Você está na página 1de 9

Lycidas- John Milton

-» Poema publicado em 1637


-» É considerado um dos melhores poemas não épicos de Milton
-» Comparações de aspetos da natureza com o texto.
-»Teodisseia: justificação de o porque coisas más aconteceram
-» Milton relaciona-se de forma radical com a Igreja: fazia parte dos Puritamos, um grupo ideológico
de Inglaterra com forte reação contra regime do Rei Carlos I, que queria dissolver o parlamento e
restituir o absolutismo, algo sobre o qual Milton se opunha fortemente
-» Milton considerava que a Igreja anglicana ainda se assemelhava demasiado à Igreja de Roma,
sendo a mesma muito hierárquica
-» Milton era um revolucionário radical, um forte anti monarquia e contra o poder absoluto –
conceito defendido por Carlos I
-» Na época da obra a Igreja inglesa era protestante anglicana
-» Milton opunha se a características católicas na igreja anglicana
-» Milton defendia o divórcio e o regicídio – algo excêntrico à época – mostra o seu carácter
revolucionário
-» Rei de Inglaterra e Arcebispo acabam mortos – Milton quase que previu este fim quando escreveu
a obra Lycidas
-» O poema é uma elegia pastoril, dado que :
• É um poema como lamentação da morte de alguém
• Fala a um pastor, ou fala sobre pastores, ou os dois ao mesmo tempo
• São apresentadas paisagens bucólicas, sendo as mesmas idealizadas, porque os poetas de
poemas pastoris costumam ser urbanos/vivem em cidades, como é o caso de Milton,
utilizando essa descrição como uma idealização (nota: colocar os pastores a desenvolverem
pensamentos tao evoluídos complexos e profundos é ocultar o esforço de ter esses
raciocínios – demonstra sprezzatura)
• Refloexão sobre vários temas da sociedade em questão
• Maior parte dos poemas são fistícios

-» Baseando-se na tradição da elegia pastoral, ou seja, nos poemas de luto localizados num campo
idealizado, Milton assume o papel de um pastor rústico, lamentando o seu amigo que morrera
afogado, Lycidas
-»Lícidas" explora não apenas a dor, mas também a natureza da morte, a corrupção da igreja cristã do
século XVII, o desejo de fama poética e a esperança da imortalidade.
-» Edward King- conhecido de Milton que morreu afogado nos mares de Inglaterra
-» O poema de Milton torna Edward eterno, fá-lo permanecer no tempo
-» Muitos alunos de Cambridge, a faculdade que Milton e Edward frequentavam, bem como amigos
foram convidados a constituir uma compilação de poemas para Edward
-» Lycidas dá a entender que Milton não tinha uma relação forte com Edward, pelo que a morte de
Edward é apenas uma desculpa para Milton escrever esta elegia pastoril
-» Todas as mudanças no poema refletem as fases de luto real – melancolia, tentativa de encontrar
consolação…
-» Milton reflete sobre fama e percebe que a mesma é uma loucura – é subitamente finita, pode
terminar de um dia para o outro
-» O luto refletido no poema não é só luto pela morte de Lycidas, mas, também, um luto da fase
pastoril de Milton, necessário para a sua progressão para uma fase de escrita épica
Notas do poema:

