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DE SEGURANÇA E HIGIENE
OCUPACIONAIS
___________________________________ 2023
AGRADECIMENTOS
I
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
DESTAQUES
HIGHLIGHTS
III
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
RESUMO
V
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
ABSTRACT
The formation of explosive atmospheres is one of the main problems present in a large proportion
of processing industries, where the presence of inflammable gases or combustible dust, either as an input
or as a secondary product of the production process, together with the presence of ignition sources and the
enclosure of the site, can create an area with sufficient conditions to cause an explosion.
Amorim Cork's production process generates a large quantity of cork dust during its transformation
operations, mainly during the rectification stages, creating space for a series of measures that can improve
the safety conditions related to this type of risk. Combustible dust is usually removed through aspiration
systems that, despite preventing the accumulation of dust in the environment, necessarily generate an
explosive zone inside. Suction pipes are present in all pavilions where the main production areas are located.
In case of an accident that causes the collapse of this structure, the entire unit could be affected.
This dissertation intends to optimize the safety measures and, implement others that may be
necessary to ensure the physical integrity of everyone who is within the radius of an accident in explosive
atmosphere zones, as well as the physical structure of the company and the environment surrounding these
critical locations.
The main reference in the fields of explosive atmospheres in Portugal is the European directive
ATEX 137 that was transposed by Decree-Law 236/2003, which sets out the minimum requirements to
promote improved protection of the safety and health of workers who may be exposed to risks from
explosive atmospheres. As this was the main guide for the preparation of this dissertation, other
international standards, such as those of the National Fire Protection Association (NFPA) and the RASE
and NTP 876 methodologies were also essential for the evaluation of the areas and the development of the
proposed safety measures.
The main reference in the fields of explosive atmospheres in Portugal is the European Directive
ATEX 137, which was transposed by Decree-Law 236/2003, which sets out the minimum requirements to
promote the improvement of the safety and health protection of workers likely to be exposed to risks derived
from explosive atmospheres. This being the main guide for the elaboration of this dissertation, other
international standards, such as those from the National Fire Protection Association (NFPA) and the RASE
and NTP 876 methodologies, which are specific risk assessment methods for explosive atmospheres, were
also essential for the evaluation of the areas and the development of the proposed safety measures. The
methodologies were chosen due to the complete and contextualized way they handle the risk of explosion.
Amorim's production units, with few exceptions, do not have the explosive atmosphere areas
(ATEX) fully characterized in an appropriate document, and it is necessary to list and evaluate the areas in
order to then outline strategies and measures to ensure safety against the risks arising from explosions.
Finally, the dissertation presents the classification of the explosive atmosphere zones, the main
ignition sources found at V&L, the existing control measures, the recommended control measures and also
the risk assessment before and after the implementation of the suggested measures. This analysis revealed
the high risk existing in the industrial unit and the best ways to reduce the risk inherent in explosive
atmospheres. This information has been compiled into an explosion protection manual that has been
produced with the aim of facilitating the improvement of safety conditions for explosive atmospheres sites.
One of the major limitations of this project was the great difference between the industrial units
and their main characteristics that could lead to a totally different classification due to factors as simple as
the presence of natural ventilation or the isolation of certain areas. Beyond this factor, even with the
characterization of the zones and the reduction of the risk to the point of making it acceptable, it is difficult
to reduce the level of severity of the consequences of an accident involving the explosion of flammable
substances and combustible dust.
Keywords: explosive atmosphere, combustible dust, cork dust, ATEX.
VII
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
ÍNDICE
1 Introdução ................................................................................................................................. 5
2 Fundamentação do trabalho ...................................................................................................... 7
2.1 Amorim Cork.................................................................................................................... 7
2.2 Conceitos básicos de ordem tecnológica .......................................................................... 9
2.2.1 Atmosferas explosivas e medidas de segurança .......................................................... 9
2.2.2 Poeira de cortiça ........................................................................................................ 15
2.3 Enquadramento legal e normativo .................................................................................. 16
2.3.1 Enquadramento legal ................................................................................................. 16
2.3.2 Enquadramento normativo ........................................................................................ 16
2.3.3 Fontes de ignição ....................................................................................................... 17
2.3.4 Classificação de equipamentos e substâncias inflamáveis; ....................................... 18
2.4 Conhecimento científico ................................................................................................. 20
2.4.1 Descrição da metodologia de revisão Bibliográfica .................................................. 20
2.4.2 Resultados da metodologia PRISMA ........................................................................ 20
2.4.3 Artigos selecionados ................................................................................................. 21
2.5 Objetivos ......................................................................................................................... 24
2.5.1 Objetivos gerais ......................................................................................................... 24
2.5.2 Objetivos específicos................................................................................................. 24
3 Materiais e métodos ................................................................................................................ 25
3.1 Materiais ......................................................................................................................... 25
3.1.1 Processo produtivo e principais locais de formação de atmosferas explosivas ........ 25
3.1.2 Sistema de despoeiramento ....................................................................................... 30
3.1.3 Outros sistemas relevantes ........................................................................................ 34
3.1.4 Informações das substâncias inflamáveis – V&L ..................................................... 37
3.2 Metodologia para avaliação de zonas com atmosferas explosivas ................................. 38
3.2.1 Metodologia para determinação das zonas de gases e vapores ................................. 38
3.2.2 Metodologia para determinação das zonas de risco para poeiras.............................. 41
3.3 Métodos de avaliação de risco ........................................................................................ 43
3.3.1 Método de avaliação de riscos de explosão – NTP 876 ............................................ 43
IX
3.3.2 Método de avaliação de riscos de explosão – RASE ................................................ 45
3.4 Medidas de controlo ....................................................................................................... 47
4 Resultados ............................................................................................................................... 49
4.1 Zonas classificadas ......................................................................................................... 49
4.1.1 Equipamentos permitidos por cada local avaliado .................................................... 50
4.2 Avaliação das fontes de ignição ..................................................................................... 50
4.3 Medidas de controlo existentes....................................................................................... 51
4.4 Avaliação do risco de explosão ...................................................................................... 52
4.4.1 Método NTP 876 ....................................................................................................... 52
4.4.2 Método RASE ........................................................................................................... 53
4.5 Medidas de controlo recomendadas ............................................................................... 54
4.6 Reavaliação do risco de explosão ................................................................................... 55
4.7 Resultados comparativos entre os métodos de avaliação ............................................... 56
4.8 Manual de proteção contra explosões ............................................................................. 57
5 Discussão ................................................................................................................................ 58
5.1 Classificação das zonas, equipamentos adequados e fontes de ignição ......................... 58
5.2 Medidas de controlo existentes e recomendadas ............................................................ 58
5.3 Avaliação de riscos e comparação de métodos – RASE e NTP 876 .............................. 59
5.4 Manual de proteção contra explosões ............................................................................. 60
5.5 Limitações e vieses ......................................................................................................... 60
6 Conclusões e perspetivas futuras ............................................................................................ 62
6.1 Conclusões ...................................................................................................................... 62
6.2 Perspetivas Futuras ......................................................................................................... 62
7 Bibliografia ............................................................................................................................. 64
1 Apêndice 1 – “safety data” da metodologia prisma ................................................................. 1
2 Apêndice 2 – Tabela resultados .............................................................................................. 18
3 Apêndice 3 - Manual de proteção contra explosões – V&L................................................... 19
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Número de acidentes com poeiras explosivas. Adaptado de (Yuan et al., 2015); ......... 5
Figura 2 - Fatalidades por acidentes em períodos diferentes. Adaptado de (Yuan et al., 2015); .... 6
Figura 3 - Vista aérea da unidade V&L (Amorim Cork, 2022) ...................................................... 7
Figura 4 – Processo produtivo Vasconcelos & Lyncke .................................................................. 9
Figura 5 - Triângulo do fogo. Adaptado de (Builkinside, 2021)................................................... 10
Figura 6 - Hexágono da explosão. Adaptado de (Builkinside, 2021) ........................................... 10
Figura 7 - Explosão primária e secundária de poeiras. Adaptado de (OSHA, 2005); .................. 11
Figura 8 - Ferramenta de desencravar rolhas ................................................................................ 11
Figura 9 - Metais de balas alojadas no corpo de cortiça (EGITRON, 2023); ............................... 12
Figura 10 - Teste de janelas de alívio de pressão nas instalações da Fike (Taveau, 2014) ........... 12
Figura 11 - Princípio de funcionamento de janelas de alívio de pressão sem chama. Adaptado de
(Snoeys et al., 2012) ...................................................................................................................... 12
Figura 12 - Ignição de poeira em suspensão (1), expansão da chama (2), deteção da onda de pressão
(3), ativação do container de supressão (4) e extinção (5). Adaptado de (Taveau, 2014) ............ 13
Figura 13 - Válvula flap em condições normais de operação. Adaptado de (Filtrowent, 2023) ... 14
Figura 14 - Válvula flap durante uma explosão (Filtrowent, 2023) .............................................. 14
Figura 15 - Sistema GreCon .......................................................................................................... 14
Figura 16 - Modelo do queijo suíço de James Reason. Adaptado de (Perneger, 2005) ................ 15
Figura 17 - Correlação entre espessura da camada e temperatura de ignição. Adaptado de (IEC,
2013).............................................................................................................................................. 19
Figura 18 – Diagrama da triagem de resultados. Adaptado de (Moher et al., 2009) .................... 21
Figura 19 - Número de artigos selecionados por tema .................................................................. 21
Figura 20 - Tipos de situações abordadas pelos artigos ................................................................ 23
Figura 21 - Tipos de poeiras nos casos reais da pesquisa ............................................................. 23
Figura 22 - Origem dos artigos obtidos ......................................................................................... 24
Figura 23 - SVE............................................................................................................................. 25
Figura 24 - Estufa super ROSA..................................................................................................... 26
Figura 25 - Retificadora – Ponçamento......................................................................................... 26
Figura 26 - Sistema de isolamento das retificadoras ..................................................................... 27
Figura 27 - Sistema de aspiração do Naturity ............................................................................... 27
Figura 28 - Tambores de lavação .................................................................................................. 28
XI
Figura 29 - Local onde os químicos da lavação são utilizados ..................................................... 29
Figura 30 - Ventilador nas proximidades dos químicos ................................................................ 29
Figura 31 - Escolha eletrónica ....................................................................................................... 30
Figura 32- Presença e ausência de sistema de aspiração na escolha eletrônica ............................ 30
Figura 33 - Filtro de mangas F01 .................................................................................................. 31
Figura 34 - Limpeza das tubagens aéreas...................................................................................... 32
Figura 35 - Casa do pó V&L ......................................................................................................... 32
Figura 36 - Sistema de abastecimento da nora na cova................................................................. 33
Figura 37 - Pavimento da cova da nora ......................................................................................... 33
Figura 38 - Filtro 02, silo e casa do pó .......................................................................................... 33
Figura 39 - Fluxograma do pó de cortiça da unidade V&L .......................................................... 34
Figura 40 - Zona de carregamento de baterias obstruída por sacos de rolha ................................ 34
Figura 41 - Bidões de álcool etílico .............................................................................................. 35
Figura 42 - Posto de redução de gás natural.................................................................................. 36
Figura 43 - Planta de tubagens de gás natural da V&L ................................................................. 36
Figura 44 - Metodologia geral de avaliação de riscos de explosão ............................................... 38
Figura 45 - Determinação do grau de diluição. Adaptado de (IEC, 2020) ................................... 39
Figura 46 - Gráfico para determinação da extensão das áreas perigosas. Adaptado de (IEC, 2020)
....................................................................................................................................................... 41
Figura 47 - Zona 0 (IEC, 2020) ..................................................................................................... 41
Figura 48 - Zona 1 (IEC, 2020) ..................................................................................................... 41
Figura 49 – Zona 2 (IEC, 2020) .................................................................................................... 41
Figura 50 - Indicação de zona 20. Adaptado de (IEC, 2015) ........................................................ 43
Figura 51 – Indicação de zona 21. Adaptado de (IEC, 2015) ....................................................... 43
Figura 52 – Indicação de zona 22. Adaptado de (IEC, 2015) ....................................................... 43
Figura 53 - Quantidades de zonas codificadas por tipo de zona ................................................... 50
Figura 54 - Quantidades de zonas em que cada nível de proteção pode ser utilizado .................. 50
Figura 55 – Quantidades de zonas codificadas em que cada fonte de ignição está presente ........ 51
Figura 56 - Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas pelo pó
de cortiça ....................................................................................................................................... 51
Figura 57 – Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas por gás
natural ............................................................................................................................................ 51
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
Figura 58 - Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas por gás
hidrogénio...................................................................................................................................... 52
Figura 59 – Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas por álcool
etílico ............................................................................................................................................. 52
Figura 60 – Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas ATEX da V&L
....................................................................................................................................................... 52
Figura 61 - Nível do risco das zonas ATEX codificadas baseado no método NTP 876 ............... 53
Figura 62 - Efetividade das fontes de ignição em cada situação ................................................... 53
Figura 63 - Nível do risco das zonas ATEX codificadas baseadas no método RASE .................. 53
Figura 64 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para a poeira de cortiça
....................................................................................................................................................... 54
Figura 65 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para o gás natural .... 54
Figura 66 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para o hidrogénio..... 54
Figura 67 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para o álcool etílico . 55
Figura 68 – Tipologia das medidas de controlo recomendadas para controlar as zonas ATEX da
V&L .............................................................................................................................................. 55
Figura 69 - Nível do risco antes e depois das medidas corretivas - RASE ................................... 56
Figura 70 - Nível do risco antes e depois das medidas corretivas - NTP 876 ............................... 56
Figura 71 - Comparação em % do nível de risco estabelecido pelos métodos NTP 876 e RASE
antes as medidas de controlo recomendadas ................................................................................. 56
Figura 72 - Comparação em % do nível de risco estabelecido pelos métodos NTP 876 e RASE
após as medidas de controlo recomendadas .................................................................................. 57
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Unidades industriais da Amorim Cork em Santa Maria de Lamas e suas atividades .... 8
Tabela 2 - Comparação entre medidas de proteção contra explosões. Adaptado de (Taveau, 2014)
....................................................................................................................................................... 13
Tabela 3 - Propriedades relacionadas à explosividade da cortiça ................................................. 15
Tabela 4 - Tipos de fonte de ignição. Adaptado de (European Norm, 2007) ............................... 17
Tabela 5 - Nível de proteção de equipamentos baseados nas zonas (IEC 60079-14) ................... 18
Tabela 6 - Relação entre temperatura de ignição e classe de temperatura ((IEC, 2013)) ............. 19
Tabela 7 - Químicos não inflamáveis (V&L)................................................................................ 28
Tabela 8 - Planejamento de limpeza (V&L) ................................................................................. 31
Tabela 9 - Informações dos químicos inflamáveis (V&L) ............................................................ 37
Tabela 10 - Informações de poeiras combustíveis (V&L) ............................................................ 37
Tabela 11 - Classificação das zonas de acordo com a ventilação e o grau de fuga (IEC, 2020) .. 40
Tabela 12 - Determinação das zonas de acordo com a presença de poeiras. Adaptado de (IEC,
2015).............................................................................................................................................. 42
Tabela 13 - Parâmetros necessários para avaliação de zonas explosivas (NTP 876). Adaptado de
(Notas Técnicas De Prevención, 2010) ......................................................................................... 44
Tabela 14 - Probabilidade de materialização do risco derivado de ATEX. Adaptado de (NTP, 2010)
....................................................................................................................................................... 44
Tabela 15 - Valorização do risco (NTP 876). Adaptado de (NTP, 2010) ..................................... 45
Tabela 16 - Características do sistema/equipamentos necessárias para a avaliação (RASE).
Adaptado de (Rogers, 2000).......................................................................................................... 46
Tabela 17 - Registo da identificação dos perigos. Adaptado de (Rogers, 2000) .......................... 46
Tabela 18 - Níveis de risco (RASE). Adaptado de (Rogers, 2000) .............................................. 47
Tabela 19 – Cabeçalho da tabela com a determinação das zonas com atmosferas explosivas da
V&L .............................................................................................................................................. 49
Tabela 20 – Cabeçalho da tabela com as características dos equipamentos permitidos em cada zona
....................................................................................................................................................... 50
XV
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
ÍNDICE DE EQUAÇÕES
SIGLAS
1 INTRODUÇÃO
A prevenção de riscos gerados por atmosferas explosivas tem-se tornado um importante fator
para criar locais de trabalho mais seguros nas indústrias. Locais com atmosferas explosivas são
referenciados, desde o século XVII e, mesmo assim, ainda hoje há pouca clareza nos
procedimentos que se devem seguir para minimizar os riscos de explosão (Yuan et al., 2015).
Apesar da quantidade de explosões e riscos oriundos de gases e poeiras combustíveis ter sido
reduzida ao longo das últimas décadas, (Figura 1), as atmosferas explosivas são ainda consideradas
uma área em que é necessário realizar estudos mais profundos para se alcançar um nível mais
adequado de segurança nas indústrias (Yuan et al., 2015).
Figura 1 – Número de acidentes com poeiras explosivas. Adaptado de (Yuan et al., 2015);
Apesar de serem menos frequentes que os outros tipos de riscos ocupacionais, as explosões
geradas em atmosferas explosivas costumam acarretar sérios danos às instalações e,
principalmente, causar lesões e mortes dos colaboradores. A Figura 2 mostra a quantidade média
de fatalidades e lesões causadas por explosões de poeira em dois dos países onde há a maior
quantidade de acidentes (Estados Unidos e China) e ainda um comparativo com os dados globais
(Yuan et al., 2015).
Em todo o mundo, inúmeros acidentes fatais envolvendo a ignição de poeiras e gases
combustíveis ocorreram em consequência das condições precárias de segurança. Hoje, apesar do
perigo de explosão ter entrado nas pautas de segurança das empresas, ainda não há uma estrutura
de avaliação consolidada, já que as próprias legislações não são tão claras quantos às medidas que
devem ser tomadas e a forma de avaliação. A Figura 2 expõe a quantidade de mortes ou lesões
geradas por cada explosão de poeira que ocorreu envolvendo a ignição de poeiras em unidades
industriais americanas, chinesas e globais (Yuan et al., 2015).
