Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A CURA
PELA PALAVRA
P E D R O D O N G
© 2024 Editora Árvore da Vida
Publicado também em
espanhol, inglês, coreano, francês, italiano e alemão.
CITAÇÕES BÍBLICAS
As citações bíblicas são da Versão Revista e Atualizada de João Ferreira
de Almeida, 2ª Edição, salvo quando indicado pelas abreviações:
Os editores.
Acesso ao
SEMANA 3: A CURA
vídeo da
PELA PALAVRA – (JO 4:46-54; 5:1-18) mensagem 19
O poder do testemunho........................................................................................ 40
Ser simples e obedientes como crianças.............................................................. 43
Um profeta não tem honra em sua própria terra.................................................. 46
Deus fala, nós cremos.......................................................................................... 48
A realidade das festas judaicas............................................................................. 51
A realidade do sábado.......................................................................................... 53
Entrar no descanso............................................................................................... 55
Leitura de apoio:
“A genuína autoridade e submissão” – cap. 4 – Dong Yu Lan.
“Venha o Teu reino” – cap. 21 – Dong Yu Lan.
8
SEMANA 1 - TERÇA-FEIRA
Leitura bíblica:
At 17:1-13; Hb 13:17
Ler com oração:
“Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem
em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até
que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração” (2 Pe 1:19).
10
SEMANA 1 - QUARTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Jo 4:1-4
Ler com oração:
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito
debaixo do céu” (Ec 3:1).
13
SEMANA 1 - QUINTA-FEIRA
Leitura bíblica:
1 Rs 11:4; 1 Cr 22:5; 2 Cr 2:1; Ed 4:1-5; Ne 4:1-6; Jo 4:1-3
Ler com oração:
“Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e
até aos confins da terra” (At 1:8).
16
SEMANA 1 - SEXTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Jo 3:31-36; 4:4-12
Ler com oração:
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai
das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.
Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para
que fôssemos como que primícias das suas criaturas” (Tg 1:17-18).
18
SEMANA 1 - SÁBADO
Leitura bíblica:
Jo 4:10-18
Ler com oração:
“Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá
sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar
para a vida eterna” (Jo 4:14).
nem a criação dos filhos, nem a família; nada pode satisfazer uma
pessoa completamente. Por essa razão, muitos optam por uma vida de
pecados, outros procuram as drogas, mas a situação somente piora. A
verdadeira alegria está na água viva, abundante e plena que o Senhor
ofereceu à mulher (Jo 4:14b). Essa água vai jorrar como fonte até
nos levar para o novo céu e nova terra, para a eternidade! Por não
ser cristãos egoístas, estamos reproduzindo essa vida em todos os
lugares por onde passamos, saciando a sede de outras pessoas. Nossas
reuniões estão sendo uma verdadeira festa! Devemos fazer como
os adolescentes. Eles não explicam aos outros adolescentes qual é
“nossa igreja”, mas somente dizem: “Vem e vê!”. Aqui há água viva, a
verdadeira festa, a verdadeira alegria e felicidade. Os adultos precisam 19
fazer o mesmo com seus colegas e conhecidos: “Vem e vê!”. E quem
vem e vê, fica.
No passado talvez a vida da igreja tenha sido muito convencional,
tradicional, fria e sem alegria. Isso não satisfaz ninguém. Todas as
igrejas precisam trabalhar bem com os adolescentes e dar-lhes espaço
para expressar toda a boa dádiva que tem descido do alto sobre eles
nestes últimos tempos. Muitas igrejas começaram esse serviço com
um único adolescente, mas hoje já são trinta, quarenta, cinquenta
adolescentes. Vamos procurar e trazer adolescentes, e nossa vida da
igreja mudará, deixando de lado o viver formal “movido a manivela”
para entrar no ritmo do céu!
Muitas igrejas estão passando por uma grande transformação. Num
passado recente, era comum irmãos chegarem atrasados às reuniões,
mas hoje, de vinte a cinquenta minutos antes de iniciar a reunião, os
adolescentes já estão lá orando e fazendo imersão na palavra, cheios
de alegria e vigor. Os irmãos que vão chegando já entram na festa,
porque a água viva está jorrando do interior deles.
Se permanecermos assim, nunca mais teremos sede. Em nossa
experiência, podemos lembrar que muitas vezes a vida secava e a
água parecia ter acabado. A verdade, porém, é que a água somente
acaba se quisermos. Não é preciso buscar água no “poço de Jacó”,
porque a verdadeira fonte está dentro de nós! Vamos contatar a
palavra e fazer imersão nela, porque a palavra é vida! Imergir na
palavra faz a vida circular. Os colportores têm essa experiência
quando sofrem pressão nas ruas e as pessoas rejeitam a oração.
