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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL- SENAC XANXERÊ

TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Ana Paula Marques dos Santos Picoloto


Angélica Siqueira
Eduarda de Oliveira
Thaís Fernanda Poli

PREVENÇÃO DE OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO


(OVACE): CAPACITAÇÃO DE EDUCADORES E PAIS, EM LACTENTES DE 06 A
12 MESES

Xanxerê
2023

<5>
Ana Paula Marques dos Santos Picoloto
Angélica Siqueira
Eduarda de Oliveira
Thaís Fernanda Poli

PREVENÇÃO DE OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO


(OVACE): CAPACITAÇÃO DE EDUCADORES E PAIS, EM LACTENTES DE 06 A
12 MESES

Trabalho apresentado ao SENAC


como requisito parcial para obtenção
do título de Técnico em Enfermagem.
Orientadora: Thayline Cardoso

Xanxerê
2023

<5>
RESUMO

O presente projeto tem por objetivo capacitar professores, gestores,


colaboradores, pais e pessoas que frequentam ambientes de recreação frente a
ocorrências de Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE). O tema foi
escolhido por conta do número crescente de acidentes deste gênero, visto a
necessidade de uma capacitação em treinamento de primeiros socorros em
engasgamento de crianças. O engasgamento ocorre principalmente por três fatores
que chamamos de triangulo, imaginamos que, a primeira parte seja mastigar bem os
alimentos, a segunda não falar, não rir e não correr na hora da alimentação e a
terceira parte seja comer devagar e com calma nesses três momentos podemos ter
uma obstrução caso não seja instruído a forma correta das crianças se alimentarem.
Temos ciência de quão difícil é a alimentação por conta da agitação das crianças,
salienta-se também a importância de pequenos brinquedos que os mesmos levam
até a boca podendo causar também uma obstrução, já em lactentes ocorre
principalmente pela broncoaspiração do leite materno, muitas mães acabam
alimentando seus bebês e logo colocam dormir isso faz com que esse leite materno
retorne, até mesmo pela mamadeira ou mesmo da própria saliva. A lei Lucas foi um
fator chave para a importância do treinamento nas escolas. O treinamento ocorreu na
Escola de Educação Infantil- SESC, com um total de oito educadores. A metodologia
usada contou com diversificados recursos, slides, folder, banner, bonecos adulto e
infantil para as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar-RCP, golpes costais e
compressão subdiafragmática, com apoio da Coordenadora do curso a Enfermeira
Thayline Cardoso e também um apoio adicional externo, um profissional do Corpo de
Bombeiros Militar Cabo Picolotto. A oficina foi organizada de forma a todos terem
participação prática, para uma análise do conhecimento prévio foi entregue um
questionário no início e para verificar o que foi aprendido um questionário foi entregue
no final. A aplicação do projeto foi um sucesso, teve ótima aceitação, o grupo de
pesquisadores conseguiu que o conteúdo tivesse um olhar real da sua grande
importância de como agir diante uma situação de engasgo, sendo de uma maneira
rápida e efetiva. O trabalho é também uma forma de incentivar futuros pesquisadores
a trabalhar com Primeiros Socorros com ênfase na Lei Lucas a qual tem suas
diretrizes maravilhosas, porém ainda desconhecida por muitas pessoas que
frequentam o ambiente de recreação. Este projeto já vai poder auxiliar e ser fonte de
pesquisa, visto que ao longo do desenvolvimento do trabalho se verificou a escassez
de fontes na área, enfatizamos a nossa base, que foi o Manual Tópicos Introdutórios:
Suporte Básico a Vida do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Instituto
Brasileiro de Atendimento Pré-Hospitalar (IBRAPH) e protocolos da Cruz Vermelha
do Canadá.
Palavras-chave: OVACE; golpes costais; manobra de compressão subdiafragmática.

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SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO......................................................................................................p.5
2 OBJETIVOS GERAL...........................................................................................p.7
2.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS.............................................................................p.7
3 METODOLOGIA..................................................................................................p.8
4 JUSTIFICATIVA...................................................................................................p.8
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................p.10

5.1 LEI LUCAS......................................................................................................p.11

5.2 MANOBRA DE COMPRESSÃO SUBDIAFRAGMÁTICA...............................p.13


5.2.1 Vítima inconsciente....................................................................................p.15

5.2.2 Engasgo total e parcial..............................................................................p.16

6 PLANO DE AÇÃO.............................................................................................p.17

6.1 PRÁTICA ASISTENCIAL.................................................................................p.17

6.2 Plano de Atividades.........................................................................................p.18

7 RELATO DE EXPERIÊNCIA............................................................................ p.21

8 CONCLUSÃO................................................................................................... p.25
9 REFERÊNCIAS..................................................................................................p.26
ANEXO 01.............................................................................................................p.27
ANEXO 02.............................................................................................................p.29
ANEXO 03.............................................................................................................p.30
APENDICE 01...................................................................................................... p.31
APENDICE 02...................................................................................................... p.32
APENDICE 03...................................................................................................... p.34

