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JULIO C., ARYANA A., LARA S., LUCAS C., LEILIANE C., JOZIANE
S., ANA C., KAREN C., RICKELMY P.
PRIMEIROS SOCORROS:
Como identificar e proceder em uma situação de Obstrução das
Vias Aéreas por Corpo Estranho
IPATINGA - MG
2023
JULIO C., ARYANA A., LARA S., LUCAS C., LEILIANE C., JOZIANE S.,
ANA C., KAREN C., RICKELMY P.
IPATINGA – MG
2023
“Quem, de três milênios,
Não é capaz de se dar conta
Vive na ignorância, na sombra,
À mercê dos dias, do tempo.”
X X X
Ana Carolina Lima de Souza Aryana Assis Silva Joziane Santos Ferreira
X X X
X X X
PALAVRAS-CHAVES: OVACE, Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho, prevenção,
primeiros-socorros, sinais e sintomas, profissional de saúde, leigo, epidemiologia, DATASUS, óbito,
Brasil.
Abstract
Our work is about Foreign Body Airway Obstruction (FBAO), how it works,
occurs, and in what degrees, as well as presenting information on how to prevent and
react to this potentially fatal event. In addition, we address the conduct of a healthcare
professional and how to recognize its signs and symptoms, delving into and detailing
first aid techniques so that from a professional to a layperson, they know how to act in
cases of FBAO. We also conducted an epidemiological balance based on DATASUS
data on how many people have died due to this condition in Brazil.
KEYWORDS: FBAO, Foreign Body Airway Obstruction, prevention, first aid, signs and
symptoms, healthcare professional, layperson, epidemiology, DATASUS, death, Brazil.
Lista de Ilustrações e Tabelas
ILUSTRAÇÕES
TABELAS
1 INTRODUÇÃO
A OVACE é um termo técnico para a obstrução das vias aéreas por corpo
estranho, que ocorre quando um objeto é aspirado e fica preso na laringe ou traqueia,
impedindo a passagem do ar. Antigamente, muitas pessoas morriam por falta de
conhecimento sobre como lidar com OVACE e seus sintomas, mas em 1974 o médico
americano Henry Heimlich desenvolveu uma manobra simples e rápida para
desobstruir as vias aéreas. Essa manobra, conhecida como manobra de Heimlich, é
hoje amplamente usada em casos de OVACE e ajudou a reduzir significativamente o
número de óbitos por engasgo.
A OVACE pode ser classificada em dois níveis: parcial ou total, e pode ocorrer
tanto em pessoas conscientes como inconscientes. É importante saber reconhecer os
níveis de OVACE para tomar as medidas adequadas. Se você não souber fazer a
manobra de Heimlich corretamente, não tente desobstruir as vias aéreas da vítima
sozinho, pois isso pode agravar a situação. Nesse caso, ligue imediatamente para a
emergência, que poderá te auxiliar no processo da manobra. É fundamental que a
população esteja consciente da importância dos primeiros-socorros em casos de
OVACE, a fim de prevenir fatalidades e garantir a segurança das pessoas em
situações de emergência.
Os primeiros socorros são uma das formas mais antigas de cuidados médicos,
e suas origens remontam à antiguidade. Desde os tempos mais primitivos, as pessoas
utilizavam técnicas rudimentares para tratar ferimentos e doenças. No entanto, com o
passar do tempo, essas técnicas foram se aprimorando e se tornando mais eficientes.
Em tempos remotos, “quando os homens saíam para caçar e as mulheres
ficavam em casa com os filhos, muitas vezes os homens retornavam feridos, e os
cuidados eram prestados de acordo com o conhecimento e recursos disponíveis”,
(Gonçalves, 2014).
Com o advento de guerras e conflitos armados, a necessidade de atendimento
médico adequado se tornou ainda mais evidente. “Em 1099, uma organização
chamada Ordem de São João foi criada por cavaleiros religiosos com treinamento em
cuidados médicos para tratar especificamente de feridos no campo de batalha”
9
(LifeSaver, 2023). E “[...] embora esses cavaleiros fossem leigos, eles receberam
treinamento formal para prestar primeiros socorros”, (LifeSaver, 2023).
No século XIX, com o avanço da medicina, houve uma maior preocupação em
desenvolver técnicas de primeiros socorros mais eficientes. “Em 1859, o suíço Henry
Dunant1 fundou a Cruz Vermelha Internacional, uma organização que se tornou
referência mundial na prestação de socorro em situações de emergência” (CICV,
2016).
