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Biblioteca digital (também conhecida como biblioteca online, biblioteca
eletrónica ou mediateca[1][2]) é uma biblioteca constituída por documentos primários, que
são digitalizados quer sob a forma material (disquetes, CD-ROM, DVD), quer em
linha através da Internet, permitindo o acesso à distância. Este conceito inclui também a
ideia de organização composta por serviços e recursos, cujo objetivo é selecionar,
organizar e distribuir a informação, conservando a integridade
dos documentos digitalizados.
Segundo Leiner (1988), "Uma biblioteca digital é a colecção de serviços e de objectos
de informação, com organização, estrutura e apresentação que suportam o
relacionamento dos utilizadores com os objectos de informação, disponíveis directa ou
indirectamente via meio electrónico/digital."
O conceito guarda similaridade com o de biblioteca virtual, enquanto uma biblioteca virtual
pode não existir fisicamente e constituir-se como um serviço de acesso a outras
bibliotecas, que podem disponibilizar material que não esteja digitalizado (como livros ou
documentos antigos), a biblioteca digital existe fisicamente, e disponibiliza um acervo de
documentos totalmente digitalizados.

História
O desenvolvimento das bibliotecas digitais está intimamente relacionado com a evolução
da tecnologia e do modo de tratamento e transmissão de dados. Desde a invenção
do telefone por Graham Bell (1876), passando pela criação do
primeiro computador pela ENIAC (1946), até à invenção da web por Tim Berners-
Lee (1991).
Antes, em 1971, Michael Hart, no momento em que a rede se limitava apenas a 23
computadores, criou a Biblioteca de Alexandria em formato digital (Projeto Gutenberg),
cujo primeiro trabalho se baseou na Declaração da Independência dos Estados Unidos.
Esta iniciativa foi muito bem sucedida, dando origem à disponibilização de mais de 2 000
títulos em diferentes línguas.
As bibliotecas começaram por utilizar a tecnologia dos computadores para melhorar os
seus serviços básicos como a catalogação e organização do acervo à sua guarda. Com a
proliferação do acesso em linha, estas instituições passaram a poder ter bases de
dados organizadas, dinamizando assim a informação disponível.
Na última década do século XX, o mundo da informação digital sofreu grandes
transformações, tendo surgido inúmeros projectos que confluíram no que hoje
denominamos de bibliotecas digitais, tal como acontece com as bibliotecas
das universidades de Columbia e de Yale. Na verdade, hoje o digital deixou de ser um
desafio para se transformar numa realidade.