<5>
1 INTRODUÇÃO

Acidentes no ambiente escolar acontecem com frequência, e na maioria das


vezes os professores não percebem. Martins et al. (2020) explica que pode ocorrer
em qualquer fase da vida, porém é mais frequente em crianças. Em muitos casos
ocorre obstrução acidental das vias aéreas também por alimentos, incluindo o leite
materno. Desta forma, pode-se afirmar que rotineiramente há situações em que as
crianças estão vulneráveis aos riscos.
Conforme cita Martins et al. (2020), em muitos casos os professores não estão
capacitados para agir e atender a essas situações de emergência, que muitas vezes
agravam o quadro de saúde das crianças acidentadas. É importante que toda a
população especialmente pais, mães, responsáveis estejam preparados e
capacitados em primeiros socorros para saber agir adequadamente quando houver
intercorrências e reduzir sequelas decorrentes do incidente.
A Lei Lucas foi criada para garantir que os profissionais que atuam no ambiente
escolar estejam capacitados e possam agir nesses momentos. O uso da tecnologia
em treinamento vai contribuir para alcançar melhores resultados. O treinamento sobre
os princípios básicos de Primeiros Socorros é de extrema importância para reduzir
danos oriundos de um socorro ineficaz.
Será realizada uma ação educativa em saúde, no formato de oficina prática,
para possibilitar o compartilhamento de conhecimentos para prevenir situações
emergenciais que transpassam o dia a dia, agir de forma rápida e eficaz diante de
uma ocorrência de Obstrução de Vias Aéreas (OVACE) em lactentes, diminuindo a
mortalidade e as complicações decorrentes do engasgamento. (MARTINS et al.,
2020)
A OVACE é uma emergência que requer atendimento rápido, o procedimento
correto é a manobra de golpes nas costas seguida de compressão subdiafragmática
realizado em todas as faixas etárias (adultos, crianças, nenês). Adultos e crianças, o
procedimento é realizado com uma mão sobre a outra com o punho fechado, sobre a
região superior do abdômen, entre o umbigo e o processo xifoide, puxar para dentro
e para cima. (Silveira; Sarte; Marques, 2021)
Na hipótese de não reverter o quadro de obstrução com a manobra e a vítima
ficar inconsciente é indicado a manobra de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP),
pois a manobra de compressão subdiafragmática não é indicada em pessoas
<5>
inconscientes. O RCP em adultos é realizado com 30 compressões por 2 ventilações
com 1 socorrista e 15 compressões por 2 ventilações com 2 socorrista, após 5 ciclos
de manobras de compressões reavaliar o paciente, num ritmo de 100 compressões
por minuto. Deve-se comprimir rápido e permitir o retorno do tórax, bebês o
procedimento é de dois dedos sobre o externo, neonatal comprimi o tórax com os dois
polegares, abraçando o peito do paciente com as mãos (3x1) numa velocidade de 90
compressões por minuto. (Silveira; Sarte; Marques, 2021)

<5>
2 OBJETIVO GERAL

Conscientizar pais e educadores infantis acerca da importância do treinamento


em Suporte Básico de Vida (SBV) para atender casos de OVACE.

2.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS

• Capacitar pais e educadores de crianças na faixa etária dos 6 meses aos 12


meses através de uma oficina prática de primeiros socorros em casos de
OVACE.
• Identificar o conhecimento prévio dos pais e educadores infantis acerca do
atendimento a casos de OVACE.
• Identificar a absorção do conhecimento pelos pais após a oficina, através de
um questionário escrito rápido.
• Orientar familiares e educadores infantis sobre formas de prevenção da
OVACE através de um folder informativo.
• Orientar pais e professores infantis sobre o atendimento a criança após a
desobstrução das Vias Aéreas (VA).

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3 METODOLOGIA

Estudo exploratório, através de pesquisa realizada em fontes de dados confiáveis


como o manual de Suporte Básico de Vida da Diretoria de ensino do Corpo de
Bombeiros Militar de Santa Catarina, canais como o Instituto Brasileiro de
Atendimento Pré-Hospitalar, livros, artigos científicos encontrados em bases de
dados como Scielo, American Heart Association, além de sites e bibliotecas
governamentais, Lei Lucas Lei nº 13.722 de 2018 e discussões em grupo, para
aprofundar os conhecimentos relacionados a OVACE, prevenção, complicações.
Mediante o exposto, busca-se uma coleta de dados, a fim de embasar a elaboração
de um questionário com perguntas simples para ter uma base do conhecimento prévio
dos profissionais da educação infantil, e pais antes de começar a oficina, após a
finalização será aplicado um questionário de finalização, para avaliar o retorno da
atividade. O objetivo principal do projeto é qualificar o conhecimento dos profissionais
da educação e pais, frente a OVACE, uma orientação completa, com ensinamento
prático das manobras em bonecos. Neste sentido, realizaremos um

a oficina prática, para fixar melhor o conhecimento exposto. Como recursos


utilizados, confecção e distribuição de panfletos, e para fixação dos conhecimentos
um banner informativo para ficar exposto no local.

4 JUSTIFICATIVA

A reflexão acerca da importância da prevenção da obstrução das Vias Aéreas


por corpo estranho OVACE, faz-se necessário uma vez que, acidentes domésticos
acometem cada vez mais as pessoas, principalmente as crianças menores de um
ano, indefesas e dependentes de um adulto a todo momento. A criança que está em
desenvolvimento, ainda está aprendendo, seu sistema neuropsicomotor está se
adaptando, momento este que há curiosidade, sem a capacidade de prever perigos,

<5>
inicia imitação do comportamento adulto, fase oral, pelo qual os objetos são colocados
a boca. (Fonseca, 2012)
Diante das características extrínsecas da criança, aprender sobre como agir é
essencial. Frente a grande quantidade de intercorrências de OVACE, acredita-se que
muitos casos que se agravam, acontecem devido à falta de instrução técnica dos
profissionais da educação e familiares despreparados para realizar o atendimento
inicial. Nesse entrave, Martins et al. (2020) sugere que se os mesmos
desenvolvessem domínio nos conhecimentos e habilidades diante da situação
emergencial poderia reduzir os agravos à saúde do lactente para favorecer o aumento
da sobrevida.
As atividades desenvolvidas nesse projeto visam maior sensibilidade em
atender as necessidades emergenciais. Neste sentido, a enfermagem por ser a linha
de frente no atendimento após a OVACE, assim como na identificação da prioridade
do atendimento e medidas preventivas, vai atuar de forma determinante na
capacitação e promoção da atuação assertiva do profissional e familiar. Martins et al
(2020)
Para Mota e Andrade (2015) o cuidado preventivo da OVACE tem como
público-alvo a educação infantil, profissionais da educação, pais e pessoas leigas
como estratégias de educação desenvolvida. Modificando os resultados negativos
para positivos por meio de adoção de medidas simples, mas, eficientes que podem
antecipar uma situação de risco como protagonistas dos primeiros cuidados desta
obstrução.
Toda a sociedade é beneficiada pela capacitação dos profissionais da
Educação Infantil, um exemplo é o Sistema Único de Saúde (SUS) com a diminuição
das internações e redução de gastos do dinheiro público, a família do paciente
também tem ganhos, e a criança vai ter sua vida preservada com menos riscos de
comprometer sua saúde. (MOTA e ANDRADE, 2015)

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5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A recorrência de OVACE no mundo em criança é de 7%, problema este que


configura morbimortalidade principalmente nas classes mais vulneráveis como
crianças e idosos. (Costa et al., 2021)

A notificação de casos de engasgo para crianças de 0 a 9 anos no Brasil


conforme Costa et al., (2021), no período compreendido entre os anos de 2009 a
2019, foi de 2148, com uma média anual de 195,27 de casos. As regiões que mais
notificaram em ordem decrescente foram Sudestes com 937 notificações, Nordeste
com 454 notificações e o Sul com 345 notificações.

