, envolvendo desde o
aumento do caudal do sistema de aspiração para melhor controlar o pó, até a implementação de
para-raios para impedir a ignição da atmosfera através de uma descarga atmosférica. Já no interior
da cova da nora, as recomendações realizadas englobam desde alterações de equipamentos como
motores e luminárias por não possuírem proteção adequada para a zona em que estão inseridos,
até a sinalização na entrada do local.

4.6 Reavaliação do risco de explosão

Foram feitas reavaliações das situações de risco utilizando os métodos NTP 876 e RASE
com a suposta implementação de todas as medidas de controlo recomendadas, obtendo os
seguintes gráficos (Figura 69 e Figura 70).

Carvalho, Edson 55
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Nível de risco antes e após as medidas recomendadas (RASE)


25 23
18 19
20
15
9
10 5
5 0 0 0
0
Baixo Médio Alto Muito alto

Antes das medidas recomendadas Depois das medidas recomendadas

Figura 69 - Nível do risco antes e depois das medidas corretivas - RASE

Nível de risco antes e após as medidas recomendadas (NTP 876)


150 125 117
113
100 83

50 22
0 0 0
0
D C B A

Antes das medidas recomendadas Depois das medidas recomendadas

Figura 70 - Nível do risco antes e depois das medidas corretivas - NTP 876

4.7 Resultados comparativos entre os métodos de avaliação

A forma como os dois métodos tratam a situação de risco é diferente, por isso, não podem
ser comparados diretamente quanto aos números absolutos. O método NTP 876 considera a
avaliação apenas da zona ATEX classificada e o RASE considera cada conjunto zona-fonte de
ignição, de forma que a diferença entre a quantidade de pontos analisados é bastante expressiva.
Enquanto o NTP 876 avalia 37 zonas, o RASE destrinça cada uma das zonas de acordo com sua
fonte de ignição resultando em 230 conjuntos analisados. Dessa forma, a comparação entre
métodos só é possível quando se toma a percentagem de níveis de risco identificadas por cada
método, resultando na Figura 71.

Comparação em % dos resultados dos métodos de avaliação de risco


antes das medidas recomendadas
0,60 0,49 0,49 0,51 0,51
0,40
0,20
0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
Baixo / D Médio / C Alto / B Muito alto / A

NTP 876 RASE

Figura 71 - Comparação em % do nível de risco estabelecido pelos métodos NTP 876 e RASE antes as medidas de
controlo recomendadas

56 Conclusões e perspetivas futuras


AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

Comparação em % dos resultados dos métodos de avaliação de risco após


as medidas recomendadas
0,80
0,62
0,60 0,54

0,36
0,40
0,24
0,20 0,10 0,14
0,00 0,00
0,00
Baixo / D Médio / C Alto / B Muito alto / A

Figura 72 - Comparação em % do nível de risco estabelecido pelos métodos NTP 876 e RASE após as medidas de
controlo recomendadas

4.8 Manual de proteção contra explosões

Com as informações sobre as substâncias compiladas, as zonas de atmosferas explosivas


classificadas, as medidas de proteção identificadas e as sugestões de melhoria elencadas, foi criado
um manual de proteções contra explosões para a unidade industrial Vasconcelos & Lyncke. Além
de ser uma obrigatoriedade legal descrita no Decreto-Lei n.º 236-2003, o manual contribui para
que os responsáveis entendam a necessidade de se tomarem medidas de segurança com vista a
melhorar as condições e aperfeiçoar as zonas perigosas, sendo as mesmas delimitadas no próprio
documento. O manual se encontra no apêndice 3 e deve ser revisto sempre que houver alterações
estruturais na fábrica ou quando um novo processo ou substância for inserido, seja ele relacionado
com a produção ou não.

Carvalho, Edson 57
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

5 DISCUSSÃO

5.1 Classificação das zonas, equipamentos adequados e fontes de ignição

A aplicação do método presente na IEC 60079-10-1 e 60079-10-2 em conjunto com outras


normas, forneceu a classificação das zonas presentes na unidade V&L. A Figura 53, mostra o
número expressivo de zonas com poeiras combustíveis continuamente presentes (zona 20) em
comparação com as zonas geradas por gases e vapores (não há zonas 0). É fácil perceber o que
leva a esses valores, já que uma das principais etapas de processamento da rolha é a retificação,
onde a geração do pó é inevitável. Mesmo com o sistema de aspiração, esse pó é carregado até as
etapas posteriores, tornando-o presente em todos os locais da linha de produção.
Tendo em vista o nível de perigosidade que essas zonas possuem, os equipamentos que ali
funcionam precisam ser devidamente adequados para que não se tornem a fonte de ignição da
atmosfera explosiva. A grande presença de atmosferas explosivas, exige uma adequação das
ferramentas e equipamentos para as atmosferas de gases e vapores. De forma que essa quantidade
de zonas 20 tornam a existência de equipamentos com proteção “Da” extremamente necessárias e
pertinentes pois é o único nível de proteção em que se podem realizar atividades em zonas de alto
risco, como é o caso da casa do pó, da cova da nora e ainda de outros locais onde a presença do pó
é permanente e considerável.
A presença de fontes de ignição nas zonas classificadas foi avaliada e resultou na constatação
de que 7 tipos de fontes de ignição estão presentes na fábrica, sendo essas as chamas e gases
quentes, aparelhos elétricos, eletricidade estática, faíscas geradas mecanicamente e descargas
atmosféricas, que estão presentes em 95% das zonas classificadas, as reações exotérmicas que
estão presentes no laboratório de análise e as superfícies quentes que estão presentes numa pequena
parte das situações identificadas, encontrando-se associadas principalmente aos motores presentes
nas máquinas ou veículos. Dessa forma, não foram identificadas as seguintes fontes de ignição na
unidade industrial: correntes elétricas de fuga e proteção catódica, ondas eletromagnéticas,
radiação ionizante, ultrassons e compressões adiabáticas e ondas de choque.
Quando se leva em consideração apenas os setores onde há etapas da produção de rolhas, é
possível notar que a retificação é o local mais crítico quanto às atmosferas explosivas. O motivo é
que é nesse sector em que as rolhas são lixadas ou cortadas, formando uma quantidade elevada de
poeiras que não são totalmente controladas pelo sistema de aspiração. Os outros setores, apesar de
também trabalharem as rolhas, não possuem processos tão abrasivos.
Enquanto isso, o processo Naturity realizado nos VSR’s tem a menor contribuição para a
geração de zonas classificadas pois o único local onde há uma presença considerável de poeiras é
no transporte das rolhas antes e após o seu tratamento.

5.2 Medidas de controlo existentes e recomendadas

O controle das atmosferas explosivas na V&L pode ser mais bem compreendida ao dividir
as zonas de acordo com a substância que as geram. As zonas ATEX relacionadas com o gás
hidrogénio resultante do recarregamento das baterias e com o álcool etílico utilizado no
laboratório, não possuem medidas de controlo relevantes implementadas. Por outro lado, as zonas
classificadas devidas ao gás natural, envolvendo principalmente o PRM e as tubagens de
transporte, possuem medidas de controlo mais visíveis, até mesmo pelo fato de existir uma equipe
externa responsável por esse sistema.

58 Conclusões e perspetivas futuras


AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

O maior esforço da Amorim no que diz respeito ao controlo das zonas ATEX está
principalmente atrelado ao combate ao pó de cortiça presente em toda fábrica. As limpezas são
executadas frequentemente e, ao visitar a unidade, é possível notar que há um esforço e
preocupação em combater a presença de pó nas instalações, seja por causa da higiene alimentar ou
para evitar a formação de atmosferas explosivas, motivo pelo qual os pavilhões costumam estar,
de forma geral, em boas condições de limpeza. Em afinidade com o que é descrito em (Frank,
2004), uma limpeza eficiente dos locais de trabalho é uma das formas mais eficientes de controlo
de atmosferas explosivas geradas por poeiras combustíveis.
A classificação das zonas ATEX e a identificação das medidas de controlo existentes
serviram de alicerce para que fossem feitas sugestões de novas medidas que possibilitem a redução
do risco existente. Essas medidas, elencadas detalhadamente no apêndice 2, reduzem o risco
alterando a frequência da existência da situação de risco, que é um dos valores que influenciam
diretamente no risco. A justificação para cada medida recomendada está exposta no manual
elaborado para a unidade V&L, presente no apêndice 3.
Na zona interior da casa do pó, por exemplo, recomendou-se o aumento do caudal da
aspiração para que a nuvem de pó que se forma durante os descarregamentos seja de curta duração
e com menor concentração, reduzindo inclusive a presença de pó no exterior do local. Atualmente,
a cada descarga de camiões são formadas grandes nuvens de pó de cortiça no exterior devido ao
fluxo da aspiração ser insuficiente.
No âmbito estrutural, foi possível recomendar medidas que abrangem todas as zonas
identificadas simultaneamente, como a instalação e manutenção adequada de para-raios, para
evitar que descargas atmosféricas venham a realizar a ignição de substâncias nas zonas de
atmosferas explosivas. E ainda, para tentar facilitar a compreensão dos colaboradores quanto à
perceção do risco de explosão, medidas organizativas, como alterações de instruções de trabalho,
autorizações de trabalho e formações específicas, foram sugeridas para tentar garantir que não haja
desconhecimento do que pode ou não ser feito em determinados locais e de como deverão se
comportar durante as situações de sinistro.

5.3 Avaliação de riscos e comparação de métodos – RASE e NTP 876

A aplicação da metodologia RASE forneceu valores que podem ser utilizados nas
constatações referentes às fontes de ignição. A Figura 62 nos mostra a alta reatividade dessas
formas de ativação com as zonas classificadas, sendo um indicador latente de que medidas de
controlo das fontes de ignição não podem ser negligenciadas.
No que diz respeito à avaliação de risco, os dois métodos forneceram valores bastante
semelhantes quando comparados percentualmente, como é visível na Figura 71. Porém, o número
absoluto não pode ser comparado devido à forma como cada método identifica a situação de risco.
O método NTP 876 identifica e avalia cada uma das atmosferas explosivas como uma
situação de risco, e a sua aplicação fornece o nível de risco numa escala de 1 a 4 das 37 zonas
identificadas. Por outro lado, o método RASE destrinça cada uma das zonas criando uma
associação que relaciona a possível fonte de ignição com sua zona identificada, gerando 230
situações de risco. Mesmo assim, os resultados mostram que independentemente da ramificação
do risco feito pelo RASE, o método NTP 876 consegue um resultado semelhante.
Apesar de os resultados serem proporcionalmente compatíveis com a situação real da
unidade industrial, após considerarmos a implementação das medidas de controlo recomendadas
e reavaliarmos o risco, ficou claro que os métodos respondem de forma diferente às medidas de
controlo. O método NTP apresenta uma maior sensibilidade às implementações, como pode ser
verificado na Figura 70, de forma que grande parte dos locais com risco mais elevado puderam ser

Carvalho, Edson 59
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

reenquadrados nos níveis médio e alto. Por outro lado, o método RASE apesar de ter alguma
influência das medidas recomendadas (Figura 69), não teve uma queda tão acentuada das suas
situações de risco A (risco mais elevado). Essa diferença de sensibilidade referente à
implementação das medidas corretivas pode ser atribuída maioritariamente à forma como cada um
dos métodos caracteriza o parâmetro frequência do risco.
Apesar do parâmetro severidade de uma explosão poder ser alterada com medidas protetivas
do tipo janelas de alívio de pressão ou estruturas construídas para resistir à explosão, de uma forma
geral as medidas de controlo mais eficientes focam-se na atenuação da chance de uma explosão
ocorrer, ou seja, reduz a probabilidade do evento acontecer invés de reduzir as consequências caso
aconteça. Essas medidas de controlo de frequência, apesar de trazer uma maior segurança para as
zonas com possíveis atmosferas explosivas, as vezes não são capazes de reduzir drasticamente o
patamar de frequência utilizado como parâmetro nos métodos, convergindo para essa alteração
pouco significativa no resultado da avaliação após as medidas recomendadas.
A diferença na sensibilidade dos métodos para as medidas de controlo recomendadas pode
ser associada à forma como são definidos os parâmetros de frequência em cada um deles. No
método NTP, a matriz que identifica o fator frequência está associado ao tipo de zona classificada
e à probabilidade de ignição, enquanto o método RASE utiliza como parâmetro para essa variável
apenas uma classificação fornecida pelo próprio método.
As principais formas de mitigar as explosões em zonas de atmosferas explosivas são: reduzir
as dimensões das estruturas contentoras da substância, utilizar gás inerte, isolamento de explosões,
janelas de alívio de pressão, design resistente à pressão e supressão automática de explosão
(Eckhoff & Li, 2021). Dito isso, é importante destacar a dificuldade associada à implementação
dessas medidas que efetivamente reduzem a gravidade das consequências de uma explosão de
forma a reduzir o seu nível nas escalas de severidade dos métodos aplicados. Alterar a estrutura
dos silos e filtros, inertizar toda a área ou reduzir o volume desses equipamentos exigiria um
investimento relativamente alto quando comparado às outras medidas propostas e nem todas as
medidas reduziriam efetivamente o grau de severidade.

5.4 Manual de proteção contra explosões

Sendo a principal ferramenta de controle das atmosferas explosivas, o manual criado


compila as principais informações presentes nessa dissertação e servirá de guia para a melhoria
das condições de segurança de todos os colaboradores, prestadores de serviço e visitantes da
unidade industrial Vasconcelos & Lyncke. Este manual deverá ser revisto e atualizado sempre que
ocorram alterações significativas que possam alterar a disposição e classificação atual das zonas
ATEX.

5.5 Limitações e vieses

A maior limitação dessa dissertação está na ausência de referenciais teóricos que abordem
as zonas explosivas geradas pela poeira de cortiça e de estudos recentes relacionados a essa
substância. Esse fator inclusive levou à extensão do período válido de referenciais científicos de 5
para 10 anos.
O principal viés que pode ter influenciado na caracterização das zonas está associado a
determinação das extensões das zonas ATEX 20, 21 e 22, pois apesar da norma IEC 60079-10-2
estipular valores de referência, as extensões devem ser baseadas na presença do pó visualizado in
loco. Diversas visitas foram realizadas com o intuito de compreender a deposição do pó, mas
situações extraordinárias não foram constadas nesse período. Apenas aqueles que se mantenham
60 Conclusões e perspetivas futuras
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

diariamente e frequentemente nas zonas classificadas poderiam estimar com uma maior precisão
e exatidão.
Outro fator que deve ser considerado está relacionado aos parâmetros utilizados nas
avaliações de risco, pois há um influencia considerável do conhecimento do avaliador no resultado
da avaliação do risco, podendo levar a níveis diferentes de risco dependendo do entendimento
daquele em aplicar os respetivos parâmetros. Apesar de não ser previsto uma diferença
considerável ao ponto de uma zona caracterizada como sendo de alto risco se transforme numa
zona de baixo risco, podem ocorrer variações.

Carvalho, Edson 61
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

6 CONCLUSÕES E PERSPETIVAS FUTURAS

6.1 Conclusões

O trabalho desenvolvido na dissertação visou classificar as zonas com atmosferas explosivas


e estabelecer medidas de controlo que possam contribuir para o aumento da segurança das pessoas
envolvidas, das instalações e do meio ambiente que cerca a unidade industrial. Esse objetivo foi
alcançado ao utilizar os métodos estabelecidos em normas e guias internacionais para classificação
de zonas enquanto as medidas recomendadas tiveram como direcionamento o controlo de todas as
fontes de ignição presentes no local além da tentativa de reduzir a presença de zonas ATEX e
reduzir os danos causados por eventuais explosões.
Dessa forma, com a realização da classificação dos locais com atmosferas explosivas e suas
respetivas extensões, puderam ser identificados os níveis de proteção que cada local exige para
um trabalho seguro, bem como as fontes de ignição presentes em cada uma das atmosferas e as
medidas de proteção existentes. Essas determinações serviram de base para a utilização de dois
métodos de avaliação de risco, o NTP 876 e o RASE, para determinar o nível de perigosidade
presente em cada uma das zonas ATEX. O resultado dessa metodologia, em conjunto com as outras
informações teóricas e técnicas obtidas através de normas e dos artigos selecionados como
referência, possibilitou a sugestão das novas medidas de controlo.
Assim, destacam-se como principais conclusões:
1 – A Amorim Cork possui uma grande quantidade de zonas com atmosferas explosivas,
sendo a na sua maioria aquelas que são formadas pelo pó da cortiça;
2 – Existem 6 principais fontes de ignição presentes nos locais ATEX, nomeadamente as
faíscas geradas mecanicamente, as chamas e gases quentes, a eletricidade estática, as descargas
atmosféricas, as superfícies quentes e os aparelhos elétricos;
3 – Existe a necessidade iminente da adequação das ferramentas e equipamentos utilizados
nas zonas classificadas, por outros que possuam as características de segurança necessárias;
4 – Independentemente do método utilizado, as situações geradas pelas atmosferas
explosivas são sempre enquadradas nos dois níveis mais altos de perigosidade, simbolizando a
gravidade e importância que se deve ter no controlo de atmosferas explosivas;
5 – O método RASE e o NTP 876 proporcionalmente nos fornecem níveis semelhantes de
risco para a situação atual, antes da implementação de novas medidas de controlo;
6 – O método NTP 876 pareceu ser mais sensível às implementações das medidas de
controlo, reduzindo consideravelmente a quantidade de situações na categoria máxima de risco
após a reavaliação;
As informações adquiridas no desenvolver do trabalho podem ser utilizadas para o
entendimento mais profundo das atmosferas explosivas de uma corticeira e, sem dúvidas, podem
ser replicadas para as demais unidades industriais do grupo AmoFrim Cork.

6.2 Perspetivas Futuras

A classificação e avaliação de risco de atmosferas explosivas é um tema com pertinência


indiscutível para a segurança dos trabalhadores de indústrias. A implementação do manual de
proteção de explosões da unidade industrial Vasconcelos & Lyncke deverá ser tratada como um
assunto dinâmico e que pode e deve ser alterado sempre que as principais características do local

62 Conclusões e perspetivas futuras


AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA

sejam modificadas. Outras unidades também deverão ser beneficiadas com relação às medidas de
controlo recomendadas uma vez que pretende-se estender as medidas de controlo para as demais
unidades industriais do grupo. Classificar as áreas e redigir o manual não resolvem por si só os
problemas ligados às zonas ATEX, é necessário que haja um empenho das partes interessadas da
empresa para que as condições ideias de segurança sejam atingidas.
Os resultados das avaliações de risco efetuadas antes e após a implementação das medidas
corretivas mostram que ainda há um longo caminho a se seguir para garantir um ambiente
totalmente seguro nas unidades industriais da Amorim Cork. O sistema de aspiração da unidade
industrial, por ser responsável pelo controlo da quantidade de poeira no local, pode ser a chave
para reduzir o risco associado às atmosferas explosivas, mas é preciso que se encontre novas
formas ou equipamentos mais eficazes e rentáveis para que possam ser amplamente aplicados na
corticeira.
Novos conhecimentos, novas tecnologias e novas metodologias de avaliação surgem
diariamente no contexto industrial, por isso deve-se tentar conhecê-los para aumentar o leque de
soluções possíveis para a redução do risco de acidente e melhoria contínua das condições de
segurança das zonas ATEX.