Quando começam a desanimar, quando a água parece ter acabado,
fazem novamente imersão na palavra. Rapidamente voltam a ficar
cheios de vida e alegria. Isso é real! Não nos deixemos vencer pelo
desânimo ou tristeza. A fonte a jorrar para a vida eterna está dentro
de nós! Vamos beber da fonte da vida!
A cura pela palavra
20
SEMANA 1 - DOMINGO
Leitura bíblica:
Dt 12:4-14; 2 Cr 6:6; Jo 3:8
Ler com oração:
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus,
mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt 7:21).
NÃO SE ENGANE!
O encontro de Jesus com a mulher samaritana nos traz diversas
lições e muitos alertas. Ela não tinha um viver moral exemplar,
por isso usou a discussão religiosa como uma capa para esconder
sua situação de total vazio interior. Vejamos: “Senhor, disse-lhe
a mulher, vejo que tu és profeta. Nossos pais adoravam neste
monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde
se deve adorar” (Jo 4:19-20). Quando alguém é exposto em sua
insatisfação interior e imoralidade, sua tendência é esconder-se em
questões religiosas.
Há pessoas que têm coragem de debater assuntos religiosos mesmo
tendo uma vida pessoal imoral. Não nos escondamos atrás de uma
fachada, mas busquemos a realidade! Não se engane. Muitos chegarão
diante do trono de Cristo e serão reprovados por Ele (Mt 7:21).
Por isso não nos escondamos atrás de uma capa de espiritualidade.
Sejamos sinceros e honestos primeiramente para com nós mesmos.
Se não somos tudo aquilo que queremos aparentar, sejamos sinceros.
É melhor confessar e falar com o Senhor, pois assim poderemos ser
lavados enquanto imergimos na palavra. Dessa forma, nossa vida será
Uma fonte a jorrar para a vida eterna
cheia de realidade.
Muitos passam uma imagem de “doutores” da Palavra sem ter
realidade em sua conduta diária: “Desviando-se algumas pessoas
destas coisas, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo
passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que
dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações”
(1 Tm 1:6-7). “Loquacidade frívola” são discursos vazios, palestras
bonitas, palavras sem realidade na conduta de quem fala. Cuidado!
Isso pode acontecer tanto em casos como o da mulher samaritana,
uma pessoa de baixa moralidade, quanto em casos como o de
Nicodemos, um religioso conceituado entre seus pares. Na igreja
alguns podem estar camuflados pela posição alcançada ao longo dos
anos, pela eloquência ou por seu conhecimento bíblico; no entanto 21
sua falsa espiritualidade pode estar oculta na aparência espiritual de
seus discursos. Não se engane!
Jesus respondeu à mulher: “Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me
que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis
o Pai” (Jo 4:21). Antes de o povo de Israel entrar na boa terra, Deus
disse que escolheria um lugar para ali pôr Seu nome e Sua habitação,
para onde as doze tribos deveriam ir e levar seus holocaustos e
sacrifícios (Dt 12:4-14). O lugar escolhido mais tarde foi Jerusalém
(2 Cr 6:6), mas os samaritanos construíram um templo sobre o monte
Gerizim, em Samaria, para rivalizar com Jerusalém. Jerusalém era o
centro de adoração do povo de Israel e o testemunho de unidade entre
as doze tribos. Essas tribos estavam conectadas pela palavra que saía
da boca de Moisés.
A conversa de Jesus com a mulher samaritana é realmente
extraordinária, repleta de princípios que nos encorajam a deixar
as aparências religiosas e viver baseados na realidade: “Disse-lhe
Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste
monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não
conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem
dos judeus. Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são
estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e
importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”
(Jo 4:21-24). A natureza de Deus é espírito, por isso o homem
precisa nascer do alto, nascer do Espírito, para contatar a Deus e
receber a direção do Espírito (3:8). A verdadeira adoração a Deus, a
adoração em realidade, é esta: estar no espírito, seguindo a direção
do Espírito, conforme fazemos hoje na igreja. Adoração a Deus não
é algo religioso, que acontece somente se estivermos ajoelhados,
orando por horas dentro de um quarto ou templo. Adorar a Deus em
espírito é viver no espírito diariamente. Para Deus não interessa a
A cura pela palavra
23
SEMANA 2 - SEGUNDA-FEIRA
Leitura bíblica:
Jo 2:23-25; 3:8
Ler com oração:
“Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos
santos” (1 Co 14:33).
Leitura de apoio:
“Sala de guerra – Uma palavra aos líderes” – caps. 2, 3 e 5 – Pedro Dong.
“O maravilhoso convite de Deus ao homem” – caps. 1 e 2 – Pedro Dong.
25
SEMANA 2 - TERÇA-FEIRA
Leitura bíblica:
Jo 1:1; 1 Co 15:9-10; Ef 3:8-9; 1 Jo 1:1-2
Ler com oração:
“Ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2:5).