Opiniões
Muitos autores com diferentes perspectivas falaram sobre a biblioteca digital como uma
tecnologia muito importante à escola. O desenvolvimento das novas tecnologias, nas
últimas décadas, vem afetando todos os setores da atividade humana, proporcionando
maior agilidade de comunicação, reduzindo esforços nas rotinas diárias e ampliando as
possibilidades de acesso à informação em todo mundo (Andrade, 1998). Isso inclui de
alguma forma a biblioteca digital.
Na opinião de Marchiori (s\d), as modificações tecnológicas e as recentes concepções de
gerenciamento de recursos de informação têm causado uma quebra no paradigma dos
modelos tradicionais de bibliotecas. O conceito de biblioteca virtual se apresenta como
uma alternativa para ampliar as condições de busca, disponibilidade e recuperação de
informações de maneira globalizada, qualitativa, pertinente e racional, aliando o acesso
local ao acesso remoto, com base nas redes de telecomunicação disponíveis. Tendo em
conta que a escola é um lugar onde a informação é a matéria prima principal, Messina ( s\
d) acredita que a biblioteca digital é sem dúvida o modelo ideal de recuperação e
disseminação da informação, devido, principalmente, aos vários suportes capazes de
recuperá-la e disseminá-la a todos os seus utilizadores, contudo todos os utilizadores
devem estar habilitados com as capacidades necessárias sob pena de construirmos
um fosso cada vez maior entre quem esta dentro ou fora de um sistema, seja por razões
econômicas, geográficas ou culturais.
Para que a escola tenha o desenvolvimento desejado, é necessária a utilização de
recursos que facilitem a integração e dinamização do processo de ensino-aprendizagem; e
entre os recursos existentes, destacamos a biblioteca digital escolar, instrumento
indispensável como apoio didático pedagógico e cultural. A biblioteca digital é vista como
parte integrante dos serviços da biblioteca, tirando partido das novas tecnologias para
proporcionar o acesso a coleções digitais. No seu conjunto, as bibliotecas digitais
complementam os arquivos digitais e outras iniciativas de preservação de recursos de
informação (IFLA/UNESCO Manifesto for Digital Libraries, 2011).
Acreditamos que a biblioteca digital na escola é uma tecnologia capaz de fazer a diferença
no desenvolvimento do currículo e proporcionar um avanço no processo de ensino-
aprendizagem da comunidade escolar. Cruz e Assis (2004) enfatizam a biblioteca digital
no ensino à distância, apresentando a importância que ela tem para a instituição.
Temos referências de algumas escolas que tomaram a iniciativa de criar uma biblioteca
digital que as sirvam de apoio didatico. Como e o caso da escola por criar
Vannevar Bush
O surgimento da biblioteca digital pode ser considerado como uma evolução natural da
tradicional, em virtude do aumento do fluxo informacional que dificulta a atualização e a
recuperação da informação.
Foi pensando em um meio para organizar a informação que Vannevar Bush teve a ideia
inovadora de criar uma máquina para "automatizar a memória humana".[3]
Bush considerava que a mente humana trabalhava por associação, criando uma intrincada
rede de vias interconectando as memórias e os dados nela armazenados. Portanto, sentiu
que o melhor desenho para organizar mecanicamente a informação deveria incorporar a
associação.
Em 1945, publicou um artigo na Atlantic Monthly com o título As We May Think. Neste
artigo descreveu a máquina que denominou de Memex. Este, seria um aparelho onde se
poderia guardar e abrir documentos utilizando o microfilme. Seria composto por
um teclado, botões e alavancas de seleção, e armazenamento de microfilme. A informação
guardada no microfilme poderia rapidamente ser aberta e exposta num ecrã. Esta máquina
serviria como uma extensão da memória humana e das suas associações. Tal como a
mente humana forma memórias através de associações, o utilizador do Memex seria
capaz de fazer links entre documentos. Bush chamava a estes links "rastros associativos".
Apesar de Bush acreditar que esta máquina era a evolução da tecnologia da época, o
Memex não foi criado.
Pode-se dizer que foi Bush o idealizador da criação de um mecanismo em que se recupera
informações para o usuário. Porém, faleceu no dia 30 de junho de 1974, sem que sua
invenção fosse colocada em prática - antes mesmo da Internet se tornar popular.
Entretanto suas ideias não ficaram no esquecimento, pois, depois de sua morte, outros
deram continuidade aos pensamentos dele. Theodore Nelson, por exemplo, foi um dos
que seguiram o raciocínio de Vannevar Bush e passou a ser conhecido, por alguns
pesquisadores, como discípulo de Bush.
O hipertexto, o crescimento da Internet e, mais ainda, a concretização dos sonhos de Bush
através do desenvolvimento destes recursos tecnológicos é que vão permitir ao leitor, à
medida que lê, associar rapidamente àquilo que leu outros textos já lidos e de igual
interesse, unindo a eles suas próprias observações, de forma a poder recuperar tudo isso
mais tarde, como se fosse um novo texto por ele construído.
Os avanços dos recursos tecnológicos, favoreceram os meios que trabalham
com informação, dentre eles a biblioteca tradicional, que para facilitar o acesso, implantou
computadores e recursos da área de informática em todos os serviços como catalogação,
empréstimo, devolução, etc. Esta modernização serviu de base para a criação da
biblioteca digital.

Utilizadores
Tal como acontece com as bibliotecas tradicionais, os utilizadores das bibliotecas digitais
dividem-se em três grandes grupos: investigadores, estudantes / professores e
de leitura pública. As necessidades dos utilizadores neste contexto são preenchidas,
essencialmente, através da utilização da Internet, acedendo ao sítio ou à página
da biblioteca que apresenta informações sobre a própria biblioteca (serviços e colecções),
podendo também consultar o catálogo bibliográfico em linha.

Vantagens
 Conjuga a nova tecnologia informática com a milenar tecnologia da escrita,
possibilitando o arquivo e a disponibilização do saber a todos os seus utilizadores;
 Funciona 24 horas por dia e permite o acesso à distância;
 Desenvolve-se a partir de contribuições individuais dos seus utilizadores;
 Permite o acesso simultâneo de um número infinito de utilizadores;
 Permite o acesso em linha a outras fontes de informação externas;
 Comporta diferentes formatos de informação;
 Os custos de aquisição são reduzidos;
 Desempenha um papel importante na preservação dos documentos;
 Facilitam o acesso a pessoas com deficiência.

