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PARALISAÇÃO ESTADUAL DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS EM

EDUCAÇÃO, EM DEFESA DA VALORIZAÇÃO DA NOSSA CARREIRA E DA


EDUCAÇÃO PÚBLICA

ILUSTRÍSSIMO SENHOR SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA.

Vimos por meio desta apresentar a insatisfação de toda a classe trabalhadora da educação do Estado
da Paraíba com a falta de valorização da nossa carreira profissional. Há 9 anos discutimos propostas de
melhorias para o nosso Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) no intuito de melhorar a
qualidade da educação no Estado, com a valorização dos seus profissionais. O governador João Azevedo
se comprometeu com a valorização do nosso PCCR publicamente, já criou 2 comissões de revisão do
mesmo em seus mandatos e nunca enviou proposta de valorização para ser apreciada na Assembleia
Legislativa, nunca apresentou projeções de impacto financeiro sobre nossas propostas, apenas ludibriou a
categoria.
Em 2024 fomos a categoria de servidores públicos com menor índice de reajuste, apenas 3,6%,
abaixo da inflação acumulada no período, que foi de 4,8%. Como falar em valorização da educação e de
seus profissionais quando se pratica um do piores Planos de Carreira do nordeste? Como falar em
valorização da educação sem pagar o piso salarial do magistério para professores prestadores de serviço?
Todos os anos vemos novas propostas curriculares que diminuem cada vez mais as disciplinas
científicas nas escolas, estimulam a desprofissionalização docente e causam um verdadeiro caos todo início
de ano letivo.
Estamos abertos ao diálogo, como sempre estivemos, mas o governo não dá sinais de que leva o
diálogo a sério. Esta paralisação é o nosso movimento de insatisfação e repúdio a forma como a secretaria
de educação e o governador vem postergando a valorização dos profissionais em educação. Desde 2022 o
governador não abre mesa de negociação com a categoria para cumprir suas promessas de campanha.
Abaixo apresentamos nossa pauta de reivindicação e esperamos uma resposta a contento desta secretaria e
do governador João Azevedo.

REIVINDICAÇÕES GERAIS
1. Valorização da carreira (PCCR) com envio do texto de revisão do PCCR para votação na ALPB;
2. Reajuste salarial 2024 acima da inflação (5%);
3. Estabelecer o mínimo de 2 horas aula por disciplina da BNCC em todas as escolas;
4. Pagamento do Piso Salarial Nacional do Magistério para professores prestadores de serviço;
5. Plano emergencial de reestruturação/climatização das escolas;
6. Escolha democrática para direção escolar;
7. Retorno da atribuição de carga horária de treinamento para professores de educação física;
8. Manutenção da modalidade EJA Semi presencial nos 3 turnos, nas escolas que já ofertam a
modalidade;
9. Correção do confisco do 13º salário (PBPrev);
10. Correção da forma de desconto do IR no 1/3 de férias;
11. Equipamentos de proteção individual para trabalhadores terceirizados;
12. Regulamentação da carga horária dos docentes em readaptação de função;
13. Revogação do artigo 3º do decreto 35784/2015 sobre avaliação dos servidores em estágio probatório
(publicação das estabilidades).
REIVINDICAÇÕES PARA ESCOLAS INTEGRAIS
1. Fim dos cortes salariais para docentes que entram de licença (saúde, maternidade e capacitação);
2. Possibilidade de permanecer com 30 horas nas escolas integrais;
3. Horário de planejamento (1/3) não pode ser usado para substituir aula (Lei 11.738/2008);
4. Pelo fim da cobrança de reposição de dia de trabalho com falta justificada por atestado médico. O
professor deve adequar seu plano de curso aos dias restantes, dia de trabalho justificado por atestado
não se repõe;
5. Garantia de turno de planejamento Extraclasse, nos dias de planejamento;
6. Pelo fim do assédio moral nas escolas;
7. Vacância de professores não é falta, não se deve substituir. É obrigação do Estado contratar
professores;
8. Imediata publicação de portaria regulamentando a possibilidade de mestrado profissional.

Paraíba, 22 de fevereiro de 2024.

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