Hoje em dia, os primeiros socorros são uma parte fundamental da sociedade,
permitindo que pessoas sejam salvas e tenham uma chance maior de recuperação
em caso de acidentes e emergências médicas. “As técnicas de primeiros socorros
foram aprimoradas e padronizadas, permitindo que pessoas comuns possam prestar
ajuda em situações de emergência” (Ministério da Saúde, Brasil, 2020).
É importante ressaltar que os primeiros socorros são cruciais para evitar
complicações e salvar vidas, mas devem ser prestados por pessoas capacitadas. “A
situação de emergência exige socorro imediato, como em casos de ferimentos com
sangramento volumoso ou crises convulsivas, enquanto a urgência pode aguardar a
chegada da equipe médica [...]”, (Gonçalves, 2014). Os primeiros socorros não
substituem o atendimento médico especializado, mas são fundamentais para manter
os sinais vitais e diminuir o sofrimento da vítima.
Aprender as técnicas de primeiros socorros pode salvar vidas e é importante
que a população esteja sempre preparada para agir em caso de necessidade. Além
disso, o conhecimento em primeiros socorros também pode ajudar a prevenir
acidentes e lesões, já que muitas situações podem ser evitadas com medidas simples
de segurança.
3.1 CONCEITO
A obstrução das vias aéreas por corpo estranho (OVACE) é uma condição
crítica que pode afetar qualquer pessoa, independentemente da idade ou condição
física. É importante que a população esteja consciente dos riscos e saiba como agir
1
Henry Dunant (1828-1910), foi um empresário e filantropo suíço que teve um trabalho humanitário e
compromisso com os direitos dos feridos e doentes em tempos de conflito, tornou-se uma figura importante na
história da ajuda humanitária.
10
Cavidade
Nasal
Fonte: https://escolakids.uol.com.br/ciencias/epiglote.htm
Acessado em: 16 de fevereiro de 2023
Etiologia
Gravidade
Responsividade
3.2 EPIDEMIOLOGIA
3.2.1 Metodologia
O estudo realizado teve abordagem qualitativa, descritiva e retrospectiva, e
utilizou como fonte de dados os registros de óbitos por OVACE em diferentes regiões
do Brasil. Para coletar os dados, foram investigados os registros disponíveis no banco
13
3.2.2 Resultados
Foi identificado um total de 15.461 casos de óbitos por asfixia ocorridos no
Brasil no período de 1996 a 2020, resultando em uma média anual de 644,2 casos. A
região Sudeste apresentou a maior taxa de incidência, representando 42% dos casos
registrados, seguida pelas regiões Nordeste e Sul, com 21% e 20% dos casos
registrados, respectivamente. A região Centro-Oeste teve taxas de incidência
semelhante, com 11% dos casos, já região Norte teve a menor taxa de incidência,
com apenas 6% dos casos registrados, (Tabela 1).
14
A análise dos dados sugere que crianças com até 4 anos e idosos com mais
de 50 anos são os grupos mais afetados, representando 38% e 34% dos casos
registrados, respectivamente. Jovens entre 5 e 14 anos têm a menor taxa de
incidência, com apenas 5% dos casos registrados. Adultos entre 15 e 50 anos
representam o terceiro principal acometido com 22% do número de casos, (Tabela 2).
A análise dos dados sobre a cor/etnia das vítimas de OVACE mostra que a
maioria dos casos ocorre em indivíduos brancos (50%) e pardos (33%). As vítimas
pretas representam uma proporção menor de casos (4%), enquanto as vítimas
indígenas e amarelas representam proporções ainda menores (1%). Além disso, em
11% dos casos a cor/etnia não foi identificada.
No entanto, é importante ressaltar que a análise da relação entre cor/etnia e
OVACE deve ser feita com cautela e considerando outros fatores de risco, como por
exemplo as condições sociais e econômicas dos grupos mais vulneráveis, como as
populações negra e indígena, uma vez que esses grupos têm maior exposição a
condições precárias de habitação e saúde, (Tabela 4).
LOCAL DE
Nº DE CASOS MÉDIA ANUAL PORCENTAGEM
OCORRÊNCIA
HOSPITAL 6.861 285,8 44%
OUTRO LOCAL DE
ESTABELICIMENTO 1.147 47,7 7%
DE SAÚDE
DOMICÍLIO 5.477 228,2 36%
VIA PÚBLICA 554 23 4%
OUTROS 1.280 53,3 8%
NÃO IDENTIFICADO 142 5,9 1%
Fonte: dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Acessado em: 22 de fevereiro de 2023
3.3.1 Reconhecimento
O reconhecimento precoce da obstrução de vias aéreas é crucial para a
prestação de um atendimento eficaz em situações de emergência. A obstrução das
vias aéreas pode variar de uma obstrução parcial, que pode ser resolvida com tosse,
a uma obstrução total, que pode rapidamente evoluir para uma parada respiratória e,
consequentemente, uma parada cardíaca.