A IMPORTÂNCIA DA PALAVRA
E DE NOSSA ATITUDE PARA COM ELA
Nosso Senhor Jesus foi enviado por Deus como o Profeta. O enviado
de Deus não fala Sua própria palavra, e sim a palavra Daquele que o
enviou. A palavra que Deus deseja falar por meio de Seu enviado é
a própria palavra da vida. O apóstolo João faz questão de enfatizar
esse ponto logo no primeiro versículo de seu evangelho e também em
sua primeira epístola (Jo 1:1; 1 Jo 1:1-2), mostrando claramente que
a Palavra não apareceu no tempo, mas já existia na eternidade e é o
próprio Filho de Deus.
João quer que nos aprofundemos nessa revelação, mostrando-nos
que toda a obra de Deus se inicia pela palavra e que toda a criação
foi feita pela palavra. Disse Deus: “Haja luz”, e houve luz. Como é
simples: Deus disse, e houve! A palavra é falada, e a obra é feita.
Há a contrapartida do homem. O casamento em Caná da Galileia
revela qual deve ser nossa atitude para com a palavra de Deus. No
melhor momento da festa, acabou o vinho: “Tendo acabado o vinho,
a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho. Mas Jesus lhe
disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha
hora” (Jo 2:3-4). Jesus, com essa resposta, quis dizer que não era o
homem quem Lhe dava ordens, mas o Pai, que está nos céus. A mãe
de Jesus disse aos serventes: “Fazei tudo o que ele vos disser” (v. 5).
É assim que Deus faz a obra na igreja. Portanto façamos tudo o que
Jesus disser, sem inventar ou acrescentar nada, sem complicar.
A palavra que Jesus falou, fará a obra: “Jesus lhes disse: Enchei de
A cura pela palavra
27
SEMANA 2 - QUARTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Êx 4:10-17; Nm 12:1-10
Ler com oração:
“Se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha?”
(1 Co 14:8).
disso, ele teve de fugir para o deserto de Midiã, a fim de não ser morto
por Faraó. Após quarenta anos no deserto, o Senhor o chamou para
tirar Seu povo do Egito. Moisés, então, pediu ao Senhor que enviasse
outro porque era pesado de língua, não sabia falar bem (Êx 4:10).
Esse fato mostra-nos que Deus escolhe um canal justamente no
momento em que ele se julga mais incapaz, porque Deus já trabalhou
nele e o amadureceu. Essa maturidade faz com que ele perceba que
28 é incapaz de fazer a obra de Deus. Quando alguém reconhece que
é incapaz, Deus o usa. É como se Deus dissesse a Moisés: “É você
mesmo quem Eu quero chamar”, e Moisés replicasse: “Manda outro,
pois eu não sei falar”. Deus, então, lhe disse: “Não é teu irmão,
Arão, um bom orador? Ele tem eloquência, ele te será por boca e tu
lhe serás por Deus”. Percebemos aqui a autoridade concedida por
Deus a Moisés. Dessa forma, foi Moisés constrangido a aceitar o
chamamento (Êx 4:11-17).
Quando Deus usou a figura de uma sarça que ardia sem ser
consumida, Moisés discerniu que Deus quer usar o homem como essa
sarça, mas não como combustível. Ele não usa a capacidade humana
para fazer Sua obra. Deus só quer usar o homem como suporte, porque
a palavra de Deus é que tem poder. O poder não é do homem, por isso
Paulo diz: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a
excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Co 4:7).
No capítulo 12 de Números, temos o episódio com Arão e Miriã. Eles
eram os irmãos mais velhos de Moisés e, além disso, Arão era mais
eloquente do que o irmão. Por essa razão, julgaram que Deus deveria
usá-los em lugar de seu irmão mais novo. A mulher cuxita que Moisés
tomara foi o pretexto que encontraram para criticá-lo, expondo o que
realmente tinham no coração: “E disseram: Porventura, tem falado
o Senhor somente por Moisés? Não tem falado também por nós? O
Senhor o ouviu” (v. 2).
É o mesmo que dizer: “Há um só falar profético?”. Isso parece
anormal aos olhos humanos. “Há tanta gente qualificada por aí, e só
Fazer a vontade de Deus e realizar a Sua obra
uma palavra profética? Deus usa somente um homem para falar Sua
palavra? Não, não é possível”. As perguntas “Tem o Senhor falado
somente por Moisés? Não tem falado também por nós?” vinham
daqueles que se julgavam capazes! Achavam que Deus também
deveria escolhê-los como canais, mas Deus tem Seus próprios critérios
de seleção. Foi justamente por essa presunção, por se achar capazes
e melhores, que Deus não os escolheu. Como não foram escolhidos
como canais, começaram um trabalho de oposição a Moisés.
No versículo seguinte lemos: “Era o varão Moisés mui manso,
mais do que todos os homens que havia sobre a terra” (Nm 12:3).