Em 2021, o relatório anual da Dust Safety Science, mostrou que houve 64 mortos devido a
explosões e incêndios causados por poeiras combustíveis no mundo. Essa quantidade é muito mais
alta do que a dos quatro anos anteriores somados e deve-se, principalmente, à explosão que existiu
em Gramotenino, na Rússia, e que levou 51 pessoas ao óbito e lesionou outras 106. A quantidade
de vítimas mostra de forma clara o quão perigosos podem ser os acidentes envolvendo as poeiras
combustíveis e a necessidade de se utilizar medidas preventivas para impedir essas situações
(Cloney, 2022).
Carvalho, Edson 5
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Figura 2 - Fatalidades por acidentes em períodos diferentes. Adaptado de (Yuan et al., 2015);
Todas as indústrias que possuem como matéria-prima, produto ou subproduto poeiras
combustíveis estão suscetíveis à incidentes envolvendo a ignição desses materiais, e a indústria
corticeira não é exceção. A produção de rolhas e de outros produtos da cortiça geram quantidades
de pó suficientes para causar explosões e causar perdas humanas e materiais (Pilão, 2002).
De uma forma geral, a Amorim Cork tem-se preocupado nos últimos anos com a
implementação de medidas preventivas para conter os riscos relacionados com as atmosferas
explosivas e, em algumas unidades, já possui manuais bem estabelecidos e medidas de controle
implementadas e em processo de implementação(Relatório Anual Consolidado, 2022). É
importante salientar que qualquer alteração feita nos locais não classificados, como alterações na
ventilação, pode transformá-los em área ATEX ou até mesmo desclassificar o local (Comissão
Europeia (CE), 2003). Por isso, é preciso manter todos os documentos, manuais e plantas
atualizadas, além de manter uma monitorização permanente das zonas classificadas para que as
medidas sejam aplicadas de forma eficaz nos locais necessários.
6 Introdução
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
2 FUNDAMENTAÇÃO DO TRABALHO
A corticeira Amorim Cork, uma das maiores e mais conceituadas empresas do ramo no
mundo, é responsável pela produção de dezenas de milhões de rolhas naturais e técnicas
diariamente. Fundada em 1870, a Amorim & Irmãos possui hoje diversas empresas que fornecem
rolhas e produtos derivados da cortiça a mais de 22.000 clientes em todo o mundo. A unidade
Vasconcelos & Lyncke (Figura 3) foi a unidade escolhida para se realizar o trabalho de avaliação
dos riscos relacionados a atmosferas explosivas, sendo responsável pelo processamento anual de
220 milhões de rolhas. A V&L, como é conhecida, compra as rolhas naturais aos fornecedores
locais e as adequa para sua necessidade, executando o tratamento final solicitado pelos seus
clientes (Relatório Anual Consolidado, 2022).
Carvalho, Edson 7
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Tabela 1 - Unidades industriais da Amorim Cork em Santa Maria de Lamas e suas atividades
8 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
10 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
Carvalho, Edson 11
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Figura 10 - Teste de janelas de alívio de pressão nas instalações da Fike (Taveau, 2014)
Para equipamentos que estão dentro das instalações, pode-se utilizar janelas de alívio de
pressão sem chama, como mostrado na Figura 11, que funcionam de forma semelhantemente à
medida citada anteriormente, mas que dissipam a chama, impedindo que a mesma entre em contato
com o ambiente externo (Taveau, 2014).
Figura 11 - Princípio de funcionamento de janelas de alívio de pressão sem chama. Adaptado de (Snoeys et al.,
2012)
Há ainda, uma medida protetiva capaz de suprimir a explosão ainda no interior do
equipamento. Essas ferramentas de supressão apresentam inúmeras vantagens em comparação às
12 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
anteriores, pois além de evitarem a libertação de pressão e chama para o ambiente, impedem que
os gases tóxicos provenientes da combustão sejam emitidos para áreas ocupadas por trabalhadores.
O seu funcionamento está associado a três partes, um sensor que deteta a explosão, um sistema de
controlo que recebe a informação do sensor e um aparelho que contém o agente supressor ativado
pelo respetivo equipamento de controlo (Taveau, 2014). A Figura 12 demonstra o funcionamento
do sistema de supressão durante um incidente.
Figura 12 - Ignição de poeira em suspensão (1), expansão da chama (2), deteção da onda de pressão (3), ativação do
container de supressão (4) e extinção (5). Adaptado de (Taveau, 2014)
Segundo Taveau (2014), cada uma dessas medidas de proteção resultam na redução das
consequências de uma explosão e podem ser aplicadas nas zonas com atmosferas explosivas. A
sua escolha deve ser feita de acordo com a situação apresentada, variando de acordo com a área
envolvente do equipamento e com quais consequências quer-se evitar (Tabela 2).
Tabela 2 - Comparação entre medidas de proteção contra explosões. Adaptado de (Taveau, 2014)
Sistema de proteção Sistema de alívio Sistema de alívio de Sistema de
de pressão pressão sem chama supressão
Controlo de pressão X X X
interna
Controlo de pressão Reduzido X
externa
Controlo de chama X
interna
Controlo de chama X X
externa
Controlo de gases para Reduzido X
o exterior
Controlo de ruído Reduzido X
Nos locais onde se têm sistemas de aspiração, por exemplo, é fácil imaginar que uma
explosão numa das áreas da tubagem pode rapidamente transportar ondas de choque e chamas para
todos os locais de captação e, consequentemente, para as máquinas que executam os processos
produtivos. Por isso, o isolamento entre as atmosferas explosivas é mais uma medida que pode ser
utilizada para prevenir esse tipo de situações.
Esse isolamento pode ser feito de forma passiva ou ativa, sendo a passiva a mais simples e
que requer menor manutenção, além de ser ativada automaticamente durante o incidente. Uma
válvula do tipo flap (Figura 13 e Figura 14) é a forma mais simples de se compreender a atuação
Carvalho, Edson 13
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
passiva do sistema, onde a própria pressão da explosão irá se encarregar de cortar a conexão entre
as tubagens (Taveau, 2014).
14 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
A produção de rolhas de cortiça, seja ela natural ou técnica, gera uma elevada quantidade
de pó durante quase todos os processos até obter-se o produto final. Essa poeira possui uma série
de propriedades combustíveis que vão torná-la uma ameaça à da segurança dos trabalhadores e
das instalações e, por isso, deverão ser tomadas medidas para que haja um controle sobre sua
presença, manuseio e armazenamento.
Os processos que ocorrem durante a fabricação das rolhas de cortiça normalmente
produzem resíduos com granulometrias próximas de 42 µm de diâmetro segundo os dados da
própria empresa e dos referenciais, esse parâmetro é importante pois está associado à concentração
mínima de explosão (CME) da substância. Segundo (Pilão, 2002), o CME do pó da cortiça
permanece inalterado para diâmetros de até 180 µm, o que é favorável para as considerações
necessárias já que em processos industriais o diâmetro da partícula não é um valor tão constante.
O relatório da (HVBG, 1997) mostra que a CME do pó de cortiça é de 30 g/m3 . Isso significa que,
caso os procedimentos de limpeza da instalação sejam de tal formas eficientes ao ponto de que não
haja essa quantidade na instalação, o vértice do hexágono do fogo associado à concentração não
estará presente, retirando o perigo da explosão. O relatório também disponibiliza os valores da
pressão máxima de explosão e o parâmetro Kst (Tabela 3), que são essenciais para a determinação
da gravidade da explosão da poeira em questão.
A temperatura mínima de ignição em suspensão e a temperatura mínima de ignição em
camada também são descritas no relatório. Esses parâmetros são importantes para a determinação
da temperatura limite que os equipamentos e máquinas podem alcançar sem trazer riscos de
deflagração das poeiras presentes.
O último parâmetro pertinente para a avaliação da perigosidade da poeira é a energia
mínima de ignição (EMI), que indica o quão suscetível o material é face à ignição eletrostática o
material é. Descrito em (Babrauskak, 2003), a EMI para a poeira de cortiça equivale a 35 mJ e
torna o combate à eletricidade estática nas atmosferas explosivas essencial para impedir sua
ignição. Levando em consideração que o corpo humano é capaz de produzir até 30 mJ (Benedetti
et al., 2012) e em (Egan, 2017), é comentado que descargas eletrostáticas em situações industriais
normais alcançam valores de até 100 mJ, a EMI da poeira de cortiça é suficiente para o perigo de
ignição eletrostática seja levado em consideração.
Tabela 3 - Propriedades relacionadas à explosividade da cortiça
Carvalho, Edson 15
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Levando em consideração os danos que podem ser causados por explosões e incêndios a
partir de poeiras e gases, a Amorim Cork aplica a diretiva ATEX, para resguardar seus funcionários
e proteger as instalações desse risco. Esta diretiva foi transposta para o ordenamento jurídico
português pelo Decreto-Lei nº 236/2003, de 30 de setembro, tendo como principal objetivo
explicitar as regras de proteção dos trabalhadores contra os riscos de exposição a atmosferas
explosivas. Nela, são abordados temas pertinentes como sinalização de segurança, avaliação dos
riscos de explosão, prevenção e proteção contra explosões, manual de proteção contra explosões,
obrigações gerais do empregador, equipamentos e sistemas de proteção e trabalho em áreas
classificadas como perigosas.
16 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
De acordo com a norma europeia EN 1127-1, existem treze possíveis tipos de fonte de
ignição (Tabela 4), as quais dependem da atividade da organização ou até mesmo do setor em que
a atmosfera explosiva está inserida, pelo que nem todas estarão presentes no local de risco.
Tabela 4 - Tipos de fonte de ignição. Adaptado de (European Norm, 2007)
Tipo de fonte de ignição Descrição
Caso ocorra o contato entre uma atmosfera explosiva e uma superfície suficientemente aquecida,
a ignição pode se acontecer. É importante destacar que não apenas uma superfície quente
Superfícies quentes (SQ) isoladamente pode desempenhar o papel de fonte de ignição, mas também uma camada de poeira
combustível, ao ser acumulada em uma superfície aquecida e ser inflamada por esta, pode atuar
como uma fonte de ignição.
As chamas são resultado das reações de combustão que ocorrem a temperaturas superiores a
Chamas e gases quentes 1000 ºC. Nesse processo, gases em altas temperaturas são produzidos como subprodutos das
(CH/GQ) reações químicas. Além disso, no caso de presença de poeira e/ou chamas fuliginosas, também
há a formação de partículas sólidas incandescentes.
Faíscas geradas O uso de dispositivos que possam gerar faíscas por meio de ação mecânica, principalmente com
mecanicamente (FGM) choques ou fricções, tem o potencial de desencadear a combustão de substâncias inflamáveis.
Os dispositivos elétricos podem produzir faíscas elétricas e superfícies quentes, de forma a se
Aparelhos elétricos (AE) tornar uma fonte de ignição. Em diversas situações essa ignição pode ocorrer, desde a abertura
e fechamento de circuitos elétricos até por ligações soltas.
Correntes elétricas de Quando um sistema elétrico produz correntes de fuga, independentemente do motivo, o mesmo
fuga e proteção catódica estará susceptível a dar início à ignição de uma atmosfera explosiva. A ignição pode ainda
(CEF/PC) acontecer devido ao aquecimento do percurso de corrente (efeito joule).
Raios irão sempre realizar a ignição de atmosferas quando as alcançarem. Além disso, a alta
Descargas atmosféricas
temperatura do corpo atingido pelo raio também poderá causar a ignição de uma zona
(DA)
classificada.
Ondas eletromagnéticas A radiação de ondas eletromagnéticas nessa faixa espectral pode se tornar uma fonte de ignição,
de 𝟑𝒙𝟏𝟎𝟏𝟏 − 𝟑𝒙𝟏𝟎𝟏𝟓 𝑯𝒛 especialmente quando concentrada, devido à absorção por atmosferas explosivas ou superfícies
(RE) sólidas.
Radiação por ionização Raios x e substâncias radioativas podem ser fontes de ignição para atmosferas explosivas devido
(RI) a absorção de energia dos materiais.
Carvalho, Edson 17
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Compressão adiabática e Compressões e descompressões adiabáticas podem levar a temperatura ao ponto de causar a
ondas de choque (CA/OC) ignição de uma atmosfera explosiva.
Quando uma zona é identificada como perigosa devido à formação de atmosferas explosivas,
os equipamentos e ferramentas que são utilizadas no local, sejam para realização de atividades do
processo ou qualquer outro tipo de intervenção atípica, precisam ser adequados para contornar o
risco. Equipamentos, componentes e sistemas de proteção e segurança devem ser desenhados,
marcados e declarados em conformidade com a Diretiva 2014/34/EU.
Dessa forma, a norma IEC 60079-10-14 apresenta uma série de informações que devem ser
levadas em consideração para determinar qual equipamento poderá ser utilizado no local,
incluindo a classificação da área (zona 0, 1, 2, 20, 21 ou 22), a classificação do gás, vapor ou poeira
com relação aos grupos de equipamentos elétricos, a classe de temperatura ou temperatura de
ignição do gás ou vapor envolvido, a temperatura mínima de ignição em camada ou em suspensão
da poeira presente, forma de utilização do equipamento, temperatura ambiente e influências
externas. De acordo com as zonas classificadas, os equipamentos são classificados de acordo com
a Tabela 5 - Nível de proteção de equipamentos baseados nas zonas (IEC 60079-14)Tabela 5.
Tabela 5 - Nível de proteção de equipamentos baseados nas zonas (IEC 60079-14)
Zona Nível de proteção do equipamento
0 “Ga”;
1 “Ga” ou “Gb”;
2 “Ga”, “Gb” ou “Gc”;
20 “Da”;
21 “Da” ou “Db”;
22 “Da”, “Db” ou “Dc”.
O tipo de substância presente, seja ela poeira, gás ou vapor, também irá influenciar no tipo
de equipamento permitido naquela zona, necessitando o enquadramento da mesma nos grupos a
seguir de acordo com suas propriedades. Os gases e vapores possuem como parâmetro balizador
a sua energia mínima de ativação, mas do ponto de vista de engenharia elétrica não é possível a
caracterização das poeiras com a mesma precisão. Por isso, é utilizado a resistividade elétrica das
poeiras para que seja feita a sua classificação (Linstrom, 2020).
• I – Relativo às instalações subterrâneas (minas);
• II – Relativo às instalações de superfície para gases;
o IIA – Energia mínima de ativação < 180 mJ;
o IIB – Energia mínima de ativação < 60 mJ;
o IIC – Energia mínima de ativação < 20 mJ;
• III – Relativo às instalações de superfície para poeiras.
o IIIA – Poeiras combustíveis;
o IIIB – Poeiras combustíveis não condutoras, com resistências elétricas >
103 Ω.m;
o IIIC – Poeiras combustíveis condutoras, com resistências elétricas ≤ 103 Ω.m;
18 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
A temperatura de ignição dos gases e vapores também são parâmetros utilizado na escolha
de equipamentos para áreas com risco de explosão. Isso porque, caso o equipamento atinja a
temperatura de ignição do gás, poderá desencadear a ignição da atmosfera. A norma IEC 60079-
10-14 classifica os equipamentos em 6 categorias como mostra a Tabela 6.
Tabela 6 - Relação entre temperatura de ignição e classe de temperatura ((IEC, 2013))
Classe de temperatura Temperatura de ignição do gás Classificação do equipamento permitida
T1 >450 T1-T6
T2 >300 T2-T6
T3 >200 T3-T6
T4 >135 T4-T6
T5 >100 T5-T6
T6 >85 T6
Quando houver a presença de camadas mais espessas que 5mm, é possível utilizar o gráfico
presente na norma para estimar um valor mais seguro de ignição em camada, como pode ser visto
na Figura 17.
Figura 17 - Correlação entre espessura da camada e temperatura de ignição. Adaptado de (IEC, 2013)
Carvalho, Edson 19
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
possuem um conteúdo pertinente e dentro do objetivo definido para a revisão bibliográfica. Todo
o fluxograma da metodologia pode ser analisado na Figura 18.
Medidas de segurança
Atmosferas explosivas
Método de análise
Poeiras combustíveis
Fontes de ignição
Segurança com baterias
0 2 4 6 8 10 12
Janès & Dufaud, 2022; Ji et al., 2022; Lisi et al., 2010), além das consequências de explosões de
zonas perigosas baseadas em relatórios de acidentes prévios (Burcu, 2016; Hedlund et al., 2014).
O tema mais mencionado no resultado da pesquisa foi o de medidas de segurança, onde
são abordadas formas de prevenir situações de risco e proteger o trabalhador caso as atmosferas
explosivas venham a sofrer ignição por qualquer que seja o motivo. Artigos contendo informações
sobre proteções contra explosões compõe a maioria dos que estão relacionados à essa temática
(Davis & Pagliaro, 2019; Snoeys et al., 2012; Szkudlarek & Janas, 2021; Taveau, 2014), incluindo
também aqueles que possuem um enfoque maior em janelas de alívio de pressão (Pang et al.,
2021), formas de inertização de zonas (Hedlund, 2018), combate à propagação de explosões e
características do isolamento (Kakogiannis & Vingerhoets, 2022), danos causados pela radiação
térmica gerada por explosões (Holbrow et al., 2000), deteção de fogos latentes em atmosferas
explosivas (Vingerhoets et al., 2016) e, ainda, a importância da redução o risco em atmosferas
explosivas através de uma limpeza eficiente dos locais classificados (Frank, 2004).
As fontes de ignição dificilmente podem ser totalmente eliminadas das zonas classificadas,
por isso, estratégias para controlá-las são mais do que importantes para manter o ambiente seguro.
Alguns artigos encontrados na pesquisa abordam de forma pertinente tipos específicos de ignição,
como as superfícies quentes (Eckhoff, 2019), eletricidade estática (Butterworth & Dowling, 1981;
Egan, 2017), fogos latentes (Russo et al., 2017) e ondas ultrassônicas (Simon et al., 2013). Nestes
artigos, são expostas informações sobre acidentes que foram gerados por essas fontes de ignição e
as melhores formas de controlá-las.
Outro tema em que alguns artigos abordam é o de poeiras combustíveis, que, além de ser
bastante presente na indústria, geram consequências catastróficas quando funcionam como
combustível em uma explosão. As características e propriedades das poeiras (Abbasi & Abbasi,
2007; Abuswer et al., 2013; Amyotte & Eckhoff, 2010; Eckhoff, 2015; Kay & Mazur, 2020; Yuan
et al., 2015) são objeto de estudo de diversos autores para que possam encontrar formas de
amenizar o risco associado à essas substâncias, de forma que até mesmo equipamentos específicos
para esse controlo podem ser requeridos (Höding & Walther, 2016).
