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AO AUTISMO
terão os currículos, as análises de tarefas e folhas de registros, que serão feitos para
cada habilidade a ser trabalhada.
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
SUMÁRIO
RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................. 1
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 3
CAPÍTULO 1 - BASES TEÓRICAS, HISTÓRICAS E EPISTEMOLÓGICAS DA
TERAPIA COMPORTAMENTAL ................................................................................ 5
1.1 FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA TERAPIA COMPORTAMENTAL .......... 5
1.2 TEORIAS DA TERAPIA COMPORTAMENTAL ........................................... 11
1.3 AUTISMO E ANÁLISE COMPORTAMENTAL ............................................. 16
CAPÍTULO 2 - ASPECTOS METODOLÓGICOS DAS INTERVENÇÕES ............. 22
2.1 ENCADEAMENTO ....................................................................................... 24
2.2 MODELAGEM .............................................................................................. 28
2.3 ENSINO POR TENTATIVAS DISCRETAS (DISCRETE TRIAL TEACHING–
DTT)- PROMPT (INCITAÇÃO) ................................................................................. 31
CAPÍTULO 3 - ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO E
ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO ................................................... 36
3.1 ANÁLISE EXPERIMENTAL ......................................................................... 37
3.2 ANÁLISE FUNCIONAL ................................................................................ 39
3.3 DICAS PARA ELABORAR UMA TERAPIA COMPORTAMENTAL ABA...... 41
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 49
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 50
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Pronto (a) para iniciar essa unidade? Nesse material você terá acesso a uma
imensidão de informações que ajudará a sua vida profissional e, consequentemente,
a sua atuação diante da análise comportamental. Falaremos aqui sobre Análise
Comportamental aplicada ao Transtorno do Espectro Autista – TEA, que trata-se de
um método utilizado em terapias e no dia a dia da pessoa que se encontra no
espectro autista.
Uma pessoa com autismo apresenta limitações que a difere daquelas pessoas
com desenvolvimento típico, como aspectos de dificuldade na socialização,
movimentos estereotipados, dificuldade na fala (em alguns casos até mesmo a
ausência dela), dentre outras características que iremos identificar no decorrer da
disciplina. Todas as limitações do transtorno levam-nos a desenvolver ferramentas,
técnicas e métodos que objetivam auxiliar o desenvolvimento desse público e
também das pessoas que convivem com ele.
A análise comportamental é baseada no Behaviorismo, uma teoria regida por
reforço e punição, que objetiva extinguir ou inserir um comportamento na criança
autista. Tais comportamentos servirão para ajudar a desenvolver as atividades de
vida diária (AVD), ou seja, o seu cotidiano na interação com seus familiares e
amigos. Ressaltamos aqui que essa forma de análise pode ser aplicada em qualquer
pessoa, mas nesse caso usaremos como uma das ferramentas que podem ajudar a
lidar com as especificidades de autistas. Outro ponto importante é que, por não ser
um método, tal análise pode ser utilizada em conjunto com técnicas como, por
exemplo, Método Teacch, Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (PECS),
dentre outros métodos utilizados em terapias com autistas.
Esperamos que a disciplina consiga compartilhar conhecimentos valiosos e
suficientes para você aprender mais sobre o mundo do TEA e lhe ajudar a
compreender como a análise comportamental é importante para o processo de
inclusão dessas pessoas. É importante também que você busque outras fontes de
estudos para que consiga potencializar os conhecimentos sobre a temática e possa
construir novas ideias e opiniões a respeito.
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Por fim, desejamos que aproveite os estudos e leia com atenção cada
conteúdo da disciplina, pois, precisará entender bem para resolver as questões que
serão apresentadas. Lembre-se que responder os exercícios será uma forma de
testar os seus conhecimentos após o contato com esse material.
Boa leitura!
