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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Módulo 2
óptica GeomÉtrica

Sol
Lua
Terra

Física ••• 8a Classe


Ensino secundário à Distância

C O L
INTRODUÇÃO

O desenvolvimento destes materiais didácticos foi possível devido


ao trabalho, dedicação e esforço da seguinte equipa:

Líder da Equipa:
Anísio Matangala

Desenhador Instrucional:
Rosário Passos

Elaboradores de Materiais:
Rogério Eleazar Carlos Cossa
Anastácio Mário António Vilanculos

Revisão Geral e Técnica:


Maria do Carmo Cardoso

Maquetizadores:
Alex Hennig
Gerry Nuttall

Ilustrador:
Keith Russell

FÍSICA - MÓDULO 2
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

PROJECTO DE ENSINO SECUNDÁRIO À DISTÂNCIA

MENSAGEM DO MINISTRO DA EDUCAÇÃO

Estimada aluna,
Estimado aluno,

Sejam todos bem vindos ao primeiro programa de Ensino Secundário através


da metodologia de Ensino à Distância.
É com muito prazer que o Ministério da Educação coloca nas tuas mãos os
materias de aprendizagem especialmente concebidos e preparados para que tu,
e muitos outros jovens moçambicanos, possam prossseguir os vossos estudos ao
nível secundário do Sistema Nacional de Educação, seguindo uma metodologia
denominada por “Ensino à Distância”.

Com estes materiais, pretendemos que tu sejas capaz de adquirir conhecimentos


e habilidades que te permitam concluir, com sucesso, o Ensino Secundário do
1º Ciclo, que, no nosso sistema de educação, compreende a 8ª, 9ª e 10ª
classes, para que possas melhor contribuir para a melhoria da tua vida, da
tua família, da tua comunidade e do País.

O módulo escrito que tens nas mãos, faz parte de um conjunto de materiais que
reunem todos os conteúdos necessários para que possas completar o 1º ciclo de
ensino secundário sem, contudo, teres de frequentar uma escola secundária.
Por outras palavras, estes materiais foram concebidos de modo a poderes
estudar e aprender sózinho obedecendo ao teu próprio ritmo de aprendizagem.

Contudo, apesar de que num sistema de Ensino à Distância a maior parte do


estudo é realizado individualmente, o Ministério da Educação criou Centros
de Apoio e Aprendizagem onde tu e os teus colegas se deverão encontrar com
vários professores do ensino secundário (tutores), para o esclarecimento de
dúvidas, discussões sobre a matéria aprendida, realização de trabalhos em
grupo e de experiências laboratoriais, bem como a avaliação do teu desempe-
nho.
Para além disso, os Centros de Apoio e Aprendizagem estão equipados com
livros, manuais, enciclopédias, programas de video, audio e outros meios que
colocamos à tua disposição para consulta e consolidação dos conhecimentos
apresentados nos módulos escritos.

Querida aluna,
Caro aluno,

Estudar à distância exige o desenvolvimento de uma atitude mais activa no


processo de aprendizagem, estimulando em ti a necessidade de muita dedica-
ção, boa organização, muita disciplina, criatividade e, sobretudo determina-
ção nos estudos.

O programa em que estás a tomar parte, enquadra-se nas acções do programa


de expansão do acesso à educação desenvolvido pelo Ministério da Educação,
em parceria com a sociedade civil e os nossos parceiros de cooperação, de modo
a permitir o alargamento das oportunidades educativas a toda a população
moçambicana, como forma de reduzir a pobreza e assegurar o desenvolvimento
da Nossa Pátria.

Por isso, é nossa esperança de que te empenhes com responsabilidade para que
possas efectivamente aprender e poder contribuir para um Moçambique Sempre
Melhor!

Boa Sorte,
INTRODUÇÃO

ÍNDICE
INTRODUÇÃO Página I
LIÇÃ0 1 Página 1
LIÇÃ0 2 Página 7
LIÇÃ0 3 Página 15
LIÇÃ0 4 Página 19
LIÇÃ0 5 Página 29
LIÇÃ0 6 Página 41
LIÇÃ0 7 Página 47
LIÇÃ0 8 Página 53
LIÇÃ0 9 Página 67
LIÇÃ0 10 Página 75
LIÇÃ0 11 Página 87
LIÇÃ0 12 Página 93
LIÇÃ0 13 Página 107
LIÇÃ0 14 Página 117
LIÇÃ0 15 Página 133
LIÇÃ0 16 Página 145
LIÇÃ0 17 Página 165
LIÇÃ0 18 Página 171
LIÇÃ0 19 Página 187
LIÇÃ0 20 Página 197
LIÇÃ0 21 Página 201
LIÇÃ0 22 Página 215
LIÇÃ0 23 Página 225
LIÇÃ0 24 Página 243
LIÇÃ0 25 Página 249
LIÇÃ0 26 Página 263
LIÇÃ0 27 Página 271
LIÇÃ0 28 Página 277
LIÇÃ0 29 Página 283
CHAVE DE CORRECÇÃO Página 289
DICIONÁRIO DE FÍSICA Página 295
TESTE DE PREPARAÇÃO Página 307

FÍSICA - MÓDULO 2
INTRODUÇÃO

O desenvolvimento destes materiais didácticos foi possível devido


ao trabalho, dedicação e esforço da seguinte equipa:

Líder da Equipa:
Anísio Matangala

Desenhador Instrucional:
Rosário Passos

Elaboradores de Materiais:
Rogério Eleazar Carlos Cossa
Anastácio Mário António Vilanculos

Revisão Geral e Técnica:


Maria do Carmo Cardoso

Maquetizadores:
Alex Hennig
Gerry Nuttall

Ilustrador:
Keith Russell

FÍSICA - MÓDULO 2
INTRODUÇÃO

Introdução
Intro
A Óptica é o capítulo da Física que estuda os fenómenos causados pela acção
da luz. Este capítulo da Física tem uma grande aplicação prática, como por
exemplo:

Correcção de defeitos da visão.


Construção de instrumentos de observação como lupas,
microscópios, telescópios, etc.
Fixação de imagens (fotografia e cinematografia).
Construção de equipamento de iluminação.
Estudo da estrutura do átomo.

Por questões de método, estuda-se a Óptica em dois grandes capítulos:

1. Óptica geométrica
Estuda fenómenos luminosos, onde a Natureza da luz não é
levada em consideração, baseando-se apenas na sua
propagação rectilínea e nas leis da reflexão e da refracção.

2. Óptica ondulatória
Estuda os fenómenos ópticos com base na Natureza da luz.

Neste módulo iremos estudar apenas a Óptica geométrica e as suas


respectivas leis.

Este módulo vai terminar com o estudo dos instrumentos ópticos mais
importantes e você, caro aluno, poderá, uma vez mais, adquirir uma visão
sobre o modo como a Física influência a nossa vida e como os instrumentos
ópticos permitem investigar profundamente alguns fenómenos da Natureza,
como por exemplo, o microscópio.

Já me conhece do Módulo 1… sou a


Sra. Madalena e vou continuar a acompanhá-lo
ao longo do seu estudo da disciplina de Física da 8a
classe.
Esta introdução contém a mesma informação do
Módulo 1 e vai estar presente em todos os
Módulos para lhe facilitar a consulta.

I
FÍSICA - MÓDULO 2
INTRODUÇÃO

Como está estruturada esta disciplina?

Como já sabe, a disciplina de Física da 8a classe inclui 6 Módulos, cada um


contendo vários temas de estudo. Por sua vez, cada Módulo está dividido em
lições. Este segundo Módulo está dividido em 29 Lições.

No fim de cada grupo de duas ou três lições pedimos-lhe que faça uns
exercícios de auto-avaliação para o ajudar a consolidar o seu estudo.
Esperamos que goste da apresentação deste Módulo!

Dicionário de Física
Ao longo do trabalho com este Módulo, caro aluno,
encontrará termos científicos que constituem o vocabulário
da Física. É muito importante que aprenda a utilizar estes
termos correctamente dentro do contexto da Física, de
forma a não fazer confusão com o significado destes
termos no dia-a-dia.

Para o ajudar a compreender melhor esta terminologia,


criámos um “Dicionário de Física”. Sugerimos que complete
este dicionário ao terminar o estudo da última lição deste
Módulo. O que se pretende é que seja você, caro aluno, a
preencher os espaços dados com a definição de cada termo
científico apresentado. Vai encontrar o seu dicionário no final
deste Módulo, antes do Teste de Preparação.

Se tiver dificuldades, consulte as lições antes de


escrever a sua definição. Esta é uma outra forma de o
ajudar a fazer revisões antes de fazer o Teste de
Preparação.

Nota: Escreva apenas o mais importante na definição e procure


não ultrapassar o espaço dado.

II
FÍSICA - MÓDULO 2
INTRODUÇÃO

Como vai ser feita a avaliação?


No final de cada Módulo, apresentamos um Teste de
Preparação. Este Teste de Preparação é um teste de
auto-avaliação. No final do Teste é você quem corrige as
respostas e com a ajuda da Sra. Madalena, decide se está
preparado para completar o Teste de Fim de Módulo com
sucesso. A Sra. Madalena irá acompanhá-lo durante o seu
estudo.

Claro que a função principal do Teste de Preparação,


como o nome o diz, é a de o ajudar a preparar-se para
o Teste de Fim de Módulo, que terá de completar no
Centro de Apoio e Aprendizagem - CAA para obter a
sua classificação oficial.
Não se assuste! Se conseguir resolver o Teste de
Preparação sem dificuldade, conseguirá também
resolver o Teste de Fim de Módulo com sucesso!

Assim que passar no Teste de Fim-de Módulo, o Tutor, no CAA, dar-lhe-à o


Módulo seguinte para você continuar com o seu estudo. Se tem algumas
questões sobre o processo de avaliação, leia o Guia do Aluno, que recebeu
quando se matriculou, ou dirija-se ao CAA e ponha as suas questões ao
Tutor.

Como estão organizadas as lições?


No início de cada lição vai encontrar Objectivos de Aprendizagem, que lhe
vão indicar o que vai aprender nessa lição.

Aqui estou eu outra vez… para recomendar que leia esta


secção com atenção pois irá ajudá-lo a preparar-se para
o seu estudo!
Geralmente, você vai precisar de mais ou menos 45
minutos para completar cada lição. Como vê, não é
muito tempo!

III
FÍSICA - MÓDULO 2
INTRODUÇÃO

No final de cada grupo de duas ou três lições, vai encontrar alguns exercícios
de auto-avaliação. Estes exercícios vão ajudá-lo a determinar o seu nível de
aprendizagem e a decidir se vai avançar com o seu estudo ou se vai rever
lições anteriores com mais pormenor. O controlo da aprendizagem é seu!

Ao longo das lições, vai reparar que lhe vamos


pedir que faça umas Actividades. Estas
actividades podem incluir a realização de
experiências e exercícios com perguntas e
servem para praticar conceitos aprendidos.

A Chave de Correcção encontra-se


logo de seguida, para lhe dar acesso fácil
à correcção das questões.

Quando vir esta figura já sabe que lhe vamos


pedir para fazer uns Exercícios - pegue no seu
lápis e borracha e mãos à obra! Estes
exercícios são de auto-avaliação e as respostas
correctas encontram-se na Chave de
Correcção no final do Módulo.

Realizar experiências de mão livre é,


não só uma componente extremamente
importante dentro do estudo da Física,
como também uma actividade interessante
e divertida! Esta figura indica que lhe
vamos pedir que realize uma ou mais
experiências. As experiências podem ser
realizadas em casa ou no CAA.

Sempre que possível, realize as


suas experiências na companhia de
colegas, amigos ou família. Vai ver
que é muito mais engraçado!

IV
FÍSICA - MÓDULO 2
INTRODUÇÃO

Conforme acontece na sala de aula, por


vezes você vai precisar de tomar nota
de coisas importantes ou de coisas
relacionadas com a matéria apresenta-
da. Esta figura indica-lhe quando precisa
de tomar atenção a esses aspectos.

E claro que é sempre bom fazer


revisões da matéria aprendida em anos
anteriores ou até em lições anteriores. É
uma boa maneira de manter presentes
certos conhecimentos.

Conceitos importantes, definições, conclusões, isto é, coisas


que são importantes no seu estudo e nas quais se vai basear a
sua avaliação, são apresentadas desta forma, também com a
ajuda da Sra. Madalena!

Materiais de Apoio no CAA


Para realizar experiências durante o estudo
destas lições, vai precisar de alguns materiais,
tais como, tigelas, canetas, etc.

Se não tiver estes materiais em casa, pode ir ao


CAA realizar as experiências. No CAA
encontrará tudo o que precisa.

V
FÍSICA - MÓDULO 2
INTRODUÇÃO

O que é o CAA?
O CAA - Centro de Apoio e Aprendizagem
é um centro de apoio criado especialmente
para si, para o apoiar no seu estudo da 8a
classe através do Ensino à Distância.

No CAA vai encontrar um Tutor que o poderá ajudar no seu estudo, a


tirar dúvidas, a explicar conceitos que não esteja a perceber muito bem e
a ajudá-lo no seu trabalho. O CAA está equipado com todos os
materiais de apoio que possam ser necessários para completar o seu
estudo. Visite o CAA sempre que tenha uma oportunidade. Lá poderá
encontrar colegas de estudo que, como você, estão também a estudar à
distância e com quem pode trocar impressões. Esperamos que goste de
visitar o CAA!

E com isto acabamos esta introdução. Esperamos que


ache o estudo deste Módulo 2 de Física interessante!
Se achar o seu estudo aborrecido, não se deixe
desmotivar: procure estudar com outro colega ou visite
o CAA e converse com o seu Tutor.

Bom estudo!

VI
FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 1 - CORPO LUMINOSO E ILUMINADO

Lição CORPO LUMINOSO E ILUMINADO


No 1

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Fazer a distinção entre um corpo luminoso e um corpo


iluminado.

Fontes de luz, corpos luminosos e corpos iluminados


A nossa vida diária é muito influenciada pela luz. O Sol e as estrelas enviam
luz para a Terra, o que nos permite ver, diariamente, os corpos que nos
rodeiam. Essa luz percorre grandes distâncias (milhões e milhões de
Kilómetros) até atingir a Terra.

ACTIVIDADE
1. Mas, quando não temos luz solar, que fazemos para ver os objectos que
nos rodeiam? Assinale com um 9 a sua escolha:

9
a) Acendemos um cadeeiro.

b) Acendemos uma vela.

c) Abrimos bem os olhos.

d) Acendemos a luz.

É isso mesmo! Quando não temos luz solar, ou seja,


à noite, para vermos os objectos que nos rodeiam
temos de acender uma luz, como seja um candeeiro,
uma vela ou a luz eléctrica.

FÍSICA - MÓDULO 2
1
LIÇÃ0 1 - CORPO LUMINOSO E ILUMINADO

2. Considere o seguinte conjunto de Corpos e tente agrupá-los em corpos


luminosos e corpos iluminados, escrevendo os seus nomes nos espaços
dados:

A: Sol

Corpos luminosos Corpos iluminados

2 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 1 - CORPO LUMINOSO E ILUMINADO

3. Na sua opinião, qual é a diferença entre corpo luminoso e corpo


iluminado? Responda à questão colocada, assinalando com um 9 a
afirmação que melhor mostra a diferença:

a) O corpo luminoso não emite luz e o corpo iluminado


9
recebe luz.

b) O corpo luminoso recebe luz e o corpo iluminado não


recebe luz.

c) O corpo luminoso emite luz e o corpo iluminado recebe


luz.

Exactamente, caro aluno! O corpo luminoso emite luz e o corpo


iluminado recebe luz.

De facto, quando não temos luz solar, usamos vários processos de iluminação.
Quando estamos num quarto escuro, para ver os objectos que aí se
encontram precisamos iluminá-los, por exemplo, através de:

Um candeeiro de petróleo ou de gás.


Uma vela ou uma lanterna.
Uma lamparina ou um fósforo.
Uma lâmpada eléctrica.

O candeeiro, a lamparina, a vela, o fósforo e a lâmpada, quando acesos,


emitem luz. Por isso mesmo são corpos luminosos ou fontes de luz. Da
mesma forma, o Sol e as estrelas emitem luz natural. Por isso, fazem
também parte do conjunto dos corpos luminosos e são considerados como
uma fonte de luz.

A Lua, a porta, a cama, a mala, o cesto, as paredes e todos os objectos que


recebem a luz emitida pelos corpos luminosos, são corpos iluminados.

FÍSICA - MÓDULO 2
3
LIÇÃ0 1 - CORPO LUMINOSO E ILUMINADO

ACTIVIDADE
Então, caro aluno, agora diga:

1. Corpos luminosos são… (marque com um 9 a alternativa correcta)

9
a) São corpos que recebem luz.

b) São corpos que emitem luz.

c) São corpos que não emitem luz.

2. E corpos iluminados são…


9
a) São corpos que que não emitem luz.

b) São corpos que não recebem luz.

c) São corpos que emitem luz.

Julgamos que até agora, você está entendendo muito bem os conceitos
e que, por isso mesmo, você não teve problemas em responder da
seguinte maneira:

Os corpos luminosos são aqueles que emitem luz. Os que não


emitem luz são corpos iluminados.

4 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 1 - CORPO LUMINOSO E ILUMINADO

Fig. 1
Todos estes corpos são corpos luminosos, e são por isso fontes de luz

Fig. 2
Todos estes corpos são corpos iluminados pois não emitem luz e recebem luz
emitida pelos corpos luminosos

FÍSICA - MÓDULO 2
5
LIÇÃ0 1 - CORPO LUMINOSO E ILUMINADO

Bom trabalho! Agora pode fazer uma breve pausa


antes de continuar com o seu estudo da lição
seguinte. Esperamos que ache o estudo do Módulo
2 da Física interessante.

Ter relações sexuais quando se é muito


jovem é perigoso:

 pode causar uma gravidez não


planeada,
 pode transmitir doenças como a SIDA,
 pode provocar infertilidade - onde
raparigas não possam ter filhos quando
forem mais velhas,
 pode causar cancro do colo do útero em
raparigas.

Pense bem antes de ter relações sexuais. Não


corra riscos desnecessários.

6 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 2 - COMPORTAMENTO DOS CORPOS ILUMINADOS

Lição COMPORTAMENTO DOS CORPOS


ILUMINADOS
No 2

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Fazer a distinção entre corpo transparente, corpo translúcido e


corpo opaco.
Caracterizar corpos transparentes, translúcidos e opacos.

Como se distinguem os corpos iluminados?


Experimentalmente, podemos observar que os corpos iluminados se
comportam de diferentes maneiras quando atingidos pela luz. Isto faz com que
classifiquemos os corpos iluminados em três categorias, conforme
esclarecemos mais à frente nesta lição.

Realizando Experiências
No entanto, e para melhor compreendermos o comportamento dos corpos
quando iluminados pela luz, vamos realizar três experiências muito simples:

Experiência 1
Material
Um frasco de vidro
Uma vela acesa
Uma pedra

FÍSICA - MÓDULO 2
7
LIÇÃ0 2 - COMPORTAMENTO DOS CORPOS ILUMINADOS

Montagem e Realização
Coloque a vela acesa e a pedra dentro do frasco de vidro como mostra a
figura 1.

luz

Fig. 1
Frasco de vidro com uma vela acesa e uma pedra dentro do frasco

Agora procure observar através do frasco a pedra que se encontra lá dentro.


Então?

Avaliação
Consegue ver nitidamente a pedra? Claro que sim! Agora assinale com um 9
a resposta que melhor lhe parece esclarecer o fenómeno que acaba de
observar.

a) A pedra é vista nitidamente, ou seja, vê-se muito bem,


9
porque o frasco de vidro é atravessado facilmente pela
luz da vela.

b) A pedra não é vista nitidamente, ou seja, não se vê muito


bem, porque a vela está dentro do frasco de vidro.

c) A pedra é vista nitidamente, ou seja, vê-se muito bem,


porque o frasco de vidro é dificilmente atravessado pela
luz da vela.

d) A pedra é vista nitidamente, ou seja, vê-se muito bem,


porque a vela acesa e o frasco de vidro são matéria.

8 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 2 - COMPORTAMENTO DOS CORPOS ILUMINADOS

Experiência 2

Material
Um frasco de vidro
Uma vela acesa
Um pedaço de cartucho ou jornal

Montagem e Realização
Com a vela ainda acesa no interior do frasco, enrole o frasco com
um pedaço de cartucho ou de jornal - fig. 2.

luz

jornal

Fig. 2
Frasco de vidro coberto por um pedaço de cartucho ou jornal

Nesta situação, procure novamente observar a pedra através do frasco


enrolado com um pedaço de cartucho ou de jornal.

Avaliação
E agora? Consegue ver nitidamente a pedra? Como vê, já não se consegue
ver a pedra. Agora assinale com um 9 a resposta que melhor explica o
fenómeno observado:

a) A pedra não é vista nitidamente porque o pedaço de


9
cartucho ou de jornal é matéria.

b) A pedra não é vista porque o pedaço de cartucho ou


de jornal não permite a passagem da luz da vela com
muita facilidade.

c) A pedra é vista porque o pedaço de cartucho ou de


jornal permite a passagem da luz da vela com maior
facilidade.

FÍSICA - MÓDULO 2
9
LIÇÃ0 2 - COMPORTAMENTO DOS CORPOS ILUMINADOS

Experiência 3
Material
Um frasco de vidro
Uma vela acesa
Um pedaço de cartolina

Montagem e Realização
Com a vela ainda acesa dentro do frasco, substitua o pedaço de cartucho ou
de jornal por um pedaço de cartolina, como pode ver na fig. 3.

luz

pedaço de
cartolina

Fig. 3
Frasco de vidro encoberto por um pedaço de cartolina

Agora procure novamente observar a pedra através do frasco envolvido pela


cartolina.

Avaliação
Consegue ver a pedra? Claro que não! Agora assinale com um 9 a resposta
que melhor explica o fenómeno observado:

a) A pedra não é vista nitidamente porque o pedaço de


cartolina que cobre o frasco não permite a passagem 9
da luz da vela.

b) A pedra é vista porque a vela está acesa.

c) A pedra não é vista porque o pedaço de cartolina que


cobre o frasco é matéria.
d) A pedra não é vista porque o pedaço de cartolina que
cobre o frasco não permite a passagem da luz da vela.

10 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 2 - COMPORTAMENTO DOS CORPOS ILUMINADOS

Correctíssimo! É isso mesmo!


Na Experiência 1, a pedra é vista nitidamente e a chama
da vela também é observada nitidamente. Este
fenómeno deve-se ao facto de que o frasco de vidro
permite a passagem da luz emitida pela vela com muita
facilidade.

Na Experiência 2, a pedra já não é vista, apesar de se


poder observar, embora não nitidamente, a chama da
vela. Este fenómeno deve-se ao facto de que o pedaço
de cartucho ou de jornal enrolado no frasco não permite
a passagem da luz com muita facilidade.

Na Experiência 3, a pedra e a chama da vela não são


vistas. Este fenómeno deve-se ao facto de que o
pedaço de cartão que cobre o frasco não permite a
passagem da luz.

Ora podemos então concluir que:

O vidro é considerado um corpo transparente, pois é facilmente


atravessado pela luz.

Corpos Transparentes são aqueles que permitem a passagem


da luz e que permitem também observar nitidamente os corpos que
se encontram posicionados atrás de si próprios.

FÍSICA - MÓDULO 2
11
LIÇÃ0 2 - COMPORTAMENTO DOS CORPOS ILUMINADOS

São exemplos de Corpos Transparentes, o vidro liso, uma camada fina de


água, o ar, etc.

vidro

Fig. 4
Corpos Transparentes

O papel de cartucho ou o jornal que envolvem o vidro são


considerados Corpos Translúcidos, pois não são facilmente
atravessados pela luz.

Corpos Translúcidos são aqueles que se deixam atravessar


parcialmente pela luz, logo não permitem que se observe
nitidamente os corpos que se encontram atrás de si próprios.

12 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 2 - COMPORTAMENTO DOS CORPOS ILUMINADOS

São exemplos de Corpos Translúcidos, o vidro fosco, o papel de seda, uma


camada densa de água, o nevoeiro, etc.

luz

plástico
preto

Fig. 5
Corpos Translúcidos

O cartão ou a cartolina que envolvem o frasco de vidro são


considerados Corpos Opacos, pois não permitem a passagem da luz.

Corpos Opacos são aqueles que não se deixam atravessar pela


luz, não permitindo por isso a observação de corpos situados atrás
de si próprios.

FÍSICA - MÓDULO 2
13
LIÇÃ0 2 - COMPORTAMENTO DOS CORPOS ILUMINADOS

São exemplos de Corpos Opacos, a madeira, o ferro, a cartolina, etc.

Fig. 6
Corpos opacos

Tome nota…
É importante você saber que o facto de um corpo ser transparente,
translúcido ou opaco, depende apenas da substância e da espessura que o
constitui.

Bom trabalho! Faça uma breve pausa e depois continue


o seu estudo passando à lição que se segue.

14 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 3 - PROPAGAÇÃO RECTILÍNEA DA LUZ

Lição PROPAGAÇÃO RECTILÍNEA DA LUZ


No 3

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Demonstrar a propagação rectilínea da luz.

Como se propaga a luz?

Caro aluno! Antes de responder a esta questão, e antes de falarmos da


propagação da luz (a forma como a luz viaja de um ponto a outro) realize a
seguinte experiência muito simples:

Realizando Experiências
Material
2 cartões pequenos de papel
1 tesoura ou lâmina ou ainda uma faca
1 vela
3 latas com areia
2 pedaços de caniço
1 fósforo

Montagem e Realização
Pegue nos dois cartões e faça um orifício circular em cada um deles.
Fixe cada cartão num pedaço de caniço.
Encha de areia as três latas.
Coloque os cartões ligeiramente afastados um do outro, com os
orifícios à mesma altura, como mostra a figura 1.

FÍSICA - MÓDULO 2
15
LIÇÃ0 3 - PROPAGAÇÃO RECTILÍNEA DA LUZ

Fig.1
Propagação rectilínea da luz

Acenda a vela de acordo com a figura 1.


Posicione-se do lado 1 e procure observar, através dos orifícios, a
fonte luminosa que se encontra atrás dos cartões.

Avaliação
Repita várias vezes a experiência, posicionando os cartões X e Y em várias
posições: com os orifícios alinhados com a vela, sem os orifícios alinhados
com a vela, e diga em que condições consegue ver a fonte luminosa. Assinale
com um 9 a afirmação que melhor indica estas condições:

a) Só consigo ver a fonte luminosa através dos dois orifícios, 9


quando os dois orifícios não estão alinhados com a vela
(não estão na mesma linha).

b) Só consigo ver a fonte luminosa através dos dois orifícios,


quando os dois orifícios estão alinhados com a vela (estão
na mesma linha).

c) Só consigo ver a fonte luminosa através dos dois orifícios,


quando os dois orifícios não estão à mesma altura.

16 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 3 - PROPAGAÇÃO RECTILÍNEA DA LUZ

Caro aluno! Como verificou, só conseguimos ver a fonte


luminosa (chama da vela) quando ela e os dois orifícios
estão alinhados, isto é, segundo a mesma linha recta. Se
desalinharmos um dos cartões, deixar-se-á de ver a fonte
luminosa.

Este fenómeno deve-se ao facto de a luz se propagar sempre em linha


recta (propagação rectilínea da luz).

E a que velocidade se dará esta propagação rectilínea da luz?

VRRRRROOOOOOOOOOOOOOOOOOOMMMMM!
Conforme aprendemos nesta lição, a luz viaja de um ponto a outro em linha
recta... mas a que velocidade?

A velocidade de propagação da luz é um facto que sempre intrigou a


humanidade. Galileu foi um dos primeiros cientistas que tentou determinar a
velocidade da luz. Pensava ele que, com a ajuda de um relógio, seria capaz
de medir a velocidade a que a luz se propaga de um ponto a outro. Galileu
realizou então a seguinte experiência:

Colocou o seu colaborador a uma determinada distância de um alvo


(cerca de 100 m), com uma lanterna a apontar para o alvo, como
mostra a Fig. 2.