Aqui diz que Moisés era muito manso. O fato de esse versículo
ter sido inserido aqui tem um propósito: o de mostrar que Moisés
não estava preocupado com cargos ou posições. Nele não havia
ambição de ser o canal de Deus. E prosseguiu Deus: “Então,
disse: Ouvi, agora, as minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, 29
o Senhor, em visão a ele, me faço conhecer ou falo com ele em
sonhos. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a
minha casa” (Nm 12:6-7). Há profetas no meio dos filhos de Deus?
Sim, há profetas. E, quando Deus quer usar algum profeta por meio
de Seu Espírito, quem comanda esse profeta é o Espírito de Deus,
O qual não tem duas linhas, mas uma só.
O Senhor continuou: “Boca a boca falo com ele, claramente e não
por enigmas; pois ele vê a forma do Senhor; como, pois, não temestes
falar contra o meu servo, contra Moisés?” (Nm 12:8). O próprio Deus
escolhera Moisés. “E a ira do Senhor contra eles se acendeu; e retirou-
se. A nuvem afastou-se de sobre a tenda; e eis que Miriã achou-se
leprosa, branca como neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava
leprosa” (vs. 9-10). Diante disso, Arão ficou desesperado: “Moisés,
ore por mim, por favor; não quero ficar leproso, perdoe-me”.
Foi a ambição por posições que arruinou a igreja a partir do século
II. A história mostra que a igreja desceu ladeira abaixo quando surgiu
a hierarquia, o clericalismo, porque cada um queria ser melhor do que
o outro. Cada um queria galgar posições superiores ao outro, e assim
surgiram os bispos, os arcebispos, os cardeais, até chegar ao papa.
30
SEMANA 2 - QUINTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Nm 16:1-21; Jo 5:19; Fp 2:5-8
Ler com oração:
“Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se
humilhar será exaltado” (Mt 23:12).
32
SEMANA 2 - SEXTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Nm 16:22-50
Ler com oração:
“Disse Moisés: Nisto conhecereis que o Senhor me enviou a realizar todas
estas obras, que não procedem de mim mesmo” (Nm 16:28).
AS CONSEQUÊNCIAS DA REBELIÃO
Em Números 16, vemos como o Senhor lidou com a situação de
rebelião. “Eles se prostraram sobre o seu rosto e disseram: Ó Deus,
Autor e Conservador de toda a vida, acaso, por pecar um só homem,
indignar-te-ás contra toda esta congregação? Respondeu o Senhor a
Moisés: Fala a toda esta congregação, dizendo: Levantai-vos do redor
da habitação de Corá, Datã e Abirão. Então, se levantou Moisés e
foi a Datã e a Abirão; e após ele foram os anciãos de Israel. E disse
à congregação: Desviai-vos, peço-vos, das tendas destes homens
perversos e não toqueis nada do que é seu, para que não sejais
arrebatados em todos os seus pecados” (vs. 22-26).
Deus disse para não serem coniventes com os pecados de rebelião
deles; pelo contrário, que tomassem posição. “Levantaram-se,
pois, do redor da habitação de Corá, Datã e Abirão; e Datã e Abirão
saíram e se puseram à porta da sua tenda, juntamente com suas
mulheres, seus filhos e suas crianças” (Nm 16:27). Normalmente
os rebeldes iniciam a rebelião dentro da própria família, na própria
casa. “Então, disse Moisés: Nisto conhecereis que o Senhor me Fazer a vontade de Deus e realizar a Sua obra
enviou a realizar todas estas obras, que não procedem de mim
mesmo” (v. 28). Moisés nunca se candidatou nem se colocou sobre
a congregação, exaltando a si mesmo, mas o Senhor o enviou para
realizar todas aquelas obras. Quem faz a obra é Deus, por meio da
palavra que Ele ordena a Seu enviado.
E Moisés continuou: “Se morrerem estes como todos os homens
morrem e se forem visitados por qualquer castigo como se dá com
todos os homens, então, não sou enviado do Senhor. Mas, se o Senhor
criar alguma coisa inaudita, e a terra abrir a sua boca e os tragar com
tudo o que é seu, e vivos descerem ao abismo, então, conhecereis que
estes homens desprezaram o Senhor. E aconteceu que, acabando ele
de falar todas estas palavras, a terra debaixo deles se fendeu, abriu a
sua boca e os tragou com as suas casas, como também todos os homens
que pertenciam a Corá e todos os seus bens. Eles e todos os que lhes 33
pertenciam desceram vivos ao abismo; a terra os cobriu, e pereceram
do meio da congregação. Todo o Israel que estava ao redor deles fugiu
do seu grito, porque diziam: Não suceda que a terra nos trague a nós
também. Procedente do Senhor saiu fogo e consumiu os duzentos e
cinquenta homens que ofereciam o incenso” (Nm 16:29-35).