Realizado um extrato mais específico quanto ao número de mortes, maioria


com 75% é de crianças <1 ano, sendo que é o grupo mais vulnerável que precisa
100% do auxílio de um adulto, seguido de 21,6% crianças de 1 a 4 anos e 6,4% de 5
a 9 anos. Relativo ao gênero, 60,56% crianças do sexo masculino e 39,44% do sexo
feminino, sendo que a faixa que tem mais prevalência é do gênero masculino na faixa
de 5 a 9 anos com 66,67%. O ano com maior incidência de óbitos do sexo masculino
por engasgo foi o ano de 2015 e o ano com maior incidência de óbitos do sexo
feminino por engasgo foi o ano de 2013. Óbitos de OVACE por alimentos, 78%
crianças <1ano, 17% de 1 a 4 anos, 5% de 5 a 9 anos. Mortes por outros objetos foi
39% crianças <1ano, 45% de 1 a 4 anos e 16% de 5 a 9 anos. (COSTA et al., 2021)

Óbitos conforme o ambiente e a etnia, Costa et al. (2021) refere nos seus
estudos, 45,39% ambiente hospitalar, 35,98% domicílio, 12,01% outros
estabelecimentos de saúde, 4,14% outros ambientes, 2,09% na via pública, 0,37%
não assinalado na notificação, foi ignorado. Óbitos relativos à etnia, 48,27% raça
branca, 41,43% raça parda, 4,42% não assinalado na notificação, foi ignorado.

Estudo realizado com 417 pais e cuidadores que aguardavam consulta médica
em hospital da rede pública e privada. Constatou-se que 41,8% das mães não
identificavam a tosse como sintoma de OVACE e 46,52% dos pais não

reconheciam o risco de uma criança colocar um brinquedo em sua boca. A


presença de tosse ocorreu em 75% das OVACE, e a presença do choro com abertura

<5>
maior da laringe é um fator agravante para obstrução das vias aéreas (COSTA et al.,
2021).

Para Lima et al. (2011), se uma pessoa tiver OVACE, com ausência de fala ou
tosse, é uma emergência que rapidamente pode ser fatal. A medida para reverter o
quadro de obstrução é os tapas costais em lactentes menores de 1 ano, outra medida
é os tapas costais seguidos da manobra de compressão subdiafragmática em
crianças maiores. No caso de a pessoa falar ou tossir a obstrução é parcial e não é
recomendado fazer nenhuma manobra, pois pode agravar a situação, levando a uma
obstrução completa, indicado levar para atendimento médico.

Como aponta Lima et al. (2011), várias atitudes podem ser tomadas para
prevenir obstrução das vias aéreas como: picar comidas ou frutas em pedaços
menores, fazer a mastigação mais lenta no caso de uso de próteses, no processo de
mastigação e deglutição evitar conversar e rir.

O sinal universal que mostra se uma pessoa está engasgada é:

Figura 1: Sinal universal de engasgamento. Fonte: Poli, Thais Fernanda.

5.1 LEI LUCAS

Para EME Doctors, em 2018 foi estabelecido uma lei que determina que
professores, funcionários, de escolas de educação infantil básicas, públicas ou
privadas e também de qualquer tipo de estabelecimento de recreação infantil, para
tenham capacitação em primeiros socorros devido a implantação da Lei Lucas 13.722
de outubro. Essa lei foi implementada após um acidente ocorrido em uma excursão

<5>
escolar, aluno Lucas Begalli de 10 anos após se engasgar com um pedaço de
salsicha, a docente presente não tinha capacitação para realizar os primeiros
socorros, o menino infelizmente veio a óbito. Foi estabelecido obrigatoriamente a
capacitação de professores e funcionários em primeiros socorros, pois no dia do
ocorrido nenhuma pessoa sabia como agir diante da situação, assim, foi estabelecido
a lei para dar assistência a vítima enquanto o socorro está a caminho.
A Lei Lucas vem pra capacitar os profissionais em primeiros socorros nas
instituições de ensino, conforme afirma Moreno (2021, p.4662-4663), os primeiros
socorros é a ação de atendimento imediato, no momento que a situação acontece
com determinada vítima, essa atitude rápida faz com que o atendimento intra-
hospitalar seja mais eficiente. A falta de conhecimentos, deixa os profissionais leigos
por não reconhecer os riscos vistos por socorristas, acidentes que levam a óbitos
muitas vezes.
Com base no Código Penal, a população que negligencie atendimento está
cometendo um crime, Moreno (2021, p.4665):
“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo, sem risco pessoal, á
criança, a abandonada ou extraviada, ou á pessoa inválida ou ferida, ao
desamparado ou em grave e iminente perigo, ou não pedir, nesses casos, o
socorro da autoridade pública: Pena- detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses
ou multa. Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão
resulta lesão corporal de natureza grave, é triplicada, se resulta de morte.”

A enfermagem tem a função de “Habilitar diretores, professores, enfim toda


equipe escolar a ver e a entender o que é conhecido como o “minuto de ouro”, aqueles
segundos preciosos”, assim considera Moreno (2021, p. 4663). Minutos que
significam sequelas ou óbito.
Ocorrências de OVACE tem uma taxa de 30% no risco de hipóxia, 45% risco
de morte, com destaque para a grande quantidade de sequelas e óbito que levam a
obstrução das vias aéreas. Índices que são potencialmente evitáveis frente as ações
educativas. (AMARAL, et al., 2019)
A incidência de acidentes é maior no âmbito familiar, assim declara Amaral, et
al. (2019), na residência muitas pessoas se sentem despreparadas para agir, muitas
vezes se deparam com a situação e logo em seguida se desesperam, as impedindo
de agir da forma adequada. Os familiares nessa situação tendo conhecimento de
primeiros socorros, a respeito dos sinais, sintomas, fatores de risco, vão ser o primeiro
e mais importante atendimento, o que resulta na resolutiva da maioria dos casos, sem
evolução para engasgo e/ou diminuição das sequelas.

