Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INT.BIBLIOTECONOMIA, ARQUIVO E MUSEOLOGIA


Docente: Jezulino Lúcio Mendes Braga
Curso: Museologia TM2 (Diurno)
Discente: Milena Ávila de Souza Silva

RESUMO DO LIVRO BIBLIOTECAS, ARQUIVOS E MUSEUS:


CONVERGÊNCIAS

INTRODUÇÃO
Os museus, bibliotecas e arquivos sempre tiveram dificuldades para marcar as suas
fronteiras. Existiam muitas semelhanças entre eles, e faziam parte de um espectro ou
continuum de instituições que possuem necessidades específicas. Foi o que afirmou Homulos
(1990) em seu artigo citado no livro "biblioteca, arquivos e museus: convergência".
(HOMULUS, 1990). Por serem, em sua maioria, instituições públicas sem fins lucrativos e
muitas vezes financiadas pelo governo.
No livro é abordado assuntos sobre os principais problemas enfrentados pelos
museus, bibliotecas e os arquivos em relação à documentação, digitalização, e ainda salienta a
dificuldade de tornar essas instituições mais modernas com o passar do tempo.

DESENVOLVIMENTO
Apesar das semelhanças das bibliotecas, museus e arquivos, os mesmos possuem suas
distinções. A preservação de suas coleções é uma delas, enquanto os museus possuem uma
gestão bem focada em preservação, as bibliotecas deixam a desejar quanto à conservação do
acervo.
O tratamento da informação também é um dos procedimentos que difere a museologia,
biblioteconomia e arquivologia. Este tipo de atividade é fundamental para as instituições,
porém, em alguns casos, no passado, era algo de menor importância. Este cenário foi
perdendo força com os institutos modernos e com a criação do Comitê de Documentação do
Conselho Internacional de Museus - (CIDOC/ICOM). Este último foi originado com o intuito
de padronizar a documentação e também incentivar o debate sobre a importância desse tipo de
procedimento.
Apesar de reconhecida a importância, ainda havia uma resistência por parte das
instituições, em aplicar uma solução mais eficaz aos problemas enfrentados no processo da
informatização, o computador. O principal motivo era a falta de padrões, dentro,
principalmente dos museus, o que dificultava essa transferência. E também, ao contrário das
bibliotecas, não havia duplicação de acervo dos museus e arquivos, o que era um obstáculo a
mais para a padronização. Entretanto, com a chegada da “internet” nos anos 90, se viram mais
estimulados e motivados a realizar a documentação, catalogação, das coleções disponíveis.
Em museus, a mediação do público alvo, é realizada para pessoas que buscam uma
atividade social e por sua vez, também se adequa, a uma ampla divulgação nas redes sociais.
Os arquivos possuem um grupo de usuários bem específico, voltado à pesquisadores e
historiadores, por isso contam com pouca divulgação virtual. Já as bibliotecas, buscam os
visitantes que tendem a voltar nela frequentemente, além de contarem com visitas, saraus, etc,
que estimulam a leitura, a divulgação delas para o mundo virtual depende muito das próprias
instituições.
Com o passar do tempo, o mundo digital tem influenciado nas coleções. A
digitalização hoje, representa uma grande oportunidade de democratização do conhecimento,
ou seja, o número de usuários a ter acesso a essas coleções vem sendo muito maior, após esse
processo. Um dos benefícios dessa mudança é a diminuição da tensão da preservação dos
acervos, pois, os objetos digitais não carecem da atenção destinada aos objetos originais.
Embora não exista um contato físico nas instituições, a mediação ainda está presente,
dado que o próprio sistema digital, que já é um meio de facilitar a busca pela organização.
Entretanto, essas coleções digitais trazem inúmeros benefícios aos usuários, uma série de
desafios para a gestão responsável, entre eles, podem se destacar:
A necessidade de critérios para a escolha dos acervos (eles não podem ser
selecionados de modo aleatório) e da fragmentação. Portanto, necessitam de contar uma
história e ter continuidade. Problemas técnicos em relação com a qualidade em que o objeto
será digitalizado, isto é, ele não pode sofrer alterações no seguimento, devendo ser executado
com cautela, não permitindo também, que os objetos se percam no processo de digitalização.
Esses e outros problemas (jurídicos, tecnológicos, financeiros e de equipe) compõem as
adversidades enfrentadas nas instituições para a digitalização de suas obras.
Uma pergunta feita pelas instituições era se os museus, arquivos e bibliotecas seriam
vítimas de suas próprias digitalizações. Pesquisas apontam que, pelo contrário do que foi
pensado inicialmente, os meios de acesso virtual se reforçam mutuamente. Incentivando
ainda mais as visitações em coleções “online” e físicas.
Por fim, a potencialização de todo o processo de documentação e melhorias na
digitalização dos acervos, é prioridade entre os gestores, com a finalidade de promover uma
preservação exemplar entre os museus, bibliotecas e arquivos.

CONCLUSÃO
Após a leitura do livro estendeu-se que as instituições abordadas, enfrentam problemas
diversos em sua gestão, desde tempos passadas. Ainda merece destaque, a dificuldade de
padronização em seus estabelecimentos, o dilema sobre a importância do tratamento da
informação, a digitalização dos acervos (benefícios e os desafios), entre outros. Apesar das
adversidades encontradas nesses processos, é notório que a implementação da tecnologia e de
metodologias atuais, é sinônimo de destaque e evolução em relação às outras organizações
que optaram por não realizar mudanças.
REFERÊNCIAS

DE ALMEIDA, Maria Christina Barbosa. Bibliotecas, arquivos e museus: convergências.


Revista Conhecimento em Ação, v. 1, n. 1, 2016.

Você também pode gostar