Segundo Vinícios (2021), o socorrista deve estar sempre alerta para os sinais
de obstrução das vias aéreas. A obstrução parcial pode ser identificada pela presença
de sibilos entre as tosses, mas com boa troca gasosa. Nesses casos, é importante
“[...] encorajar a vítima a continuar tossindo para expelir o corpo estranho, sem
interferir nos esforços respiratórios”. Já a obstrução total é caracterizada por tosse
ineficaz e fraca, ruídos respiratórios estridentes ou gementes, dificuldade respiratória
acentuada e, possivelmente, cianose.
Vinícios (2021) se aprofunda dizendo que “em adultos, a obstrução por corpo
estranho deve ser suspeitada em vítimas que subitamente param de respirar,
tornando-se cianóticas e inconscientes, sem razão aparente”. No caso de crianças ele
conclui que, “a obstrução das vias aéreas pode ser suspeitada em casos de
dificuldade respiratória súbita acompanhada de tosse, respiração ruidosa, chiado e
náusea. Se a obstrução se tornar completa, a dificuldade respiratória se agravará,
levando à cianose e perda de consciência”.
Conforme Vinícios (2021) ressalta, a obstrução total das vias aéreas pode
ocorrer em qualquer momento, mesmo durante a alimentação. Portanto, é
fundamental estar atento a sinais como a incapacidade de falar ou tossir, agarrar o
pescoço2, cianose e esforço respiratório exagerado. “A pronta ação é urgente,
preferencialmente enquanto a vítima ainda está consciente. [...], (Pois) a obstrução de
2
Sinal universal de sufocamento.
19
3.3.2 Causas
Em lactantes e crianças:
Em adultos:
Figura 2 - Observe que, durante a deglutição, a epiglote impede que o alimento siga para o sistema respiratório.
Quando isso ocorre, engasgamo-nos.
Segundo Vinícios (2021), também há obstrução das vias aéreas pelo conteúdo
regurgitado do estômago pode ocorrer durante a PCR ou durante as manobras de
RCP. Pessoas com nível de consciência alterado, como aquelas com intoxicação por
álcool ou drogas, também podem estar em risco de obstrução das vias aéreas pela
aspiração de material vomitado.
A obstrução parcial das vias aéreas é uma condição que pode apresentar
diversos sinais e sintomas preocupantes, mesmo que não apresente risco iminente a
vida da vítima suas manifestações clínicas não devem ser ignoradas. Os principais
sinais e sintomas podem incluir:
• Agitação: A dificuldade para respirar pode causar agitação e inquietação na
vítima.
• Ansiedade: A falta de ar pode causar ansiedade e medo na vítima.
• Disfonia: Um distúrbio na voz, que pode ser causado pela obstrução das
cordas vocais responsáveis pela voz.
• Dispneia: A obstrução parcial pode causar dificuldade para respirar, com a
respiração tornando-se mais rápida e superficial.
• Hemoptise: A eliminação de sangue pelo trato respiratório, devido a uma
hemorragia, provocado pelo corpo estranho.
• Levantamento das mãos a garganta: Gesto que indica que a pessoa está
com dificuldade para respirar ou engasgada.
21
• Palidez: A falta de oxigênio pode fazer com que a pele fique pálida.
• Respiração estertora: A obstrução parcial das vias aéreas pode fazer com
que a respiração da vítima fique ruidosa.
• Rubor facial: A pele do rosto fica vermelha ou corada devido ao aumento do
fluxo sanguíneo para os vasos sanguíneos na face.
• Sibilação: Respiração com um som semelhante a um chiado ou assobio.
• Tosse: A tosse é um mecanismo de defesa do corpo para tentar expelir o objeto
que está causando a obstrução.
De acordo com Santos et. al (2021), é importante ressaltar que, mesmo em
uma OVACE parcial, a obstrução das vias aéreas pode evoluir rapidamente para uma
obstrução completa, levando a complicações graves ou à morte. Portanto, é essencial
procurar ajuda médica imediatamente ao suspeitar de uma OVACE, mesmo que os
sintomas sejam leves ou moderados. Os sinais e sintomas de uma OVACE completa
incluem:
• Afasia: A vítima não consegue falar nem tossir.
• Agitação: A vítima pode ficar agitada, em pânico ou desorientada devido à falta
de ar.
• Apneia: A vítima não consegue respirar ou produzir sons respiratórios.
• Cianose: A pele e as mucosas ficam azuladas devido à falta de oxigênio.
• Colapso: A vítima pode cair no chão ou ficar sem movimentos.