Fig. 2
Experiência realizada por Galileu para tentar medir a velocidade da luz
Galileu colocou-se junto ao alvo.
Uma vez em posição, Galileu deu um sinal ao seu ajudante para
acender a lanterna. Com a ajuda de um relógio, tentou medir o tempo
que a luz gastava do ponto onde se encontrava o seu colaborador até
atingir o alvo.

FÍSICA - MÓDULO 2
17
LIÇÃ0 3 - PROPAGAÇÃO RECTILÍNEA DA LUZ

Porém, a experiência não foi bem sucedida, pois Galileu não conseguiu medir
o tempo que a luz gastou a atingir o alvo. Mas então porquê?

É isso mesmo! É claro que Galileu nunca poderia medir


a velocidade da luz através da experiência descrita
anteriormente, porque a velocidade da luz é muito
grande.

Tome nota…

A velocidade de propagação da luz no ar é de 300.000 Km/s. Isto


significa que a luz é capaz de atravessar 100 vezes o território
Moçambicano (do Maputo ao Rovuma) em apenas um segundo!

A velocidade de propagação da luz no ar, é a velocidade máxima que se


pode atingir na Natureza.

Caro aluno! Faça um curto intervalo de 10 minutos, e


passe para a lição que se segue.

Uma pessoa pode estar infectada com o


vírus da SIDA durante anos sem mostrar
qualquer sintoma. Não mantenha relações
sexuais casuais sem usar o preservativo.

18 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 4 - FEIXE E RAIO LUMINOSO - PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

Lição FEIXE E RAIO LUMINOSO - PRINCÍPIOS


DA ÓPTICA GEOMÉTRICA
No 4

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Representar o raio luminoso e o feixe luminoso.


Representar o feixe de raios convergentes, divergentes e
paralelos.
Interpretar os princípios da óptica geométrica.

Feixe e raio luminoso


Na lição anterior aprendemos que a luz se propaga em linha recta. Por isso,
podemos representar a luz que vem de uma fonte luminosa (de uma vela, por
exemplo), através de várias rectas.

Cada linha recta tem o nome de Raio Luminoso, veja a Fig. 1.

Ao conjunto de raios luminosos dá-se o nome de Feixe Luminoso, veja a


Fig. 1.

feixe luminoso
raio luminoso

Fig. 1
Feixe e Raio Luminoso

FÍSICA - MÓDULO 2
19
LIÇÃ0 4 - FEIXE E RAIO LUMINOSO - PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

ACTIVIDADE
1. Considere agora a seguinte figura na qual temos uma fonte luminosa e seis
pontos representados pelas letras A, B, C, D, E e F.

F A

E
C D

Com base nesta figura diga quais os pontos que são iluminados pela fonte.
Assinale com um a resposta correcta:

a) Apenas A e B porque são os únicos pontos atingidos


pela luz da fonte (vela).

b) Somente A B D e F porque estes pontos são os únicos


atingidos pela luz da fonte.

c) Somente A B e F porque a vela é um corpo luminoso.

d) A, B, C, D, E, e F porqe só existe uma fonte de luz.

2. Quais os pontos que não são iluminados pela fonte luminosa? Porquê?
Assinale com um aqui também a resposta correcta.

a) C e E porque a luz se propaga em linha recta.

b) C, D, e E porque a luz se propaga em linha recta.

c) A, B, e F porque estes pontos não são atingidos pela luz


da fonte.

d) D e F porque são os únicos pontos que não são atingidos


pela luz da fonte.

20 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 4 - FEIXE E RAIO LUMINOSO - PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

Bom trabalho! Como pode ver na figura seguinte, é fácil


concluir que a luz da fonte atinge apenas os pontos A, B,
D e F. Por isso mesmo, ela só ilumina esses pontos e não
os pontos C e E.

F A

E
C D

Fig. 2
Pontos iluminados por uma fonte luminosa

Já sabemos que para representarmos a luz que vem de uma fonte luminosa
utilizamos uma linha recta chamada Raio Luminoso, e que o conjunto de
vários raios luminosos forma um Feixe Luminoso. Porém, um feixe luminoso
pode ser:

Paralelo – quando os raios de luz são paralelos entre si.


Divergente – quando os raios de luz partem do mesmo ponto.
Convergente – quando os raios de luz se dirigem para o mesmo
ponto.

Raios Paralelos Raios Divergentes Raios Convergentes

Fig. 3
Tipos de feixes Luminosos

FÍSICA - MÓDULO 2
21
LIÇÃ0 4 - FEIXE E RAIO LUMINOSO - PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

Princípios da Óptica Geométrica


O desenvolvimento da Óptica Geométrica foi feito com base num conjunto de
afirmações admitidas como verdadeiras. Estas afirmações são conhecidas
como Princípios Fundamentais da Óptica Geométrica. Vamos agora ver
com mais atenção estes Princípios:

10) Princípio de Propagação Rectilínea da Luz


A luz propaga-se em linha recta

Este foi o Princípio que aprendemos na lição anterior. Como se deve


lembrar, tivemos a oportunidade de desenvolver algumas actividades que
nos demonstraram como a luz se propaga em linha recta através do ar.

20) Princípio da Independência dos Raios Luminosos


Os raios luminosos de um feixe são independentes.

Este Princípio pode ser interpretado através da figura seguinte, onde


podemos observar que se um raio luminoso cortar outro, ele segue o seu
caminho como se nada tivesse acontecido. Isto quer dizer que cada raio
de um feixe é independente.

Fig. 4
Independência dos Raios Luminosos

30) Princípio da Reversibilidade dos Raios Luminosos


O caminho de um raio luminoso não se modifica quando mudamos
as posições da fonte e do observador.

22 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 4 - FEIXE E RAIO LUMINOSO - PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

Vamos também interpretar este Princípio graficamente, através da figura 5.


Nela, podemos observar que o caminho da ida de um raio é igual ao caminho
da volta.

Fig. 5
Reversibilidade dos raios Luminosos

Ora bem, esperamos que esteja a gostar da matéria!


Antes de passar a resolver os exercícios que se seguem,
faça uma pequena revisão das lições anteriores, e boa
sorte! Vai ver que não é difícil!

FÍSICA - MÓDULO 2
23
LIÇÃ0 4 - FEIXE E RAIO LUMINOSO - PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

Exercícios - 1
1. Das afirmações que se seguem, assinale com V as verdadeiras e com
F as falsas.

V/F
a) Corpos iluminados são aqueles que recebem luz
emitida por corpos luminosos.

b) Corpos luminosos são aqueles que emitem luz.

c) Os corpos luminosos são fontes de luz.

d) Corpos translúcidos são aqueles que se deixam


atravessar parcialmente pela luz e permitem que se
observe nitidamente os corpos atrás de si próprios.

e) Dá-se o nome de feixe luminoso ao conjunto de raios


luminosos.

2. As frases que se seguem referem-se a dois princípios fundamentais da


óptica geométrica. Complete cada uma das frases de modo a obter
afirmações verdadeiras dentro do contexto da Física.

a) Quando os raios de luz se ____________________, cada um

deles segue seu___________________ como se os outros

não ________________________.

b) O caminho seguido por um raio _________________ não se

___________________quando o __________________de

propagação se inverte.

24 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 4 - FEIXE E RAIO LUMINOSO - PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

3. Assinale com um a resposta correcta.

a) Qual das seguintes figuras representa um feixe de raios luminosos


paralelos?

A: B:

C: D:

b) Qual das seguintes figuras representa um feixe divergente?

A: B:

C: D:

FÍSICA - MÓDULO 2
25
LIÇÃ0 4 - FEIXE E RAIO LUMINOSO - PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

c) Qual das seguintes figuras representa um feixe convergente?

A: B:

C: D:

4. Considere os seguintes feixes luminosos e assinale com um a


alternativa correcta em relação ao tipo de feixe:

C
A

B
E
F D

AB Convergentes Divergentes Paralelos

BC Convergentes Divergentes Paralelos

DE Convergentes Divergentes Paralelos

EF Convergentes Divergentes Paralelos

26 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 4 - FEIXE E RAIO LUMINOSO - PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

Então, caro aluno! Quantos exercícios acertou? Com-


pare as suas respostas com a Chave de Correcção que
lhe propomos no final deste Módulo. Se respondeu
acertadamente a pelo menos três, está de parabéns!
Está acompanhando bem a matéria.

Se acertou em menos de três exercícios, não desanime!


Volte a ler as lições anteriores e tente resolver de novo
os exercícios. Se tiver dificuldades, tente discutir a
matéria com outros colegas ou vá até ao CAA e peça
ajuda ao seu Tutor. Bom trabalho!

Antes de ter relações sexuais esteja


preparado(a), certifique se:

Gosta mesmo dessa pessoa especial?


Ambos querem ter relações sexuais?
Sente-se bem e em segurança com essa
pessoa especial?

Então ... utilize um preservativo novo e não


arrisque o perigo de doenças ou infecções.

FÍSICA - MÓDULO 2
27
LIÇÃ0 4 - FEIXE E RAIO LUMINOSO - PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

A Malária
A malária é o mesmo que paludismo. É tramsmitida atra-
vés de picadas de mosquito e se não for tratada a tempo
pode levar à morte, pricipalmente de crianças e mulheres
grávidas.

Quais os sintomas da malária?

Febres altas
Tremores de frio
Dores de cabeça
Falta de apetite
Diarreia e vómitos
Dores em todo o corpo e nas articulações

Como prevenir a malária?

Em todas as comunidades nos devemos proteger contra a


picada de mosquitos. Para isso, devemos:

Eliminar charcos de água à volta da casa - os


mosquitos multiplicam-se na água
Enterrar as latas, garrafas e outros objectos que
possam permitir a criação de mosquitos
Queimar folhas antes de dormir para afastar os
mosquitos (folhas de eucalipto ou limoeiro)
Colocar redes nas janelas e nas portas das casas,
se possível
Matar os mosquitos que estão dentro da casa,
usando insecticidas
Pulverizar (fumigar) a casa, se possível

28 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 5 - SOMBRA E PENUMBRA

Lição SOMBRA E PENUMBRA


No 5

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Representar a zona ocupada pela sombra e pela penumbra,


quando um corpo opaco é iluminado por uma fonte ou por
duas fontes luminosas em simultâneo.

Sombra e penumbra
Caro aluno! A sombra e a penumbra são fenómenos que você observa
diariamente. Estes fenómenos ocorrem devido à propagação rectilínea da luz.
Vamos ver como isto acontece…

Fig. 1
Sombra e penumbra

Realizando Experiências
Material

Uma vela acesa ou candeeiro a petróleo ou lamparina


Uma caixa de fósforos ou uma pedra ou um livro

FÍSICA - MÓDULO 2
29
LIÇÃ0 5 - SOMBRA E PENUMBRA

Montagem e Realização

Coloque, de acordo com a figura 2, uma fonte luminosa de dimensões não


muito pequenas (ex: candeeiro a petróleo, lâmpada de candeeiro, lamparina,
lanterna, vela, etc.) e ilumine um corpo opaco (ex: pedra, livro, caixa de
fósforos, etc.).

Fonte Luminosa Caixa de fósforos


(vela)

Fig. 2
Iluminação de um corpo opaco por uma fonte luminosa

Avaliação

1. Considere agora as seguintes afirmações, e marque com um 9 a


afirmação que melhor descreve as suas observações:

a) Atrás do corpo opaco observa-se somente uma região


9
totalmente clara.

b) Atrás do corpo opaco observa-se uma região totalmente


escura, seguida de uma zona menos escura.

c) Atrás do corpo opaco observa-se somente uma região


totalmente escura.

2. Com base nas suas observações, diga então, que nomes se dão a essas
regiões? Assinale com um 9 a resposta que acha correcta.

Região totalmente escura: Sombra Penumbra Feixe

Região menos escura: Sombra Penumbra Feixe

30 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 5 - SOMBRA E PENUMBRA

Caro aluno! Se está tendo algumas dificuldades em


registar as suas observações, repita a experiência sem
pressa várias vezes, e de certeza chegará aos resultados
seguintes:

Atrás do corpo opaco observa-se a formação de uma região totalmente


escura que é chamada sombra. Esta região é seguida por uma outra região
menos escura chamada penumbra, veja a figura 3.

Fonte Luminosa
(vela) Penumbra
Luz

Corpo Penumbra
opaco Sombra

Fig. 3
Formação da sombra e da penumbra

A formação destas regiões encontra a sua explicação na propagação


rectilínea da luz.

A parte da penumbra é aquela que é atingida apenas por alguns raios de luz,
enquanto que a parte da sombra não é atingida por nenhum raio luminoso-
Fig. 3.

Bom, continuemos com a nossa lição de hoje, realizando mais uma


experiência:

Realizando Experiências
Material
Uma vela acesa ou candeeiro a petróleo ou lamparina
Duas latas com areia
Uma folha grande de papel branco ou cartolina
Uma laranja ou outra fruta qualquer
Dois pedaços de caniço

FÍSICA - MÓDULO 2
31
LIÇÃ0 5 - SOMBRA E PENUMBRA

Montagem e Realização

Espete a laranja num pedaço de caniço e fixe o papel ou a cartolina


no outro caniço.
Depois fixe cada um dos caniços dentro de uma lata com areia.
Posicione as latas em cima de uma superfície plana de forma a
estarem alinhadas.
Agora posicione a fonte luminosa, também alinhada com os outros
dois objectos, como mostra a figura 4.

Corpo opaco Alvo


Fonte (cartão branco)
(Laranja)
Luminosa

Mesa

Lata Lata

Fig. 4
Fonte luminosa iluminando um corpo opaco e um alvo

Avaliação

Registe agora o que observa na folha de papel ou cartolina (alvo), quando


se ilumina a laranja (corpo opaco).

É isso mesmo! Quando se ilumina o corpo opaco,


observa-se no alvo uma região totalmente escura. Esta
é a sombra projectada pelo corpo opaco. A sombra
projectada é seguida de uma zona projectada menos
escura chamada penumbra projectada, como pode ver
na fig. 5.

32 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 5 - SOMBRA E PENUMBRA

Fonte Sombra Projectada


Luminosa
Cartolina
branca

Corpo Penumbra
opaco Projectada

Fig. 5
Sombra e penumbra projectada

Resumindo, temos no alvo:


Sombra projectada (região onde não há luz).
Penumbra projectada (região onde há luz proveniente apenas de
uma parte da fonte).

A formação da sombra e da penumbra pode ser explicada facilmente usando


duas fontes luminosas pequenas ou uma fonte luminosa mais larga (extensa) do
que o corpo opaco, conforme pode ver na figura 6.

(a) Duas fontes pequenas (b) Uma fonte larga (extensa)

Fig. 6
Sombra e penumbra

FÍSICA - MÓDULO 2
33
LIÇÃ0 5 - SOMBRA E PENUMBRA

Na Fig.6 (a), estão representadas


duas fontes luminosas F1 e F2.
As linhas representam o feixe de luz
que ilumina o corpo opaco.
Como pode ver, caro aluno, no alvo
formam-se três zonas ou regiões
diferentes.

(a) Duas fontes pequenas

Fig. 6

Região 1 – Forma-se a sombra, porque é a zona que não é atingida


pela luz de nenhuma das fontes.
Região 2 – Penumbra, porque é a zona que é atingida apenas pela
luz de uma fonte, neste caso a fonte F1.
Região 3 – Penumbra, porque é a zona que é atingida apenas pela
luz de uma fonte, neste caso a fonte F2.
As regiões 4 e 5 são de luz, porque representam a zona que é
iluminada pelas duas fontes (F1 e F2).

Na Fig.6 (b), está representada


uma fonte luminosa mais larga
(extensa) do que o corpo opaco.

(b) Uma fonte larga (extensa)

Fig. 6
Como vê, formam-se no alvo as mesmas regiões de sombra, penumbra e luz
que se formaram na fig. 6 (a). Neste caso, deve-se imaginar que as fontes F1
e F2, estão colocadas nos pontos A e B da fonte larga (extensa).

Excelente! Como vê vamos progredindo com o trabalho!


Faça agora um intervalo de 15 minutos, e de seguida, faça
uma breve revisão do que acaba de aprender. Quando
tiver feito a sua revisão tente resolver os exercícios que
propomos a seguir para ter uma ideia do seu nível de
aprendizagem. Bom trabalho!

34 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 5 - SOMBRA E PENUMBRA

Exercícios - 2
1. Na figura, F é uma fonte de luz extensa (larga) e A, um corpo opaco.
Assinale com um 9 a resposta correcta para cada uma das alíneas
seguintes:

A. De acordo com a figura, pode-se afirmar que a zona “1“ é a região


ocupada pela:
9
a) Sombra.

b) Penumbra.

c) Sombra e penumbra.

B. De acordo com a figura, pode-se afirmar que a zona “2“ é a região


ocupada pela:
9
a) Sombra.

b) Penumbra.

c) Sombra e penumbra.

C. De acordo com a figura, pode-se afirmar que a zona “3“ é a região


ocupada pela:
9
a) Sombra.

b) Penumbra.

c) Sombra e penumbra.

FÍSICA - MÓDULO 2
35
LIÇÃ0 5 - SOMBRA E PENUMBRA

2. A figura que se segue representa um corpo opaco A, iluminado por duas


fontes luminosas F1 e F2. Assinale com um 9 a resposta correcta.

2 4
1 3 5
A

A. A zona ocupada pela sombra é:

9
a) 1

b) 2

c) 3
B. A zona ocupada pela penumbra é:

9
a) 1

b) 2

c) 5

C. A zona iluminada é:

9
a) 2

b) 3

c) 5

36 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 5 - SOMBRA E PENUMBRA

3. A figura mostra duas pequenas fontes luminosas F1 e F2, situadas em


frente de um objecto AB.

P1

F1 P2

AB

P4
F2
P5

Considere os pontos assinalados no alvo. Assinale com um 9


a resposta correcta.

A. Qual dos seguintes pontos recebe luz das duas fontes?


9
a) P1

b) P2

c) P3

B. Qual dos seguintes pontos recebe luz apenas da fonte F1?


9
a) P2

b) P3

c) P4

FÍSICA - MÓDULO 2
37
LIÇÃ0 5 - SOMBRA E PENUMBRA

P1

F1 P2

AB

P4
F2
P5

C. Qual dos seguintes pontos recebe luz apenas da fonte F2?


9
a) P2

b) P3

c) P4

D. Qual dos seguintes pontos não recebe luz de nenhuma das duas
fontes?

9
a) P3

b) P4

c) P5

38 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 5 - SOMBRA E PENUMBRA

4. A figura representa a sombra e a penumbra originada por um corpo


opaco quando é iluminado por duas fontes luminosas.
Em que pontos se encontram as duas fontes luminosas? (Assinale com um
9 a resposta correcta).

A B

Penumbra Sombra Penumbra

9
a) As fontes encontram-se nos pontos A e B.

b) As fontes encontram-se nos pontos A e C.

c) As fontes encontram-se nos pontos B e C.

Bom trabalho! Agora compare as suas respostas com a


Chave de Correcção que lhe propomos no final deste
Módulo. Se teve dificuldade em resolver alguns
exercícios, estude de novo a lição e tente resolvê-los de
novo. Se as dificuldades continuarem, não desanime, vá
até ao CAA e vai ver que solucionará o seu problema
junto do Tutor e de outros colegas de curso.

FÍSICA - MÓDULO 2
39
LIÇÃ0 5 - SOMBRA E PENUMBRA

A Cólera
A cólera é uma doença que provoca muita diarreia, vó-
mitos e dores de estômago. Ela é causada por um mi-
cróbio chamado vibrião colérico. Esta doença ainda existe
em Moçambique e é a causa de muitas mortes no nosso
País.

Como se manifesta?

O sinal mais importante da cólera é uma diarreia onde


as fezes se parecem com água de arroz. Esta diarreia é
frequentemente acompanhada de dores de estômago e
vómitos.

Pode-se apanhar cólera se:


 Beber água contaminada.
 Comer alimentos contaminados pela água ou pelas
mãos sujas de doentes com cólera.
 Tiver contacto com moscas que podem transportar os
vibriões coléricos apanhados nas fezes de pessoas
doentes.
 Utilizar latrinas mal-conservadas.
 Não cumprir com as regras de higiene pessoal.

Como evitar a cólera?


 Tomar banho todos os dias com água limpa e sabão.
 Lavar a roupa com água e sabão e secá-la ao sol.
 Lavar as mãos antes de comer qualquer alimento.
 Lavar as mãos depois de usar a latrina.
 Lavar os alimentos antes de os preparar.
 Lavar as mãos depois de trocar a fralda do bébé.
 Lavar as mãos depois de pegar em lixo.
 Manter a casa sempre limpa e asseada todos os dias.
 Usar água limpa para beber, fervida ou tratada com
lixívia ou javel.
 Não tomar banho nos charcos, nas valas de drenagem
ou água dos esgotos.

40 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 6 - ECLIPSES DO SOL

Lição ECLIPSES DO SOL


No 6

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Explicar a formação do eclipse total e parcial do Sol.


Diferenciar o eclipse total do Sol do eclipse parcial do Sol.

Eclipses
Entende-se por Eclipse o desaparecimento total ou parcial da luz de um astro.

A formação dos Eclipses do Sol e da Lua é um dos fenómenos mais


interessantes a observar na Natureza. Decerto você já ouviu falar de
eclipses... Pode parecer uma coisa complicada, mas não se preocupe pois a
explicação dos Eclipses do Sol e da Lua é muito simples.

Para compreender bem como se formam Eclipses, basta recorrermos ao


princípio da propagação rectilínea da luz e à formação da sombra e da pe-
numbra. Devemos ter sempre em conta o facto de que o Sol é um corpo
luminoso e que a Lua e a Terra são corpos iluminados pelo Sol.

FÍSICA - MÓDULO 2
41
LIÇÃ0 6 - ECLIPSES DO SOL

Eclipses do Sol

ACTIVIDADE

1. Observe atentamente a figura 1 e responda às questões que se seguem:

Lua 1 Terra

Sol
3
2
Órbita da Lua

Fig. 1
Eclipse do Sol

a) Na figura 1 estão indicadas 3 regiões através dos números 1, 2 e 3.


Ligue com uma linha cada região com a sua identificação,
baseando-se no que aprendeu na lição anterior:

Região 1 Luz (zona iluminada)


Região 2 Sombra
Região 3 Penumbra

b) Nas condições da figura 1, em qual das regiões 1, 2 ou 3, um


observador situado na Terra, não recebe luz do Sol? Assinale com um
9 a resposta correcta:

1 2 3

42 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 6 - ECLIPSES DO SOL

c) Que fenómeno vê o observador que está situado nessa região?


Marque com um 9 a resposta que melhor justifica o fenómeno
observado.

1) Na região 2, o observador na Terra vê uma


9
parte da luz do Sol.

2) Na região 3, o observador na Terra vê o


desaparecimento total da luz do Sol.

3) Na região 1, o observador na Terra vê o


desaparecimento total da luz do Sol.

d) Ainda nas condições da figura 1, em qual das regiões o observador


situado na Terra recebe uma parte da luz solar?

1 2 3

Exactamente caro aluno! Você já sabe que a Lua


descreve uma órbita à volta da Terra. Nas condições da
Fig.2, a Lua encontra-se entre o Sol e a Terra,
recebendo luz do Sol.

Sol

Lua

1
2

3
Terra

Fig.2
Eclipse do Sol

FÍSICA - MÓDULO 2
43
LIÇÃ0 6 - ECLIPSES DO SOL

Sol

Lua

1
2

3
Terra

Fig.2
Eclipse do Sol
Quando a Lua recebe luz do Sol, origina a formação das seguintes regiões:

Região 1 = Sombra
Região 2 = Penumbra
Região 3 = Luz (zona iluminada)

Como vê, caro aluno, quando a Lua está entre o Sol e a Terra, uma parte da
Terra não é atingida pela luz que vem do Sol. Quando este fenómeno
acontece, diz-se que há um Eclipse do Sol.

Um observador na Terra regista que se dá um Eclipse do Sol quando a luz do


Sol desaparece sobre essa parte da Terra devido ao posicionamento da Lua
entre o Sol e a Terra. (Fig. 1) Durante este fenómeno, a Lua projecta a sua
sombra sobre a Terra.

Lua 1 Terra

Sol
3
2
Órbita da Lua

Fig. 1
Eclipse do Sol

44 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 6 - ECLIPSES DO SOL

Os Eclipses do Sol podem ser totais ou parciais:

Ocorre um Eclipse Total do Sol quando um observador na Terra


estiver situado na região de sombra — região 1 da fig. 1.
Ocorre um Eclipse Parcial do Sol quando um observador na Terra
estiver situado na região de penumbra, região 2 da fig. 1.

Observe a fig. 3 e repare que o observador que estiver na região 3, não


observa o Eclipse do Sol, isto é, não observa nem o Ecplise Total nem o
Eclipse Parcial.

Sol

Fig. 3
Eclipse do Sol

Caro aluno! Analise as suas respostas à actividade


anterior e compare-as com as conclusões que acabámos
de tirar. Como vê, os fenómenos de Eclipse do Sol não
são nada complicados. Conforme aprendeu nesta lição,
eles estão relacionados com os fenómenos de sombra e
penumbra.

Faça um breve intervalo de 10 minutos e passe depois


para a lição que se segue. Na lição seguinte vai aprender
como se formam os eclipses da Lua.

FÍSICA - MÓDULO 2
45
LIÇÃ0 6 - ECLIPSES DO SOL

A SIDA

A SIDA é uma doença grave causada por um vírus. A


SIDA não tem cura. O número de casos em Moçambique
está a aumentar de dia para dia. Proteja-se!!!

Como evitar a SIDA:

 Adiando o início da actividade sexual para


quando for mais adulto e estiver melhor
preparado.

 Não ter relações sexuais com pessoas que têm


outros parceiros.

 Usar o preservativo ou camisinha nas relações


sexuais.

 Não emprestar nem pedir emprestado, lâminas


ou outros instrumentos cortantes.

46 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 7 - ECLIPSES DA LUA

Lição ECLIPSES DA LUA


No 7

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Explicar a formação do eclipse total e parcial da Lua.


Diferenciar o eclipse total da Lua do eclipse parcial da Lua.

Na lição anterior aprendeu que o eclipse do Sol é o desaparecimento da luz


do Sol sobre uma parte da Terra, quando a Lua está entre o Sol e a Terra.
Agora vamos aprender como se forma o eclipse da Lua.

Eclipses da Lua
Vamos tentar demonstrar graficamente como acontece o eclipse da Lua.

Observe atentamente a figura 1 que representa o eclipse da Lua e a figura 2


que representa o eclipse do Sol.

B Sombra
da Terra
Sol Terra
Lua
C

Órbita da Lua

Fig.1
Eclipse da Lua

Sombra Terra
Lua da Lua

Sol

Fig. 2
Eclipse do Sol

FÍSICA - MÓDULO 2
47
LIÇÃ0 7 - ECLIPSES DA LUA

B Sombra
da Terra
Sol Terra
Lua
C

Órbita da Lua

Fig.1
Eclipse da Lua

Sombra Terra
Lua da Lua

Sol

Fig. 2
Eclipse do Sol

ACTIVIDADE
Agora tente responder às questões que se seguem:

Do ponto de vista da posição da Terra e da Lua, qual é a diferença entre


as duas figuras? Das afirmações que se seguem, assinale com um 9 a que
melhor mostra a diferença:

a) Na figura 2, o Sol está entre a Terra e a Lua, enquanto 9


que na figura 1, a Lua é que está entre o Sol e a
Terra.

b) Na figura 2, a Terra é que está entre o Sol e a Lua,


enquanto que na figura 1, a Lua é que está entre o
Sol e a Terra.

c) Na figura 2, a Lua é que está entre o Sol e a Terra,


enquanto que na figura 1, a Terra é que está entre o
Sol e a Lua.

48 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 7 - ECLIPSES DA LUA

Exactamente! Na figura 2 a Lua está entre o Sol e a


Terra, enquanto que na figura 1, a Terra é que está entre
o Sol e a Lua.