Desvantagens
 O excesso de informação cria redundância e perda de tempo;
 Inexistência de infraestruturas necessárias;
 Perigo relacionado com os Direitos Autorais;
 A complexidade dos sistemas informáticos pode levar à info-exclusão.

Elementos das bibliotecas digitais


 Dados bibliográficos (referentes a documentos em papel e electrónicos);
 Metadados
 Índices e ferramentas de pesquisa;
 Colecções;
 Documentos primários disponíveis sob diferentes formatos;
 Imagens;
 Periódicos em linha;
 Informações úteis sobre a instituição e a comunidade.

Tipologia
 Bases de Dados Bibliográficas: sistemas de informação onde se registam a existência
de recursos, tais como revistas, jornais, relatórios, etc., como por exemplo
a PORBASE - Base Nacional de Dados Bibliográficos (Portugal);
 Repositórios Digitais: fundo de obras digitalizadas, tais como revistas, jornais,
relatórios, etc., ou de obras nascidas já digitais, como por exemplo a BND - Biblioteca
Nacional Digital (Portugal);
 Manuais Digitalizados: obras em linha que correspondem a manuais
de estudantes com informação e serviços complementares (ex.: Metatext);
 Colecções de e-book: acesso via web de livros completos (ex.: NetLibrary);
 Ferramentas de cursos Digitalizados: iniciativa relacionada com o processo de
aprendizagem (ex.: XanEdu);
 Bibliotecas Digitais Patrimoniais: colecção de obras raras ou de valor importante para
uma dada comunidade, digitais ou digitalizadas a fim de serem acessíveis a todos,
como acontece com determinadas colecções à guarda de uma Biblioteca Nacional;
 Bibliotecas Digitais Eruditas: constituição de uma colecção enciclopédica.

Biblioteca Digital Mundial


Ver artigo principal: Biblioteca Digital Mundial
Em 2009, a UNESCO, em parceria com a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos,
lança a Biblioteca Digital Mundial.

Ver também
 Biblioteca
 Biblioteconomia
 Enciclopédia online
 Leitor de livros digitais
 Livro digital
 Sistema de informação

Referências
1. ↑ «Universidades Lusíada - Portal do Conhecimento». portaldoconhecimento.lis.ulusiada.pt.
Consultado em 1 de agosto de 2022
2. ↑ S.A, Priberam Informática. «mediateca». Dicionário Priberam. Consultado em 1 de agosto
de 2022
3. ↑ Buckland, Michael K. "Emanuel Goldberg, Electronic Document Retrieval, And Vannevar
Bush's Memex". Journal of the American Society for Information Science 43, no. 4 (May
1992): 284-294

Ligações externas
Base de dados que objetiva disponibilizar, em único local de fácil e rápido acesso,
informações básicas essenciais aos interessados na biblioteca do futuro, seja ela
eletrônica, virtual, digital, sem paredes ou biônica. Desenvolvida com o software MicroIsis,
encontra-se disponível na Internet a todo e qualquer interessado por intermédio do
servidor de bases de dados ISIS para o WWW (software intitulado WWWIsis, desenvolvido
pela Bireme). A recuperação da informação é possível por índice de termos indexados ou
formulário de pesquisa utilizando-se lógica booleana em campos de autoria, título,
assunto, data e língua. Delimitações de pesquisa por tipo de documento e conteúdo de
informação também são oferecidas. URL:
http://www.eca.usp.br/eca/nucleos/biblial/futura/index.htm

Biblioteca virtual; Biblioteca eletrônica; Biblioteca digital; MicroIsis na WWW; WWWIsis;


Base de dados bibliográfica

The Futura database goal is to offer bibliographic information about the international
literature of the library of the future (virtual, digital, electronic, without walls or bionic library)
in a single, fast and easy way. Implemented with MicroIsis software, this database is
available through the Internet using the database server untitled WWWIsis (developed by
BIREME _ the Latin America Center for Medical Studies). The information retrieval tools
are by the index of the descriptors or by a search form using boolean operators in author,
title, subject, date and language fields. Research delimitation by document type and
completeness of the document's description are also available.