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Na alimentação os principais itens que acontecem os engasgamentos é os
grãos, como milho, amendoim, feijão, numa porcentagem de 40%, além de elementos
oriundos dos brinquedos, missangas, tampas, bolinha de gude. Objetos finos,
redondos se alojam nas cordas vocais, causando tosse, dispneia. Nesses casos se
não houver liberação imediata do corpo estranho ocorre a asfixia. (MELO; SANTOS;
PEREIRA, 2019, p.8)

5.2 MANOBRA DE COMPRESSÃO SUBDIAFRÁGMATICA

A manobra como afirma Pereira (2017) é a melhor técnica de primeiros


socorros para a desobstrução das vias aéreas, procedimento que induz uma tosse
artificial, onde o corpo estranho é expulso, mudando o desfecho da vida de uma
criança engasgada.
A manobra se diferencia em bebês. Cita Silveira, Sarte, Marques (2021), sendo
bebê, posicionar o mesmo em decúbito ventral sobre um dos braços, inclinar a cabeça
que fique mais baixa que o tronco, apoiar a parte inferior da mandíbula do bebê com
o dedo médio de um lado e outros dois dedos do outro, aplicar até 5 golpes firmes
com a base da outra mão na região entre as escápulas da criança, observar se houve
desobstrução a cada batida. Pereira (2017) considera que após a desobstrução a
criança deve ser levada até o pronto socorro mais próximo para avaliação médica.

Figura 2: Manobra de golpes firmes nas costelas. Fonte: Siqueira, Angélica.

Conforme Silveira, Sarte, Marques, (2021, p.40) “Para executar os golpes


costais em adultos ou crianças, o socorrista deve: 1. inclinar o tronco do paciente para

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frente, apoiando o seu tórax com uma das mãos, 2. desferir um golpe firme com a
base da outra mão na região entre as escápulas da paciente; 3. repetir esse golpe
por até 5 vezes seguidas, observando se o objeto foi expelido a cada batida; 4. não
surtindo efeito, caso o paciente continue consciente, partir para as manobras de
compressão subdiafragmática.”

A manobra de compressão subdiafragmática é realizada seguindo esses


passos: Posicionar-se atrás da vítima, seguindo a altura da mesma, se for adulto ou
alto ficar em pé, se a pessoa for mais baixa ou criança o socorrista deve ficar de joelho
atrás da vítima de modo a ter maior efetividade da manobra. As mãos devem ficar
juntas, sobrepostas, com o punho fechado e o polegar por cima, na região entre o
umbigo e o processo xifoide. A manobra consiste em puxar firmemente as mãos para
dentro e para cima, se for criança, utilizar força moderada. (Silveira; Sarte; Marques,
2021)

Salienta-se que a manobra de compressão subdiafragmática pode ser feita


com a pessoa sozinha, como última alternativa, pois cada segundo é crucial para se
reverter o quadro da obstrução da via aérea. (Santos, 2019, p.227)

Figura 3 (esquerda): Manobra de compressão subdiafragmática com auxílio.


Fonte: Siqueira, Angélica e Poli, Thais Fernanda.

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Figura 4: Manobra de compressão subdiafragmática sozinha. Fonte: Poli, Thais
Fernanda.

5.2.1 Vítima inconsciente

Conforme Santos (2019, p.229), “Verificar a presença de pulso na artéria


femoral ou carótida, na ausência de pulsos verificar rapidamente se tem batimentos
cardíacos, ausência de batimentos cardíacos e presença de cianose nos lábios e
extremidades, proceder a manobra de ressuscitação cardiopulmonar: Manter a vítima
deitada em local duro e reto, entrelaçar suas mãos uma sobre a outra, com os dedos
retos, localizar o externo do paciente logo abaixo dos mamilos, onde a massagem vai
ser feita. Dobrar os dedos da mão que está em cima contra os dedos da mão de baixo,
a mão dominante deve ficar embaixo, com a parte inicial da palma da mão comprimir
o externo do tórax. São 30 compressões por 2 ventilações no adulto com 1 socorrista
e 15 compressões por 2 ventilações com 2 socorrista, na criança é 15 compressões
por 2 ventilações, em um média de 8 a 10 minutos, ou até a chegada do socorro”.

Figura 5: Manobra de Reanimação Cardiopulmonar (RCP). Fonte: Siqueira, Angélica


e Oliveira, Eduarda de.

<5>
5.2.2 Engasgo total e parcial

Quando percebemos que a criança está no engasgo parcial a mesma


apresenta-se com dificuldade respiratória, agitada, com tosse, choro, características
que apontam que ela está respirando. No engasgo total percebe-se que a criança tem
lábios cianóticos, incapaz de tossir ou chorar, tem obstrução completa das vias
aéreas. (MELO; SANTOS; PEREIRA, 2019, p.13)

Nos dois casos a manobra de compressão subdiafragmática é indicada, no


caso de inconsciência a manobra é de reanimação. Durante o atendimento a criança
é essencial ligar para um número de emergência, que irá prestar o suporte necessário
o mais rápido possível. (MELO; SANTOS; PEREIRA, 2019, p.13)

Uma forma de tentativa de desobstrução às cegas com os dedos, pode agravar


a situação, no caso do bebê ainda consciente, o objeto pode acabar se deslocando
para a laringe, terminando de obstruir ou danificar as vias aéreas, levando a ser fatal.
(MELO; SANTOS; PEREIRA, 2019, p.9)

<5>
6 PLANO DE AÇÃO

6.1 PRÁTICA ASSISTENCIAL

O QUE? Atividade educativa, de forma expositiva, dialogada com prática participativa


em primeiros socorros, com foco na prevenção de OVACE.

COMO? Será realizado uma roda de conversa, inicialmente será aplicado um


questionário para saber o conhecimento prévio do público, após será explicado sobre
a Lei Lucas, a manobra de compressão subdiafragmática adultos, infantil e lactente,
manobra de Reanimação Cardiopulmonar adulto/infantil e lactente. A explicação vai
ser aliada a prática dos participantes, cada manobra vai ser realizada nos bonecos e
simulação em dupla, de forma que o conhecimento teórico seja alinhado à prática,
fixando mais o conteúdo trabalhado.

POR QUÊ? Tem muita importância prevenir o engasgamento, pois é uma situação
bem recorrente no dia a dia, de pais e educadores. Com o treinamento vai ser salvo
muitas vidas. O presente projeto visa orientar a importância e a prática do
conhecimento em primeiros socorros diante da ocorrência de obstrução de vias
aéreas (OVACE) em lactente.

COM QUEM? Coordenação pedagógica e educadores em ambiente escolar.

QUANDO? Dia 20 de Setembro de 2023, no horário das 16:30h.

ONDE? O projeto será realizado no Sesc Xanxerê-Educação Infantil.

COM QUEM? Coordenação pedagógica e educadores, enfim todas as pessoas que


estiverem presentes no local, que tenham interesse, autorização e disponibilidade de
participar.