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CAPÍTULO 1 - BASES TEÓRICAS, HISTÓRICAS E EPISTEMOLÓGICAS DA
TERAPIA COMPORTAMENTAL
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DICA:Para entender a FIG.1 assista ao vídeo e entenda melhor como se dava o
processo: https://www.youtube.com/watch?v=L6jUd8uCTCc
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através de combinações de relações causais simples, o funcionamento da
pessoa poderia ser estabelecido (p.s/p).
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Figura 2: experimento do bebê Albert.
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DICA: Para entender a FIG. 3 assista ao vídeo do experimento do Cão de Pavlov:
https://www.youtube.com/watch?v=UKBLndKUrBE
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Com a ideia desses dois autores e de seus experimentos, surge outro autor, o
teórico Skinner, que utilizou-se dessas bases téoricas para fundamentar os seus
estudos em 1931, tornando-se um dos principais teóricos sobre análise
comportamental e terapia comportamental.
Skinner constatou em seus estudos, com base nas ideias de Watson, que não
basta utilizar a análise experimental, mas precisa ser realizada uma série de
observações que são consideradas de suma importância para a análise
comporatmental atualmente. Todorov e Hanna (2010) relatam que para Skinner:
(...) o material a ser analisado provém de muitas fontes, das quais a análise
experimental do comportamento é apenas uma delas. Skinner aponta a
utilidade de observações casuais, observações de campo controladas,
observações clínicas, observações controladas do comportamento em
instituições, estudos em laboratório do comportamento humano e, por fim,
estudos de laboratório do comportamento de animais não humanos. Não há
sentido, pois, em discutir análise experimental do comportamento sem
primeiro discutir análise do comportamento (TODOROV e HANNA, 2010, p,
145).
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O comportamento é um objeto de estudo que precisa ser observado e
analisado para ser entendido, nesse caso, a terapia comportamental segue com a
ideia do behaviorismo em conjunto com outras técnicas psicológicas, que podem
ajudar o sujeito de uma forma mais objetiva. O estudo do comportamento não usa o
sujeito como um todo, mas em partes comportamentais. A linha histórica que a
análise comportamental apresenta consegue deixar rastros que nos ajudam a
entender o comportamento humano de uma forma mais precisa.
SAIBA MAIS
São apontadas críticas ao Behaviorismo por meio Freud e Carl Rogers, trazendo
pensamentos, sentimentos e livre-arbítrio. No que diz respeito as vantagens do
Behaviorismo, pode-se citar: Abordagem científica; Técnicas de terapia eficazes;
Treinamento animal.
Além disso, é importante que saibamos que o Behaviorismo vai além de uma
simples ciência, pois, por diversos autores ele é considerado como uma filosofia da
ciência. Seu conceito é estruturado por algumas configurações que possibilitam
compreender a filosofia que existe nessa teoria.
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O Behaviorismo é visto em algumas configurações como metafísico,
metodológicas e analíticas. Todas as configurações citadas apresentam
especificidades, que Todorov e Hanna (2010) resumiram dizendo que:
(...) uma reflexão a respeito dos enunciados da psicologia: não é uma teoria
sobre o que deve ser estudado, nem é um conjunto de instruções sobre
como se deve fazer pesquisa. A análise do comportamento é uma
linguagem da psicologia que tem como seu objeto o estudo de interações
comportamento-ambiente. Interessa-se, especialmente, pelo homem, mas
estuda também interações envolvendo outros animais sempre que houver
algum motivo para supor que tais estudos possam ajudar no esclarecimento
de interações homem-ambiente. A análise experimental do comportamento
busca relações funcionais entre variáveis, controlando condições
experimentais (variáveis de contexto, segundo Staddon, 1973),
manipulando variáveis independentes (mudanças no ambiente) e
observando os efeitos em variáveis dependentes (mudanças no
comportamento). (TORODOV e HANNA, 2010, p. 145)
Skinner se respalda com Behaviorismo Radical, que até hoje é utilizado nas
análises comportamentais em terapias. O que difere o Behaviorismo Lógico do
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Radical é o fato de que no primeiro o comportamento é considerado como respostas
físicas do organismo, que podem ser observáveis, e apenas isso. Já no Radical, o
comportamento é entendindo como uma relação que o ambiente tem com as ações
provacadas pelo organismo, assim como a ideia de causa e efeito citada
anteriomente. Viegas e Vandenberghe (2001) conseguem explicar isso dizendo que:
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Figura 4: Condicionamento: reforços positivos/negativos.