Virtual library; Electronic library; Digital library; MicroIsis in the Internet; WWWIsis

COMUNICAÇÕES

"FUTURA": uma base de dados sobre a biblioteca do futuro*

Sueli Mara Soares Pinto Ferreira

Normanda Miranda Kiyotani

Abel Parker

Paola De Marco Lopes Santos

Resumo

Base de dados que objetiva disponibilizar, em único local de fácil e rápido acesso,
informações básicas essenciais aos interessados na biblioteca do futuro, seja ela
eletrônica, virtual, digital, sem paredes ou biônica. Desenvolvida com o software MicroIsis,
encontra-se disponível na Internet a todo e qualquer interessado por intermédio do
servidor de bases de dados ISIS para o WWW (software intitulado WWWIsis,
desenvolvido pela Bireme). A recuperação da informação é possível por índice de termos
indexados ou formulário de pesquisa utilizando-se lógica booleana em campos de autoria,
título, assunto, data e língua. Delimitações de pesquisa por tipo de documento e conteúdo
de informação também são oferecidas.
URL: http://www.eca.usp.br/eca/nucleos/biblial/futura/index.htm

Palavras-chave

Biblioteca virtual; Biblioteca eletrônica; Biblioteca digital; MicroIsis na WWW; WWWIsis;


Base de dados bibliográfica.

INTRODUÇÃO

Falar sobre biblioteca do futuro perpassaria longas discussões, a começar pelas diferentes
denominações e conceituações existentes na literatura internacional, a qual, muito
controvertida, rica e volumosa, envolve variados aspectos e abordagens referentes ao
tema. Porém Iniciar pesquisas e manter-se atualizado nesta área, nem sempre é tarefa
simples, dado o crescimento vertiginoso da produção científica, as inúmeras possibilidades
de busca em milhares de bases de dados, catálogos de bibliotecas, publicações seriadas,
bem como na própria rede Internet. Particularmente, torna-se difícil essa empreitada
devido à quase inexistência de literatura nacional.

Com vistas a estimular, auxiliar, oferecer subsídios e promover a discussão e


implementação de bibliotecas virtuais, projetos, produtos e serviços entre profissionais e
docentes da área de ciência da informação e biblioteconomia do Brasil, o Grupo de
Trabalho sobre Biblioteca Virtual do Comitê Gestor da Internet-Brasil vem implementando
várias atividades, principalmente no que diz respeito à disponibilização de maiores
informações e literatura sobre o tema.

Fica, assim, definida como uma atividade prioritária o projeto e implementação de uma
base de dados bibliográfica sobre a "biblioteca do futuro", no sentido de disponibilizar, em
só único local, de fácil e rápido acesso, informações essenciais aos interessados, com o
propósito básico de sanar uma necessidade emergencial.

Em projeto integrado entre profissionais da Bireme, Departamento de Biblioteconomia e


Documentação e Serviço de Biblioteca e Documentação - ambos da Escola de
Comunicações e Artes da USP -, foi implementada a base de dados FUTURA, que ora se
apresenta a público.

ETAPAS DA PESQUISA

Definida a proposta e o objetivo da Base, passou-se à discussão das metodologias de


trabalho visando à sua disponibilização rápida à comunidade:

• metodologia para a definição e estruturação da base armazenadora dos dados;

• metodologia de pesquisa para alimentação da base;

• metodologia para recuperação da informação.

Metodologia para definição e estruturação da base de dados

De acordo com a experiência da equipe e a possibilidade de utilização dos recursos


humanos e tecnológicos da Universidade de São Paulo, optou-se por trabalhar a versão
3071 do MicroIsis, ainda em DOS, para o lançamento inicial (mas já com estudos previstos
para upgrade do sistema versão Windows) e oferecimento ao cliente final de interface
gráfica para recuperação da informação, via Internet, por meio do software WWWIsis
desenvolvido pela Bireme.

A preparação e configuração do software de armazenamento dos registros segue, de


maneira geral, a metodologia utilizada nas bases de dados do Serviço de Biblioteca e
Documentação da Escola de Comunicações e Artes da USP, a qual, por sua vez, adota a
metodologia IFSC-F de São Carlos. Os campos foram definidos e reorganizados com o
objetivo de atender, sempre que possível, a normas internacionais ISO para entrada dos
dados e, principalmente, proposta e metas da Base.

Metodologia de pesquisa para alimentação/atualização da Base

O critério inicial da Base foi incluir informação bibliográfica de todo e qualquer documento
(impresso e/ou eletrônico) indexado, nas várias fontes de informação da área, com um ou
mais dos seguintes termos: biblioteca do futuro, biblioteca virtual, biblioteca digital,
biblioteca eletrônica, biblioteca biônica, biblioteca sem paredes, biblioteca de realidade
virtual ou cibernética. Por ser fase inicial, as únicas restrições feitas foram quanto à data
de publicação do documento cobrindo o período de janeiro de 1995 a junho de 1997 e a
língua, incluindo-se documentos em inglês, francês, espanhol, e português.