Recurso adicional? Auxílio do SENAC, para empréstimo de 2 bonecos. Empréstimo


de alguns bonecos com o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Verificou-se
a necessidade de vários bonecos para ter maior participação e otimização do tempo.

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RECURSO DIDÁTICO? Slides, folder, banner, questionários. Bonecos emprestados
do SENAC, boneco infantil, o boneco adulto de RCP, boneco Little Anne Baby,
Boneco Little Anne Adulto.

ORÇAMENTO? 8 canetas (azul e preta) R$: 8,00 reais aproximadamente.

Banner 90:1.20 R$135,00, R$190,00, 100 unidades panfletos (só fazem no mínimo
essa quantidade. Bampi Xanxerê.

Banner 1:1 R$ 65,00 Faxinal dos Guedes. (Orçamento escolhido).

Banner 90:1.20 R$125,00,15:21.

Banner 90:1.20 R$100,00 Cuca comunicação Xanxerê.

Folder: A5 50 unidades, R$50,00, São Domingos.

Folder: A5 100 unidades R$ 45,00 Faxinal dos Guedes. (Orçamento escolhido).

Folder: 50 unidades R$130,00, DK Digital Xanxerê.

6.2 PLANO DE ATIVIDADES

O presente projeto tem como base uma atividade educativa em primeiros


socorros como forma de prevenção. Antes do início da palestra será aplicado um
questionário com perguntas simples a respeito do tema OVACE (APENDICE 01) para
verificar o nível de conhecimento do público-alvo. No decorrer da palestra vai ser feito
uma oficina prática, com demonstração da realização das manobras, que podem ser
treinadas, para maior efetividade do conhecimento. Vai ser utilizado slides para auxílio
da apresentação, o projeto terá duração de 40 min. Ao final da palestra vai ser feito
um novo questionário para verificar o conhecimento que foi adquirido conforme
(APENDICE 02). Como forma de fonte de pesquisa e para relembrar os
conhecimentos aprendidos, vai ser entregue panfletos (APENDICE 03), o banner e o
panfleto seguem o mesmo modelo, o banner vai ficar no local, como forma de ser
relembrado os conhecimentos, e quem precisar para uma emergência de OVACE
poder utilizar.

<5>
Cronograma

Dia da semana: Quarta-Feira.

Período: Vespertino.

Horário: 16:30h.

Data: 20/09/2023.

Local: Sesc Xanxerê- Centro de Educação Infantil.

Escola: Comunicar gestão e demais educadores alguns dias antes para terem ciência
em tempo hábil para poder participar.

Divisão de Tarefas

Apresentação do grupo: Thais Fernanda Poli

Termo de consentimento livre esclarecido conforme ANEXO 01: Thaís Fernanda Poli.

Termo de autorização de uso de imagem conforme ANEXO 02: Thaís Fernanda Poli.

Questionário prévio: Thaís Fernanda Poli.

Slides: Thaís Fernanda Poli, Eduarda de Oliveira, Ana Paula Marques dos Santos
Picoloto.

Questionário pós apresentação: Equipe.

Folder entrega: Equipe.

Apresentação no dia: Apresentação da Equipe, Introdutório e questionários-


Pesquisadora Thaís Fernanda Poli, Lei Lucas- Pesquisadora Eduarda de Oliveira,
Explicação das manobras- Pesquisadora Ana Paula Marques dos Santos Picoloto,
Prática das Manobras de compressão subdiafragmática adulto, criança, lactente e
manobra de RCP- Pesquisadora Angélica Siqueira.

Levantamento de pontos críticos

<5>
-Não ter autorização para aplicar o projeto na prefeitura sendo assim vai ser aplicado
para o público adulto no Sesc.

- Não funcionar os slides: Slides impressos, conteúdo bem estudado, os slides é só


um norteador.

-Bonecos não serem emprestados: Utilização de bonecas infantis ou mesmo


imagens.

-Não participação do público na prática da atividade: Vai ser realizado uma conversa,
pela observação das práticas já pode ser aprendido.

-Pouco público: A apresentação vai acontecer normalmente, pois a pessoa que


aprende pode repassar os conhecimentos ou aplicar quando necessário, toda vida
que for salva é muito importante.

<5>
7 RELATÓRIO DE EXPERIÊNCIA

Chegamos no local as 15:50, a coordenação da escola nos recepcionou muito


bem, direcionaram até a sala onde aconteceria nossa apresentação, organizamos os
bancos, mesas, os bonecos para o momento da prática, banner, folder, separamos
os termos, a apresentação dos slides, testamos a caixa de som e tudo pronto para o
grande momento. O grupo como um todo estava com sentimentos como ansiedade,
nervosismo, um conjunto de fatores que é normal antes de uma apresentação não
habitual, se tinha muita expectativa, bastante planejamento, a prática iria dizer se todo
o empenho valeu a pena. Os professores começaram a chegar, cada um que entrava
era entregue um folder informativo para acompanhamento, e o termo para assinatura
e feito uma breve explicação do mesmo, no total foram 9 (nove) educadores
participando da ação educativa. A coordenadora do Curso Técnico em Enfermagem,
Enfermeira Thailyne Cardoso auxiliou começando a apresentação e explicando a
importância do Projeto Integrador no curso Técnico de Enfermagem. No
prosseguimento da apresentação a pesquisadora Thais apresentou as integrantes do
grupo e iniciou a apresentação falando sobre o tema, e a sua importância e o objetivo
do trabalho. Após a pesquisadora Eduarda apresentou a Lei Lucas Lei Federal nº
13.722/18, onde fala da importância e obrigação em primeiros socorros em ambientes
de recreação, a qual todos desconheciam essa lei. Foi explicado sobre o processo do
engasgamento passo a passo e enfatizado o quão é importante as pessoas que
frequentam e cuidam do ambiente de recreação, estarem bem treinadas diante de
uma situação de engasgamento, aplicado conforme a atualização do manual de
Suporte Básico a Vida do Corpo de Bombeiro Militar de Santa Catarina. A
pesquisadora Ana Paula iniciou com a explicação das manobras usadas durante a
obstrução das vias aéreas, falando o passo a passo de cada manobra. Sendo assim,
a pesquisadora Angélica deu sequência com a prática das manobras demostrando
nos bonecos. Finalizamos apresentação com os slides, começamos com a prática
ensinando os educadores como segurar um lactente e proceder com a manobra,
assim como a Manobra Subdiafragmática e Reanimação Cardiopulmonar (RCP),
todos participaram com muito animo e entusiasmo sendo assim, aplicada com
sucesso. Surgiram dúvidas durante a apresentação, no momento da prática foram
sanadas as mesmas explicando corretamente posições e atitudes diante do fato.
Após término foi entregue novamente um questionário sobre o conhecimento, e