• Convulsões: A falta de oxigênio pode levar a convulsões.
• Hemoptise: A eliminação de sangue pelo trato respiratório, devido a uma
hemorragia, provocado pelo corpo estranho.
• Levantamento das mãos a garganta: Gesto que indica que a pessoa está
com dificuldade para respirar ou engasgada.
• Sincope: Se a obstrução não for tratada, a vítima pode perder a consciência.
Em resumo, é crucial estar atento aos sinais e sintomas de obstrução das vias
aéreas independente de seu grau, pois eles podem indicar uma situação de risco que
requer atenção imediata. Portanto, é fundamental buscar ajuda médica prontamente
e estar preparado para realizar manobras de desobstrução de vias aéreas em caso
de emergência.
22
É fundamental estar ciente dos sintomas específicos que podem ocorrer com
base na localização do corpo estranho, (Tabela 7).
Tabela 7 - Localização do corpo estranho com seus sinais e sintomas
3.3.4 Diagnostico
A avaliação diagnóstica precisa e o tratamento adequado são essenciais para
garantir um desfecho favorável para o paciente. De acordo com Gonçalves et al
(2011), o passo mais importante no diagnóstico de OVACE é levantar a hipótese
diagnóstica e realizar a broncoscopia, considerada o procedimento padrão-ouro para
o diagnóstico e tratamento da OVACE. “A broncoscopia deve ser realizada em todos
os casos de suspeita de ACE3. As taxas de sucesso na extração de corpos estranhos
são acima de 98%”. Além disso, a radiografia de tórax pode ser útil no diagnóstico de
OVACE, identificando sinais de obstrução como hiperinsuflação, atelectasia,
pneumotórax e outras alterações.
Embora o diagnóstico de ACE possa ser facilmente confirmado através de
radiografias simples no caso de objetos radiopacos, a maioria dos corpos estranhos
aspirados não possuem essa característica; “[...] aproximadamente 20% das
3
Aspiração por Corpo Estranho.
23
No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe
ou pelo responsável legal. No entanto, se a criança for retirada do local do acidente
antes da chegada do socorro especializado, o prestador de socorro deve, se possível,
arrolar testemunhas que comprovem o fato, (Soares, 2013).
consentindo com o atendimento. Neste caso, a legislação infere que a vítima daria o
consentimento, caso tivesse condições de expressar [...]”, (Soares, 2013).
O consentimento implícito pode ser utilizado em situações envolvendo menores
desacompanhados dos seus pais ou responsáveis legais. Nesses casos, a legislação
presume que os pais ou responsáveis teriam dado o consentimento para o
atendimento caso estivessem presentes no local, (Soares, 2013).
ser feito com o máximo de agilidade e tranquilidade, pela própria pessoa que
presta o socorro inicial.
2- SOLICITAÇÃO DE AUXÍLIO
3- ATENDIMENTO
4- EXAME PRIMÁRIO
Segundo Soares (2013), o exame primário tem como objetivo identificar e tratar
as lesões que apresentam risco de vida imediato e é realizado logo após o contato
com a vítima. O exame primário consiste em verificar:
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5- EXAME SECUNDÁRIO
Nível de consciência
3. DOR: Não havendo resposta aos estímulos sonoros, a vítima tem de ser
submetida ao teste da chamada fase D, isto é para perceber se a pessoa ainda
sente dores, o que indicaria um leve estado de consciência, o socorrista realiza
um movimento com uma das mãos fechadas friccionando-a na região da junção
de seus dedos, na região central do tórax da vítima. Esta, por sua vez, tentando
inibir o movimento do socorrista ou mesmo gesticulando ou demonstrando com
expressões faciais que o friccionar de seu tórax a incomoda, indica que ainda
sente dores. Caso não haja nenhum tipo de reação da vítima ao estímulo, deve-
se considerar a etapa seguinte.
4. INCONSCIÊNCIA: Nessa fase, a pessoa vitimada encontra-se totalmente
inconsciente, ou seja, não está havendo atividade cerebral em seu organismo.
Percebendo-se a inconsciência quando ela não reagiu a nenhum dos três
estímulos anteriores (alerta, voz e dor), o que é muito preocupante, uma vez
que o cérebro começa a ter danos irreversíveis a partir de 6 minutos sem
receber oxigênio.
Sinais vitais
com o máximo de agilidade e exatidão possíveis, uma vez que o tempo é um fator
crucial para determinar ou não a sobrevivência, ou mesmo a recuperação sem
sequelas de uma vítima.