Quanto ao tipo de publicação, optou-se por incluir inicialmente monografias, capítulos de


livros, artigos de periódicos, anais de congresso, relatórios de pesquisa, projetos em
andamento, patentes e normas, prevendo-se a inclusão de sites de interesse e dados
estatísticos em um futuro próximo.

Dentre as várias fontes de informação existentes como suporte às pesquisas de


levantamento de dados para a alimentação do sistema, foram as seguintes fontes
selecionadas:

• catálogos de bibliotecas nacionais: USP, Unicamp, UFRGS e Celepar e internacionais :


Library of Congress;

• bases de dados impressa: LISA, Library Literature, Current Research in Information


Science/CRIS, em CD-ROM: ISA, Intercom/ Portcom e Online: ERIC, LICI/IBICT, Literatura
Cinzenta/ECA/CNPq;

• revistas nacionais impressas : na área de biblioteconomia e ciência da


informação, internacionais eletrônicas: Current Cites, PACS-L, PACS-Review, D-Lib;

• bases de dados de listas de discussão nacionais: BIBLIAL-L, BIB-VIRTUAL e


internacionais: DIGLIB;

• documentos on-line identificados através de ferramentas de busca internacional :


WebCrawler, Altavista, Electronic Library ou nacional : Yahai e Cadê.

Metodologia para recuperação da informação

A Base de Dados Futura está disponibilizada para acesso público, preferencialmente via o
serviço/protocolo World Wide Web (WWW), embora a recuperação seja também possível
em microcomputadores que utilizem o sistema MicroIsis sob MS/DOS ou sob Windows. O
WWW oferece a vantagem de uma interface gráfica conhecida universalmente, assim
como a capacidade de disponibilizar amplamente a base de dados a todos aqueles que
tenham acesso à Internet.

Atualizada continuamente pelo sistema MicroIsis, a Base é transferida periodicamente


para o servidor da Escola de Comunicações e Artes da USP conectado à Internet. Para
esta transferência, a Base é convertida ao padrão ISO2709 utilizado pelo MicroIsis para
exportar dados e novamente gerada no servidor de bases de dados ISIS para o WWW
intitulado WWWIsis. Este software (WWWIsis), desenvolvido pela Bireme, é ativado por
mecanismo de Common Gateway Interface (CGI), que é um padrão internacional para
executar processos externos, especialmente procedimentos que permitem acesso a base
de dados.

O WWW, como um protocolo que opera na modalidade cliente-servidor manipulando


hipertextos codificados em linguagem HTML e acessível por meio dos programas clientes
intitulados browser de hipertextos, é de fácil operação pelos usuários familiarizados com a
Internet, dinamizando a recuperação da informação.

Na Base de Dados Futura, esta recuperação é feita mediante formulários codificados em


linguagem HTML, que são mostrados na tela pelos clientes WWW. Diferentes formulários,
com variadas formas de apresentação visual, estão sendo experimentados visando ao
desenvolvimento de uma interface gráfica que atenda de modo eficiente às necessidades
de recuperação do universo de usuários, familiarizados ou não com pesquisa em bases de
dados bibliográficas.

Várias são as possibilidades de recuperação da informação disponível na Futura. Uma


delas é o acesso, via índices, a palavras e termos disponíveis, seja no campo de autor,
título, assunto e/ou descritores. Esta opção, tem como objetivo facilitar aos clientes a
formulação das pesquisas e maior controle do vocabulário de indexação utilizado pelo
sistema. Outra possibilidade é a recuperação de informação empregando-se lógica
booleana para se pesquisar com exclusividade em um dos campos simultaneamente, o
que permite um alto grau de flexibilidade na restrição ou ampliação do escopo das
pesquisas.

Para facilitar a disponibilização e acesso à informação, também é possível utilizar-se de


mais dois critérios de limitação da pesquisa :

• por tipo de publicação - artigos de periódicos, monografias, capítulos de livros, anais de


congressos, teses, patentes, relatórios de pesquisa, projetos de pesquisa e normas;

• por conteúdo da informação disponível na base - todos os registros, registros sem


resumo, registros com resumo, registros com links para texto completo.