Mesmo depois de todos esses acontecimentos, o povo ainda
murmurou contra Moisés. “No dia seguinte, toda a congregação dos
filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós
matastes o povo do Senhor. Ajuntando-se o povo contra Moisés e Arão
e virando-se para a tenda da congregação, eis que a nuvem a cobriu,
e a glória do Senhor apareceu” (Nm 16:41-42). O próprio Senhor
veio defender e vindicar Sua obra, pois muitas pessoas começaram
a morrer: “Ora, os que morreram daquela praga foram catorze mil e
setecentos, fora os que morreram por causa de Corá. Voltou Arão a
Moisés, à porta da tenda da congregação e cessou a praga” (vs. 49-50).
Que o Senhor tenha misericórdia de nós! Não nos envolvamos com
esses que questionam a palavra que vem do Senhor. A palavra não
vinha de Moisés, mas do Senhor. Da mesma forma, a palavra hoje
não vem de um homem, mas do Senhor. A palavra que vem de Deus é
confirmada pela ocorrência de sinais e prodígios. Nossos adolescentes
têm experimentado essa realidade, pois neles não há um espírito de
questionar, mas de crer imediatamente na palavra profética e buscar
praticá-la com simplicidade, ganhando outros adolescentes. Não tenho
capacidade de fazer essa obra, mas Deus é quem a tem feito por meio
de Sua palavra. Por isso todo questionamento com a intenção de parar
a obra do Senhor provém do inferno. Vamos continuar avançando,
sendo simples e obedientes ao Senhor.
34
SEMANA 2 - SÁBADO
Leitura bíblica:
Jo 4:20-30
Ler com oração:
“Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles
homens: Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto
tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?! Saíram, pois, da cidade
e vieram ter com ele” (Jo 4:28-30).
36
SEMANA 2 - DOMINGO
Leitura bíblica:
Mt 24:45-47; Jo 4:31-38
Ler com oração:
“Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele
que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4:34).
39
SEMANA 3 – SEGUNDA-FEIRA
Leitura bíblica:
Jo 3:11; 4:39-42
Ler com oração:
“Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós
mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o
Salvador do mundo” (Jo 4:42).
O PODER DO TESTEMUNHO
O tema da presente mensagem é “A cura pela palavra”. Como é
poderoso o testemunho que provém da palavra que transforma
nossa vida, e podemos ver isso na experiência da mulher samaritana
(Jo 4)! No capítulo quinto do Evangelho de João, veremos outros
acontecimentos e seu significado espiritual, como a importância de
ser simples e obedientes como uma criança ao receber a palavra de
Deus, para que ela opere cura e transformação. E o Senhor também
nos revela a realidade contida nas festas judaicas e no sábado, e o que
significam hoje na conclusão desta era.
Após encontrar-se com o Senhor e experimentar a água viva, a mulher
samaritana foi até a cidade e testemunhou às pessoas o que o Senhor
lhe dissera. O resultado foi: “Muitos samaritanos daquela cidade
creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele
me disse tudo quanto tenho feito. Vindo, pois, os samaritanos ter com
Jesus, pediam-lhe que permanecesse com eles; e ficou ali dois dias”
(Jo 4:39-40). Isso nos mostra a força do testemunho! O testemunho
daquela mulher teve poder, pois ela transmitiu o que o Senhor lhe
havia dito, ou seja, a palavra que transformara sua vida.
Nós também, ao sair para pregar o evangelho e orar pelas pessoas nas
ruas, imergimos na palavra e falamos a palavra que o Senhor nos tem
falado e que tem mudado nossa vida. Por isso nosso testemunho tem
o poder de sensibilizar as pessoas que contatamos. Uma prova disso
A cura pela palavra
mulher samaritana.
Naquela época um judeu não era bem-vindo nas cidades dos
samaritanos, mas aquelas pessoas pediram para Jesus ficar mais
tempo com eles (Jo 4:40). Tiveram apreço pelas palavras que Jesus
falava, pois elas lhes trouxeram salvação e alegria. Sempre que os
habitantes de uma cidade demonstravam apreço por Sua palavra,
Jesus permanecia ali por mais tempo; quando a rejeitavam, Ele logo
se retirava. Em nossa experiência, toda vez que mostramos apreço, 41
sede e avidez pela palavra, recebemos também a presença de Jesus.
Se não dermos valor à palavra que o Senhor nos fala, não teremos
Sua presença.
O amor reverente à palavra nos traz a bênção da presença do Senhor.
Quanto mais buscarmos Sua palavra, mais de Sua presença teremos e
mais seremos abençoados. Lembremos que a obra de Deus é feita pela
palavra de Deus.
Leitura de apoio:
“O maravilhoso convite de Deus ao homem” – cap. 2 – Pedro Dong.
