II Simpósio Online Sulamericano de

Tecnologia, Engenharia e Ciência de Alimentos

Online, 22 a 26 de Maio de 2023

SIMULAÇÃO DA INGESTÃO DIÁRIA ACEITÁVEL DE

EDULCORANTES EM DIFERENTES GRUPOS POPULACIONAIS
Aloisio Henrique Pereira de Souza1, Gabrielli dos Santos1, Maria Fernanda Engel
Pangratz1, Jaqueline Daiane Silva Kazmierczak1, Vinicius Raul Pereira Karpen1,
Alessandra Iris Novak1, Thales Henrique Barreto Ferreira2, Cláudia Leite Munhoz3
1
Instituto Federal de Santa Catarina, Canoinhas, Brasil (souzaahps@gmail.com)
2
JBS, São Gabriel do Oeste, Brasil
3
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, Coxim, Brasil (clmunhoz@yahoo.com.br)

Os edulcorantes são substâncias empregadas nas formulações dos diversos alimentos, com a
finalidade de conferir o sabor doce a esses produtos. No entanto, os diversos edulcorantes podem
apresentar toxicidade a depender da quantidade ingerida ao longo do tempo, em relação a massa
corpórea de cada pessoa. O presente estudo buscou verificar o quantitativo de edulcorantes descritos
nos rótulos de bebidas não alcóolicas comercializadas no comércio varejista de Canoinhas-SC e
simular a ingestão diária aceitável (IDA) em diferentes grupos populacionais. Um total de quatro
marcas de sucos em pó (A, B, C e D) e duas marcas de refrigerantes (E e F), líderes de venda e
encontradas nas quatro principais redes de supermercados varejistas na cidade de Canoinhas-SC. A
seleção das amostras consistiu na aquisição do mesmo saber para todas as marcas de sucos em pó e
dos refrigerantes. Os cálculos de ingestão diária aceitável partiram da quantidade de miligrama (mg)
permitida para cada edulcorante multiplicado pelas seguintes massas corporais: criança com 30 kg
(Cri30); adulto com 50 kg (Ad50) e; adulto com 70 kg (Ad70). Posteriormente, o cálculo da IDA
foi feito para cada edulcorante declarado na formulação e estimado o máximo do consumo de cada
bebida, em cada grupo populacional: Cri30; Ad50 e Ad70. Todas as marcas (suco e refrigerante)
apresentaram acesulfame-K; Aspartame não constava apenas na amostra A; Sacarina sódica e
ciclamato de sódio foram encontradas nas amostras C, D, E e F, exceto ciclamato de sódio na F;
Sucralose é utilizada em apenas um suco (A) e refrigerante (E). As amostras C, D e E foram as que
tiveram maior número de edulcorantes na formulação (4). A quantidade máxima dos edulcorantes
para uma criança (30 kg) é de 150 mg de sacarina sódica; 330 mg de ciclamato de sódio; 1200 mg
de aspartame; 450 mg acesulfame-K e 450 mg de sucralose. Para os adultos com 50 e 70 kg,
respectivamente: 250 e 350 mg de sacarina de sódio; 550 e 770 mg de ciclamato de sódio; 2000
2800 mg de aspartame; 750 e 1050 mg de acesulfame-K e; 750 e 1050 mg de sucralose. Quanto ao
volume de cada um dos produtos, sucos e refrigerantes, se deu pela quantidade, na qual um dos
edulcorantes atingiu a IDA. Marca A: 4,6 L (Cri30), 7,7 L (Ad50) e 10 L (Ad70); Marca B: 2,7 L
(Cri30); 4,5 L (Ad50) e 6,4 L (Ad70); Marca C: 1,5 L (Cri30), 2,5 L (Ad50) e 3,5 L (Ad70); Marca
D: 1,9 L (Cri30); 3,2 L (Ad50) e 4,5 L (Ad70); Marca E: 0,8 L (Cri30); 1,4 L (Ad50) e 1,9 L (Ad70);
Marca F: 1,2 L (Cri30), 2 L (Ad50) e 2,8 L (Ad70). A marca A (Suco) é a que apresenta menor risco
de toxicidade. Enquanto os refrigerantes (marcas E e F) obtiveram um baixo valor de IDA.
Levantamentos sobre a toxicidade no consumo de edulcorantes, é uma forma de avaliar o risco de
exposição continuada da população, na ingestão diária de compostos potencialmente tóxicos.

Palavras-chave: Suco em pó; refrigerante; toxicidade; exposição continuada.