Carvalho, Edson 63
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https://doi.org/10.1016/j.jlp.2021.104560

68
1 APÊNDICE 1 – “SAFETY DATA” DA METODOLOGIA PRISMA
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
Aplicação
de uma
Utilização Durante a
versão Propor um
do ROA- manutenção de um
aprimorad método
ISD, uma dos equipamentos, o
a da altamente
Bar Mé Esteira Durante ferramenta processo continuou
análise de estruturado para A probabilidade
ozz tod de a feita para em execução e
operabilida facilitar a Pó de numérica e comentários
i et Itál o transpor descarga descrever causou um acúmulo
de construção de N/A Sim Real Açúc N/A N/A N/A estiveram de acordo N/A
al; ia de te de silos processos de poeira nas partes
recursiva uma árvore de ar com a reconstrução da
20 aná enclausu na com quentes que estavam
para causas em situação avaliada
20 lise lada esteira poeiras sofrendo
poeiras situações de
combustív intervenção,
combustív explosões de
eis resultando na
eis poeira
orgânicas explosão
(avaliação
de risco)
Determina Utilizou-se
ção e o ponto de
Mi Áreas
classificaç Mé Propor e aplicar Durante origem de
ho Em um Utilização de de
ão de tod uma Direti a possíveis Imagens de zonas de
ub Ar Exper Hidro separad temperaturas maior
zonas de o metodologia de va separaçã explosões atmosfera explosiva de
et gél Sim iment carbo or de N/A máximas, sem N/A periculo N/A
atmosfera de classsificação ATE o dos como base um separador de
al; ia al netos hidrocar ventilação, pressão sidade
explosiva aná das zonas X compon para hidrocarbonetos
20 bonetos máxima e sem vento identific
consideran lise ATEX entes calcular as
20 adas
do o grau áreas mais
de fuga afetadas
N/A
Medição Diver As temperaturas de
de sos superfícies em zonas de
temperatur Revisão de comp atmosfera explosiva
Fo Contanto da poeira
as mínimas métodos ostos Fornalh Durante não devem ultrapassar
Ec nte combustível com
de ignição laboratoriais em a de a 2/3 da temperatura de
kh No s Exper superfície aquecida,
de poeiras para identificar pó, Godbert execuçã ignição. A temperatura
of; rue de N/A Sim iment N/A N/A nas condições N/A N/A
em a temperatura inclui - o do mínima de ignição não
20 ga ign al específicas de
suspensão de ignição de ndo Greenw experim é constante e varia de
19 içã concentração,
em contato poeiras substâ ald ento acordo com os
o turbulência e fluxo.
com explosivas ncias tamanhos, formatos e
superfícies orgân orientação das
quentes icas e superfícies, bem como

1
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
inorg com a velocidade e
ânicas turbulência das poeiras.
Expõe
Perigo O artigo
uma
oculto – aborda
sequênci
identificaç aspetos
Prover a de Sequência de passos
ão, relacionad
Poe informações passos que devem ser tomados
Ka Est compreens os a tipos
iras básicas e necessár para assegurar a
y ado ão e de poeira,
co referenciais ios para segurança dos
et s prevenção NFP Teóri fontes de
mb úteis sobre Não N/A N/A N/A N/A N/A N/A se trabalhadores N/A
al; Un de A 652 ca ignição,
ustí incêndios e avaliar relativamente à
20 ido explosões diferenças
vei explosões os riscos explosões e incêndios
20 s de poeiras entre as
s causados por relacion de poeiras
combustív explosões
poeiras ados a combustíveis
eis em primárias e
poeiras
indústrias secundária
combust
florestais s, etc
íveis
Proteção
Apresentar os
Sz ativa da
Me resultados de Pós Aplicação de
ku área de Durante
did testes feitos que Pequeno bicarbonato de
dla trabalho NFP a O sistema pode ser
Pol as com proteções Exper não coletor sódio em altas
rek contra A 12; execuçã eficiente para cenários
ôni de ativas para Sim iment produ de N/A N/A Ignição forçada pressões através N/A N/A
et explosões NFP o do específicos de trabalhos
a seg limitar os al zem poeiras de um sistema de
al; de A 77 experim com máquinas
ura efeitos de fumaç secas extinção de alta
20 misturas ento
nça explosões de as eficiência
21 de poeiras
poeiras e gases
e gases
Medição de
Predições
At pressão máxima Gases inflamáveis
de Durante
Ji mo de explosão e aumentam a pressão
severidade Subst a
et sfer taxa máxima de Exper Câmara máxima de explosão e
Chi s de ances execuçã
al; as aumento de N/A Sim iment esférica N/A N/A Ignição forçada N/A N/A a taxa máxima de N/A
na explosões hibrid o do
20 exp pressão de al de 20 L aumento de pressão de
com as experim
22 losi quatro tipos de poeiras e misturas
misturas ento
vas misturas híbridas
híbridas
híbridas
Comporta Me
Pa Compreender o Durante
mento de did
ng comportamento Content a Apenas a primeira
ventilação as Exper Amid
et Chi da explosão or de execuçã Sistema múltiplo ventilação possui efeito
múltipla de de N/A Sim iment o de N/A N/A N/A N/A N/A
al; na com número pequena o do de ventilação significativo na pressão
explosões seg al milho
20 variável de escala experim interna de explosão
de poeiras ura
21 ventilações ento
internas nça

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Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
Inadequaç
ão do
dióxido de Durante O perigo relacionado à
Telhado
carbono Expor a o eletricidade estática é
Me externo Não aplicar
para periculosidade armazen globalmente
He did funcionand dióxido de
Di extinguir de utilizar CO² Direti Pellet amento subestimado; algumas
dlu as o como Injeção de gases carbono em
na incêndios como gás inerte va s de Dentro de normas devem ser
nd; de Sim Real uma N/A inertes na atmosfera incêndios N/A N/A
ma em silos: a para ATE madei dos silos pallets revisadas; ao utilizar
20 seg abertura de explosiva envolvendo
rca eletricidad abafamento de X ra de CO² como gas inerte,
17 ura ventilação atmosferas
e estática incêndios em madeira assume-se o risco de
nça para o explosivas
pode silos dentro explosão por
exterior
causar uma de silos eletricidade estática
explosão
do silo
Executar
medidas
para
diminuir o
tempo e a
extensão
das
atmosferas
explosivas,
eliminar Os métodos
Principa potenciais tradicionais como
Ka Desafios Visualizar os
Me lmente fontes de ventilação, supressão
ko de fatores que
did durante ignição e a ou isolamento químico
gia isolamento afetam os NFP Pellet
as o instalação provém seguranças
nni Itál de métodos de A 68; s de Dentro
de Sim Real carrega de medidas N/A N/A N/A N/A adequadas, mas N/A
s et ia explosão proteção de EN14 madei dos silos
seg mento o protetivas possuem desvantagens
al; em silos de explosão, com 491 ra
ura descarre para como custos e
20 grandes ênfase em
nça gamento diminuir performance referente a
22 volumes grandes silos
dos silos os efeitos evolução lenta da
das explosão
explosões,
como
painéis de
ventilação.
Bem como
o
isolamento
da
explosão,

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Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
impedindo
a
propagaçã
o das
explosões
para outras
zonas com
atmosferas
explosivas
Importânci
a de
projetar
adequada
mente Durante
sistemas todo o
de processo Durante a retificação Exemplificação da
proteção , de dois componentes importância de
Mostrar o quão
de Me Poeir principa sistemas simultaneamente, identificar, prevenir e
Da Est custoso pode Sistema
explosão did as de lmente de onde só deveria ser Revisão dos mitigar incêndios,
vis ado ser uma má de
de poeira: as comp durante ventilação retificador um de procedimentos de deflagrações e
et s elaboração dos NFP aspiraçã
Caso de de Sim Real ensad o e N/A cada vez, foi gerada segurança sempre N/A explosões em toda N/A
al; Un sistemas de A o, filtro
estudo – seg o de funciona procedime uma fricção extra que for alterado o instalação a partir da
20 ido proteção de de
2014 fogo ura madei mento ntos de que emitiu uma processo aplicação das
19 s explosões de mangas
e explosão nça ra do segurança, fagulha que foi recomendações para
poeira
em sistema transportada para a controlar esse tipo de
indústria de baghouse perigo
de aspiraçã
manufatur o
a de
madeira
compensad
a
Avaliação Apesar da diretiva
Farin
do Avaliar a gestão Silos, ATEX ter sido
has,
gerenciam At de riscos de moinhos implementada em
Jan grãos
ento de mo explosão em , 2003, o estudo mostrou
ès Direti e
atmosferas sfer empresas de coletore Funcion que a existência de
et Fra va farelo
explosivas as uma região Sim Real s de amento N/A N/A N/A N/A N/A medidas protetivas N/A
al; nça ATE s de
em exp francesa que poeira, normal variou imensamente de
20 X comp
companhia losi possuam o equipam acordo com a cultura
22 ostos
s de vas processo de entos de segurança da
orgân
moagem: o moagem manuais empresa responsável,
icos
exemplo tendo ótimas gestões de

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Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
da região risco em alguns casos e
de Île-de- total descaso com as
france atmosferas explosivas
em outros. 90% dos
incidentes são
incêndios e 10%
explosões, mas apesar
de menos numerosos
são os que causam
consequências mais
graves para os
empregados e
instalações
Prevenção Durante
Filtro
de fontes a
Discussão e s de
de ignição remoção Os filtros de mangas,
medidas mang
no uso de de de painéis e cassettes
Hö Poe presentes para as,
filtros de poeiras podem sem utilizados
din iras prevenir o mal casset
poeira sem Direti pelo como elementos
g Ale co funcionamento tes, Dentro
utilizar va Teóri sistema filtrantes desde que
et ma mb e as condições Sim painéi dos N/A N/A N/A N/A N/A N/A
inertização ATE ca de sejam respeitadas as
al; nha ustí iniciais de s filtros
para X aspiraçã condições para garantir
20 vei segurança de filtran
retirada de o que a prevenção de
16 s um filtro por tes e
poeiras levam o eletricidade estática no
todo seu tempo de
combustív material ambiente.
de vida mang
eis de até o
ueiras
gases filtro
Uma Design de Aplicou-se Não é
metodolog processo, um método uma
ia simples sistema de baseado no a causa primária é a avaliaçã
para controle de cálculo da autoignição do o
avaliar processo severidade material processado, profund
Mi Apresentação
riscos Mé Funcion com da ocasionando a a, deve-
ran de um método
específicos tod Direti amento alarme, explosão, liberação de camadas Foi desenvolvido um se
da Es empírico Leite
em o va Spray normal classificaç sensibilida que estavam método empírico de analisar
et pan simples para Sim Real pulve N/A N/A
explosão de ATE dryer do ão de de de depositadas junto às avaliação de risco de se o
al; ha uma avaliação rizado
de poeira aná X equipam zonas ignição e paredes e fornecendo explosão método
20 inicial de riscos
gerada em lise ento ATEX, índice de pós suficientes para supre as
15 de explosão
atmosferas camara explosivid gerar outras necessi
explosivas: com ade, sem explosões ainda mais dades
um estudo isolante, que precise fortes ou se é
de caso da ventilação de preciso
Galícia de medições algo

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Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
explosão, experiment mais
segurança ais de complet
instrument poeiras ou o
al, resposta simulações
dos complexas
operadores
, sistema
de
proteção
ativa,
deteção de
fogo e
pressões
elevadas
Perigos
inerentes,
relatório
pobre e
Não
aprendizad
houve
os
O artigo expõe nenhum
limitados
através do tipo de Dificuldade em avaliar
no setor de Oportunidades de
estudo de caso alteraçã as propriedades da
energia aprimoramento
que as normas o no poeira pois são um
com desperdiçadas,
para atmosferas processo subproduto, podendo
He biomassa Durante medidas de
At explosivas são após o ter granulometrias
adl sólida: Locais o segurança inerentes
mo insuficientemen primeiro diferentes de um dia
un Di caso de Direti Pallet de armazen foram ignoradas,
sfer te claras de acidente para o outro; Guias
d na estudo de va s de armazen amento havia falhas nas
as forma que as Sim Real N/A N/A N/A na para classificação de N/A
et ma uma roda ATE madei amento de determinações de
exp interpretações fábrica, áreas perigosas não são
al; rca de um X ra da poeiras áreas atex pois
losi dos leitores ou seja, completamente claros;
20 camião de poeira combust ignoravam operações
vas podem levá-los o Poeira combustível
14 carga íveis de trabalho, camiões
a tomar acidente apesar de alta
fazendo a não foram
medidas menos estava periculosidade não é
ignição de identificados como
eficientes na fadado a classificada como
poeira de fontes de ignição
segurança das acontece substância perigosa
madeira,
zonas r
ocasionand
novame
o uma
nte
explosão
fatal em
uma
manufatur

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Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
a de pellets
de madeira
São
utilizadas
duas
Avaliação estratégias A técnica diminui o
Ma integrada combinada tempo de execução de
rko de riscos Mé s para medidas de avaliação
Propor uma
ws de tod Direti realizar a de riscos em explosões,
Pol estratégia de
ki explosão o va Teóri avaliação o conjunto de medidas
ôni avaliação de Não N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A
et em locais de ATE ca de riscos podem ser utilizadas
a atmosferas
al; de trabalho aná X de como medida de
explosivas
20 em uma lise explosões, controlo antes da
19 planta de a primeira execução do manual de
processos sendo a atmosferas explosivas
ExSys e a
segunda a
ExLOPA
Pós
prove
Estimativa
niente
da
s de
probabilid Utilizando
estabi
ade de erro a nova A utilização da
lizado
humano metodolog metodologia ATEX-
Ge Mé Adicionar res
em áreas No Durante ia ATEX- HMI leva o utilizador a
ng tod fatores Direti alime
de interior as HMI para uma resposta mais
et Itál o humanos na va ntares
classificaç Sim Real de um operaçõ N/A ter uma N/A N/A N/A realista, pois é N/A
al; ia de avaliação e uma ATE ,
ões filtro de es resposta necessário avaliar uma
20 aná atmosfera X goma
ATEX- cartucho normais mais zona inteira sem levar
15 lise explosiva s,
HMI – de concisa da em consideração os
amido
THERP avaliação fatores humanos
se
para de riscos
outros
FUZZYC
ingre
REAM
diente
s
At Durante Mostra fatores comuns
Relatar as
Bu Investigaç mo operaçõ à vários acidentes, cita
informações Silo Durante a execução
rcu Tur ão de sfer No es recomendações de
obtidas através NFP de de um trabalho de
; qui explosão as Sim Real interior normais N/A N/A N/A N/A controle de poeiras, N/A
das A semol solda no topo do silo,
20 a de poeira exp do silo de controle de fontes de
investigações ina em uma área atex
16 na Turquia losi armazen ignição e controle de
de um acidente
vas amento danos

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Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
Olefi
n,
ácido
adípic Das cinco situações
Elencar os
o, onde houve incidentes
pontos
acetat com eletricidade
Fo relevantes para
Lições o de Durante estática, 2 ocasionaram
nte evitar a Em
Eg aprendidas Direti celulo as Descargas a ignição da atmosfera,
s repetição de tubagen
an; Fra de 5 va se, operaçõ eletrostáticas em em 2 a ignição poderia
de cinco incidentes Sim Real se N/A N/A N/A N/A N/A
20 nça incidentes ATE mistu es atmosferas acontecer, mas n
ign envolvendo misturad
16 eletrostátic X ra normais explosivas ocorreu e na última não
içã eletricidade ores
os infla de uso houve ignição mas o
o estática e
mável colaborador recebeu
atmosferas
de uma forte descarga
explosivas
gases elétrica
e
vapor
es
Demonstrar a
Energia
At influência da Em uma A presença de gases
mínima de Durante
Ad mo presença de câmara combustíveis diminui
ignição de Direti a
dai Ale sfer gases Exper de consideravelmente o
misturas va execuçã
; ma as combustíveis na Sim iment N/A combust N/A N/A Faísca eletrostática N/A N/A valor da energia N/A
híbridas de ATE o do
20 nha exp energia de al ão mínima de ignição
poeiras X experim
16 losi ignição de (Hartma como é mostrado no
combustív ento
vas nuvens de nn) experimento
eis e gases
poeira
Autoignição das
substâncias
armazenada deu
Serra origem ao fogo Os resultados da
Fo gem e dentro do silo e, investigação apontaram
explosões Descrever as Durante
Ru nte peque posteriormente, os riscos existentes na
de silos causas de um o
sso s nos durante o combate ao combustão latente de
Itál por fogo acidente NFP armazen
; de Sim Real comp Silo N/A N/A incendio, a abertura N/A N/A produtos porosos, como N/A
ia latentes: envolvendo a A amento
20 ign onent de uma das derivados de madeira,
estudo de explosão de um do
17 içã es de passagens de ar no durante o seu
caso silo material
o madei topo do silo armazenamento em
ra ocasionou o efeito espaços confinados
chaminé, levando
mais oxigénio para o
interior do silo e

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Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
criando uma grande
explosão
O artigo desconstrói 3
mitos relacionados às
Expor a explosões de poeiras,
Implementar um
importância do sendo eles: a
A primeira explosão sistema de
Me isolamento Sistema impossibilidade da
Est Propagaçã Condiçõ Sistema de foi iniciada em um isolamento das
Ta did entre de explosão se propagar
ado oe Poeir es aspiração e coletor de poeira e as atmosferas
vea as componentes aspiraçã Sistema de no sentido contrário ao
s isolamento NFP as de normais coleta da explosões explosivas para
u; de com atmosferas Sim Real o em aspiração, N/A fluxo do processo, a N/A
Un de A alumí de poeira não secundárias (mais que haja a
20 seg explosivas tubagen filtros impossibilidade de a
ido explosões nio operaçã estavam severas) foram minimização dos
17 ura geradas por s de explosão propagar-se
s de poeira o adequados propagadas pelo danos causados
nça poeira para processo em pequenas tubagens
sistema de aspiração por uma ignição
evitar explosões e a impossibilidade da
da atmosfera
secundárias explosão ser propagada
por tubagens que não
possuam poeira
O artigo expões uma
Coletar,
série de dados baseados
categorizar e
na análise de diversos
analisar
acidentes, sendo eles: o
acidentes
número de acidentes
envolvendo
envolvendo poeiras
explosões de
Explosões Poe combustíveis, com
Yu poeira de 1785 As principais fontes
de poeiras: iras exceção da China que
an a 2012 para Diver de ignição
Ca Uma co possuiu uma
et identificar NFP sas Diverso encontradas foram as
nad ameaça mb Sim Real N/A N/A N/A N/A N/A industrialização muito N/A
al; perigosos com A substâ s locais chamas nuas e calor
a aos ustí rápida sem que a
20 poeiras ncias emitido diretamente
processos vei cultura de segurança
15 combustíveis, nas poeiras
industriais s tenha evoluído
monitorar
simultaneamente, os
equipamentos
equipamentos mais
críticos e
críticos segundo as
reduzir a
estáticas são os
probabilidade
sistemas de aspiração e
de um acidente.
de transporte
Me Apresentar Sistema de São O artigo expões as
Est Aplicação
Ta did métodos de ventilação, sugerida principais medidas
ado de
vea as proteção contra sistema de s formas protetivas para impedir
s sistemas NFP Teóri
u; de explosões, Sim N/A N/A N/A ventilação N/A N/A N/A de se grandes danos devido à N/A
Un de A ca
20 seg incluindo sem ameniza uma explosão de
ido proteção
14 ura sistemas de chama, r os poeira, abordando as
s contra
nça ventilação, supressão danos principais diferenças e

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Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
explosões supressão e e causado vantagens de sistemas
de poeira isolamento, isolamento s pela de ventilação, sistemas
descrevendo ignição de ventilação sem
seus limites de da chamas e supressão,
aplicabilidade atmosfer além de explicar a
a importância de se
explosiv realizar o isolamento
a das partes do processo
durante um acidente
para que não haja
explosões secundárias.
Apresentar
como uma
sequência de
Uma
métodos São apresentados
estrutura
estruturados gráficos que expõe o
Ab quantitativ
Mé para comportamento da
us a de Silo de
tod quantificação Durante pressão máxima de
we Ca gerenciam Exper armazen
o do risco de Poliet o explosão quando há
r et nad ento de N/A Sim iment amento N/A N/A N/A N/A N/A N/A
de explosão podem ileno experim alterações nas
al; a risco para al de 400
aná reduzir as ento propriedades da poeira
20 explosões m3
lise consequências combustível, como a
11 de poeiras
de uma granulometria e
e misturas
explosão com concentração
híbridas
poeiras e
misturas
híbridas
Não é válido utilizar
apenas o parâmetro Kst
Escala de Mostrar que o para determinar e
violência parâmetro Kst caracterizar a situação
Poeir
de apesar de ser o de segurança de
Poe a de
explosões mais atmosferas com poeiras
Ec iras grão
de poeira comumente Durante combustíveis pois
kh No co Exper de
em escala utilizado não é Bomba o outros fatores ligados
of; rue mb N/A Sim iment trigo N/A N/A N/A N/A N/A N/A
experiment o critério mais de 20 L experim ao processo, como
20 ga ustí al e
al até uma adequado para ento turbulência e
14 vei farelo
escala se avaliar uma concentração, também
s de
industrial – explosão de afetam diretamente o
soja
um desafio poeiras comportamento das
histórico combustíveis explosões. As
informações do artigo
mostram que uma nova