Nesse caso, corresponde a algo, ou seja, uma situação, por exemplo, que
determinará a frequência de um comportamento específico, assim como as punições
também determinarão isso. Importante ressaltar que punição não se trata de um
castigo, mas de algo que favorecerá comportamentos adequados diante da análise
comportamental.
Sobre Punição Positiva, Guilhardi (2001, p. 01) ressalta que o termo “positivo”
tem o sentido de acréscimo, soma, dizendo que é:
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Já a Punição negativa, tem o sentido de remoção, ou seja, retirar algo. O
mesmo autor vai dizer que é:
Esses são conceitos básicos que fazem parte do behaviorismo radical, que
proporcionam o controle de um comportamento, usando reforços ou punições dentro
de uma análise comportamental ou experimental. Antecendente a isso, é preciso
que venha um estímulo e após isso, é preciso que exista uma resposta para, assim,
acontecer um comportamento.
Existem palavras usadas na teoria comportamental, que são consideradas
chaves para se comprender os procedimentos usados em uma terapia. Criamos
uma tabela explicativa, seguindo os estudos de Texeira Junior et. al. (2005) que
pontua algumas palavras que podem nos ajudar na atuação e compreender melhor
os conceitos que regem a análise comportamental. Em resumo, selecionamos
algumas que julgamos importantes para o momento, como podemos ver na tabela 1
a seguir:
Tabela 1: Vocabulário.
VOCABULÁRIO
Condicionamento É uma alteração no responder, sob influência do ambiente.
Condicionamento Processo pelo qual uma resposta tem sua freqüência alterada,
operante devido às conseqüências passadas dessa ação.
Contingência Componentes das relações comportamentais que apresentam
relação de dependência entre si.
Esquema Especificação dos critérios pelos quais as respostas tornam-se
elegíveis para produzir reforçadores.
Estímulo Qualquer evento físico ou combinação de eventos relacionados
à ocorrência de uma resposta.
Recompensa Fornecimento de benefício ou premiação diante de determinado
comportamento.
Resposta Unidade de comportamento que afeta e é afetado por estímulos.
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As palavras acima serão utilizadas com frequência nas sessões a seguir.
Dessa forma, quando falarmos dos aspectos que envolvem a análise
comportamental é importante que saibamos os seus significados para conseguirmos
compreender com propriedade a temática em estudo.
FIQUE ATENTO/A!
A tabela de vocabulário elaborada apresenta diversos conceitos que podem ajudá-
lo(a) em sua atuação profissional, em diversos contextos relacionados à análise
comportamental. Ela foi elaborada de acordo com o autor Teixeira Junior et. al.
(2005), que conseguiu juntar em um material as palavras-chave mais utilizadas.
Importante que você se aproprie desses conceitos disponíveis aqui:
http://www.fafich.ufmg.br/~vocabularioac/vocabularioac.pdf
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áreas específicas do desenvolvimento, a saber: (a) déficits de habilidades
sociais, (b) déficits de habilidades comunicativas (verbais e não-verbais) e
(c) presença de comportamentos, interesses e/ou atividades restritos,
repetitivos e estereotipados (SILVA e MULICK, 2009, p. 119).
SAIBA MAIS:
Filme sobre o assunto: MEU NOME É KAHN
Kahn é um jovem muçulmano com Autismo, que apesar de suas limitações,
consegue casar e viver momentos como se não possuísse esse transtorno. O filme
relata as dificuldades relacionadas ao transtorno e sua etnia, conseguindo ilustrar
através de um filme os desafios que uma pessoa com autismo pode se deparar ao
longo da vida.