Como vê, quando a Terra está entre o Sol e a Lua, a luz do Sol não chega à
Lua. Quando este fenómeno acontece, diz-se que há um eclipse da Lua. Por
isso:

O Eclipse da Lua, é o fenómeno que consiste no


desaparecimento da luz do Sol sobre a Lua, quando a Terra
está entre o Sol e a Lua.

Portanto, um observador na Terra regista que se dá um Eclipse da Lua


quando a Lua se torna “invisível”, porque se encontra na sombra dada pela
Terra, como se pode ver na Fig. 1.

B Sombra
da Terra
Sol Terra
Lua
C

Órbita da Lua

Fig.1
Eclipse da Lua

FÍSICA - MÓDULO 2
49
LIÇÃ0 7 - ECLIPSES DA LUA

ACTIVIDADE
1. Observe atentamente a figura que se segue.

Sol

3
Órbita da Lua

1
Terra
2
Fig. 2

Das seguintes afirmações assinale com um 9aquela que é verdadeira.

a) Ocorre um eclipse total da Lua quando a Lua estiver 9


no ponto 1, porque está dentro da região de sombra
da Terra.

b) Ocorre um eclipse total da Lua quando a Lua estiver


no ponto 2, porque está dentro da região de sombra
da Terra.

c) Ocorre um eclipse total da Lua quando a lua estiver


no ponto 3, porque está dentro da região de sombra
da Terra.

Exactamente, caro aluno! Os eclipses da Lua ocorrem


quando a Lua se encontra no ponto 2, porque está
dentro da região de sombra da Terra.

50 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 7 - ECLIPSES DA LUA

O eclipse da Lua também pode ser total ou parcial:

Ocorre um eclipse total da Lua quando a Lua penetra


completamente na região de sombra da Terra, conforme pode
observar na Fig. 3.
Ocorre um eclipse parcial da Lua quando a Lua estiver na zona
da penumbra da Terra, conforme pode observar na Fig. 3.

Sol Sol

Órbita Órbita
da Lua Terra da Lua Terra

Penumbra Penumbra
Penumbra Penumbra

Sombra Lua
Lua Sombra

Eclipse Total da Lua Eclipse Parcial da Lua


Fig. 3

Muito bom trabalho! Analise de novo, as suas


actividades e compare-as com as conclusões tiradas ao
longo desta lição. Esta matéria é um pouco abstracta,
por isso não tenha pressa em entendê-la… Estude com
muita calma. Se tiver dificuldades, vá até ao CAA e
peça ao seu Tutor que o ajude com algumas
demonstrações. Vai ver que não é assim tão difícil…
Boa sorte com a continuação do seu estudo.

FÍSICA - MÓDULO 2
51
LIÇÃ0 7 - ECLIPSES DA LUA

AS dts
O que são as DTS?

As DTS são as Doenças de Transmissão Sexual. Ou


seja, as DTS são doenças que se transmitem pelo con-
tacto sexual vulgarmente dito: fazer amor. Antigamente
estas doenças eram chamadas de doenças venéreas, pois
“Vénus” era o nome de uma deusa grega que era conheci-
da como a “deusa do amor”.

Quando suspeitar de uma DTS?

Nas meninas e mulheres

 Líquidos vaginais brancos e mal cheirosos.


 Comichão ou queimaduras na vulva, vagina
ou no ânus.
 Ardor ao urinar.
 Feridas nos órgãos sexuais.

Nos rapazes e nos homens

 Um corrimento de pus (sujidade) a sair do pénis.


 Feridas no pénis e nos outros órgãos genitais.
 Ardor ao urinar.

52 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

Lição FASES DA LUA


No 8

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Explicar a causa das fases da Lua.


Identificar as diferentes fases da Lua.

Fases da Lua
Ao olhar para o céu durante a noite, aperceber-se-á de que a Lua está em
constante movimento. Tal como o Sol, a Lua move-se em torno da Terra,
sempre de Este para Oeste. Sabia disso caro aluno? De certo que já sabia!

Como vê, a Lua pode-o ajudar a achar os pontos cardeais, isto é, o Norte,
o Sul, o Este e o Oeste.

Observe a Fig. 1. A Lúcia vê a Lua a mover-se da direita para a esquerda.


Por isso, à sua direita encontra-se o Este e à sua esquerda o Oeste, porque a
Lua se move de Este para Oeste. Assim, o Polo Norte está à frente da Lúcia
e o Polo Sul atrás.

N E

O S

Fig. 1
O movimento da Lua

FÍSICA - MÓDULO 2
53
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

Agora que já vimos como usar a Lua para nos podermos orientar, tal como
faziam os nossos antepassados, vamos continuar com a nossa observação da
Lua.

Certamente que já observou que a Lua muda de forma com o decorrer do


tempo. Às vezes, a Lua aparece com uma forma redonda, mas outras vezes
tem a forma de uma banana... Observe a Fig. 2:

Fig. 2
Fases da Lua

As diferentes formas que a Lua apresenta no Céu, são chamadas Fases da


Lua.

Mas será que a Lua muda mesmo de forma?


Bom! Isso veremos mais adiante. Vamos primeiro realizar uma experiência
que nos permitirá compreender melhor as fases da Lua!

Realizando Experiências
Material
Duas laranjas ou maçalas (ou qualquer fruto esférico)
Uma vela

54 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

Montagem e Realização
Acenda a vela.
Segure as duas laranjas um pouco afastadas uma da outra (ou outro
fruto qualquer) como indica a Fig. 3.
Observe com estão iluminadas as faces A e B da laranja X e as faces
C e D da laranja Y.

A x B C y D

Fig. 3

Avaliação
1. Assinale com um V as afirmações verdadeiras e com um F as
afirmações falsas em relação ao que observou durante a experiência.

V/F
a) A face “A” está mais escura do que a face “B”.

b) A face “A” está mais clara do que a face “B”.

c) A face “C” está mais escura do que a face “D”.

d) A face “C” está mais clara do que a face “D”.

e) A face “B” está mais escura do que a face “C”.

f) A face “B” está mais clara do que a face “C”.

FÍSICA - MÓDULO 2
55
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

É isso mesmo!
A face “A” está mais clara do que a face “B”, e a face
“C” também está mais clara do que a face “D”. Mas a
face B está mais escura do que a face “C”.

Conforme aprendeu nas lições anteriores, a Lua é um corpo iluminado. Isto é,


ela não tem luz própria. Por isso, a Lua só pode ser vista da Terra quando é
iluminada pelo Sol.

Imagine agora que o Sol é a vela e a Lua é uma das laranjas da experiência
que acaba de realizar, como vê na Fig. 4.

Lua
Lua
Sol A B C D
Terra

Fig. 4

Já sabe que a a Lua gira em torno da Terra. A figura 4 mostra a Lua em duas
posições diferentes em relação à Terra.

ACTIVIDADE
De acordo com a posição da Lua em relação à Terra, como mostra a figura 4,
assinale com um as afirmações verdadeiras.

a) A face “B” da Lua está clara.

b) A face “B” da Lua está escura.

c) A face “C” da Lua está clara.

d) A face “C” da Lua está escura.

56 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

Bravo! Acertou! A face “B” da Lua está escura


enquanto que a face “C” está clara de acordo com a sua
posição em relação à Terra.

Assim podemos concluir que:

Dependendo da sua posição em relação à Terra, a Lua parece


apresentar, para um observador na Terra, várias formas diferentes.
Estas “formas” representam as partes iluminadas observáveis da
Terra, e não correspondem a uma mudança da forma da Lua,
como decerto já adivinhou, caro aluno. Estas partes ilumidadas da
Lua tomam várias formas quando observadas da Terra, e chamam-se
Fases da Lua:

Quando a Lua está do lado direito em relação à Terra, ela parece um


círculo totalmente iluminado. Esta fase da Lua corresponde à Lua
Cheia.

Quando a Lua está do lado esquerdo em relação à Terra, ela parece


um círculo escuro. Esta fase da Lua corresponde à Lua Nova.

O termo “Lua Nova” vem da crença antiga de que a Lua morria


após as suas fases e voltava a renascer. Até ao século IV a.C.
(antes de Cristo ou a.n.E. - antes da nossa Era), não se sabia que
a Lua era visível porque era iluminada pelo Sol.

Quando a Lua está entre estas duas fases, parece uma banana, de
vários tamanhos, ora curvada para a direita ora para a esquerda.
Estas fases são as fases Crescente e Decrescente respectivamente.

FÍSICA - MÓDULO 2
57
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

Portanto, é importante que tome nota do seguinte:

As fases da Lua devem-se à posição da Lua em relação à Terra e


ao Sol – à forma como a Lua é iluminada pelo Sol.

ACTIVIDADE
1. As fases da Lua devem-se à mudança de forma da Lua. Indique com
um se esta afirmação está correcta ou não:

Sim Não

2. Quando a Lua se encontra na posição indicada na Fig. 5, tem a forma


de: (assinale com um a resposta correcta)

a) Um círculo totalmente iluminado, porque as faces “A”


e “B”, ficam claras.

b) Um círculo totalmente escuro, porque as faces “A” e


“B” ficam escuras.

c) Um meio círculo totalmente iluminado, porque a face


“A” fica clara e a face “B” fica escura.

d) Um meio círculo totalmente iluminado, porque a face


“A” fica escura e a face “B” fica clara.

58 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

Lua
AB

Sol
Terra

Fig. 5

Bravo! Muito bem!


As fases da Lua não se devem à mudança de forma da
Lua, pois aprendemos que a Lua não muda realmente
de forma durante a sua trajectória em torno da Terra.
As fases da Lua devem-se à forma como esta é
iluminada pelo Sol e à sua posição em relação a Terra.

Quando a Lua aparece na posição indicada na Fig. 5, ela tem a forma de um


meio círculo totalmente iluminado, porque a face “A” fica clara e a face “B”
fica escura.

FÍSICA - MÓDULO 2
59
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

Na Fig. 6 estão representadas as diversas fases da Lua observadas da Terra:

7
8 6
Terra
Raios
Solares 1 5

2 4
3

Fig. 6
Fases da Lua

A parte escura da Lua é a parte que, vista da Terra, não é


iluminada pelo Sol e a clara é a iluminada pelo Sol.
O ciclo das fases da Lua dura cerca de 29,5 dias (cerca de um mês) e
é equivalente ao tempo que a Lua gasta a dar uma volta completa em
torno da Terra.
Entre a Lua Nova e a Lua Cheia, o tempo decorrido é de cerca de
14,5 dias (cerca de metade do tempo para o ciclo completo).
Durante a fase Crescente (fases 2, 3, e 4), a parte escura da Lua
diminui enquanto que a parte clara aumenta.
Entre a Lua Cheia e a Lua Nova, o tempo decorrido é também de
cerca de 14,5 dias (cerca de metade do ciclo completo).
Durante a fase Decrescente (fases 6, 7 e 8), a parte clara diminui e a
escura aumenta.

60 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

Resumindo…
Afinal o que são Fases da Lua?

As Fases da Lua são as diferentes formas aparentes que a Lua


toma quando iluminada pelo Sol e observada da Terra, durante
o seu movimento de rotação à volta da Terra.

Ora, e o que causará estas fases da Lua?

Recorde-se de que, em lições anteriores, aprendeu que a luz se propaga em


linha recta. Ora então...

As Fases da Lua surgem devido à propagação rectilínea da luz e ao


movimento da Lua em torno da Terra. Isto significa que, quando a Lua
gira à volta do Sol, a superfície da Lua que recebe a luz do Sol em
cada posição, é sempre diferente, veja a Fig. 6.

É por esta razão que, um observador na Terra, vê zonas da Lua mais


iluminadas que outras.

Como a Lua gira em torno da Terra em 29,5 dias, então, as Fases da


Lua também se repetem por cada 29,5 dias, uma vez que um
observador na Terra verá as mesmas partes iluminadas durante cada
ciclo.
A partir da Fig. 6 constatamos que, quando a parte clara da Lua se
encontra à nossa direita, a Lua está na sua Fase Crescente. Mas se
a parte clara se encontrar do lado esquerdo, a Lua está na sua Fase
Decrescente.

FÍSICA - MÓDULO 2
61
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

ACTIVIDADE

De quantos em quantos dias se repetem as Fases da Lua? Assinale com um


a resposta correcta.

a) As fases da Lua repetem-se por cada 29,5 dias,


porque a Terra dá uma volta completa ao Sol em
365 dias e 6 horas.

b) As fases da Lua repetem-se por cada 29,5 dias,


porque a Lua dá uma volta completa à Terra em 29,5
dias.

c) As fases da Lua repetem-se por cada 29,5 dias,


porque a Lua é um corpo iluminado.

d) As fases da Lua repetem-se por cada 29,5 dias,


porque a Terra dá uma volta sobre si mesma em 24
horas.

Muito Bem! Se respondeu que as fases da Lua se


repetem por cada 29,5 dias porque a Lua dá uma volta
completa à Terra em 29,5 dias, acertou e por isso está
de parabéns!

Aconselhamos que faça uma pequena pausa antes de continuar com o seu
estudo. Aproveite para fazer uma pequena revisão das lições anteriores antes
de passar aos exercícios de auto-avaliação que se seguem. Boa sorte!
Esperamos que esteja a acompanhar bem a matéria.

62 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

Exercícios - 3
1. Analise cada uma das afirmações que se seguem e assinale com V as
verdadeiras e com F as falsas.

V/F
a) Há eclipses do Sol quando a Lua passa entre o Sol e
a Terra.

b) Só os eclipses do Sol é que podem ser totais.

c) Ocorre um eclipse parcial da Lua quando a Lua estiver


na região de sombra da Terra.

d) A Lua só pode ser vista quando iluminada pelo Sol.

2. Os eclipses são consequência da projecção de sombras e de


penumbras de um corpo celeste sobre o outro.

Observe a figura que se segue e faça corresponder com uma linha


cada uma das regiões representadas com as devidas letras.

B C A
Lua

Sol

E D Terra

Penumbra A
B
Sombra C
D
Luz
E

FÍSICA - MÓDULO 2
63
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

B C
Lua A

Sol

E D Terra

3. Observe de novo a figura, analise as afirmações seguintes e assinale


com um a condição verdadeira para cada uma:

A - Para um observador colocado na região A, é noite porque:

a) A região A pertence à sombra da Lua projectada na


Terra.

b) A região A não pertence à sombra própria da Terra.

c) A região A pertence à sombra da Lua.

d) A região A pertence à sombra própria da Terra.

B - Para um observador colocado na região B é dia, mas uma


parte do disco solar desapareceu por algum tempo, porque:

a) Ocorreu um eclipse parcial do Sol.

b) Ocorreu um eclipse total do Sol.

c) Ocorreu um eclipse parcial da Lua.

d) Ocorreu um eclipse total da Lua.

64 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

C - Um observador colocado na região D conseguia ver o Sol.


Aos poucos, o disco solar começou a desaparecer, até que
desapareceu completamente por algum tempo, porque:

a) Ocorreu um eclipse parcial da Lua.

b) Ocorreu um eclipse total da Lua.

c) Ocorreu um eclipse parcial do Sol.

d) Ocorreu um eclipse total do Sol.

4. A frase que se segue relaciona-se com eclipses. Complete-a de modo


a obter uma afirmação correcta do ponto de vista da Física:

“ Dá-se um ________________ da Lua quando_____________

passa na região de sombra determinada pelo_________________. “

5. A figura deste exercício representa a Lua girando em torno da Terra,


recebendo e reflectindo os raios solares. A partir das diversas
posições ocupadas pela Lua na figura, e ao fim de uma volta completa
(29,5 dias) em torno da Terra, faça corresponder com uma linha as
letras às fases da Lua:

Raios
P M
Solares

Lua Cheia M
Lua Nova N
Fase Crescente O
Fase Decrescente P

FÍSICA - MÓDULO 2
65
LIÇÃ0 8 - FASES DA LUA

Excelente trabalho caro aluno!


Agora compare as suas respostas com a Chave de
Correcção que lhe oferecemos no final deste Módulo
para ter uma ideia da sua aprendizagem. Se acertou em
todas as respostas, então continue o seu estudo. Está a
dominar bem a matéria!

Se acertou em menos de 3 exercícios, então reveja a


matéria e tente resolver as questões de novo. Se está a
ter dificuldades em acompanhar a exposição da matéria,
especialmente em relação às lições 6, 7 e 8,
aconselhamos que vá até ao CAA a fim de conversar
com o seu Tutor e com os outros colegas do curso sobre
estes fenómenos tão interessantes. Vai ver que depois se
tornará mais fácil a compreensão. Boa sorte!

O combate contra a SIDA é tarefa de


cada cidadão e de todos nós
juntos! Diga SIM à VIDA e N ÃO à

SIDA
SIDA.

66 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 9 - REFLEXÃO DA LUZ

Lição REFLEXÃO DA LUZ


No 9

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Explicar o fenómeno da reflexão da luz.

Reflexão da luz
Baseando-se na sua experiência do dia a dia, sabe que quando atiramos uma
bola contra uma parede, ela bate na parede e o seu movimento muda de
direcção, isto é, a bola é desviada, veja a Fig. 1.

Fig. 1
Bola devolvida pela parede

Também podemos dizer que a bola se reflectiu na parede, quando ela atinge
a parede e é desviada. Podemos então concluir que o movimento da bola
muda de direcção ao encontrar, no seu percurso, um corpo ou uma superfície
que a devolva.

FÍSICA - MÓDULO 2
67
LIÇÃ0 9 - REFLEXÃO DA LUZ

Experimente agora tentar ver o Sol, olhando para uma superfície de água
parada, por exemplo um lago ou o mar, ou ainda para uma superfície de água
dentro de uma bacia. Veja a Fig. 2.
Naturalmente que vai ter que fechar os olhos porque a luz vai ser tão forte
como se estivesse a olhar directamente para o próprio Sol.

Fig. 2
Luz do Sol atingindo os olhos de um observador

Isto acontece porque a luz que vem do Sol se reflecte na superfície da água e
é desviada para os nossos olhos.

De facto, quando atiramos uma bola contra uma parede, ela bate na parede e
volta. Assim, diz-se que a bola se reflectiu na parede. Isto acontece também
com a luz quando, no seu percurso, encontra alguns corpos ou superfícies que
a devolvem.

68 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 9 - REFLEXÃO DA LUZ

Certamente também já observou que olhando para a superfície de água


parada de um lago num dia de Sol, ou para outra superfície qualquer de água
parada, recebemos uma forte luz do Sol e temos a impressão de que essa luz
vem de dentro da água, dando-nos até a ilusão de ver o Sol submerso
(debaixo da água). Estas observações devem-se à reflexão da luz. Este
fenómeno está representado na figura 3.

Observador

Sol

Luz do sol
para a água
Luz do sol
da água para
o olho do
observador

Imagem submersa do sol

Fig. 3
Reflexão da luz

Assim, podermos concluir que:

Reflexão da luz é o fenómeno durante o qual a luz é desviada da sua


propagação rectilínea.

FÍSICA - MÓDULO 2
69
LIÇÃ0 9 - REFLEXÃO DA LUZ

Que tipos de reflexão da luz existem?


Podemos distinguir dois tipos de reflexão da luz:

a ) Reflexão regular
É a reflexão que ocorre nas superfícies polidas ou lisas, como mostra
a Fig. 4.

Fig. 4
Reflexão regular

São exemplos de superfícies polidas, um espelho, um vidro, a superfície calma


das águas de um lago ou do mar.

Durante a reflexão regular, a luz depois de ser reflectida propaga-se na


mesma direcção. Portanto, ao atingir uma superfície polida, a luz é devolvida
na mesma direcção, originando nessa superfície a reflexão da mesma imagem
projectada. Este fenómeno é o que ocorre quando vemos a nossa imagem
num espelho, por exemplo, ou quando temos a impressão de ver o Sol numa
superfície de água parada.

b)
b)Reflexão irregular ou reflexão difusa

É a reflexão que ocorre nas superfícies não polidas, como mostra a


Fig. 5.

70 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 9 - REFLEXÃO DA LUZ

Fig. 5
Reflexão irregular ou difusa

São exemplos de superfícies não polidas, a superfície das águas agitadas de


um lago, rio ou mar, superfície de um vidro fosco, etc.

Durante a reflexão difusa, a luz depois de ser reflectida, propaga-se em


várias direcções. Contrariamente ao caso anterior, este fenómeno não dá
origem à reflexão da imagem projectada. Origina sim a possibilidade de
podermos ver as superfícies onde a luz se reflecte. Este fenómeno é o que nos
permite ver os objectos que nos rodeiam, em vez de vermos sempre imagens
reflectidas.

Assim podemos afirmar que:

A difusão da luz consiste no desvio que acontece quando a luz


incide em superfícies não polidas e é desviada em várias
direcções.

FÍSICA - MÓDULO 2
71
LIÇÃ0 9 - REFLEXÃO DA LUZ

ACTIVIDADE

1. A figura mostra o Abudo a espreitar para uma bacia cheia de água


onde vê a sua cara dentro da água.

Abudo

Assinale com um 9 a resposta que melhor explica o fenómeno


observado pelo Abudo.

a) O Abudo vê a sua cara dentro da água porque ele é


9
mágico.

b) O Abudo vê a sua cara dentro da água porque ele é


bonito.

c) O Abudo vê a sua cara dentro da água devido ao


eclipse do sol.

d) O Abudo vê a sua cara dentro da água devido à


reflexão da luz.

72 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 9 - REFLEXÃO DA LUZ

2. Quando o céu está azul, a água do mar ou de um lago, também


parece azul. Porquê? (Assinale com um 9 a afirmação que melhor
explica o fenómeno)
9
a) Porque a água é azul.

b) Porque na água existem muitos peixes de côr azul.

c) Porque a água reflecte a côr do céu.

d) Porque a água é transparente.

Agora compare as suas respostas com a Chave de


Correcção que lhe propomos em seguida.

CHAVE DE CORRECÇÃO
1. d) 2. c)

E com isto chegamos ao final de mais uma lição. Se


estiver a ter dificuldades com esta matéria, dirija-se ao
CAA e converse com os seus colegas ou com o Tutor
sobre as suas dúvidas.

FÍSICA - MÓDULO 2
73
LIÇÃ0 9 - REFLEXÃO DA LUZ

A Malária
A malária é o mesmo que paludismo. É transmitida atra-
vés de picadas de mosquito e se não for tratada a tempo
pode levar à morte, principalmente de crianças e mulheres
grávidas.

Quais os sintomas da malária?

 Febres altas.
 Tremores de frio.
 Dores de cabeça.
 Falta de apetite.
 Diarreia e vómitos.
 Dores em todo o corpo e nas articulações.

Como prevenir a malária?

Em todas as comunidades nos devemos proteger contra a


picada de mosquitos. Para isso, devemos:

 Eliminar charcos de água à volta da casa - os


mosquitos multiplicam-se na água.
 Enterrar as latas, garrafas e outros objectos que
possam permitir a criação de mosquitos.
 Queimar folhas antes de dormir para afastar os
mosquitos (folhas de eucalipto ou limoeiro).
 Colocar redes nas janelas e nas portas das casas,
se possível.
 Matar os mosquitos que estão dentro da casa,
usando insecticidas.
 Pulverizar (fumigar) a casa, se possível.

74 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 10 - REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO

Lição REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO


No 10

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Enunciar e interpretar as leis da reflexão da luz.

Caro aluno, no seu dia-a-dia você vê a sua imagem reflectida em várias


superfícies. Como aprendeu na lição anterior, isso quer dizer que essas
superfícies são superfícies polidas, como sendo um espelho, um vidro, uma
lata sem rótulo ou a superfície calma da água.

Superfície

Fig. 1
Reflexão da luz na superfície calma da água

Vamos agora estudar a reflexão da luz em espelhos planos para podermos


entender melhor como se reflecte a luz.

Um espelho plano representa-se esquematicamente por:

Superfície polida

Superfície não polida

Fig. 2
Representação de um espelho plano

FÍSICA - MÓDULO 2
75
LIÇÃ0 10 - REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO

Já sabemos que a reflexão da luz é o fenómeno que consiste no desvio da


propagação rectilínea da luz, quando esta incide sobre uma determinada
superfície.

A Figura 3 (a) representa, esquematicamente, como se processa a reflexão


da luz sobre um espelho plano:

O feixe de luz que se dirige à superfície reflectora do espelho, tem o


nome de feixe incidente e o feixe que sai do espelho (é reflectido),
tem o nome de feixe reflectido. Um feixe de luz é composto por
raios luminosos que têm origem numa fonte de luz.

Na figura 3 (b), está representado apenas um dos raios luminosos da luz que
vem da fonte luminosa.

Fonte luminosa
Normal
Feixe
reflectido
αi αr
Espelho Raio Raio
Feixe incidente reflectido
incidente
A
(a) (b)

Fig. 3
Raios luminosos num espelho plano

Tome nota…
Ao raio que se dirige para a superfície reflectora do espelho, dá-se o
nome de raio incidente.

Ao raio devolvido pela superfície reflectora do espelho, dá-se o nome de


raio reflectido.

À linha perpendicular à superfície do espelho no ponto de incidência


(ponto onde o raio incidente atinge a superfície polida), dá-se o nome de
Normal no ponto de Incidência.

76 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 10 - REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO

O ângulo formado pelo raio incidente e pela Normal à superfície reflectora


no ponto de incidência, chama-se ângulo de incidência αi , fig. 3.

O ângulo formado pelo raio reflectido e pela Normal à superfície


reflectora no ponto de incidência, chama-se ângulo de reflexão αr, fig. 3.

Bem sabe, caro aluno, que a Física é uma ciência experimental. Por isso, as
suas Leis são todas obtidas através de experiências. As Leis da Reflexão que
se seguem não são excepção a esta regra, e foram todas confirmadas
experimentalmente. Vejamos então...

Leis da reflexão
Através de experiências, verificou-se que quando um raio de luz incide sobre
um espelho plano, o processo de reflexão obedece às seguintes Leis:

Normal

Raio αi αr Raio
incidente reflectido
Espelho
A
Fig. 3
Leis da reflexão

1 a Lei: O ângulo de incidência αi é igual ao ângulo de reflexão αr ,


como pode observar na fig. 3.
αi = αr

2a Lei: O raio incidente, a Normal e o raio reflectido estão no


mesmo plano.

FÍSICA - MÓDULO 2
77
LIÇÃ0 10 - REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO

ACTIVIDADE

Com base no que aprendeu sobre a reflexão da luz no espelho plano, resolva
os seguintes exercícios:

1. Um raio luminoso incide sobre um espelho, formando um ângulo


de 35º com a Normal.

a) Quanto vale o ângulo de incidência? Assinale com um 9 a


resposta correcta.

9
A) 350

B) 550

C) 900

b) Quanto vale o ângulo de reflexão?

9
A) 350

B) 550

C) 900

2. A figura na página seguinte representa um raio luminoso incidindo


sobre um espelho plano, formando um ângulo de 80º com a Normal
no ponto de incidência. Assinale com um 9 a resposta correcta.

78 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 10 - REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO

Normal
1 2

80º
3

a) Qual é a medida do ângulo de incidência?

9
A) 200

B) 800

C) 900

b) Qual é a medida do ângulo de reflexão?

9
A) 200

B) 800

C) 900

c) Qual dos raios reflectidos apresentados, melhor corresponde ao


raio incidente dado?

9
A) 1

B) 2

C) 3

FÍSICA - MÓDULO 2
79
LIÇÃ0 10 - REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO

3. A figura representa um raio luminoso incidindo sobre um espelho


plano, formando um ângulo de 20º com o espelho. Assinale com um
9 a resposta correcta.

Normal
2 3

1
20º

a) Determine a medida do ângulo de incidência:

9
A) 200

B) 700

C) 900

b) Qual é a medida do ângulo de reflexão?

9
A) 200

B) 700

C) 900

c) Qual dos raios melhor representa o raio reflectido correspondente


ao raio incidente dado?

9
A) 1

B) 2

C) 3

80 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 10 - REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO

4. A figura representa um raio reflectido por um espelho plano. O


referido raio, forma um ângulo de 30º com o espelho. Assinale com
um 9 a resposta correcta.

1
Normal 30º
3

a) Determine o ângulo de reflexão:


9
A) 300

B) 600

C) 900

b) Qual é a medida do ângulo de incidência?