10
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
metodologia de
predição de explosões
com poeiras é
necessária e que, no
futuro próximo, as
modelagens
computacionais podem
ser extremamente úteis
para esse fim.
Nas condições testadas,
o fogo sem chamas não
evoluiu para um fogo
com chama. As
temperaturas
alcançaram valores de
100 ºC e o calor gerado
Ge Investigaç Milho
fez com que os grãos
ntil ão At ,
fossem secados. Uma
ho experiment mo Investigar o trigo,
Durante rocha carbonizada foi
m al de fogos sfer comportamento Exper cevad 1 kW em uma
Fra Silo de o encontrada próxima da
me sem as do fogo sem N/A Sim iment a, N/A N/A resistência durante N/A N/A N/A
nça 1,7 m3 experim resistência, dificultando
et chamas em exp chamas em silos al colza várias horas
ento o acesso e sufocando o
al; silos losi subventilados e
fogo sem chama. O
20 subventila vas girass
artigo citou também a
18 dos ol
questão de a rocha estar
cheia de gases em seu
interior, podendo
causar um efeito
dominó de explosões
caso rache ou quebre
durante o manuseio
Um dos barris de São apresentados os
coleta de pó estava aspetos essenciais para
Responder o
Não havia corroído e, durante se compreender
Ec At que são Implementar um
Condiçõ nenhum os dois dias explosões de poeira,
kh Explosões mo explosões de Sistema sistema de
Poeir es tipo de anteriores ao incluindo fatores que
off No industriais sfer poeira e expor de limpezas
as de normais controle de acidente, fortes interferem na
el rue de poeira – as medições para N/A Sim Real aspiraçã N/A frequentes do N/A N/A
alumí de segurança chuvas fizeram com ignitabilidade e
al; ga uma breve exp prevenção e o de local para evitar
nio operaçã das que a água entrasse explosividade das
20 revisão losi proteção de poeiras explosões
o atmosferas em contato com o pó nuvens de poeira,
21 vas explosões de secundárias
explosivas de alumínio, gerando explosões primárias e
poeira
uma reação secundárias, efeitos de
exotérmica flashes de fogo,

11
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
misturas híbridas e
detonação de nuvens de
poeira. O caso exposto
exemplifica o quão
catastrófico pode ser
esse tipo de acidente, e
por isso mostra que
ainda é necessário
realizar mais pesquisas
referentes ao tópico
O artigo
mostra um
conjunto
de
ferramenta
s que
Comparar e podem e
Para se executar uma
contrastar as devem ser
Mu Como avaliação de riscos, é
Est Mé similaridades e utilizadas
rph conduzir importante que o
ado tod diferenças entre para
y uma avaliador conheça
s o perigos de NFP Teóri realizar
et análise de Não N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A aplique um conjunto de N/A
Un de processos A ca uma
al; perigos medidas que o auxiliem
ido aná químicos e análise de
20 associados a entender e estimar
s lise análise de poeiras
18 à poeira melhor os perigos que
perigos de combustív
estão expostos no local
poeira eis,
incluindo
tabelas,
fluxogram
as,
imagens e
escalas
Amid É possível realizar a
Mostrar que é
o de ignição de uma
possível gerar a
Si Ignição de Fo milho atmosfera empoeiradas
ignição de uma Foram utilizadas
mo zonas nte , a partir de ondas
atmosfera Em um Durante ondas ultrassónicas
n Ale empoeirad s estear ultrassónicas desde que
empoeirada a Teóri tubo de o de 20 kHz com
et ma as por de N/A Sim ato de N/A N/A N/A N/A estejam presentes N/A
partir de ondas ca Hartman experim comprimentos de
al; nha ondas ign cálcio materiais na zona que
ultrassónicas n ento onda de 17 mm e aos
20 ultrassónic içã e pó possam converter
em 20 ºC
12 as o de energia sonora em calor
determinadas
enxof e 12rincí de pressão
condições
re. sonora acima de 178

12
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
dB por mais de 5
segundos
As baterias do tipo
Hidro LTO são a solução
gênio mais segura entre as
Avaliar os tipos
produ baterias existentes,
mais seguros de
Seg zido porem devido ao seu
tecnologia de
Far ura pelo alto custo e baixo
baterias de lítio
and Baterias de nça Direti proce desempenho, tornam-se
e analisar se o Nas
a et Itál lítio para co va Teóri sso Ignição de um fogo a pouco competitivas no
sistema que Não próprias N/A N/A N/A N/A N/A N/A
al; ia atmosferas m ATE ca quími partir da bateria mercado. As baterias
gerencia a baterias
20 explosivas bat X cos LFP, por outro lado,
bateria pode
19 eria de garantem uma
remover os
s bateri segurança significativa
riscos residuais
as para o uso em zonas
de ignição
danifi atex 2/22, onda a
cadas atmosfera explosiva
não é constante
As
baterias A consequência mais
que severa que deve ser
Hidro apresent prevenida e mitigada é
Identificar os gênio am o superaquecimento,
perigos de produ defeitos que pode gerar
perigos
Seg incêndio e zido podem As motivações para incêndios e explosões.
Co nos
Est ura explosão que pelo criar haver a ignição da Em casos de incêndio o
nze sistemas
ado nça existem em proce uma atmosfera explosiva principal agente para
n de Nas
s co unidades de NFP Teóri sso atmosfer da bateria podem ser suprimir o fogo é a
et armazena Não próprias N/A N/A N/A N/A N/A
Un m armazenamento A 69 ca quími a superaquecimento, água, enquanto a forma
al; mento baterias
ido bat de baterias de cos explosiv carregamento mais eficiente de se
20 energético
s eria lítio e suas de aa excessivo ou danos controlar uma explosão
22 de baterias
s respetivas bateri partir mecânicos é garantindo as
de lítio
medidas de as dos condições de segurança
controle danifi eletrólit expostas na NFPA 69 e
cadas os 68, utilizando-se
inflamá normalmente sistemas
veis que de ventilação
possuem
Incidentes Seg Abordar as Módu Contain As seguintes ideias
Zal Est Durante
com ura condições que Exper lo de er de foram sugeridas
osh ado NFP o
armazena nça podem Sim iment bateri estocage N/A N/A Ignição forçada N/A N/A baseadas no estudo N/A
et s A sobrecar
mento de co ocasionar a al a m de realizado: a sugere que
al; Un regamen
energia m ignição de LiFeP baterias o curto-circuito das

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Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
ido com bat atmosferas O4 to das baterias e vazamento
s baterias de eria explosivas com baterias dos gases eletrolíticos
lítio s tendo como 8.8k devem ser utilizados
gatilho as Wh como chaves de
baterias de lítio monitoramento, e que
os layouts das
instalações devem ser
feitos baseados em
evitar o impacto direto
de uma possível
explosão
O artigo aborda a
Influência periculosidade de se ter
Expor, através Hidro
dos Aprimor um sistema de
de uma gênio
sistemas ar e ventilação deficiente
simulação produ
de garantir em uma sala de baterias
Seg computacional, zido
ventilação o e que, dependendo do
Brz ura que em casos de pelo Durante
em Salas de Elementos quentes funciona sistema de ventilação
ezi nça falha no sistema BS proce o
Pol perigoso Exper recarreg na sala, como mento escolhido, haverá uma
nsk co de ventilação EN sso carrega
ôni de Sim iment amento N/A N/A baterias N/A dos influência considerável N/A
a; m das salas de 62485 quími mento
a explosão al de sobreaquecidas ou sistemas no grau de remoção de
20 bat carregamento -2014 cos das
de baterias fogos nus de hidrogênio do
18 eria de bateria, de baterias
hidrogênio ventilaç ambiente. O artigo
s podem ser bateri
em sala de ão das também expõe que a
formadas as
baterias de salas de chave para evitar
atmosferas danifi
chumbo- bateria acidentes é a presença
explosivas cadas
ácido de um sistema de
deteção e ventilação
O modelo Determinar se
do queijo as componentes
Mé A interpretação do
Per suíço de do modelo são
tod modelo do queijo suíço
neg segurança compreendidas
Suí o Teóri varia
er; em da mesma N/A N/a N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A
ça de ca consideravelmente
20 incidentes: forma por
aná entre os profissionais
05 os buracos profissionais da
lise da área
estão na segurança e da
metáfora? qualidade
Avaliação Descrever os Condiçõ É feita Superfícies quentes,
Lis At A metodologia
de risco de aspetos Direti Indústri es uma chamas, partículas
i et mo Hidro permitiu identificar os
Itál atmosferas fundamentais va a normais avaliação ou gases quentes,
al; sfer Sim Real carbo N/A N/A N/A pontos críticos do N/A
ia explosivas da metodologia ATE petroquí de de risco da faíscas
20 as netos sistema e reduzir a
em locais baseada em X mica operaçã atmosfera incandescentes,
10 exp exposição dos
de trabalho uma avaliação o explosiva sistemas elétricos,

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Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
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, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
losi de risco proteção catódica, trabalhadores ao menor
vas probabilística e eletricidade estática, 15rinc possível
aplicação em descargas
um caso de atmosféricas, cabos
estudo sobreaquecidos
Apresentar
resultados
experimentais
da queima
Deteção de latente de
Vi fogos diversos O experimento mostrou
Me
nge latentes produtos que é possível detetar a
did
rho através da orgânicos, onde Poeir Durante elevação na
Bél as Exper
ets variação o tamanho, a as Laborat o concentração de CO
gic de N/A Sim iment N/A N/A Autoignição N/A N/A N/A
et da temperatura do organ ório experim quando o fogo latente
a seg al
al; concentraç foco do fogo e a icas ento está em um
ura
20 ão de disponibilidade equipamento com
nça
16 dióxido de de oxigénio aeração
carbono estão
relacionadas à
ignição de
dióxido de
carbono
Avanços Em comparação com as
Descrever o
nas janelas de alívio de
conceito e o
técnicas de Me pressão comuns, as
Sn design das
proteção did janelas anti-chama
oey janelas de alívio Janela de
Bél contra as Exper possuem o benefício é
s et de pressão sem NFP Durante alívio de
gic explosões de Sim iment N/A N/A N/A N/A N/A N/A a retenção de poeiras e N/A
al; chama e os A os testes pressão
a de poeira: seg al extinção da chama.
20 resultados dos sem chama
janelas de ura Dessa forma, reduzindo
12 testes
alívio de nça o ruído, onda de
conduzidos pela
pressão choque e radiação
Fike
sem chama térmica da explosão
Descrever
Prevenção O artigo mostra a
Me grandes
Est de importância crítica da
did explosões de
Fra ado explosões Durante Aprimorar o manutenção de um
as poeiras com um
nk; s de poeira e Indústri operaçõ sistema de ambiente industrial
de foco na N/A Sim Real N/A N/A N/A N/A N/A N/A
20 Un a as es limpeza das limpo e organizado
seg comumente
04 ido importânci normais instalações para evitar a formação
ura subconsiderada
s a crítica da de atmosferas
nça limpeza das
limpeza explosivas e,
instalações

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Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
das consequentemente,
instalações possíveis explosões
apresentar os
principais
pontos
relacionados às
O artigo apresenta um
explosões de
grande compilado de
poeira com
Explosões Poe informações técnicas
casos
Ab de poeiras iras sobre atmosferas
ilustrativos e
bas – casos, co explosivas e poeiras
Ind analises de
i; causas mb N/A Sim Real N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A combustíveis, citando N/A
ia acidentes
20 consequên ustí fontes de ignição,
passados para
06 cias e vei medidas de proteção e
mostrar a
controle s propriedades da poeira
frequência e
que influenciam na
potencial
explosividade
destrutivo das
explosões de
poeira no
mundo
O artigo
mostra
A prevenção e
uma
mitigação de explosões
abordag
de poeira podem ser
em
hierarquicamente
Causas, sistemát
organizadas da mais
prevenção Poe ica para
A Expor de efetiva para a menos da
e iras minimiz
my maneira geral seguinte forma:
Ca mitigação co ar os
ott os fatores que Teóri segurança inerente
nad de mb N/A Sim N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A efeitos N/A
e; podem causar ca (minimização,
a explosões ustí de um
20 uma explosão substituição,
de poeira: vei incident
10 de poeira moderação e
uma vista s e
simplificação),
geral envolve
segurança passiva,
ndo
segurança ativa e
atmosfer
procedimentos
as
operacionais seguros
explosiv
as
But Rei Efeitos Fo Trazer O artigo propõe A oportunidade de
Eletricidade estática
ter no eletrostátic nte informações Teóri alterações na melhoria exposta pelo
N/A Sim N/A N/A N/A N/A N/A produzida pelo N/A N/A
wo uni os com s embasadas para ca estrutura dos artigo para melhorar as
extintor de CO2
rth do extintores de reduzir os extintores de CO2 condições de segurança

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Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
et de CO2 ign perigos para reduzir a na utilização de
al; portáteis içã associados à probabilidade de extintores de CO2
19 o descarga de descargas mostra os problemas
80 extintores de eletrostáticas físicos que podem ser
CO2 em aliados no
atmosferas desenvolvimento de
explosivas. uma adaptação do
equipamento
É mostrada a distância
segura para estar em
uma possível explosão
de um recipiente de 20
m^3 para cada uma das
poeiras, sem considerar
os riscos que não são
Estabelecer as
relacionados à radiação
áreas em volta Content
Radiação térmica, como os
Ho Me das janelas de Seis or
térmica projéteis que podem ser
lbr did alívio de difere ventilad
Rei provenient Durante lançados ou a onda de
ow as pressão em que Exper ntes o de 20 Janela de
no e de o choque que pode
et de podem causar N/A N/A iment tipos m^3 e alívio de N/A Ignição forçada N/A N/A N/A
uni explosões experim derrubar uma pessoa.
al; seg lesões a pessoas al de outro pressão
do de janelas ento Essa distância de
20 ura devido às bolas poeira com
de alívio segurança não possui
00 nça de fogo que s 18,25
de pressão correlação com o Kst
podem ser m^3
ou outros parâmetros
geradas
de explosão, mas é
possível perceber uma
relação direta de
tamanho da bola de
fogo com o tamanho da
área da janela de alívio
de pressão

17
2 APÊNDICE 2 – TABELA RESULTADOS

Os resultados podem ser encontrados no documento em anexo com o nome “Tabela.Resultados”.

18
3 APÊNDICE 3 - MANUAL DE PROTEÇÃO CONTRA EXPLOSÕES –
V&L

Carvalho, Edson 19
MANUAL DE PROTEÇÃO
CONTRA EXPLOSÕES

Amorim Cork S.A. – Unidade Vasconcelos &


Lyncke (V&L)

Elaborado por:
Edson Carvalho

Santa Maria de Lamas, 01/06/2023


Pagina 2
Manual de proteçao contra Rev.
explosoes – V&L Data
N.º
0 01/06/2023

Revisão n.º Data Descrição da alteração Revisto por


0 08/05/2023 Manual de proteção contra explosão André Cavadas
Pagina 3
Manual de proteçao contra Rev.
explosoes – V&L Data
N.º
0 01/06/2023

Sumário
Glossário ..................................................................................................................................................................................... 5
Siglas ............................................................................................................................................................................................ 7
1. Introdução .............................................................................................................................................................................. 8
1.1 Aplicação ....................................................................................................................................................................... 8
1.1.1 Limites da aplicação ....................................................................................................................................... 8
1.2 Legislação, regulamentos e normas aplicáveis ................................................................................................. 9
1.3 Empresa .......................................................................................................................................................................... 9
1.3.1 Morada ................................................................................................................................................................ 9
1.3.2 Processo produtivo .......................................................................................................................................... 9
2. Definições gerais .............................................................................................................................................................. 14
2.1 Classificação das áreas perigosas ....................................................................................................................... 14
2.2 Fontes de ignição...................................................................................................................................................... 15
2.3 Classe de temperatura ............................................................................................................................................. 17
2.4 Classificação dos equipamentos.......................................................................................................................... 18
2.5 Classificação de substâncias inflamáveis......................................................................................................... 21
2.6 Metodologia de análise e avaliação de riscos (NTP 876); ......................................................................... 21
3. Substâncias inflamáveis e poeiras combustíveis ................................................................................................... 24
3.1 Gases, vapores e líquidos inflamáveis; ............................................................................................................. 24
3.2 Poeiras combustíveis ............................................................................................................................................... 24
4. Classificação de áreas perigosas ................................................................................................................................. 26
4.1 Listagem das áreas classificadas .............................................................................................................................. 26
4.2 Classificação das áreas ................................................................................................................................................ 26
4.2.1 Rede de gás natural; ............................................................................................................................................. 26
4.2.2 Produtos químicos inflamáveis; ....................................................................................................................... 27
4.2.3 Área de recarregamento de baterias; .............................................................................................................. 27
4.2.4 Processo produtivo e sistema de despoeiramento; .................................................................................... 27
4.3 Resumo das fontes de ignição presentes................................................................................................................ 29
4.4 Proteções de equipamento para zonas classificadas .......................................................................................... 31
5. Avaliação de riscos .......................................................................................................................................................... 35
5.1 Aplicação do método NTP 876 ........................................................................................................................... 35
6. Medidas de controlo existentes ................................................................................................................................... 38
7. Medidas recomendadas .................................................................................................................................................. 60
7.1 Contextualização das medidas de controlo recomendadas.............................................................................. 91
Apêndice 1 – Desenhos das áreas classificadas .............................................................................................................. 98
Pagina 4
Manual de proteçao contra Rev.
explosoes – V&L Data
N.º
0 01/06/2023

1.1 – Planta geral V&L; ................................................................................................................................................ 98


1.2 – Área externa (casa do pó, nora, silo, filtro e mini-silo); ......................................................................... 99
1.3 - Zonas da escolha eletrónica;........................................................................................................................... 100
1.4 – Zona dos acabamentos mecânicos;.............................................................................................................. 100
1.5 – Zona das SVE’s;................................................................................................................................................. 101
1.6 – Zona do PRM; .................................................................................................................................................... 101
1.7 – Zona de carregamento de baterias; .............................................................................................................. 102
1.8 – Área de armazenamento de álcool nos laboratórios; ............................................................................. 102
1.9 – Zonas de saída do gás natural na lavação; ................................................................................................ 103
1.10 – Zona da caldeira............................................................................................................................................. 103
Pagina 5
Manual de proteçao contra Rev.
explosoes – V&L Data
N.º
0 01/06/2023