Vídeo: O que é Behaviorismo? Psicologia profunda.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=2sWHkqznj94
Acesse o link: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98931989000200012
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Tabela 2: Lista de sintomas do transtorno do espectro autista, por área, de acordo com os
critérios oferecidos pelo DSM-IV-TR (APA, 2003).
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ter uma metodologia de pesquisa que permite trabalhar com o sujeito único.
Desde o artigo clássico de 1968 de Baer, Wolf e Risley sabem da
legitimidade da pesquisa aplicada. Outros artigos posteriores salientaram
outros pontos e, o importante, e que em aplicação e necessário verificar os
resultados, como eles são atingidos e, a o que se deve sua eficácia
(KERBAUY, 2007, p. 13).
(...) como objetivo bem claramente definido o de resolver (ou pelo menos
tentar resolver) qualquer problemática psicológica que um indivíduo possa
estar experimentando e de (re) instituir um funcionamento psicologicamente
adequado e, portanto, satisfatório para este indivíduo (LETTNER, 1989, p.
35).
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(...) muitos dos comportamentos característicos do repertório autista podem
ter origem em problemas no desenvolvimento do controle ambiental do qual
o comportamento operante é função. Nesse caso, a pesquisa
comportamental tem um importante papel a cumprir, seja no sentido de
elucidar que eventuais variações ambientais podem vir a produzir um
repertório autista, ou no de desenvolver e avaliar procedimentos voltados
para essa população (GOULART e ASSIS, 2002 s/p).
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qualidade de vida do sujeito e de seus familiares e responsáveis em torno de sua
vida pessoal.
Nos capítulos seguintes conheceremos mais alguns aspectos da análise
comportamental, que poderemos usar em terapia. Vale lembrar que todas as
investigações de registros podem nos fornecer informações importantes para o
processo de intervenção.
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
SELLA, Ana Carolina. RIBEIRO, Daniela Mendonça. Análise do Comportamento
Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista. Appris; Edição: 1ª. Curitiba. 2018
MOREIRA, Marcio Borges. MEDEIROS, Carlos Augustos de. Princípios Básicos de
Análise do Comportamento. Artmed; Edição: 2. Porto alegre, 2019
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Duração: O tratamento deve ser feito por toda vida, pois, se finalizado, existem
grandes chances de perder habilidades já adquiridas.
Controle de qualidade: É preciso fiquem claras as dimensões usadas no
tratamento, para que outras pessoas consigam dar continuidade da mesma forma.
Nesse caso, é importante o registro de dados, pois, assim qualquer outra pessoa
conseguirá ser um qualificador.
Nesse sentido, entender esses aspectos ajudará na realização de um
tratamento eficaz e na continuidade, que deve ocorrer em todos os ambientes que o
autista estiver inserido. Família, escola, terapêuta e demais ambientes que sejam
frequentados pelo autista devem atuar de forma conjunta e compartilhada, utilizando
as mesmas técnicas.
As técnicas precisam ser bem entendidas, pois, são peças fundamentais para a
realização de uma intervenção eficaz. Nelas o terapeuta saberá como agir e o que
deve usar na a análise comportamental (ABA). Vale lembrar que pode-se integrar
diversas técnicas que tenham o Behaveorismo como base, contanto que o terapêuta
conheça o sujeito que irá treinar e quais são as suas limitações, habilidades já
adquiridas e quais precisam ser estimuladas para que ele consiga viver em
sociedade da melhor forma possível.
FIQUE ATENTO/A!