“Sala de guerra – Uma palavra aos líderes” – cap. 7 – Pedro Dong.
“Um exército de vencedores – Aliste-se já!” – cap. 1 – Pedro Dong.
A cura pela palavra
42
SEMANA 3 – TERÇA-FEIRA
Leitura bíblica:
Is 14:13-14; 55:11; Mt 18:1-4; Fp 2:5-8
Ler com oração:
“Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes
como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt 18:3).
pouca força e que sua capacidade é limitada. Por isso recebe com fé e
obediência a palavra de Deus, empenhada não em galgar posição, mas
em fazer a obra divina.
Na igreja em Filadélfia, não precisamos ser indivíduos capazes ou
mestres da Bíblia. Podemos ajudar as pessoas nas ruas com a imersão
na palavra que o Senhor tem falado, selecionando pequenos trechos
dela como base para a oração, com simplicidade. Temos experimentado
44 que isso funciona e que as pessoas são salvas. Todos podem fazer a
obra de Deus, tanto crianças como adultos, desde que sejam simples
em crer na palavra e obedecê-la, amando-a e imergindo nela para que
ela faça a obra de Deus.
45
SEMANA 3 – QUARTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Mt 13:53-58; Lc 4:16-30; Jo 1:46; 2:23-25
Ler com oração:
“E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do
homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana” (Jo 2:25).
47
SEMANA 3 – QUINTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Jo 2:1-12; 4:46-47; 1 Ts 2:13
Ler com oração:
“Vai, disse-lhe Jesus; teu filho vive. O homem creu na palavra de Jesus
e partiu” (Jo 4:50).
50
SEMANA 3 – SEXTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Jo 5:1-9
Ler com oração:
“Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda” (Jo 5:8).
A REALIDADE DO SÁBADO
O tanque onde os doentes esperavam o anjo descer e mexer as
águas era chamado de tanque de Betesda. Ele ficava junto à Porta
das Ovelhas, por onde entravam os animais para ser sacrificados no
templo (Jo 5:2). Isso é muito simbólico, pois Jesus, como o verdadeiro
Cordeiro de Deus, entrou por essa porta para dar vida e curar o povo
de Deus (10:1-2).
A palavra “Betesda” significa “casa de misericórdia”. Isso nos
mostra que os judeus enfermos, incapacitados e fracos dependiam da
religião para Deus ter misericórdia deles e curá-los. Esse é o conceito
que a religião nos transmite, mas não é o que Deus pensa ou quer.
Para a religião, o que conta é o esforço, a capacidade humana. O anjo
vinha, agitava a água, e o primeiro a descer às águas era curado. Ou
seja, se você não for o mais capaz, o primeiro, não terá valor nem
alcançará a misericórdia de Deus. Esse é um conceito errôneo.
A ideia de ser o primeiro é uma concepção religiosa e está enraizada
no ser humano. Por isso os discípulos perguntaram ao Senhor quem
era o primeiro, o maior no reino dos céus (Mt 18:1). Eles estavam
afeitos à concepção religiosa de ser o primeiro. No reino dos céus, não
é preciso ser o primeiro; importante é perceber que a palavra de Deus
é que faz a obra.
É essencial frisar que a religião não pode ajudar o homem. A religião
judaica tinha a lei, a cidade santa, o templo santo e até a ajuda dos
A cura pela palavra
54
SEMANA 3 – DOMINGO
Leitura bíblica:
Mt 7:21-23; Hb 4:1-13
Ler com oração:
“Também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com
eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido
acompanhada pela fé naqueles que a ouviram” (Hb 4:2).
ENTRAR NO DESCANSO
O livro de Hebreus revela-nos a realidade do descanso: “Temamos,
portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de
Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado. Porque também
a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a
palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada
pela fé naqueles que a ouviram. Nós, porém, que cremos, entramos no
descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira: Não
entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem
concluídas desde a fundação do mundo. Porque, em certo lugar, assim
disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de
todas as obras que fizera” (4:1-4). Fica evidente nesse trecho que, para
entrar na boa terra, é necessário crer na palavra de Deus.
Em nossos dias, não se trata da boa terra física, conforme lemos: “Ora,
se Josué lhes houvesse dado descanso, não falaria, posteriormente, a
respeito de outro dia” (Hb 4:8). O descanso da boa terra já havia sido
dado a Israel, mas Deus ainda diz: “Portanto, resta um repouso para
o povo de Deus” (v. 9). Esse repouso é o reino milenar. Somente os
que perseverarem, crendo na palavra, receberão o galardão e serão
vencedores no milênio.
A palavra de Deus não é doutrina ou teologia; ela é viva e eficaz
para expor todos os nossos pensamentos errôneos (Hb 4:10-13).