A temática da segurança com baterias, é alvo de análise por alguns dos artigos analisados
(Brzezińska, 2018; Conzen et al., 2023; Jin et al., 2021; Zalosh et al., 2021). Apesar de ser um
tema menos lembrado ao se tratar de atmosferas explosivas, o recarregamento das baterias de
chumbo-ácido gera quantidades consideráveis de gás hidrogénio que podem desencadear uma
explosão caso não se perceba a elevada concentração do gás, de forma que é de extrema
importância a ventilação adequada dos espaços em que são feitos os carregamentos (Brzezińska,
2018). As baterias de lítio não estão de fora desse risco e também podem desencadear acidentes,
sendo necessário cuidados para controlar o risco (Faranda et al., 2019; Jin et al., 2021; Zalosh et
al., 2021).
Por último, os artigos também foram enquadrados na categoria de métodos de análise, por
descrever metodologias de análise e avaliação de atmosferas explosivas (Abuswer et al., 2013;
Barozzi et al., 2020; Geng et al., 2015; Markowski et al., 2019; Mihoub et al., 2020; Murphy &
Borene, 2019; Telmo Miranda et al., 2015)de forma a obter resultados mais rápidos e/ou mais
precisos de zonas ATEX, que poderão contribuir para um ambiente mais seguro para os
trabalhadores e outras partes interessadas, além de facilitar a compreensão da necessidade de
medidas de proteção redundantes para minimizar os riscos existentes (Perneger, 2005).
Dentro dessas tipologias, muitos artigos abordam situações reais de análise de acidentes e
incidentes que ocorreram devido à ignição de poeiras combustíveis ou de substâncias inflamáveis.
Isso é devido à grande fração empírica no que diz respeito ao desenvolvimento da compreensão
do fenômeno e de técnicas de prevenção e proteção de atmosferas explosivas (Abbasi & Abbasi,
2007; Davis & Pagliaro, 2019; Eckhoff & Li, 2021; Egan, 2017; Frank, 2004; Hedlund, 2018;
Hedlund et al., 2014; Janès & Dufaud, 2022; Kakogiannis & Vingerhoets, 2022; Lisi et al., 2010;
Russo et al., 2017; Taveau, 2017; Yuan et al., 2015). A aplicação de métodos de análise de
atmosferas explosivas não é apenas fundamental para que a situação não ocorra novamente, mas
22 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
Real
Experimental
Teórica
0 5 10 15 20
3 1 5
2
5
Carvalho, Edson 23
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Itália
Noruega
Canada
Reino Unido
China
Turquia
India
Argélia
0 1 2 3 4 5 6 7 8
2.5 Objetivos
A unidade industrial V&L possui diversos locais com potencial para tornarem-se zonas
classificadas pela provável formação de atmosfera explosiva devido à presença gás natural,
hidrogénio, etanol e, principalmente, pó de cortiça oriunda do processamento das rolhas. Terá
então especificamente o objetivo de classificar essas zonas de acordo com o grau de fuga e a
ventilação local, como sugere a legislação portuguesa, além da identificação das possíveis fontes
de ignição, analisar das medidas de segurança implementadas, executar uma avaliação do risco de
explosão e ainda sugerir medidas corretivas para minimizar o risco presente.
As medidas corretivas sugeridas abordarão formas de evitar a formação das atmosferas
explosivas, de evitar a presença de fontes de ignição em locais classificados, de reduzir os danos
causados por explosões que possam ocorrer e medidas organizativas complementares que atenuem
o risco, de forma a criar uma sequência de barreiras que evitem ao máximo a ocorrência de um
acidente.
24 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
A Vasconcelos & Lyncke (V&L) tem uma particularidade em comparação com as demais
empresas da Amorim Cork, que é o fato de que a produção de suas rolhas não serem efetuadas
integralmente nas suas instalações. São compradas de produtores locais, não havendo as etapas de
descortiçamento, vaporização, rabaneação e brocagem na unidade industrial.
O processo dá-se início na receção das rolhas de terceiros em um galpão específico para
descargas. As rolhas, antes de serem aceites, são testadas em laboratório para avaliar se a qualidade
condiz com as características descritas pelo produtor, podendo ser recusadas se a qualidade for
inferior ao que se esperava do lote, mas caso sejam aceites, passam para a primeira etapa da linha
de produção, o equipamento SVE (sistema de vedação e estanqueidade) (Figura 23). Também
conhecido como “veda/não-veda”, o SVE testa a vedação de cada rolha e a descarta caso não
atenda aos requisitos pré-estabelecidos. O princípio de funcionamento é simples, a rolha é
submetida a uma pressão em um dos lados e, se for verificada a passagem de ar para o outro lado,
a rolha não possui uma vedação adequada. Quando a rolha não é totalmente vedante pode haver
futuramente a contaminação do vinho e, por isso, as rolhas inadequadas são devolvidas para o
produtor.
Figura 23 - SVE
• Nessa etapa há a formação de poeira no interior da máquina, sendo necessário a
aspiração desse resíduo pelo sistema de aspiração;
• Os SVE’s possuem dois locais de sucção pelo sistema, um no interior da máquina e
outro no local de carregamento das rolhas que irão para o equipamento;
• Não foram localizadas instruções de limpeza nas proximidades das máquinas;
• Apesar da falta das instruções, os colaboradores costumam utilizar ar comprimido para
realizar a limpeza superficial das máquinas;
• Um carro de limpeza frequentemente passa pelos locais realizando a limpeza das
poeiras dispersas pelo ar comprimido;
• As máquinas não estão devidamente ligadas à terra.
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Ao sair das SVEs, as rolhas são enviadas para uma estufa super ROSA (Rate of Optimal
Steam Application) onde ficam expostas à temperatura e humidade controlada por longos
períodos. Na estufa (Figura 24), as rolhas além de adequarem sua humidade, também tem os seus
níveis de TCA reduzidos, aumentando a qualidade da rolha.
26 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
Após a retificação das dimensões da rolha, uma etapa responsável exclusivamente para a
remoção do TCA é realizada, o Naturity. Esse processo, desenvolvido pela Amorim, garante que
99,9% das rolhas estejam sem o composto indesejado. As rolhas que saem do Naturity caem em
uma esteira rolante até uma girafa (Figura 27) e, antes de entrarem nos contentores, são sujeitas à
aspiração. O processo do Naturity possui um ponto negativo que é a alta remoção da humidade
das rolhas, tornando-as quebradiças. Por isso, as rolhas voltam a passar por uma estufa super
ROSA para adequarem suas humidades.
Carvalho, Edson 27
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
sódio (𝑁𝑎𝑂𝐻) conhecido popularmente como soda cáustica, o peróxido de hidrogénio (𝐻2 𝑂2) e,
por último, o bissulfato de sódio (𝑁𝑎𝐻𝑆𝑂4 ).
Nenhuma das substâncias apresenta níveis relevantes de inflamabilidade ou explosividade,
mas o peróxido de hidrogénio, por sua característica oxidante, pode reagir violentamente quando
em contato com substâncias orgânicas e causar incêndios ou explosões.
Esse processo pode ser dividido em quatro etapas, onde a primeira é a adição das rolhas,
do peróxido de hidrogénio, que irá funcionar como agente de branqueamento, e do hidróxido de
sódio, que irá garantir o meio básico para aumentar a eficiência do branqueamento, ao tambor de
lavação. A segunda etapa pode ser descrita como um enxague para lavar e remover os excessos
dos químicos anteriores. Em seguida, é utilizado o bissulfato de sódio para neutralizar o hidróxido
de sódio restante, e, por último, é feita uma secagem das rolhas para garantir a humidade relativa
adequada às especificações. Durante todo o processo de lavação descrito, outros químicos não
inflamáveis são inseridos no processo para que as rolhas atinjam a coloração adequada, a tabela a
seguir expõe quais são esses químicos e quais são as principais substâncias de suas composições
(Tabela 7).
Tabela 7 - Químicos não inflamáveis (V&L)
Nome Aplicação Substâncias do composto
AOPACK 35% Lavação de rolhas de cortiça natural e aglomeradas Peróxido de Hidrogénio (35%)
28 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
• Durante a lavação são utilizados apenas produtos químicos não inflamáveis e esses não
possuem local de armazenamento na unidade;
• Não há sistema de ventilação natural ou mecânica eficiente;
• O ventilador existente está fora da área dos químicos (Figura 30);
• O piso do local apresenta sinais de corrosão provenientes provavelmente de derrames;
• Os IBC’s são adequados para o transporte e armazenamento das substâncias;
• Não há ligação à terra dos tanques de alimentação ou dos misturadores.
Carvalho, Edson 29
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
30 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
e, muitas vezes, jogadas para longe alcançando paredes, janelas e estruturas que não detém uma
periodicidade de limpeza tão acentuada. Assim, é normal que mesmo com a parte mais visível da
produção estando em boas condições de limpeza, os locais de difícil acesso tenham acumulação
de poeira de cortiça.
Carvalho, Edson 31
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
• A casa do pó não possui um sistema de ligação a terra que possa impedir a formação
de eletricidade estática no camião durante o descarregamento do pó;
• Não foram identificados procedimentos de limpeza, independentemente da
periodicidade para o local;
• Não há nenhum sistema automático de combate a incêndio no interior da casa do pó;
• Os colaboradores responsáveis pela casa do pó utilizam fardamentos comuns;
• Os camiões não utilizam equipamentos corta-chamas para os escapamentos mesmo que
haja a sinalização no local expondo sua obrigatoriedade.
A casa do pó é, sem dúvidas, uma das partes mais críticas das instalações da VL quando
nos referimos a poeiras combustíveis. A suspensão de pó que é formada durante o descarregamento
é enorme e alcança o exterior do local mesmo com um sistema de aspiração próprio projetado para
minimizar essa dispersão. As paredes, vigas, tubagens e tudo que apresente alguma superfície
minimamente plana no interior da casa do pó possui permanentemente resíduos de cortiça. O pó
descarregado cai em um piso inferior através de uma grelha e é transportado para a cova da nora
onde é utilizado um sem-fim para abastecer propriamente a nora. A cova da nora também
representa um risco elevado de explosão devido a sua constante presença de pó de cortiça como é
visível nas Figura 36 e
Figura 37. A nora então alimentará o filtro 02 (Figura 38)
32 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
Carvalho, Edson 33
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Além das poeiras combustíveis de cortiça produzidas pelo processo, ainda há locais da
unidade em que se formam atmosferas explosivas por outros motivos, como o sistema de
carregamento de baterias (Figura 40). Esse espaço é suscetível à formação de atmosferas perigosas
devido à emissão de gás hidrogénio durante o processo de carregamento. Na V&L, apesar do local
ser aberto e o gás estar diluído na atmosfera da fábrica, o espaço costuma estar frequentemente
obstruído com sacos de rolhas.
34 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
Carvalho, Edson 35
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
36 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
emitido por uma possível fuga, é possível utilizar o gráfico da Figura 45, de modo a encontrar o
tipo de diluição que a fuga terá no ambiente.
Carvalho, Edson 39
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Tabela 11 - Classificação das zonas de acordo com a ventilação e o grau de fuga (IEC, 2020)
Efetividade da diluição
Não
Não perigosa Zona 1 ou
Secundário perigosa Zona 2 Zona 2 Zona 2 Zona 2
(Zona 2*) Zona 0****
(Zona 2*)
A avaliação de qual é a zona mais adequada para os locais de fuga não é suficiente para
garantir a segurança dos locais. Por isso, é necessário estimar esse valor a partir do valor de vazão
volumétrica da possível fuga e o tipo de dispersão que ocorrerá caso a fuga se concretize. O gráfico
da Figura 46, extraído também da norma IEC 60079-10-1, classifica as dispersões em 3 tipos:
• Jato: Quando um gás ou vapor menos denso que o ar sair pelo local da fuga sem
encontrar nenhuma resistência;
• Difuso: Quando um gás ou vapor menos denso que o ar sair pelo local da fuga e
encontrar uma barreira como portas, paredes ou até mesmo outros equipamentos;
• Gás pesado: Quando o gás ou vapor é mais denso que o próprio ar, a tendência é que
ele se comporte como um líquido e escorra pelo chão, alcançando áreas mais distantes
e podendo ficar enclausurados em valas ou buracos.
Ao identificar o tipo de dispersão e com o valor da vazão volumétrica já utilizada para
determinação da ventilação, é possível então determinar qual será a área da zona classificada em
questão.
40 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
Figura 46 - Gráfico para determinação da extensão das áreas perigosas. Adaptado de (IEC, 2020)
Com as áreas identificadas e a extensão calculada, é possível aplicar o zoneamento na
unidade industrial, utilizando a simbologia recomendada pela própria norma (Figura 47, Figura 48
e Figura 49).
A primeira etapa consiste na caracterização da poeira presente nas unidades industriais para
que seja possível compreender o nível de perigosidade desse pó ou de sua camada em máquinas e
equipamentos. O pó de cortiça é caracterizado como uma poeira St2 e suas características foram
já descritas na tabela 3.
Carvalho, Edson 41
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Tabela 12 - Determinação das zonas de acordo com a presença de poeiras. Adaptado de (IEC, 2015)
Fonte de fuga Zona de classificação
Contínua 20
Primária 21
Secundária 22
Para que as zonas sejam efetivamente classificadas, também é necessário calcular a
extensão das zonas. Para isso, é preciso ter em mente que enquanto nos gases a sua densidade pode
implicar que estes subam à atmosfera ou se depositem no chão da fábrica, no caso das partículas
de poeiras, estas somente ficarão temporariamente em suspensão e eventualmente irão se depositar
nas máquinas, no chão, nas paredes ou nas tubagens. Assim, quando a zona for gerada por gases
inflamáveis mais densos que o ar ou por poeiras combustíveis, a extensão deverá ser ampliada até
o pavimento da instalação, pois a tendência é que a gravidade force as substâncias a se acumularem
no plano abaixo da fonte de fuga. Em casos onde uma máquina ou equipamento que possa gerar
uma fuga esteja sobre uma plataforma ou grade que permita a passagem de gases e poeiras, a
extensão da zona deverá atravessar o pavimento.
De acordo com a norma IEC 60079-10-2, a zona 20 tem como extensão todo o interior do
equipamento, onde existe permanentemente a presença de poeiras de cortiça. Como exemplo, todo
o volume interior dos ciclones, as respetivas tubagens de aspiração e outros locais que tem os pós
42 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
como característica intrínseca da sua função. A zona 21, semelhante à zona 20, preencherá todo o
equipamento que possa conter poeiras em condições normais de operação, como o lado sujo dos
filtros de mangas. Já no exterior dos equipamentos, de um modo geral, classificar-se-ão como
zonas 21 até a uma extensão de 1 m de raio da sua envolvência, sendo que esta extensão poderá
ser aumentada ou encurtada de acordo com as barreiras físicas do local e de outras condições
específicas como a frequência e eficiência das limpezas realizadas. Por fim, quando uma área
aberta obtiver a classificação 21, é recomendada a aplicação de zonas 22 de forma complementar,
após o limite das zonas 21. As zonas 22 são normalmente classificadas dessa forma quando há a
presença de fontes de fuga secundárias, possuindo uma extensão de 3 metros na maioria das
situações. Porém, a depender das circunstâncias e do layout do local, barreiras físicas como outras
máquinas, paredes ou outas estruturas podem-se tornar os limitantes das zonas.
Após obter a classificação e extensão das áreas, deve-se concretizar em peças desenhadas
a identificação das áreas classificadas nas unidades industriais, através das seguintes simbologias:
Carvalho, Edson 43
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Tabela 13 - Parâmetros necessários para avaliação de zonas explosivas (NTP 876). Adaptado de (Notas Técnicas De
Prevención, 2010)
Gases, vapores e névoas Poeiras combustíveis
Limites de inflamabilidade e explosividade (LII, LSI,
Granulometria
LIE e LSE)
Temperatura de inflamação Concentração mínima de explosão
Temperatura de auto inflamação Energia mínima de ignição
Grupo e subgrupo (IIA, IIB e IIC) Temperatura de ignição em camada
Interstício experimental máximo de segurança Temperatura de ignição em suspensão
Energia mínima de ignição (EMI) Pressão máxima de explosão
Gradiente máximo de pressão Constante de explosividade
Corrente mínima de inflamação Resistividade/condutividade elétrica
Densidade relativa Concentração limite de oxigênio
Coeficiente de evaporação Suscetibilidade/estabilidade térmica
Com a obtenção desses parâmetros e conseguinte compreensão das características básicas
das substâncias, o passo seguinte é determinar a probabilidade de formação e duração das
atmosferas explosivas. Essa etapa está associada a determinação das zonas e, nessa dissertação,
será utilizado o método já citado da IEC 60079-10-1 e 60079-10-2 para isso.
Além da determinação das zonas, deve considerar-se a probabilidade de existir uma ignição
nos locais classificados. Todas as 13 fontes de ignição citadas previamente devem ser consideradas
em um primeiro momento e apenas após análise do contexto da zona poderão ser desconsideradas.
Essa análise deve considerar os locais ATEX, durante o funcionamento normal, durante paragens,
manutenções e primeira/última utilização. Ao identificar as possíveis fontes de ignição, também é
necessário avaliar a sua probabilidade de aparição. O método divide essa variável em três
categorias:
1. Quando a probabilidade de surgimento é constante/frequente ou quando um
equipamento inserido na zona pode gerar fontes de ignição durante sua operação
normal;
2. Quando a probabilidade de surgimento é depende de circunstâncias raras ou quando
um equipamento inserido na zona pode gerar fontes de ignição apenas em caso de
falhas;
3. Quando a probabilidade de surgimento é depende de circunstâncias muito raras ou
quando um equipamento inserido na zona pode gerar fontes de ignição apenas em
caso de falhas muito raras.
Assim, com as zonas classificadas e as fontes de ignição avaliadas, é possível utilizar a
matriz presente na descrição do método (Tabela 14) para classificar como negligenciável, muito
baixa, baixa, média, alta e muito alta a probabilidade de materialização do risco na zona ATEX.