9
A) 300

B) 600

C) 900

c) Qual dos raios incidentes melhor corresponde ao raio reflectido


dado? 9
A) 1

B) 2

C) 3

FÍSICA - MÓDULO 2
81
LIÇÃ0 10 - REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO

Agora compare as suas respostas com Chave de


Correcção dada em seguida.

CHAVE DE CORRECÇÃO
1. a) A b) A
2. a) B b) B c) C
3. a) B b) B c) A
4. a) B b) B c) B

Bom trabalho! Esperamos que você não tenha tido


problemas ao responder a estas questões.

Antes de começar a resolver os exercícios que se


seguem, faça uma breve revisão do que aprendeu nas
lições anteriores. Boa sorte!

82 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 10 - REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO

Exercícios - 4
1. Marque com um V as afirmações verdadeiras e com um F as falsas:
V/F

a) A reflexão difusa ocorre em superfícies polidas.

b) Na reflexão da luz, nem sempre o ângulo de incidência é


igual ao ângulo de reflexão.

c) Na reflexão da luz, o raio incidente e a Normal no ponto


de incidência, estão no mesmo plano.

d) O raio devolvido pela superfície reflectora de um espelho


chama-se raio incidente.

e) O ângulo formado pelo raio reflectido e pela Normal à


superfície reflectora chama-se ângulo de reflexão.
f) A reflexão da luz ocorre somente em superfícies polidas.

2. A figura mostra dois raios A e B emitidos por um objecto P e atingindo


um espelho plano.

B
P 1 2 3 4

a) Por que ponto passa o raio reflectido do raio incidente A?


9
A) 1

B) 2

C) 3

FÍSICA - MÓDULO 2
83
LIÇÃ0 10 - REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO

B
P 1 2 3 4

b) Por que ponto passa o raio reflectido do raio incidente B?

9
A) 2

B) 3

C) 4

3. A figura representa um raio de luz que incide num espelho plano e é


reflectido pelo mesmo espelho.

Normal

25º

a) Tendo em conta que o raio incide no espelho a um ângulo de 25o,


assinale com um 9 o ângulo de incidência correcto para esse raio de
luz:
9
A) 250

B) 650

C) 900

84 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 10 - REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO

Normal

25º

b) E o ângulo de reflexão é: Assinale com um 9 a resposta correcta.

9
A) 250

B) 650

C) 900

Compare agora as suas respostas com a Chave de


Correcção dada no final do Módulo. Então os
exercícios são simples, não acha? De certeza que você
acertou completamente em pelo menos 4 questões. Se
assim for os nossos parabéns. Senão, então reveja a
matéria dada nas lições anteriores e tente resolver os
exercícios de novo. Não desanime!

FÍSICA - MÓDULO 2
85
LIÇÃ0 10 - REFLEXÃO DA LUZ NUM ESPELHO PLANO

A SIDA
A SIDA é uma doença grave causada por um vírus. A
SIDA não tem cura. O número de casos em Moçambique
está a aumentar de dia para dia. Proteja-se!!!

Como evitar a SIDA:

 Adiando o início da actividade sexual para


quando for mais adulto e estiver melhor
preparado.

 Não ter relações sexuais com pessoas que têm


outros parceiros.

 Usar o preservativo ou camisinha nas relações


sexuais.

 Não emprestar nem pedir emprestado, lâminas


ou outros instrumentos cortantes.

86 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 11 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Ponto

Lição CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS


PLANOS - imagem de um ponto
No 11

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Construir a imagem de um ponto dada por um espelho plano.

Introdução
Certamente está de acordo com a afirmação de que só é possível ver um
livro, por exemplo, num lugar onde haja luz. Mas já alguma vez se interrogou
porquê?

Bom! Vamos lá ver o que é que acontece para que possamos ver um objecto,
neste caso um livro:

Os raios luminosos que vêm da fonte luminosa (sol, lâmpada,vela, etc.)


incidem sobre o livro e são reflectidos para os nossos olhos. Só assim
podemos ver o livro, veja Fig. 1.

Fig. 1
Observando um objecto

FÍSICA - MÓDULO 2
87
LIÇÃ0 11 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Ponto

Tome nota…
Para se poder observar um objecto, é necessário que o objecto emita
luz para os nossos olhos.
A luz emitida pelo objecto vem da reflexão dos raios luminosos que
vêm da fonte luminosa que ilumina o objecto.

Construção de Imagens nos Espelhos Planos


Já sabemos que para vermos um objecto é necessário que o objecto emita
raios luminosos em direcção aos nossos olhos. Por isso, a imagem reflectida
no espelho plano é obtida geometricamente através dos raios incidente e
reflectido.

Com a ajuda das Leis da reflexão da luz, podemos então construir facilmente
as imagens dadas por espelhos planos.

Fazendo Revisões…
Leis da Reflexão da Luz

1a Lei: O ângulo de incidência αi é igual ao ângulo de reflexão αr


(αi = αr)

2a Lei: O raio incidente, a Normal e o raio reflectido estão no


mesmo plano.

Ora vamos então ver como se constroem estas imagens que vemos nos
espelhos planos.

Imagem de um ponto objecto


Para determinar a imagem
do ponto A no espelho
A
plano dado na fig.2 a),
1 são necessários pelo
menos dois raios incidentes.
Estes raios representam os
raios de luz que iluminam o
objecto. (fig.2a)

88 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 11 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Ponto

Tracemos, então, dois raios


incidentes quaisquer a A Raios incidentes
partir do ponto A, fig.2b).

(fig.2b)

Tracemos os respectivos raios Normal Normal


reflectidos, fig.2c). A

2 Estes raios representam os


raios que são reflectidos
para os nossos olhos.

(fig.2c)

Mas como os raios reflectidos


Normal Normal
divergem entre si (separam-se A
cada vez mais), temos que os
prolongar até se interceptarem,
ou seja, até se cruzarem -
3
O
fig.2d). No ponto onde os raios
Prolongamento
prolongados se interceptam, dos raios reflectidos
encontra-se a imagem do ponto A’ (fig.2d)
A (o ponto A’ – que se lê A
Linha).

Se medir a distância do ponto A até ao ponto “O”, verá que é igual à distância
do ponto A’ até ao ponto “O”. Isto acontece porque, num espelho plano, a
imagem forma-se à mesma distância que o seu objecto do espelho. Por isso
tome nota de que:

Num espelho plano, a distância do ponto objecto ao espelho é


igual à distância do ponto imagem ao espelho.

FÍSICA - MÓDULO 2
89
LIÇÃ0 11 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Ponto

ACTIVIDADE

1. Em qual dos seguintes casos foi correctamente determinada a imagem do


ponto A? Assinale com um 9 a resposta correcta.

a) b)

A A
A’

A’

c) d)

A A

A’
A’

90 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 11 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Ponto

2. Em qual dos seguintes casos foi correctamente determinada a imagem do


ponto B? Assinale com um 9 a resposta correcta.

a) b)
B’

B
B

B’

c) d)

B
B’ B’

Agora compare as suas respostas com a Chave de


Correcção que se segue.

FÍSICA - MÓDULO 2
91
LIÇÃ0 11 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Ponto

CHAVE DE CORRECÇÃO
1. c) 2. a)

Se teve dificuldades, observe muito bem as instruções


da figura 2. Preste atenção especial à igualdade dos
ângulos de incidência e de reflexão. Se mesmo assim
continuar a ter dificuldades em entender como se
controem imagens nos espelhos planos, vá até ao CAA
e exponha as suas questões a colegas de estudo ou ao
seu Tutor. Não desanime!

Uma pessoa pode estar infectada com o


vírus da SIDA durante anos sem mostrar
qualquer sintoma. Não mantenha relações
sexuais casuais sem usar o preservativo.

92 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

Lição CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS


PLANOS - imagem de um objecto
No 12

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Construir e caracterizar a imagem de um objecto dada por um


espelho plano.

Imagem de um objecto
Na lição anterior aprendemos como se constroem as imagens de pontos num
espelho plano. Como proceder para os casos em que temos um objecto com
pontos extremos A e B?

Os procedimentos para a construção da imagem de um objecto são


exactamente os mesmos da construção da imagem de um ponto.
A única diferença é que, neste caso, vamos determinar imagens de dois
pontos objectos A e B, obtendo assim os pontos imagens A’ e B’.

O passo seguinte será então a união dos pontos A’e B’ para se obter a
imagem A’B’ – como pode ver na figura 1.

B B’

Objecto Imagem
A A’

Fig. 1
Imagem de um objecto

FÍSICA - MÓDULO 2
93
LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

Desta forma, podemos simplificar a construção da imagem do objecto dado


(AB). Para isso seguimos a seguinte metodologia:

Traçamos duas linhas


90°
perpendiculares ao espelho, B O

como mostra a figura, e


1 marcamos os pontos O e P,
Objecto
A
90°
P

onde as linhas traçadas


cortam o espelho.

O O

B
O
Medimos a distância do Objecto
2 ponto B até ao ponto O. A
P

Medimos a mesma distância O O

B
para trás do espelho e O B’

3 marcamos o ponto B’, Objecto


A
P
porque a distância BO é
igual à distância B’O.

B
O B’
Objecto
A P
O O

Procedemos da mesma
4 forma para marcar o ponto
A’.
B
O B’
Objecto
A P A’
O O

94 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

O
B B’
Unimos os ponto A’ e B’, e
5 obtemos a imagem do Objecto
A
Imagem
A’
objecto dado. P
Linhas
perpendiculares
ao espelho

Características da imagem dada


por um espelho plano
A imagem dada por um espelho plano apresenta determinadas características.
Vamos aprender a caracterizar as imagens com o auxílio da seguinte
experiência:

Realizando Experiências
Material

Uma lata sem rótulo ou um espelho plano

Montagem e Realização

Procure observar a imagem do seu


nariz e dos seus olhos na parte de
baixo (plana) da lata (fig.2) ou no
espelho plano. Fig. 2
A avaliação que se segue é baseada no uso de uma lata. Mas se você
utilizou um espelho, deve chegar às mesmas conclusões.

Avaliação
De acordo com a experiência que acaba de realizar, assinale com um 9 a
alternativa correcta. (repita a experiência se achar necessário)
1. Quando aproximamos o nariz da superfície da lata:
a) A imagem do nariz também se aproxima da superfície
9
da lata.

b) A imagem do nariz não se aproxima da superfície da


lata.
c) A imagem do nariz afasta-se da superfície da lata.

FÍSICA - MÓDULO 2
95
LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

2. Quando afastamos o nariz da superfície da lata:

a) A imagem do nariz aproxima-se da superfície da lata.


9
b) A imagem do nariz não se afasta da superfície da
lata.

c) A imagem do nariz também se afasta da superfície da


lata.

3. A imagem do seu nariz está situada:


9
a) Em frente da superfície da lata.

b) Sobre a superfície da lata.

c) Atrás da superfície da lata.

4. A imagem do seu nariz:


9
a) É maior do que o seu nariz.

b) É menor do que o seu nariz.

c) É igual ao seu nariz.

5. Acha que é possível tocar na imagem do seu nariz?

Sim Não

É claro que, quando aproximamos ou afastamos o nosso


nariz da superfície da lata, a nossa imagem também se
aproxima ou afasta.
Só assim se pode entender que a imagem do nosso nariz
se forma atrás do espelho. A imagem do nariz é do
mesmo tamanho do nosso nariz. Porém, não é possível
tocarmos a imagem do nosso nariz, porque a imagem
não é real.

96 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

Estas conclusões, levam-nos às características das imagens dadas por


espelhos planos.

A imagem dada por um espelho plano, pode ser caracterizada segundo:

1. Localização – se a imagem do objecto se forma e situa em frente ou


atrás do espelho.

2. Posição – se a imagem é direita ou invertida.


A imagem é direita se estiver na mesma posição que o seu
objecto.
A imagem é invertida se estiver numa posição contrária em
relação ao objecto.

3. Natureza – se a imagem é real ou virtual.


A imagem é real se for obtida através dos raios reflectidos.
A imagem é virtual se for obtida através do prolongamento
dos raios reflectidos.

4. Tamanho – Se a imagem é maior, menor ou igual ao seu objecto.

Agora podemos classificar a imagem dada pelo espelho plano:

C C’

B B’
A A’

Fig. 3
Classificação da imagem

1. Quanto à Localização: A imagem situa-se atrás do espelho.


2. Quanto à Posição: A imagem é direita.
3. Quanto à Natureza: A imagem é virtual, porque é obtida através do
prolongamento dos raios reflectidos.
4. Quanto ao Tamanho: A imagem tem o mesmo tamanho do que o
objecto.

FÍSICA - MÓDULO 2
97
LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

ACTIVIDADE
1. A figura representa um símbolo usado na matemática, em frente a um
espelho plano. Assinale com um 9 a resposta correcta.

Qual das seguintes figuras representa correctamente a imagem do


símbolo dada pelo espelho?

a) b)

c) d)

2. a) Quanto à localização, a imagem obtida:


9
A) Está situada em frente ao espelho.

B) Está situada sobre o espelho.

C) Está situada atrás do espelho.

98 FÍSICA - MÓDULO 2
LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

b) Quanto à posição, a imagem obtida:

9
A) É direita.

B) É invertida.

C) É virtual.

c) Quanto à natureza, a imagem obtida é:

9
A) Real.

B) Virtual.

C) Invertida

d) Quanto ao tamanho, a imagem obtida é:

9
A) Maior do que o objecto.

B) Igual ao objecto.

C) Menor do que o objecto.

Agora compare as suas respostas com a Chave de


Correcção que lhe propomos em seguida.

FÍSICA - MÓDULO 2
99
LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

CHAVE DE CORRECÇÃO
1. a)
2. a) C b) A c) B d) B

Então caro aluno! Esperamos que não tenha tido muita


dificuldade com estas actividades. Se tiver algumas
dúvidas leia de novo a lição e depois resolva os
exercícios que se seguem, para ter uma melhor ideia do
seu nível de aprendizagem. Boa sorte!

100 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

Exercícios - 5
1. A Maria Clara está situada a uma distância de 30 cm de um espelho
plano. Assinale com um 9 a resposta correcta.

a) Qual é a distância da imagem da Maria Clara ao espelho?

9
A) 15 cm

B) 30 cm

C) 60 cm

b) Qual é a distância da Maria Clara à sua imagem?

9
A) 15 cm

B) 30 cm

C) 60 cm

FÍSICA - MÓDULO 2
101
LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

c) Se a Maria Clara se aproximar do espelho, o tamanho da sua


imagem:
9
A) Aumentará.

B) Diminuirá.

C) Não se altera.

2. Sentado na cadeira da barbearia, o Amadeu olha no espelho e vê a


imagem do barbeiro atrás de si. As dimensões (medidas) relevantes
são dadas na figura. (Marque com um 9 a resposta correcta a cada
uma das alíneas que se seguem.)

0,50 m 0,80 m

a) A que distância do espelho se forma a imagem do Amadeu?

9
A) 0,5 m

B) 0,8 m

C) 1,3 m

D) 2,1 m

102 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

b) A que distância do espelho se forma a imagem do barbeiro?

9
A) 0,5 m

B) 0,8 m

C) 1,3 m

D) 2,1 m

c) A que distância do Amadeu se forma a imagem do barbeiro?

9
A) 0,5 m

B) 0,8 m

C) 1,3 m

D) 2,1 m

Então, caro aluno! O exercício é interessante, não é?


Continue agora a resolver os exercícios...

FÍSICA - MÓDULO 2
103
LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

3. A figura representa um objecto AB em frente de um espelho plano.


Assinale com um 9 a resposta correcta a cada uma das alíneas que se
seguem.

A. Qual das figuras representa correctamente a imagem objecto AB?

a) b)
B’ A’

A’ B’

B B

A A

c) d)
A’
A’

B’ B’

B B

A A

104 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

B. Quanto à localização, a imagem do objecto AB dada pelo


espelho:

9
a) Está situada sobre o espelho.

b) Está situada em frente do espelho.

c) Está situada atrás do espelho.

C. Quanto à posição, a imagem é:

9
a) Invertida.

b) Direita.

c) Real.

D. Quanto à natureza, a imagem é:

9
a) Real.

b) Invertida.

c) Virtual.

E. Quanto ao tamanho, a imagem é:

9
a) Maior do que o objecto.

b) Igual ao objecto.

c) Menor do que o objecto.

FÍSICA - MÓDULO 2
105
LIÇÃ0 12 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS - Imagem de um Objecto

Excelente trabalho caro aluno! Compare agora as suas


respostas com a Chave de Correcção que lhe propomos
no final do Módulo. Se não conseguiu acertar em todas
as perguntas não desanime, consulte de novo as lições
anteriores e procure resolver os exercícios uma vez mais.

CAA CAA
Não se esqueça de que se estiver a ter dificuldades no estudo desta matéria,
se deve dirigir ao CAA para esclarecer as suas dúvidas com o Tutor ou até
com colegas de curso. Por vezes conversar com um colega àcerca da matéria
ajuda a compreender melhor alguns conceitos mais abstractos.

Não se deixe desmotivar. Você está a progredir e é


preciso continuar com o trabalho!

Proteja-se da SIDA e ajude a criar um


futuro saudável para si e
para Moçambique.

106 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 13 - ESPELHOS ESFÉRICOS

Lição ESPELHOS ESFÉRICOS


No 13

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Caracterizar um espelho esférico.


Indicar os elementos geométricos num espelho côncavo.

Espelhos esféricos
Na vida diária, também se utilizam outros tipos de espelhos, para além dos
espelhos planos. É o caso dos espelhos esféricos, que se utilizam para
aumentar ou diminuir o tamanho da imagem de certos objectos. São
exemplos de espelhos esféricos, uma lata de leite sem rótulo, uma garrafa de
vidro, etc.

Um espelho esférico é uma porção de superfície esférica polida, e repre-


senta-se geometricamente da forma como mostra a Fig. 1.

Superfície
não polida

Superfície
polida

Fig. 1
Espelho esférico

FÍSICA - MÓDULO 2
107
LIÇÃ0 13 - ESPELHOS ESFÉRICOS

Se é o lado interior que é polido, o espelho chama-se côncavo, Fig. 2.

Representação ou

Superfície
polida
a) b) c)

Fig. 2
Espelho côncavo e sua representação

Se é o lado exterior que é polido, o espelho chama-se convexo, Fig.3.

Representação ou

Superfície Superfície
polida polida
a) b) c)

Fig. 3
Espelho convexo e sua representação

108 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 13 - ESPELHOS ESFÉRICOS

Elementos geométricos de espelhos esféricos


Um espelho esférico apresenta os seguintes elementos principais:

Centro de curvatura - designa-se por “C” - é o centro de uma esfera


imaginária da qual se retirou o espelho.

Vértice - designa-se por “V” - é o ponto médio da superfície polida do


espelho.

Eixo óptico - é a recta imaginária que passa pelo centro de curvatura e o


vértice do espelho.

Foco – designa-se por “F” - é o ponto médio entre o centro de curvatura e


o vértice do espelho.

Eixo
óptico

C F
V C F (Foco) V (vértice)

a) b)

Fig. 4
Elementos geométricos de um espelho esférico

FÍSICA - MÓDULO 2
109
LIÇÃ0 13 - ESPELHOS ESFÉRICOS

Reflexão no espelho esférico côncavo

Ora, bem, como se dá a reflexão da luz nos espelhos côncavos? Será da


mesma maneira que nos espelhos planos? Será que um raio incidente ao
atingir uma superfície polida côncava se vai reflectir da mesma maneira do que
quando atinge uma superfície plana?

A figura 5 ilustra o que, experimentalmente, se pode observar quando um


feixe luminoso incide num espelho côncavo, paralelamente ao eixo óptico.

Fig. 5
Reflexão no espelho côncavo

Com base na experiência representada pela figura 5, podemos então concluir


que:

Quando um feixe luminoso incide num espelho côncavo,


paralelamente ao eixo óptico, os raios reflectidos encontram-se
num único ponto chamado foco do espelho.

110 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 13 - ESPELHOS ESFÉRICOS

Usando um esquema, podemos


1 representar a situação da figura 5
da seguinte maneira:

A distância FV (do Foco ao


2 Vértice) chama-se distância
focal e representa-se pela letra
“f”.

A distância CV (do Centro de


3 Curvatura ao Vértice) chama-
se raio de curvatura “R”.

O foco “F” está localizado


no ponto médio do
4 segmento CV. Por isso, o
raio de curvatura do espelho
é igual ao dobro da
distância focal “f”.

FÍSICA - MÓDULO 2
111
LIÇÃ0 13 - ESPELHOS ESFÉRICOS

Assim, podemos dizer que:

R=2.f
Onde: R = raio de curvatura do espelho
f = distância focal do espelho

ACTIVIDADE
1. A figura representa um tipo de espelho que temos vindo a estudar.
Observe-a com atenção e assinale com um 9 a resposta correcta para
cada uma das alíneas que se seguem:

W Y Z
X G

a) O espelho representado na figura é um espelho:

9
A) Convexo.

B) Côncavo.

C) Plano.

b) A letra X representa:

9
A) O foco.

B) O centro de curvatura.

C) O vértice.

112 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 13 - ESPELHOS ESFÉRICOS

c) A letra Y representa:

9
A) O foco.

B) A distância focal.

C) O vértice.

d) A letra Z representa:

9
A) O eixo óptico.

B) O centro de curvatura.

C) O raio de curvatura.

e) A letra G representa:

9
A) O eixo óptico.

B) O centro de curvatura.

C) O raio de curvatura.

f) A letra W representa:

9
A) O foco.

B) O raio de curvatura.

C) A distância focal.

FÍSICA - MÓDULO 2
113
LIÇÃ0 13 - ESPELHOS ESFÉRICOS

g) A letra K representa:

9
A) O centro de curvatura.

B) O raio de curvatura.

C) A distância focal.

2. A figura que se segue representa um feixe luminoso incidindo sobre


um espelho côncavo.

F C

Qual das seguintes figuras representa correctamente a reflexão dos raios


que constituem o referido feixe? (Assinale com um 9 a resposta correcta).

a) b)

F C F C

c) d)

F C F C

114 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 13 - ESPELHOS ESFÉRICOS

Como vê os exercícios não são muito difíceis. Compare


agora as suas respostas com a Chave de Correcção que
lhe propomos.

CHAVE DE CORRECÇÃO
1.a) B b) C c) A d) B
e) A f) C g) B

2. d)

Acertou em todas as questões? Bom trabalho! Caso


contrário, reveja a lição e tente resolver a actividade de
novo.

Uma vez mais, caro aluno, esta matéria é um pouco


abstracta, por isso se estiver a ter dificuldades com a
compreensão de alguns conceitos, vá até ao CAA e
tente debater as suas questões com outros colegas ou
com o Tutor. Não desista do seu estudo pois está a
progredir!

Diga não à SIDA e ajude o


país a crescer!

FÍSICA - MÓDULO 2
115
LIÇÃ0 13 - ESPELHOS ESFÉRICOS

A Cólera
A cólera é uma doença que provoca muita diarreia, vó-
mitos e dores de estômago. Ela é causada por um mi-
cróbio chamado vibrião colérico. Esta doença ainda existe
em Moçambique e é a causa de muitas mortes no nosso
País.

Como se manifesta?

O sinal mais importante da cólera é uma diarreia onde


as fezes se parecem com água de arroz. Esta diarreia é
frequentemente acompanhada de dores de estômago e
vómitos.

Pode-se apanhar cólera se:


 Beber água contaminada.
 Comer alimentos contaminados pela água ou pelas
mãos sujas de doentes com cólera.
 Tiver contacto com moscas que podem transportar os
vibriões coléricos apanhados nas fezes de pessoas
doentes.
 Utilizar latrinas mal-conservadas.
 Não cumprir com as regras de higiene pessoal.

Como evitar a cólera?


 Tomar banho todos os dias com água limpa e sabão.
 Lavar a roupa com água e sabão e secá-la ao sol.
 Lavar as mãos antes de comer qualquer alimento.
 Lavar as mãos depois de usar a latrina.
 Lavar os alimentos antes de os preparar.
 Lavar as mãos depois de trocar a fralda do bébé.
 Lavar as mãos depois de pegar em lixo.
 Manter a casa sempre limpa e asseada todos os dias.
 Usar água limpa para beber, fervida ou tratada com
lixívia ou javel.
 Não tomar banho nos charcos, nas valas de drenagem
ou água dos esgotos.

116 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

Lição RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS


ESFÉRICOS
No 14

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Traçar o trajecto dos raios característicos num espelho côncavo.

Raios particulares

Num espelho côncavo, os raios incidentes e reflectidos podem ter várias


direcções. No entanto, neste Módulo vamos estudar apenas o
comportamento de alguns raios particulares quando incidem num espelho
côncavo.

Podemos identificar os seguintes raios particulares dependendo da forma


como incidem num espelho côncavo:

1. Raios paralelos – são raios que incidem sobre o espelho


paralelamente ao eixo óptico.

2. Raios focais – são raios que incidem sobre o espelho passando


primeiro pelo foco.

3. Raios centrais – são raios que incidem sobre o espelho passando


primeiro pelo centro de curvatura.

FÍSICA - MÓDULO 2
117
LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

Reflexão de raios particulares


1. Reflexão de raios paralelos

Experimentalmente, e como aprendeu na lição anterior, mostrou-se que num


espelho côncavo, todos os raios que incidem paralelamente ao eixo óptico, se
reflectem passando pelo foco. Por isso anote que:

Tome nota…
Num espelho côncavo, todos os raios paralelos, se reflectem passando
pelo foco, como pode ver na Fig. 1.

Raios
paralelos

C F

Fig. 1
Percurso dos raios paralelos

ACTIVIDADE
A figura representa dois raios paralelos incidindo sobre um espelho côncavo.

F C

118 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

Qual das seguintes figuras representa correctamente os raios reflectidos no


espelho côncavo? Assinale com um 9 a resposta correcta.

a) b)

F C F C

c) d)

F C F C

Exactamente caro aluno, a figura b) é a que representa


correctamente os raios reflectidos no espelho côncavo,
pois todos eles passaram pelo Foco.

FÍSICA - MÓDULO 2
119
LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

2. Reflexão de raios focais

Já sabe que o caminho de um raio luminoso não se altera quando trocamos a


posição da fonte e do observador, isto é, se no lugar da fonte colocamos o
observador e no lugar do observador colocamos a fonte, a luz volta a seguir o
mesmo caminho – Princípio da Reversibilidade dos Raios Luminosos.
Então, é lógico que se um raio paralelo se reflecte passando pelo foco, um
raio focal reflecte-se paralelamente, para poder seguir o mesmo caminho.
Assim, tome nota que:

Tome nota…
Num espelho côncavo, todos os raios focais, se reflectem paralelamente
ao eixo óptico, como pode ver na Fig. 2.

C F

Raios
focais

Fig. 2
Percurso dos raios focais

ACTIVIDADE
A figura representa dois raios focais incidindo sobre um espelho côncavo.

F C

120 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

Qual das seguintes figuras representa a reflexão correcta dos raios focais?
Assinale com um 9 a resposta correcta.

a) b)

F C F C

c) d)

F C F C

Isso mesmo! A figura a) representa correctamente os


raios reflectidos no espelho côncavo, pois todos eles se
reflectiram paralelamente ao eixo óptico.

3. Reflexão de raios centrais

Quando um raio incide sobre um espelho côncavo, passando pelo centro de


curvatura, o raio incide perpendicularmente à superfície do espelho. Assim, o
seu ângulo de incidência sobre o espelho é igual a 0º. Nestas condições, o
raio incidente reflecte-se sobre si mesmo.

FÍSICA - MÓDULO 2
121
LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

Fazendo Revisões…
Recapitulando:

O ângulo de incidência é o ângulo determinado pelo raio incidente e


pela Normal.

Tome nota…
Num espelho côncavo, todos os raios centrais se reflectem sobre si
mesmos, como pode ver na Fig. 3.

C F

Fig. 3
Percurso dos raios centrais

ACTIVIDADE
1. A figura representa dois raios centrais, incidindo sobre um espelho
côncavo.