Glossário

➢ Atmosfera explosiva: Uma mistura com o ar, em condições atmosféricas, de


substâncias inflamáveis sob a forma de gases, vapores, névoas ou poeiras, na
qual, após ignição, a combustão se propague a toda a mistura não queimada
[Dir. 1999/92/CE];
➢ Classe de Temperatura: O equipamento é classificado por classes de
temperatura em função da temperatura máxima de superfície. Por analogia, os
gases são classificados de acordo com as respetivas temperaturas de ignição
[EN 13237];
➢ Constante de explosão Kst: Descreve o comportamento da explosão de uma
poeira combustível em circuito fechado. O valor é usado para descrever e
comparar diferentes materiais ou características de explosão de substâncias;
➢ Densidade Relativa (ar=1) DR: Densidade de um gás ou vapor relativamente
à densidade do ar (d=1) à mesma pressão e temperatura. Dá-nos informação e
base para cálculos de ventilação, extensão, etc [EN 60079-10];
➢ Energia Mínima de Ignição EMI (Gás): É a energia mínima que pode inflamar
uma mistura explosiva de gás ou vapor com o ar. O valor serve como base
para análise da probabilidade de formação de uma atmosfera explosiva,
cálculos de ventilação e sistema de medição de gás [EN 13237];
➢ Energia Mínima de Ignição EMI (Nuvem de Poeira): É a energia mínima
necessária para inflamar uma nuvem de poeira. [EN 61241-14];
➢ Explosão: Oxidação abrupta ou reação de decomposição que produz uma
subida da temperatura, pressão ou ambas simultaneamente [EN 1127-1];
➢ Grupo de explosão: Característica relacionada à folga máxima de segurança
(capacidade de propagação da chama de uma explosão através de intervalo de
comprimento predefinido, determinada num aparelho de teste) e energia de
ignição mínima (energia elétrica suficiente para produzir ignição num
aparelho de teste), os gases e vapores são classificados em três grupos (IIA,
IIB, IIC, sendo o IIC o grupo com a menor folga máxima de segurança) [Guia
da Dir. 1999/92/CE];
➢ LIE, LSE: Pode ocorrer uma explosão quando a concentração da substância
inflamável suficientemente dispersa no ar ultrapassa um valor mínimo (LIE -
Limite Inferior de Explosão). Não ocorrerá uma explosão quando a
concentração de gás ou vapor exceder um valor máximo (LSE - Limite
Superior de Explosão). Os limites de explosão alteram-se em condições não
atmosféricas. Em geral, a gama de concentrações entre os limites de explosão
aumenta com a subida da pressão e da temperatura da mistura. Só se pode
formar uma atmosfera explosiva sobre um líquido inflamável se a temperatura
da superfície do líquido ultrapassar um valor mínimo. Os valores tabelados
Pagina 6
Manual de proteçao contra Rev.
explosoes – V&L Data
N.º
0 01/06/2023

normalmente apresentam tolerâncias pelo que será preferível incorporar uma


margem de tolerância de aproximadamente ±10%. Os valores servem de base
para análise da probabilidade para atmosferas explosivas, cálculo da
ventilação e sistema de medição de gás [EN 60079-10];
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Siglas

• ROSA - Rate of Optimal Steam Application;


• SVE – Sistema de vedação e estanqueidade;
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1. Introdução

A prevenção dos riscos gerados por atmosferas explosivas tem-se tornado um


importante fator para criar locais de trabalho mais seguros nas indústrias. Locais com
atmosferas explosivas são referenciados, desde o século XVII. Por isso, a Amorim Cork
tem mostrado preocupação nos últimos anos com a implementação de medidas
preventivas para conter os riscos relacionados às atmosferas explosivas e, em algumas
unidades, já possui manuais bem estabelecidos e medidas de apreciação do risco
implementadas e em processo de implementação. É importante salientar que qualquer
alteração feita nos locais não classificados, como alterações na ventilação, pode
transformá-los em área ATEX ou até mesmo desclassificar o local. Por isso, é preciso
manter todos os documentos, manuais e plantas atualizadas para que as medidas sejam
aplicadas de forma eficaz nos locais necessários.

1.1 Aplicação

Levando em consideração os requisitos legais e danos que podem ser causados por
explosões e incêndios a partir de poeiras combustíveis e substâncias inflamáveis, a
Amorim Cork aplica a diretiva ATEX, para resguardar seus funcionários e proteger as
instalações desse risco. Esta diretiva foi transposta para o ordenamento jurídico português
pelo Decreto-Lei nº 236/2003, de 30 de setembro, tendo como principal objetivo
explicitar as regras de proteção dos trabalhadores contra os riscos de exposição a
atmosferas explosivas. Nela, são abordados temas pertinentes como sinalização de
segurança, avaliação dos riscos de explosão, prevenção e proteção contra explosões,
manual de proteção contra explosões, obrigações gerais do empregador, equipamentos e
sistemas de proteção e trabalho em áreas classificadas como perigosas.

1.1.1 Limites da aplicação

Não são abrangidas por este documento os riscos de explosão que não estejam
definidos na Diretiva 1992/92/CE, como:
- As áreas utilizadas diretamente no tratamento médico de doentes;
- A utilização de aparelhos de gás, em conformidade com a Diretiva 90/396/CE;
- O fabrico, manipulação, utilização, armazenagem e transporte de explosivos ou
de substâncias quimicamente instáveis;
- As indústrias extrativas abrangidas pelas Diretivas 92/91/CE ou 92/104/CE;
- A utilização de meios de transporte terrestre, marítimo e aéreo aos quais se aplicam
as disposições pertinentes de acordos internacionais (por exemplo ADNR, ADR,
ICAO, OMI, RID), e as diretivas comunitárias que lhes dão aplicação;
Não são excluídos os meios de transporte destinados à utilização em atmosferas
potencialmente explosivas.
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1.2 Legislação, regulamentos e normas aplicáveis

➢ Diretiva 1999/92/CE – Prescrição mínimas destinadas a promover a melhoria


da proteção de segurança e da saúde dos trabalhadores suscetíveis de serem
expostos a riscos derivados de atmosferas explosivas;
➢ Diretiva 2014/34/EU – Aparelhos e sistemas de proteção destinados a ser
utilizados em atmosferas potencialmente explosivas;
➢ Decreto-Lei nº 236/2003 de setembro – Transposição para o direito nacional
da diretiva 1999/92/CE;
➢ Decreto-Lei nº 111-C/2017 – Transposição para o direito nacional da diretiva
2014/34/EU;
➢ IP 15 – Código de classificação de áreas para instalações nas quais são
manuseados fluidos inflamáveis;
➢ IEC 60079-14 – Instalações elétricas – Inspeções e manutenção;
➢ IEC 60079-10-1 – Atmosferas explosivas – Parte 10-1: Classificação de áreas
– Atmosferas explosivas gasosas;
➢ IEC 60079-10-2 – Atmosferas explosivas – Parte 10-2: Classificação de áreas
– Atmosferas explosivas poeiras combustíveis;
➢ IEC 60079-10-14 – Atmosferas explosivas – Parte 14: Conceção, seleção e
construção de instalações elétricas;
➢ IEC 60079-0 – Atmosferas explosivas – Parte 0: Equipamento – Requisitos
gerais;
➢ EN 62485-3 – Requisitos de segurança para baterias secundárias e instalação
de baterias. Parte 3: Baterias de Tração.

1.3 Empresa

1.3.1 Morada

Amorim Cork S.A. – Unidade Industrial Vasconcelos & Lyncke;


Rua alto do picão, 180
Santa Maria da Feira

1.3.2 Processo produtivo


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Figura 1 - Fluxograma do processo produtivo V&L

A Vasconcelos & Lyncke (V&L) tem uma particularidade em comparação com as


demais unidades da Amorim Cork que é o fato de que a produção de suas rolhas não
serem feitas integralmente nas suas instalações. De forma que as rolhas são integralmente
compradas dos produtores locais.
O processo inicia-se na receção das rolhas de terceiros em um galpão específico para
descargas. As rolhas, antes de serem aceites, são testadas em laboratório para avaliar se a
qualidade condiz com as características descritas pelo produtor, podendo ser recusadas se
a qualidade for inferior ao que se esperava do lote, mas caso sejam aceitas as rolhas
passam para a primeira etapa da linha de produção, o equipamento SVE (sistema de
vedação e estanqueidade) (Figura 2).

Figura 2 - SVE
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Também conhecido como “veda/não-veda”, o SVE testa a vedação de cada rolha e a


descarta caso não atenda aos requisitos pré-estabelecidos. O princípio de funcionamento
é simples, a rolha é submetida a uma pressão em um dos lados e, se for verificada a
passagem de ar para o outro lado, a rolha não possui uma vedação adequada. Quando a
rolha não é totalmente vedante pode haver futuramente a contaminação do vinho e, por
isso, as rolhas inadequadas são devolvidas para o produtor.
Após as rolhas serem aprovadas pelo SVE, as rolhas são inseridas em uma estufa
Super ROSA (Rate of Optimal Steam Application) (Figura 3) onde ficam expostas à um
ambiente com temperatura e humidade controlada por longos períodos. Na estufa, as
rolhas além de adequarem sua humidade, também tem os seus níveis de TCA reduzidos,
aumentando a qualidade da rolha.

Figura 3 - Super ROSA

Ao sair do ROSA, as rolhas são enviadas para o setor de acabamentos mecânicos,


onde é feito o redimensionamento para que sejam atendidos os requisitos de cada cliente.
Na V&L existem dois processos que realizam esse trabalho de retificação, a ponçagem e
o topejamento. A máquina de ponçagem (Figura 4) é responsável pela correção do
diâmetro da rolha, atuando como uma lixação da sua lateral através de uma mó. O
topejamento corrige a altura da rolha, e, como o próprio nome sugere, atua lixando ou
cortando as suas extremidades. Esses dois processos que compõe o acabamento mecânico
são as etapas com a maior quantidade de pó de cortiça gerado devido à forma como é feita
a transformação da rolha (lixagem ou corte).

Figura 4 - Ponçadeira
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Após a retificação das dimensões da rolha, uma etapa feita exclusivamente para a
remoção do TCA é realizada, o Naturity. Esse processo, desenvolvido pela Amorim,
garante que 99,9% das rolhas estejam sem o composto. As rolhas que saem do Naturity
caem em uma esteira rolante até uma girafa (Figura 5) e, antes de entrarem nos contentores,
são sujeitas à aspiração. O processo do Naturity possui um ponto negativo que é a alta
remoção da humidade das rolhas, tornando-as quebradiças. Por isso, as rolhas voltam a
passar por uma estufa super ROSA para adequarem suas humidades.

Figura 5 - Sistema de aspiraçao do Naturity

A lavação das rolhas é a etapa imediatamente seguinte à segunda passagem no ROSA.


Nessa parte do processo, as rolhas entram em grandes tambores (Figura 6) onde serão
misturadas com compostos químicos (Figura 7) com o objetivo de retirar as sujidades e
fornecer a coloração requisitada pelo cliente. Na lavação, são utilizados principalmente
três compostos, o hidróxido de sódio (NaOH) conhecido popularmente como soda
cáustica, o peróxido de hidrogénio (H2O2) e, por último, o bissulfato de sódio (NaHSO4).
Nenhuma das substâncias apresenta níveis relevantes de inflamabilidade ou
explosividade, mas o peróxido de hidrogénio, por sua característica oxidante, pode reagir
violentamente quando em contato com substâncias orgânicas e causar incêndios ou
explosões. Esse processo pode ser dividido em quatro etapas, onde a primeira é a adição
das rolhas, do peróxido de hidrogénio, que irá funcionar como agente de branqueamento,
e do hidróxido de sódio, que irá garantir o meio básico para aumentar a eficiência do
branqueamento, ao tambor de lavação. A segunda etapa pode ser descrita como um
enxague para lavar e remover os excessos dos químicos anteriores. Em seguida, é
utilizado o bissulfato de sódio para neutralizar o hidróxido de sódio restante, e, por último,
é feita uma secagem das rolhas para garantir a humidade relativa adequada às
especificações. Durante todo o processo de lavação descrito, outros químicos não
inflamáveis são inseridos no processo para que as rolhas atinjam a coloração adequada.
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Figura 6 - Tambores de lavaçao

Figura 7 - Local onde os químicos da lavaçao sao utilizados

A última triagem feita no processo é a escolha eletrônica (Figura 8), onde uma máquina
equipada com lasers e leds faz a leitura de cada rolha e a classifica em uma das categorias
existentes. As rolhas classificadas seguem então para a embalagem onde são empacotadas
em sacos de 5 mil rolhas. Para finalizar o processo, são retiradas amostras desses sacos
para serem analisados no laboratório com o objetivo de garantir que as rolhas estejam em
conformidade com o pedido do cliente.
Se alguma das características das rolhas não estiver em conformidade, uma reinserção
no processo produtivo será feita a partir da etapa relacionada à característica identificada.
Caso contrário, a rolha seguirá para comercialização.

Figura 8 - Escolha eletronica


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2. Definições gerais

2.1 Classificação das áreas perigosas

Para executar o trabalho de melhoria das condições de segurança envolvendo


atmosferas explosivas na Amorim Cork, que é o intuito deste manual, será tomada como
base a principal legislação portuguesa para este tipo de riscos, designadamente o Decreto-
Lei nº 236/2003. Este documento, bem como a IEC 60079-10 (parte 1 e 2), servirão de
guia para classificar e quantificar as áreas de risco das unidades, bem como sugerir
medidas que possam reduzir a probabilidade da formação das atmosferas explosivas e de
elementos que possam gerar a ignição dessas atmosferas, de forma a ser possível criar um
sistema de proteção eficiente para que caso aconteça alguma explosão, as perdas humanas
e/ou materiais sejam minimizadas.
O tipo de substância causadora de atmosferas explosivas afeta diretamente o tipo de
metodologia aplicada. Gases e líquidos inflamáveis possuem formas diferentes de
avaliação quando comparadas com poeiras combustíveis, já que os parâmetros utilizados
envolvem grandezas físicas distintas. Assim, apesar de possuírem consequências
semelhantes e medidas de controlo que podem ser aplicadas nos dois cenários, a avaliação
precisa ser ramificada devido a essas particularidades de gases/líquidos e poeiras. O
diagrama da Figura 9 aborda resumidamente as etapas de determinação das zonas de
atmosferas explosivas.

Figura 9- Metodologia geral de avaliação de riscos de explosão

O Decreto-Lei nº 236/2003 de 30 de setembro classifica as áreas em três zonas


distintas, tanto para gases como para poeiras:

Classificação de áreas – Gases, névoas e vapores inflamáveis


➢ Zona 0 - Área onde existe permanentemente ou durante longos períodos, ou
com frequência, uma atmosfera explosiva constituída por uma mistura com o
ar de substâncias inflamáveis, sob a forma de gás, vapor ou névoa.
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➢ Zona 1 - Área onde é provável, em condições normais de funcionamento, a


formação ocasional de uma atmosfera explosiva constituída por uma mistura
com o ar de substâncias inflamáveis, sob a forma de gás, vapor ou névoa.
➢ Zona 2 - Área onde não é provável, em condições normais de funcionamento,
a formação de uma atmosfera explosiva constituída por uma mistura com o ar
de substâncias inflamáveis sob a forma de gás, vapor ou névoa, ou onde, caso
se verifique, essa formação seja de curta duração.

Classificação de áreas – Poeiras combustíveis


➢ Zona 20 - Área onde existe permanentemente ou durante longos períodos, ou
frequentemente, uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem de
poeira combustível.
➢ Zona 21 - Área onde é provável, em condições normais de funcionamento, a
formação ocasional de uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem
de poeira combustível.
➢ Zona 22 - Área onde não é provável, em condições normais de funcionamento,
a formação de uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem de poeira
combustível ou onde, caso se verifique, essa formação seja de curta duração.
2.2 Fontes de ignição

De acordo com a norma europeia EN 1127-1, existem treze possíveis tipos de fonte
de ignição, mas a depender da atividade da organização ou até mesmo do setor em que a
atmosfera explosiva está inserida, nem todas estarão presentes no local de risco.
➢ Superfícies quentes (SQ): Se uma atmosfera explosiva entrar em contacto com
uma superfície quente a ignição pode ocorrer. Não só uma superfície quente
por si própria pode agir como fonte de ignição, como também uma camada de
poeira combustível em contacto com uma superfície quente e incendiado pela
mesma pode agir como fonte de ignição para uma atmosfera explosiva.
➢ Chamas e gases quentes (CH/GQ): As chamas estão associadas às reações de
combustão a temperaturas superiores a 1000 ºC. Os gases quentes são
produzidos como produtos de reação e, no caso de poeira e/ou chamas
fuliginosas também são produzidas partículas sólidas ardentes.
➢ Faíscas geradas mecanicamente (FGM): A utilização de ferramentas que
possam produzir faíscas geradas mecanicamente pode provocar a ignição de
substâncias inflamáveis.
➢ Aparelhos elétricos (AE): No caso de aparelhos elétricos, as faíscas elétricas
e as superfícies quentes podem ocorrer como fontes de ignição. As faíscas
elétricas podem ser geradas, por exemplo: quando os circuitos elétricos são
abertos e fechados; por ligações soltas e/ou por correntes de fuga.
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➢ Correntes elétricas de fuga e proteção catódica (CEF/PC): Se as partes de um


sistema capazes de transportar correntes de fuga forem desligadas, ligadas ou
em forma de ponte - mesmo no caso de diferenças de potencial ligeiras - uma
atmosfera explosiva pode ser incendiada como resultado de faíscas elétricas
e/ou arcos. Além disto, a ignição também pode ocorrer devido ao aquecimento
destes percursos da corrente.
➢ Eletricidade estática (EE): A descarga de peças carregadas, isoladas por
condutor, pode facilmente conduzir a faíscas que apresentam risco de
inflamação.
➢ Descargas atmosféricas (DA): Se um relâmpago entrar numa atmosfera
explosiva, a ignição irá sempre ocorrer. Além disso, existe também a
possibilidade de ignição devido à alta temperatura atingida por raios
condutores.
➢ Ondas eletromagnéticas de frequência de rádio 104 − 3x1012 Hz (OE): As
ondas eletromagnéticas são emitidas por todos os sistemas que geram e
utilizam energia de frequência de rádio, por exemplo, transmissores de rádio,
geradores industriais ou médicos RF para aquecimento, secagem,
endurecimento, soldadura, corte, entre outros. Todas as partes condutoras
localizadas no campo de radiação funcionam como antenas de receção. Se o
campo for suficientemente potente e se a antena de receção for
suficientemente grande, estas partes condutoras podem causar a ignição em
atmosferas explosivas.
➢ Ondas eletromagnéticas de 3x1011 − 3x1015 Hz (RE): A radiação nesta gama
espectral pode, especialmente quando concentrada, tornar-se uma fonte de
ignição através da absorção por atmosferas explosivas ou superfícies sólidas.
➢ Radiação por ionização (RI): A radiação por ionização, gerada por exemplo,
tubos de raio X e substâncias radioativas podem incendiar ATEX como
resultado da absorção de energia.
➢ Ultrassons (US): Na utilização de ondas e som ultrassónicas, uma grande
proporção da energia emitida pelo transdutor eletroacústico é absorvida por
substâncias líquidas ou sólidas. Como resultado a substância exposta a
ultrassons aquece de forma que, em casos extremos, a ignição pode ser
induzida.
➢ Compressão adiabática e ondas de choque (CA/OC): No caso de compressão
adiabática ou quase adiabática e nas ondas de choque, podem ocorrer tais altas
temperaturas que as atmosferas explosivas (e a poeira depositada) podem
incendiar.
➢ Reações exotérmicas (RQ): As reações exotérmicas podem atuar com uma
fonte de ignição quando a taxa de geração de calor excede a taxa de perda de
calor para as imediações. Muitas reações químicas são exotérmicas.
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2.3 Classe de temperatura

A temperatura de ignição dos gases e vapores também são parâmetros utilizado na


escolha de equipamentos para áreas com risco de explosão. Isso porque, caso o
equipamento atinja a temperatura de ignição do gás, poderá desencadear a ignição da
atmosfera. A norma IEC 60079-10-14 classifica os equipamentos em 6 categorias como
mostra a Tabela 1,

Tabela 1 - Relação entre temperatura de ignição e classe de temperatura

Classe de Temperatura de ignição do Classificação do


temperatura gás equipamento permitida
T1 >450 T1-T6
T2 >300 T2-T6
T3 >200 T3-T6
T4 >135 T4-T6
T5 >100 T5-T6
T6 >85 T6