44 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
Carvalho, Edson 45
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Essas fontes de ignição deverão ser associadas a cada uma das atmosferas explosivas
existentes de forma semelhante ao que é mostrado na Tabela 17. A efetividade da fonte de ignição
pode ser classificada em baixa, média ou alta e essa informação será crucial para determinar a
criticidade de cada uma das situações.
Tabela 17 - Registo da identificação dos perigos. Adaptado de (Rogers, 2000)
Atmosfera explosiva Fonte de ignição
Para proceder com a estimativa do risco, o método considera cada uma das situações
referenciadas na Tabela 17 como alvo pertinente da estimativa. A severidade e a frequência são os
dois principais parâmetros que irão, em conjunto com as informações recolhidas previamente,
fornecer uma análise qualitativa dos riscos de explosão associados a cada conjunto atmosfera
explosiva-fonte de ignição.
A avaliação da severidade passa pela classificação da consequência em um dos 4 níveis:
catastrófico quando há mortes ou perdas de sistemas produtivos, maior quando há várias pessoas
lesionadas/doentes ou grandes danos ao sistema produtivo, menor quando houver a possibilidade
de causar ferimentos leves ou pequeno dano ao sistema produtivo e negligenciável quando as
lesões forem ainda mais superficiais ou houver algum dano ao sistema produtivo.
46 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
Carvalho, Edson 47
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
PARTE 2
48 Fundamentação do trabalho
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
4 RESULTADOS
Como resultado dessa dissertação, foram obtidas uma série de informações relativas às
atmosferas explosivas da unidade industrial Vasconcelos & Lyncke. Informações essas que, para
serem mais bem compreendidas, foram fracionadas em tabelas que estão presentes no apêndice 2,
estando divididas no ficheiro nas categorias: “classificação de zonas”, “medidas de controlo”,
“avaliação de risco NTP 876” e “avaliação de risco RASE”.
Ao utilizar os métodos descritos pela IEC 60079-10-1 e 60079-10-2, foi possível calcular o
tipo e a extensão de todas as zonas geradas pela presença de gás natural e pelo pó da cortiça.
Porém, foi preciso recorrer à normativas adicionais para a identificação das zonas em duas
situações: a presença de bidões de álcool etílico no laboratório de análise e a emissão de hidrogénio
durante o carregamento de baterias. Essas normas complementares foram respetivamente a EI 15
(Classificação de áreas para instalações que manipulem fluidos inflamáveis) e a IEC 62485-3.
É importante salientar que para facilitar a comparação e entendimento não foram utilizados
os números absolutos de zonas de atmosferas explosivas na apresentação dos gráficos seguintes.
O que está exposto nos resultados é uma codificação, devidamente demonstrada no apêndice 2, de
zonas ATEX geradas pelas exatas mesmas condições (mesmo equipamento, substância,
funcionamento, dimensões, etc). Esse código será utilizado em todas as tabelas de resultados de
forma a simplificar a associação dos locais com zonas explosivas com suas particularidades. Por
exemplo, a codificação 1.1 sempre estará associada à secção interior do posto de redução e medida
de gás natural. A associação das zonas e suas codificações estão presentes no apêndice 2.
A Tabela 19 mostra o cabeçalho da tabela citada anteriormente e presente no apêndice 2, a
qual contém todas as informações de caracterização obtidas. Essas informações serão
fundamentais para o entendimento de todos os outros resultados apresentados e a codificação será
utilizada para associar todas as informações.
Tabela 19 – Cabeçalho da tabela com a determinação das zonas com atmosferas explosivas da V&LLocal/Área
Ao realizar a determinação das zonas e suas respetivas extensões, foram identificados oito
tipos de locais propícios para a formação de atmosferas explosivas referentes à gases, vapores e
névoas inflamáveis e 27 envolvendo poeiras combustíveis. O gráfico mostrado a seguir (Figura
53) especificam as quantidades de cada uma das seis zonas que estão presentes na V&L, sendo as
zonas 0 e 20 as que estão presentes em menor e maior quantidade respetivamente. No gráfico,
apenas são consideradas as zonas codificadas, ou seja, zonas geradas nas mesmas condições
(mesmo equipamento, mesma substância e mesmas dimensões) não são contabilizadas mais de
uma vez.
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Zonas classificadas
20 16
15
10 8
6 5
5 2
0
0
Zona 20 Zona 22 Zona 2 Zona 21 Zona 1 Zona 0
De acordo com a classificação das zonas e com a substância que está associada a esse local
de risco, a norma IEC 60079-14 determina as propriedades que os equipamentos a serem utilizados
precisam de possuir. A listagem das características dos equipamentos de acordo com a codificação
criada para cada zona pode ser encontrada no apêndice 2, mas na Tabela 20 expõe-se o cabeçalho
da tabela, onde se pode verificar quais são as informações fornecidas.
Tabela 20 – Cabeçalho da tabela com as características dos equipamentos permitidos em cada zona
Temperatura de
Secção Nível de Classe de
Codificação Grupo de ignição (poeiras)
Equipamento ou Substância Zona proteção temperatura
da zona substância
Momento exigido (gases)
Camada Suspensão
Ao analisar o nível de proteção exigido por zona, obtemos o gráfico da Figura 54, em que
mostra a quantidade de zonas que cada nível de proteção pode ser utilizada.
20 13
8 8 8 6
0
Da Db Dc Ga Gb Gc
Figura 54 - Quantidades de zonas em que cada nível de proteção pode ser utilizado
Figura 55 – Quantidades de zonas codificadas em que cada fonte de ignição está presente
Figura 56 - Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas pelo pó de cortiça
Figura 57 – Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas por gás natural
Carvalho, Edson 51
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Figura 58 - Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas por gás hidrogénio
Figura 59 – Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas geradas por álcool etílico
Figura 60 – Tipologia das medidas de controlo existentes para controlar as zonas ATEX da V&L
Figura 61, em que se detalha o número de zonas codificadas que foram enquadradas em cada
um dos 4 níveis de risco estipulados pelo método NTP 876 (baixo, médio, alto e muito alto).
A etapa inicial da metodologia requer uma caracterização exaustiva das condições em que
são formadas as atmosferas explosivas. Essa caracterização foi realizada nos tópicos anteriores
com a classificação das zonas ATEX, com a identificação das fontes de ignição presentes em cada
uma das zonas, com o detalhamento das propriedades e características das substâncias envolvidas
e com as demais informações descritas ao longo da dissertação.
A identificação dos perigos utilizando o método RASE está exposta no apêndice 2, com uma
tabela que utiliza uma ramificação da codificação de zona associada à fonte de ignição. O método
destrinçou as 37 zonas ATEX em outras 230 situações de risco e definindo um nível de efetividade
da fonte de ignição naquele cenário. Com os dados obtidos, foi possível gerar a tabela presente na
Figura 62.
100 42
0
0
Baixa Média Alta
50
0 0
0
D C B A
Figura 63 - Nível do risco das zonas ATEX codificadas baseadas no método RASE
Carvalho, Edson 53
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Figura 64 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para a poeira de cortiça
Figura 65 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para o gás natural
Figura 67 – Tipologia de controlo realizado pelas medidas recomendadas para o álcool etílico
Figura 68 – Tipologia das medidas de controlo recomendadas para controlar as zonas ATEX da V&L
As medidas recomendadas estão na tabela do apêndice 2, e descrevem o que deve ser feito
para controlar a formação de atmosferas explosivas, controlar as fontes de ignição possíveis,
reduzir os danos que uma explosão pode causar naquele sector e, por último, apresenta ainda
formas de controlo que não se enquadram nas categorias anteriores de controlo por estarem
associadas a formações, instruções de trabalho e outras questões organizativas.
O interior da casa do pó, que é uma das zonas mais críticas da unidade industrial, teve
recomendações em quase todas as formas de controlo citadas anteriormente, envolvendo desde o
aumento do caudal do sistema de aspiração para melhor controlar o pó, até a implementação de
para-raios para impedir a ignição da atmosfera através de uma descarga atmosférica. Já no interior
da cova da nora, as recomendações realizadas englobam desde alterações de equipamentos como
motores e luminárias por não possuírem proteção adequada para a zona em que estão inseridos,
até a sinalização na entrada do local.
Foram feitas reavaliações das situações de risco utilizando os métodos NTP 876 e RASE
com a suposta implementação de todas as medidas de controlo recomendadas, obtendo os
seguintes gráficos (Figura 69 e Figura 70).
Carvalho, Edson 55
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
50 22
0 0 0
0
D C B A
Figura 70 - Nível do risco antes e depois das medidas corretivas - NTP 876
A forma como os dois métodos tratam a situação de risco é diferente, por isso, não podem
ser comparados diretamente quanto aos números absolutos. O método NTP 876 considera a
avaliação apenas da zona ATEX classificada e o RASE considera cada conjunto zona-fonte de
ignição, de forma que a diferença entre a quantidade de pontos analisados é bastante expressiva.
Enquanto o NTP 876 avalia 37 zonas, o RASE destrinça cada uma das zonas de acordo com sua
fonte de ignição resultando em 230 conjuntos analisados. Dessa forma, a comparação entre
métodos só é possível quando se toma a percentagem de níveis de risco identificadas por cada
método, resultando na Figura 71.
Figura 71 - Comparação em % do nível de risco estabelecido pelos métodos NTP 876 e RASE antes as medidas de
controlo recomendadas
0,36
0,40
0,24
0,20 0,10 0,14
0,00 0,00
0,00
Baixo / D Médio / C Alto / B Muito alto / A
Figura 72 - Comparação em % do nível de risco estabelecido pelos métodos NTP 876 e RASE após as medidas de
controlo recomendadas
Carvalho, Edson 57
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
5 DISCUSSÃO
O controle das atmosferas explosivas na V&L pode ser mais bem compreendida ao dividir
as zonas de acordo com a substância que as geram. As zonas ATEX relacionadas com o gás
hidrogénio resultante do recarregamento das baterias e com o álcool etílico utilizado no
laboratório, não possuem medidas de controlo relevantes implementadas. Por outro lado, as zonas
classificadas devidas ao gás natural, envolvendo principalmente o PRM e as tubagens de
transporte, possuem medidas de controlo mais visíveis, até mesmo pelo fato de existir uma equipe
externa responsável por esse sistema.
O maior esforço da Amorim no que diz respeito ao controlo das zonas ATEX está
principalmente atrelado ao combate ao pó de cortiça presente em toda fábrica. As limpezas são
executadas frequentemente e, ao visitar a unidade, é possível notar que há um esforço e
preocupação em combater a presença de pó nas instalações, seja por causa da higiene alimentar ou
para evitar a formação de atmosferas explosivas, motivo pelo qual os pavilhões costumam estar,
de forma geral, em boas condições de limpeza. Em afinidade com o que é descrito em (Frank,
2004), uma limpeza eficiente dos locais de trabalho é uma das formas mais eficientes de controlo
de atmosferas explosivas geradas por poeiras combustíveis.
A classificação das zonas ATEX e a identificação das medidas de controlo existentes
serviram de alicerce para que fossem feitas sugestões de novas medidas que possibilitem a redução
do risco existente. Essas medidas, elencadas detalhadamente no apêndice 2, reduzem o risco
alterando a frequência da existência da situação de risco, que é um dos valores que influenciam
diretamente no risco. A justificação para cada medida recomendada está exposta no manual
elaborado para a unidade V&L, presente no apêndice 3.
Na zona interior da casa do pó, por exemplo, recomendou-se o aumento do caudal da
aspiração para que a nuvem de pó que se forma durante os descarregamentos seja de curta duração
e com menor concentração, reduzindo inclusive a presença de pó no exterior do local. Atualmente,
a cada descarga de camiões são formadas grandes nuvens de pó de cortiça no exterior devido ao
fluxo da aspiração ser insuficiente.
No âmbito estrutural, foi possível recomendar medidas que abrangem todas as zonas
identificadas simultaneamente, como a instalação e manutenção adequada de para-raios, para
evitar que descargas atmosféricas venham a realizar a ignição de substâncias nas zonas de
atmosferas explosivas. E ainda, para tentar facilitar a compreensão dos colaboradores quanto à
perceção do risco de explosão, medidas organizativas, como alterações de instruções de trabalho,
autorizações de trabalho e formações específicas, foram sugeridas para tentar garantir que não haja
desconhecimento do que pode ou não ser feito em determinados locais e de como deverão se
comportar durante as situações de sinistro.
A aplicação da metodologia RASE forneceu valores que podem ser utilizados nas
constatações referentes às fontes de ignição. A Figura 62 nos mostra a alta reatividade dessas
formas de ativação com as zonas classificadas, sendo um indicador latente de que medidas de
controlo das fontes de ignição não podem ser negligenciadas.
No que diz respeito à avaliação de risco, os dois métodos forneceram valores bastante
semelhantes quando comparados percentualmente, como é visível na Figura 71. Porém, o número
absoluto não pode ser comparado devido à forma como cada método identifica a situação de risco.
O método NTP 876 identifica e avalia cada uma das atmosferas explosivas como uma
situação de risco, e a sua aplicação fornece o nível de risco numa escala de 1 a 4 das 37 zonas
identificadas. Por outro lado, o método RASE destrinça cada uma das zonas criando uma
associação que relaciona a possível fonte de ignição com sua zona identificada, gerando 230
situações de risco. Mesmo assim, os resultados mostram que independentemente da ramificação
do risco feito pelo RASE, o método NTP 876 consegue um resultado semelhante.
Apesar de os resultados serem proporcionalmente compatíveis com a situação real da
unidade industrial, após considerarmos a implementação das medidas de controlo recomendadas
e reavaliarmos o risco, ficou claro que os métodos respondem de forma diferente às medidas de
controlo. O método NTP apresenta uma maior sensibilidade às implementações, como pode ser
verificado na Figura 70, de forma que grande parte dos locais com risco mais elevado puderam ser
Carvalho, Edson 59
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
reenquadrados nos níveis médio e alto. Por outro lado, o método RASE apesar de ter alguma
influência das medidas recomendadas (Figura 69), não teve uma queda tão acentuada das suas
situações de risco A (risco mais elevado). Essa diferença de sensibilidade referente à
implementação das medidas corretivas pode ser atribuída maioritariamente à forma como cada um
dos métodos caracteriza o parâmetro frequência do risco.
Apesar do parâmetro severidade de uma explosão poder ser alterada com medidas protetivas
do tipo janelas de alívio de pressão ou estruturas construídas para resistir à explosão, de uma forma
geral as medidas de controlo mais eficientes focam-se na atenuação da chance de uma explosão
ocorrer, ou seja, reduz a probabilidade do evento acontecer invés de reduzir as consequências caso
aconteça. Essas medidas de controlo de frequência, apesar de trazer uma maior segurança para as
zonas com possíveis atmosferas explosivas, as vezes não são capazes de reduzir drasticamente o
patamar de frequência utilizado como parâmetro nos métodos, convergindo para essa alteração
pouco significativa no resultado da avaliação após as medidas recomendadas.
A diferença na sensibilidade dos métodos para as medidas de controlo recomendadas pode
ser associada à forma como são definidos os parâmetros de frequência em cada um deles. No
método NTP, a matriz que identifica o fator frequência está associado ao tipo de zona classificada
e à probabilidade de ignição, enquanto o método RASE utiliza como parâmetro para essa variável
apenas uma classificação fornecida pelo próprio método.
As principais formas de mitigar as explosões em zonas de atmosferas explosivas são: reduzir
as dimensões das estruturas contentoras da substância, utilizar gás inerte, isolamento de explosões,
janelas de alívio de pressão, design resistente à pressão e supressão automática de explosão
(Eckhoff & Li, 2021). Dito isso, é importante destacar a dificuldade associada à implementação
dessas medidas que efetivamente reduzem a gravidade das consequências de uma explosão de
forma a reduzir o seu nível nas escalas de severidade dos métodos aplicados. Alterar a estrutura
dos silos e filtros, inertizar toda a área ou reduzir o volume desses equipamentos exigiria um
investimento relativamente alto quando comparado às outras medidas propostas e nem todas as
medidas reduziriam efetivamente o grau de severidade.
A maior limitação dessa dissertação está na ausência de referenciais teóricos que abordem
as zonas explosivas geradas pela poeira de cortiça e de estudos recentes relacionados a essa
substância. Esse fator inclusive levou à extensão do período válido de referenciais científicos de 5
para 10 anos.
O principal viés que pode ter influenciado na caracterização das zonas está associado a
determinação das extensões das zonas ATEX 20, 21 e 22, pois apesar da norma IEC 60079-10-2
estipular valores de referência, as extensões devem ser baseadas na presença do pó visualizado in
loco. Diversas visitas foram realizadas com o intuito de compreender a deposição do pó, mas
situações extraordinárias não foram constadas nesse período. Apenas aqueles que se mantenham
60 Conclusões e perspetivas futuras
AVALIAÇÃO DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS EM INDÚSTRIA CORTICEIRA
diariamente e frequentemente nas zonas classificadas poderiam estimar com uma maior precisão
e exatidão.
Outro fator que deve ser considerado está relacionado aos parâmetros utilizados nas
avaliações de risco, pois há um influencia considerável do conhecimento do avaliador no resultado
da avaliação do risco, podendo levar a níveis diferentes de risco dependendo do entendimento
daquele em aplicar os respetivos parâmetros. Apesar de não ser previsto uma diferença
considerável ao ponto de uma zona caracterizada como sendo de alto risco se transforme numa
zona de baixo risco, podem ocorrer variações.
Carvalho, Edson 61
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
6.1 Conclusões
sejam modificadas. Outras unidades também deverão ser beneficiadas com relação às medidas de
controlo recomendadas uma vez que pretende-se estender as medidas de controlo para as demais
unidades industriais do grupo. Classificar as áreas e redigir o manual não resolvem por si só os
problemas ligados às zonas ATEX, é necessário que haja um empenho das partes interessadas da
empresa para que as condições ideias de segurança sejam atingidas.
Os resultados das avaliações de risco efetuadas antes e após a implementação das medidas
corretivas mostram que ainda há um longo caminho a se seguir para garantir um ambiente
totalmente seguro nas unidades industriais da Amorim Cork. O sistema de aspiração da unidade
industrial, por ser responsável pelo controlo da quantidade de poeira no local, pode ser a chave
para reduzir o risco associado às atmosferas explosivas, mas é preciso que se encontre novas
formas ou equipamentos mais eficazes e rentáveis para que possam ser amplamente aplicados na
corticeira.