F C

122 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

Qual das seguintes figuras representa correctamente os raios reflectidos no


espelho côncavo? Assinale com um 9 a resposta correcta.

a) b)

c) d)

Sem dúvida! A resposta correcta é a alínea a), pois os


raios centrais reflectem-se sobre si mesmos, a um
ângulo de 0o.

Excelente trabalho! Esperamos que esteja a gostar do


estudo desta matéria. Faça uma pausa e depois
continue com o seu estudo da Física passando aos
exercícios práticos que se seguem. Bom estudo!

FÍSICA - MÓDULO 2
123
LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

Exercícios - 6
1. As afirmações que se seguem, referem-se a espelhos côncavos. Assinale
com um 9 apenas a afirmação errada.

a) Todos os raios que incidem paralelamente ao eixo óptico


9
se reflectem passando pelo foco.

b) Todos os raios que se reflectem paralelamente ao eixo


óptico, incidiram passando pelo foco.

c) Todos os raios que incidem passando pelo centro de


curvatura, se reflectem paralelamente ao eixo óptico.

d) Todos os raios que incidem passando pelo foco, se


reflectem paralelamente ao eixo óptico.

2. A figura representa um raio incidindo sobre um espelho côncavo.

F C

A. De que tipo de raio particular se trata? Assinale com um 9 a resposta


correcta.

9
a) Raio paralelo.

b) Raio focal.

c) Raio central.

124 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

B. Observe de novo a figura do exercício 2. Qual das figuras seguintes


representa correctamente o raio reflectido? Assinale com um 9 a
resposta correcta.

a) b)

F C F C

c) d)

F C F C

FÍSICA - MÓDULO 2
125
LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

3. A figura representa um raio reflectido num espelho côncavo.

F C

Assinale com um 9 a figura que representa correctamente o raio incidente


correspondente ao raio reflectido dado.

a) b)

F C F C

c) d)

F C F C

126 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

4. A figura representa um raio incidente e o seu raio reflectido num espelho


côncavo.

Assinale com um 9 a figura em que se determinou correctamente a posição


do foco e do centro de curvatura, usando os raios dados.

a) b)

F C F C

c) d)

C F F C

FÍSICA - MÓDULO 2
127
LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

5. A figura representa um raio incidente sobre um espelho côncavo e o seu


respectivo raio reflectido.

Assinale com um 9 a figura que determina correctamente a posição do foco e


do centro de curvatura usando os raios dados.

a) b)

F C C F

c) d)

C F C F

128 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

6. A figura representa um raio reflectido por um espelho côncavo.

F C

Assinale com um 9 a figura que representa correctamente o raio incidente


correspondente ao raio reflectido dado.

a) b)

F C F C

c) d)

F C F C

FÍSICA - MÓDULO 2
129
LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

7. A figura representa um raio reflectido por um espelho côncavo.

F
C

Assinale com um 9 a figura que representa correctamente o raio incidente


correspondente ao raio reflectido dado.

a) b)

F C F C

c) d)

F C F C

130 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

Caro aluno! Compare agora as suas respostas com a


Chave de Correcção que lhe propomos no final do
Módulo, para ter uma ideia do seu nível de
aprendizagem em relação a esta matéria. Os exercícios
são simples e julgamos que você não teve muitas
dificuldades.

Acertou em todas as respostas? Parabéns! Continue


com o seu estudo. Se acertou em menos de 5
respostas, aconselhamos que leia as lições anteriores e
depois volte a tentar resolver os exercícios onde teve
dificuldade. Não desanime!

Todos os dias centenas de jovens


Moçambicanos contraem o vírus da SIDA. Se
nada fizermos para alterar esta situação
corremos o risco de desaparecer como
Nação.

Jovem, diga não à SIDA e contribua para um


futuro melhor e um país próspero.

FÍSICA - MÓDULO 2
131
LIÇÃ0 14 - RAIOS PARTICULARES NOS ESPELHOS ESFÉRICOS

AS dts
O que são as DTS?

As DTS são as Doenças de Transmissão Sexual. Ou


seja, as DTS são doenças que se transmitem pelo con-
tacto sexual vulgarmente dito: fazer amor. Antigamente
estas doenças eram chamadas de doenças venéreas, pois
“Vénus” era o nome de uma deusa grega que era conheci-
da como a “deusa do amor”.

Quando suspeitar de uma DTS?

Nas meninas e mulheres

 Líquidos vaginais brancos e mal cheirosos.


 Comichão ou queimaduras na vulva, vagina
ou no ânus.
 Ardor ao urinar.
 Feridas nos órgãos sexuais.

Nos rapazes e nos homens

 Um corrimento de pus (sujidade) a sair do pénis.


 Feridas no pénis e nos outros órgãos genitais.
 Ardor ao urinar.

132 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 15 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO

Lição CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO


CÔNCAVO
No 15

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Construir a imagem dada por um espelho côncavo.


Caracterizar a imagem dada por um espelho côncavo.

Em lições anteriores deste Módulo aprendeu que num espelho plano a imagem
é sempre virtual, igual ao objecto e forma-se atrás do espelho. Será que a
imagem no espelho côncavo tem sempre as mesmas características?

Para podermos responder a esta questão, vamos realizar uma experiência


simples.

Realizando Experiências
Material

Uma lata de leite (ou de outra coisa qualquer) sem rótulo.

Montagem e Realização

Coloque a lata em frente dos seus olhos, como mostra a Fig.1.


Aproxime e afaste a lata dos seus olhos.
Procure ver a imagem do seu nariz na superfície da lata, quando
aproxima e quando afasta a lata.

Lata

Fig. 1
Imagem dada pela superfície de uma lata

FÍSICA - MÓDULO 2
133
LIÇÃ0 15 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO

Lata

Fig. 1
Imagem dada pela superfície de uma lata

Avaliação
De acordo com o que obeservou durante a experiência, assinale com um
9 as afirmações correctas.

a) Quando se aproxima a lata dos olhos, a imagem do


9
nariz aumenta de tamanho.

b) Quando se aproxima a lata dos olhos, a imagem do


nariz diminui de tamanho.

c) Quando se aproxima a lata dos olhos, a imagem do


nariz mantém o seu tamanho.

d) Quando se afasta a lata dos olhos, a imagem do nariz


aumenta de tamanho.

e) Quando se afasta a lata dos olhos, a imagem do nariz


diminui de tamanho.

f) Quando se afasta a lata dos olhos, a imagem do nariz


mantém o seu tamanho.

Bravo! É isso mesmo!


Quando aproxima a lata dos seus olhos, a imagem do
seu nariz aumenta de tamanho; quando afasta a lata dos
seus olhos, a imagem do seu nariz diminui o seu
tamanho.

134 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 15 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO

Como vê, caro aluno, num espelho côncavo, a imagem nem sempre é igual ao
objecto.

Bom! Então vamos aprender de seguida como se formam as imagens num


espelho côncavo, para podermos saber em que condições a imagem é maior,
ou menor do que o objecto.

Imagem no espelho côncavo


À semelhança do espelho plano, a imagem de um objecto num espelho
côncavo obtém-se usando pelo menos dois raios incidentes particulares.

1. Imagem de um ponto

Ora, conforme fizemos no estudo das imagens reflectidas num espelho plano,
vamos considerar um ponto A, representado na Fig. 2.

C F

Fig. 2
Imagem de um ponto

Para se obter a imagem do ponto A, vamos usar um raio focal e um raio


paralelo da seguinte forma:

FÍSICA - MÓDULO 2
135
LIÇÃ0 15 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO

A Raio
Traçamos o raio focal que, F oc
al
1 como sabe, se reflecte C F
paralelamente ao eixo óptico.

Raio Paralelo
A
Traçamos o raio paralelo, que
2 se reflecte passando pelo C F
foco.

No ponto de intersecção dos A

3 raios reflectidos encontra-se a


imagem do ponto A (ponto C F
A’). A’

136 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 15 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO

ACTIVIDADE
1. A figura representa um ponto em frente a um espelho côncavo.

F C

Das representações seguintes, assinale com um 9 a figura que mostra a


construção correcta da imagem do Ponto A.

a) b)

A A

F C F C
A’

A’

c) d)

A A

F C F C
A’ A’

FÍSICA - MÓDULO 2
137
LIÇÃ0 15 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO

Correctíssimo! É isso mesmo! A construção correcta


está representada em b), porque o ponto A’ se encontra
no ponto de intersecção dos raios reflectidos.

2. Imagem de um objecto

Ora acabámos de ver como se constroem as imagens de pontos dadas por


espelhos côncavos. E como se construirão as imagens de objectos?

B
C F

Fig. 3
Imagem de um objecto

Para construir as imagens reflectidas de objectos nos espelhos côncavos


usamos também dois raios particulares. Para tal, usamos o seguinte
procedimento:

Traçamos um raio paralelo


partindo do ponto A do A
objecto. Como aprendeu
1 anteriormente na construção B
C F
da imagem de um ponto, este
raio reflecte-se passando
pelo foco.

138 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 15 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO

Traçamos um raio focal, A


partindo também do ponto A.
2 Como sabe este tipo de raio
B
C F
reflecte-se paralelamente ao
eixo óptico.

A
No ponto de intersecção dos

3 raios reflectidos, encontra-se


o ponto A’ que é a imagem
B
C F

do ponto A. A’

Unimos o ponto A’ com o


eixo óptico através de um
A
segmento de recta. O ponto
4 de intersecção do segmento
de recta com o eixo óptico é
B
C
B’
F

o ponto B’. Desta forma A’


obtemos a imagem do objecto
dado.

FÍSICA - MÓDULO 2
139
LIÇÃ0 15 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO

Características da Imagem dada por um Espelho


Côncavo
Tal como no espelho plano, a imagem dada por um espelho côncavo também
pode ser caracterizada segundo:

A localização A
A posição
B B’
A natureza C F

O tamanho A’

Por isso, as características desta imagem dada pelo espelho côncavo são as
seguintes:

1. Quanto à localização: A imagem está situada em frente do espelho.

2. Quanto à posição: A imagem é invertida.

3. Quanto à natureza: A imagem é real, porque foi obtida através da


intersecção dos raios reflectidos (e não através do prolongamento dos
raios reflectidos, como nos espelhos planos).

4. Quanto ao tamanho: A imagem pode ser menor, igual ou maior do


que o objecto, dependendo da posição do objecto em relação ao
espelho:

Se o objecto está situado para além do Centro de Curvatura, a


sua imagem é menor do que o objecto.

Se o objecto está situado sobre o Centro de Curvatura, a sua


imagem é igual ao objecto.

Se o objecto está situado entre o Centro de Curvatura e o


Foco, a sua imagem é maior do que o objecto.

140 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 15 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO

ACTIVIDADE
1. A figura representa um objecto AB colocado sobre o centro de
curvatura de um espelho côncavo.

B
C F

A. Das representações seguintes, assinale com um 9 a figura que


mostra a construção correcta da imagem do objecto AB.

a)
A

B
C B’ F

A’

b)
A

B’ B
C F

A’

c)
A

B F
C B’

A’

d)
A

B B’ F
C
A’

FÍSICA - MÓDULO 2
141
LIÇÃ0 15 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO

B. Quanto à localização, a imagem está siuada:

9
a) Em frente do espelho.

b) Atrás do espelho.

c) Sobre o espelho.

C. Quanto à posição, a imagem:

9
a) É direita.

b) É real.

c) É invertida.

D. Quanto à natureza, a imagem:

9
a) É virtual.

b) É real.

c) É invertida.

E. Quanto ao tamanho, a imagem:

9
a) É maior do que o objecto.

b) É menor do que o objecto.

c) É igual ao objecto.

142 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 15 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO

Bom trabalho! Agora compare as suas respostas com a


Chave de Correcção apresentada em seguida.

CHAVE DE CORRECÇÃO
1. A. a) B. a) C. c) D. b) E. c)

Acertou em todas? Óptimo! Se não acertou em todas,


volte a ler a lição e tente resolver os exercícios de novo.
Se tiver problemas, vá até ao CAA e converse com um
colega de estudo ou com o Tutor para esclarecer as
suas dúvidas.

Caro aluno! Faça um breve intervalo de 10 minutos. Em


seguida passe para a próxima lição para continar a
estudar a construção e caracterização das imagens de
objectos dadas pelo espelho côncavo.

FÍSICA - MÓDULO 2
143
LIÇÃ0 15 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO

A Malária
A malária é o mesmo que paludismo. É transmitida atra-
vés de picadas de mosquito e se não for tratada a tempo
pode levar à morte, principalmente de crianças e mulheres
grávidas.

Quais os sintomas da malária?

 Febres altas.
 Tremores de frio.
 Dores de cabeça.
 Falta de apetite.
 Diarreia e vómitos.
 Dores em todo o corpo e nas articulações.

Como prevenir a malária?

Em todas as comunidades nos devemos proteger contra a


picada de mosquitos. Para isso, devemos:

 Eliminar charcos de água à volta da casa - os


mosquitos multiplicam-se na água.
 Enterrar as latas, garrafas e outros objectos que
possam permitir a criação de mosquitos.
 Queimar folhas antes de dormir para afastar os
mosquitos (folhas de eucalipto ou limoeiro).
 Colocar redes nas janelas e nas portas das casas,
se possível.
 Matar os mosquitos que estão dentro da casa,
usando insecticidas.
 Pulverizar (fumigar) a casa, se possível.

144 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

Lição CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO


CÔNCAVO - Continuação
No 16

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Construir a imagem dada por um espelho côncavo.


Caracterizar a imagem dada por um espelho côncavo.

Caro aluno, nesta lição vamos continuar a aprender a construir imagens


reflectidas em espelhos côncavos. Vamos também aproveitar para fazer
exercícios práticos sobre esta matéria.

ACTIVIDADE
1. A figura representa um objecto AB situado em frente de um espelho
côncavo. Assinale com um 9 a resposta correcta.

B
C F

FÍSICA - MÓDULO 2
145
LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

A. Qual das seguintes figuras representa correctamente a construção


da imagem do objecto dado?

a)
A

B’ C
B F

A’

b)
A

B B’ F
C
A’

c)
A

B’ B
C F

A’

d)
A’
A

B
C F B’

B. Quanto à sua localizção, a imagem:

9
a) Está em frente do espelho.

b) Está atrás do espelho.

c) Está sobre o espelho.

146 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

C. Quanto à sua posição, a imagem:

9
a) É virtual.

b) É real.

c) É invertida.

D. Quanto à sua natureza, a imagem:

9
a) É direita.

b) É real.

c) É invertida.

E. Quanto ao seu tamanho, a imagem:

9
a) É menor do que o objecto.

b) É igual ao objecto.

c) É maior do que o objecto.

Agora compare as suas respostas com a Chave de


Correcção dada em seguida.

CHAVE DE CORRECÇÃO
1.A. c) B. a) C. c) D. b) E. c)

FÍSICA - MÓDULO 2
147
LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

Então, acertou em todas? Como vê esta matéria torna-


-se mais fácil à medida que praticamos a construção
destas imagens. Se não acertou em todas, volte a ler a
lição anterior e tente resolver esta actividade de novo.

Vejamos agora dois casos bastante interessantes:

1º -O que acontece à imagem reflectida quando o objecto está sobre o foco


do espelho côncavo.

2º -O que acontece à imagem reflectida quando o objecto está situado entre o


foco e o vértice do espelho côncavo.

Vamos então construir a imagem de um objecto que está sobre o foco do


espelho côncavo.

Traçamos um raio central, que A

1 como sabe, caro aluno, se


reflecte sobre si mesmo, como F
B
C
mostra a figura.

A
Traçamos um raio paralelo,
2
B
que se reflecte passando pelo F C
foco, como mostra a figura.

148 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

Como vê, caro aluno, os raios reflectidos são paralelos entre si. Por isso
não se cruzam. Mesmo que tentássemos prolongar os raios reflectidos em
sentido contrário, também não teríamos um ponto de intersecção, porque
estes também são paralelos.

A
B
F C

Isto acontece porque, quando o objecto está sobre o foco, não há formação
de imagem.

Tome nota…
Quando um objecto está situado sobre o foco de um espelho côncavo, não
há formação de imagem.

Agora resolva a actividade que lhe apresentamos de seguida para consolidar a


sua aprendizagem em relação a esta matéria.

FÍSICA - MÓDULO 2
149
LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

ACTIVIDADE
1. A figura representa um objecto AB colocado sobre o foco de um espelho
côncavo.

A
B
C F

A. Assinale com um 9 a figura onde se determinou correctamente a


posição da imagem dada pelo espelho.

a)
A

B’ B
C F

A’

b)
A

B’ B
C F

A’

c)
A

B A’
C F B’

d)
A

B
C F

150 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

B. É possível classificar a imagem? Assinale com um 9 a resposta


correcta.

a) Sim, porque a imagem se forma em frente ao 9


espelho.

b) Não, porque a imagem se forma atrás do espelho.

c) Não, porque não há formação de imagem.

É isso mesmo! A imagem foi correctamente


determinada na figura d) porque os raios reflectidos
são paralelos e não se interceptam para dar origem à
imagem. Como não há formação de imagem, não se
pode classificar a imagem.

Agora vamos ver o que acontece quando o objecto está situado entre o foco
e o vértice do espelho côncavo.

Na Fig. 2, está representado um objecto entre o foco e o vértice de um


espelho côncavo.

C F B

FÍSICA - MÓDULO 2
151
LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

Vamos lá ver como construir a imagem do objecto dado.

A
Traçamos um raio paralelo,
1 que como já sabe, se reflecte C F B
passando pelo foco.

A
Traçamos um raio central, que
2 como também já sabe, se C F B
reflecte sobre si mesmo.

Como vê, os raios reflectidos separam-se cada vez mais um do outro. Por
isso:

Prolongamos os raios A’
reflectidos em sentido A

3 contrário e no ponto de
C B
intersecção do prolongamento F

dos raios marcamos o ponto


A’.

A’
Traçamos o segmento de recta A

4 que vai do ponto A’ até ao


eixo óptico e aí marcamos o C F B

ponto B’.

Características da Imagem
1. Quanto à localização: A imagem está situada atrás do espelho.
2. Quanto à posição: A imagem é direita, isto é, está na mesma
posição que o seu objecto.
3. Quanto à natureza: A imagem é virtual, porque foi obtida
através do prolongamento dos raios reflectidos.
4. Quanto ao tamanho: A imagem é maior do que o objecto.

152 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

ACTIVIDADE
3. A figura representa um objecto AB, em frente a um espelho côncavo.

A
B
C F

A. Qual das seguintes figuras representa correctamente a imagem do


objecto dado? Assinale com um 9 a resposta correcta.

a)
A’
A

C F B

b)
A A’

C F B

c)
A
A’

C F B

d)
A
A’

C F B

FÍSICA - MÓDULO 2
153
LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

B. Quanto à sua localização, a imagem:

9
a) Está situada em frente do espelho.

b) Está situada atrás do espelho.

c) Está situada sobre o espelho.

C. Quanto à sua posição, a imagem:

9
a) É invertida.

b) É virtual.

c) É direita.

D. Quanto à sua natureza, a imagem:

9
a) É direita.

b) É virtual.

c) É real.

E. Quanto ao seu tamanho, a imagem:

9
a) É menor do que o objecto.

b) É maior do que o objecto.

c) É igual ao objecto.

154 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

4. De acordo com o que aprendeu sobre a construção de imagens em


espelhos côncavos, tente adivinhar de que dependem as
características da imagem dadas por um espelho côncavo. Assinale
com um 9 a resposta que melhor justifica, na sua opinião, essa
dependência:

a) As características de uma imagem dada por um


espelho côncavo dependem da posição do objecto 9
em relação ao espelho.
b) As características de uma imagem dada por um
espelho côncavo dependem do tamanho do espelho.

c) As características de uma imagem dada por um


espelho côncavo dependem dos elementos
geométricos do espelho.

5. Das seguintes afirmações assinale com um 9 as que são verdadeiras:

a) No espelho côncavo a imagem de um objecto é


real quando este se encontra para além do foco,
9
isto é, depois do foco.

b) No espelho côncavo a imagem de um objecto é


real quando este se encontra sobre o foco.

c) No espelho côncavo a imagem de um objecto é


virtual quando este se encontra para além do foco.

d) No espelho côncavo a imagem de um objecto é


virtual quando este se encontra entre o foco e o
vértice do espelho.

Bom trabalho! Agora compare as suas respostas com a


Chave de Correcção que lhe propomos em seguida.

FÍSICA - MÓDULO 2
155
LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

CHAVE DE CORRECÇÃO
3. A. a) B. b) C. c) D. b) E. b)
4. a)
5. a), d)

Se acertou em todas as respostas, está mesmo de


parabéns! Caso contrário, volte a estudar a lição e
tente resolver os exercícios de novo. Por vezes é
necessário fazer uma pequena revisão antes de dominar
bem a matéria.

156 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

Exercícios -7
1. O esquema representa a reflexão de um raio luminoso num espelho
plano. Assinale com um 9 a resposta correcta a cada uma das
alíneas que se seguem:

40°

A. A medida do ângulo de incidência da luz é de:

9
a) 40º

b) 20º

c) 70º
B. A medida do ângulo de reflexão da luz é de:

9
a) 20º

b) 40º

c) 90º

C. O ângulo formado entre o raio reflectido e o espelho é de:

9
a) 20º

b) 90º

c) 70º

FÍSICA - MÓDULO 2
157
LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

2. A figura representa uma barata em frente de um espelho plano.

Assinale com um 9 a imagem correcta da barata.

a) b)
B B

A A

B’ A’

A’ B’

c) d)
B B

A A

A’ A’

B’

B’

158 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

3. Um observador “0” vê o ponto P por reflexão.

O P

Assinale com um 9 o raio de luz que, partindo de P, permite ao


observador ver a imagem.

a) b)

O P O P

c) d)

O P O P

FÍSICA - MÓDULO 2
159
LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

4. A imagem mostra um objecto AB, colocado sobre o centro de curvatura


de um espelho côncavo.

B
C F

A. Assinale com um 9 a imagem correcta do objecto dado.

a)
A

B
C F
A’

b)
A

B
C F

c)
A

B
C F

A’

d)

A’

160 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

B. Quanto à localização, a imagem:

9
a) Está em frente do espelho.

b) Está atrás do espelho.

c) Está sobre o espelho.

C. Quanto à posição a imagem:

9
a) É real.

b) É direita.

c) É invertida.

D. Quanto à natureza, a imagem:

9
a) É real.

b) É virtual.

c) É invertida.

E. Quanto ao tamanho, a imagem:

9
a) É maior do que o objecto.

b) É igual ao objecto.

c) É menor do que o objecto.

FÍSICA - MÓDULO 2
161
LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

5. A figura representa um objecto AB colocado entre o foco e o vértice


de um espelho côncavo.

A
B
F C

Assinale com um 9 a resposta correcta.

A. Qual das seguintes figuras representa correctamente a imagem do


objecto dado?

a)

b) A’
A

B
F C

c)
A’ A

B F C

d)
A

B
F C

A’

162 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

B. Quanto à localização, a imagem:

9
a) Está em frente do espelho.

b) Está atrás do espelho.

c) Está sobre o espelho.

C. Quanto à posição, a imagem:

9
a) É real.

b) É direita.

c) É invertida.

D. Quanto à natureza, a imagem:

9
a) É real.

b) É virtual.

c) É invertida.

E. Quanto ao tamanho, a imagem:

9
a) É maior do que o objecto.

b) É igual ao objecto.

c) É menor do que o objecto.

FÍSICA - MÓDULO 2
163
LIÇÃ0 16 - CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO CÔNCAVO - Continuação

Bom trabalho, caro aluno! Compare agora as suas


respostas com a Chave de Correcção dada no final do
Módulo. Se acertou em pelo menos quatro das questões
está no bom caminho! Continue com o seu estudo
passando à lição seguinte.

Se não acertou pelo menos em 4 questões, então reveja


as últimas lições ou vá até ao CAA e esclareça as suas
dúvidas com o Tutor. Depois tente resolver os exercícios
de novo e avalie o seu progresso.

Uma gravidez não planeada irá mudar a


sua vida.

Concretize os seus sonhos e as suas


ambições.

Faça planos para o seu futuro! Por isso


evite a gravidez prematura abstendo-
-se da actividade sexual.

164 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 17 - REFRACÇÃO DA LUZ

Lição REFRACÇÃO DA LUZ


No 17

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Explicar o fenómeno da refracção da luz.


Esclarecer o conceito de meio óptico.

Certamente já teve oportunidade de observar que quando coloca uma colher


dentro de um copo com água ou uma colher de pau dentro de uma bacia com
água, as colheres parecem estar dobradas, tal como mostra a Fig. 1.

(a) (b)

Fig. 1
Refracção da luz

Este acontecimento natural deve-se a mais um fenómeno Físico chamado


Refracção da Luz.

Mas, vamos observar mais uma vez este fenómeno realizando a seguinte
experiência.

FÍSICA - MÓDULO 2
165
LIÇÃ0 17 - REFRACÇÃO DA LUZ

Realizando Experiências
Material

Copo de vidro, bacia ou um frasco de vidro


Lápis ou colher de pau de cozinha
Água

Montagem e Realização

Encha o copo, a bacia ou o frasco de vidro com água.


Coloque um lápis dentro do copo ou do frasco com água. Se estiver
a utilizar uma bacia com água use uma colher de pau.

Avaliação
Observe várias vezes o fenómeno e assinale com um 9 a resposta
que melhor indica as suas observações:
9
a) O lápis ou a colher de pau estão tortos ou quebrados.

b) O lápis ou a colher de pau parecem estar tortos ou


quebrados.

c) Quando o lápis ou a colher de pau entram na água, a


água parte estes objectos.

A que se deve o fenómeno observado? Assinale com um 9 a


resposta correcta.
9
a) O fenómeno observado deve-se à magia.

b) O fenómeno observado deve-se à reflexão da luz.

c) O fenómeno observado deve-se à refracção da luz.

166 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 17 - REFRACÇÃO DA LUZ

Exactamente, caro aluno. Decerto observou na sua


experiência que o lápis ou a colher de pau parecem estar
tortos ou quebrados na superfície da água. Este
fenómeno deve-se à refracção da luz.

Como já sabemos, a luz propaga-se em linha recta através do ar. Mas


também sabemos que a água é um meio transparente, isto é, permite a
passagem da luz e consequentemente, permite a um observador ver objectos
que se encontram dentro de água. Por isso, quando a luz incide sobre a
superfície da água, uma parte da luz passa para dentro da água e a outra
parte, como já sabe, é reflectida. Porém, a parte da luz que passa para a água
sofre um desvio, isto é, é desviada. Ao fenómeno que consiste no desvio da
luz quando passa de uma substância para outra, dá-se o nome de Refracção
da Luz.

Tome nota…
A Refracção da Luz, é o fenómeno que consiste no desvio da propagação
rectilínea da luz, quando a luz passa de uma substância para outra, como
mostra a Fig. 2.

Fonte luminosa

Raio de luz

Superfície

ar
água

Fig. 2
Refracção da luz

FÍSICA - MÓDULO 2
167
LIÇÃ0 17 - REFRACÇÃO DA LUZ

É também por causa da refracção da luz, que um peixe visto da margem de


um rio parece estar mais perto do observador do que realmente está.

Desta vez
não falho!

Mas eu
estou aqui
e não aí!

Meio óptico
Caro aluno! Você já sabe da prática do seu dia-a-dia, que é mais fácil
caminhar através do ar do que da água. Ora, isto acontece também com a luz.
Isto é, para a luz, é mais fácil propagar-se através do ar do que através da
água. É ainda mais difícil para a luz se propagar através de vidro do que da
água.

Todas estas substâncias onde a luz se pode propagar, (com maior ou menor
dificuldade) chamam-se meios ópticos. Portanto:

Meio óptico é toda e qualquer substância que pode ser


atravessada pela luz. São exemplos de meios ópticos, o
ar, a água, o plástico, o vidro, o óleo, etc.

Quanto maior for a dificuldade da luz em se propagar num


determinado meio, considera-se esse meio mais denso.
Quanto menor for a dificuldade da luz em se propagar num
determinado meio, considera-se esse meio menos denso.