Os equipamentos que serão utilizados em locais com poeiras combustíveis, precisarão


de um tipo de classificação diferente dos gases e vapores. A temperatura de ignição em
nuvem e em camada são os parâmetros utilizado para saber até que temperatura os
equipamentos podem alcançar sem comprometer a segurança.
Ainda de acordo com a norma IEC 60079-14, para se obter a temperatura máxima de
operação de equipamentos para áreas empoeiradas e com risco de explosão, deve ser
utilizado 2/3 do valor de temperatura de ignição de nuvem ou o valor da ignição em
camadas de 5mm -75 (com a temperatura em celsius ou kelvin). O valor mais conservador
resultante desses dois cálculos, deverá ser utilizado como limite.
Quando houver a presença de camadas mais espessas que 5mm, é possível utilizar
o gráfico apresentado na Figura 10 seguir, retirado da norma, para estimar um valor mais
seguro de ignição em camada.
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Figura 10 - Correlação entre espessura da camada e temperatura de ignição. Adaptado de (IEC, 2013)

2.4 Classificação dos equipamentos

Quando uma zona é identificada como perigosa devido à formação de atmosferas


explosivas, os equipamentos e ferramentas que são utilizadas no local, sejam para
realização de atividades do processo ou qualquer outro tipo de intervenção atípica,
precisam ser adequados para contornar o risco. Equipamentos, componentes e sistemas
de protecção e segurança devem, se nada em contrário for indicado neste documento, ser
desenhados, marcados e declarados em conformidade com a Directiva 2014/34/EU.
Segundo a Directiva 2014/34/UE os equipamentos e sistemas de protecção
classificam-se em (Tabela 2):
Tabela 2 - Categorias de equipamentos por substância inflamável/combustível
Grupo de equipamento Categoria do equipamento Substância inflamável ou combustível
M1 Metano, poeira
I
M2 Metano, poeira
1 Gases, vapores, névoas e poeiras
II 2 Gases, vapores, névoas e poeiras
3 Gases, vapores, névoas e poeiras

O grupo de equipamentos I é formado por aqueles destinados a trabalhos subterrâneos


em minas e em partes das suas instalações de superfície, nas quais pode haver perigo
devido ao grisu e/ou às poeiras inflamáveis.
A categoria M1 compreende os equipamentos desenhados e, se for necessário,
equipados com meios de protecção especiais, de forma que possam funcionar dentro dos
parâmetros operativos determinados pelo fabricante e assegurar um nível de protecção
muito alto.
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A categoria M2 compreende os equipamentos desenhados para poder funcionar nas


condições práticas fixadas pelo fabricante, baseadas num alto nível de protecção.
O grupo de equipamentos II é composto por aqueles destinados ao uso em outros
lugares nos quais pode haver o perigo de formação de atmosferas explosivas, devidas a
gases, vapores ou poeiras inflamáveis.
Dentro deste grupo de equipamentos integram-se os equipamentos desenhados para
funcionar dentro dos parâmetros operativos fixados pelo fabricante e assegurar um nível
de protecção adequado ao meio ambiente no qual se produzam com diferentes frequências
atmosferas explosivas devidas a misturas de ar com gases, vapores, névoas ou misturas
poeira-ar.
Existem três categorias (1, 2 e 3) em que os equipamentos podem ser integrados.
A categoria 1 compreende os equipamentos desenhados para funcionar dentro dos
parâmetros operativos fixados pelo fabricante e assegurar um nível de protecção muito
alto. Os equipamentos desta categoria estão destinados a serem utilizados num meio
ambiente no qual se produzam de forma constante, duradoura ou frequente atmosferas
explosivas devidas a misturas de ar com gases, vapores, névoas ou misturas poeira-ar.
A categoria 2 compreende os equipamentos desenhados para funcionar dentro dos
parâmetros operativos fixados pelo fabricante e assegurar um nível de protecção alto. Os
equipamentos desta categoria estão destinados a serem utilizados num meio ambiente no
qual seja provável a formação de atmosferas explosivas devidas a misturas de ar com
gases, vapores, névoas ou poeiras em suspensão.
A categoria 3 compreende os equipamentos desenhados para funcionar dentro dos
parâmetros operativos fixados pelo fabricante e assegurar um nível de protecção normal.
Os equipamentos desta categoria estão destinados a serem utilizados num meio ambiente
em que seja pouco provável a formação de atmosferas explosivas devidas a misturas de
ar com gases, vapores, névoas ou poeiras em suspensão.
De acordo com a atualização da Norma EN 60079-0 (Material Eléctrico para
Atmosferas Explosivas – Parte 0: Requisitos gerais), são também classificados ao nível
de protecção do equipamento.
Neste caso, o grupo de equipamentos I refere-se a equipamento eléctrico a ser
utilizado em minas susceptíveis de haver perigo devido ao grisu. O grupo de
equipamentos II corresponde aos equipamentos eléctricos utilizados em locais onde
possam existir atmosferas gasosas explosivas, enquanto o grupo III engloba os
equipamentos eléctricos a serem utilizados em locais onde é susceptível a presença de
uma atmosfera explosiva na forma de poeiras.
Quanto aos níveis de protecção podem-se referir a existência de seis níveis que variam
de acordo com a sua performance de protecção, assim como, se se trata de gases ou
poeiras inflamáveis.
O nível de protecção Ga é utilizado em equipamento para atmosferas explosivas
gasosas, tendo um nível muito alto de protecção, o qual não é uma fonte de ignição em
condições normais, durante funcionamento deficiente expectável ou durante
funcionamento deficiente raro.
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O nível de protecção Gb é utilizado em equipamento para atmosferas explosivas


gasosas, apresentando um nível alto de protecção, o qual não será uma fonte de ignição
em condições normais ou durante funcionamento deficiente esperado.
O nível de protecção Gc abrange equipamento utilizado para atmosferas explosivas
gasosas, tendo um nível normal de protecção, o qual não é uma fonte de ignição em
condições normais, podendo ter alguma protecção adicional para garantir que permanece
inativo como fonte de ignição no caso de ocorrências esperadas.
No caso de Da, Db e Dc, a definição é a mesma, somente se inserem estes níveis de
protecção em equipamentos destinados a locais onde é provável a presença de atmosferas
explosivas na forma de poeiras, assim:
O nível de protecção Da é utilizado em equipamentos para atmosferas explosivas com
poeiras combustíveis, tendo um nível muito alto de protecção, o qual não é uma fonte de
ignição em condições normais, durante funcionamento deficiente expectável ou durante
funcionamento deficiente raro.
O nível de protecção Db é utilizado em equipamento para atmosferas explosivas com
poeiras combustíveis, apresentando um nível alto de protecção, o qual não será uma fonte
de ignição em condições normais ou durante funcionamento deficiente esperado.
O nível de protecção Dc inclui equipamento utilizado para atmosferas explosivas com
poeiras combustíveis, tendo um nível normal de protecção, o qual não é uma fonte de
ignição em condições normais, podendo ter alguma protecção adicional para garantir que
permanece inativo como fonte de ignição no caso de ocorrências esperadas.
A Tabela 3 descreve as condições de operação e como é feita a protecção de acordo
com o nível de proteção e o grupo do equipamento.

Tabela 3 - Nível de proteção dos equipamentos e suas características


Nível de
proteção do Proteção
Grupo Performance da proteção Condições de operação
equipament proporcionada
o
Dois meios independentes de
O equipamento mantém-se em
proteção ou segurança mesmo quando
Ma Muito alta funcionamento quando a atmosfera
um funcionamento deficiente ocorre
explosiva está presente
I independentemente do outro
Equipamento colocado fora de
Adequado para condições normas e
Mb Alta serviço quando a atmosfera
severas de operação
explosiva está presente
Dois meios independentes de
proteção ou segurança. Mesmo quando O equipamento permanece em
Ga Muito alta
um funcionamento deficiente ocorre funcionamento em zonas 0, 1 e 2
independentemente do outro
Adequado para operações normais,
II
frequentemente ocorrem situações O equipamento permanece em
Gb Alta
anómalas previamente identificadas ou funcionamento em zonas 1 e 2
não
O equipamento permanece em
Gc Normal Adequado para operações normais
funcionamento em zonas 2
Dois meios independentes de
proteção ou segurança. Mesmo quando O equipamento permanece em
Da Muito alta
um funcionamento deficiente ocorre funcionamento em zonas 20, 21 e 22
III
independentemente do outro
Adequado para operações normais, O equipamento permanece em
Db Alta
frequentemente ocorrem situações funcionamento em zonas 21 e 22
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Nível de
proteção do Proteção
Grupo Performance da proteção Condições de operação
equipament proporcionada
o
anómalas previamente identificadas ou
não
O equipamento permanece em
Dc Normal Adequado para operações normais
funcionamento em zonas 22

2.5 Classificação de substâncias inflamáveis

O tipo de substância presente, seja ela poeira, gás, névoa ou vapor, também irá
influenciar no tipo de equipamento permitido naquela zona, necessitando o
enquadramento da mesma nos grupos a seguir de acordo com suas propriedades. Os gases,
névoas e vapores possuem como parâmetro balizador a sua energia mínima de ativação,
mas do ponto de vista da elétrica não é possível a caracterização das poeiras com a mesma
precisão. Por isso, é utilizado a resistividade elétrica das poeiras para que seja feita a sua
classificação.

I – Relativo às instalações subterrâneas (minas);


II – Relativo às instalações de superfície para gases;
IIA – Energia mínima de ativação < 180 mJ;
IIB – Energia mínima de ativação < 60 mJ;
IIC – Energia mínima de ativação < 20 mJ;
III – Relativo às instalações de superfície para poeiras.
IIIA – Poeiras combustíveis;
IIIB – Poeiras combustíveis não condutoras, com resistências elétricas >
10^3Ω.m;
IIIC – Poeiras combustíveis condutoras, com resistências elétricas ≤ 10^3Ω.m;

2.6 Metodologia de análise e avaliação de riscos (NTP 876);

O método criado pelo Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo


(INSHT), órgão espanhol que é responsável pela criação das notas técnicas de proteção
(NTP), utiliza as inicialmente informações sobre a substância geradora do risco de
explosão para compreender a situação. A tabela abaixo mostra alguns dos parâmetros
necessários para se compreender o contexto e as propriedades da zona ATEX em questão.
Com a obtenção desses parâmetros e conseguinte compreensão das características
básicas da substância, o passo seguinte é determinar a probabilidade de formação e
duração das atmosferas explosivas. Essa etapa está associada a determinação das zonas e,
nessa dissertação, será utilizado o método já citado da IEC 60079-10-1 e 60079-10-2 para
isso.
Além da determinação das zonas, é preciso levar em consideração a probabilidade de
existir uma ignição nos locais classificados. Todas as 13 fontes de ignição citadas
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previamente devem ser consideradas em um primeiro momento e apenas após análise do


contexto da zona poderão ser desconsideradas. Essa análise deverá levar em consideração
todas as circunstâncias existentes nos locais ATEX, ou seja, durante o funcionamento
normal, durante paragens, manutenções e primeira/última utilização.

Tabela 4 - Parâmetros relevantes para análise de risco NTP 876

Gases, vapores e névoas Poeiras combustíveis


Limites de inflamabilidade e
Granulometria
explosividade (LII, LSI, LIE e LSE)
Temperatura de inflamação Concentração mínima de explosão
Temperatura de auto inflamação Energia mínima de ignição
Grupo e subgrupo (IIA, IIB e IIC) Temperatura de ignição em camada
Interstício experimental máximo de
Temperatura de ignição em suspensão
segurança
Energia mínima de ignição (EMI) Pressão máxima de explosão
Gradiente máximo de pressão Constante de explosividade
Corrente mínima de inflamação Resistividade/condutividade elétrica
Densidade relativa Concentração limite de oxigênio
Coeficiente de evaporação Suscetibilidade/estabilidade térmica

Ao identificar as possíveis fontes de ignição, também é necessário avaliar a sua


probabilidade de aparição. O método divide essa variável em três categorias:
1. Quando a probabilidade de surgimento é constante/frequente ou quando um
equipamento inserido na zona pode gerar fontes de ignição durante sua operação normal;
2. Quando a probabilidade de surgimento é depende de circunstâncias raras ou
quando um equipamento inserido na zona pode gerar fontes de ignição apenas em caso
de falhas;
3. Quando a probabilidade de surgimento é depende de circunstâncias muito raras
ou quando um equipamento inserido na zona pode gerar fontes de ignição apenas em caso
de falhas muito raras.
Assim, com as zonas classificadas e as fontes de ignição avaliadas, é possível utilizar
a matriz presente na descrição do método para classificar como negligenciável, muito
baixa, baixa, média, alta e muito alta a probabilidade de materialização do risco na zona
ATEX (Tabela 5).
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Tabela 5 - Probabilidade de materialização do risco derivado de ATEX - NTP 876


Não
Zonas 2/22 Zonas 1/21 Zonas 0/20
classificada
Fonte de ignição
Negligenciável Negligenciável Negligenciável Negligenciável
inexistente
Possível ignição em caso
de disfunção rara ou Negligenciável Muito baixa Baixa Média
falha não previsível
Possível ignição em caso
de disfunção ou falha Negligenciável Baixa Media Alta
previsível
Possibilidade de ignição
em funcionamento Negligenciável Média Alta Muito alta
normal

O método propõe associar a probabilidade de materialização do risco obtida com a


gravidade das consequências para então determinar o nível do risco. A gravidade citada
no método é subdividida em 4 categorias: baixa, média, alta e muito alta. De forma que,
apesar de explosões estarem normalmente associados a um nível elevado de gravidade
devido as suas ondas de choque, radiação térmica, projeção de estilhaços, ruído, queda de
estruturas, chamas e emissão de substâncias perigosas, é necessário considerar a extensão
dos danos, a eficiência das medidas de proteção existentes, a fiabilidade dos sistemas de
proteção, a possibilidade de burlar os sistemas de prevenção e proteção, o efeito dominó
em caso de explosões secundárias (NTP, 2010). Com isso, o utilizador do método poderá,
após essa ponderação, obter o nível de risco da zona de acordo com a Tabela 6.

Tabela 6 - Valorização do risco - NTP 876

Severidade das consequências


Probabilidade de
Baixa Média Alta Muito alta
materialização
Muito baixa Risco leve Risco médio Risco médio Risco alto
Risco muito
Baixa Risco leve Risco médio Risco alto
alto
Risco muito
Média Risco leve Risco alto Risco alto
alto
Risco muito Risco muito
Alta Risco médio Risco alto
alto alto
Risco muito Risco muito Risco muito
Muito alta Risco médio
alto alto alto
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3. Substâncias inflamáveis e poeiras combustíveis

3.1 Gases, vapores e líquidos inflamáveis;

Poucas substâncias na V&L apresentam a particularidade de serem inflamáveis,


resumindo-se ao gás natural, que é utilizado para a alimentação das caldeiras quando
necessário, o álcool etílico utilizado nos laboratórios de controlo de qualidade e o gás
hidrogénio produzido durante o carregamento das baterias de empilhadores e outras
máquinas/equipamentos. Na Tabela 7, temos as propriedades pertinentes das substâncias
citadas.

Tabela 7 - Propriedades de gases, vapores e líquidos inflamáveis da V&L

a de ebulição

temperatura
explosividad

explosividad

ignição (mJ)
Temperatur

Temperatur
ignição (ºC)
superior de
inflamação

máxima de
Substância

inferior de

mínima de
Densidade

a de auto-
e (% Vol)

e (% Vol)

Grupo de

Classe de
Ponto de

explosão

explosão
Energia
relativa

Pressão
(Ar=1)
Limite

Limite

(bar)
(ºC)

(ºC)

Gás
Natural -223 5 15 0.6625 540 -161.5 0.29 IIA T1 8.1
(G)
Hidrogénio
- 4 77 0.07 560 -252.8 - IIC T1 8.3
(G)
Álcool
16 3.3 19 1.59 400 78 - - T2 -
(96%) (L)

3.2 Poeiras combustíveis

A produção de rolhas de cortiça, seja ela natural ou técnica, gera uma elevada
quantidade de poeira durante quase todos os processos até obter-se o produto final. Essa
poeira possui uma série de propriedades combustíveis que vão torná-la uma ameaça à da
segurança dos trabalhadores e das instalações e, por isso, deverão ser tomadas medidas
para que haja um controle sobre sua presença, manuseio e armazenamento.
Dentro das instalações da Amorim Cork, a granulometria média da poeira residual de
cortiça possui 42 µm de diâmetro segundo os dados da própria empresa, esse parâmetro
é importante pois está associado à concentração mínima de explosão (CME) da
substância. A CME do pó da cortiça permanece inalterado para diâmetros de até 180 µm,
o que é favorável para as considerações necessárias já que em processos industriais o
diâmetro da partícula não é um valor tão constante.
O relatório da HVBG mostra que a CME do pó de cortiça é de 30 g/m^3. Isso significa
que, caso os procedimentos de limpeza da instalação sejam de tal formas eficientes ao
ponto de que não haja essa quantidade na instalação, o vértice do hexágono do fogo
associado à concentração não estará presente, retirando o perigo da explosão. O relatório
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também elenca os valores da pressão máxima de explosão e o parâmetro Kst, que são
essenciais para a determinação da gravidade da explosão da poeira em questão.
A temperatura mínima de ignição e a temperatura mínima de ignição em camada
também são descritas no relatório. Esses parâmetros são importantes para a determinação
da temperatura limite que os equipamentos e máquinas podem alcançar sem trazer riscos
de deflagração das poeiras presentes.
O último parâmetro pertinente para a avaliação da perigosidade da poeira é a energia
mínima de ignição (EMI), que indica o quão susceptível à ignição eletrostática o material
é. A EMI para a poeira de cortiça equivale a 35 mJ e torna o combate à eletricidade
estática nas atmosferas explosivas essencial para impedir sua ignição. Levando em
consideração que o corpo humano é capaz de produzir até 30 mJ e é conhecido que
descargas eletrostáticas em situações industriais normais alcançam valores de até 100 mJ,
a EMI da poeira de cortiça é suficiente para o perigo de ignição eletrostática seja levado
em consideração.

Tabela 8 - Propriedades do pó da cortiça

CME (𝒈/ EMI


Substância Ø (µm) 𝑷𝒎á𝒙 (𝒃𝒂𝒓) 𝑲𝒔𝒕 (𝒃𝒂𝒓. 𝒎. 𝒔−𝟏 ) 𝑻𝒊𝒈 (𝑪º) 𝑻𝒔 (𝑪º)
𝒎𝟑 ) (mJ)

Pó de
42 30 9.6 202 470 300 35
cortiça
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4. Classificação de áreas perigosas

4.1 Listagem das áreas classificadas

➢ Rede de gás natural;


➢ Produtos químicos inflamáveis;
➢ Área de recarregamento de baterias;
➢ Processo produtivo e sistema de despoeiramento.

4.2 Classificação das áreas

4.2.1 Rede de gás natural;

O Gás Natural é considerado uma substância extremamente inflamável e é menos


denso que o ar. Isto faz com que, ao existir uma fuga, o gás dissipe-se mais facilmente na
atmosfera ou acumule-se nos pontos mais altos da estrutura. No PRM, em condições
normais de funcionamento, não é previsível a formação de atmosferas explosivas, no
entanto, no caso de se formarem, estas atmosferas subsistem por espaços de tempo curto.
São expectáveis pontos de fuga, as flanges e válvulas destas tubagens. Assim, as zonas
classificadas podem ser encontradas na Tabela 9.