Novos conhecimentos, novas tecnologias e novas metodologias de avaliação surgem
diariamente no contexto industrial, por isso deve-se tentar conhecê-los para aumentar o leque de
soluções possíveis para a redução do risco de acidente e melhoria contínua das condições de
segurança das zonas ATEX.
Carvalho, Edson 63
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68
1 APÊNDICE 1 – “SAFETY DATA” DA METODOLOGIA PRISMA
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
Aplicação
de uma
Utilização Durante a
versão Propor um
do ROA- manutenção de um
aprimorad método
ISD, uma dos equipamentos, o
a da altamente
Bar Mé Esteira Durante ferramenta processo continuou
análise de estruturado para A probabilidade
ozz tod de a feita para em execução e
operabilida facilitar a Pó de numérica e comentários
i et Itál o transpor descarga descrever causou um acúmulo
de construção de N/A Sim Real Açúc N/A N/A N/A estiveram de acordo N/A
al; ia de te de silos processos de poeira nas partes
recursiva uma árvore de ar com a reconstrução da
20 aná enclausu na com quentes que estavam
para causas em situação avaliada
20 lise lada esteira poeiras sofrendo
poeiras situações de
combustív intervenção,
combustív explosões de
eis resultando na
eis poeira
orgânicas explosão
(avaliação
de risco)
Determina Utilizou-se
ção e o ponto de
Mi Áreas
classificaç Mé Propor e aplicar Durante origem de
ho Em um Utilização de de
ão de tod uma Direti a possíveis Imagens de zonas de
ub Ar Exper Hidro separad temperaturas maior
zonas de o metodologia de va separaçã explosões atmosfera explosiva de
et gél Sim iment carbo or de N/A máximas, sem N/A periculo N/A
atmosfera de classsificação ATE o dos como base um separador de
al; ia al netos hidrocar ventilação, pressão sidade
explosiva aná das zonas X compon para hidrocarbonetos
20 bonetos máxima e sem vento identific
consideran lise ATEX entes calcular as
20 adas
do o grau áreas mais
de fuga afetadas
N/A
Medição Diver As temperaturas de
de sos superfícies em zonas de
temperatur Revisão de comp atmosfera explosiva
Fo Contanto da poeira
as mínimas métodos ostos Fornalh Durante não devem ultrapassar
Ec nte combustível com
de ignição laboratoriais em a de a 2/3 da temperatura de
kh No s Exper superfície aquecida,
de poeiras para identificar pó, Godbert execuçã ignição. A temperatura
of; rue de N/A Sim iment N/A N/A nas condições N/A N/A
em a temperatura inclui - o do mínima de ignição não
20 ga ign al específicas de
suspensão de ignição de ndo Greenw experim é constante e varia de
19 içã concentração,
em contato poeiras substâ ald ento acordo com os
o turbulência e fluxo.
com explosivas ncias tamanhos, formatos e
superfícies orgân orientação das
quentes icas e superfícies, bem como
1
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
inorg com a velocidade e
ânicas turbulência das poeiras.
Expõe
Perigo O artigo
uma
oculto – aborda
sequênci
identificaç aspetos
Prover a de Sequência de passos
ão, relacionad
Poe informações passos que devem ser tomados
Ka Est compreens os a tipos
iras básicas e necessár para assegurar a
y ado ão e de poeira,
co referenciais ios para segurança dos
et s prevenção NFP Teóri fontes de
mb úteis sobre Não N/A N/A N/A N/A N/A N/A se trabalhadores N/A
al; Un de A 652 ca ignição,
ustí incêndios e avaliar relativamente à
20 ido explosões diferenças
vei explosões os riscos explosões e incêndios
20 s de poeiras entre as
s causados por relacion de poeiras
combustív explosões
poeiras ados a combustíveis
eis em primárias e
poeiras
indústrias secundária
combust
florestais s, etc
íveis
Proteção
Apresentar os
Sz ativa da
Me resultados de Pós Aplicação de
ku área de Durante
did testes feitos que Pequeno bicarbonato de
dla trabalho NFP a O sistema pode ser
Pol as com proteções Exper não coletor sódio em altas
rek contra A 12; execuçã eficiente para cenários
ôni de ativas para Sim iment produ de N/A N/A Ignição forçada pressões através N/A N/A
et explosões NFP o do específicos de trabalhos
a seg limitar os al zem poeiras de um sistema de
al; de A 77 experim com máquinas
ura efeitos de fumaç secas extinção de alta
20 misturas ento
nça explosões de as eficiência
21 de poeiras
poeiras e gases
e gases
Medição de
Predições
At pressão máxima Gases inflamáveis
de Durante
Ji mo de explosão e aumentam a pressão
severidade Subst a
et sfer taxa máxima de Exper Câmara máxima de explosão e
Chi s de ances execuçã
al; as aumento de N/A Sim iment esférica N/A N/A Ignição forçada N/A N/A a taxa máxima de N/A
na explosões hibrid o do
20 exp pressão de al de 20 L aumento de pressão de
com as experim
22 losi quatro tipos de poeiras e misturas
misturas ento
vas misturas híbridas
híbridas
híbridas
Comporta Me
Pa Compreender o Durante
mento de did
ng comportamento Content a Apenas a primeira
ventilação as Exper Amid
et Chi da explosão or de execuçã Sistema múltiplo ventilação possui efeito
múltipla de de N/A Sim iment o de N/A N/A N/A N/A N/A
al; na com número pequena o do de ventilação significativo na pressão
explosões seg al milho
20 variável de escala experim interna de explosão
de poeiras ura
21 ventilações ento
internas nça
2
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
Inadequaç
ão do
dióxido de Durante O perigo relacionado à
Telhado
carbono Expor a o eletricidade estática é
Me externo Não aplicar
para periculosidade armazen globalmente
He did funcionand dióxido de
Di extinguir de utilizar CO² Direti Pellet amento subestimado; algumas
dlu as o como Injeção de gases carbono em
na incêndios como gás inerte va s de Dentro de normas devem ser
nd; de Sim Real uma N/A inertes na atmosfera incêndios N/A N/A
ma em silos: a para ATE madei dos silos pallets revisadas; ao utilizar
20 seg abertura de explosiva envolvendo
rca eletricidad abafamento de X ra de CO² como gas inerte,
17 ura ventilação atmosferas
e estática incêndios em madeira assume-se o risco de
nça para o explosivas
pode silos dentro explosão por
exterior
causar uma de silos eletricidade estática
explosão
do silo
Executar
medidas
para
diminuir o
tempo e a
extensão
das
atmosferas
explosivas,
eliminar Os métodos
Principa potenciais tradicionais como
Ka Desafios Visualizar os
Me lmente fontes de ventilação, supressão
ko de fatores que
did durante ignição e a ou isolamento químico
gia isolamento afetam os NFP Pellet
as o instalação provém seguranças
nni Itál de métodos de A 68; s de Dentro
de Sim Real carrega de medidas N/A N/A N/A N/A adequadas, mas N/A
s et ia explosão proteção de EN14 madei dos silos
seg mento o protetivas possuem desvantagens
al; em silos de explosão, com 491 ra
ura descarre para como custos e
20 grandes ênfase em
nça gamento diminuir performance referente a
22 volumes grandes silos
dos silos os efeitos evolução lenta da
das explosão
explosões,
como
painéis de
ventilação.
Bem como
o
isolamento
da
explosão,
3
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
impedindo
a
propagaçã
o das
explosões
para outras
zonas com
atmosferas
explosivas
Importânci
a de
projetar
adequada
mente Durante
sistemas todo o
de processo Durante a retificação Exemplificação da
proteção , de dois componentes importância de
Mostrar o quão
de Me Poeir principa sistemas simultaneamente, identificar, prevenir e
Da Est custoso pode Sistema
explosão did as de lmente de onde só deveria ser Revisão dos mitigar incêndios,
vis ado ser uma má de
de poeira: as comp durante ventilação retificador um de procedimentos de deflagrações e
et s elaboração dos NFP aspiraçã
Caso de de Sim Real ensad o e N/A cada vez, foi gerada segurança sempre N/A explosões em toda N/A
al; Un sistemas de A o, filtro
estudo – seg o de funciona procedime uma fricção extra que for alterado o instalação a partir da
20 ido proteção de de
2014 fogo ura madei mento ntos de que emitiu uma processo aplicação das
19 s explosões de mangas
e explosão nça ra do segurança, fagulha que foi recomendações para
poeira
em sistema transportada para a controlar esse tipo de
indústria de baghouse perigo
de aspiraçã
manufatur o
a de
madeira
compensad
a
Avaliação Apesar da diretiva
Farin
do Avaliar a gestão Silos, ATEX ter sido
has,
gerenciam At de riscos de moinhos implementada em
Jan grãos
ento de mo explosão em , 2003, o estudo mostrou
ès Direti e
atmosferas sfer empresas de coletore Funcion que a existência de
et Fra va farelo
explosivas as uma região Sim Real s de amento N/A N/A N/A N/A N/A medidas protetivas N/A
al; nça ATE s de
em exp francesa que poeira, normal variou imensamente de
20 X comp
companhia losi possuam o equipam acordo com a cultura
22 ostos
s de vas processo de entos de segurança da
orgân
moagem: o moagem manuais empresa responsável,
icos
exemplo tendo ótimas gestões de
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Subst Condiç
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Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
da região risco em alguns casos e
de Île-de- total descaso com as
france atmosferas explosivas
em outros. 90% dos
incidentes são
incêndios e 10%
explosões, mas apesar
de menos numerosos
são os que causam
consequências mais
graves para os
empregados e
instalações
Prevenção Durante
Filtro
de fontes a
Discussão e s de
de ignição remoção Os filtros de mangas,
medidas mang
no uso de de de painéis e cassettes
Hö Poe presentes para as,
filtros de poeiras podem sem utilizados
din iras prevenir o mal casset
poeira sem Direti pelo como elementos
g Ale co funcionamento tes, Dentro
utilizar va Teóri sistema filtrantes desde que
et ma mb e as condições Sim painéi dos N/A N/A N/A N/A N/A N/A
inertização ATE ca de sejam respeitadas as
al; nha ustí iniciais de s filtros
para X aspiraçã condições para garantir
20 vei segurança de filtran
retirada de o que a prevenção de
16 s um filtro por tes e
poeiras levam o eletricidade estática no
todo seu tempo de
combustív material ambiente.
de vida mang
eis de até o
ueiras
gases filtro
Uma Design de Aplicou-se Não é
metodolog processo, um método uma
ia simples sistema de baseado no a causa primária é a avaliaçã
para controle de cálculo da autoignição do o
avaliar processo severidade material processado, profund
Mi Apresentação
riscos Mé Funcion com da ocasionando a a, deve-
ran de um método
específicos tod Direti amento alarme, explosão, liberação de camadas Foi desenvolvido um se
da Es empírico Leite
em o va Spray normal classificaç sensibilida que estavam método empírico de analisar
et pan simples para Sim Real pulve N/A N/A
explosão de ATE dryer do ão de de de depositadas junto às avaliação de risco de se o
al; ha uma avaliação rizado
de poeira aná X equipam zonas ignição e paredes e fornecendo explosão método
20 inicial de riscos
gerada em lise ento ATEX, índice de pós suficientes para supre as
15 de explosão
atmosferas camara explosivid gerar outras necessi
explosivas: com ade, sem explosões ainda mais dades
um estudo isolante, que precise fortes ou se é
de caso da ventilação de preciso
Galícia de medições algo
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Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
explosão, experiment mais
segurança ais de complet
instrument poeiras ou o
al, resposta simulações
dos complexas
operadores
, sistema
de
proteção
ativa,
deteção de
fogo e
pressões
elevadas
Perigos
inerentes,
relatório
pobre e
Não
aprendizad
houve
os
O artigo expõe nenhum
limitados
através do tipo de Dificuldade em avaliar
no setor de Oportunidades de
estudo de caso alteraçã as propriedades da
energia aprimoramento
que as normas o no poeira pois são um
com desperdiçadas,
para atmosferas processo subproduto, podendo
He biomassa Durante medidas de
At explosivas são após o ter granulometrias
adl sólida: Locais o segurança inerentes
mo insuficientemen primeiro diferentes de um dia
un Di caso de Direti Pallet de armazen foram ignoradas,
sfer te claras de acidente para o outro; Guias
d na estudo de va s de armazen amento havia falhas nas
as forma que as Sim Real N/A N/A N/A na para classificação de N/A
et ma uma roda ATE madei amento de determinações de
exp interpretações fábrica, áreas perigosas não são
al; rca de um X ra da poeiras áreas atex pois
losi dos leitores ou seja, completamente claros;
20 camião de poeira combust ignoravam operações
vas podem levá-los o Poeira combustível
14 carga íveis de trabalho, camiões
a tomar acidente apesar de alta
fazendo a não foram
medidas menos estava periculosidade não é
ignição de identificados como
eficientes na fadado a classificada como
poeira de fontes de ignição
segurança das acontece substância perigosa
madeira,
zonas r
ocasionand
novame
o uma
nte
explosão
fatal em
uma
manufatur
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Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
a de pellets
de madeira
São
utilizadas
duas
Avaliação estratégias A técnica diminui o
Ma integrada combinada tempo de execução de
rko de riscos Mé s para medidas de avaliação
Propor uma
ws de tod Direti realizar a de riscos em explosões,
Pol estratégia de
ki explosão o va Teóri avaliação o conjunto de medidas
ôni avaliação de Não N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A
et em locais de ATE ca de riscos podem ser utilizadas
a atmosferas
al; de trabalho aná X de como medida de
explosivas
20 em uma lise explosões, controlo antes da
19 planta de a primeira execução do manual de
processos sendo a atmosferas explosivas
ExSys e a
segunda a
ExLOPA
Pós
prove
Estimativa
niente
da
s de
probabilid Utilizando
estabi
ade de erro a nova A utilização da
lizado
humano metodolog metodologia ATEX-
Ge Mé Adicionar res
em áreas No Durante ia ATEX- HMI leva o utilizador a
ng tod fatores Direti alime
de interior as HMI para uma resposta mais
et Itál o humanos na va ntares
classificaç Sim Real de um operaçõ N/A ter uma N/A N/A N/A realista, pois é N/A
al; ia de avaliação e uma ATE ,
ões filtro de es resposta necessário avaliar uma
20 aná atmosfera X goma
ATEX- cartucho normais mais zona inteira sem levar
15 lise explosiva s,
HMI – de concisa da em consideração os
amido
THERP avaliação fatores humanos
se
para de riscos
outros
FUZZYC
ingre
REAM
diente
s
At Durante Mostra fatores comuns
Relatar as
Bu Investigaç mo operaçõ à vários acidentes, cita
informações Silo Durante a execução
rcu Tur ão de sfer No es recomendações de
obtidas através NFP de de um trabalho de
; qui explosão as Sim Real interior normais N/A N/A N/A N/A controle de poeiras, N/A
das A semol solda no topo do silo,
20 a de poeira exp do silo de controle de fontes de
investigações ina em uma área atex
16 na Turquia losi armazen ignição e controle de
de um acidente
vas amento danos
7
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
Olefi
n,
ácido
adípic Das cinco situações
Elencar os
o, onde houve incidentes
pontos
acetat com eletricidade
Fo relevantes para
Lições o de Durante estática, 2 ocasionaram
nte evitar a Em
Eg aprendidas Direti celulo as Descargas a ignição da atmosfera,
s repetição de tubagen
an; Fra de 5 va se, operaçõ eletrostáticas em em 2 a ignição poderia
de cinco incidentes Sim Real se N/A N/A N/A N/A N/A
20 nça incidentes ATE mistu es atmosferas acontecer, mas n
ign envolvendo misturad
16 eletrostátic X ra normais explosivas ocorreu e na última não
içã eletricidade ores
os infla de uso houve ignição mas o
o estática e
mável colaborador recebeu
atmosferas
de uma forte descarga
explosivas
gases elétrica
e
vapor
es
Demonstrar a
Energia
At influência da Em uma A presença de gases
mínima de Durante
Ad mo presença de câmara combustíveis diminui
ignição de Direti a
dai Ale sfer gases Exper de consideravelmente o
misturas va execuçã
; ma as combustíveis na Sim iment N/A combust N/A N/A Faísca eletrostática N/A N/A valor da energia N/A
híbridas de ATE o do
20 nha exp energia de al ão mínima de ignição
poeiras X experim
16 losi ignição de (Hartma como é mostrado no
combustív ento
vas nuvens de nn) experimento
eis e gases
poeira
Autoignição das
substâncias
armazenada deu
Serra origem ao fogo Os resultados da
Fo gem e dentro do silo e, investigação apontaram
explosões Descrever as Durante
Ru nte peque posteriormente, os riscos existentes na
de silos causas de um o
sso s nos durante o combate ao combustão latente de
Itál por fogo acidente NFP armazen
; de Sim Real comp Silo N/A N/A incendio, a abertura N/A N/A produtos porosos, como N/A
ia latentes: envolvendo a A amento
20 ign onent de uma das derivados de madeira,
estudo de explosão de um do
17 içã es de passagens de ar no durante o seu
caso silo material
o madei topo do silo armazenamento em
ra ocasionou o efeito espaços confinados
chaminé, levando
mais oxigénio para o
interior do silo e
8
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
criando uma grande
explosão
O artigo desconstrói 3
mitos relacionados às
Expor a explosões de poeiras,
Implementar um
importância do sendo eles: a
A primeira explosão sistema de
Me isolamento Sistema impossibilidade da
Est Propagaçã Condiçõ Sistema de foi iniciada em um isolamento das
Ta did entre de explosão se propagar
ado oe Poeir es aspiração e coletor de poeira e as atmosferas
vea as componentes aspiraçã Sistema de no sentido contrário ao
s isolamento NFP as de normais coleta da explosões explosivas para
u; de com atmosferas Sim Real o em aspiração, N/A fluxo do processo, a N/A
Un de A alumí de poeira não secundárias (mais que haja a
20 seg explosivas tubagen filtros impossibilidade de a
ido explosões nio operaçã estavam severas) foram minimização dos
17 ura geradas por s de explosão propagar-se
s de poeira o adequados propagadas pelo danos causados
nça poeira para processo em pequenas tubagens
sistema de aspiração por uma ignição
evitar explosões e a impossibilidade da
da atmosfera
secundárias explosão ser propagada
por tubagens que não
possuam poeira
O artigo expões uma
Coletar,
série de dados baseados
categorizar e
na análise de diversos
analisar
acidentes, sendo eles: o
acidentes
número de acidentes
envolvendo
envolvendo poeiras
explosões de
Explosões Poe combustíveis, com
Yu poeira de 1785 As principais fontes
de poeiras: iras exceção da China que
an a 2012 para Diver de ignição
Ca Uma co possuiu uma
et identificar NFP sas Diverso encontradas foram as
nad ameaça mb Sim Real N/A N/A N/A N/A N/A industrialização muito N/A
al; perigosos com A substâ s locais chamas nuas e calor
a aos ustí rápida sem que a
20 poeiras ncias emitido diretamente
processos vei cultura de segurança
15 combustíveis, nas poeiras
industriais s tenha evoluído
monitorar
simultaneamente, os
equipamentos
equipamentos mais
críticos e
críticos segundo as
reduzir a
estáticas são os
probabilidade
sistemas de aspiração e
de um acidente.
de transporte
Me Apresentar Sistema de São O artigo expões as
Est Aplicação
Ta did métodos de ventilação, sugerida principais medidas
ado de
vea as proteção contra sistema de s formas protetivas para impedir
s sistemas NFP Teóri
u; de explosões, Sim N/A N/A N/A ventilação N/A N/A N/A de se grandes danos devido à N/A
Un de A ca
20 seg incluindo sem ameniza uma explosão de
ido proteção
14 ura sistemas de chama, r os poeira, abordando as
s contra
nça ventilação, supressão danos principais diferenças e
9
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
explosões supressão e e causado vantagens de sistemas
de poeira isolamento, isolamento s pela de ventilação, sistemas
descrevendo ignição de ventilação sem
seus limites de da chamas e supressão,
aplicabilidade atmosfer além de explicar a
a importância de se
explosiv realizar o isolamento
a das partes do processo
durante um acidente
para que não haja
explosões secundárias.