<5>
apresentado um vídeo, onde foi entrevistado como ajuda complementar, um
profissional do Corpo de Bombeiros, o Cabo Picolotto que fez um relato das
experiências vividas sobre engasgamento, das mudanças da manobra e a
importância de como agir nesses momentos. Encerramos com agradecimentos do
grupo aos educadores pela oportunidade, de ter nos disponibilizado esse tempo, no
qual foi explicado e realizado práticas de um assunto de extrema importância. A
escola se disponibilizou para outros momentos de aprendizado com assuntos
importantes como este a serem abordados. A coordenadora Thayline Cardoso se
propôs levar a ideia para as turmas em andamento do Senac para os novos Projetos
Integradores, alguns relacionados ao mesmo tema em primeiros socorros. A mesma
explicou que o banner ficaria exposto no local como forma de manter o conhecimento
ativo.

APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO PASSO A PASSO

Na aplicação do questionário pré-projeto verificou-se que os participantes


detinham bastante conhecimento prévio:

Com relação a pergunta -Você sabe o que é Obstrução das Vias Aéreas
(engasgamento)? 100% dos participantes responderam que sim.

A segunda pergunta –O que você faria frente a uma situação de emergência


(engasgamento)? E, 77,7% dos participantes responderam que ligaria para um
número de emergência, 11% responderam que ligaria para algum familiar, 11%
responderam que resolveria a situação sozinho. Frente as respostas notaram-se que
ligar para um número de emergência é uma das principais atitudes, o que é correto
pois a Central Telefônica vai repassar a melhor conduta ser feita. Na situação de
tentar resolver sozinho também é necessário ligar para um número de emergência,
enquanto faz a manobra ou após, porque mesmo revertendo o quadro é necessário
passar por uma avaliação médica. Conforme Silveira, Sarte, Marques (p.43, 2021)
“As compressões torácicas em uma vítima de OVACE pode causar lesões internas
graves que necessitam ser investigadas posteriormente no hospital .”

Terceira pergunta-Sabe quais os principais sinais/sintomas de uma obstrução


das vias aéreas (nariz/boca)? E, 77,7% responderam que sim, saberia reconhecer os
sinais e sintomas, 22% responderam que não saberia identificar. O fato de saber

<5>
reconhecer os sinais e sintomas de uma obstrução é muito importante, principalmente
para agir em tempo hábil e poder reverter o quadro.

Relativo a quarta pergunta - Você sabe identificar qual é o número de


emergência para ser acionado? Essa questão teve 33% dos participantes com mais
de uma resposta, 22% responderam que acionaria o 190 e o 192, 11% responderam
todos os números de emergência, 66% responderam só uma alternativa. O número
190 da Polícia Militar teve 7,14% das marcações, o número 193 do Corpo de
Bombeiros Militar teve 50% das marcações, o número 192 do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com 35,71 % das marcações, a opção todos
os números de emergência 190,193 e 192 teve 7,14% das marcações. Ressalta-se
que todas as alternativas estão corretas, contudo, o serviço mais especializado para
atender a ocorrência de OVACE é o Bombeiro Militar e o Samu.

A questão -Você já passou por uma situação de obstrução das vias aéreas?
100% das respostas foi não. Essa afirmativa aponta a importância do conhecimento
prévio antes da ocorrência de OVACE, pois se caso acontecer a obstrução das vias
aéreas os participantes vão estar preparados, e o desespero não vai surgir, vão estar
preparados para salvar sua própria vida e também de terceiros.

No questionário pós-projeto verificou-se uma mudança de postura dos


participantes, relativo à obtenção de conhecimento teórico e prático, como se segue:

A pergunta -Você julgou o tema desta atividade relevante? 100% dos


participantes pontuaram que sim, o tema é muito importante.

A segunda pergunta –Agora você se sente seguro de agir em uma situação de


Engasgamento? 100% dos participantes pontuaram que sim, a partir do treinamento
realizado agora se consideram aptos a agir numa situação de emergência de OVACE.

Na terceira pergunta -Você conseguiu compreender o que foi exposto? 100%


dos participantes pontuaram que sim, de forma clara o conteúdo exposto pode ser
assimilado bem pelos participantes.

Na Quarta questão -O tempo utilizado pela atividade foi bom? 100% dos
participantes pontuaram que sim, a realização da atividade teve seu tempo bem
considerado, devido a terem gostado bastante do que foi exposto, visto que o tempo
seria de 40 minutos, foi utilizado 1hora e 30 min aproximadamente. Alguns

<5>
educadores pontuaram que o tempo poderia ser maior devido a importância do tema,
para ser mais aprofundado.

A quinta questão -Você indicaria esse treinamento para outras pessoas? 100%
dos participantes pontuaram que sim, todo treinamento é válido, todo conhecimento
aprendido vai poder ser aplicado e repassado também.

Nas sugestões foi colocado que o trabalho deveria ser realizado com os pais
também, esse era um dos objetivos iniciais de aplicação do projeto, visto que não foi
conseguido aplicar no local escolhido, como segunda opção ficou o Sesc- Educação
Infantil pelo convenio com o Senac, foi realizado treinamento somente com os
educadores, se detivéssemos mais tempo e oportunidade com certeza teríamos a
participação dos pais também.

Muitos profissionais colocaram que foi muito importante ter um momento com
a equipe escolar, para treinamento e que outros locais também deveriam ter, como
escolas, CEMEIS, entidades, sendo bastante importante todos terem conhecimento.
Enfatiza-se que quanto mais pessoas tiverem o treinamento da manobra de golpes
nas costas, manobra de compressão subdiafragmática(crianças, adultos), manobra
de compressão torácica (bebê) e a massagem de Ressuscitação Cardiopulmonar
(bebê e adulto), maior abrangência a prática de primeiros socorros vai ser efetivada,
menos pessoas vão ficar engasgadas, menos sequelas e mais vidas salvas.

Foi relatado que o conhecimento foi uma ótima oportunidade de aprendizado,


e que seria bom ter cursos com maior frequência, agradeceram as orientações, para
saberem como vão proceder nesses casos, e vão compartilhar com os familiares o
tema.