Tabela 9 - Zonas ATEX originadas pelo gás natural

Substância Equipamento Secção ou Momento Fuga Diluição Ventilação Zona Extensão

Interior do posto de Totalidade do


Primária Baixa Insuficiente 1
redução interior

Posto de
redução e
medição Exterior do posto de
Secundária Alta Razoável 2 Negligenciável
redução
Totalidade do
Interior do respiro Primária Baixa Insuficiente 1
interior
Gás natural
Saída do respiro Secundária Alta Razoável 2 Negligenciável

Esfera com 3 m
Área em volta das
de raio a partir
flanges no interior da Secundária Média Razoável 2
do centro da
Flanges da unidade
flange
tubagem

Área em volta das


flanges no exterior da Secundária Alta Razoável 2 Negligenciável
unidade
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4.2.2 Produtos químicos inflamáveis;

Segundo o código de classificação de áreas para instalações que lidam com fluidos
inflamáveis (IP15), as áreas que contenham volumes superiores a 25 litros de inflamáveis
devem ser classificadas. O volume presente no laboratório é de, usualmente 80 litros,
obrigando a classificação da zona do local, mesmo que os bidões se mantenham
maioritariamente do tempo fechados. As classificações das zonas geradas por álcool
etílico estão expostas na Tabela 10.

Tabela 10 - Zonas ATEX originadas pelo álcool etílico

Secção ou
Substância Equipamento Fuga Diluição Ventilação Zona Extensão
Momento

Área de Esfera com 2 m


Álcool etílico Bidões de álcool armazenamento de Secundária Baixa Insuficiente 2 de raio a partir do
álcool centro da tampa

4.2.3 Área de recarregamento de baterias;

Durante a operação de carga de baterias desenvolvem-se gases, resultado da eletrólise


da água. Os gases produzidos são oxigénio e hidrogénio que é inflamável. Caso a
concentração de hidrogénio atinja os valores limites de explosividade, pode desencadear
uma explosão. As zonas classificadas com gás hidrogénio estão expostas na Tabela 11.

Tabela 11 - Zonas ATEX originadas pela recarga de baterias

Secção ou
Substância Equipamento Fuga Diluição Ventilação Zona Extensão
Momento

Área de Esfera com 0.5 m


Álcool etílico Bidões de álcool armazenamento de Secundária Baixa Insuficiente 2 de raio a partir do
álcool centro da flange

4.2.4 Processo produtivo e sistema de despoeiramento;

A produção do pó de cortiça, um produto secundário e indesejado da manipulação das


rolhas, gera a necessidade de se retirar essa substância do processo através do sistema de
despoeiramento. O sistema composto por secções de aspiração, tubagens, filtros e silos,
consegue transformar o produto indesejado em uma fonte de combustível para as
caldeiras presentes no local, mas todo o processo de reaproveitamento do pó acaba
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criando zonas de alto risco de explosão devido às propriedades do material e das


características do processo. Formando assim, as zonas de atmosferas explosivas que são
apresentadas na Tabela 12 e quantificadas na Figura 11.

Tabela 12 - Zonas ATEX originadas pelo pó de cortiça


Local/ Subst Equipa Secção ou
Fuga Diluição Ventilação Zona Extensão
Área ância mento Momento
Entrada do
Raio de 0.5 m a partir
sistema de
Contínua Média Razoável 21 do centro da entrada,
aspiração da
até o solo
SVE
Entrada do
Raio de 0.5 m a partir
sistema de
Pó de Contínua Média Razoável 21 do centro da entrada,
SVE’s SVE aspiração da
cortiça até o solo
SVE
Interior do
Interior do SVE Contínua Baixa Insuficiente 20
equipamento
Raio de 2 m a partir
Área envolvente
Primária Média Razoável 22 do centro da entrada,
dos SVE
até o solo
Interior da Interior do
Contínua Baixa Insuficiente 20
Retifica retificadora equipamento
dora Área envolvente Raio de 2 m a partir
Primária Média Razoável 22
das retificadoras do local da mó
Raio de 0.5 m a partir
Zona de corte Contínua Média Razoável 20
Topejad do local de corte
Acab eira Área envolvente Raio de 2 m a partir
Primária Média Razoável 22
ament das topejadeiras do local de corte
Pó de
os Interior do
cortiça Interior do
mecâ sistema de Contínua Baixa Insuficiente 20
equipamento
nicos aspiração
Interior do Interior do
Contínua Baixa Insuficiente 20
Ciclone ciclone equipamento
Big bags de Interior do
Contínua Baixa Insuficiente 20
coleta equipamento
Saída de ar do Secundári Interior do
Baixa Insuficiente 22
ciclone a equipamento
Entrada do Raio de 2 m a partir
Natur Pó de
VSR sistema de Primária Média Razoável 22 do centro da saída
ity cortiça
aspiração das rolhas
Entrada do
Raio de 0.5 m a partir
sistema de Contínua Média Razoável 21
Vibrado do centro da entrada
aspiração
r
Escol Área envolvente Raio de 2 m a partir
Primária Média Razoável 22
ha Pó de do vibrador do centro do vibrador
eletrô cortiça Entrada do
Raio de 0.5 m a partir
nica Escolha sistema de Contínua Média Razoável 20
do centro da entrada
eletrónic aspiração
a Área envolvente Raio de 2 m a partir
Primária Média Razoável 22
da escolha do local de escolha
Tubagen
s de Interior da Interior do
Siste Contínua Baixa Insuficiente 20
aspiraçã tubagem equipamento
ma de
Pó de o
despo
cortiça Interior do
eiram Lado sujo Contínua Baixa Insuficiente 20
equipamento
ento Filtro 01
Interior do
Lado limpo Primária Baixa Insuficiente 22
equipamento
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Local/ Subst Equipa Secção ou


Fuga Diluição Ventilação Zona Extensão
Área ância mento Momento
Mini- Interior do
Mini-silo Contínuo Baixa Insuficiente 20
silo equipamento
Interior do
Silo Silo Contínuo Baixa Insuficiente 20
equipamento
Interior do
Lado sujo Contínua Baixa Insuficiente 20
equipamento
Filtro 02
Interior do
Lado limpo Primária Baixa Insuficiente 21
equipamento
Interior da casa
Contínuo Baixa Insuficiente 20 Interior do local
do pó
Raio de 5 m a partir
Exterior da casa
Casa do Primária Baixa Insuficiente 21 da porta de entrada
do pó
pó do camião
Casa Pó de
Interior da
do pó cortiça
tubagem de Contínua Baixa Insuficiente 20 Interior do local
aspiração
Cova da Interior da cova
Contínuo Baixa Insuficiente 20 Interior do local
nora nora
Nora Interior da nora Contínuo Baixa Insuficiente 20 Interior do local

16
14
12
10
8
6
4
2
0
Zona 0 Zona 1 Zona 2 Zona 20 Zona 21 Zona 22

Figura 11 - Quantificação das zonas ATEX na V&L

4.3 Resumo das fontes de ignição presentes

De acordo com a norma europeia 1127-1, existem treze possíveis tipos de fonte de
ignição, mas nem todas foram identificadas nas instalações da unidade industrial
Vasconcelos & Lyncke. Das 13 fontes de ignição, apenas 7 foram identificadas na V&L,
sendo elas as superfícies quentes (SQ), chamas e gases quentes (CH/GQ), faíscas geradas
mecanicamente (FGM), aparelhos elétricos (AE), eletricidade estática (EE), descargas
atmosféricas (DA) e reações exotérmicas (RQ). A Figura 12 mostra o gráfico com a
presença de cada uma dessas 7 fontes de ignição identificadas nas zonas ATEX
identificadas.
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Tabela 13 - Fontes de ignição presentes na V&L


E
Equipamento Secção ou momento SQ CH e CQ FGM AE DA RQ
E
Posto de redução e
Interior do posto de redução X X X X X
medição de gás natural
Posto de redução e
Exterior do posto de redução X X X X X
medição de gás natural
Posto de redução e
Interior do respiro X X X X X
medição de gás natural
Posto de redução e
Saída do respiro X X X X X
medição de gás natural
Área em volta das flanges no
Flanges da tubagem X X X X X
interior da unidade
Área em volta das flanges no
Flanges da tubagem X X X X X
exterior da unidade
Área imediatamente acima das
Carregadores de baterias X X X X X
conexões
Bidões de álcool Área de armazenamento de álcool X X X X X
Entrada do sistema de aspiração da
SVE X X X X X
SVE
Entrada do sistema de aspiração da
SVE X X X X X
SVE
SVE Interior do SVE X X X X X X
SVE Área envolvente dos SVE X X X X X
Retificadora Interior da retificadora X X X X X X
Retificadora Área envolvente das retificadoras X X X X X
Topejadeira Zona de corte X X X X X X
Topejadeira Área envolvente da topejadeira X X X X X
Ciclone Interior do sistema de aspiração X X X X X
Ciclone Interior do ciclone X X X X X
Ciclone Big bags de coleta X X X X X
Ciclone Saída de ar do ciclone X X X X X
VSR Entrada do sistema de aspiração X X X X X
Entrada do sistema de aspiração do
Vibrador X X X X X
vibrador
Vibrador Área envolvente do vibrador X X X X X
Entrada do sistema de aspiração da
Escolha eletrónica X X X X X X
escolha
Escolha eletrónica Área envolvente da escolha X X X X X
Tubagens de aspiração Tubagens X X X X X
Filtro 01 Lado sujo X X X X X X
Filtro 01 Lado limpo X X X X X
Mini-silo Mini-silo X X X X X
Silo Silo X X X X X
Filtro 02 Lado sujo X X X X X X
Filtro 02 Lado limpo X X X X X
Casa do pó Interior da casa do pó X X X X X X
Casa do pó Exterior da casa do pó X X X X X X
Casa do pó Sistema de aspiração X X X X X
Nora Interior da cova da nora X X X X X X
Nora Interior da nora X X X X X X

40

20

0
SQ CH/CQ FGM AE EE DA RQ

Figura 12 - Presença das fontes de ignição identificadas nas zonas ATEX da V&L
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4.4 Proteções de equipamento para zonas classificadas

De acordo com a classificação das zonas e substância que está associada a esse local de risco, a norma IEC 60079-14 determina quais
propriedades os equipamentos que serão utilizados precisam possuir. A listagem das características dos equipamentos de acordo com a
codificação criada para cada zona pode ser encontrada na Tabela 14.
Tabela 14 - Requisito dos equipamentos para uso em zonas classificadas

Nível de Classe de Temperatura de ignição


Codificação Grupo de (poeiras)
Equipamento Secção ou Momento Substância Zona proteção temperatura
da zona substância
permitido (gases) Camada Suspensão
Posto de redução e
Interior do posto de
1.1 medição de gás Gás natural 1 IIA Ga, Gb T1 Não aplicável
redução
natural
Posto de redução e
Exterior do posto de
1.2 medição de gás Gás natural 2 IIA Ga, Gb, Gc T1 Não aplicável
redução
natural
Posto de redução e
1.3 medição de gás Interior do respiro Gás natural 1 IIA Ga, Gb T1 Não aplicável
natural
Posto de redução e
1.4 medição de gás Saída do respiro Gás natural 2 IIA Ga, Gb, Gc T1 Não aplicável
natural
Área em volta das
1.5 Flanges da tubagem flanges no interior da Gás natural 2 IIA Ga, Gb, Gc T1 Não aplicável
unidade
Área em volta das
1.6 Flanges da tubagem flanges no exterior da Gás natural 2 IIA Ga, Gb, Gc T1 Não aplicável
unidade
Carregadores de Área imediatamente
2.1 Hidrogénio 2 IIC Ga, Gb, Gc T1 Não aplicável
bateria acima das conexões
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Nível de Classe de Temperatura de ignição


Codificação Grupo de (poeiras)
Equipamento Secção ou Momento Substância Zona proteção temperatura
da zona substância
permitido (gases) Camada Suspensão
Área de
Álcool
3.1 Bidões de álcool armazenamento de 1 IIB Ga, Gb, Gc T2 Não aplicável
Etílico
álcool
Entrada do sistema de
4.1 SVE aspiração da SVE Pó de cortiça 21 IIIB Da, Db Não aplicável 300 470
(X )
Entrada do sistema de
4.2 SVE Pó de cortiça 21 IIIB Da, Db Não aplicável 300 470
aspiração da SVE (XØ)

4.3 SVE Interior do SVE Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470

Área envolvente dos


4.4 SVE Pó de cortiça 22 IIIB Da, Db, Dc Não aplicável 300 470
SVE

4.5 Retificadora Interior da retificadora Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470

Área envolvente das


4.6 Retificadora Pó de cortiça 22 IIIB Da, Db, Dc Não aplicável 300 470
retificadoras

4.7 Topejadeira Zona de corte Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470

Área envolvente da
4.8 Topejadeira Pó de cortiça 21 IIIB Da, Db Não aplicável 300 470
topejadeira

Interior do sistema de
4.9 Ciclone Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
aspiração
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Nível de Classe de Temperatura de ignição


Codificação Grupo de (poeiras)
Equipamento Secção ou Momento Substância Zona proteção temperatura
da zona substância
permitido (gases) Camada Suspensão

4.10 Ciclone Interior do ciclone Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470

4.11 Ciclone Big bags de coleta Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470

4.12 Ciclone Saída de ar do ciclone Pó de cortiça 21 IIIB Da, Db Não aplicável 300 470

Entrada do sistema de
4.13 VSR Pó de cortiça 22 IIIB Da, Db, Dc Não aplicável 300 470
aspiração

Entrada do sistema de
4.14 Vibrador Pó de cortiça 21 IIIB Da, Db Não aplicável 300 470
aspiração do vibrador

Área envolvente do
4.15 Vibrador Pó de cortiça 22 IIIB Da, Db, Dc Não aplicável 300 470
vibrador

Entrada do sistema de
4.16 Escolha eletrónica Pó de cortiça 21 IIIB Da, Db Não aplicável 300 470
aspiração da escolha

Área envolvente da
4.17 Escolha eletrónica Pó de cortiça 22 IIIB Da, Db, Dc Não aplicável 300 470
escolha

4.18 Tubagens Tubagens Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470

4.19 Filtro 01 Lado sujo Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
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Nível de Classe de Temperatura de ignição


Codificação Grupo de (poeiras)
Equipamento Secção ou Momento Substância Zona proteção temperatura
da zona substância
permitido (gases) Camada Suspensão

4.20 Filtro 01 Lado limpo Pó de cortiça 22 IIIB Da, Db, Dc Não aplicável 300 470

4.21 Mini-silo Mini-silo Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470

4.22 Silo Silo Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470

4.23 Filtro 02 Lado sujo Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470

4.24 Filtro 02 Lado limpo Pó de cortiça 22 IIIB Da, Db, Dc Não aplicável 300 470

4.25 Casa do pó Interior da casa do pó Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470

4.26 Casa do pó Exterior da casa do pó Pó de cortiça 21 IIIB Da, Db Não aplicável 300 470

4.27 Casa do pó Sistema de aspiração Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470

Interior da cova da
4.28 Nora Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
nora

4.29 Nora Interior da nora Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
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5. Avaliação de riscos

5.1 Aplicação do método NTP 876

Ao aplicar a metodologia NTP 876, foi possível construir a tabela exposta na Tabela
15. Os dados retirados da tabela permitiram construir o gráfico da Figura 13, em que
mostra a quantidade de zonas que foram enquadradas em cada um dos 4 níveis de risco
estipulados pelo método NTP 876 (baixo, médio, alto e muito alto).
Tabela 15 - Aplicação da metodologia NTP 876
Probabilidade Severidade
Codificação Secção ou Probabilidade
Equipamento Zona de da Risco
da zona momento de ignição
materialização consequência
Posto de Possível ignição
redução e Interior do posto em caso de
1.1
medição de gás de redução
1
disfunção ou
Média Alta Alto
natural falha previsível
Posto de Possível ignição
redução e Exterior do em caso de
1.2
medição de gás posto de redução
2
disfunção ou
Baixa Alta Alto
natural falha previsível
Posto de Possível ignição
redução e Interior do em caso de
1.3
medição de gás respiro
1
disfunção ou
Média Alta Alto
natural falha previsível
Posto de Possível ignição
redução e em caso de
1.4
medição de gás
Saída do respiro 2
disfunção ou
Baixa Alta Alto
natural falha previsível
Área em volta Possível ignição
Flanges da das flanges no em caso de
1.5
tubagem interior da
2
disfunção ou
Baixa Alta Alto
unidade falha previsível
Área em volta Possível ignição
Flanges da das flanges no em caso de
1.6
tubagem exterior da
2
disfunção ou
Baixa Alta Alto
unidade falha previsível
Área Possível ignição
Carregadores imediatamente em caso de
2.1
de bateria acima das
2
disfunção ou
Baixa Alta Alto
conexões falha previsível
Possível ignição
Área de
Bidões de em caso de
3.1
álcool
armazenamento 1
disfunção ou
Baixa Alta Alto
de álcool
falha previsível
Entrada do Possibilidade de
sistema de ignição em Muito
4.1 SVE 21 Alta Alta
aspiração da funcionamento alto
SVE normal
Entrada do Possibilidade de
sistema de ignição em Muito
4.2 SVE 21 Alta Alta
aspiração da funcionamento alto
SVE normal
Possibilidade de
ignição em Muito
4.3 SVE Interior do SVE 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
normal
Área envolvente Possível ignição
4.4 SVE
dos SVE
22
em caso de
Baixa Alta Alto
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Manual de proteçao
contra explosoes – Rev.
Data
N.º
V&L 0 01/06/2023

Probabilidade Severidade
Codificação Secção ou Probabilidade
Equipamento Zona de da Risco
da zona momento de ignição
materialização consequência
disfunção ou
falha previsível
Possibilidade de
Interior da ignição em Muito
4.5 Retificadora 20 Muito alta Alta
retificadora funcionamento alto
normal
Possível ignição
Área envolvente em caso de
4.6 Retificadora
das retificadoras
22
disfunção ou
Baixa Alta Alto
falha previsível
Possibilidade de
ignição em Muito
4.7 Topejadeira Zona de corte 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
normal
Possível ignição
Área envolvente em caso de
4.8 Topejadeira
da topejadeira
21
disfunção ou
Baixa Alta Alto
falha previsível
Possibilidade de
Interior do
ignição em Muito
4.9 Ciclone sistema de 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
aspiração
normal
Possibilidade de
Interior do ignição em Muito
4.10 Ciclone 20 Muito alta Alta
ciclone funcionamento alto
normal
Possibilidade de
Big bags de ignição em Muito
4.11 Ciclone 20 Muito alta Alta
coleta funcionamento alto
normal
Possível ignição
Saída de ar do em caso de
4.12 Ciclone
ciclone
21
disfunção ou
Baixa Alta Alto
falha previsível
Possível ignição
Entrada do
em caso de
4.13 VSR sistema de 22
disfunção ou
Baixa Alta Alto
aspiração
falha previsível
Entrada do Possível ignição
sistema de em caso de
4.14 Vibrador
aspiração do
21
disfunção ou
Média Alta Alto
vibrador falha previsível
Possível ignição
Área envolvente em caso de
4.15 Vibrador
do vibrador
22
disfunção ou
Baixa Alta Alto
falha previsível
Entrada do Possibilidade de
Escolha sistema de ignição em Muito
4.16 21 Muito alta Alta
eletrónica aspiração da funcionamento alto
escolha normal
Possível ignição
Escolha Área envolvente em caso de
4.17
eletrónica da escolha
22
disfunção ou
Baixa Alta Alto
falha previsível
Possibilidade de
ignição em Muito
4.18 Tubagens Tubagens 20 Muito alta Média
funcionamento alto
normal
Possibilidade de
ignição em Muito
4.19 Filtro 01 Lado sujo 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
normal
Possível ignição
em caso de
4.20 Filtro 01 Lado limpo 22
disfunção ou
Média Média Alto
falha previsível
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contra explosoes – Rev.
Data
N.º
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Probabilidade Severidade
Codificação Secção ou Probabilidade
Equipamento Zona de da Risco
da zona momento de ignição
materialização consequência
Possibilidade de
ignição em Muito
4.21 Mini-silo Mini-silo 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
normal
Possibilidade de
ignição em Muito
4.22 Silo Silo 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
normal
Possibilidade de
ignição em Muito
4.23 Filtro 02 Lado sujo 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
normal
Possível ignição
em caso de
4.24 Filtro 02 Lado limpo 22
disfunção ou
Média Média Alto
falha previsível
Possibilidade de
Interior da casa ignição em Muito
4.25 Casa do pó 20 Muito alta Muito alta
do pó funcionamento alto
normal
Possibilidade de
Exterior da casa ignição em Muito
4.26 Casa do pó 21 Alta Muito alta
do pó funcionamento alto
normal
Possibilidade de
Sistema de ignição em Muito
4.27 Casa do pó 20 Muito alta Muito alta
aspiração funcionamento alto
normal
Possibilidade de
Interior da cova ignição em Muito
4.28 Nora 20 Muito alta Muito alta
da nora funcionamento alto
normal
Possível ignição
em caso de Muito
4.29 Nora Interior da nora 20 Alta Muito alta
disfunção ou alto
falha previsível

20
15

10

0
Baixo Médio Alto Muito alto

Figura 13 – Número de zonas de risco enquadradas nas categorias de risco do método


NTP 876
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explosoes – V&L Rev. N.º Data
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6. Medidas de controlo existentes

Na V&L, as zonas de atmosferas explosivas são geradas principalmente por 4 substâncias (gás natural, álcool etílico, hidrogénio e o pó de
cortiça) e em todos os locais em que há a presença desses compostos perigosos existem medidas de controlo a fim de reduzir o risco de acidentes.
A Figura 14 mostra o total de medidas de controlo diferentes tomadas na unidade industrial, ou seja, medidas iguais em situações diferentes não
são duplamente contabilizadas. Enquanto isso, a lista completa de medidas de proteção pode ser encontrada na Tabela 16.