168 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 17 - REFRACÇÃO DA LUZ

Observe atentamente a Fig. 4, onde está representada esquematicamente a


refracção da luz.

Normal

Raio incidente Raio reflectido

αi α r
Ar

Agua Superfície de
β separação entre
a água e o ar
α i - ângulo de incidência (dioptro)
α r - ângulo de reflexão
β - ângulo de refracção Raio refractado

Fig. 4
Esquema da refracção da luz

Tome nota…
Raio Incidente, é o raio luminoso que se dirige para a superfície
que separa os dois meios.

Raio Reflectido, é o raio luminoso que é desviado, quando a luz


incide sobre a superfície que separa os dois meios.

Raio Refractado, é o raio luminoso que é desviado quando a luz


passa de um meio para o outro.

Ângulo de Incidência, é o ângulo entre o raio incidente e a Normal


no ponto de incidência.

Ângulo de Reflexão, é o ângulo entre o raio reflectido e a Normal


no ponto de incidência.

Ângulo de Refracção, é o ângulo entre o raio refractado e a Normal


no ponto de incidência.

Dioptro, é a superfície de separação entre os dois meios.

FÍSICA - MÓDULO 2
169
LIÇÃ0 17 - REFRACÇÃO DA LUZ

ACTIVIDADE
1. O que é a refracção da luz? (Assinale com um 9 a resposta correcta).

a) É o fenómeno que consiste no desvio da propagação 9


rectilínea da luz, ao incidir sobre uma superfície polida
entre dois meios.

b) É o fenómeno que consiste no desvio da propagação


rectilínea da luz, ao passar de um meio óptico para
outro.

c) É o fenómeno que consiste no desvio da propagação


rectilínea da luz, ao incidir sobre um espelho plano.

2. Assinale cada uma das afirmações seguintes com um V ou um F


consoante elas forem verdadeiras ou falsas:
V/F

a) A água é um meio mais denso do que o ar.

b) O vidro é um meio mais denso do que a água.

c) O ar é um meio mais denso do que o vidro.

d) O ar é um meio menos denso do que o vidro.

e) O vidro é um meio menos denso do que a água.

Exactamente! A refracção da luz é o fenómeno que


consiste no desvio da propagação rectilínea da luz, ao
passar de um meio óptico para outro; a água é mais
densa do que o ar, o vidro é mais denso do que a água
e o ar. Como vê esta matéria não é difícil!

Caro aluno! Faça um intervalo de 15 minutos e passe


depois para a lição seguinte. Na lição seguinte, você
terá a oportunidade de estudar as leis que regulam o
fenómeno observado com o lápis ou com a colher de
pau. Vai ver que vai ser interessante!

170 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

Lição LEIS DA REFRACÇÃO


No 18

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Interpretar e aplicar as leis da refracção da luz na explicação de


fenómenos do dia-a-dia.

Na lição anterior aprendeu que a refracção da luz é o fenómeno que consiste


no desvio da propagação rectilínea da luz, ao passar de um meio óptico para
outro.

Agora, vamos continuar com o nosso estudo, aprendendo como o processo


de refracção da luz obedece a determinadas leis Físicas – as Leis da
Refracção.

Como já sabe, a Física é uma ciência experimental, por isso as suas Leis são
obtidas experimentalmente. Deste modo, as Leis da Refracçao foram obtidas
através de experiências realizadas por ciêntistas que viveram muito antes de
nós.

Nesta lição não vamos realizar essas experiências; vamos apenas trabalhar
com os seus resultados.

Fazendo Revisões…
Na lição anterior vimos que:

Meio óptico é toda a substância que pode ser atravessada pela


luz.
Meio óptico mais denso é aquele que dificulta mais a passagem
da luz.
Meio óptico menos denso é aquele que dificulta menos a
passagem da luz.

FÍSICA - MÓDULO 2
171
LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

Ora isto significa que nem todos meios oferecem a mesma dificuldade à
passagem da luz.

Dos meios que vamos estudar agora, o meio que mais dificulta a passagem
da luz é o vidro, seguindo-se a água e depois o ar. Isto significa que o vidro
é um meio mais denso do que a água e do que o ar, mas por sua vez a
água é um meio mais denso do que o ar.

Tome nota…
O vidro é um meio mais denso do que a água e do que o ar.
A água é um meio mais denso do que o ar, mas menos denso do
que o vidro.
O ar é um meio menos denso do que o vidro e do que a água.

É muito importante, caro aluno, que aprenda muito bem o


que acaba de anotar, para que possa entender facilmente
as Leis da Refracção que se seguem.

Leis da refracção
O processo da refracção da luz obedece às seguintes leis:

1ª O ângulo de incidência “αi“ é maior do que o ângulo de


refracção “β“ quando a luz passa de um meio menos denso
para um meio mais denso - fig. 1 a).

Normal

Raio incidente

αi
Ar Meio menos denso

Água Meio mais denso


β

αi > β
Raio refractado

Fig. 1 a) - Lei da refracção da luz

172 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

Por outras palavras, isto significa que:

Quando a luz passa de um meio menos denso para um meio


mais denso, refracta-se aproximando-se da Normal.

Veja na figura 1 a) que o raio refractado se aproxima da Normal. Como


sabe, a água é um meio mais denso do que o ar e o ar é um meio menos
denso do que a água.

Sendo assim, quando um raio incide do meio menos denso (o ar) para o meio
mais denso (a água), “dobra-se” ao chegar à superície da água aproximando-
se mais (chegando-se mais perto) da Normal. Desta forma, o ângulo de
incidência é maior do que o ângulo de refracção.

2ª O ângulo de incidência “αi“ é menor do que o ângulo de refracção “β“,


quando a luz passa de um meio mais denso para um meio menos denso-
fig. 1 b).

Normal

Raio refractado

β
Ar Meio menos denso

Água Meio mais denso


αi

αi β
Raio incidente

Fig. 1 b)
Lei da refracção da luz

FÍSICA - MÓDULO 2
173
LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

Por outras palavras, isto significa que:

Quando a luz passa de um meio mais denso para um meio


menos denso, refracta-se afastando-se da Normal.

Veja na figura 1 b) que o raio refractado se afasta da Normal e que o


ângulo de incidência é menor do que o ângulo de refracção. Como vê,
neste caso a luz foi da água (meio mais denso) para o ar (meio menos
denso).Então, neste casos o raio “dobra-se” afastando-se mais da Normal.

Normal

Raio refractado

β
Ar Meio menos denso

Água Meio mais denso


αi

αi β
Raio incidente

Fig. 1 b)
Lei da refracção da luz

Portanto, para determinar o raio refractado de um raio incidente qualquer, não


se esqueça de:

Procurar saber se o raio incidente vai passar do meio mais denso para
o meio menos denso ou vice-versa (não se esqueça que o vidro é o
meio mais denso de todos, que o ar é o meio menos denso de todos
e que a água está no meio).

174 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

Se o raio incidente vai do meio menos denso para o meio mais denso
o raio refractado vai dobrar-se aproximando-se da Normal. Assim, o
ângulo de incidência fica maior do que o ângulo de refracção.

Se o raio incidente vai do meio mais denso para o meio menos denso,
o raio refractado dobra-se afastando-se da Normal. Assim, o ângulo
de incidência fica menor do que o ângulo de refracção.

3ª O raio incidente, a Normal no ponto de incidência e o raio refractado,


estão no mesmo plano - fig. 1 a) e b).

Normal Normal

Raio incidente
Raio refractado

αi β
Ar Meio menos denso Ar Meio menos denso

Água Meio mais denso Água Meio mais denso


β αi

αi > β αi β
Raio refractado Raio incidente

Fig. 1 a) Fig. 1 b)

Por outras palavras, isto significa que:

Se o raio incidende estiver sobre o plano de uma mesa, a normal


e o raio reflectido também estão sobre o plano da mesma mesa.

FÍSICA - MÓDULO 2
175
LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

ACTIVIDADE
1. A figura representa um raio de luz incidindo sobre a superfície de
separação entre o ar e o plástico.

Normal

b a

α β

Ar

Plástico

Assinale com um 9 a resposta correcta.

a) O raio incidente está representado pela letra:

9
A) a

B) b

C) c

b) O raio reflectido está representado pela letra:

9
A) a

B) b

C) c

176 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

c) O raio refractado está representado pela letra:

9
A) a

B) b

C) c

d) O ângulo de incidência está representado pela letra:

9
A) α

B) β

C) ω

e) O ângulo de reflexão está representado pela letra:

9
A) α

B) β

C) ω

f) O ângulo de refracção está representado pela letra:

9
A) α

B) β

C) ω

FÍSICA - MÓDULO 2
177
LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

2. A figura seguinte representa um raio luminoso incidindo sobre a superfície


de separação entre a água e o vidro.

água
vidro

Assinale com um 9 a figura que representa correctamente a refracção do


raio incidente dado:

a) b)

água água
vidro vidro

c) d)

água água
vidro vidro

178 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

3. A figura representa um raio luminoso incidindo sobre um dioptro (a


superfície de separação entre dois meios), entre o vidro e o ar.

vidro
ar

Assinale com um 9 a figura que representa correctamente o raio refractado.

a) b)

vidro vidro
ar ar

c) d)

vidro vidro
ar ar

FÍSICA - MÓDULO 2
179
LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

4. A figura representa um raio luminoso incidindo sobre a superfície de


separação de dois meios constituídos por ar e vidro.

ar
ar vidro
vidro

Assinale com um 9 a figura que representa correctamente o raio refractado


do raio incidente dado.

a) b)

ar vidro ar vidro

c) d)

ar vidro ar vidro

180 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

Excelente trabalho, caro aluno! Agora compare as suas


respostas com a Chave de Correcção que lhe propomos
em seguida:

CHAVE DE CORRECÇÃO
1.a) A b) B c) C d) B e) A f) C
2. c)
3. b)
4. d)

Ora, mas como é que podemos observar e explicar estas leis de refracção da luz
no nosso dia-a-dia?

Voltemos a considerar a experiência realizada na lição anterior, como mostra a


figura 2.

ar imagem
ar imagem

água
água

(a) (b)

Fig. 2
Explicação do fenómeno da refracção da luz

Quando o lápis ou a colher de pau são colocados dentro da água, a parte


mergulhada não é vista por nós. O que vemos é a sua imagem virtual, situada
acima da posição real do objecto. Isto deve-se ao facto de a luz se refractar (se
desviar) na superfície de separação entre o ar e água. Interessante, não é?

FÍSICA - MÓDULO 2
181
LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

Recorde-se de que a luz se propaga em linha recta, por isso é que a nossa visão
só é possível também em linha recta. Isto significa que a nossa visão não faz
curvas, não nos permitindo, no caso do lápis ou da colher de pau, ver o objecto
e sim a sua imagem refractada.

Repare na Fig. 3 - o olho consegue observar a bola colocada no ponto A e a


chávena colocada no ponto B. Mas o olho não consegue ver a lata atrás do
corpo opaco, colocada no ponto C, porque a visão não consegue fazer nenhuma
curva e contornar o corpo opaco para poder observar a lata.

A Corpo opaco C

Olho
B

Fig. 3
A visão dos objectos

Agora faça uma revisão do que acaba de aprender nestas


duas últimas lições e depois tente resolver os exercícios
que lhe propomos a seguir. Boa sorte!

182 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

Exercícios - 8

1. Em cada um dos casos apresentados, assinale com um 9 o número do


raio refractado correspondente ao raio incidente dado.

a)
9 ar

A) 1 vidro

B) 2

C) 3

b)
9
A) 1

B) 2
vidro
C) 3
ar

c)
9 vidro

A) 1

B) 2
água
C) 3

FÍSICA - MÓDULO 2
183
LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

d)
9 ar
A) 1
vidro
B) 2

C) 3

2. Um pequeno peixe encontra-se dentro de um aquário. A figura deste


exercício mostra raios luminosos que partem do peixe e se refractam ao
passarem da água para o ar.

a) Onde está situada a imagem do peixe vista pelo observador? Assinale


com um 9 o número correspondente à imagem correcta.

9
A) 1

B) 2

C) 3

184 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

b) Como classifica esta imagem quanto à sua Natureza?

9
A) Real.

B) Direita.

C) Virtual.

Realizando Experiências

3. Uma experiência muito interessante que você pode realizar é a seguinte:

Material
Uma lata aberta na parte superior
Uma moeda qualquer
Água

Montagem e Realização

Coloque a moeda no fundo da lata.


Olhe para o fundo da lata e afaste-se muito lentamente, até se colocar
numa posição que não lhe permita ver a moeda no fundo da lata (posição
B) - veja a figura.

Moeda

FÍSICA - MÓDULO 2
185
LIÇÃ0 18 - LEIS DA REFRACÇÃO

Moeda

Deitando água na lata, e voltando à posição B, já se pode ver a moeda.


Escolha a alternativa que melhor explica este fenómeno.

a) Consegue-se ver a moeda porque quando a luz incide


na superfície da água, reflecte-se e forma uma imagem
9
virtual da moeda.

b) Consegue-se ver a moeda porque a água obriga a


moeda a subir.

c) Consegue-se ver a moeda porque a luz refracta-se


na superfície da água, dando origem a uma imagem
virtual da moeda.

d) Consegue-se ver a moeda porque a água funciona


como um espelho.

Bom trabalho! Agora compare as suas respostas com a


Chave de Correcção que lhe propomos no final do Módulo.
Se acertou em mais de cinco alíneas, está mesmo de
parabéns! Caso contrário, não desanime, pois é uma
questão de voltar a estudar as lições e a tentar resolver os
exercícios de novo. Não se esqueça de que fazer exercícios
é uma maneira óptima de aprender!

186 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 19 - REFLEXÃO TOTAL

Lição REFLEXÃO TOTAL


No 19

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Explicar o fenómeno da reflexão total e definir o conceito de ângulo


limite.

Reflexão total
Caro aluno! Já sabe da lição anterior que de acordo com as leis da refracção da
luz, o ângulo de incidência “ α” é menor do que o ângulo de refracção “β”,
quando a luz passa de um meio mais denso para outro menos denso, como
mostra a Fig. 1.

Por isso, quando um raio de luz passa do vidro para o ar, o ângulo de incidência
é menor do que o ângulo de refracção, porque o raio se afasta da Normal.

Meio menos denso

β
Ar

Vidro

α
Meio mais denso

Fig. 1
Refracção da luz de um meio mais denso para outro menos denso

FÍSICA - MÓDULO 2
187
LIÇÃ0 19 - REFLEXÃO TOTAL

Na Fig. 2 a), está representado um raio de luz a passar do vidro para o ar.
Como pode observar, caro aluno, uma parte do raio é reflectida e a outra é
refractada.

Ar
Vidro

(a)

Fig. 2 a)

Agora vamos aumentar o ângulo de incidência. Observe o que acontece com o


ângulo de refracção.

Ar
Vidro

(b)

Fig. 2 b)

Repare que com o aumento do ângulo de incidência (α2 > α1 ), o ângulo de


refracção também aumenta. Por isso, β2 > β1.Como mostra a Fig. 2 b).

Vamos aumentar ainda mais o ângulo de incidência. Por isso o ângulo α3 é maior
do que o ângulo α2 (α3 > α2 ).

188 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 19 - REFLEXÃO TOTAL

Como vê, o ângulo de refracção também aumenta. Por isso, β3 > β2, como
mostra a Fig. 2 c).

Ar

Vidro

(c)

Fig. 2 c)

Repare que no caso da Fig. 2 c), o ângulo de refracção é igual a 90º.

Ao ângulo de incidência cujo ângulo de refracção vale 90º, dá-se


o nome de ângulo de incidência limite αL ou apenas ângulo limite,
como mostra a Fig.2 c).

Tome nota…
É importante ainda tomar nota de que:

O ângulo limite só existe quando a luz passa do meio mais denso para o meio
menos denso.

Por exemplo, o ângulo limite do vidro é de 42º, ou seja, o ângulo de incidência


limite quando a luz passa do vidro para o ar é de cerca de 42º.
Isto significa que, se o ângulo de incidência de um raio de luz na superfície de
separação entre o vidro e o ar é de 42º, o ângulo de refracção é de 90º quando
o raio passa do vidro para o ar.

FÍSICA - MÓDULO 2
189
LIÇÃ0 19 - REFLEXÃO TOTAL

ACTIVIDADE
O ângulo limite do gelo é de 50º. O que significa este valor? (Assinale com
um 9 a resposta correcta).

a) Este valor significa que, se o ângulo de incidência de


um raio de luz é de 50º, o ângulo de refracção é de
9
90º quando o raio passa do ar para o gelo.

b) Este valor significa que, se o ângulo de incidência de


um raio de luz é de 50º, o ângulo de refracção é de
90º quando a luz passa do gelo para o ar.

c) Este valor significa que, se o ângulo de incidência é


de 90º, o ângulo de refracção é de 50º quando a luz
passa do gelo para o ar.

É isso mesmo!
O valor dado significa que, se o ângulo de incidência é de
50º, o ângulo de refracção é de 90º quando a luz passa do
gelo para o ar.

Vamos continuar a aumentar o ângulo de incidência!

Ar

Vidro

(d)

Fig. 2 d)

190 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 19 - REFLEXÃO TOTAL

Tal como aconteceu anteriormente, o ângulo de reflexão também aumenta. Por


isso, o âgulo α4 é maior do que o ângulo α3 (α4 > α3 ). Porém, o ângulo de
refracção já não existe, porque deveria medir mais do que 90º ( recorde-se que
no caso anterior o ângulo de refracção era de 90º).

Tome nota…
Quando a ângulo de incidência é maior do que o ângulo limite, não existe
um raio refractado.

Ora como não existe um raio refractado, só existe o raio reflectido. Isto significa
que o raio incidente é totalmente reflectido. Por isso, este fenómeno é chamado
de Reflexão Total da Luz.

Reflexão total é o fenómeno que ocorre quando a luz, ao passar


de um meio mais denso para outro menos denso, é totalmente
reflectida, porque o seu ângulo de incidência é maior do que o ângulo
de incidência limite.

ACTIVIDADE
1. A figura representa um raio de luz, propagando-se do vidro para o ar.

Ar

Vidro

FÍSICA - MÓDULO 2
191
LIÇÃ0 19 - REFLEXÃO TOTAL

Ar

Vidro

Aumentando o ângulo de incidência “αi ”, o ângulo de refracção “β” aumenta


ou diminui? Justifique, assinalando com um 9 a resposta correcta.

a) Diminui porque o raio de luz passa do meio mais 9


denso para o meio menos denso.

b) Aumenta porque o raio de luz passa do meio menos


denso para o meio mais denso.

c) Aumenta porque o raio de luz passa do meio mais


denso para o meio menos denso.

2. Observe atentamente a figura dada, em que αl é o ângulo limite e a


fonte luminosa se encontra no seio da água. Não se esqueça de que a
velocidade de propagação da luz é maior no meio menos denso.

A B C D Ar

Água
l

192 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 19 - REFLEXÃO TOTAL

A. Compare a velocidade de propagação da luz nos dois meios.


Assinale com um 9 a resposta correcta.

a) A velocidade de propagação da luz no ar é menor 9


do que a velocidade de propagação da luz na água.

b) A velocidade de propagação da luz no ar é igual


à velocidade de propagação da luz na água.

c) A velocidade de propagação da luz no ar é maior


do que a velocidade de propagação da luz na água.

B. Em qual das seguintes figuras está correctamente traçado o trajecto


de cada um dos raios luminosos A, B, C e D? Assinale com um 9 a
escolha correcta.

a)
A B C D Ar

Água

b)
A B C D Ar

Água

c)
A B C D Ar

Água

d)

A B C D Ar

Água

FÍSICA - MÓDULO 2
193
LIÇÃ0 19 - REFLEXÃO TOTAL

C. O raio luminoso D não se refracta. Porquê?

A B C D Ar

Água

a) Porque o seu ângulo de incidência é menor do


9
que o ângulo limite.

b) Porque o seu ângulo de incidência é maior do


que o ângulo limite.

c) Porque o seu ângulo de incidência é igual ao


ângulo limite.

Agora compare as suas respostas com a Chave de


Correcção dada em seguida.

CHAVE DE CORRECÇÃO
1. c)
2. A. c) B. c) C. b)

194 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 19 - REFLEXÃO TOTAL

Bom trabalho caro aluno! Julgamos que você está a


entender muito bem o fenómeno da reflexão total.

Faça um breve intervalo de 10 minutos e passe para a lição seguinte se acertou


em todas as suas respostas. Caso contrário, estude de novo a lição e tente
resolver os exercícios outra vez.

CAA CAA
Se estiver a ter dificuldades, dirija-se ao Centro de Apoio e Aprendizagem e
esclareça as suas dúvidas com o Tutor ou com um colega de estudo.

Na lição que se segue, vai ter a oportunidade de estudar


alguns fenómenos interessantes que ocorrem devido à
reflexão total. Bom estudo!

Escute, aprenda, e escolha a vida!


Proteja-se da SIDA
SIDA! Não tenha
relações sexuais se não se sentir
preparado (a).

FÍSICA - MÓDULO 2
195
LIÇÃ0 19 - REFLEXÃO TOTAL

A SIDA

A SIDA é uma doença grave causada por um vírus. A


SIDA não tem cura. O número de casos em Moçambique
está a aumentar de dia para dia. Proteja-se!!!

Como evitar a SIDA:

 Adiando o início da actividade sexual para


quando for mais adulto e estiver melhor
preparado.

 Não ter relações sexuais com pessoas que têm


outros parceiros.

 Usar o preservativo ou camisinha nas relações


sexuais.

 Não emprestar nem pedir emprestado, lâminas


ou outros instrumentos cortantes.

196 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 20 - ALGUNS FENÓMENOS QUE OCORREM POR REFLEXÃO TOTAL

Lição ALGUNS FENÓMENOS QUE OCORREM POR


REFLEXÃO TOTAL
No 20

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Dar alguns exemplos da ocorrência da reflexão total na natureza e


na técnica.

A Reflexão total permite-nos explicar e interpretar vários fenómenos que ocorrem


na Natureza. Permite-nos também explicar o funcionamento de algum material
utilizado na técnica. Então, vejamos alguns exemplos interessantes:

Fibra óptica
As fibras ópticas são fios transparentes, muito finos e flexíveis, capazes de
canalizar a luz sem muitas perdas - figura 1.

Luz emergente

Luz incidente

Fig. 1
Fibra óptica
A possibilidade de construção de uma fibra óptica surgiu com o desenvolvimento
da tecnologia, que permitiu a obtenção de fios muito finos e perfeitamente
transparentes, que podem ser encurvados sem se romperem. Assim, o fenómeno
da reflexão total permite fazer a luz seguir uma trajectória curva num tubo de
qualquer forma - figura 1. Uma vez dentro do tubo, a luz chocar-se-á sempre
com as paredes num ângulo superior ao ângulo limite e, assim, a luz é reflectida
totalmente pelas paredes, muitas vezes, até à saída.

FÍSICA - MÓDULO 2
197
LIÇÃ0 20 - ALGUNS FENÓMENOS QUE OCORREM POR REFLEXÃO TOTAL

Entre as aplicações mais significativas da fibra óptica podemos citar o seu emprego
na medicina e nas áreas de comunicações (Televisão e Telefone).

Na medicina, as fibras ópticas são usadas nos endoscópios, aparelhos que


facilitam o exame dos órgãos internos, ou em cirurgias.

Na comunicação, as fibras ópticas são usadas para transmitir sinais em forma de


luz, substituindo os cabos submarinos de cobre na transmissão telefónica a
grandes distâncias. A fibra óptica permite transmitir informações com maior
eficiência e maior economia do que os fios de cobre. Podemos citar ainda, a
utilização das fibras ópticas na transmissão da imagem através da TV Cabo
(Televisão por cabo).

Miragem
Em dias quentes, muitas vezes temos a impressão de ver água no solo. Já alguma
vez se perguntou porquê?

Em dias quentes, as camadas de ar próximas do solo são mais quentes do que


as camadas afastadas, logo menos densas. Portanto, os raios de luz provenientes
de pontos elevados, atravessam camadas de ar de densidades cada vez menores.
Nestas condições, os raios de luz sofrem sucessivas refracções, afastando-se
das Normais - figura 2.

Solo

P’

Fig. 2
Refracções sucessivas dos raios de luz provenientes de pontos elevados

A incidência alcança o ângulo limite e dá-se reflexão total. É por esta razão que
o observador vê o ponto P no simétrico P’.

Como o observador vê o objecto e a imagem ao mesmo tempo, ele tem a ilusão


de ver água no solo reflectindo a luz.

198 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 20 - ALGUNS FENÓMENOS QUE OCORREM POR REFLEXÃO TOTAL

Este fenómeno ocorre muito nos desertos e explica também porque é que, em
dias quentes nas estradas asfaltadas, temos a impressão de que a estrada se
apresenta molhada.

Estrada

Fig. 3
Num dia quente, o observador tem a impressão de que uma estrada asfaltada
está molhada

Concluindo, podemos dizer que:

Miragem é o fenómeno em que um observador pode ver imagens


invertidas de objectos distantes devido a um fenómeno de reflexão
total da luz, que se verifica quando os raios de luz atravessam diversas
camadas de ar de densidades diferentes.

Ora bem, agora gostariamos de sugerir que faça um breve


intervalo de 15 minutos. Após o intervalo, passe para a
lição seguinte.

FÍSICA - MÓDULO 2
199
LIÇÃ0 20 - ALGUNS FENÓMENOS QUE OCORREM POR REFLEXÃO TOTAL

A Cólera
A cólera é uma doença que provoca muita diarreia, vó-
mitos e dores de estômago. Ela é causada por um mi-
cróbio chamado vibrião colérico. Esta doença ainda existe
em Moçambique e é a causa de muitas mortes no nosso
País.

Como se manifesta?

O sinal mais importante da cólera é uma diarreia onde


as fezes se parecem com água de arroz. Esta diarreia é
frequentemente acompanhada de dores de estômago e
vómitos.

Pode-se apanhar cólera se:


 Beber água contaminada.
 Comer alimentos contaminados pela água ou pelas
mãos sujas de doentes com cólera.
 Tiver contacto com moscas que podem transportar os
vibriões coléricos apanhados nas fezes de pessoas
doentes.
 Utilizar latrinas mal-conservadas.
 Não cumprir com as regras de higiene pessoal.

Como evitar a cólera?


 Tomar banho todos os dias com água limpa e sabão.
 Lavar a roupa com água e sabão e secá-la ao sol.
 Lavar as mãos antes de comer qualquer alimento.
 Lavar as mãos depois de usar a latrina.
 Lavar os alimentos antes de os preparar.
 Lavar as mãos depois de trocar a fralda do bébé.
 Lavar as mãos depois de pegar em lixo.
 Manter a casa sempre limpa e asseada todos os dias.
 Usar água limpa para beber, fervida ou tratada com
lixívia ou javel.
 Não tomar banho nos charcos, nas valas de drenagem
ou água dos esgotos.

200 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

Lição LÂMINA DE FACES PARALELAS


No 21

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Identificar o percurso de um raio luminoso através de uma lâmina de


faces paralelas.

Já sabemos que durante a refracção da luz, o raio refractado aproxima-se da


Normal, quando a luz passa de um meio menos denso para um meio mais denso.
Porém, quando a luz passa de um meio mais denso para um meio menos denso,
o raio refractado afasta-se da Normal.

Vamos agora ver como aplicar estas regras (leis) da refracção numa lâmina de
faces paralelas.

Lâmina de faces paralelas


Em óptica, chama-se Lâmina de Faces Paralelas, a todo o meio transparente
limitado por duas superfícies planas e paralelas - Fig. 1.
Em linguagem comum chamamos Lâmina de Faces Paralelas a um vidro cujas
faces são paralelas entre si.

Meio

Superfícies
Meio paralelas

Meio

Fig. 1
Lâmina de faces paralelas

FÍSICA - MÓDULO 2
201
LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

Um exemplo comum de lâminas de faces paralelas são os vidros das janelas –


Fig. 2.

Fig. 2
Lâmina de faces paralelas

Na Fig. 3, está representado um raio luminoso incidindo sobre uma das faces de
uma lâmina de faces paralelas.