• Diz que tem de fazer algo de novo duas vezes, sugerindo que se trata de algo que não quer
fazer- "Yet once more, o ye laurels, and once more." -» referencia bíblica
• O autor faz conta que não tem jeito para fazer aquilo que faz pois não encontra prazer em
escrever este poema - “And with forc’d fingers rude”
• Menção ao amigo que morreu em “shatter your leaves”
• Edward King/Lycidas era uma pessoa maravilhosa e um excelente poeta - “Who would not
sing for Lycidas? he knew himself to sing”
• O poeta fala para si, dizendo de que está na hora de voltar a viver, voltar a escrever sem
impor quaisquer desculpas para não o fazer - “Begin and somewhat loudly sweep the string.
Hence with denial vain and coy excuse"
• O poeta que fazer poesia de modo a que algum dia um poeta doce favoreça a sua sepultura e
deseje que ele tenha paz - faz isto neste momento com Lycidas
• Lycidas e Milton andaram juntos na universidade - “Fed the same flock, by fountain, shade,
and will"
• Jove=Júpiter - pode ser uma referência a Cristo
• Vénus era quem brilhava a luz dos seus do anoitecer.
• Damaetas terá sido um professor de Cambridge.
• Anadiplose é a repetição da parte final do verso no início do verso seguinte, oque
representa tristeza. - “But o the heavy chnage now thou art gone, now thou art gone, and
never must return”
• Toda a natureza vai lamentar a morte de Lycidas - “with wild thyme and thegadding vine
o’ergrown, and all their echoes mourn”
• A morte de Lycidas é um equivalente a uma parasita horrível.
• Pregunta às ninfas onde estas estavam para não ajudarem Lycidas. - estavam abrincar num
penhasco.
• Se nem a mãe de Orféu o conseguiu salvar do rio, as ninfas também não iam conseguir
salvar Lycidas.
• Do que interessa tanto trabalho como pastor que esta é a conclusão - fragilidade da vida.
• Para que tanto sacrifício se tudo pode acabar a qualquer momento?
• Milton fala dele mesmo quando fala da personagem do poema.
• vida de Lycidas cortada na metade. - “And slits the thin-spun life”
• Quem foi testemunha da morte de Lycidas se, pelo vistos, ninguém lá estavapara o ajudar?
• O mar estava calmo, então não poderá ter sido alguma onda ou rajada de ventoa levar-lhe.
• O barco de Lycidas condenado à desgraça
• Pessoa de nome Camus vai prestar luto para a morte de Lycidas
• Milton pregunta a Deus, no poema, como foi possível o barco se afundar? Como
• Deus justifica a existência de guerras, terrorismo e morte?
• Pilot of the Galilean lake = S. Pedro
• Lycidas estava destinado a ser pastor - pastor de pastoril ou de igreja?
• texto faz referências a maus pastores que não conhecem nada da arte pastorícia.
• A voz de S. Pedro vai fazer retorcer o rio - “Return, Alpheus: the dread voice is past”
• Milton convoca toda a natureza para as cerimónias fúnebres de Lycidas.
• Mesmo não havendo corpo, o luto de Lycidas deve ser possível - “Let our frail thoughts dally
with false surmise”
• Milton pede aos golfinhos que lhe tragam o corpo de Lycidas.
• Onde quer que estejam os ossos de Lycidas, este deve olhar em direção a casa com
compaixão. - “Wash far away, where’er thy bones are hurl’d”
• Lycidas pode ter afundado fundo mas o seu espirito subiu alto

A Princesa de Cléves- Madame Lafayette

temas enquanto base para o género literário

• “quando estamos apaixonados não somos nós próprios” e a loucura que estar apaixonado
pode ser quando as circunstâncias não são as ideais (relacionei)
• a crítica do amor como manifestação do amor
• “faltam-me as forças no meio das minhas razões” = aquele sentimento tão humano de ter a
integridade moral, mas de nos faltar a vontade de nos defendermos perante o descrédito de
quem nos importa que acredite em nós