Exteriormente podemos aparentar ser boas pessoas, mas interiormente,
A cura pela palavra
56
SEMANA 4 – SEGUNDA-FEIRA
Leitura bíblica:
Is 14:12-15; Ez 28:12-18
Ler com oração:
“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele,
esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:5).
Tal princípio foi ignorado pela igreja nos vinte séculos de sua
história, porque muitos servos de Deus usaram a própria capacidade
para fazer a obra de Deus. Ainda hoje alguns se consideram muito
versados na Bíblia, conhecedores de técnicas sobre como administrar
e pastorear a igreja, como evangelizar, etc. Jesus, entretanto, mostrou
exatamente o oposto. Ele disse que nada podia fazer de Si mesmo!
Esse princípio é superior e muito precioso, e, por ser os trabalhadores
da última hora, nós devemos sempre observá-lo.
A opção de usar a própria capacidade e agir de modo independente
de Deus é a maneira adotada por Lúcifer. O livro de Ezequiel afirma
que ele era muito capaz: “Filho do homem, levanta uma lamentação
contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Tu és o 57
sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura” (Ez 28:12). Ele
era o próprio “selo da perfeição”, a criatura mais perfeita que Deus
criara naquele momento. Além disso, ele estava no Éden, o jardim de
Deus, e “de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o
diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda;
de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste
criado, foram eles preparados” (v. 13). Os ornamentos aqui são os
instrumentos musicais dedicados aos príncipes.
O versículo seguinte descreve mais: “Tu eras querubim da guarda
ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho
das pedras andavas” (Ez 28:14). Lúcifer fazia parte de um grupo
especial de anjos chamados de querubins, os responsáveis por guardar
a glória de Deus. Ele era perfeito: “Perfeito eras nos teus caminhos,
desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti”
(v. 15). Ele deve ter servido fielmente a Deus, usando a sabedoria e a
formosura que Deus lhe dera. Com certeza fez um excelente trabalho,
o que redundou em orgulho. Todo homem, quando se acha muito capaz
e realiza uma obra esmerada para Deus, fica sujeito ao orgulho. Isso
é inevitável. E, quando cai nessa situação, perde o controle e passa a
almejar posições mais elevadas.
Foi o que aconteceu com Lúcifer: “Na multiplicação do teu comércio,
se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei,
profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da
guarda, em meio ao brilho das pedras” (v. 16). Por ser tão perfeito,
ele não tolerou ver alguém desafiando sua posição, por isso buscou
apoio para galgar postos cada vez mais elevados, negociando posições
e cargos. Esse é o comércio descrito nesse versículo.
Assim como Lúcifer, o homem, com sua capacidade natural,
tenta comprar apoio e seguidores: “Elevou-se o teu coração por
causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do
teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que
A cura pela palavra
Leitura de apoio:
“Sala de guerra – Uma palavra aos líderes” – cap. 5 – Pedro Dong.
O modelo de Jesus na obra de Deus
59
SEMANA 4 – TERÇA-FEIRA
Leitura bíblica:
Gn 3:17; 4:2-5; Jó 10:1-6; Jo 5:30; Hb 2:6-9
Ler com oração:
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda” (Pv 16:18).
COMPETÊNCIA HUMANA
VERSUS DEPENDÊNCIA DE DEUS
O livro de Jó evidencia que, a seus próprios olhos, Jó vivia de
maneira justa. Ele era um homem que sempre honrava a Deus. Por
isso Este consentiu que ele passasse por uma situação de muitos
sofrimentos, ao perder os filhos e todo o seu patrimônio; até mesmo
seu corpo adoeceu e ficou coberto de úlceras. E Deus ainda permitiu
que três amigos tentassem convencê-lo de que nele havia pecado.
Jó, então, ficou muito aborrecido e começou a desabafar com
Deus, expondo seu coração: “Tens tu olhos de carne? Acaso, vês tu
como vê o homem? São os teus dias como os dias do mortal? Ou
são os teus anos como os anos de um homem, para te informares
da minha iniquidade e averiguares o meu pecado?” (Jó 10:4-6).
É como se Jó dissesse: “Deus, Tu és o Criador e não entendes a
criatura”. Nessa queixa de Jó, estavam ocultos os pensamentos
de Lúcifer. É como se o próprio Lúcifer dissesse: “Deus, Tu és
o Criador, mas não entendes a criatura. Tu vais precisar de mim:
eu vou Te ajudar”. Por isso ele se exaltou e pretendeu ser um rei
adjunto ao Altíssimo, mas Deus o lançou por terra. Essa foi a
primeira rebelião que houve no universo.
Após a queda do homem, Deus lhe disse que com fadigas obteria
o sustento da terra (Gn 3:17). No jardim do Éden, até então a terra
espontaneamente produzia alimentos, mas agora o homem teria de
trabalhar para obter o pão de cada dia: “No suor do rosto comerás o
teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és
A cura pela palavra
62
SEMANA 4 – QUARTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Gn 2:7; Sl 2:1-6; Zc 12:1; Hb 1:7-8
Ler com oração:
“Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa,
como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de
Deus” (2 Co 3:5).