Apresentar
como uma
sequência de
Uma
métodos São apresentados
estrutura
estruturados gráficos que expõe o
Ab quantitativ
Mé para comportamento da
us a de Silo de
tod quantificação Durante pressão máxima de
we Ca gerenciam Exper armazen
o do risco de Poliet o explosão quando há
r et nad ento de N/A Sim iment amento N/A N/A N/A N/A N/A N/A
de explosão podem ileno experim alterações nas
al; a risco para al de 400
aná reduzir as ento propriedades da poeira
20 explosões m3
lise consequências combustível, como a
11 de poeiras
de uma granulometria e
e misturas
explosão com concentração
híbridas
poeiras e
misturas
híbridas
Não é válido utilizar
apenas o parâmetro Kst
Escala de Mostrar que o para determinar e
violência parâmetro Kst caracterizar a situação
Poeir
de apesar de ser o de segurança de
Poe a de
explosões mais atmosferas com poeiras
Ec iras grão
de poeira comumente Durante combustíveis pois
kh No co Exper de
em escala utilizado não é Bomba o outros fatores ligados
of; rue mb N/A Sim iment trigo N/A N/A N/A N/A N/A N/A
experiment o critério mais de 20 L experim ao processo, como
20 ga ustí al e
al até uma adequado para ento turbulência e
14 vei farelo
escala se avaliar uma concentração, também
s de
industrial – explosão de afetam diretamente o
soja
um desafio poeiras comportamento das
histórico combustíveis explosões. As
informações do artigo
mostram que uma nova
10
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
metodologia de
predição de explosões
com poeiras é
necessária e que, no
futuro próximo, as
modelagens
computacionais podem
ser extremamente úteis
para esse fim.
Nas condições testadas,
o fogo sem chamas não
evoluiu para um fogo
com chama. As
temperaturas
alcançaram valores de
100 ºC e o calor gerado
Ge Investigaç Milho
fez com que os grãos
ntil ão At ,
fossem secados. Uma
ho experiment mo Investigar o trigo,
Durante rocha carbonizada foi
m al de fogos sfer comportamento Exper cevad 1 kW em uma
Fra Silo de o encontrada próxima da
me sem as do fogo sem N/A Sim iment a, N/A N/A resistência durante N/A N/A N/A
nça 1,7 m3 experim resistência, dificultando
et chamas em exp chamas em silos al colza várias horas
ento o acesso e sufocando o
al; silos losi subventilados e
fogo sem chama. O
20 subventila vas girass
artigo citou também a
18 dos ol
questão de a rocha estar
cheia de gases em seu
interior, podendo
causar um efeito
dominó de explosões
caso rache ou quebre
durante o manuseio
Um dos barris de São apresentados os
coleta de pó estava aspetos essenciais para
Responder o
Não havia corroído e, durante se compreender
Ec At que são Implementar um
Condiçõ nenhum os dois dias explosões de poeira,
kh Explosões mo explosões de Sistema sistema de
Poeir es tipo de anteriores ao incluindo fatores que
off No industriais sfer poeira e expor de limpezas
as de normais controle de acidente, fortes interferem na
el rue de poeira – as medições para N/A Sim Real aspiraçã N/A frequentes do N/A N/A
alumí de segurança chuvas fizeram com ignitabilidade e
al; ga uma breve exp prevenção e o de local para evitar
nio operaçã das que a água entrasse explosividade das
20 revisão losi proteção de poeiras explosões
o atmosferas em contato com o pó nuvens de poeira,
21 vas explosões de secundárias
explosivas de alumínio, gerando explosões primárias e
poeira
uma reação secundárias, efeitos de
exotérmica flashes de fogo,
11
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
misturas híbridas e
detonação de nuvens de
poeira. O caso exposto
exemplifica o quão
catastrófico pode ser
esse tipo de acidente, e
por isso mostra que
ainda é necessário
realizar mais pesquisas
referentes ao tópico
O artigo
mostra um
conjunto
de
ferramenta
s que
Comparar e podem e
Para se executar uma
contrastar as devem ser
Mu Como avaliação de riscos, é
Est Mé similaridades e utilizadas
rph conduzir importante que o
ado tod diferenças entre para
y uma avaliador conheça
s o perigos de NFP Teóri realizar
et análise de Não N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A aplique um conjunto de N/A
Un de processos A ca uma
al; perigos medidas que o auxiliem
ido aná químicos e análise de
20 associados a entender e estimar
s lise análise de poeiras
18 à poeira melhor os perigos que
perigos de combustív
estão expostos no local
poeira eis,
incluindo
tabelas,
fluxogram
as,
imagens e
escalas
Amid É possível realizar a
Mostrar que é
o de ignição de uma
possível gerar a
Si Ignição de Fo milho atmosfera empoeiradas
ignição de uma Foram utilizadas
mo zonas nte , a partir de ondas
atmosfera Em um Durante ondas ultrassónicas
n Ale empoeirad s estear ultrassónicas desde que
empoeirada a Teóri tubo de o de 20 kHz com
et ma as por de N/A Sim ato de N/A N/A N/A N/A estejam presentes N/A
partir de ondas ca Hartman experim comprimentos de
al; nha ondas ign cálcio materiais na zona que
ultrassónicas n ento onda de 17 mm e aos
20 ultrassónic içã e pó possam converter
em 20 ºC
12 as o de energia sonora em calor
determinadas
enxof e 12rincí de pressão
condições
re. sonora acima de 178
12
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
dB por mais de 5
segundos
As baterias do tipo
Hidro LTO são a solução
gênio mais segura entre as
Avaliar os tipos
produ baterias existentes,
mais seguros de
Seg zido porem devido ao seu
tecnologia de
Far ura pelo alto custo e baixo
baterias de lítio
and Baterias de nça Direti proce desempenho, tornam-se
e analisar se o Nas
a et Itál lítio para co va Teóri sso Ignição de um fogo a pouco competitivas no
sistema que Não próprias N/A N/A N/A N/A N/A N/A
al; ia atmosferas m ATE ca quími partir da bateria mercado. As baterias
gerencia a baterias
20 explosivas bat X cos LFP, por outro lado,
bateria pode
19 eria de garantem uma
remover os
s bateri segurança significativa
riscos residuais
as para o uso em zonas
de ignição
danifi atex 2/22, onda a
cadas atmosfera explosiva
não é constante
As
baterias A consequência mais
que severa que deve ser
Hidro apresent prevenida e mitigada é
Identificar os gênio am o superaquecimento,
perigos de produ defeitos que pode gerar
perigos
Seg incêndio e zido podem As motivações para incêndios e explosões.
Co nos
Est ura explosão que pelo criar haver a ignição da Em casos de incêndio o
nze sistemas
ado nça existem em proce uma atmosfera explosiva principal agente para
n de Nas
s co unidades de NFP Teóri sso atmosfer da bateria podem ser suprimir o fogo é a
et armazena Não próprias N/A N/A N/A N/A N/A
Un m armazenamento A 69 ca quími a superaquecimento, água, enquanto a forma
al; mento baterias
ido bat de baterias de cos explosiv carregamento mais eficiente de se
20 energético
s eria lítio e suas de aa excessivo ou danos controlar uma explosão
22 de baterias
s respetivas bateri partir mecânicos é garantindo as
de lítio
medidas de as dos condições de segurança
controle danifi eletrólit expostas na NFPA 69 e
cadas os 68, utilizando-se
inflamá normalmente sistemas
veis que de ventilação
possuem
Incidentes Seg Abordar as Módu Contain As seguintes ideias
Zal Est Durante
com ura condições que Exper lo de er de foram sugeridas
osh ado NFP o
armazena nça podem Sim iment bateri estocage N/A N/A Ignição forçada N/A N/A baseadas no estudo N/A
et s A sobrecar
mento de co ocasionar a al a m de realizado: a sugere que
al; Un regamen
energia m ignição de LiFeP baterias o curto-circuito das
13
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
ido com bat atmosferas O4 to das baterias e vazamento
s baterias de eria explosivas com baterias dos gases eletrolíticos
lítio s tendo como 8.8k devem ser utilizados
gatilho as Wh como chaves de
baterias de lítio monitoramento, e que
os layouts das
instalações devem ser
feitos baseados em
evitar o impacto direto
de uma possível
explosão
O artigo aborda a
Influência periculosidade de se ter
Expor, através Hidro
dos Aprimor um sistema de
de uma gênio
sistemas ar e ventilação deficiente
simulação produ
de garantir em uma sala de baterias
Seg computacional, zido
ventilação o e que, dependendo do
Brz ura que em casos de pelo Durante
em Salas de Elementos quentes funciona sistema de ventilação
ezi nça falha no sistema BS proce o
Pol perigoso Exper recarreg na sala, como mento escolhido, haverá uma
nsk co de ventilação EN sso carrega
ôni de Sim iment amento N/A N/A baterias N/A dos influência considerável N/A
a; m das salas de 62485 quími mento
a explosão al de sobreaquecidas ou sistemas no grau de remoção de
20 bat carregamento -2014 cos das
de baterias fogos nus de hidrogênio do
18 eria de bateria, de baterias
hidrogênio ventilaç ambiente. O artigo
s podem ser bateri
em sala de ão das também expõe que a
formadas as
baterias de salas de chave para evitar
atmosferas danifi
chumbo- bateria acidentes é a presença
explosivas cadas
ácido de um sistema de
deteção e ventilação
O modelo Determinar se
do queijo as componentes
Mé A interpretação do
Per suíço de do modelo são
tod modelo do queijo suíço
neg segurança compreendidas
Suí o Teóri varia
er; em da mesma N/A N/a N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A
ça de ca consideravelmente
20 incidentes: forma por
aná entre os profissionais
05 os buracos profissionais da
lise da área
estão na segurança e da
metáfora? qualidade
Avaliação Descrever os Condiçõ É feita Superfícies quentes,
Lis At A metodologia
de risco de aspetos Direti Indústri es uma chamas, partículas
i et mo Hidro permitiu identificar os
Itál atmosferas fundamentais va a normais avaliação ou gases quentes,
al; sfer Sim Real carbo N/A N/A N/A pontos críticos do N/A
ia explosivas da metodologia ATE petroquí de de risco da faíscas
20 as netos sistema e reduzir a
em locais baseada em X mica operaçã atmosfera incandescentes,
10 exp exposição dos
de trabalho uma avaliação o explosiva sistemas elétricos,
14
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
losi de risco proteção catódica, trabalhadores ao menor
vas probabilística e eletricidade estática, 15rinc possível
aplicação em descargas
um caso de atmosféricas, cabos
estudo sobreaquecidos
Apresentar
resultados
experimentais
da queima
Deteção de latente de
Vi fogos diversos O experimento mostrou
Me
nge latentes produtos que é possível detetar a
did
rho através da orgânicos, onde Poeir Durante elevação na
Bél as Exper
ets variação o tamanho, a as Laborat o concentração de CO
gic de N/A Sim iment N/A N/A Autoignição N/A N/A N/A
et da temperatura do organ ório experim quando o fogo latente
a seg al
al; concentraç foco do fogo e a icas ento está em um
ura
20 ão de disponibilidade equipamento com
nça
16 dióxido de de oxigénio aeração
carbono estão
relacionadas à
ignição de
dióxido de
carbono
Avanços Em comparação com as
Descrever o
nas janelas de alívio de
conceito e o
técnicas de Me pressão comuns, as
Sn design das
proteção did janelas anti-chama
oey janelas de alívio Janela de
Bél contra as Exper possuem o benefício é
s et de pressão sem NFP Durante alívio de
gic explosões de Sim iment N/A N/A N/A N/A N/A N/A a retenção de poeiras e N/A
al; chama e os A os testes pressão
a de poeira: seg al extinção da chama.
20 resultados dos sem chama
janelas de ura Dessa forma, reduzindo
12 testes
alívio de nça o ruído, onda de
conduzidos pela
pressão choque e radiação
Fike
sem chama térmica da explosão
Descrever
Prevenção O artigo mostra a
Me grandes
Est de importância crítica da
did explosões de
Fra ado explosões Durante Aprimorar o manutenção de um
as poeiras com um
nk; s de poeira e Indústri operaçõ sistema de ambiente industrial
de foco na N/A Sim Real N/A N/A N/A N/A N/A N/A
20 Un a as es limpeza das limpo e organizado
seg comumente
04 ido importânci normais instalações para evitar a formação
ura subconsiderada
s a crítica da de atmosferas
nça limpeza das
limpeza explosivas e,
instalações
15
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
das consequentemente,
instalações possíveis explosões
apresentar os
principais
pontos
relacionados às
O artigo apresenta um
explosões de
grande compilado de
poeira com
Explosões Poe informações técnicas
casos
Ab de poeiras iras sobre atmosferas
ilustrativos e
bas – casos, co explosivas e poeiras
Ind analises de
i; causas mb N/A Sim Real N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A combustíveis, citando N/A
ia acidentes
20 consequên ustí fontes de ignição,
passados para
06 cias e vei medidas de proteção e
mostrar a
controle s propriedades da poeira
frequência e
que influenciam na
potencial
explosividade
destrutivo das
explosões de
poeira no
mundo
O artigo
mostra
A prevenção e
uma
mitigação de explosões
abordag
de poeira podem ser
em
hierarquicamente
Causas, sistemát
organizadas da mais
prevenção Poe ica para
A Expor de efetiva para a menos da
e iras minimiz
my maneira geral seguinte forma:
Ca mitigação co ar os
ott os fatores que Teóri segurança inerente
nad de mb N/A Sim N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A efeitos N/A
e; podem causar ca (minimização,
a explosões ustí de um
20 uma explosão substituição,
de poeira: vei incident
10 de poeira moderação e
uma vista s e
simplificação),
geral envolve
segurança passiva,
ndo
segurança ativa e
atmosfer
procedimentos
as
operacionais seguros
explosiv
as
But Rei Efeitos Fo Trazer O artigo propõe A oportunidade de
Eletricidade estática
ter no eletrostátic nte informações Teóri alterações na melhoria exposta pelo
N/A Sim N/A N/A N/A N/A N/A produzida pelo N/A N/A
wo uni os com s embasadas para ca estrutura dos artigo para melhorar as
extintor de CO2
rth do extintores de reduzir os extintores de CO2 condições de segurança
16
Subst Condiç
Situa Local
Ident ância ão em
ção onde é Tratam
Au Te ificaç que que é
Norm real, gerada Medidas Avaliação ento da
tor ma ão da prod gerada
Paí as de exper a de da Causas da ignição Medidas atmosfe Limitaç
, Título pri Objetivos atmo uz a a Conclusão
s refer iment atmosfe protecção atmosfera da atmosfera corretivas ra ões
An nci sfera atmo atmosfe
ência al ou ra existentes explosiva explosiv
o pal explo sfera ra
teóric explosiv a
siva explo explosiv
a? a
siva a
et de CO2 ign perigos para reduzir a na utilização de
al; portáteis içã associados à probabilidade de extintores de CO2
19 o descarga de descargas mostra os problemas
80 extintores de eletrostáticas físicos que podem ser
CO2 em aliados no
atmosferas desenvolvimento de
explosivas. uma adaptação do
equipamento
É mostrada a distância
segura para estar em
uma possível explosão
de um recipiente de 20
m^3 para cada uma das
poeiras, sem considerar
os riscos que não são
Estabelecer as
relacionados à radiação
áreas em volta Content
Radiação térmica, como os
Ho Me das janelas de Seis or
térmica projéteis que podem ser
lbr did alívio de difere ventilad
Rei provenient Durante lançados ou a onda de
ow as pressão em que Exper ntes o de 20 Janela de
no e de o choque que pode
et de podem causar N/A N/A iment tipos m^3 e alívio de N/A Ignição forçada N/A N/A N/A
uni explosões experim derrubar uma pessoa.