forma e coisas giras

• o caos de bisbilhotices sentimentais, grandes paixões e calúnias e ofensas e coisas que tais
resulta num ambiente de agitação sem desordem
• ninguém muda de sítio!!
• e, talvez não seja óbvio, mas todos têm cerca de 15, 16, 17 anos. (A Rainha, Mary Queen of
Scotts aqui tem cerca de 16, e o Rei prai 14, estima-se)
• ora, uma data de adolescentes fechados num sítio, com uma mentalidade de valorização
através da genealogia, onde só falam de si mesmos e dos outros, tem tudo para correr bem,
não acham?
• linguagem aforística: muitas máximas e espécie de lições, nem sempre evidentes devido à
falta de ação concreta, mas estão lá
• o ambiente de corte, com as suas regras e deveres e limitações em termos de espaço,
confere uma ansiedade a toda a obra, devido à sensação de observação constante— do
nada queremos saber destas coisas mesquinhas e otherwise irrelevantes, ai quem é que
disse isto, e como é que disse (como no livro é importante, para quem lê passa a ser de
grande importância também)
• os solilóquios estão também aqui presentes, sendo o primeiro, da princesa, uma série de
perguntas que não são normais (não existindo resposta), mas que também não são retóricas
(não existindo uma resposta evidente)

EXCERTO SOBRE A CORTE


• A princesa de Cléves mantém se fiel ao marido mesmo estando apaixonada por outro
• A 2 níveis na corte: o nível clandestino (onde todos traem uns aos outros, exceto a princesa)
e o nível “respeitoso”
• Ir para o convento vai completamente contra o pensamento que a corte tinha, a princesa
tem um comportamento diferente
• A princesa também refusa a corte, não seguir a paixão (indo para o convento) e a confissão
ao marido sobre estar apaixonada por outro. MOTIVOS PRINCIPAIS QUE DEFENDEM A IDEIA
DE QUE A PRINCESA VAI CONTRA A CORTE
• A agitação na corte descreve as relações uns com os outros que são conflituosas.
• Não existe nem pensamento lógicas nas personagens, são emocionais (estão sempre a
mudar)

CONVERSA NTRE A PRINCESA E MÃE

• O tema da conversa é o funcionamento da corte


• A corte baseia-se nas aparências, na verdade e no julgamento sobre outras pessoas.
• O julgamento sobre outras pessoas causa um boato.
• A palavra ver está relacionado com a certa, no entanto, as suas visões não estavam certas.
As visões não parecem o que realmente são
• Os boatos surgem das teorias que criamos devido às palavras e comportamentos de outras
pessoas.
• A princesa ainda não sabe como a corte funciona. A mãe diz para ela não se basear nas
aparências e descobrir a verdade, mesmo que muitas vezes as aparências estão certas. Ex: a
rainha parecia uma coisa para a princesa quando na realidade era outra coisa.
• As pessoas estão sempre a fazer uma “performance” para as outras pessoas para a enganar,
tem que dar a ilusão de serem fiéis ao marido/mulher.
• Será que há lugar para a verdade?
• A princesa é a personagem que demonstra ser verdadeira numa corte onde a mentira
predomina, no entanto, as coisas correm mal. A confissão da princesa causa ruína, a morte
do príncipe do cleves é causada devido a esta confissão.

Amor na corte

• É descontrolado e por isso não há o resultado desejado do amor e sim mentira e infidelidade

Verosimilhança e verdade

• O que importa nesta corte é o parecer, o que é credível. Aquilo que parecer ser o
comportamento das pessoas.
• É por isto que o príncipe não acredita na confissão da princesa. A princesa nega o encontro
sexual com a pessoa com quem ela está apaixonada devido à “visão” que na realidade era
uma alucinação que o príncipe teve.
• A grande questão da princesa é que ela está a dizer verdade, no entanto o príncipe acredita
na sua verosimilhança. O príncipe acredita nos princípios da corte. A princesa não
compreende porque a verdade não aparenta ter valor na corte.
• O príncipe continua na incerteza sobre acreditar na verdade da princesa, mesmo na morte
porque está completamente fora das normas daquela corte. SOCIEDADE EM VOLTA DAS
APARÊNCIAS!! É normal existir traições naquela sociedade.