3.4.3 Prontuário
Para garantir um atendimento de qualidade e registro preciso do histórico
médico do paciente, é fundamental que a documentação do procedimento de
desobstrução das vias aéreas seja feita corretamente. Segundo Filho & Schull (1996),
para isso devem ser registrados no prontuário do paciente:
• Data e horário do procedimento;
• Atitudes do paciente antes da obstrução;
• Tempo aproximado que levou para a desobstrução das vias aéreas;
30
3.5 TÉCNICAS
Henry Heimlich
danos às vias aéreas. “Somente tentar a remoção se o corpo estranho estiver visível;
se não, está contraindicada a procura do material com os dedos”, (Vinícios, 2021).
Fonte: https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-
vitimas-em-decubito-dorsal/. Acessado em: 18 de fevereiro de 2023
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3.5.5 Aspiração
Mediante um caso de OVACE por substâncias com aspecto mais fluido, como
sangue ou secreções, a aspiração é uma das medidas possíveis e “[...] pode ser
realizada ainda na cena do acidente, mediante uso de aspiradores portáteis, ou no
interior da ambulância, pelo uso de aspiradores fixos”, que devem ser capazes de
promover vácuos e fluxo adequado para a sucção efetiva da faringe. (Vinícios, 2021).
3.5.6 LifeVac
O LifeVac é um dispositivo aprovado pela ANVISA que pode ser utilizado em
casos de engasgamento, seu funcionamento é simples “ele suga o que está preso na
garganta de volta à boca. O dispositivo permite que qualquer pessoa, sem treinamento
prévio, possa socorrer alguém que esteja sufocando em poucos passos”, (Moreira,
2019).
Figura 7 - Utilização do LifeVac
3.6 MANEJOS
Fonte: https://hemocord.com.br/como-socorrer-seu-bebe-se-ele-engasgar/.
• Fechar uma das mãos e posicionar o dedo mínimo na cicatriz umbilical, com o
polegar voltado para o abdome;
• Colocar a outra mão sobre a primeira;
• Aplicar compressões rápidas e efetivas, movimentando para trás e para cima,
simulando a letra jota, dosando a força;
• Realizar as manobras até a saída do corpo estranho ou até a criança tornar-se
não inconsciente ou não responsiva;
• Importante que a criança seja avaliada pelo médico para descobrir a causa da
obstrução e oferecer oxigênio se necessário;
• Caso a criança torne-se não responsiva e desmaie durante a manobra, segurar
e apoiar sua perna entre as pernas da criança, segurando para que ela não
caia e bata a cabeça, preferencialmente no chão.
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Fonte: https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/16346/mod_resource/content/1/un03/top01p02.html.
Acessado em: 21 de fevereiro de 2023
Fonte: https://www.clinicamarcosandrade.com/post/a-manobra-de-heimlich-salva-vidas-em-caso-de-engasgo.
Acessado em: 21 de fevereiro de 2023
• Peça à pessoa que fique em pé e que incline-se ligeiramente para frente. Isso
ajuda a facilitar a remoção do corpo estranho.
• Posicione-se atrás dela.
• Feche uma das mãos em forma de punho e posicione-a com o dedo mínimo na
cicatriz umbilical, mantendo o polegar voltado para o abdome, colocando a
outra mão sobre esta.
• realize as manobras de Heimlich rápidas e efetivas na região indicada, fazendo
movimentos para trás e para cima, simulando a letra jota.
• aplicando as compressões torácicas por cerca de 02 minutos contínuos,
comprimindo por cerca de 05 cm, dosando a força aplicada.
• Realize as manobras até a saída do corpo estranho, ou até o adulto tornar-se
inconsciente e irresponsivo.
• É importante que o adulto seja avaliado por um médico para descobrir a causa
do engasgo e oferecer oxigênio se necessário.
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• Coloque uma das mãos fechadas, com o polegar para dentro, na altura do
abdômen, um pouco acima do umbigo.
• Agarre com a outra mão o punho da mão que está na altura do abdômen.
• Faça pressão para dentro e para cima, com força, em direção ao tórax. A ideia
é criar uma pressão para que o objeto obstrutivo seja expelido.
• Utilize uma superfície rígida, como uma de cadeira, onde possa apoiar a mão
e com o peso do corpo realizar a compressão.
• Repita os movimentos até que o objeto seja expelido.
• Procurar atendimento médico para garantir que não haja danos às vias aéreas
ou outras complicações.
É importante lembrar que a manobra de desobstrução das vias aéreas deve ser
realizada somente em casos de OVACE completa.
Além disso, “se as suas manobras não estiverem sendo eficazes, é importante
chamar imediatamente uma equipe de emergência médica e seguir as instruções do
atendente enquanto aguarda a chegada dos profissionais de saúde”, (Varella &
Jardim). A continuação das manobras sem sucesso pode indicar que algo está errado
com a técnica e pode até mesmo piorar a situação da vítima.