7
6
5
4
3
2
1
0
Atmosferas SQ CH/CQ FGM AE EE DA RQ Redução de Outras
Explosivas danos de formas de
explosões controlo

Figura 14 - Número de medidas de controlo existentes por objetivo de controlo


Tabela 16 - Medidas de controlo de atmosferas explosivas presentes na V&L
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explosoes – V&L Rev. N.º Data
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
Controlo da formação de atmosferas
• Inspeção de segurança periódica;
explosivas

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
Posto de redução e • Ligações equipotenciais;
Interior do posto
1.1 medição de gás 1 EE • Ligação à terra;
de redução
natural • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo


Controlo da formação de atmosferas
• Inspeção de segurança periódica;
explosivas

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Posto de redução e Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
Exterior do posto
1.2 medição de gás 2 fontes de ignição
de redução
natural • Ligações equipotenciais;
EE • Ligação à terra;
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

Redução de danos de explosões • Plano de evacuação;


• Simulacros periódicos;
Pagina 40
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Meios de combate a incêndio nas proximidades

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo


Controlo da formação de atmosferas
• Inspeção de segurança periódica;
explosivas

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
AE Não foram identificadas medidas de controlo
Posto de redução e Controlo das • Ligações equipotenciais;
1.3 medição de gás Interior do respiro 1 fontes de ignição EE • Ligação à terra;
natural • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo


Controlo da formação de atmosferas
• Inspeção de segurança periódica;
explosivas

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
Posto de redução e
1.4 medição de gás Saída do respiro 2 FGM Não foram identificadas medidas de controlo
natural Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
• Ligações equipotenciais;
EE • Ligação à terra;
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
Pagina 41
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Inspeção de segurança periódica;


explosivas • Sensor de gás localizado nas proximidades da caldeira;

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
Área em volta das fontes de ignição
Flanges da • Ligações equipotenciais;
1.5 flanges no interior 2
tubagem EE • Ligação à terra;
da unidade
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo


Controlo da formação de atmosferas
• Inspeção de segurança periódica;
explosivas
Área em volta das • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
Flanges da flanges no CH/CQ
1.6 2 • Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
tubagem exterior da Controlo das
unidade fontes de ignição FGM Não foram identificadas medidas de controlo
AE Não foram identificadas medidas de controlo
EE • Ligações equipotenciais;
Pagina 42
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Ligação à terra;
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo


Controlo da formação de atmosferas
• Existência de um local específico para o carregamento de baterias;
explosivas

SQ • Inspeções preventivas nas baterias e carregadores;

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;

Controlo das
AE • Carregadores de bateria certificados;
Área fontes de ignição
Carregadores de imediatamente
2.1 2 EE • Utilização de calçado anti-estático;
baterias acima das
conexões
DA Não foram identificadas medidas de controlo
RQ • Inspeções preventivas nas baterias e carregadores;

• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Área de
Controlo da formação de atmosferas • Utilização do álcool apenas por pessoas autorizadas;
3.1 Bidões de álcool armazenamento 2
explosivas • Bidões dispostos em um único local;
de álcool
Pagina 43
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades
Controlo das
AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;

SQ • Manutenções periódicas dos equipamentos;

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
Entrada do
sistema de Controlo das • Proibição de inserção de ferramentas não especificadas para desencravar rolhas ou realizar
4.1 SVE aspiração da SVE 21
fontes de ignição FGM qualquer outra intervenção com a máquina em operação;
(X ) • Grade de proteção para evitar entrada de matérias não desejados;
AE Não foram identificadas medidas de controlo

• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

Redução de danos de explosões • Plano de evacuação;


• Simulacros periódicos;
Pagina 44
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;

• Proibição de inserção de ferramentas não especificadas para desencravar rolhas ou realizar


FGM qualquer outra intervenção com a máquina em operação;
Controlo das
Entrada do • Grade de proteção para evitar entrada de matérias não desejados;
sistema de fontes de ignição
4.2 SVE 21 AE Não foram identificadas medidas de controlo
aspiração da SVE
(XØ)
• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;

4.3 SVE Interior do SVE 20 • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
CH/CQ
Controlo das • Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
fontes de ignição
SQ • Manutenções periódicas dos equipamentos;
Pagina 45
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Proibição de inserção de ferramentas não especificadas para desencravar rolhas ou realizar
FGM
qualquer outra intervenção com a máquina em operação;
AE Não foram identificadas medidas de controlo

• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
Controlo das FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Área envolvente fontes de ignição AE Não foram identificadas medidas de controlo
4.4 SVE 22
dos SVE
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Interior da Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


4.5 Retificadora 20
retificadora explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;
Pagina 46
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Manutenções periódicas dos equipamentos;
SQ
• Sistema de desligamento de motores quando sobreaquecidos;

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
Controlo das
fontes de ignição • Proibição de inserção de ferramentas não especificadas para desencravar rolhas ou realizar
FGM
qualquer outra intervenção com a máquina em operação;
AE Não foram identificadas medidas de controlo

• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
Área envolvente
4.6 Retificadora 22
das retificadoras • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
Controlo das FGM
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
fontes de ignição
AE Não foram identificadas medidas de controlo
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
Pagina 47
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;

• Manutenções periódicas dos equipamentos;


SQ
• Sistema de desligamento de motores quando sobreaquecidos;

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
Controlo das
fontes de ignição • Proibição de inserção de ferramentas não especificadas para desencravar rolhas ou realizar
4.7 Topejadeira Zona de corte 20 FGM
qualquer outra intervenção com a máquina em operação;
AE Não foram identificadas medidas de controlo

• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


Área envolvente explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;
4.8 Topejadeira 22
da topejadeira
CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
Pagina 48
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo


Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;

• Grade de proteção para evitar entrada de matérias não desejados;


FGM • Proibição de inserção de ferramentas não especificadas para desencravar rolhas ou realizar
Controlo das
qualquer outra intervenção com a máquina em operação;
Interior do fontes de ignição
4.9 Ciclone sistema de 20 AE Não foram identificadas medidas de controlo
aspiração
• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo


Controlo da formação de atmosferas
4.10 Ciclone Interior do ciclone 20 Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;

• Proibição de inserção de ferramentas não especificadas para desencravar rolhas ou


FGM
Controlo das realizar qualquer outra intervenção com a máquina em operação;
fontes de ignição
AE Não foram identificadas medidas de controlo

• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
• Sistema de troca automática do fluxo de discos de cortiça proveniente do ciclone;
explosivas

CH/CQ • Proibição de fumar e foguear nas proximidades;

• Proibição de inserção de ferramentas não especificadas para desencravar rolhas ou realizar


FGM
Controlo das qualquer outra intervenção com a máquina em operação;
fontes de ignição
4.11 Ciclone Big bags de coleta 20 AE Não foram identificadas medidas de controlo
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Pagina 50
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;

• Proibição de inserção de ferramentas não especificadas para desencravar rolhas ou realizar


Controlo das FGM
qualquer outra intervenção com a máquina em operação;
fontes de ignição
Saída de ar do AE Não foram identificadas medidas de controlo
4.12 Ciclone 22
ciclone
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;
SQ Não foram identificadas medidas de controlo

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
Entrada do
4.13 VSR sistema de 22 Controlo das FGM Não foram identificadas medidas de controlo
aspiração fontes de ignição AE Não foram identificadas medidas de controlo

• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo de possíveis de explosões • Plano de evacuação;


• Simulacros periódicos;
Pagina 51
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;
SQ Não foram identificadas medidas de controlo

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Entrada do
sistema de AE Não foram identificadas medidas de controlo
4.14 Vibrador 21
aspiração do • Ligação à terra;
vibrador EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;
SQ Não foram identificadas medidas de controlo
Área envolvente • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
4.15 Vibrador 22 CH/CQ
do vibrador • Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
Controlo das
fontes de ignição FGM Não foram identificadas medidas de controlo
AE Não foram identificadas medidas de controlo
EE • Ligação à terra;
Pagina 52
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;
SQ Não foram identificadas medidas de controlo

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;

Controlo das FGM Não foram identificadas medidas de controlo


Entrada do
sistema de fontes de ignição AE Não foram identificadas medidas de controlo
4.16 Escolha eletrónica 20
aspiração da • Ligação à terra;
escolha EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo

Controlo da formação de atmosferas • Sistema de aspiração;


Área envolvente explosivas • Limpezas rotineiras nas máquinas e equipamentos;
4.17 Escolha eletrónica 22
da escolha SQ Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das
fontes de ignição CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
AE Não foram identificadas medidas de controlo
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo


Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas

• Sistema GreCom;
CH/CQ
• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das
AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
Tubagens de
4.18 Tubagens 20 • Ligação à terra;
despoeiramento EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
4.19 Filtro 01 Lado sujo 20
Controlo das
SQ • Manutenção periódica do sem-fim;
fontes de ignição
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
AE Não foram identificadas medidas de controlo

• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
• Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Controlo de possíveis de explosões • Sistema de arrefecimento externo;
• Sistema de inundação interna;
• Localizado no exterior da unidade;
• Janelas de alívio de pressão;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas

CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
• Ligação à terra;
EE
4.20 Filtro 01 Lado limpo 22 • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
• Simulacros periódicos;
Controlo de possíveis de explosões • Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Sistema de arrefecimento externo;
• Sistema de inundação interna;
• Localizado no exterior da unidade;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Janelas de alívio de pressão;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
• Ligação à terra;
EE
4.22 Mini-silo Mini-silo 20 • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
• Simulacros periódicos;
Controlo de possíveis de explosões
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Sistema de arrefecimento externo;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
4.22 Silo Silo 20 • Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Sistema de arrefecimento externo;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Sistema de inundação interna;
• Janelas de alívio de pressão;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
SQ • Manutenção periódica do sem-fim;

CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
Controlo das FGM Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição AE Não foram identificadas medidas de controlo

• Ligação à terra;
EE
4.23 Filtro 02 Lado sujo 20 • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
• Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Controlo de possíveis de explosões • Sistema de arrefecimento externo;
• Sistema de inundação interna;
• Localizado no exterior da unidade;
• Janelas de alívio de pressão;
Outras formas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
4.24 Filtro 02 Lado limpo 21
Controlo das FGM Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição AE Não foram identificadas medidas de controlo
EE • Ligação à terra;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
• Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Controlo de possíveis de explosões • Sistema de arrefecimento externo;
• Sistema de inundação interna;
• Localizado no exterior da unidade;
• Janelas de alívio de pressão;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
• Sistema de aspiração;
explosivas
SQ Não foram identificadas medidas de controlo

• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;


CH/CQ
• Sinalização de uso de corta-chamas para camiões;
Controlo das
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
AE Não foram identificadas medidas de controlo
Interior da casa do
4.25 Casa do pó 20
pó EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo • Sinalização de zona ATEX;

Controlo da formação de atmosferas


Exterior da casa • Sistema de aspiração;
4.26 Casa do pó 21 explosivas
do pó
SQ Não foram identificadas medidas de controlo
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
CH/CQ
• Sinalização de uso de corta-chamas para camiões;
Controlo das FGM Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição AE Não foram identificadas medidas de controlo
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo • Sinalização de zona ATEX;

Controlo da formação de atmosferas


• Sistema de aspiração;
explosivas
SQ Não foram identificadas medidas de controlo
CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das
AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
Sistema de
4.27 Casa do pó 20 • Ligação à terra;
aspiração EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo


Interior da cova Controlo da formação de atmosferas
4.28 Nora 20 • Sistema de aspiração;
da nora explosivas
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
SQ Não foram identificadas medidas de controlo
CH/CQ Não foram identificadas medidas de controlo
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;

Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo


Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
SQ Não foram identificadas medidas de controlo
CH/CQ Não foram identificadas medidas de controlo
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
4.29 Nora Interior da nora 20 EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo

• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
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7. Medidas recomendadas

Com o objetivo de aprimorar as condições de segurança da unidade Vasconcelos &


Lyncke, foram feitas sugestões técnicas baseadas na diretiva ATEX que norteia esse
trabalho, no conhecimento adquirido a partir dos demais referenciais, e no conhecimento
possuído pelos trabalhadores e responsáveis técnicos. A Figura 15 mostra por tipo de
controlo, quantas medidas foram recomendadas. Todas as medidas de controlo
recomendadas por zona codificada podem ser encontradas na Tabela 17, e, a seguir, as
medidas estão contextualizadas de forma a explicar a sua importância.

Figura 15 - Medidas de controlo recomendadas para controlar as zonas ATEX da V&L


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Tabela 17 - Medidas de controlo recomendadas para atenuar os riscos relacionados às atmosferas explosivas

Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
Controlo da formação de
• Adicionar um sensor de gás capaz de cortar o fornecimento em caso de vazamento;
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


Controlo das
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
fontes de ignição
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
Posto de redução e
Interior do posto
1.1 medição de gás 1
de redução
natural EE • Utilização de fato e calçado anti-estático para intervir no local;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


• Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
Outras formas de controlo
• Sinalização de zona ATEX;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Exterior do posto Controlo da formação de
1.2 2 Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
de redução atmosferas explosivas
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;

Controlo das • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
Posto de redução e
medição de gás
natural EE • Utilização de fato e calçado anti-estático para intervir no local;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
Posto de redução e CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
1.3 medição de gás Interior do respiro 1
natural
Controlo das FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;
fontes de ignição
AE • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

EE • Utilização de fato e calçado anti-estático para intervir no local;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;
Posto de redução e
1.4 medição de gás Saída do respiro 2
Controlo das • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
natural
fontes de ignição AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

EE • Utilização de fato e calçado anti-estático para intervir no local;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


Controlo das AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
fontes de ignição adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
Área em volta das
Flanges da
1.5 flanges no interior 2
tubagem • Utilização de fato e calçado anti-estático para intervir no local;
da unidade
EE • Utilizar ligações equipotenciais em todas as flanges que forem pertinentes;
• Garantir a ligação à terra e seu funcionamento adequado;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


Controlo das AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
Área em volta das fontes de ignição adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
Flanges da flanges no
1.6 2
tubagem exterior da • Utilização de fato e calçado anti-estático para intervir no local;
unidade EE • Utilizar ligações equipotenciais em todas as flanges que forem pertinentes;
• Garantir a ligação à terra e seu funcionamento adequado;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

• Construção de local apropriado para o carregamento das baterias;


Área
• Carregamento de baterias devem ser feitas exclusivamente no local apropriado;
Carregadores de imediatamente Controlo da formação de
2 • Instalação de sensores de hidrogénio no local de carregamento;
baterias acima das atmosferas explosivas
conexões • Realização de estudos periódicos para identificar a viabilidade de utilização de outros tipos de
bateria que não emitam H2.
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
SQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;

CH/CQ • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;

Controlo das • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

EE • Utilização de fato e calçado anti-estático para realizar a conexão de carregamento;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões • Utilizar barreiras físicas no local para manter a desobstrução da zona;

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de
• Redução dos bidões de álcool para volumes inferiores a 20 litros;
atmosferas explosivas

• Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;


Área de CH/CQ
• Procedimento de segurança para o uso de chamas no laboratório;
3.1 Bidões de álcool armazenamento 2
de álcool Controlo das
fontes de ignição • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

EE • Utilização de fato, calçado e luvas antiestáticas para manusear o álcool etílico;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

• Existência de procedimentos operacionais que evitem a contaminação de outras substâncias


RQ químicas no local.;
• Identificação de todas as substâncias químicas que possam gerar reações exotérmicas;

• Armazenamento dos bidões de álcool em local fora do laboratório;


Redução de danos de explosões
• Instalação de uma bacia de retenção;

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
Entrada do • Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
sistema de
4.1 SVE aspiração da SVE 21
Controlo das FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
(X )
fontes de ignição
• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

EE • Utilização de fato anti-estático;


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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;

Entrada do FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
sistema de
4.2 SVE 21
aspiração da SVE • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
(XØ) Controlo das
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
fontes de ignição
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

• Utilização de fato anti-estático;


EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
SQ Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local

Controlo das • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
4.3 SVE Interior do SVE 20
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

• Utilização de fato anti-estático;


EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
FGM Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


Controlo das AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
Área envolvente fontes de ignição adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
4.4 SVE 22
dos SVE
• Utilização de fato anti-estático;
EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
Interior da
4.5 Retificadora 20 • Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
retificadora
Controlo das SQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
fontes de ignição • Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
CH/CQ Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

• Utilização de fato anti-estático;


EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
Área envolvente • Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
4.6 Retificadora 22
das retificadoras
Controlo das
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
fontes de ignição

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

• Utilização de fato anti-estático;


EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;

SQ • Sondas de temperatura nos motores da topejadeira;

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;

4.7 Topejadeira Zona de corte 20 FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
Controlo das
fontes de ignição
• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

• Utilização de fato anti-estático;


EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

DA • Implementação de para-raios;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


Controlo das AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
Área envolvente fontes de ignição adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
4.8 Topejadeira 22
da topejadeira
• Utilização de fato anti-estático;
EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


Controlo das AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
Interior do fontes de ignição adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
4.9 Ciclone sistema de 20
aspiração • Utilização de fato anti-estático;
EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
4.10 Ciclone Interior do ciclone 20 CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
Controlo das • Sinalização ATEX;
fontes de ignição
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

• Utilização de fato anti-estático;


EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
• Sinalização ATEX;

4.11 Ciclone Big bags de coleta 20 FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
Controlo das
fontes de ignição
AE • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;

• Utilização de fato anti-estático;


EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

DA • Implementação de para-raios;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
Controlo das
AE • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição
Saída de ar do EE • Utilização de fato anti-estático;
4.12 Ciclone 22
ciclone

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Entrada do
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
4.13 VSR sistema de 22
atmosferas explosivas atualmente;
aspiração
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


Controlo das AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
fontes de ignição adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

• Utilização de fato anti-estático;


EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;

Entrada do • Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
sistema de CH/CQ
4.14 Vibrador 21 características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local.
aspiração do
vibrador Controlo das
fontes de ignição FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local

SQ • Instalação de proteções térmicas para os motores;


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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

• Utilização de fato anti-estático;


EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;

SQ • Instalação de proteções térmicas para os motores;

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
Área envolvente CH/CQ
4.15 Vibrador 22 características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local.
do vibrador
Controlo das
fontes de ignição FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
Pagina 79
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

• Utilização de fato anti-estático;


EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;

SQ • Instalação de proteções térmicas para os motores;

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local.
Entrada do
sistema de FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
4.16 Escolha eletrónica 20
aspiração da
escolha Controlo das
fontes de ignição • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

• Utilização de fato anti-estático;


EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

DA • Implementação de para-raios;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;

SQ • Instalação de proteções térmicas para os motores;

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local.