Existe um manual de treinamento ABA “Ajude-nos a aprender” de Kathy Lear, que
apresenta diversas técnicas para uma terapia comportamental. Esse manual você
pode encontrar disponível em:
http://www.autismo.psicologiaeciencia.com.br/wp-content/uploads/2012/07/Autismo-
ajude-nos-a-aprender.pdf
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Dessa forma vale lembrar que, além de ser um tratamento a logo prazo, os
resultados não são imediatos e não existe uma técnica eficaz para determinada
pessoa, com isso, na mesma linha de pensamento de Bosa (2006) corrobora
dizendo que:
Aparentemente, não existe uma única abordagem que seja totalmente
eficaz para todas as crianças, em todas as diferentes etapas da vida. Ou
seja, uma intervenção específica que pode ter um bom resultado em certo
período de tempo (e.g. anos pré-escolares) pode apresentar eficácia
diferente nos anos seguintes (e.g. adolescência). Isso ocorre, em parte,
porque as famílias alteram suas expectativas e valores com relação ao
tratamento das crianças de acordo com o desenvolvimento delas e do
contexto familiar. Por outro lado, um ponto de consenso na literatura é a
importância da identificação e intervenção precoce do autismo e seu
relacionamento com o desenvolvimento subseqüente. (BOSA, 2006, p. 552)
2.1 ENCADEAMENTO
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Dessa forma, encadear significa dividir as atividades por etapas para facilitar a
aprendizagem do indivíduo. Na perspectiva dos mesmos autores, pode-se colocar
esse encadeamento sob duas configurações: o progressivo e o regressivo, que são
definidos da seguinte forma:
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IMPORTANTE!
Como a intervenção ABA deve ser realizada?
Deve seguir quatro etapas:
1. Avaliar a criança;
2. Traçar objetivos de tratamento;
3. Fazer programas de ensino;
4. Registrar dados de resultados do tratamento.
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2.2 MODELAGEM
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O autor usa “bater palmas” como exemplo, pois, antes do autista aprender a
bater palmas, ele precisa saber imitar a ação de um adulto, para então poder
reproduzir. Outro exemplo seria pegar algum objeto, pois, antes dele pegar qualquer
coisa, precisa aprender a responder o comando “pegue isso” ou “pegue aquilo” e
assim por diante. O papel do terapeuta nesse sentido é fundamental para que o
autista consiga se desenvolver bem no treinamento.
Podemos exemplificar uma forma de modelagem usando uma atividade
escolar, que nesse caso, consideraremos que o autista apresenta a linguagem
comprometida e iniciaremos o processo de nomeação de letras.
Para a modelagem iniciaremos com a nomeação de no mínimo duas palavras,
em que o sujeito será reforçado a cada duas acertadas. Posto isso, aumentaremos,
à medida que ele conseguir nomear mais, até que consiga nomear o alfabeto por
completo. Poderemos usar isso também para nomeação de imagens, trazendo
fichas de figuras que são habituais na rotina da criança. Podemos usar como
exemplo a FIG. 7 a seguir:
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31
Podemos usar a definição trazida por Varella e Souza (2018, p. 75) que diz que
a DTT é um procedimento em que o terapeuta tem o controle do ensino a ser
aplicado, manipulando as variáveis que podem contribuir com a aprendizagem de
um novo comportamento.
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DICA:
Para entender mais leia “Sobre ABA e DTT: Considerações IMPORTANTES”
Disponível em: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fnadjafaver
o.wordpress.com%2F2014%2F04%2F12%2Fsobre-aba-e-dtt-consideracoes-
importantes%2F&psig=AOvVaw2XzFmNx5Y_B8fcsrdS9XE9&ust=15829502053630
00&source=images&cd=vfe&ved=0CAMQjB1qFwoTCNDniYmz8-
cCFQAAAAAdAAAAABAD acesso em 28 de fevereiro de 2020
Importante que saibamos que as tentativas devem ser praticadas até que a
criança consiga obter êxito, atingindo assim a resposta alvo esperada sem precisar
mais da ajuda dada pelo terapeuta. No ensino por tentativas discretas o professor
precisa saber mediar muito bem o ambiente e os estímulos que serão expostos
pelos alunos, nesse caso, existem características no ensino por tentativas discretas
que também precisamos ressaltar, para isso, Guerra (2015, p. 23) usando os
autores Mcgee; Krantz; Mcclannahan (1985), dirá que:
O professor é quem controla o ensino apresenta as instruções e determina
intervalos entres as tentativas.