3.7.1 Complicações
Segundo Filho & Schull (1996), se não for tratado imediatamente a OVACE
pode levar a complicações graves, como:
• Lesão nas vias aéreas: Quando o objeto que está obstruindo as vias aéreas
é removido, pode haver danos nas vias respiratórias, como rasgos ou
hematomas, que podem dificultar a respiração no futuro.
• Asfixia: A falta de oxigênio pode levar a danos cerebrais e parada cardíaca,
que podem ser fatais.
• Infecção: Se a obstrução não for removida imediatamente ou por completo,
pode ocorrer infecção nos pulmões e vias respiratórias.
• Lesão cerebral: A falta de oxigênio para o cérebro pode levar a danos
cerebrais irreversíveis, que podem afetar a função cerebral e as habilidades
motoras.
• Parada cardíaca: A falta de oxigênio pode levar a uma parada cardíaca, o que
pode ser fatal se não for tratada imediatamente.
A remoção rápida e segura do objeto que está obstruindo as vias respiratórias
é a chave para prevenir complicações e salvar vidas.
3.8 PROFILAXIA
• Evite dar alimentos que possam causar engasgos: alimentos como uvas
inteiras, pipoca, nozes, sementes e pedaços grandes de carne podem causar
engasgos em crianças e idosos com facilidade. É importante evitar oferecê-los
ou cortá-los em pedaços menores para reduzir o risco de OVACE.
• Evitar Conversar enquanto come: falar durante as refeições aumenta o risco
de engasgos, já que a fala interfere no processo de mastigação e deglutição.
Ensine a criança a comer sentada e com a boca fechada. Isso ajudará a
prevenir que a criança tente falar e comer ao mesmo tempo.
• Aprenda a técnica de primeiros socorros para OVACE: se você tem
crianças pequenas ou idosos em casa, é importante aprender técnicas de
primeiros socorros, uma vez que a má conduta durante uma situação de
emergência pode ser fatal.
• Não correr ou brincar enquanto come: é importante evitar correr ou brincar
enquanto come, pois isso aumenta o risco de engasgos. Sentar-se e mastigar
devagar para ajudara na digestão e reduzira o risco de OVACE.
• Mantenha objetos pequenos longe do alcance de crianças: é importante
manter objetos pequenos, como moedas, brinquedos pequenos e botões, fora
do alcance de crianças pequenas. Esses objetos podem facilmente ser
engolidos e causar engasgos.
• Ter os devidos cuidados para com o local onde o bebê irá dormir: para
garantir a segurança do sono dos bebês, é importante utilizar berços
certificados pelo Inmetro com grades de proteção fixas e distância entre elas
menor do que 6cm, colchão firme preso ao berço sem embalagem plástica e
sem a presença de brinquedos, travesseiros, cobertores e protetores. Além
disso, é recomendado que os bebês durmam de barriga para cima e adultos
evitem dormir com bebês, mas caso optem por dividir a cama, devem remover
objetos macios e evitar o uso de bebidas.
• Evite comer e beber enquanto dirige: comer e beber enquanto dirige
aumenta o risco de engasgos, o que pode ser especialmente perigoso
enquanto se está ao volante. É importante evitar essa prática para reduzir o
risco de OVACE.
Ao seguir essas medidas de prevenção, é possível reduzir significativamente o
risco de OVACE e garantir a segurança das pessoas. No entanto, é importante lembrar
48
que mesmo com todas as precauções, acidentes podem acontecer. Por isso, é
importante conhecer a técnica de primeiros socorros para OVACE e agir rapidamente
em caso de emergência.
4 CONCLUSÃO
Tendo em vista os aspectos observados, concluiu-se que a OVACE (Obstrução
das vias aéreas por corpos estranhos) seria a oclusão parcial (leve) ou total (grave)
das vias respiratórias, que, consequentemente, comprometeria o ciclo respiratório do
indivíduo. Se essa obstrução se tornar completo, ocorre agravamento da dificuldade
respiratórias, cianose, e perda da consciência. Em pouco tempo o oxigênio disponível
nos pulmões será utilizado, e, como a obstrução de vias aéreas impede a renovação
de ar, ocorrerá à perda de consciência, e, rapidamente, à morte.
O cuidado preventivo de OVACE tem como público-alvo as crianças, por serem
uma das principais vítimas de morte por aspiração de corpos estranhos, pela
curiosidade e reflexos de levar tudo à boca por desconhecer os riscos, e nos idosos,
que muitas das vezes ocorre de um processo mastigatório ineficiente pelo uso de
próteses dentárias inadequada e de pedaços de fragmentos soltos da mesma.