Visão

• Não consegue amar o marido e apercebe-se que ama outro. Os ciúmes é aquilo que faz com
que ela se aperceba que ama esse homem (DUQUE)
Confissão da princesa ao marido (QUESTÃO MAIS PROBLEMÁTICA)

• Confidencia: aparência do que se passa com uma pessoa ou não


• Confissão: aquilo que a princesa faz com o marido
• A confidência predomina na corte, causa boatos.
• A confissão é verdadeira e a confidência é uma dissimulação.
• Confissão fica entre 2 pessoas e a confidência é entre mais pessoas.
• A pessoa mais poderosa na corte é a amante do rei porque nesta corte o que importa não é
a política e sim o amor. A amante é quem consegue manipular os boatos e ter o coração do
rei.
• O casamento entre a princesa e o príncipe sai um pouco dos costumes do corte.
• A princesa pede ao marido para sair da corte, no entanto não dá para sair da corte. O marido
diz que ela não pode sair da corte e pergunta o motivo e a princesa responde que é devido à
agitação da corte. O príncipe não acredita na resposta por ela ser jovem. O príncipe continua
a insistir que esta diga o motivo de ela querer abandonar a corte, ele pensa que ela tem um
caso com alguém. O silêncio que existe afirma o pensamento que o príncipe possui e a
princesa confessa se.
• RAZÃO DA CONFISSÃO: A princesa de cleves confessa-se ao marido para conseguir a
liberdade?
• Mesmo depois da confissão, o príncipe diz que a princesa não pode sair da corte e que tem
de manter as aparências causando um sentimento de sufoco à princesa.
• A confissão causa a ruína.
• O príncipe aceita a confissão da mulher, mas não aguenta os ciúmes que sente pela mulher.
• A confissão da princesa vai se espalhar pela corte, no entanto as identidades deles não são
reveladas.
• A corte faz exatamente aquilo que é esperado, aquilo que devia ser privado torna-se
público.
• A confissão da princesa causa a morte do marido, ele morre por causa dos ciúmes
• Após a morte do marido, ela recusa-se a casar com o senhor de Nemours:

RAZÕES: dever com o marido (não é compatível com a corte, ela tem a consciência que este valor
não é compartilhado na corte), dever com a mãe (foi a mãe que ensinou estas virtudes, diz que a
única maneira de viver na corte é a virtude mas isso é na realidade o oposto pois causa a morte do
marido, a princesa apercebe-se que a virtude não é compatível com a corte no final da obra) e a
tranquilidade (RAZÃO PRINCIPAL – a princesa está farta das agitações que existem na corte, os
boatos, as traições e as normas que existem nesta sociedade, não está disposta passar pelo mesmo
outra vez porque caso se case com ele não pode sair da corte e vai ter que passar pela traição do
marido e tem receio que aconteça lhe a mesma coisa que aconteceu com o príncipe por este ter
morrido por ciúmes, vai contra os seus valores)

• Decisão da princesa foi a recusa da corte. Ela pensa sobre o caso porque ficou sentida pela
morte do marido.
• Ela se apercebe a decisão tem de ter quando têm uma visão no leito da morte. Esta visão
consiste em que a mesma não se consegue conciliar com as normas da corte e por isso,
recusa a mesma.
• Recusa da corte pode ser vista como uma escolha moral.
• A princesa é única que questiona se devia perseguir a sua paixão.

Lessing
Obra do Iluminismo
Vai ser uma reação a correntes artísticas antigas
Lessing: neo-clássico
Barroco e Rococo
Neoclassicismo retorno de elementos da antiguidade clássica
Definir os limentes da pintura e da poesia- separar estas disciplinas

3 Laocoontes:
Laocoonte de Virgílio, sacerdote troiano que de alguma forma prevê a guerra de Troia
Laocoonte e os seus filhos de Agesandro, Atenodoro e Polidoro de Rodes- estátua
Plínio, o velho- império romano, viu essa estátua, essa obra de arte tinha sido esculpida para esses
três mestres
Laocoonte- o ensaio de Lessing