O ambiente não pode apresentar distrações.
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SAIBA MAIS:
Filme sobre o assunto: Uma das ferramentas mais utilizadas na intervenção em ABA
é o Ensino por Tentativas Discretas (DTT- Discrete Trial Training). As tarefas são
comumente realizadas em ambientes controlados, muitas vezes em mesinhas (as
famosas tarefas de mesinha). O DTT possui três componentes principais: (1) o
estímulo discriminativo (SD); (2) a resposta e/ou dica; e (3) o reforço ou
procedimento de correção.
Assista: https://www.youtube.com/watch?v=XNQEsIhT9Hs
Acesse os links:
O trabalho a seguir apresenta técnicas de intervenções que podem ajudar você na
prática profissional. Leia com atenção e, caso precise, busque outras fontes para
complementar o texto: http://www.autismo.psicologiaeciencia.com.br/wp-
content/uploads/2012/07/Autismo-Lovaas.pdf
Por fim, diante dessas técnicas apresentadas, fixaremos que todas fazem parte
da base da análise comportamental, e que independente de qual delas utilizar,
deveremos seguir uma estrutura para organizar a terapia estilo passo a passo, isto
é, passos a serem seguidos. Nesse caso, pode-se mencionar Windholz (1995) e sua
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ideia de como deve ser uma estruturação para ser realizada uma intervenção
usando análise comportamental.
Para o autor, deve-se iniciar, em primeiro momento, com a avaliação
comportamental, que identifica as variáveis que controlam determinado
comportamento. Em segundo momento, devem ser determinados os objetivos que
precisam ser alcançados de imediato, como por exemplo, qual comportamento deve-
se instalar ou extinguir para adequar o sujeito aos ambientes sociais.
Em terceiro momento, deve-se determinar qual técnica será utilizada para a
intervenção e qual programa será realizado, considerando o que já sabe e o que
precisa aprender e, por fim, o quarto momento é a própria intervenção em si.
IMPORTANTE:
O que é o ensino por tentativas discretas? – Danielle Piuzana
Além de diversas informações importantes, o artigo disponível no link :
http://abaeautismo.com.br/o-que-e-o-ensino-por-tentativas-discretas-danielle-
piuzana/ acessado em 29 de fevereiro de 2020, oferece uma tabela elaborada por:
Ghezzi, P. M. (2007). Discrete trials teaching. Psychology in the Schools, 44(7), 667-
679.
“Para realizar o DTT, o terapeuta deve ter clareza de qual habilidade deve ser
ensinada, bem como do que é reforçador para aquela criança específica, de modo a
aumentar a probabilidade de que a criança tenha respostas corretas.”
Observe a tabela a seguir e use-a como uma das bases.
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
ROGERS, Sallys J. DAWSON, Geraldine. Intervenção Precoce em Crianças com
Autismo. Lidel; Edição: 1ª. 2014
DE- FARIAS, Ana Karina C.R. FONSECA, Flavia Nunes. NERY, Lorena Bezerra.
Teoria e Formulação de Casos em Análise Comportamental Clínica. Artmed;
Edição: 1, Porto Alegre, 2018.
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IMPORTANTE!
No decorrer do tratamento é muito importante que todos os profissionais que
atendam o autista sigam a mesma técnica de intervenção.
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o comportamento humano. Nos capítulos anteriores foi possível verificar que Skinner
fazia usos de experimentos para poder estudar e analisar o comportamento e, isso
também é visto atualmente nos estudos realizados com a análise do comportamento
em pessoas autistas.
Nesse caso, a “Análise Experimental do Comportamento se caracteriza,
primordialmente, por empregar os denominados procedimentos operante-livres”
(VELASCO, GARCIA-MIJARES, e TOMANARI, 2010. p. 150). Para entender melhor,
os mesmos autores afirmam que os procedimentos operante-livres são o oposto do
ensino por tentativas discretas (DTT), pois, trata-se de um procedimento totalmente
manipulado pelo terapeuta. Nesse caso, o sujeito fica livre nas ações sem
intervenção do terapeuta. Ou seja, na análise experimental do comportamento não
pode existir interferências e o sujeito precisa reagir de acordo com a sua vontade
para que a experiência seja real.