A primeira atitude a ser tomada do local do acidente é avaliar os riscos, e, se
houver algum perigo eminente, solicitar e aguardar a chegada de socorro
especializado. Logo, o treinamento em primeiros socorros torna se fundamental
nesses casos, uma vez que, uma pessoa devidamente capacitada adquire dentre as
técnicas de primeiros socorros, as características de encarar lucidamente e com
tranquilidade as situações adversas de um acidente, onde pessoas não treinadas
perdem o controle emocional, colaborando assim, para um aumento de risco tanto
para as vítimas, quanto para ela própria. Saber o reconhecimento precoce da
obstrução de vias aéreas é indispensável para o sucesso no atendimento.
49
REFERÊNCIAS
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https://reme.org.br/artigo/detalhes/1364#:~:text=Os%20acidentes%2C%20de%20aspira%C3
%A7%C3%A3o%20de,asfixia%2C%20causando%20hip%C3%B3xia%20na%20crian%C3%A
7a.
Araujo, J. C. (21 de Agosto de 2019). Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) em
adultos. Acesso em 05 de Dezembro de 2022, disponível em PEBMed:
https://pebmed.com.br/obstrucao-de-vias-aereas-por-corpo-estranho-ovace-em-adultos/
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São Paulo, SP, Brasil: Saraiva. Acesso em 17 de Fevereiro de 2023
CICV. (18 de Junho de 2016). Henry Dunant- biografia. Acesso em 12 de Janeiro de 2023,
disponível em COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA:
https://www.icrc.org/pt/document/henry-dunant-biografia
FebraBom. (2018). Como o Dr. Heimlich conseguiu sua manobra há 40 anos. Acesso em 10 de
Abril de 2023, disponível em FrebraBom: https://www.febrabomrs.org/2018/10/como-o-dr-
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Tecnica e Prática (3ª ed., pp. 337-340). São Paulo, SP, Brasil: Rideel. Acesso em 13 de
Outubro de 2022
Gonçalves, M. E., Cardoso, S. R., & A. J. (2011). Corpo estranho em via aérea. Rio de Janeiro.
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52
Glossário
A
Abdome: Parte inferior do tronco situado entre o tórax, do qual está separado pelo
diafragma, e a pequena bacia. A cavidade do abdome (cavidade abdominal)
contém a maior parte do aparelho digestório, do aparelho urinário e dos órgãos
genitais internos.
Adução: (1) Movimento pelo qual um membro ou um seguimento de membro é
aproximado do eixo mediano do corpo. (2) Ação de trazer, conduzir.
Afasia: Alteração ou perda da capacidade de expressar-se por meio da voz, da escrita
ou por sinalização, ou impossibilidade de compreender a linguagem falada ou
escrita, em decorrência de uma disfunção dos centros celebrais.
Agitação: Todo e qualquer aumento da atividade motora que evolui
desordenadamente. Pode estar associada a uma excitação mental.
Angústia: Estado de mal-estar geral, físico e psíquico que se manifesta por distúrbios
neovegetativos: rubor ou palidez, suores ou secura das mucosas, taquicardia ou
bradicardia, palpitação e nos casos estremos, angor espasmos digestivos,
tremores etc.
Ansiedade: Sensação de mal-estar psíquico caraterizado pelo temor de um perigo
eminente real ou imaginário
Antebraço: Parte do membro superior compreendida entre o cúbito e o punho..
Apneia: Parada temporária da respiração.
Arco: Designação genérica de estrutura curva.
Asfixia: Condição causada pelo aporte insuficiente de oxigênio.
Atelectasia: Condição em que os pulmões de um feto permanecem colados após o
parto; ou quando o pulmão entra em colapso e fica sem ar.
B
Braquial: Relativo ao braço.
Broncoscopia: Procedimento em que o especialista utiliza um tubo iluminado para
olhar dentro dos tubos respiratórios grandes e com o qual pode detectar certas
doenças e retirar amostras para exames.
C
Carótida: Principal artéria do pescoço.
Cianose: Coloração azulada da pele, resultante da má oxigenação do sangue.
Cinemática: Ramo da mecânica que estuda os movimentos.
Colapso: Retração anormal das paredes de um órgão.
53
D
Decúbito Dorsal: Posição na qual o paciente fica com a região lombar e torácica
posterior encostada na mesa do exame.
Decúbito Lateral: Posição na qual o paciente está de lado na mesa do exame; pode
ser lateral esquerdo ou direito.
Decúbito Ventral: Posição na qual o paciente fica com o abdome encostado na mesa
do exame.
Dedo Médio: Terceiro dedo em relação ao polegar.