Pintura não é só pintura são artes visuais


Faz referência à poesia épica
Poesia- arte que representa várias ações que se seguem umas das outras

Prefácio- alguns dos contemporêneos ficaram deslumbrados com a tese do filósofo antigo Simóndes
A poesia é muda e a pintura fala, Lessing concorda em alguns aspetos e discordas de outros
Lessing não rejeita que haja verdade nesta tese
Se desdubrarmo-nos completamente nesta tese assumimos coisas que não são verdade
Efeito semelhante
De que forma diferem no objeto e no modo de representação

Olha para o texto de Winckelmann


Quando observou a estátua reparou que a face não representava a dor que Virgilio estava a sentir
A dor não está representada na face mas sim no corpo, no abdómen
A dor não é totalmente representada para dar uma nobreza de alma
Lessing percebe que o chorar e mostrar emoções para a cultura grega não é necessariamnete sinal
de nobreza, muitas vezes pelo contrário

Analisa várias passagens de Homero, este não abstem de representar os heróis a chorar e num
espoente de dor máxima, essa dor não lhes tirava nobreza
Analisa a cultura nórdica com a cultura grega
Grego civilizado de mostrar a fraqueza humana, a sencibilidade
Na guerra de Troia, os gregos estão calmos e os troianos mostram emoções
Associam a calma dos gregos com a nobreza de alma, estam calmos porque são mais civilizados,
sabem a altura certa para mostrar as suas emoções

Na lei suprema da Grécia nas artes está o belo


O eixo do belo da arte clássica define se uma obra é má ou boa, que características avaliam a arte
como bela- harmonia, proporção
Os gregos antigos só queriam representar corpos belos

Os objetos da pintura são corpos


Certas emoções como a raiva e a inveja deviam de ser descartados
A emoção da face foi reduzida para se poder ver beleza na escutura- Laoconte

A pintura está limitada a um momento, mas também a um ponto de vista, não se consegue
representar várias ações, tem que escolher um momento a representar
Lessing diz para escolher representar o momento que dá mais imaginação
Quanto mais vemos, mais podemos conseguir maginar- apenas se o momento certo for
representado, Contemplar longamente/repetidamente
Imaginação da maneira de como a ação se pode suceder
O clímax amarra as nossas asas da imaginação de alguma forma
O ponto alto da ação que mais desejamos ver- Laocoonte já despedaçado- não podemos ir mais
longe do que nos é representado, não nos é possibilitado irmos mais além através da nossa
imaginação
Melhor momento a ser representado- o momento mais sugestivo- pré clímax

Estátua de Laocoonte: redução da dor na face relativamente à dor representada no abdómen


Opinião de Lessing- questões éstiticas
Opinião de Winckelmann- nobreza de alma

A poesia não é limitada a um momento


Os corpos quando aparecem na poesia devem ser descritos por ações

Passagens importantes:
-» The brilliant antithesis of the Greek Voltaire that painting is mute
poetry and poetry a speaking painting was doubtless not to be found
in any textbook.(…) and the truth it contains is so evident that one
feels compelled to overlook the indefinite and untrue statement
which accompany it.

-» The ancients, however, did not overlook them. In restricting Simonides’


statement to the effect achieved by the two arts, they nevertheless did
not Forget to stress that, despite the complete similarity of effect, the
two arts differed both in the objects imitated as well as in the
manner of imitation

-»Indeed, this spurious criticism has to some degree misled even the
masters of the arts. In poetry it has engendered a mania for description
and in painting a mania for allegory, by attempting to make the former a
speaking picture, without actually knowing what it could and ought to
paint, and the latter a silent poem, without having considered to what
degree it is able to express general ideas without denying its true
function and degenerating into a purely arbitrary means of
expressions.