Na análise experimental existe uma grande relevância na singularidade e na
particularidade do sujeito, ele é visto como um ser único. Velasco, Garcia-Mijares e
Tomanari (2010) afirmam que:
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Nesse experimento foi possível identificar que o estímulo ajuda a produzir uma
resposta nova. Dessa feita, cada pessoa está sujeita a ser condicionada a um novo
comportamento.
Uma análise funcional nada mais é do que uma análise das contingências
responsáveis por um comportamento ou por mudanças nesse
comportamento (sejam eles comportamentos problemáticos como quebrar
vidraças ou aceitáveis como estudar para o vestibular). (MATOS, 1999, p.
14)
Em outras palavras, podemos dizer que a análise funcional investiga o que leva
determinado comportamento acontecer para tentar conseguir de alguma forma
modelar o comportamento inadequado ou manter aqueles adequados para o
ambiente.
SAIBA MAIS:
Análise Funcional de Tirinhas – Calvin
De uma forma divertida, o vídeo consegue explicar a análise funcional usando
tirinhas de quadrinhos.
Acesse os links: Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=P3jEdbWfXec
acesso em 29 de fevereiro de 2020
Observação: Perceba a situação antecedente, a resposta e a consequência.
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perguntas que devem ser realizadas no momento de uma análise funcional, que são
de acordo com a figura 8:
Figura 8: Perguntas básicas.
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FIQUE ATENTO!
Existem documentos elaborados por secretarias e órgãos públicos que podem nos
ajudar a compreender as técnicas para diagnósticos e tratamentos de pessoas com
autismo.
Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do
Autismo (TEA)
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_
reabilitacao_pessoa_autismo.pdf acesso em 29 de fevereiro
Linha de cuidado para a atenção às pessoas com transtornos do espectro do
autismo e suas famílias na rede de atenção psicossocial do Sistema Único de Saúde
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_atencao_
pessoas_transtorno.pdf acesso em 29 de fevereiro
Protocolo do Estado de São Paulo de Diagnóstico, Tratamento e Encaminhamento
de Pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/profissional-da-
saude/homepage//protocolo_tea_sp_2014.pdf acesso em 29 de fevereiro.
Além das técnicas que já conhecemos, podemos usar alguns instrumentos que
são essenciais para que toda terapia seja planejada e estabelecida de forma
organizada e registrada. O planejamento deve apresentar algumas etapas, em um
primeiro momento devemos elaborar um currículo, nele serão registradas as
habilidades em foco para iniciar o treino, os reforços que serão usados para reforçar
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Nesse caso, a divisão das categorias apresentadas é iniciada das mais simples
até as mais complexas, sendo habituadas através das técnicas que o terapeuta
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Saiba mais:
ABA CLÁSSICO
Aqui você encontrar um site completo que mostrará conceitos básicos do método
ABA (Analise do Comportamento Aplicada) e apresenta vídeos de intervenções.
Acesse os links: Disponível: https://www.autistologos.com/metodo-aba acesso em 29
de fevereiro de 2020
Observação: Tente assistir todos os vídeos disponíveis no site.
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IMPORTANTE!
É preciso conhecer outras técnicas de intervenções para poder entender a eficácia
da terapia ABA. Existe um material de orientação a terapias para o Transtorno de
Espectro Autista pelo Comitê de Saúde Suplementar Curitiba 2018, que mostra a
atuação e técnicas de diversas áreas de conhecimentos.