Por último, os atributos do registro bibliográfico que podem conter mais de uma palavra,
como o nome de autores, assuntos etc., são transferidos aos índices de recuperação tanto
na íntegra, como em palavras individuais, o que, novamente, permite ampliar ou restringir
o escopo de uma pesquisa.

O formato de saída da Base é o etiquetado, podendo o cliente da Futura selecionar se


quiser a resposta curta (somente com os dados bibliográficos do registro), longa (dados
bibliográficos do registro e mais resumo), ou detalhada (com a apresentação em tela de
todos os campos existentes na Base).

Após o preparo de uma pesquisa, na qual se utiliza a interface descrita anteriormente, seja
no Netscape ou no Internet Explorer, a formulação é enviada ao servidor WWW, que ativa
o WWWIsis. Este foi anteriormente parametrizado para receber os dados constantes no
formulário, efetuar a pesquisa, formatar os registros recuperados em formato HTML e
enviá-los de volta ao servidor WWW, que, por sua vez, transfere-os ao cliente. No caso de
documentos eletrônicos disponíveis na Internet, o sistema oferece o link para acesso ao
texto completo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As metodologias para alimentação, disponibilização e acesso à base de dados Futura


foram desenvolvidas de modo a não representar um alto grau de dificuldade para sua
replicação, requerendo apenas conhecimentos básicos de MicroIsis, WWWIsis e
linguagem HTML.

Este trabalho, mais do que divulgar a Base de Dados Futura e colocá-la à disposição de
toda a comunidade de profissionais, estudantes, docentes e demais interessados no tema
"Biblioteca do Futuro", pretende oferecer um produto que venha a estimular, suscitar e
embasar o surgimento de novas idéias e áreas de pesquisa. A participação de outros
interessados - quer seja no envio de informações pertinentes, na formulação de sugestões
e comentários, ou na alimentação da base - está aberta a todos tanto por meio de
atividades cooperativas integradas, como individuais. Para tanto, basta enviar um e-
mail para qualquer um dos autores ou deixar um mensagem na caixa de sugestões
existente na própria página Web de acesso à Base, cuja URL
é: http://www.eca.usp.br/eca/nucleos/biblial/futura/index.htm.

Os autores agradecem a colaboração da bibliotecária Rita de Cássia Sampaio e dos


alunos de graduação da ECA/USP Arlete Lopes Silvério, Ademir J. Maschio, Elvira Villane,
Hânia S. Houssami e Erinalva C. Batista, no levantamento de dados e alimentação da
base.

"FUTURA": a database about the library of the future

Abstract

The Futura database goal is to offer bibliographic information about the international
literature of the library of the future (virtual, digital, electronic, without walls or bionic library)
in a single, fast and easy way. Implemented with MicroIsis software, this database is
available through the Internet using the database server untitled WWWIsis (developed by
BIREME - the Latin America Center for Medical Studies). The information retrieval tools are
by the index of the descriptors or by a search form using boolean operators in author, title,
subject, date and language fields. Research delimitation by document type and
completeness of the document's description are also available.

URL: http://www.eca.usp.br/eca/nucleos/biblial/futura/index.htm.

Keywords

Virtual library; Electronic library; Digital library; MicroIsis in the Internet; WWWIsis.

Sueli Mara Soares Pinto Ferreira

Professora doutora do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Escola de


Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

smferrei@usp.br

Normanda Miranda Kiyotani

Bibliotecária do Serviço de Biblioteca e Documentação da Escola de Comunicações e


Artes da Universidade de São Paulo.

normanda@usp.br

Abel Parker

Coordenador de Sistemas e Processamento de Dados da BIREME.

abel@bireme.br

Paola De Marco Lopes Santos


Bibliotecária do Serviço de Biblioteca e Documentação da Escola de Comunicações e
Artes da Universidade de São Paulo.

paolasan@usp.br

 1

BIREME. Manual de referência WWWIsis São Paulo, 1997.

 2. CUNHA, M.B. Bases de Dados e Bibliotecas Brasileiras Brasília: ABDF, 1984.


 3

UNESCO. Manual de referência mini/micro CDS/Isis Brasília: IBICT, 1991.

 * Trabalho submetido para apresentação no XVIII Congresso Brasileiro de


Biblioteconomia e Documentação, São Luís do Maranhão, 27 a 31 de julho de 1997.

Trabalho submetido para apresentação no XVIII Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e


Documentação, São Luís do Maranhão, 27 a 31 de julho de 1997.

Datas de Publicação
 Publicação nesta coleção
07 Out 1998

 Data do Fascículo
Maio 1997

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