-» The pain is revealed in every muscle and sinew of his body, and one can
almost feel it oneself in the painful contraction of the abdomen without
looking at the face or the other parts of the body at all. However, this
pain expresses itself without any sign of rage either in his face or in his
posture. He does not raise his voice in a terrible scream, which Virgil
describes his Laocoon as doing; the way in which mouth is open does
not permit it.

-»The pain of body and the nobility of soul are distributed and weighed
out, as it were, over the entire figure with equal intensity.(…) his
anguish pierces our very soul, but at the same time we wish that we
were able to endure our suffering as well as this great man does.

-»High as Homer raises his heroes above human nature in other respects,
he still has them remain faithful to it in their sensitiveness to pain
and injury and in the expression of this feeling by cries, tears or
invectives. In their deeds they are beings of a higher order, in their
feelings true men.

-»Not so the Greek! He felt and feared, and he expressed his pain and
grief. He was not ashamed of any human weakness
-»The poet’s meaning goes deeper: he wants to tell us that only the
civilized Greek can weep and yet be brave at the same time, while
the uncivilized Trojan, to be brave, must first stifle all human feeling

-»Painting, as practised today, comprises all representations of


three-dimensional bodies on a plane. The wise Greek, however,
confine it to far narrower limits by restricting it to the imitation of
beautiful bodies only. The Greek artist represented only the
beautiful, and ordinary beauty, the beauty of a lower order, was only
his accidental subject, his exercise, his relaxation.

-»I wanted simply to establish that among the ancients beauty was the
supreme law of the visual arts. Once this has been established, it
necessarily follows that whatever else these arts may include must give
way completely if not compatible with beauty, and, if compatible, must at least be subordinate to it.

-»The ancient artists either refrained from depicting such emotions or


reduced them to a degree where it is possible to show them with a
certain measure of beauty.
Rage and despair did not degrade any of their works. I venture to say
that they never depicted a Fury. Wrath was reduced to seriousness. In
poetry it was the wrathful Jupiter who hurled the thunderbolt; in art it
was only the Stern Jupiter.

-»In the full course of an emotion, no point is less suitable for this than
its climax. There is nothing beyond this, and to present the utmost to the
eye is to bind the wings of fancy and compel it, since it cannot soar
above the impression made on the senses, to concern itself with weaker
images, shunning the visible fullness already represented as a limit
beyond which it cannot go.

-»Thus, if Laocoon sighs, the imagination can hear him cry out; but if he
cries out, it can neither go one step higher nor one step lower than this
representation without seeing him in a more tolerable and hence less
interesting condition.

-»But this freedom of the arms was the only point in regard to the coiling
of the serpents that the artists found expedient to borrow from the poet

-»In poetry a garment is not a garment; it conceals nothing; our


imagination sees right through it

-»When the artist adorns a figure with symbols, he raises what was a mere
figure to a higher being; but if the poet employs there artistic trimmings
, he turns that higher being into a puppet

-»Necessity invented these symbols for the artist, for only through them
can he make understood what this or that figure is supposed to
Represent.

-»The principal superiority is that the poet leads us to the scene through a
whole gallery of paintings , of which the material picture shows only
One

-»Count Caylus, who would make the test of a poem its use fulness to the
painter and who would rank poets according to the number of paintings
for which they furnish subjects to the artist.
Far be it from us even by our silence to allow his notion to gain the
appearance of a rule. Milton Would be the first innocent victim of this

-»Painting must be content with coexistent actions or with mere bodies


which , by their positions, permit us to conjecture an action. Poetry, on
the other hand.

-»Accordingly bodies with their visible properties are the true subjects of
painting.
Objects or parts of objects which follow one another are called actions.
Accordingly, actions are the true subjects of poetry.

-»Painting can use only a single moment of an action in its coexisting


compositions na must therefore choose the one which is most suggestive
and from wich the preceding and succeeding actions are most easily
comprehensible
-»Similarly, poetry in its progressive imitations can use only one single
property of a body. It must therefore choose that one which awakens the
most vivid image of the body.

Você também pode gostar