al; seg lesões a pessoas al de outro pressão
do de janelas ento Essa distância de
20 ura devido às bolas poeira com
de alívio segurança não possui
00 nça de fogo que s 18,25
de pressão correlação com o Kst
podem ser m^3
ou outros parâmetros
geradas
de explosão, mas é
possível perceber uma
relação direta de
tamanho da bola de
fogo com o tamanho da
área da janela de alívio
de pressão
17
2 APÊNDICE 2 – TABELA RESULTADOS
18
3 APÊNDICE 3 - MANUAL DE PROTEÇÃO CONTRA EXPLOSÕES –
V&L
Carvalho, Edson 19
MANUAL DE PROTEÇÃO
CONTRA EXPLOSÕES
Elaborado por:
Edson Carvalho
Sumário
Glossário ..................................................................................................................................................................................... 5
Siglas ............................................................................................................................................................................................ 7
1. Introdução .............................................................................................................................................................................. 8
1.1 Aplicação ....................................................................................................................................................................... 8
1.1.1 Limites da aplicação ....................................................................................................................................... 8
1.2 Legislação, regulamentos e normas aplicáveis ................................................................................................. 9
1.3 Empresa .......................................................................................................................................................................... 9
1.3.1 Morada ................................................................................................................................................................ 9
1.3.2 Processo produtivo .......................................................................................................................................... 9
2. Definições gerais .............................................................................................................................................................. 14
2.1 Classificação das áreas perigosas ....................................................................................................................... 14
2.2 Fontes de ignição...................................................................................................................................................... 15
2.3 Classe de temperatura ............................................................................................................................................. 17
2.4 Classificação dos equipamentos.......................................................................................................................... 18
2.5 Classificação de substâncias inflamáveis......................................................................................................... 21
2.6 Metodologia de análise e avaliação de riscos (NTP 876); ......................................................................... 21
3. Substâncias inflamáveis e poeiras combustíveis ................................................................................................... 24
3.1 Gases, vapores e líquidos inflamáveis; ............................................................................................................. 24
3.2 Poeiras combustíveis ............................................................................................................................................... 24
4. Classificação de áreas perigosas ................................................................................................................................. 26
4.1 Listagem das áreas classificadas .............................................................................................................................. 26
4.2 Classificação das áreas ................................................................................................................................................ 26
4.2.1 Rede de gás natural; ............................................................................................................................................. 26
4.2.2 Produtos químicos inflamáveis; ....................................................................................................................... 27
4.2.3 Área de recarregamento de baterias; .............................................................................................................. 27
4.2.4 Processo produtivo e sistema de despoeiramento; .................................................................................... 27
4.3 Resumo das fontes de ignição presentes................................................................................................................ 29
4.4 Proteções de equipamento para zonas classificadas .......................................................................................... 31
5. Avaliação de riscos .......................................................................................................................................................... 35
5.1 Aplicação do método NTP 876 ........................................................................................................................... 35
6. Medidas de controlo existentes ................................................................................................................................... 38
7. Medidas recomendadas .................................................................................................................................................. 60
7.1 Contextualização das medidas de controlo recomendadas.............................................................................. 91
Apêndice 1 – Desenhos das áreas classificadas .............................................................................................................. 98
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Glossário
Siglas
1. Introdução
1.1 Aplicação
Levando em consideração os requisitos legais e danos que podem ser causados por
explosões e incêndios a partir de poeiras combustíveis e substâncias inflamáveis, a
Amorim Cork aplica a diretiva ATEX, para resguardar seus funcionários e proteger as
instalações desse risco. Esta diretiva foi transposta para o ordenamento jurídico português
pelo Decreto-Lei nº 236/2003, de 30 de setembro, tendo como principal objetivo
explicitar as regras de proteção dos trabalhadores contra os riscos de exposição a
atmosferas explosivas. Nela, são abordados temas pertinentes como sinalização de
segurança, avaliação dos riscos de explosão, prevenção e proteção contra explosões,
manual de proteção contra explosões, obrigações gerais do empregador, equipamentos e
sistemas de proteção e trabalho em áreas classificadas como perigosas.
Não são abrangidas por este documento os riscos de explosão que não estejam
definidos na Diretiva 1992/92/CE, como:
- As áreas utilizadas diretamente no tratamento médico de doentes;
- A utilização de aparelhos de gás, em conformidade com a Diretiva 90/396/CE;
- O fabrico, manipulação, utilização, armazenagem e transporte de explosivos ou
de substâncias quimicamente instáveis;
- As indústrias extrativas abrangidas pelas Diretivas 92/91/CE ou 92/104/CE;
- A utilização de meios de transporte terrestre, marítimo e aéreo aos quais se aplicam
as disposições pertinentes de acordos internacionais (por exemplo ADNR, ADR,
ICAO, OMI, RID), e as diretivas comunitárias que lhes dão aplicação;
Não são excluídos os meios de transporte destinados à utilização em atmosferas
potencialmente explosivas.
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1.3 Empresa
1.3.1 Morada
Figura 2 - SVE
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Figura 4 - Ponçadeira
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Após a retificação das dimensões da rolha, uma etapa feita exclusivamente para a
remoção do TCA é realizada, o Naturity. Esse processo, desenvolvido pela Amorim,
garante que 99,9% das rolhas estejam sem o composto. As rolhas que saem do Naturity
caem em uma esteira rolante até uma girafa (Figura 5) e, antes de entrarem nos contentores,
são sujeitas à aspiração. O processo do Naturity possui um ponto negativo que é a alta
remoção da humidade das rolhas, tornando-as quebradiças. Por isso, as rolhas voltam a
passar por uma estufa super ROSA para adequarem suas humidades.
A última triagem feita no processo é a escolha eletrônica (Figura 8), onde uma máquina
equipada com lasers e leds faz a leitura de cada rolha e a classifica em uma das categorias
existentes. As rolhas classificadas seguem então para a embalagem onde são empacotadas
em sacos de 5 mil rolhas. Para finalizar o processo, são retiradas amostras desses sacos
para serem analisados no laboratório com o objetivo de garantir que as rolhas estejam em
conformidade com o pedido do cliente.
Se alguma das características das rolhas não estiver em conformidade, uma reinserção
no processo produtivo será feita a partir da etapa relacionada à característica identificada.
Caso contrário, a rolha seguirá para comercialização.
2. Definições gerais
De acordo com a norma europeia EN 1127-1, existem treze possíveis tipos de fonte
de ignição, mas a depender da atividade da organização ou até mesmo do setor em que a
atmosfera explosiva está inserida, nem todas estarão presentes no local de risco.
➢ Superfícies quentes (SQ): Se uma atmosfera explosiva entrar em contacto com
uma superfície quente a ignição pode ocorrer. Não só uma superfície quente
por si própria pode agir como fonte de ignição, como também uma camada de
poeira combustível em contacto com uma superfície quente e incendiado pela
mesma pode agir como fonte de ignição para uma atmosfera explosiva.
➢ Chamas e gases quentes (CH/GQ): As chamas estão associadas às reações de
combustão a temperaturas superiores a 1000 ºC. Os gases quentes são
produzidos como produtos de reação e, no caso de poeira e/ou chamas
fuliginosas também são produzidas partículas sólidas ardentes.
➢ Faíscas geradas mecanicamente (FGM): A utilização de ferramentas que
possam produzir faíscas geradas mecanicamente pode provocar a ignição de
substâncias inflamáveis.
➢ Aparelhos elétricos (AE): No caso de aparelhos elétricos, as faíscas elétricas
e as superfícies quentes podem ocorrer como fontes de ignição. As faíscas
elétricas podem ser geradas, por exemplo: quando os circuitos elétricos são
abertos e fechados; por ligações soltas e/ou por correntes de fuga.
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Figura 10 - Correlação entre espessura da camada e temperatura de ignição. Adaptado de (IEC, 2013)
Nível de
proteção do Proteção
Grupo Performance da proteção Condições de operação
equipament proporcionada
o
anómalas previamente identificadas ou
não
O equipamento permanece em
Dc Normal Adequado para operações normais
funcionamento em zonas 22
O tipo de substância presente, seja ela poeira, gás, névoa ou vapor, também irá
influenciar no tipo de equipamento permitido naquela zona, necessitando o
enquadramento da mesma nos grupos a seguir de acordo com suas propriedades. Os gases,
névoas e vapores possuem como parâmetro balizador a sua energia mínima de ativação,
mas do ponto de vista da elétrica não é possível a caracterização das poeiras com a mesma
precisão. Por isso, é utilizado a resistividade elétrica das poeiras para que seja feita a sua
classificação.
a de ebulição
temperatura
explosividad
explosividad
ignição (mJ)
Temperatur
Temperatur
ignição (ºC)
superior de
inflamação
máxima de
Substância
inferior de
mínima de
Densidade
a de auto-
e (% Vol)
e (% Vol)
Grupo de
Classe de
Ponto de
explosão
explosão
Energia
relativa
Pressão
(Ar=1)
Limite
Limite
(bar)
(ºC)
(ºC)
Gás
Natural -223 5 15 0.6625 540 -161.5 0.29 IIA T1 8.1
(G)
Hidrogénio
- 4 77 0.07 560 -252.8 - IIC T1 8.3
(G)
Álcool
16 3.3 19 1.59 400 78 - - T2 -
(96%) (L)
A produção de rolhas de cortiça, seja ela natural ou técnica, gera uma elevada
quantidade de poeira durante quase todos os processos até obter-se o produto final. Essa
poeira possui uma série de propriedades combustíveis que vão torná-la uma ameaça à da
segurança dos trabalhadores e das instalações e, por isso, deverão ser tomadas medidas
para que haja um controle sobre sua presença, manuseio e armazenamento.
Dentro das instalações da Amorim Cork, a granulometria média da poeira residual de
cortiça possui 42 µm de diâmetro segundo os dados da própria empresa, esse parâmetro
é importante pois está associado à concentração mínima de explosão (CME) da
substância. A CME do pó da cortiça permanece inalterado para diâmetros de até 180 µm,
o que é favorável para as considerações necessárias já que em processos industriais o
diâmetro da partícula não é um valor tão constante.
O relatório da HVBG mostra que a CME do pó de cortiça é de 30 g/m^3. Isso significa
que, caso os procedimentos de limpeza da instalação sejam de tal formas eficientes ao
ponto de que não haja essa quantidade na instalação, o vértice do hexágono do fogo
associado à concentração não estará presente, retirando o perigo da explosão. O relatório
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também elenca os valores da pressão máxima de explosão e o parâmetro Kst, que são
essenciais para a determinação da gravidade da explosão da poeira em questão.
A temperatura mínima de ignição e a temperatura mínima de ignição em camada
também são descritas no relatório. Esses parâmetros são importantes para a determinação
da temperatura limite que os equipamentos e máquinas podem alcançar sem trazer riscos
de deflagração das poeiras presentes.
O último parâmetro pertinente para a avaliação da perigosidade da poeira é a energia
mínima de ignição (EMI), que indica o quão susceptível à ignição eletrostática o material
é. A EMI para a poeira de cortiça equivale a 35 mJ e torna o combate à eletricidade
estática nas atmosferas explosivas essencial para impedir sua ignição. Levando em
consideração que o corpo humano é capaz de produzir até 30 mJ e é conhecido que
descargas eletrostáticas em situações industriais normais alcançam valores de até 100 mJ,
a EMI da poeira de cortiça é suficiente para o perigo de ignição eletrostática seja levado
em consideração.
Pó de
42 30 9.6 202 470 300 35
cortiça
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Posto de
redução e
medição Exterior do posto de
Secundária Alta Razoável 2 Negligenciável
redução
Totalidade do
Interior do respiro Primária Baixa Insuficiente 1
interior
Gás natural
Saída do respiro Secundária Alta Razoável 2 Negligenciável
Esfera com 3 m
Área em volta das
de raio a partir
flanges no interior da Secundária Média Razoável 2
do centro da
Flanges da unidade
flange
tubagem
Segundo o código de classificação de áreas para instalações que lidam com fluidos
inflamáveis (IP15), as áreas que contenham volumes superiores a 25 litros de inflamáveis
devem ser classificadas. O volume presente no laboratório é de, usualmente 80 litros,
obrigando a classificação da zona do local, mesmo que os bidões se mantenham
maioritariamente do tempo fechados. As classificações das zonas geradas por álcool
etílico estão expostas na Tabela 10.
Secção ou
Substância Equipamento Fuga Diluição Ventilação Zona Extensão
Momento
Secção ou
Substância Equipamento Fuga Diluição Ventilação Zona Extensão
Momento
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Zona 0 Zona 1 Zona 2 Zona 20 Zona 21 Zona 22
De acordo com a norma europeia 1127-1, existem treze possíveis tipos de fonte de
ignição, mas nem todas foram identificadas nas instalações da unidade industrial
Vasconcelos & Lyncke. Das 13 fontes de ignição, apenas 7 foram identificadas na V&L,
sendo elas as superfícies quentes (SQ), chamas e gases quentes (CH/GQ), faíscas geradas
mecanicamente (FGM), aparelhos elétricos (AE), eletricidade estática (EE), descargas
atmosféricas (DA) e reações exotérmicas (RQ). A Figura 12 mostra o gráfico com a
presença de cada uma dessas 7 fontes de ignição identificadas nas zonas ATEX
identificadas.
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40
20
0
SQ CH/CQ FGM AE EE DA RQ
Figura 12 - Presença das fontes de ignição identificadas nas zonas ATEX da V&L
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De acordo com a classificação das zonas e substância que está associada a esse local de risco, a norma IEC 60079-14 determina quais
propriedades os equipamentos que serão utilizados precisam possuir. A listagem das características dos equipamentos de acordo com a
codificação criada para cada zona pode ser encontrada na Tabela 14.
Tabela 14 - Requisito dos equipamentos para uso em zonas classificadas
4.3 SVE Interior do SVE Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
4.5 Retificadora Interior da retificadora Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
4.7 Topejadeira Zona de corte Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
Área envolvente da
4.8 Topejadeira Pó de cortiça 21 IIIB Da, Db Não aplicável 300 470
topejadeira
Interior do sistema de
4.9 Ciclone Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
aspiração
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4.10 Ciclone Interior do ciclone Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
4.11 Ciclone Big bags de coleta Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
4.12 Ciclone Saída de ar do ciclone Pó de cortiça 21 IIIB Da, Db Não aplicável 300 470
Entrada do sistema de
4.13 VSR Pó de cortiça 22 IIIB Da, Db, Dc Não aplicável 300 470
aspiração
Entrada do sistema de
4.14 Vibrador Pó de cortiça 21 IIIB Da, Db Não aplicável 300 470
aspiração do vibrador
Área envolvente do
4.15 Vibrador Pó de cortiça 22 IIIB Da, Db, Dc Não aplicável 300 470
vibrador
Entrada do sistema de
4.16 Escolha eletrónica Pó de cortiça 21 IIIB Da, Db Não aplicável 300 470
aspiração da escolha
Área envolvente da
4.17 Escolha eletrónica Pó de cortiça 22 IIIB Da, Db, Dc Não aplicável 300 470
escolha
4.19 Filtro 01 Lado sujo Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
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4.20 Filtro 01 Lado limpo Pó de cortiça 22 IIIB Da, Db, Dc Não aplicável 300 470
4.23 Filtro 02 Lado sujo Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
4.24 Filtro 02 Lado limpo Pó de cortiça 22 IIIB Da, Db, Dc Não aplicável 300 470
4.25 Casa do pó Interior da casa do pó Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
4.26 Casa do pó Exterior da casa do pó Pó de cortiça 21 IIIB Da, Db Não aplicável 300 470
4.27 Casa do pó Sistema de aspiração Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
Interior da cova da
4.28 Nora Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
nora
4.29 Nora Interior da nora Pó de cortiça 20 IIIB Da Não aplicável 300 470
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5. Avaliação de riscos
Ao aplicar a metodologia NTP 876, foi possível construir a tabela exposta na Tabela
15. Os dados retirados da tabela permitiram construir o gráfico da Figura 13, em que
mostra a quantidade de zonas que foram enquadradas em cada um dos 4 níveis de risco
estipulados pelo método NTP 876 (baixo, médio, alto e muito alto).