Disponível em: https://www.tjpr.jus.br/documents/12836924/0/TRANSTORNO+DO
+ESPECTRO+AUTISTA.pdf/3498b55a-c093-1944-da82-e470524ec973 acesso em
01 de março de 2020
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Uma vez que você identificou o programa que deseja ensinar, precisará
estabelecer estímulos para o programa. Pode ser uma lista de ações
imitativas (bata palmas, pule, mostre a língua); palavras ecóicas (dá, suco,
mamãe, não); comandos de uma etapa (toque sua orelha, bata palmas, faça
“tchau”); figuras para nomear (irmã, cachorro, carro, Cebolinha). Apesar de
não haver regras para estabelecer quanto ensinar de cada categoria,
geralmente quanto mais iniciante for o aprendiz, menos habilidades devem
ser trabalhadas ao mesmo tempo. Provavelmente será bom começar com
aproximadamente 3 a 5 habilidades por tarefa. (LEAR, 2004, c 7, p 10)
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SAIBA MAIS:
"Tudo ou quase tudo que você gostaria de saber sobre Análise do Comportamento
(AC)"
O blog apresenta conceitos básicos sobre a análise comportamental
Acesse o link: Disponível: http://wwwfabishimabukuro.blogspot.com/2011/03/
principios-da-análise-do-comportamento_24.html acesso em 29 de fevereiro de 2020
NDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
GRANDIN, Temple. O cérebro autista: Pensando através do espectro. Record;
Edição: 1. 2015
WINDHOLZ, Margarida H. Passo a Passo, Seu Caminho. Guia Curricular Para o
Ensino de Habilidades Básicas. Edicon; Edição: 2ª. 2016
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
BACELAR, Ana Maria Cabral Campelo Huet de. Caracterização das metodologias
de avaliação e intervenção nas perturbações dos sons da fala. Dissertação de
mestrado em terapêutica da fala. UFP faculdade de ciências da saúde. Porto. 2013
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51
GOULART, Paulo; ASSIS, Grauben José Alves de. Estudos sobre autismo em
análise do comportamento: aspectos metodológicos. Rev. bras. ter. comport.
cogn., São Paulo , v. 4, n. 2, p. 151-165, dez. 2002 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
55452002000200007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 19 fev. 2020.
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SANTOS, Edson Luiz Nascimento dos; LEITE, Felipe Lustosa. A distinção entre
reforçamentos positivo e negativo em livros de ensino de análise do
comportamento. Perspectivas, São Paulo , v. 4, n. 1, p. 10-19, 2013. Disponível
em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-
35482013000100003&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 12 fev. 2020.
SOUZA, Jaci Augusta Neves de; ASSIS, Grauben José Alves de. Efeito de dois
procedimentos de ensino sobre o comportamento de ordenar. Psicol.
estud., Maringá , v. 10, n. 3, p. 527-536, Dec. 2005 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
73722005000300021&lng=en&nrm=iso>. access
on 20 Feb. 2020. https://doi.org/10.1590/S1413-73722005000300021.
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SILVA, Mayelle Batista da. SILVA, Rômulo Sousa. SILVA, Ana Beatriz Dupré.
Reforçadores primários e secundários: uma análise das contigências contidas no
filme “quem quer ser um milionário?. CAOS - Congresso Acadêmico de Saberes
em Psico. 2016. Disponível em: http://ulbra-
to.br/caos/assets/download/2016/artigo_08.pdf acesso em 28 de fevereiro de 2020
VICHI, Christian; NASCIMENTO, Gabriela Souza do; SOUZA, Carlos Barbosa Alves
de. Aprendizagem ostensiva, comportamento de ouvinte e transferência de
função por pareamento de estímulos. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo
, v. 14, n. 1, p. 16-30, abr. 2012 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
55452012000100002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 10 fev. 2020.
VARELLA, André A. B. SOUZA, Carlos Magno Corrêa de. Ensino por tentativas
discretas: Revisão sistemática dos estudos sobre treinamento com vídeo
modelação. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva. 2018,
Volume XX no 3, 73-85. Disponível em:
http://www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/article/view/1215 acesso em: 21 de
fevereiro de 2020
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