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GONZAGA
• Com forte cunho autobiográfico, os versos de Marília de Dirceu
fazem referência ao amor proibido de Maria Joaquina Dorotéia
Seixas e do poeta, que se vê refletido nos versos como o pastor
Dirceu.
• Dirceu é, portanto, sujeito lírico de Gonzaga, e canta seu amor pela
pastora Marília, sujeito lírico de Maria Joaquina. Era uma convenção
da altura cultuar as musas como sendo pastoras.
• A jovem é idealizada pela sua beleza, assim como o cenário onde os
dois se encontram. A paisagem bucólica do campo é igualmente
louvada
• É bom, minha Marília, é bom ser dono
De um rebanho, que cubra monte e prado;
Porém, gentil pastora, o teu agrado
Vale mais que um rebanho e mais que um trono.
• Pastoralismo
• Poetas criavam pseudônimos e se identificavam com pastores a fim
de estabelecer uma nobre simplicidade, deixando de lado as
diferenças sociais e a hipocrisia que acreditavam residir nas
cidades.
• Noto, gentil Marília, os teus cabelos.
E noto as faces de jasmins e rosas;
Noto os teus olhos belos,
Os brancos dentes, e as feições mimosas;
Quem faz uma obra tão perfeita e linda,
Minha bela Marília, também pode
Fazer os céus e mais, se há mais ainda.
• A idealização do amor0
• A convenção da época ilustrava sempre a amada como sendo
branca (Marília tinha as faces cor da neve), com o rosto perfeito, o
cabelo frequentemente loiro (os cabelos são uns fios d’ouro).
• Marília é um exemplo de beleza e gentileza.
• Para viver feliz, Marília, basta
Que os olhos movas, e me dês um riso.