Tabela 15 - Aplicação da metodologia NTP 876
Probabilidade Severidade
Codificação Secção ou Probabilidade
Equipamento Zona de da Risco
da zona momento de ignição
materialização consequência
Posto de Possível ignição
redução e Interior do posto em caso de
1.1
medição de gás de redução
1
disfunção ou
Média Alta Alto
natural falha previsível
Posto de Possível ignição
redução e Exterior do em caso de
1.2
medição de gás posto de redução
2
disfunção ou
Baixa Alta Alto
natural falha previsível
Posto de Possível ignição
redução e Interior do em caso de
1.3
medição de gás respiro
1
disfunção ou
Média Alta Alto
natural falha previsível
Posto de Possível ignição
redução e em caso de
1.4
medição de gás
Saída do respiro 2
disfunção ou
Baixa Alta Alto
natural falha previsível
Área em volta Possível ignição
Flanges da das flanges no em caso de
1.5
tubagem interior da
2
disfunção ou
Baixa Alta Alto
unidade falha previsível
Área em volta Possível ignição
Flanges da das flanges no em caso de
1.6
tubagem exterior da
2
disfunção ou
Baixa Alta Alto
unidade falha previsível
Área Possível ignição
Carregadores imediatamente em caso de
2.1
de bateria acima das
2
disfunção ou
Baixa Alta Alto
conexões falha previsível
Possível ignição
Área de
Bidões de em caso de
3.1
álcool
armazenamento 1
disfunção ou
Baixa Alta Alto
de álcool
falha previsível
Entrada do Possibilidade de
sistema de ignição em Muito
4.1 SVE 21 Alta Alta
aspiração da funcionamento alto
SVE normal
Entrada do Possibilidade de
sistema de ignição em Muito
4.2 SVE 21 Alta Alta
aspiração da funcionamento alto
SVE normal
Possibilidade de
ignição em Muito
4.3 SVE Interior do SVE 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
normal
Área envolvente Possível ignição
4.4 SVE
dos SVE
22
em caso de
Baixa Alta Alto
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Probabilidade Severidade
Codificação Secção ou Probabilidade
Equipamento Zona de da Risco
da zona momento de ignição
materialização consequência
disfunção ou
falha previsível
Possibilidade de
Interior da ignição em Muito
4.5 Retificadora 20 Muito alta Alta
retificadora funcionamento alto
normal
Possível ignição
Área envolvente em caso de
4.6 Retificadora
das retificadoras
22
disfunção ou
Baixa Alta Alto
falha previsível
Possibilidade de
ignição em Muito
4.7 Topejadeira Zona de corte 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
normal
Possível ignição
Área envolvente em caso de
4.8 Topejadeira
da topejadeira
21
disfunção ou
Baixa Alta Alto
falha previsível
Possibilidade de
Interior do
ignição em Muito
4.9 Ciclone sistema de 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
aspiração
normal
Possibilidade de
Interior do ignição em Muito
4.10 Ciclone 20 Muito alta Alta
ciclone funcionamento alto
normal
Possibilidade de
Big bags de ignição em Muito
4.11 Ciclone 20 Muito alta Alta
coleta funcionamento alto
normal
Possível ignição
Saída de ar do em caso de
4.12 Ciclone
ciclone
21
disfunção ou
Baixa Alta Alto
falha previsível
Possível ignição
Entrada do
em caso de
4.13 VSR sistema de 22
disfunção ou
Baixa Alta Alto
aspiração
falha previsível
Entrada do Possível ignição
sistema de em caso de
4.14 Vibrador
aspiração do
21
disfunção ou
Média Alta Alto
vibrador falha previsível
Possível ignição
Área envolvente em caso de
4.15 Vibrador
do vibrador
22
disfunção ou
Baixa Alta Alto
falha previsível
Entrada do Possibilidade de
Escolha sistema de ignição em Muito
4.16 21 Muito alta Alta
eletrónica aspiração da funcionamento alto
escolha normal
Possível ignição
Escolha Área envolvente em caso de
4.17
eletrónica da escolha
22
disfunção ou
Baixa Alta Alto
falha previsível
Possibilidade de
ignição em Muito
4.18 Tubagens Tubagens 20 Muito alta Média
funcionamento alto
normal
Possibilidade de
ignição em Muito
4.19 Filtro 01 Lado sujo 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
normal
Possível ignição
em caso de
4.20 Filtro 01 Lado limpo 22
disfunção ou
Média Média Alto
falha previsível
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Probabilidade Severidade
Codificação Secção ou Probabilidade
Equipamento Zona de da Risco
da zona momento de ignição
materialização consequência
Possibilidade de
ignição em Muito
4.21 Mini-silo Mini-silo 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
normal
Possibilidade de
ignição em Muito
4.22 Silo Silo 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
normal
Possibilidade de
ignição em Muito
4.23 Filtro 02 Lado sujo 20 Muito alta Alta
funcionamento alto
normal
Possível ignição
em caso de
4.24 Filtro 02 Lado limpo 22
disfunção ou
Média Média Alto
falha previsível
Possibilidade de
Interior da casa ignição em Muito
4.25 Casa do pó 20 Muito alta Muito alta
do pó funcionamento alto
normal
Possibilidade de
Exterior da casa ignição em Muito
4.26 Casa do pó 21 Alta Muito alta
do pó funcionamento alto
normal
Possibilidade de
Sistema de ignição em Muito
4.27 Casa do pó 20 Muito alta Muito alta
aspiração funcionamento alto
normal
Possibilidade de
Interior da cova ignição em Muito
4.28 Nora 20 Muito alta Muito alta
da nora funcionamento alto
normal
Possível ignição
em caso de Muito
4.29 Nora Interior da nora 20 Alta Muito alta
disfunção ou alto
falha previsível
20
15
10
0
Baixo Médio Alto Muito alto
Na V&L, as zonas de atmosferas explosivas são geradas principalmente por 4 substâncias (gás natural, álcool etílico, hidrogénio e o pó de
cortiça) e em todos os locais em que há a presença desses compostos perigosos existem medidas de controlo a fim de reduzir o risco de acidentes.
A Figura 14 mostra o total de medidas de controlo diferentes tomadas na unidade industrial, ou seja, medidas iguais em situações diferentes não
são duplamente contabilizadas. Enquanto isso, a lista completa de medidas de proteção pode ser encontrada na Tabela 16.
7
6
5
4
3
2
1
0
Atmosferas SQ CH/CQ FGM AE EE DA RQ Redução de Outras
Explosivas danos de formas de
explosões controlo
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
Controlo da formação de atmosferas
• Inspeção de segurança periódica;
explosivas
• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Meios de combate a incêndio nas proximidades
• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades
• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Ligação à terra;
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades
Controlo das
AE • Carregadores de bateria certificados;
Área fontes de ignição
Carregadores de imediatamente
2.1 2 EE • Utilização de calçado anti-estático;
baterias acima das
conexões
DA Não foram identificadas medidas de controlo
RQ • Inspeções preventivas nas baterias e carregadores;
• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Área de
Controlo da formação de atmosferas • Utilização do álcool apenas por pessoas autorizadas;
3.1 Bidões de álcool armazenamento 2
explosivas • Bidões dispostos em um único local;
de álcool
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades
Controlo das
AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Redução de danos de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
4.3 SVE Interior do SVE 20 • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
CH/CQ
Controlo das • Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
fontes de ignição
SQ • Manutenções periódicas dos equipamentos;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Proibição de inserção de ferramentas não especificadas para desencravar rolhas ou realizar
FGM
qualquer outra intervenção com a máquina em operação;
AE Não foram identificadas medidas de controlo
• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Manutenções periódicas dos equipamentos;
SQ
• Sistema de desligamento de motores quando sobreaquecidos;
• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
CH/CQ
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
• Sistema de troca automática do fluxo de discos de cortiça proveniente do ciclone;
explosivas
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
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Manual de proteçao contra
explosoes – V&L Rev. N.º Data
0 01/06/2023
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Proibição de fumar e foguear nas proximidades;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
AE Não foram identificadas medidas de controlo
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Sistema GreCom;
CH/CQ
• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das
AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
Tubagens de
4.18 Tubagens 20 • Ligação à terra;
despoeiramento EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
4.19 Filtro 01 Lado sujo 20
Controlo das
SQ • Manutenção periódica do sem-fim;
fontes de ignição
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Manual de proteçao contra
explosoes – V&L Rev. N.º Data
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
AE Não foram identificadas medidas de controlo
• Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
• Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Controlo de possíveis de explosões • Sistema de arrefecimento externo;
• Sistema de inundação interna;
• Localizado no exterior da unidade;
• Janelas de alívio de pressão;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
• Ligação à terra;
EE
4.20 Filtro 01 Lado limpo 22 • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
• Simulacros periódicos;
Controlo de possíveis de explosões • Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Sistema de arrefecimento externo;
• Sistema de inundação interna;
• Localizado no exterior da unidade;
Pagina 55
Manual de proteçao contra
explosoes – V&L Rev. N.º Data
0 01/06/2023
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Janelas de alívio de pressão;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
• Ligação à terra;
EE
4.22 Mini-silo Mini-silo 20 • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
• Simulacros periódicos;
Controlo de possíveis de explosões
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Sistema de arrefecimento externo;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
4.22 Silo Silo 20 • Ligação à terra;
EE
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Sistema de arrefecimento externo;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Sistema de inundação interna;
• Janelas de alívio de pressão;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
SQ • Manutenção periódica do sem-fim;
CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
Controlo das FGM Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição AE Não foram identificadas medidas de controlo
• Ligação à terra;
EE
4.23 Filtro 02 Lado sujo 20 • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
• Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Controlo de possíveis de explosões • Sistema de arrefecimento externo;
• Sistema de inundação interna;
• Localizado no exterior da unidade;
• Janelas de alívio de pressão;
Outras formas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
Não foram identificadas medidas de controlo
explosivas
CH/CQ • Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
4.24 Filtro 02 Lado limpo 21
Controlo das FGM Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição AE Não foram identificadas medidas de controlo
EE • Ligação à terra;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
• Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Controlo de possíveis de explosões • Sistema de arrefecimento externo;
• Sistema de inundação interna;
• Localizado no exterior da unidade;
• Janelas de alívio de pressão;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo da formação de atmosferas
• Sistema de aspiração;
explosivas
SQ Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
• Exigência de autorização para realizar trabalhos com fogos nus no local;
CH/CQ
• Sinalização de uso de corta-chamas para camiões;
Controlo das FGM Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição AE Não foram identificadas medidas de controlo
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo existentes
da zona momento
SQ Não foram identificadas medidas de controlo
CH/CQ Não foram identificadas medidas de controlo
FGM Não foram identificadas medidas de controlo
Controlo das AE Não foram identificadas medidas de controlo
fontes de ignição
EE • Utilização de calçado anti-estático;
DA Não foram identificadas medidas de controlo
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
• Plano de evacuação;
Controlo de possíveis de explosões • Simulacros periódicos;
• Meios de combate a incêndio nas proximidades;
Outras formas de controlo Não foram identificadas medidas de controlo
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explosoes – V&L Rev. N.º
0
7. Medidas recomendadas
Tabela 17 - Medidas de controlo recomendadas para atenuar os riscos relacionados às atmosferas explosivas
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
Controlo da formação de
• Adicionar um sensor de gás capaz de cortar o fornecimento em caso de vazamento;
atmosferas explosivas
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;
Controlo das • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
Posto de redução e
medição de gás
natural EE • Utilização de fato e calçado anti-estático para intervir no local;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
Posto de redução e CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
1.3 medição de gás Interior do respiro 1
natural
Controlo das FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;
fontes de ignição
AE • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;
Posto de redução e
1.4 medição de gás Saída do respiro 2
Controlo das • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
natural
fontes de ignição AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
SQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
CH/CQ • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local;
Controlo das • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões • Utilizar barreiras físicas no local para manter a desobstrução da zona;
Controlo da formação de
• Redução dos bidões de álcool para volumes inferiores a 20 litros;
atmosferas explosivas
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
Entrada do • Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
sistema de
4.1 SVE aspiração da SVE 21
Controlo das FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
(X )
fontes de ignição
• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Proibição de utilização de ar comprimido para limpeza da zona.
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
Entrada do FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
sistema de
4.2 SVE 21
aspiração da SVE • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
(XØ) Controlo das
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
fontes de ignição
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
SQ Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
Controlo das • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
4.3 SVE Interior do SVE 20
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
FGM Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
Interior da
4.5 Retificadora 20 • Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
retificadora
Controlo das SQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
fontes de ignição • Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
CH/CQ Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
Área envolvente • Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
4.6 Retificadora 22
das retificadoras
Controlo das
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
fontes de ignição
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
4.7 Topejadeira Zona de corte 20 FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
Controlo das
fontes de ignição
• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
DA • Implementação de para-raios;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
Controlo da formação de
Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
atmosferas explosivas
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
4.10 Ciclone Interior do ciclone 20 CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
Controlo das • Sinalização ATEX;
fontes de ignição
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
Pagina 75
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0 01/06/2023
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ
• Sinalização de proibição de fumar ou foguear no local;
• Sinalização ATEX;
4.11 Ciclone Big bags de coleta 20 FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
Controlo das
fontes de ignição
AE • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
DA • Implementação de para-raios;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
Controlo das
AE • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição
Saída de ar do EE • Utilização de fato anti-estático;
4.12 Ciclone 22
ciclone
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Entrada do
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
4.13 VSR sistema de 22
atmosferas explosivas atualmente;
aspiração
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
Entrada do • Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
sistema de CH/CQ
4.14 Vibrador 21 características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local.
aspiração do
vibrador Controlo das
fontes de ignição FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
Área envolvente CH/CQ
4.15 Vibrador 22 características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local.
do vibrador
Controlo das
fontes de ignição FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local.
Entrada do
sistema de FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
4.16 Escolha eletrónica 20
aspiração da
escolha Controlo das
fontes de ignição • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
DA • Implementação de para-raios;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Controlo da formação de • Aprimorar o procedimento de limpeza para que contemple superfícies que não são aspiradas
atmosferas explosivas atualmente;
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local.
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local
Área envolvente Controlo das • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
4.17 Escolha eletrónica 22 fontes de ignição AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
da escolha
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Outras formas de controlo • Formação em ATEX para funcionários, prestadores de serviço e visitantes;
• Formação em ATEX especializada para o setor de manutenção;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Instruções de trabalho contendo informações ATEX pertinentes.
Controlo da formação de
• Redução da periodicidade das limpezas aéreas;
atmosferas explosivas
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ
• Analisar rotineiramente os relatórios do sistema GreCom para identificar oportunidades de
melhoria;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.
Controlo das
• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição
Tubagens de AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
4.18 Tubagens 20
despoeiramento adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
EE • Obrigação do uso de calçado e fato anti-estático durante a aspiração das tubagens aéreas;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Instalação de sondas de temperatura para controlar em tempo real possíveis fontes de ignição no
interior do filtro;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ
• Instalação de sondas de temperatura para controlar em tempo real possíveis fontes de ignição no
interior do Mini-silo;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ • Instalação de sondas de temperatura para controlar em tempo real possíveis fontes de ignição no
interior do silo;
• Sinalização ATEX;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.
Controlo das
fontes de ignição • Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
4.22 Silo Silo 20 AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ
• Instalação de sondas de temperatura para controlar em tempo real possíveis fontes de ignição no
interior do filtro;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.
Controlo das
• Proibição do uso de equipamentos não adequados para a zona classificada;
fontes de ignição
AE • Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
4.24 Filtro 02 Lado limpo 21
Controlo das
fontes de ignição FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Envio de alerta aos prestadores de serviço sobre a necessidade da utilização de equipamentos
adequados caso seja pretendido intervir em zona ATEX;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Obrigatoriedade do uso de fatos e botas antiestáticas por todos os colaboradores envolvidos nas
proximidades da casa do pó durante a descarga.
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios.
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
• Obrigatoriedade do uso de fatos e botas antiestáticas por todos os colaboradores envolvidos nas
EE
proximidades da casa do pó durante a descarga;
Sistema de Controlo da formação de
4.27 Casa do pó 20 • Aumento do caudal do sistema de aspiração;
aspiração atmosferas explosivas
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ
características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.
• Obrigatoriedade do uso de fatos e botas antiestáticas por todos os colaboradores envolvidos nas
EE
proximidades da casa do pó durante a descarga;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Controlo da formação de
• Instalação de um sistema de aspiração mais eficiente no interior na cova;
atmosferas explosivas
SQ • Substituição do motor do sem-fim por um que seja adequado para a zona classificada.
Interior da cova
4.28 Nora 20
da nora Controlo das • Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
fontes de ignição características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
CH/CQ
• Implementação de um sensor de temperatura no interior da cova;
• Instalar iluminação apropriada para zonas ATEX;
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Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.
• Obrigatoriedade do uso de fatos e botas antiestáticas por todos os colaboradores que forem adentrar
EE
na cova.
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
• Alteração das autorizações de fogos nus para uma melhor caracterização dos espaços ATEX e das
CH/CQ características necessárias para os equipamentos e ferramentas serem utilizados no local;
• Sinalização ATEX;
4.29 Nora Interior da nora 20
Controlo das
fontes de ignição FGM • Exigência de autorização para realização de qualquer tipo de trabalho ou intervenção no local.
Codificação Secção ou
Equipamento Zona Tipologia do controlo Medidas de controlo recomendadas
da zona momento
EE • Obrigação do uso de calçado e fato anti-estático para realizar qualquer tipo de trabalho na nora;
• Implementação de para-raios;
DA
• Manutenção anual preventiva dos para-raios;
Redução de danos de explosões Não foram recomendadas medidas de controlo com essa tipologia.
Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas
Aprimorar o
Algumas superfícies nas proximidades das máquinas
procedimento de
possuem camadas constantes de poeira; ao acompanhar
limpeza para que
a limpeza da máquina foi identificado que existem partes
contemple superfícies
empoeiradas que são negligenciadas pelo procedimento
que não são aspiradas
de limpeza.
atualmente;
Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas
Realização de estudos
periódicos para Baterias mais modernas utilizando outras substâncias e
identificar a viabilidade reações químicas podem se tornar a melhor alternativa
de utilização de outros para eliminar o perigo associado à emissão do
tipos de bateria que não hidrogénio durante o carregamento de baterias.
emitam H2;
Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas
Alteração das
autorizações de fogos
nus para uma melhor As atuais autorizações são feitas sem o cuidado de
caracterização dos sinalizar a presença de atmosferas explosivas e as
espaços ATEX e das ferramentas que podem ser utilizadas naquele local.
características
necessárias para os Imagem: modelo de autorização de trabalho com fogos
equipamentos e nus atual
ferramentas serem
utilizados no local;
Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas
Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas
Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas
Medidas de controlo
Imagem representativa Contextualização
recomendadas
Formação em ATEX O setor de manutenção e os caldeireiros devem possuir
especializada para o uma formação mais profunda pois estão frequentemente
setor de manutenção e em contato com as zonas explosivas e, muitas vezes, são
responsáveis pela os principais facilitadores da presença de fontes de
caldeira; ignição.
As áreas ATEX precisam ser compreendidas pelos
Instruções de trabalho colaboradores com sua devida relevância e nível de
contendo informações perigo. As instruções de trabalho que serão executadas
ATEX pertinentes. em locais ATEX devem conter informações sobre áreas,
equipamentos e comportamentos seguros.
A planta abaixo mostra todas as zonas da unidade industrial Vasconcelos & Lyncke onde as atmosferas explosivas estao presentes.
Em laranja, estao as indicaçoes que delimitam as zonas 20, 21 e 22 (poeiras combustíveis), e em amarelo estao as zonas 0, 1 e 2 (gases).
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As SVE’s também apresentam uma aglutinação de zonas com suas áreas mais críticas
no interior do invólucro do processo, como é possível notar no esquema abaixo.
O PRM é o único local da unidade industrial em que a tubagem de gás natural gera
uma classificação de zona 1. Isso acontece devido à estrutura envolvente em que permite
o acúmulo de gás no seu interior onde não há uma boa ventilação ou diluição.
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No local de lavação, além das conexões e válvulas que são feitas para utilizar o gás
natural, ainda há a presença de vários terminais da tubagem de gás que não estão em
operação. Esses pontos de acesso não utilizados tornam-se possíveis pontos de fuga
gerando zonas classificadas até mesmo em locais em que o gás não está sendo utilizado.
A caldeira é alimentada pela tubagem de gás natural para eventuais arranques ou falta
de outros combustíveis. O grau de risco elevado do local fez com que a unidade industrial
instalasse um sensor de gás natural para evitar complicações devido à vazamentos de gás.
Mesmo assim, as conexões e operações da tubagem tornam possíveis o aparecimento de
fontes de fuga, sendo necessário a classificação da mesma.