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local

Área envolvente Controlo das • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
4.17 Escolha eletrónica 22 fontes de ignição AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
da escolha
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

• Utilização de fato anti-estático;


EE
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

Outras formas de controlo • Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;
• Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
Pagina 81
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de
• Redução da periodicidade das limpezas aéreas;
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ
• Analisar rotineiramente os relatórios do sistema GreCom para identificar oportunidades de
melhoria;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.

Controlo das
• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição
Tubagens de AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
4.18 Tubagens 20
despoeiramento adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

EE • Obrigação do uso de calçado e fato anti-estático durante a aspiração das tubagens aéreas;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas
4.19 Filtro 01 Lado sujo 20 SQ Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Controlo das
fontes de ignição CH/CQ • Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Instalação de sondas de temperatura para controlar em tempo real possíveis fontes de ignição no
interior do filtro;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

EE • Obrigação do uso de calçado e fato anti-estático durante a execução de trabalhos no local;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;

4.20 Filtro 01 Lado limpo 22


Controlo das FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.
fontes de ignição
• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
Pagina 83
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

EE • Obrigação do uso de calçado e fato anti-estático durante a execução de trabalhos no local;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ
• Instalação de sondas de temperatura para controlar em tempo real possíveis fontes de ignição no
interior do Mini-silo;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.

4.22 Mini-silo Mini-silo 20 Controlo das


• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

EE • Obrigação do uso de calçado e fato anti-estático durante a execução de trabalhos no local;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Pagina 84
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ • Instalação de sondas de temperatura para controlar em tempo real possíveis fontes de ignição no
interior do silo;
• Sinalização ATEX;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.
Controlo das
fontes de ignição • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
4.22 Silo Silo 20 AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

EE • Obrigação do uso de calçado e fato anti-estático durante a execução de trabalhos no local;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
4.23 Filtro 02 Lado sujo 20 atmosferas explosivas
SQ Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Pagina 85
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ
• Instalação de sondas de temperatura para controlar em tempo real possíveis fontes de ignição no
interior do filtro;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.

Controlo das
• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

EE • Obrigação do uso de calçado e fato anti-estático durante a execução de trabalhos no local;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
4.24 Filtro 02 Lado limpo 21
Controlo das
fontes de ignição FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.

AE • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

EE • Obrigação do uso de calçado e fato anti-estático durante a execução de trabalhos no local;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
• Aumento do caudal do sistema de aspiração;
atmosferas explosivas
SQ Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Obrigatoriedade do uso de corta-chamas nos camiões para realizar a descarga de pó;


• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ
• Isolamento da área envolvente da casa do pó quando a descarga for ser iniciada até que não haja pó
em suspensão;
Interior da casa do • Instalar iluminação apropriada para zonas ATEX.
4.25 Casa do pó 20
pó Controlo das
fontes de ignição
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

EE • Obrigatoriedade da ligação à terra dos camiões;


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0 01/06/2023

Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Obrigatoriedade do uso de fatos e botas antiestáticas por todos os colaboradores envolvidos nas
proximidades da casa do pó durante a descarga.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios.

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas
SQ Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Obrigatoriedade do uso de corta-chamas nos camiões para realizar a descarga de pó;


• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Isolamento da área envolvente da casa do pó quando a descarga for ser iniciada até que não haja pó
em suspensão;
Exterior da casa
4.26 Casa do pó 21
do pó Controlo das FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.
fontes de ignição

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

• Obrigatoriedade do uso de fatos e botas antiestáticas por todos os colaboradores envolvidos nas
EE
proximidades da casa do pó durante a descarga;
Sistema de Controlo da formação de
4.27 Casa do pó 20 • Aumento do caudal do sistema de aspiração;
aspiração atmosferas explosivas
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


Controlo das AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
fontes de ignição adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

• Obrigatoriedade do uso de fatos e botas antiestáticas por todos os colaboradores envolvidos nas
EE
proximidades da casa do pó durante a descarga;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.

Controlo da formação de
• Instalação de um sistema de aspiração mais eficiente no interior na cova;
atmosferas explosivas

SQ • Substituição do motor do sem-fim por um que seja adequado para a zona classificada.
Interior da cova
4.28 Nora 20
da nora Controlo das • Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
fontes de ignição características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ
• Implementação de um sensor de temperatura no interior da cova;
• Instalar iluminação apropriada para zonas ATEX;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;

• Obrigatoriedade do uso de fatos e botas antiestáticas por todos os colaboradores que forem adentrar
EE
na cova.

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;

Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


• Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
Outras formas de controlo
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
• Sinalização ATEX
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas
SQ Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização ATEX;
4.29 Nora Interior da nora 20
Controlo das
fontes de ignição FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.

• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;


AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento

EE • Obrigação do uso de calçado e fato anti-estático para realizar qualquer tipo de trabalho na nora;

• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.

• Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;


Outras formas de controlo • Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
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7.1 Contextualização das medidas de controlo recomendadas

Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas

A presença de um sensor de gás interligado com um


Adicionar um sensor de sistema de corte de alimentação faz com que possíveis
gás no PRM capaz de vazamentos e incidentes sejam mais facilmente
cortar o fornecimento controlados;
em caso de vazamento;
Imagem: Posto de redução de medida da V&L.

Aprimorar o
Algumas superfícies nas proximidades das máquinas
procedimento de
possuem camadas constantes de poeira; ao acompanhar
limpeza para que
a limpeza da máquina foi identificado que existem partes
contemple superfícies
empoeiradas que são negligenciadas pelo procedimento
que não são aspiradas
de limpeza.
atualmente;

O atual sistema de despoeiramento do interior da cova


da nora deixa a desejar no que diz respeito a eficiência;
Instalação de um
A imagem a seguir mostra que o sistema é composto
sistema de aspiração
apenas de uma tubagem de aspiração que não está fixa e
mais eficiente no interior
que pode, inclusive, ser obstruída.
da cova da nora;
Imagem: pavimento do interior da cova da nora

Atualmente, a limpeza das tubagens aéreas de


despoeiramento é realizada a cada 6 meses, porém é
percetível que esse intervalo não é suficiente para que as
Redução do tempo entre
tubagens se mantenham sem camadas consideráveis de
as limpezas aéreas;
poeira.

Imagem: limpeza das tubagens aéreas


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Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas

O local de carregamento de baterias atual está inserido


em um dos pavilhões de produção; é recomendado que
Construção de local
seja construído um local que contenha um extrator de
apropriado para o
gases adequado para enviar o hidrogénio produzido para
carregamento das
o exterior do pavilhão.
baterias;
Imagem: local de carregamento de baterias

Carregamento de É recomendado que haja um local específico para o


baterias devem ser feitas carregamento de forma a aumentar o controle e reduzir
exclusivamente no local a presença de pessoas alheias às tarefas que sejam
apropriado; necessárias.

Os sensores poderão informar quando a emissão de


hidrogénio for tal que apresente um risco ainda mais
elevado, facilitando a perceção do perigo pelos
Instalação de sensores trabalhadores envolvidos. Além disso, a deteção pode
de hidrogénio no local de iniciar um aumento do caudal da extração para atenuar a
carregamento; concentração do gás e/ou interromper o recarregamento
das baterias.

Imagem: carregamento de baterias em execução

Realização de estudos
periódicos para Baterias mais modernas utilizando outras substâncias e
identificar a viabilidade reações químicas podem se tornar a melhor alternativa
de utilização de outros para eliminar o perigo associado à emissão do
tipos de bateria que não hidrogénio durante o carregamento de baterias.
emitam H2;

Os bidões de álcool etílico utilizados no laboratório


possuem um volume que, em caso de derramamentos,
podem criar uma poça de álcool suficiente para cobrir
Redução dos bidões de
grande parte da superfície do local, aumentando as
álcool para volumes
chances de ignição.
inferiores a 20 litros;
Imagem: bidões de álcool etílico armazenados no
laboratório

Instalação de proteções Todos os motores em que a presença de pó de cortiça se


térmicas para os faz presente, precisa possuir uma proteção que o faça
motores; desligar em caso de sobreaquecimento.
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Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas

O motor está imerso em um espaço confinado em que a


presença de pó de cortiça é constante e não possui
Substituição do motor
nenhum sistema de proteção para evitar a ignição da
do sem-fim da nora por
atmosfera explosiva.
um que seja adequado
para a zona classificada;
Imagem: motor do sem-fim presente no interior da cova
da nora

Alteração das
autorizações de fogos
nus para uma melhor As atuais autorizações são feitas sem o cuidado de
caracterização dos sinalizar a presença de atmosferas explosivas e as
espaços ATEX e das ferramentas que podem ser utilizadas naquele local.
características
necessárias para os Imagem: modelo de autorização de trabalho com fogos
equipamentos e nus atual
ferramentas serem
utilizados no local;

Apesar de possuir zonas adequadas para essas


Sinalização de proibição
atividades, é necessário sinalizar as áreas ATEX para
de fumar ou foguear no
que fique claro os locais em que se é proibido fumar e
local;
foguear para prevenir possíveis ignições.

O sistema GreCom emite informações sempre que uma


Analisar rotineiramente
potencial fonte de ignição é extinta pelo equipamento. É
os relatórios do sistema
possível então identificar quais são as zonas mais
GreCom para
susceptíveis e que mais geram esse tipo de ameaça para
identificar
que outras medidas possam ser tomadas.
oportunidades de
melhoria;
Imagem: sistema GreCom
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Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas

Já foram detetadas nos silos da Amorim Cork a presença


de fogos latentes não só podem gerar perigosos acidentes
como já geraram; as sondas de temperatura podem avisar
Instalação de sondas de aos controladores quando um silo estiver ardendo antes
temperatura no silo; mesmo que seja visível a olho nu, facilitando o seu
controlo.

Imagem: silo de pó de cortiça da V&L

Camiões entram diariamente na casa do pó para efetuar


as descargas de pó de cortiça, o fato do funcionamento
do veículo ser a combustão faz com que seja possível a
emissão de fontes de ignição pelo escapamento;
Obrigatoriedade do uso
equipamentos corta-chamas impedem que a atmosfera
de corta-chamas nos
explosiva do interior da casa do pó entre em contato com
camiões para realizar a
as fontes de ignição emitidas; apesar de existir
descarga de pó;
sinalização que mostra a obrigatoriedade do
equipamento de segurança, o mesmo não é utilizado.

Imagem: sinalização presente na casa do pó da V&L

Após a descarga, uma grande nuvem de poeira é formada


Isolamento da área
devido ao descarregamento; foram identificados outros
envolvente da casa do pó
veículos atravessando o local em que a nuvem ainda está
quando a descarga for
em suspensão, possibilitando a ignição do local.
ser iniciada até que não
haja pó em suspensão;
Imagem: execução de uma descarga de pó
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Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas

Já foram constatados que fogos latentes podem surgir no


interior da nora devido ao funcionamento de
Implementação de um equipamentos ali no interior; sensores de temperatura
sensor de temperatura podem identificar situações de risco acentuado antes que
no interior da cova; um acidente ocorra.

Imagem: equipamentos no interior da cova da nora

Luminárias não adequadas para zonas ATEX podem


realizar a ignição do pó contido no local caso ocorra
alguma falha no equipamento; os locais mais críticos
Instalar iluminação
precisam ter suas iluminações aprimoradas.
apropriada para zonas
ATEX;
Imagem: iluminação não ATEX presente no interior da
cova da nora

Caso seja necessário o uso de chamas para realizar


Procedimento de
alguma análise, essa deverá ser realizada em local
segurança para o uso de
apropriado com distância segura do local de
chamas no laboratório;
armazenamento dos bidões de álcool etílico,
Exigência de Equipamentos comuns podem causar faíscas devido ao
autorização para seu contato com outros materiais e superfícies; em caso
realização de qualquer de serviços que irão acontecer no interior de zonas
tipo de trabalho ou classificadas, essas ferramentas deverão ser apropriadas
intervenção no local; para que não gerem fontes de ignição durante o uso.
Aparelhos, ferramentas e equipamentos elétricos
Proibição do uso de comuns podem causar a ignição devido à eletricidade
equipamentos não que o faz funcionar; em caso de serviços que irão
adequados para a zona acontecer no interior de zonas classificadas, esses itens
classificada; deverão ser apropriados para que não gerem fontes de
ignição durante o uso.
Envio de alerta aos
prestadores de serviço
A quantidade de colaboradores externos que costumam
sobre a necessidade da
prestar serviços nas instalações da Amorim Cork é
utilização de
bastante elevada, de forma que é possível que alguns
equipamentos
desses colaboradores utilizem os equipamentos
adequados caso seja
adequados para realizar serviços em zonas classificadas.
pretendido intervir em
zona ATEX;
A energia mínima de ignição do pó de cortiça mostra
que, caso a eletricidade estática esteja presente em uma
Utilização de fato anti-
zona classificada com essa substância, poderá haver a
estático;
sua ignição; fatos anti-estático reduzem a chance dessa
ignição ocorrer.
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Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas

A utilização de ar comprimido suspende as poeiras que


estavam em camadas facilitando sua ignição, além de
poderem causar descargas eletrostáticas que podem
Proibição de utilização
realizar a ignição das poeiras em suspensão; outras
de ar comprimido
formas de limpeza devem ser adotadas como o uso de
comum para limpeza
aspiradores de pó ATEX ou sistemas de ar comprimido
das zonas ATEX;
adequados.

Imagem: casa do pó sendo limpa com ar comprimido


Obrigatoriedade da
Os camiões podem gerar descargas eletrostáticas e, por
ligação à terra dos
isso, devem ser aterrados para evitar a ignição das zonas.
camiões;
Utilizar ligações A passagem de fluidos por tubagens pode gerar riscos
equipotenciais em todas associados à eletricidade estática; é necessário que nas
as flanges que forem flanges haja ligações equipotenciais (chicotes) para que
pertinentes; essa característica não gere uma fonte de ignição.
Garantir a ligação à
As máquinas e tubagens devem estar constantemente
terra e seu
ligadas à terra para evitar a descarga eletrostática e
funcionamento
consequente ignição das zonas em que estão inseridas.
adequado;
Implementação de para- A principal forma de proteger-se de descargas
raios; atmosféricas é a instalação de para-raios.
Manutenção anual Os para-raios exigem uma manutenção anual para que
preventiva dos para- funcionem adequadamente; apenas a existência de um
raios; para-raios não garante a proteção da unidade industrial.
Existência de
Todas as atividades no laboratório devem possuir
procedimentos
procedimentos de segurança que garantam a não
operacionais que evitem
contaminação de bancadas e superfícies para que, caso
a contaminação de
haja o derramamento de álcool, as substâncias ali
outras substâncias
presentes não reajam exotermicamente.
químicas no local.;
Identificação de todas as
substâncias químicas Todos os químicos presentes no laboratório devem ser
que possam gerar identificados quanto à sua reatividade com o álcool;
reações exotérmicas;

Rotineiramente é identificado as zonas de carregamento


de baterias obstruídas com sacos de rolha, dificultando
Utilizar barreiras físicas
uma ação de combate a incêndios ou outras
no local para manter a
sinistralidades caso seja necessário.
desobstrução da zona;
Imagem: zona de carregamento de baterias obstruído

Formação em ATEX Os três atores que costumam estar presentes na unidade


para funcionários, industrial precisam ter conhecimento específico em
prestadores de serviço e zonas ATEX para que não sejam tomadas ações que
visitantes; possam comprometer a segurança do local.
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Manual de proteçao contra
explosoes – V&L Rev. N.º Data
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Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas
Formação em ATEX O setor de manutenção e os caldeireiros devem possuir
especializada para o uma formação mais profunda pois estão frequentemente
setor de manutenção e em contato com as zonas explosivas e, muitas vezes, são
responsáveis pela os principais facilitadores da presença de fontes de
caldeira; ignição.
As áreas ATEX precisam ser compreendidas pelos
Instruções de trabalho colaboradores com sua devida relevância e nível de
contendo informações perigo. As instruções de trabalho que serão executadas
ATEX pertinentes. em locais ATEX devem conter informações sobre áreas,
equipamentos e comportamentos seguros.

O acesso à cova da nora não possui nenhuma sinalização


Sinalização apropriada indicando a zona ATEX,
para zonas ATEX;
Imagem: entrada da cova da nora na V&L
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V&L Rev. N.º Data
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Apêndice 1 – Desenhos das áreas classificadas

1.1 – Planta geral V&L;

A planta abaixo mostra todas as zonas da unidade industrial Vasconcelos & Lyncke onde as atmosferas explosivas estao presentes.
Em laranja, estao as indicaçoes que delimitam as zonas 20, 21 e 22 (poeiras combustíveis), e em amarelo estao as zonas 0, 1 e 2 (gases).
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Manual de
proteçao contra Rev. N.º Data
explosoes – V&L 01/06/2023
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1.2 – Área externa (casa do pó, nora, silo, filtro e mini-silo);

As zonas classificadas na figura abaixo mostram os principais locais associados à


destinação de pó de cortiça das outras unidades (casa do pó e nora) e da reutilização do
pó como combustível (filtro, silo e mini-silo).
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Manual de
proteçao contra Rev. N.º Data
explosoes – V&L 01/06/2023
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1.3 - Zonas da escolha eletrónica;

As zonas de atmosferas explosivas provenientes da escolha eletrónica estão


associadas ao próprio equipamento e ao vibrador que o alimenta. A quantidade de
equipamentos presentes no local faz com que surja uma grande zona com várias
sobreposições em que as poeiras provenientes de cada equipamento podem se encontrar
em suspensão ou depositadas ao solo.

1.4 – Zona dos acabamentos mecânicos;

A mesma sobreposição de zonas que ocorre na escolha eletrónica é percetível nos


acabamentos mecânicos, de forma que as zonas se sobrepõe e formando uma grande zona
classificada.
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proteçao contra Rev. N.º Data
explosoes – V&L 01/06/2023
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1.5 – Zona das SVE’s;

As SVE’s também apresentam uma aglutinação de zonas com suas áreas mais críticas
no interior do invólucro do processo, como é possível notar no esquema abaixo.

1.6 – Zona do PRM;

O PRM é o único local da unidade industrial em que a tubagem de gás natural gera
uma classificação de zona 1. Isso acontece devido à estrutura envolvente em que permite
o acúmulo de gás no seu interior onde não há uma boa ventilação ou diluição.
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Manual de
proteçao contra Rev. N.º Data
explosoes – V&L 01/06/2023
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1.7 – Zona de carregamento de baterias;

Os 4 carregadores de baterias de chumbo-ácido ficam dispostos lado a lado em uma


prateleira no interior do pavilhão industrial. É comum que haja mais de um equipamento
em recargar ao mesmo tempo.

1.8 – Área de armazenamento de álcool nos laboratórios;

O álcool é armazenado no laboratório em bidões de 20 litros empilhados, sem que


haja uma barreira entre os outros componentes do laboratório e a substância inflamável.
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proteçao contra Rev. N.º Data
explosoes – V&L 01/06/2023
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1.9 – Zonas de saída do gás natural na lavação;

No local de lavação, além das conexões e válvulas que são feitas para utilizar o gás
natural, ainda há a presença de vários terminais da tubagem de gás que não estão em
operação. Esses pontos de acesso não utilizados tornam-se possíveis pontos de fuga
gerando zonas classificadas até mesmo em locais em que o gás não está sendo utilizado.

1.10 – Zona da caldeira.

A caldeira é alimentada pela tubagem de gás natural para eventuais arranques ou falta
de outros combustíveis. O grau de risco elevado do local fez com que a unidade industrial
instalasse um sensor de gás natural para evitar complicações devido à vazamentos de gás.
Mesmo assim, as conexões e operações da tubagem tornam possíveis o aparecimento de
fontes de fuga, sendo necessário a classificação da mesma.

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