Raio incidente Normal

Ar

Raio Vidro
Refractado

Normal Raio emergente

Fig. 3
Trajecto dos raios luminosos numa lâmina de faces paralelas

202 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

Por isso repare que:

Na face superior (de cima), o raio refractado aproxima-se da normal,


porque passa do meio menos denso para o meio mais denso. (Neste
caso, o ar é o meio menos denso).

Na face inferior (de baixo), o raio refractado afasta-se da normal, porque


passa do meio mais denso para o meio menos denso. (Neste caso o
vidro é o meio mais denso)

Como vê caro aluno:

Quando um raio luminoso incide sobre uma das faces de uma lâmina
de faces paralelas, o raio atravessa a lâmina e emerge (sai) na
segunda face.

Ao atravessar a lâmina, o raio luminoso sofre duas refracções (uma


na primeira face e outra na segunda face).

FÍSICA - MÓDULO 2
203
LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

ACTIVIDADE
1. A figura representa um raio de sol incidindo sobre um vidro de uma
janela (lâmina de faces paralelas).

Ar

Vidro

Assinale com um 9 a figura que representa correctamente o trajecto dos


raios luminosos na lâmina.

a) b)

Ar Ar

Vidro Vidro

c) d)

Ar Ar

Vidro Vidro

204 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

2. A figura representa um raio de sol incidindo sobre um vidro de uma


janela (lâmina de faces paralelas).

Ar

Vidro

Assinale com um 9 a figura que representa correctamente o trajecto dos


raios luminosos na lâmina.

a) b)

Ar Ar

Vidro Vidro

c) d)

Ar Ar

Vidro Vidro

FÍSICA - MÓDULO 2
205
LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

3. A figura representa um raio de sol incidindo sobre um vidro de uma


janela (lâmina de faces paralelas).

Ar

Vidro

Assinale com um 9 a figura que representa correctamente o trajecto dos


raios luminosos na lâmina.

a) b)

Ar Ar

Vidro Vidro

c) d)

Ar Ar

Vidro Vidro

206 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

4. A figura representa um raio de sol incidindo sobre um vidro de uma


janela (lâmina de faces paralelas).

Ar

Vidro

Assinale com um 9 a figura que representa correctamente o trajecto dos


raios luminosos na lâmina.

a) b)

Ar Ar

Vidro Vidro

c) d)

Ar Ar

Vidro Vidro

Muito bem! Agora compare as suas respostas com a


Chave de Correcção que lhe propomos em seguida.

FÍSICA - MÓDULO 2
207
LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

CHAVE DE CORRECÇÃO
1. d)
2. b)
3. c)
4. a)

Acertou em todas as questões? Parabéns! Você está a


dominar bem esta matéria. Se não acertou em alguma
questão, estude de novo a lição e tente resolver essa
questão de novo.

Antes de continuar o seu estudo, faça uma revisão das


lições anteriores e tente resolver os exercícios que se
seguem. Vai ver que não são muito difíceis.

208 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

Exercícios - 9

1. Para se produzir o fenómeno da reflexão total da luz, é necessário apenas:


(assinale com um 9 a resposta correcta).

a) Uma superfície de separação entre dois meios. 9


b) Que haja refracção da luz do meio mais denso para
o meio menos denso.

c) Que a luz se propague de um meio mais denso para


um meio menos denso, com um ângulo de incidência
superior ao ângulo limite.

d) Que a luz se propague de um meio mais denso para


um meio menos denso, produzindo um ângulo de
refracção superior ao ângulo limite.

2. A figura representa o trajecto de um raio luminoso, desde uma pequena


esfera em A, até ao olho de um observador em D, atravessando
sucessivamente, a água, o benzeno (líquido transparente) e o ar.

FÍSICA - MÓDULO 2
209
LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

a) Que nome se dá ao fenómeno da passagem do raio luminoso da


água para o benzeno e do benzeno para o ar? Assinale com um 9 a
resposta correcta.

9
A) Reflexão.

B) Refracção.

C) Reflexão Total.

b) Qual é o meio mais denso? A água ou o benzeno?


Tente adivinhar a resposta correcta, assinalando-a com um 9.

A) O benzeno é o meio mais denso porque o raio de luz


9
se aproxima da normal após a refracção no ponto B.

B) O benzeno é o meio mais denso porque o raio de


luz se afasta da normal após a refracção no ponto C.

C) A água é o meio mais denso porque o raio de luz


se aproxima da normal após a refracção no ponto B.

D) A água é o meio mais denso porque o raio de luz


se afasta da normal após a refracção no ponto C.

210 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

c) Considerando a superfície de separação entre dois líquidos - a água


e o benzeno - de que lado se pode dar o fenómeno da reflexão
total? Justifique assinalando com um 9 a resposta correcta.

A) O fenómeno da reflexão total só se pode dar do


lado da água porque a água é o meio menos
9
denso.

B) O fenómeno da reflexão total só se pode dar do


lado do benzeno porque a água é o meio mais
denso.

C) O fenómeno da reflexão total só se pode dar do


lado da água porque a água é matéria.

3. Um raio luminoso incide sobre a superfície de separação de dois meios


ópticos A e B.

Raio 2

B
Raio 3

Raio 1

Assinale com um 9 a resposta correcta para cada uma das alíneas que se
seguem:

a) O raio incidente:
9
A) É o raio 1.

B) É o raio 2.

C) É o raio 3.

FÍSICA - MÓDULO 2
211
LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

Raio 2

B
Raio 3

Raio 1

b) O raio refractado:
9
A) É o raio 1.

B) É o raio 2.

C) É o raio 3.

c) O raio reflectido:
9
A) É o raio 1.

B) É o raio 2.

C) É o raio 3.

4. Um raio luminoso, propagando-se no ar, incide sobre a superfície de


uma janela de um autocarro. Assinale com um 9 a figura que mostra
correctamente a trajectória do raio refractado.

a) b) c) d) e)

Ar Vidro Ar Ar Vidro Ar Ar Vidro Ar Ar Vidro Ar Ar Vidro Ar

212 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

5. Observe a figura:

a) Que nome se dá ao fenómeno observado?

9
A) Reflexão.

B) Refracção.

C) Reflexão total.

b) A que se deve este fenómeno.

9
A) À reflexão da luz.

B) À refracção da luz.

C) À reflexão total da luz.

c) A imagem observada é: (assinale com um 9 a resposta correcta).

9
A) Real.

B) Virtual e direita.

C) Virtual e invertida.

FÍSICA - MÓDULO 2
213
LIÇÃ0 21 - LÂMINA DE FACES PARALELAS

Agora compare as suas respostas com a Chave de


Correcção que lhe propomos no final do Módulo. Se
teve algumas dificuldades, não desanime. Volte sim a
estudar as duas últimas lições, tente resolver estes
exercícios de novo e verá o seu progresso.
Bom trabalho!

A sua vida é importante...


proteja-se da SIDA
SIDA... use um
preservativo novo cada vez que
tiver relações sexuais.

214 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 22 - LENTES ESFÉRICAS

Lição LENTES ESFÉRICAS


No 22

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Diferenciar os tipos de lentes.


Identificar os elementos de uma lente.

No seu dia-a-dia, decerto já tem reparado em pessoas usando óculos para a


vista. Também já deve ter reparado que os óculos têm uma superfície de vidro
lisa e curva, que são as lentes dos óculos, como mostra a Fig. 1.

Fig. 1
As lentes dos óculos

Naturalmente sabe que a função principal dos óculos de vista é a de aumentar o


tamanho dos corpos vistos pela pessoa que usa os óculos.

Em sua casa, pode construir uma lente simples para ampliar o tamanho dos
corpos vistos por uma pessoa, em especial o tamanho das letras.

Vamos então realizar a seguinte experiência.

Realizando Experiências
Material

Uma garrafa ou frasco de vidro (ou plástico) transparente, cheia de água.


O seu Módulo de Física.

FÍSICA - MÓDULO 2
215
LIÇÃ0 22 - LENTES ESFÉRICAS

Montagem e Realização

Coloque a garrafa de vidro deitada sobre o seu Módulo, como mostra a


Fig. 2.
Tente ler o título desta lição.
Levante lentamente a garrafa do Módulo, e tente observar o tamanho
das letras do título desta lição.

Módulo
de Física

Garrafa
com água

Fig. 2

Avaliação

1. Assinale com um 9 a afirmação correcta em relação ao que obeservou


durante a experiência.

a) Com a garrafa sobre o Módulo:

9
A) O tamanho das letras observadas aumentou.

B) O tamanho das letras observadas diminuiu.

C) O tamanho das letras observadas manteve-se.

216 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 22 - LENTES ESFÉRICAS

b) Ao levantar a garrafa do Módulo:

9
A) O tamanho das letras aumenta.

B) O tamanho das letras diminui.

C) O tamanho das letras mantém-se.

É isso mesmo! Bravo!


Com a garrafa sobre o Módulo, o tamanho das letras
observadas aumentou, porque a garrafa com água funciona
como uma lente.
Mas quando levantamos a garrafa, o tamanho das letras
diminui.

Lentes esféricas
As lentes são os sistemas ópticos de maior aplicação prática. Desde um simples
par de óculos até uma sofisticada máquina de filmar ou um complexo microscópio,
a lente é o componente óptico fundamental.

Uma lente esférica é um meio transparente limitado por duas


superfícies esféricas ou por uma superfície esférica e outra
plana -veja representação na figura 3 da página seguinte.

FÍSICA - MÓDULO 2
217
LIÇÃ0 22 - LENTES ESFÉRICAS

Fig. 3
Lentes esféricas

As lentes são classificadas em dois grupos:

Lentes convergentes
Lentes divergentes

Estes dois grupos distinguem-se pela forma das extremidades das lentes. As
lentes convergentes têm extremidades finas, como mostra a Fig. 4.

Extremidades finas
Fig. 4
Lentes convergentes

As lentes divergentes têm extremidades grossas, como mostra a Fig. 5.

Extremidades grossas
Fig. 5
Lentes divergentes

218 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 22 - LENTES ESFÉRICAS

Elementos geométricos das lentes

Tal qual como nos espelhos esféricos, as lentes esféricas também possuem os
seus elementos geométricos. Estes elementos são semelhantes aos dos espelhos
esféricos, veja a Fig. 6.

Eixo óptico
ou principal

F V F

f f

Fig. 6
Elementos geométricos de uma lente

Os elementos geométricos principais de uma lente são:

Foco “F”
Distância Focal “f”
Vértice “V”
Eixo Óptico

Como se deve recordar, os espelhos esféricos possuem um foco. Porém, as


lentes possuem dois focos. A distância de qualquer dos focos ao vértice da lente
é chamada distância focal “f” e é a mesma.

Refracção da luz na lente convergente


Vamos agora ver como acontece a refracção da luz numa lente convergente:

FÍSICA - MÓDULO 2
219
LIÇÃ0 22 - LENTES ESFÉRICAS

ACTIVIDADE

A figura 7 mostra o que se pode observar, experimentalmente, quando um feixe


luminoso incide do lado esquerdo da face de uma lente convergente, paralelamente
ao eixo óptico.

Fig. 7
Foco de uma lente convergente

Com base na figura, tente descrever o resultado da referida experiência,


assinalando com um 9 a resposta que melhor explica o fenómeno.

a) Quando os raios paralelos incidem do lado esquerdo 9


da face da lente convergente, refractam-se e depois
encontram-se num único ponto, o foco da lente.

b) Quando os raios paralelos incidem do lado esquerdo


da face da lente convergente, refractam-se e depois
encontram-se num ponto que está situado ao dobro
da distância focal do vértice da lente.
c) Quando os raios paralelos incidem do lado esquerdo
da face da lente convergente, refractam-se e depois
encontram-se num único ponto que não é o foco da
lente.

220 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 22 - LENTES ESFÉRICAS

Ora é isso mesmo! Observando cuidadosamente a figura


7, e recordando-se do que aprendeu nas lições sobre os
espelhos esféricos, conclui-se que os raios refractados se
encontram num único ponto “F“ chamado foco da
lente. E como já sabe, a distância do foco F até ao vértice
da lente é chamada distância focal “f” da lente, como mostra
a Fig. 8.

F
Eixo

Fig. 8
Foco e distância focal de uma lente convergente

ACTIVIDADE
A Fig. 9 mostra o que se pode observar, experimentalmente, quando um feixe
luminoso incide do lado direito da face de uma lente convergente, paralelamente
ao eixo óptico.

Fig. 9
Foco de uma lente convergente

FÍSICA - MÓDULO 2
221
LIÇÃ0 22 - LENTES ESFÉRICAS

Com base na figura 9, tente descrever o resultado da referida experiência,


assinalando com um 9a resposta que melhor explica o fenómeno:

a) Quando os raios paralelos incidem do lado direito da


9
face da lente convergente, refractam-se e depois
encontram-se num único ponto situado do lado
esquerdo da outra face da lente, chamado foco da
lente.

b) Quando os raios paralelos incidem do lado direito da


face da lente convergente, refractam-se e depois
encontram-se num único ponto situado do lado
esquerdo da outra face da lente, a uma distância igual
ao dobro da distância focal da lente.

c) Quando os raios paralelos incidem do lado direito da


face da lente convergente, refractam-se e depois
encontram-se num único ponto situado do lado
esquerdo da lente, que não é o foco da lente.

Exactamente! Como deve ter observado, quando o feixe


de raios paralelos incide na outra face da lente, como
mostra a figura 9, verifica-se que o feixe converge no
ponto “F” situado sobre o eixo, à mesma distância f da
lente. O ponto F é também chamado foco da lente, como
mostra a Fig. 10.

Eixo F F

f f

Fig. 10
Foco e distância focal de uma lente convergente

222 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 22 - LENTES ESFÉRICAS

ACTIVIDADE
Compare agora as explicações que você deu com base nas figuras 7 e 9 e
tire conclusões. Para tal, assinale com um 9a resposta que melhor mostra
as suas conclusões:

a) Numa lente convergente podemos encontrar dois


focos (um do lado esquerdo e outro do lado direito) 9
onde os raios refractados convergem.

b) Numa lente convergente podemos encontrar apenas


um foco (do lado direito) por onde passam os raios
refractados.

c) Numa lente convergente podemos encontrar três


focos, por onde passam os raios refractados.

Comparando as explicações dos fenómenos observados a partir das situações


das figuras 7 e 9, decerto chegou à seguinte conclusão:

Uma lente convergente possui dois focos situados à mesma


distância “f” da lente.

Bom trabalho, caro aluno! Faça um breve intervalo de 10


minutos e passe para a lição seguinte.

FÍSICA - MÓDULO 2
223
LIÇÃ0 22 - LENTES ESFÉRICAS

AS dts
O que são as DTS?

As DTS são as Doenças de Transmissão Sexual. Ou


seja, as DTS são doenças que se transmitem pelo con-
tacto sexual vulgarmente dito: fazer amor. Antigamente
estas doenças eram chamadas de doenças venéreas, pois
“Vénus” era o nome de uma deusa grega que era conheci-
da como a “deusa do amor”.

Quando suspeitar de uma DTS?

Nas meninas e mulheres

 Líquidos vaginais brancos e mal cheirosos.


 Comichão ou queimaduras na vulva, vagina
ou no ânus.
 Ardor ao urinar.
 Feridas nos órgãos sexuais.

Nos rapazes e nos homens

 Um corrimento de pus (sujidade) a sair do pénis.


 Feridas no pénis e nos outros órgãos genitais.
 Ardor ao urinar.

224 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

Lição RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS


No 23

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Identificar o trajecto dos raios característicos quando refractados


numa lente esférica.

Fazendo Revisões…
Nas lições sobre espelhos esféricos aprendemos que existem três tipos de raios
particulares:
Raios paralelos - que são raios luminosos que incidem sobre o
espelho, paralelamente ao eixo óptico.
Raios focais - que são raios luminosos que incidem sobre o
espelho passando pelo foco.
Raios centrais - que são raios luminosos que incidem sobre o
espelho passando pelo centro de curvatura.

Tal como nas lições sobre espelhos, vamos usar uma representação simplificada
da lente convergente para explicar a incidência de raios particulares em lentes
esféricas, como mostra a Fig. 1.

ou
V V
F F F F

Fig. 1
Representação simplificada da lente convergente

FÍSICA - MÓDULO 2
225
LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

Raios particulares numa lente convergente

Nas lentes convergentes também distingimos três tipos de raios particulares.


Estas raios particulares são:

Raios paralelos - são raios que incidem sobre a lente,


paralelamente ao eixo óptico, Fig. 2 a).
Raios focais - são raios que incidem sobre a lente passando
pelo foco, Fig. 2 b).
Raios centrais - são raios que incidem sobre o vértice da
lente, Fig. 2 c).

V V V
F F F F F F

a) b) c)

Fig. 2
Raios particulares numa lente convergente

ACTIVIDADE
1. A figura representa três raios incidindo sobre uma lente convergente.

V
F F

226 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

Assinale com um a resposta correcta.

a) O Raio Paralelo:

A) É o Raio 1.

B) É o Raio 2.

C) É o Raio 3.

b) O Raio Focal:

A) É o Raio 1.

B) É o Raio 2.

C) É o Raio 3.

c) O Raio Central:

A) É o Raio 1.

B) É o Raio 2.

C) É o Raio 3.

É claro que o raio paralelo é o raio 3; o raio focal é o raio 1


e o raio central é o raio 2. Acertou nas suas respostas?
Bravo! Continue com o seu estudo pois está fazendo bom
progresso!

FÍSICA - MÓDULO 2
227
LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

Fazendo Revisões…
No estudo dos espelhos côncavos, aprendemos que:

Todo o raio paralelo se reflecte passando pelo foco.


Todo o raio focal se reflecte paralelamente ao eixo óptico.
Todo o raio central se reflecte sobre si mesmo.

Vamos então estudar o comportamento dos raios particulares quando incidem


sobre uma lente convergente.

Refracção dos raios particulares


numa lente convergente
O comportamento dos raios particulares ao incidirem sobre uma lente convergente
é semelhante ao seu comportamento ao incidirem nos espelhos côncavos. A
única grande diferença é de que nos espelhos os raios particulares são reflectidos
(não atravessam o espelho), enquanto que nas lentes, os raios particulares são
refractados (atravessam a lente).

Tome nota…

Nos espelhos, os raios luminosos sofrem reflexão, por isso não


atravessam o espelho.
Nas lentes, os raios luminosos sofrem refracção, por isso atravessam
a lente.

1. Refracção de raios paralelos


Experimentalmente, demonstra-se que:

228 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

Numa lente convergente todos os raios paralelos, se refractam


passando pelo foco – Fig. 3.

Raios
paralelos
Raios
refractados

F V F

Fig. 3
Percurso dos raios paralelos

ACTIVIDADE
A figura representa três raios incidindo sobre uma lente convergente.

V
F F

A. Os raios apresentados são: (Assinale com um a resposta correcta.)

a) Raios paralelos.

b) Raios focais.

c) Raios centrais.

FÍSICA - MÓDULO 2
229
LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

B. Qual das seguintes figuras representa correctamente os raios refractados


pela lente? (Assinale com um a resposta correcta.)

a) b)

V V
F F
F F

c) d)

V V
F F
F F

Correctíssimo caro aluno! Os raios apresentados são


paralelos e a figura que representa correctamente os raios
refractados pela lente é a figura b).

2. Refracção de raios focais


Experimentalmente demonstra-se que:
Numa lente convergente todos os raios focais, se refractam
paralelamente ao eixo óptico – Fig. 4.

Fig. 4 - Percurso dos raios focais

230 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

ACTIVIDADE
A figura representa três raios incidindo sobre uma lente convergente.

A. Os raios apresentados são: (Assinale com um a resposta correcta.)

a) Raios paralelos.

b) Raios focais.

c) Raios centrais.

B. Qual das seguintes figuras representa correctamente os raios refractados


pela lente? (Assinale com um a resposta correcta.)
a) b)

c) d)

FÍSICA - MÓDULO 2
231
LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

Muito bem, caro aluno!


Os raios apresentados são focais e a figura que
representa correctamente os raios refractados pela
lente é a figura c).

3. Refracção dos raios centrais


Experimentalmente demonstra-se que:

Numa lente convergente, qualquer raio central se refracta sem sofrer


nenhum desvio – Fig. 5.

F F

Fig. 5
Percurso dos raios centrais

ACTIVIDADE
A figura representa três raios incidindo sobre uma lente convergente.

232 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

A. Os raios apresentados são: (Assinale com um a resposta correcta.)

a) Raios paralelos.

b) Raios focais.

c) Raios centrais.

B. Qual das seguintes figuras representa correctamente os raios refractados


pela lente? (Assinale com um a resposta correcta.)

a) b)

c) d)

FÍSICA - MÓDULO 2
233
LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

Correctíssimo caro aluno!


Os raios apresentados são centrais e a figura a)
representa correctamente os raios refractados pela
lente.

Bom trabalho! Como decerto já se apercebeu caro


aluno, esta matéria é um pouco abstracta, por isso, é
natural que possa ter dúvidas. Mas não desanime, e
sobretudo não desista agora! Vai ver que a matéria se
tornará mais fácil de compreender se recorrer ao
Tutor no CAA ou até se tentar debater alguns
aspectos com outros colegas de estudo.

CAA CAA
Não hesite, vá até ao CAA e aproveite para fazer uma revisão da matéria antes
de passar à lição seguinte, que é de exercícios práticos. ☺

234 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

Exercícios - 10
1. Considere o seguinte grupo de lentes e depois assinale com um a resposta
correcta.

(a) (b) (c) (d) (e)

a) As lentes convergentes são: b) As lentes divergentes são:

A) (a), (b) e (c) A) (a), (c) e (e)

B) (a), (c) e (d) B) (b) e (e)

C) (a), (d) e (e) C) (b), (d) e (e)

2. Assinale as seguintes afirmações com um V ou um F consoante forem


Verdadeiras ou Falsas:
V/F
a) Uma lente convergente pode ter uma das faces
plana.

b) Uma lente convergente não tem as distâncias focais


iguais.

c) Uma lente convergente é limitada por duas superfícies


curvas.

d) Uma lente esférica é um meio transparente limitado


por duas superfícies esféricas.

e) Uma lente convergente possui dois focos situados à


mesma distância da lente.

f) Numa lente convergente todos os raios paralelos ao


eixo óptico se refractam passando pelo foco da lente.

g) Numa lente convergente qualquer raio central se


refracta sem sofrer nenhum desvio.

FÍSICA - MÓDULO 2
235
LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

3. A figura representa um raio luminoso incidindo sobre uma lente convergente.

Assinale com um a figura que representa correctamente o raio refractado pela


lente.

a) b)

c) d)

236 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

4. A figura repesenta o raio refractado por uma lente convergente.

Assinale com um a figura que representa correctamente o raio incidente


correspondente ao raio refractado dado.

a) b)

c) d)

FÍSICA - MÓDULO 2
237
LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

5. A figura representa o raio refractado por uma lente convergente.

Assinale com um a figura que representa correctamente o raio incidente


correspondente ao raio refractado dado.

a) b)

c) d)

238 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

6. Observe os raios incidente e refractado dados na figura deste exercício.

Assinale com um a figura que usou correctamente os raios dados para


determinar a posição do foco da lente convergente dada.

a) b)

c) d)

FÍSICA - MÓDULO 2
239
LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

7. A figura representa o raio incidente sobre uma lente convergente e o raio


refractado pela mesma lente.

Assinale com um a figura que determina correctamente o foco da lente dada.

a) b)

c) d)

240 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

Agora compare as suas respostas com a Chave de


Correcção dada no final do módulo. Por certo acertou
em pelo menos quatro questões, mas se por acaso acertou
em menos, volte a ler as lições anteriores e tente resolver
os exercícios de novo. Está a progredir, por isso está de
parabéns! Continue com o seu estudo.

Ter relações sexuais quando se é muito


jovem é perigoso:

pode causar uma gravidez não


planeada,
pode transmitir doenças como a SIDA,
pode provocar infertilidade - onde
raparigas não possam ter filhos quando
forem mais velhas,
pode causar cancro do colo do útero em
raparigas.

Pense bem antes de ter relações sexuais. Não


corra riscos desnecessários.

FÍSICA - MÓDULO 2
241
LIÇÃ0 23 - RAIOS PARTICULARES EM LENTES ESFÉRICAS

A Malária
A malária é o mesmo que paludismo. É transmitida atra-
vés de picadas de mosquito e se não for tratada a tempo
pode levar à morte, principalmente de crianças e mulheres
grávidas.

Quais os sintomas da malária?

Febres altas.
Tremores de frio.
Dores de cabeça.
Falta de apetite.
Diarreia e vómitos.
Dores em todo o corpo e nas articulações.

Como prevenir a malária?

Em todas as comunidades nos devemos proteger contra a


picada de mosquitos. Para isso, devemos:

Eliminar charcos de água à volta da casa - os


mosquitos multiplicam-se na água.
Enterrar as latas, garrafas e outros objectos que
possam permitir a criação de mosquitos.
Queimar folhas antes de dormir para afastar os
mosquitos (folhas de eucalipto ou limoeiro).
Colocar redes nas janelas e nas portas das casas,
se possível.
Matar os mosquitos que estão dentro da casa,
usando insecticidas.
Pulverizar (fumigar) a casa, se possível.

242 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 24 - LENTE CONVERGENTE

Lição LENTE CONVERGENTE


No 24

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Construir e caracterizar a imagem de um objecto dada por uma


lente convergente.

Quando olhamos através de uma lente, ou até por exemplo através de uma
garrafa de vidro, as imagens que vimos são ligeiramente diferentes das que vimos
a olho nu. Isto deve-se fundamentalmente à refracção da luz através da lente.
Ora vamos então ver como se constroem estas imagens que vemos através de
lentes.

Imagem na lente convergente


Quando estudámos os espelhos côncavos, vimos que a imagem de um objecto
é determinada com o auxílio dos raios particulares. Por isso, a construção de
imagens numa lente convergente assemelha-se à construção das imagens no
espelho côncavo.

Tal como no espelho côncavo, a imagem na lente convergente obtem-se usando


pelo menos dois raios incidentes.

Vamos então ver como se constroem estas imagens quando o objecto está situado
depois do foco.

FÍSICA - MÓDULO 2
243
LIÇÃ0 24 - LENTE CONVERGENTE

Contrução da imagem de um objecto situado depois


do foco
Para construir a imagem neste caso, realizamos os seguintes passos, observe
atentamente a Fig. 1:

A partir do ponto A traça-se um raio paralelo (raio 1), que como sabe,
se refracta passando pelo foco (raio 1’).
Também a partir do ponto A traça-se um raio central (raio 2), o qual se
refracta sem sofrer nenhum desvio (raio 2’).
Colocamos a letra A’, no ponto de intersecção (cruzamento) entre os
raios refractados (raio 1’ e raio 2’), porque é onde está situada a imagem
do ponto A.
Traçamos um segmento de recta perpendicular ao eixo óptico a partir
do ponto A’ . O ponto de intersecção entre o segmento e o eixo óptico,
é o ponto B’, ou seja, a imagem do ponto B.

A 1
2 1’
B’
B
2’
A’

Fig. 1
Construção da imagem de um objecto situado depois do foco

Fazendo Revisões…
Do que aprendeu nas lições sobre espelhos, sabe que as imagens podem ser
classificadas:
Quanto à sua localização _ se a imagem está em frente ou atrás
do espelho.
Quanto à sua posição – se é direita ou invertida.
Quanto à sua natureza – se é real ou virtual.
Quanto ao seu tamanho – se é maior ou menor do que o
objecto.

244 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 24 - LENTE CONVERGENTE

Nas lentes convergentes, as imagens são também classificadas quanto:

1 – À localização – se a imagem está do mesmo lado ou do lado


contrário ao seu objecto, em relação à lente.
2 – À posição – se a imagem é direita ou invertida.
3 – À natureza – se a imagem é real ou virtual.
Note que:
A imagem é real, se for obtida através da
intersecção (cruzamento) dos raios refractados.
A imagem é virtual se for obtida através do
prolongamento dos raios refractados.
4 – Ao tamanho – se a imagem é maior ou menor do que o seu
objecto.