64
SEMANA 4 – QUINTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Mt 28:18; 2 Co 3:5; Fp 2:5-11
Ler com oração:
“O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança,
não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito
vivifica” (2 Co 3:6).
essa sarça, sendo nós apenas um canal, pois o poder é Dele. Deus não
precisa de nós como combustível, porque Ele mesmo é o suprimento
de Seu poder. Esse é o princípio de Deus.
Jesus não veio ao mundo para fazer obras poderosas baseadas
em Sua própria capacidade, a fim de ser aplaudido e elogiado pelos
homens. Pelo contrário, Ele se humilhou e foi obediente a Deus até
à morte, e morte de cruz, que é o pior tipo de morte: “Tende em vós
o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele,
subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual
a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo,
tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e
morte de cruz” (Fp 2:5-8). 65
Esse caminho de Jesus é o caminho aprovado por Deus; e Ele deseja
que você e eu trilhemos o mesmo caminho, como está escrito: “Pelo
que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está
acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho,
nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus
Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2:9-11). Todo joelho
terá de dobrar-se, e toda língua deverá confessar que Jesus Cristo é o
Senhor para a glória de Deus Pai. Esse é o caminho! Deus O exaltou
sobremaneira para que Sua obra seja cumprida.
Toda essa autoridade foi dada a Jesus para a realização da obra de Deus
(Mt 28:18). Cristo, contudo, como a Cabeça, precisa da cooperação do
Corpo, por isso Ele disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas
as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo” (v. 19). Estamos indo, saindo às ruas para pregar o evangelho
do reino e orar pelas pessoas. Isso é fazer discípulos! O evangelho
do reino faz discípulos e os coloca sob o encabeçamento de Cristo.
E Ele acrescenta: “Batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo”. Ao falar sobre batismo, o objetivo é tornar as pessoas
membros do Corpo de Cristo, porque Deus quer que Cristo edifique
Sua igreja.
E o Senhor Jesus conclui a comissão aos discípulos assim:
“Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E
eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”
(28:20). Tudo o que Cristo recebe é para ser usado na obra de Deus.
Até mesmo a autoridade que Ele ganhou do Pai visa fazer Sua obra.
Cristo precisa edificar a igreja para, por meio dela, encabeçar todas as
coisas. Nós, Sua igreja, também cooperamos com o Senhor para trazer
o reino de Deus à terra. Enquanto trabalhamos, nosso Cabeça está
conosco. Ele está assentado no céu, mas também está conosco todos
os dias até à consumação dos séculos.
A cura pela palavra
66
SEMANA 4 – SEXTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Am 3:7-8; Jo 5:19-20; Ap 1:1-2
Ler com oração:
“Seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a
cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado
pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte,
efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor’’
(Ef 4:15-16).
68
SEMANA 4 – SÁBADO
Leitura bíblica:
At 10:40, 42; 17:31; Rm 2:16; 1 Co 15:24-28
Ler com oração:
“Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e
mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino” (2 Tm 4:1).
70
SEMANA 4 – DOMINGO
Leitura bíblica:
Lc 22:24-26; Jo 5:19-30; 2 Co 10:6
Ler com oração:
“Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus
a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que
vivas, tu e a tua descendência” (Dt 30:19).
A RESSURREIÇÃO DA VIDA
OU A RESSURREIÇÃO DO JUÍZO?
Jesus foi constituído Juiz sobre todas as coisas, e Deus punirá toda
desobediência por meio de nossa submissão a Ele (2 Co 10:6). Cristo
destruirá todos os principados e potestades e poderes. O último inimigo
a ser destruído é a morte. Não somente Satanás será lançado no lago
de fogo, mas também a morte e o Hades. O trabalho de Cristo acaba
somente quando tudo estiver sob Seu encabeçamento. Então o tempo
desaparecerá porque não será mais necessário, e seremos introduzidos
na eternidade. Quando o Filho julga, tudo fica limpo. O julgamento
de Cristo produz essa limpeza. Ele está limpando e julgando toda
desobediência. Por fim, o Filho entregará o reino a Deus Pai, e tudo
estará sob Seu encabeçamento. Deus finalmente será tudo e em todos!
Quem não honra o Filho não honra o Pai. Quem não honra o que foi
enviado não honra quem o enviou (Jo 5:23). No Antigo Testamento,
quando Deus enviava um profeta e o povo não o honrava, isso equivalia
a não honrar a Deus. Por meio do exemplo de Cristo, Deus também
quer limpar esse problema na igreja.
A história de João Batista e dos judeus, que fizeram dos princípios
O modelo de Jesus na obra de Deus
72