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Curso de Direito
Rosilda Rezende
Pará de Minas
2010
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Rosilda de Rezende
Aprovada em ____/___/___
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Dr. Evandro Alair Camargos Alves( orientador)
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Examinador 1
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Examinador 2
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RESUMO
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO.........................................................................................................04
7 CONCLUSÃO.........................................................................................................34
REFERÊNCIAS..........................................................................................................35
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1 INTRODUÇÃO
Pois bem, não muito tempo após a Constituição, surgiram duas leis, para
regulamentar o direito sucessório na União estável, a lei 8.971 /1994 assegurou
direito a alimentos e a sucessão do companheiro. No entanto, conservava ainda,
alguns ranços, pois, deixou de fora os separados de fato, reconhecendo apenas
como união estável a relação entre pessoas solteiras, viúvas, judicialmente
separadas ou divorciadas, como requisito fixou algumas condições, só
reconhecendo a união estável em relações existente a mais de 05 anos ou das quais
houvesse nascido prole. Assegurou também o direito ao usufruto sobre parte dos
bens deixados pelo “de cujus”.
Dois anos à frente, foi promulgada a lei 9.278/1996, que teve maior campo de
abrangência. Para o reconhecimento da união estável, não quantificou prazo de
convivência, assegurou as relações entre as pessoas separadas de fato, fixou
competência para vara de família dirimir os conflitos, reconheceu direito real de
habitação, gerou presunção de que os bens adquiridos a título oneroso na
constância da convivência são frutos do esforço comum e mais tarde, presumido,
pela só assistência recíproca, conforme ensina DIAS:
Com essa redução dos direitos sucessórios pode-se dizer que houve um
retrocesso social.
Legatário
Aquele que recebe a título singular, sempre por testamento, segundo nos diz
VENOSA.
Herdeiro
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algum ato compatível com tal condição, que se possa deduzir tal aceitação,
elucidamos ainda que atos como oficiosos, os meramente conservatórios não
implicam aceitação. A questão da aceitação tácita requerer cuidados que o próprio
Código Civil traça algumas regras. “Não se exprimem aceitação da herança os atos
oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatórios, ou os de
administração e guarda provisória” (art.1.805, §1º).
Qualquer interessado poderá a partir do vigésimo dia a contar da data de
abertura da sucessão, requerer que o juiz assine ao herdeiro prazo razoável, não
superior a 30 dias, para nele se pronunciar. O herdeiro será intimado a se
manifestar, se o fizer seja aceitando ou renunciando teremos então a aceitação ou
renúncia expressa, no entanto se o herdeiro quedar-se inerte, será presumida a
aceitação.
A lei proíbe a aceitação parcial, ou condicional, ou que imponha algum termo
para receber a herança, porém se, por exemplo, um pai deixa para um filho um
legado e uma herança, este decide aceitar apenas o legado ou vice versa não se
trata de aceitação parcial, mas apenas uma decisão independente quanto a títulos
diferentes de sucessão segundo nos ensina Neto:
A aceitação pode ser direta ou indireta, quando a aceitação for feita pelo
próprio herdeiro, estamos diante da aceitação direta, não obstante quanto for feito
por terceiros interessados, como no caso de sucessores dos herdeiros, tutor ou do
curador, gestor de negócios e credor do herdeiro teremos então a aceitação indireta.
Renúncia é o ato solene pelo qual uma pessoa declara que não aceita a
sucessão da outra, a renúncia não é um abandono de direito, mas sim uma
faculdade de adquiri-los. Esta só pode ser feita por escritura pública ou por termo
judicial art. 1806 do Código Civil (Brasil 2002).
A renúncia, tal como a aceitação não pode ser parcial nem estar sujeita a
condição ou a termo, a doutrina diverge quanto à outorga conjugal para a renúncia,
a maioria entende ser necessário à outorga conjugal para o herdeiro casado que
quer renunciar a herança.
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No entanto tal exclusão não pode ser feita de maneira arbitrária, esta só
poderá ser feita por razões expressamente mencionadas no testamento, sendo este
um rol taxativo, segundo nos ensina HIRONAKA:
Direito real de habitação foi criado com intuito de moradia, antes do código
de 2002, este direito do cônjuge estava vinculado ao regime de bens, somente o
regime da comunhão universal dava o direito, ao direito real de habitação e cônjuge
não era considerado herdeiro necessário.
Hoje no código atual, manteve-se o benefício da moradia, mas agora
desvinculado do regime de bens, conforme nos ensina o art. 1.831 do Código Civil.
estável, pois a restrição do código anterior não foi renovada conforme nos ensina
CAHALI:
Os titulares da herança serão condôminos do viúvo, que também poderá
ter a propriedade em razão da meação; entretanto, não poderão reclamar a
posse direta, nem tão pouco cobrar aluguel proporcional do imóvel, em
razão do direito real de habitação, enquanto este subsistir. (CAHALI,
HIRONAKA, 2007, p.173).
Devendo-se observar que este imóvel deverá ser o único desta natureza a
inventariar e ser destinado a residência da família.
Para eles esse direito não existe mais, uma vez que o art. 1.831 só se refere
ao cônjuge, e que a própria Constituição em seu art. 226 § 3º, fez questão de
esclarecer que se facilite a conversão da União Estável em casamento, visto posto
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os mesmos entendem que casamento e união estável não são a mesma coisa,
portanto há esta distinção, conforme nos diz CAHALI:
Nesse sentido entende nosso egrégio Tribunal de Justiça de Minas gerais que
a lei 9.278/96 não foi revogada, portanto está em vigor e em perfeita aplicabilidade.
O Tribunal de Justiça do Estado de Minas, através do Relator: Tarcisio
Martins Costa em 01/04/2008, negaram provimento a apelação cível de nº
1.0514.06.020813-9/001, Comarca de Pitangui, Imissão de posse, extinção do
condomínio, bem imóvel utilizado pela companheira sobrevivente, residência da
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7 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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BRASIL, Código Civil. Vade Mecum Acadêmico de Direito, Obra coletiva de autoria
da Editora Rideel com a organização de Anne Joyce Angher . 8.ed.,São Paulo:
Ridell, arts. 1790 e 1831.
DIAS, Maria Berenice. Direito de Família. 4 º.ed., rev. Atual. e ampl.,São Paulo:RT,
2008, p.169-173.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito das Sucessões. 7.ed.,São Paulo: Atlas, 2007,p.7-
14,132-136
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