<5>
8 CONCLUSÃO

O presente projeto de pesquisa é um norte para a implantação de um


treinamento de técnicas para prevenção de Obstrução de Vias Aéreas (OVACE). A
partir dos estudos realizados em artigos, com ênfase na Lei Lucas verificou-se a
necessidade urgente de realizar o treinamento.

Destacamos que o assunto é de suma importância, pois a prevenção leva a


redução de mortes e sequelas da obstrução das vias aéreas, ou seja, um treinamento
bem realizado e alinhado com os propósitos de prevenção de acidentes terá um alto
nível de efetividade e aproveitamento no atendimento inicial de primeiros socorros e
na agilidade por busca de socorro especializado.

Ressalta-se que é grande a responsabilidade de um professor que cuida de


crianças pequenas, pois está cuidando de muitas vidas que ainda não tem plena
autonomia e consciência de seus atos. Quanto mais conhecimento e prática, mais
habilitado o profissional se encontra para situações emergências de primeiros
socorros.

Enfatiza-se que na busca do conhecimento teórico para a produção do


presente projeto, evidenciou-se poucas literaturas referentes ao assunto escolhido,
contudo está barreira não foi empecilho, visto a relevância do conteúdo. Enfatiza-se
que a produção do projeto vem a somar em futuras pesquisas, com mais conteúdo
disponibilizado para auxiliar outros pesquisadores.

O projeto de estudo agregou bastante conhecimento na área, principalmente


como futuro profissional Técnico de Enfermagem, onde se exige bastante estudo para
a excelência profissional, muita leitura e pesquisa, para depois poder colocar em
prática com segurança e se tornar um ótimo profissional no mercado de trabalho.

Referente a prática do projeto, foi muito promissor, atingiu todas as


expectativas, foi além do que era esperado. A apresentação teve ótima aceitação, os
participantes da pesquisa se envolveram bastante, questionaram, deram sugestões,
fizeram todas as práticas e questionários propostos. Sendo assim, aplicado com
sucesso.

<5>
<5>
9 REFERÊNCIAS

AMARAL, Jesislei Bonolo do; FELIX, Márcia Marques; FERREIRA, Maria Beatriz
Guimaraes; RIBEIRO, Samira; BARBOSA, Maria Helena. Caracterização dos casos
de óbito acidentais de crianças por aspiração de corpos estranhos em minas
gerais. REME-Revista Mineira de Enfermagem. V.23, p.1218, 2019.
COSTA, Iara Oliveira; FELIPE, Rawllan Weslley Alves; RAMOS, Tiago Barbosa;
GALVÃO, Victor Bruno de Lima; AGUIAR, Michelle Sales Barros de; ROCHA, Vinicius
de Gusmão. Estudo descritivo de óbitos por engasgo em crianças no Brasil.
Revista de Pediatria SOPERJ. V.21, supl. 1, n.1 p.11-14, 2021.
LIMA, Fabíola Zanaga de; CONTEZINI, Isabel Cristina Pereira; OECHSLER, Susan;
QUISPE, Virginia Luzmila Davila. Educação em saúde: Multiplicando informações
em suporte básico de vida. Projeto Integrador. IFSC. Joinville/SC, 2018.

MARTINS, Aline Alcântara Rodrigues; BARCELOS, Esther Oliveira Lima;


FRAUCHES, Gabrielli Queiroz do Nascimento; UHl, Laura Bessa Alves; Carolina
Magalhães dos Santos, AZEVEDO, Aline Siqueira de; PASSOS, Ana Paula Peçanha.
Lei Lucas e o treinamento de professores da rede pública municipal em Campos
Dos Goytacazes-RJ. Biológicas & Saúde, v.10, n.34, p.25-26, 16 set. 2020.
MELO, Adriano Almeida; SANTOS, Paulo Ubiratan Silva dos; PEREIRA, Divinamar.
Conhecimento dos pais quanto a procedimentos realizados diante do engasgo
na criança. Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos.
TCC. Brasília-DF.2019.
MORENO, Silvia Helena Reis; FONSECA, João Paulo Soares. A importância das
oficinas de primeiros socorros após a implantação da Lei Lucas: a vivência de
um colégio. Brazilian Journal of Health Review; Curitiba, v.4, n.2, p. 4661-4674
mar./apr.2021.

MOTA, Larissa Larie; ANDRADE, Selma Regina de Andrade. Temas de atenção pré-
hospitalar para informação de escolares: A perspectiva dos profissionais do
SAMU. Texto contexto enferm, Florianópolis, Jan-Mar; 24(1):38-46, 2015.

SANTOS, Nivea Cristina Moreira. Urgência e emergência para a enfermagem,


mais do atendimento pré-hospitalar (APH) à sala de emergência. São Paulo:
Èrica, 7 ed. 2019.
SILVEIRA, Henrique Piovezan da; SARTE, Anderson Medeiros; MARQUES, Rafael
Melo. Tópicos introdutórios: suporte básico à vida. Corpo de Bombeiros Militar de
Santa Catarina. Florianópolis: 2021.

<5>
ANEXO 01

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

O(a) senhor(a) está sendo convidado a participar de uma pesquisa, não


remunerada, exploratória intitulada Prevenção de obstrução de vias aéreas por corpo
estranho (OVACE): capacitação de educadores e pais, de lactentes de 06 a 12
meses, que fará uma apresentação com participação prática, tendo como objetivos
geral: Conscientizar pais e educadores infantis acerca da importância do treinamento
em Suporte Básico de Vida (SBV) para atender casos de OVACE e objetivos
específicos: Capacitar pais e educadores de crianças na faixa etária dos 6 meses aos
12 meses através de uma oficina prática de primeiros socorros em casos de OVACE.
Identificar o conhecimento prévio dos pais e educadores infantis acerca do
atendimento a casos de OVACE. Identificar a absorção do conhecimento pelos pais
após a oficina, através de um questionário escrito rápido. Orientar familiares e
educadores infantis sobre formas de prevenção da OVACE através de um folder
informativo. Orientar pais e professores infantis sobre o atendimento a criança após
a desobstrução das Vias Aéreas (VA).
Serão previamente marcados a data e horário para a atividade, utilizando
(slides, questionários, fotos, vídeos, bonecos de reanimação cardiopulmonar, etc.).
Estas medidas serão realizadas na Escolinha de Educação Infantil-Sesc Xanxerê.
Também serão realizados(as) oficinas práticas para fixação do conteúdo. Não é
obrigatório participar de todas as oficinas e responder a todas as perguntas.
Os riscos destes procedimentos serão mínimos por envolver prática, contudo
o risco é minimizado por ser feito em bonecos.
A sua identidade será preservada na participação da atividade.
Os benefícios e vantagens em participar deste estudo serão de prevenir
engasgos em crianças, de saber agir na ocorrência de uma OVACE, a pessoa
qualificada também pode repassar o conhecimento e utilizar em qualquer ambiente
para salvar uma vida.
As pessoas que estarão acompanhando os procedimentos serão as
pesquisadoras Ana Paula Marques dos Santos Picoloto, Angélica Siqueira, Eduarda
de Oliveira e Thaís Fernanda Poli, alunos do curso Técnico de Enfermagem, a