Dedo Mínimo: Quinto dedo em relação ao polegar, também conhecido como
mindinho.
Dedo Indicador: Fica entre o polegar e o dedo médio, o segundo em relação ao
polegar.
Deglutição: Ato de engolir o bolo alimentar, fazendo com que o mesmo chegue até o
estômago.
Diafragma: Musculo que separa o tórax do abdômen, imprescindível tanto no
processo respiratório como no circulatório.
Digital: Referente aos dedos.
Disfonia: Dificuldade de falar.
Dispneia: Dificuldade de respirar.
E
Engasgo: Entrada de uma pequena porção de alimento ou liquido na traqueia
provocando sensação súbita de sufocação e intenso desconforto respiratório,
54
F
Faringe: Tubo musculomembranoso que se estende da base do crânio ao esôfago.
Femoral: Relativo ao fêmur ou à coxa.
Fricção: Ação de atritar o corpo, parcial ou totalmente, sob as formas de massagem
ou de aplicação de medicamento de ação local.
G
Garganta: Espaço compreendido entre o palatino e a entrada do esôfago. Em sentido
amplo, compreende a laringe, a faringe, o grupo de músculos que intervêm na
deglutição, os arcos palatinos e a base da língua.
Gasping: Também conhecida como respiração agônica, é o padrão respiratório
caracterizado por uma respiração ineficaz, com movimentos de curta duração,
ruidosos e espasmódicos
H
Hemoptise: Hemorragia da membrana mucosa do pulmão; expectoração de sangue.
Hiperinsuflação: pulmão está muito insuflado (distendido), pode ser relacionado a
uma inspiração profunda, biotipo ou doença pulmonar obstrutiva crônica, como
enfisema.
Hipoxia: diminuição do teor de oxigênio do sangue, podendo causar alterações do
padrão respiratório e da coloração da pele até alterações do nível de
consciência.
L
Laringe: Conduto aerífero interposto entre faringe, acima, e a traqueia, abaixo,
localizada na parte mediana e anterior do pescoço.
55
M
Mandíbula: Osso que constitui sozinho todo esqueleto da maxila inferior.
Mento: Porção inferior e média da face, saliente, e que se localiza abaixo do lábio
inferior.
Movimento de flexo-extensão: É um movimento angular que ocorre em articulações
em que um osso é dobrado em direção a outro (flexão) e depois estendido
novamente à sua posição inicial (extensão).
N
Náusea: Vontade de vomitar, seguida ou não de vômito.
O
Omoplata: Osso largo, delgado e triangular que forma a parte posterior do ombro;
escápula.
Orofaringe: Parte mediana da boca e da faringe que é limitada pelo véu palatino.
P
Palidez: (1) Quem não tem cor; descorado, lívido. (2) de uma cor amarelada doentia;
habitualmente usa-se com referencia ao aspecto da pele.
PCR: Parada cardiorrespiratória.
Pneumotórax: Entrada de ar na cavidade pleural, tornando a pressão neste local
positiva e causando distúrbios da dinâmica respiratória.
Q
Quadro Clínico: O conjunto das manifestações mórbidas objetivas e subjetivas
apresentadas por um doente.
R
Radiografia: Exame que usa radiação ionizante para colher imagens de áreas
internas do organismo.
RCP: Reanimação cardiorrespiratória.
Regurgitação: Volta de um líquido em sentido contrário, como o vômito sem esforço
que se verifica nos lactantes.
Rubor: Palavra latina que significa “vermelhidão”, sendo um dos sinais de inflamação.
56
S
Sibilo: Um assobio agudo durante a respiração.
Síncope: Perda súbita da consciência, desmaio, que geralmente é breve,
apresentando um estado de morte aparente devido à cessação momentânea das
funções cerebrais.
Sintomatologia: Estudo dos sintomas e do seu conjunto.
T
Tomografia: Exame bem detalhado por meio de raios X, em que se pode ter uma
idéia tridimensional do corpo humano.
Tórax: Parte do corpo em que se encontram importantes órgãos como a traqueia, os
pulmões, os pulmões, o coração e o esôfago.
Tosse: Reflexo fisiológico (de defesa) complexo e que pode também ser reproduzido
voluntariamente. Consiste em uma inspiração profunda com fechamento da
glote, seguida de uma expiração brusca, sacudida e barulhenta, destinada a
expulsar das vias respiratórias toda substância que irrita ou que entrava a
respiração.
Traqueia: Tubo cartilaginoso e membranoso que se estende da laringe aos brônquios
principais.
Tronco: Torso; compreende o pescoço, o tórax e a abdome
V
Virilha: Região localizada nos dois lados do corpo na união da face anterior da coxa
e da parede anterior do abdome.