<5>
orientadora do projeto é a professora do curso Técnico de Enfermagem Enfermeira
Thayline Cardoso.
O(a) senhor(a) poderá se retirar do estudo a qualquer momento, sem qualquer
tipo de constrangimento.
Solicitamos a sua autorização para o uso de seus dados para a produção de
artigos técnicos e científicos. A sua privacidade será mantida por meio da não-
identificação do seu nome.
Este termo de consentimento livre e esclarecido é feito em duas vias, sendo
que uma delas ficará em poder do pesquisador responsável e outra com o sujeito
participante da pesquisa.

Pesquisadora Responsável: Thaís Fernanda Poli. Telefone para contato: (49) 9830-
3320.
Pesquisadores Participantes: Ana Paula Marques dos Santos Picoloto, Angélica
Siqueira, Eduarda de Oliveira e Thaís Fernanda Poli. Telefones para contato: (49)
98424-3418, (49) 984271696, (49) 9818-4718, (49) 9830-3320.

TERMO DE CONSENTIMENTO

Declaro que fui informado sobre todos os procedimentos da pesquisa e, que recebi
de forma clara e objetiva todas as explicações pertinentes ao projeto e, que todos os
dados a meu respeito serão sigilosos. Eu compreendo que nesta atividade de estudo,
a simulação das práticas das manobras será feita em mim e que fui informado que
posso me retirar do estudo a qualquer momento.
Nome por extenso
__________________________________________________________________
Telefone para contato:________________________________________________

Assinatura _________________________________________________________

Local: Escolinha de Educação Infantil-Sesc Xanxerê Data: 20/09/2023.

<5>
<5>
ANEXO 2

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMAGEM

Eu, ___________________________________________________ inscrito


no CPF sob nº _______________________ residente à rua
__________________________________________________nº_______bairro
________________________cidade __________________________ estado de
Santa Catarina, AUTORIZO o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial –
SENAC/SC, a utilização da minha imagem e som, destinada à divulgação para o
público em geral e/ou apenas para uso interno desta instituição, por meio da internet,
televisão, jornal, rádio, inclusive, outdoor, busdoor, folhetos em geral(encartes, mala-
direta, catálogo), folders de apresentação, anúncios em revistas e jornal em geral,
home page, cartazes, back-light e mídia eletrônica.

A presente autorização é concedida a título gratuito, abrangendo o uso de


imagem e som acima mencionados em todo o território nacional e no exterior. Por
esta ser a expressão da minha vontade declaro que autorizo o uso da minha imagem,
nada tendo a reclamar a título de direitos conexos à imagem ou a qualquer outro, e
assino a presente autorização em 2(duas) vias de igual teor e forma.

Xanxerê, 20 de setembro de 2023.

___________________________________________________________________

Assinatura do participante

<5>
ANEXO 3

<5>
APENDICES 01
QUESTIONÁRIO PRÉ PROJETO

1)Você sabe o que é Obstrução das Vias Aéreas (Engasgamento)?


( ) sim ( ) não

2)O que você faria frente a uma situação de emergência (Engasgamento)?

( ) Ligar para um número de emergência.


( ) Ligar para algum familiar.

( ) Resolveria sozinho essa situação.

3)Sabe quais os principais sinais/sintomas de uma obstrução das vias aéreas


(nariz/boca)?
( )sim ( )não

4)Você sabe identificar qual é o número de emergência para ser acionado?

( )190 Policia Militar

( )193 Corpo de Bombeiros

( )192 Samu

( )Todas as alternativas

5) Você já passou por uma situação de obstrução de vias aéreas (nariz/boca)?

( ) sim

( ) não

<5>
APENDICE 02

QUESTIONÁRIO PÓS PROJETO

1) Você julgou o tema desta atividade relevante?

( )sim ( )não

2) Agora você se sente seguro de agir em uma situação de Engasgamento?


( )sim ( )não

3) Você conseguiu compreender o que foi exposto?

( )sim ( )não

4) O tempo utilizado pela atividade foi bom?


( )sim ( )não

5) Você indicaria esse treinamento para outras pessoas?

( )sim ( )não

Sugestões:

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

<5>
APENDICE 03

PREVENÇÃO DE OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO


(OVACE): FRENTE A CAPACITAÇÃO DE EDUCADORES E PAIS, EM
LACTENTES DE 06 A 12 MESES NO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL-SESC

Manobra de compressão subdiafragmática: Posicionar-se atrás da vítima, seguindo a altura da mesma, se a


pessoa for mais baixa ou criança o socorrista deve ficar de joelho atrás da vítima de modo a ter maior efetividade
da manobra.

Manobra compressão subdiafragmática (pessoa sozinha).

Posição das mãos: As mãos devem ficar juntas, sobrepostas, com o punho fechado e o polegar por cima, na
região entre o umbigo e o processo xifoide. A manobra consiste em puxar firmemente as mãos para dentro e para
cima, se for criança, utilizar força moderada.

Sinal universal de engasgamento.

Manobra em criança: posicionar o mesmo em decúbito ventral sobre um dos braços, inclinar a cabeça que fique
mais baixa que o tronco, apoiar a parte inferior da mandíbula do bebê com o dedo médio de um lado e outros dois
dedos do outro, aplicar até 5 golpes firmes com a base da outra mão na região entre as escápulas da criança,
observar se houve desobstrução a cada batida.

Reanimação

<5>
Técnico em enfermagem Módulo V

Turma 2023.2137.001

Orientadora: Thayline Cardoso

Alunas: Ana Paula Marques dos Santos Picoloto, Angélica Siqueira, Eduarda de Oliveira, Thaís Fernanda Poli.

Referências

SILVEIRA, Henrique Piovezan da; SARTE, Anderson Medeiros; MARQUES, Rafael Melo. Tópicos introdutórios: suporte
básico à vida. Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Florianópolis: 2021.

<5>

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