Podemos agora caracterizar a imagem obtida por uma lente quando o objecto
se encontra depois do foco, observe atentamente a Fig. 1.

A 1
2 1’
B’
B
2’
A’

Fig. 1
Construção da imagem de um objecto situado depois do foco

1. Quanto à localização: a imagem está do lado contrário do objecto, em


relação à lente.
2. Quanto à posição: a imagem é invertida.
3. Quanto à natureza: a imagem é real.
4. Quanto ao tamanho: a imagem é menor do que o objecto.

FÍSICA - MÓDULO 2
245
LIÇÃ0 24 - LENTE CONVERGENTE

ACTIVIDADE
1. A figura representa o objecto AB, colocado em frente de uma lente
convergente.

Qual das seguintes figuras representa correctamente a imagem dada pela


lente: (Assinale com um 9 a resposta correcta.)

246 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 24 - LENTE CONVERGENTE

2. a) Quanto à localização, a imagem:

A) Está do mesmo lado que o seu objecto em relação à


9
lente.

B) Está sobre a lente.

C) Está do lado contrário ao seu objecto em relação à


lente.

b) Quanto à posição, a imagem:

9
A) É direita.

B) É invertida.

C) É virtual.

c) Quanto à natureza a imagem:

9
A) É real.

B) É virtual.

C) É direita.

d) Quanto ao tamanho, a imagem:

9
A) É menor do que o objecto.

B) É igual ao objecto.

C) É maior do que o objecto.

FÍSICA - MÓDULO 2
247
LIÇÃ0 24 - LENTE CONVERGENTE

Agora compare as suas respostas com a Chave de


Correcção dada em seguida.

CHAVE DE CORRECÇÃO
1. c)
2 a) C b) B c) A d) A

Faça um breve intervalo de 10 minutos. Após o intervalo


continue com a construção de imagens na lição seguinte.
Se estiver a ter dificuldades, não se esqueça que pode ir
ao CAA, e solicitar a ajuda do Tutor ou até de outros
colegas de curso.

Uma pessoa pode estar infectada com o


vírus da SIDA durante anos sem mostrar
qualquer sintoma. Não mantenha relações
sexuais casuais sem usar o preservativo.

248 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

Lição LENTE CONVERGENTE (Continuação)


No 25

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Construir e caracterizar a imagem de um objecto dada por uma


lente convergente.

Na lição anterior, construimos a imagem de um objecto situado depois do foco


de uma lente convergente. Nesta lição, porém, vamos construir a imagem de um
objecto situado:

1. Sobre o foco da lente.


2. Entre o foco e o vértice da lente.

1. Construção da imagem de um objecto situado sobre


o foco da lente
Os passos que seguimos neste caso, são semelhantes ao caso anterior, em que o
objecto estava depois do foco. Por isso, observe atentamente a Fig. 1:

Fig. 1
Construção de imagem de um objecto situado sobre o foco

FÍSICA - MÓDULO 2
249
LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

Fig. 1
Construção de imagem de um objecto situado sobre o foco

A partir do ponto A traça-se um raio paralelo (raio 1), que como sabe,
se refracta passando pelo foco (raio 1’).
Também a partir do ponto A traça-se um raio central (raio 2), o qual se
refracta sem sofrer nenhum desvio (raio 2’).

Como vê, os raios refractados (1’ e 2’) são paralelos entre si. Por isso não se
intersectam, isto é, não se cruzam. Isto acontece, porque não há formação de
imagem.

Tome nota…
Quando o objecto se situa sobre o foco de uma lente convergente, não há
formação de imagem.

Recorde-se, caro aluno, que no estudo da construção de imagens nos espelhos


côncavos, chegámos à mesma conclusão.

Como não há formação de imagem, não é possível classificá-la.

250 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

ACTIVIDADE
1. A figura representa um objecto AB, colocado em frente de uma lente
convergente.

Assinale com um a figura que determina correctamente a imagem dada


pela lente nas condições dadas.

a) b)

B B

A A

c) d)

B B

A A

FÍSICA - MÓDULO 2
251
LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

Bravo!
Você acertou! A imagem que determina correctamente a
imagem do objecto dado é d).
.

2. Construção da imagem de um objecto situado


entre o foco e o vértice de uma lente convergente

Os passos que seguimos neste caso, são os mesmos que foram usados nos
casos anteriores. Assim, observe atentamente a Fig. 2:

Prolongamento
dos raios refractados
A’

A 1 1’
B’ 2
B
2’

Fig. 2
Construção da imagem de um objecto situado entre o foco e o vértice de uma lente

A partir do ponto A, traça-se um raio paralelo (raio 1), que como sabe,
se refracta passando pelo foco (raio 1’).
Também a partir do ponto A, traça-se um raio central (raio 2), o qual se
refracta sem sofrer nenhum desvio (raio 2’).

Como vê, caro aluno, os raios refractados (raios 1’ e 2’) não se intersectam
(não se cruzam), porque se afastam cada vez mais um do outro.

252 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

Por isso:

Prolongam-se os raio refractados (1’ e 2’) em sentido contrário à linha


tracejada.
No ponto de intersecção do prolongamento dos raios refractados, marca-
-se o ponto A’, porque é a imagem do ponto A.
Traça-se um segmento de recta a partir do ponto A’, perpendicular ao
eixo óptico. No ponto de intersecção do segmento e do eixo óptico,
marca-se o ponto B’, porque é a imagem do ponto B.

ACTIVIDADE
1. A figura representa um objecto AB, colocado em frente de uma lente
convergente.

Qual das seguintes figuras representa correctamente a imagem dada


pela lente? (Assinale com um a resposta correcta.)

a) b)

c) d)

FÍSICA - MÓDULO 2
253
LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

Exactamente, caro aluno! A figura que representa


correctamente a imagem dada pela lente é a que
está apresentada na alínea b).

2. Agora observe atentatmente a figura que se segue e tente fazer a


caracterização da imagem de um objecto situado entre o foco e
o vértice da lente convergente:

a) Quanto à localização, a imagem:

A) Está do mesmo lado que o seu objecto em relação


à lente.

B) Está sobre a lente.

C) Está do lado contrário ao seu objecto em relação


à lente.

b) Quanto à posição, a imagem:

A) É direita.

B) É invertida.

C) É virtual.

c) Quanto à natureza, a imagem:

A) É real.

B) É virtual.

C) É direita.

254 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

d) Quanto ao tamanho, a imagem:

A) É menor do que o objecto.

B) É igual ao objecto.

C) É maior do que o objecto.

Bom trabalho! Veja então se respondeu da seguinte


maneira:

Quanto à localização, a imagem -- está do mesmo


lado que o objecto.
Quanto à posição, a imagem é -- direita.
Quanto à natureza, a imagem é -- virtual.
Quanto ao tamanho, a imagem é -- maior do que o
objecto.

Caro aluno! Faça um breve intervalo de 10 minutos. Após


o intervalo tente resolver os exercícios que se seguem.
Esperamos que não esteja tendo muitas dificuldades na
identificação e construção de imagens. ☺

FÍSICA - MÓDULO 2
255
LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

Exercícios - 11

1. No esquema estão representados um objecto real AB e a sua imagem real


A’B’ obtida por uma lente:

Pensando no trajecto dos raios numa lente convergente, assinale com um


círculo, na figura acima, o número que representa a posição do centro óptico
(vértice) da lente.

2. Um objecto situado no ponto A, a certa distância de uma lente, tem uma


imagem formada no ponto B, conforme mostra a figura:

256 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

A seguir colocamos o mesmo objecto no ponto B, conforme mostra a figura:

Assinale com um a afirmação certa em relação à imagem formada neste


último caso:

a) Aparecerá uma imagem direita entre F e A.

b) Aparecerá uma imagem direita em A.

c) Aparecerá uma imagem invertida em A.

d) Não se poderão observar imagens.

3. Um objecto é colocado em frente de uma lente convergente, como mostra a


figura.

FÍSICA - MÓDULO 2
257
LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

A. Qual das seguintes figuras representa correctamente a imagem dada


pela lente. Assinale com um a resposta correcta.

a)

b)

c)

d)

B. Quanto à localização, a imagem:

a) Está do lado contrário ao seu objecto, em relação à


lente.

b) Está do mesmo lado que o seu objecto, em relação à


lente.

c) Está sobre a lente.

258 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

C. Quanto à posição, a imagem:

a) É direita.

b) É invertida.

c) É real.

D. Quanto à natureza, a imagem:

a) É real.

b) É virtual.

c) É direita.

E. Quanto ao tamanho, a imagem:

a) É menor do que o seu objecto.

b) É maior do que o seu objecto.

c) É igual ao seu objecto.

4. Um objecto é colocado depois do foco de uma lente convergente. Assinale


com um as afirmações verdadeiras.

a) A imagem é virtual.

b) A imagem é real.

c) A imagem está do mesmo lado que a sua imagem, em


relação ao espelho.

d) A imagem é invertida em relação ao seu objecto.

e) A imagem é direita em relação ao seu objecto.

FÍSICA - MÓDULO 2
259
LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

5. Pretende-se obter com uma lente convergente uma imagem real, invertida e
maior que o objecto.

Em que região em frente da lente se deverá colocar esse objecto?

a) Entre o foco e o vértice da lente.

b) Sobre o foco da lente.

c) Depois do foco da lente.

6. A figura representa uma barata em frente de uma lente convergente, e três


possíveis imagens da mesma barata.

Assinale com um a figura que representa a imagem correcta da barata,


dada pela lente.

a) Imagem 1

b) Imagem 2

c) Imagem 3

260 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

Excelente trabalho, caro aluno! Agora compare as suas


repostas com a Chave de Correcção dada no final do
Módulo. Se acertou completamente em pelo menos 3
dos exercícios propostos, você está realmente de
parabéns. Se não acertou não se preocupe. O que deve
fazer é voltar a estudar mais um bocadinho as duas lições
anteriores e tentar resolver os exercícios de novo.

O combate contra a SIDA é tarefa de


cada cidadão e de todos nós
juntos! Diga SIM à VIDA e N ÃO à

SIDA
SIDA.

FÍSICA - MÓDULO 2
261
LIÇÃ0 25 - LENTE CONVERGENTE (Continuação)

A SIDA

A SIDA é uma doença grave causada por um vírus. A


SIDA não tem cura. O número de casos em Moçambique
está a aumentar de dia para dia. Proteja-se!!!

Como evitar a SIDA:

Adiando o início da actividade sexual para


quando for mais adulto e estiver melhor
preparado.

Não ter relações sexuais com pessoas que têm


outros parceiros.

Usar o preservativo ou camisinha nas relações


sexuais.

Não emprestar nem pedir emprestado, lâminas


ou outros instrumentos cortantes.

262 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 26 - INSTRUMENTOS ÓPTICOS

Lição INSTRUMENTOS ÓPTICOS


No 26

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Identificar e classificar instrumentos ópticos.


Explicar a constituição e o funcionamento básico de uma lupa.
Caracterizar as imagens produzidas por uma lupa.

Instrumentos ópticos
Os instrumentos ópticos desempenham um papel importante no mundo moderno.
Os espelhos, e sobretudo as lentes esféricas, podem, quando combinados de
modo conveniente, constituir equipamentos ópticos destinados a vários fins. Por
exemplo, para pesquisar objectos distantes ou objectos pequenos, utilizamos
instrumentos que permitem a sua observação em condições mais favoráveis do
que a olho nu.

Estes instrumentos aumentam o tamanho das imagens e dão a ilusão de que


imagens distantes se encontram mais perto, como seja o caso de binóculos.

Os instrumentos ópticos são classificados em dois grupos:

Grupo I : Instrumentos de observação


Grupo II: Instrumentos de projecção

Julgamos que no seu dia-a-dia você já tenha visto ou tido contacto directo com
alguns instrumentos ópticos.

FÍSICA - MÓDULO 2
263
LIÇÃ0 26 - INSTRUMENTOS ÓPTICOS

Os instrumentos de observação fornecem imagens virtuais e maiores do


que o objecto observado. Pertencem a esse grupo:
Os binóculos
A lupa
O microscópio
O telescópio

Os instrumentos de projecção caracterizam-se por formar uma imagem fi-


nal real, que é projectada numa tela (tela cinematográfica) ou num anteparo
fotosensível (filme fotográfico). Pertencem a esse grupo:

A máquina fotográfica
O projector de slides
A máquina de filmar
O retroprojector

Como no nosso dia-a-dia nos confrontamos com vários instrumentos ópticos,


importa agora conhecer o seu funcionamento. Faremos uma breve apresentação
dos principais instrumentos de óptica sem, no entanto, entrarmos em pormenores
funcionais e técnicos.

ACTIVIDADE
Agora considere os seguintes instrumentos ópticos:

Binóculos - 1
Telescópio - 2
Retroprojector - 3
Máquina de filmar - 4
Máquina fotográfica - 5
Lupa - 6
Microscópio - 7
Projector de slides - 8

264 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 26 - INSTRUMENTOS ÓPTICOS

Binóculos
Telescópios
Retroprojector

Lupa
Máquina fotográfica
Máquina de filmar

Projector de slides

Microscópio
Fig. 1
Instrumentos ópticos

a) Escreva nos espaços dados quais os instrumentos ópticos que pertencem


ao grupo dos instrumentos de observação e quais os que pertencem ao
grupo dos instrumentos de projecção?

Instrumentos de observação Instrumentos de projecção

FÍSICA - MÓDULO 2
265
LIÇÃ0 26 - INSTRUMENTOS ÓPTICOS

b) Caracterize os instrumentos de observação, assinalando com um 9 as


respostas correctas.

A) Os instrumentos de observação fornecem imagens


9
virtuais e menores do que o objecto.

B) Os instrumentos de observação fornecem imagens


reais e maiores do que o objecto.

C) Os instrumentos de observação fornecem imagens


virtuais e maiores do que o objecto.

D) Os instrumentos de observação fornecem imagens


reais.

Exactamente caro aluno! Os instrumentos de


observação são os Binóculos, a Lupa, o Microscópio
e o Telescópio. Os instrumentos de projecção são a
Máquina Fotográfica, o Projector de Slides, a
Máquina de Filmar e o Retroprojector. E conforme
aprendemos, os instrumentos de observação fornecem
imagens virtuais e maiores do que o objecto observado;
enquanto que os instrumentos de projecção fornecem
uma imagem final real projectada numa tela.

266 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 26 - INSTRUMENTOS ÓPTICOS

A lupa ou microscópio simples


A figura 2 mostra a imagem da escala de um Termómetro, observada através de
uma lupa.

Fig. 2
A lupa

Ora muito bem… a lupa é o instrumento óptico mais simples. Ela consiste numa
lente convergente de pequena distância focal, cuja finalidade é ampliar
(aumentar) o tamanho do objecto em observação, como pode ver na Fig. 2.

A imagem obtida pela lupa é virtual, direita (não é invertida) e maior do que o
objecto, pois o objecto observado deve ser colocado entre o foco e a lente -
figura 3.

Imagem
virtual

Objecto

Observador

Fig. 3

FÍSICA - MÓDULO 2
267
LIÇÃ0 26 - INSTRUMENTOS ÓPTICOS

ACTIVIDADE
1. Tendo agora uma compreensão melhor sobre a lupa, assinale com um
9 a alternativa que melhor descreve para que serve este instrumento
óptico:

a) Uma lupa serve para diminuir o tamanho do objecto


9
em observação.

b) Uma lupa serve para aumentar (ampliar) o tamanho


do objecto em observação.

c) Uma lupa serve para manter o tamanho do objecto


em observação.

2. Caracterize a imagem obtida pela lupa? Assinale com um 9a resposta


correcta.

a) A imagem obtida pela lupa é virtual, direita e menor


9
do que o objecto em observação.
b) A imagem obtida pela lupa é real, direita e maior do
que o objecto em observação.

c) A imagem obtida pela lupa é virtual, direita e maior


do que o objecto em observação.

3. Com que tipo de lente acha que funciona uma lupa? Assinale com um 9
a alternativa correcta.

9
a) Com uma lente divergente.

b) Com uma lente convergente de grande distância focal.

c) Com uma lente convergente de pequena distância


focal.

268 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 26 - INSTRUMENTOS ÓPTICOS

Correctíssimo! Como vê a matéria não é assim tão difícil.


A lupa serve para ampliar objectos observados e é
composta por uma lente convergente de pequena
distância focal. A imagem que obtemos através da lupa é
virtual, direita (não é invertida) e maior do que o objecto.

Ora bem, faça um breve intervalo de 10 minutos e em seguida passe para a lição
seguinte, na qual terá a oportunidade de aprender o funcionamento de outros
instrumentos ópticos.

Todos os dias centenas de jovens


Moçambicanos contraem o vírus da SIDA. Se
nada fizermos para alterar esta situação
corremos o risco de desaparecer como
Nação.

Jovem, diga não à SIDA e contribua para um


futuro melhor e um país próspero.

FÍSICA - MÓDULO 2
269
LIÇÃ0 26 - INSTRUMENTOS ÓPTICOS

A Cólera
A cólera é uma doença que provoca muita diarreia, vó-
mitos e dores de estômago. Ela é causada por um mi-
cróbio chamado vibrião colérico. Esta doença ainda existe
em Moçambique e é a causa de muitas mortes no nosso
País.

Como se manifesta?

O sinal mais importante da cólera é uma diarreia onde


as fezes se parecem com água de arroz. Esta diarreia é
frequentemente acompanhada de dores de estômago e
vómitos.

Pode-se apanhar cólera se:


 Beber água contaminada.
 Comer alimentos contaminados pela água ou pelas
mãos sujas de doentes com cólera.
 Tiver contacto com moscas que podem transportar os
vibriões coléricos apanhados nas fezes de pessoas
doentes.
 Utilizar latrinas mal-conservadas.
 Não cumprir com as regras de higiene pessoal.

Como evitar a cólera?


 Tomar banho todos os dias com água limpa e sabão.
 Lavar a roupa com água e sabão e secá-la ao sol.
 Lavar as mãos antes de comer qualquer alimento.
 Lavar as mãos depois de usar a latrina.
 Lavar os alimentos antes de os preparar.
 Lavar as mãos depois de trocar a fralda do bébé.
 Lavar as mãos depois de pegar em lixo.
 Manter a casa sempre limpa e asseada todos os dias.
 Usar água limpa para beber, fervida ou tratada com
lixívia ou javel.
 Não tomar banho nos charcos, nas valas de drenagem
ou água dos esgotos.

270 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 27 - MÁQUINA FOTOGRÁFICA E PROJECTOR DE SLIDES

Lição MÁQUINA FOTOGRÁFICA E PROJECTOR DE


SLIDES
No 27

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Identificar os elementos de uma máquina fotográfica e de um pro-


jector de slides.
Explicar o funcionamento básico de uma máquina fotográfica e
de um projector de slides.
Caracterizar as imagens produzidas por uma máquina fotográfica
e por um projector de slides.

A máquina fotográfica
Usamos a máquina fotográfica para registar a imagem de pessoas, objectos,
paisagens de que gostamos muito ou de que precisamos. Por exemplo, na ciência
e na técnica é necessário fotografar algumas situações de modo a facilitar uma
investigação.

Todos gostamos de tirar fotos de família e amigos, mas já alguma vez


pensou como funciona a máquina fotográfica? Ora vamos ver…

Uma máquina fotográfica é essencialmente constituída por uma caixa chamada


Câmara Escura, que tem na frente uma lente convergente, chamada objectiva.
Junto da lente objectiva existe um orifício muito pequeno chamado diafragma.
Na extremidade oposta à objectiva é colocado o filme - figura 1.

Filme Objectiva

Diafragma

Câmara Escura

Fig. 1 - Máquina fotográfica

FÍSICA - MÓDULO 2
271
LIÇÃ0 27 - MÁQUINA FOTOGRÁFICA E PROJECTOR DE SLIDES

Filme Objectiva

Diafragma

Câmara Escura

Fig. 1
Máquina fotográfica

A lente objectiva destina-se a aumentar a claridade e a nítidez das


imagens que se formam no filme ou chapa fotográfica, onde as imagens
ficam gravadas.
O diafragma tem por fim regular a penetração da luz na Câmara.

A imagem produzida por uma máquina fotográfica é real, invertida e menor do


que o objecto fotografado - Fig. 2.

Fig. 2
Imagem numa máquina fotográfica

Como vê, caro aluno, o objecto fotografado, neste caso um caju, está situado
depois do foco da lente convergente da máquina (a objectiva).

Por isso, para obtermos a imagem do caju:

Traçamos primeiro um raio paralelo (raio 1) o qual se refracta passando


pelo foco (raio 1’).
Traçamos em seguida um raio central (raio 2) o qual se refracta sem
sofrer nenhum desvio.

272 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 27 - MÁQUINA FOTOGRÁFICA E PROJECTOR DE SLIDES

Assim obtemos a imagem do caju, com as características seguintes:

Está situada do lado contrário ao seu objecto em relação à lente.


É invertida.
É real.
É menor do que o seu objecto.

ACTIVIDADE
1. Quais são os componentes (partes) principais de uma máquina
fotográfica? Assinale com um 9 a resposta correcta.

9
a) Objectiva

b) Câmara Escura

c) Diafragma

d) Filme

2. Quais são as características da imagem produzida por uma máquina


fotográfica? Assinale com um 9 a resposta correcta:

a) A imagem produzida por uma máquina fotográfica é


9
real, invertida e menor do que o objecto.

b) A imagem produzida por uma máquina fotográfica é


real, invertida e maior do que o objecto.

c) A imagem produzida por uma máquina fotográfica é


virtual, invertida e menor do que o objecto.

d) A imagem produzida por uma máquina fotográfica é


real, invertida e igual ao objecto.

FÍSICA - MÓDULO 2
273
LIÇÃ0 27 - MÁQUINA FOTOGRÁFICA E PROJECTOR DE SLIDES

É isso mesmo! A máquina fotográfica é composta por


uma câmara escura, por uma lente objectiva e por um
diafragma, e as imagens fotografadas são reais,
invertidas e menores do que o objecto fotografado.

Projector de slides
Certamente que já viu uma fotografia. Ora já sabe que, para tirar uma fotografia,
coloca-se um rolo ou filme na máquina fotográfica. É neste filme que se grava a
fotografia. A imagem assim obtida no filme é chamada de slide ou diapositivo.

Para vermos diapositivos ou slides, utilizamos um aparelho apropriado chamado


projector de diapositivos ou de slides.

O Projector de Slides é um aparelho destinado a ampliar e projectar em ecrans


(telas) as imagens grandes de objectos (slides ou filmes) - é composto por mais
do que uma lente com funções distintas - Fig. 3.

Condensador Écran
Porta slide
E L2 L3
Objectiva

L1
Imagem projectada
Espelho Lentes

Fig. 3
Projector de slides
A imagem projectada é obtida da seguinte forma: (observe a Fig. 3)

Uma fonte de luz bem intensa - F - incide sobre o espelho côncavo E.


O espelho reflecte a luz de forma a que esta incide sobre o grupo de lentes
convergentes 2 e 3 - L2 e L3.
Nas lentes 2 e 3 a luz é refractada até atingir a lente projectora, passando
pelo slide.
A lente projectora convergente - L1 - amplia a imagem do objecto e
projecta-a no ecran.
A imagem projectada do diapositivo é real, invertida e maior do que o objecto.

274 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 27 - MÁQUINA FOTOGRÁFICA E PROJECTOR DE SLIDES

ACTIVIDADE
3. Como caracteriza a imagem vista através de diapositivos? Assinale
com um 9 a resposta correcta.

9
a) Real, invertida e menor do que o objecto.

b) Virtual, invertida e maior do que o objecto.

c) Real, invertida e maior do que o objecto.

d) Real, invertida e igual ao objecto.

Claro! A imagem é real, invertida e maior do que o objecto


projectado.

Esperamos que não tenha achado esta lição muito difícil,


porque a matéria aqui abordada é um pouco teórica. Mas
se tiver algumas dificuldades, não tenha receio em
contactar o Tutor no CAA. Bom trabalho!

Diga não à SIDA e ajude o


país a crescer!

FÍSICA - MÓDULO 2
275
LIÇÃ0 27 - MÁQUINA FOTOGRÁFICA E PROJECTOR DE SLIDES

AS dts
O que são as DTS?

As DTS são as Doenças de Transmissão Sexual. Ou


seja, as DTS são doenças que se transmitem pelo con-
tacto sexual vulgarmente dito: fazer amor. Antigamente
estas doenças eram chamadas de doenças venéreas, pois
“Vénus” era o nome de uma deusa grega que era conheci-
da como a “deusa do amor”.

Quando suspeitar de uma DTS?

Nas meninas e mulheres

 Líquidos vaginais brancos e mal cheirosos.


 Comichão ou queimaduras na vulva, vagina
ou no ânus.
 Ardor ao urinar.
 Feridas nos órgãos sexuais.

Nos rapazes e nos homens

 Um corrimento de pus (sujidade) a sair do pénis.


 Feridas no pénis e nos outros órgãos genitais.
 Ardor ao urinar.

276 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 28 - O MICROSCÓPIO COMPOSTO

Lição O MICROSCÓPIO COMPOSTO


No 28

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Explicar a constituição e o funcionamento básico de um microscópio


composto.
Caracterizar as imagens produzidas por um microscópio.

O microscópio composto
O microscópio é um instrumento que nos oferece a possibilidade de observar
imagens muito ampliadas de pequenos objectos. Com este instrumento óptico
podemos distinguir pormenores completamente invisíveis a olho nu, como pode
ver na figura 1. Os microscópios permitem ampliar, de centenas até milhares de
vezes, o tamanho de um objecto.

Como pode imaginar, o microscópio é um instrumento fundamental em pesquisa


científica, por exemplo no campo da medicina e do estudo do corpo humano.

Ocular

Objectiva

Objecto

Lente

Raios
Espelho de luz

Fig. 1
O microscópio

FÍSICA - MÓDULO 2
277
LIÇÃ0 28 - O MICROSCÓPIO COMPOSTO

A parte óptica de um microscópio é composta, fundamentalmente, por dois


sistemas de lentes convergentes:

A objectiva - a lente que se situa junto do objecto a ser observado.


A ocular - a lente que se situa junto ao olho do observador.

A imagem dada por um microscópio é obtida da seguinte forma (observe


cuidadosamente a Fig. 2):

Fig. 2
Imagem no microscópio composto

O objecto é colocado depois do foco da lente objectiva - Fob.


Com o auxílio do raio paralelo (raio 1) e do raio central (raio 2) determina-
se a imagem intermédia, que se encontra no ponto de intersecção dos
raios refractados (raio 1’ e raio 2’).

A imagem intermédia obtida, passa a ser o objecto da lente ocular.


Repare que a imagem intermédia encontra-se entre o foco (Foc) e o vértice da
lente ocular.

Por isso, para construir a imagem final, temos que:

Traçar outro raio paralelo (raio 4) que se refracta passando pelo foco
da ocular - Foc - (raio 4’).
Traçar outro raio central (raio 3), que se refracta sem sofrer nenhum
desvio (raio 3’).

278 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 28 - O MICROSCÓPIO COMPOSTO

Mas como os raios refractados (3’e 4’) não se interceptam, temos que
prolongá-los, e no ponto de intersecção traça-se a imagem final.
Por isso, a imagem final tem as características seguintes:
É invertida em relação ao objecto.
É virtual.
É maior do que o seu objecto.

Resumindamente podemos descrever a formação da imagem no microscópio


da seguinte forma:

A objectiva dá a primeira imagem (imagem intermédia) do objecto.


Mas, como essa imagem fica situada entre o foco e o vértice da ocular,
a imagem final é virtual e maior do que o objecto.

ACTIVIDADE

1. Complete as seguintes frases de forma a obter afirmações correctas:

a) A ocular de um microscópio composto é a _______________ que

se situa junto ao ____________ do observador.

b) A objectiva de um microscópio composto é a _____________ que

se situa junto ao ________________ a ser observado.

FÍSICA - MÓDULO 2
279
LIÇÃ0 28 - O MICROSCÓPIO COMPOSTO

2. Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as afirmações falsas.

V/F
a) Num microscópio composto a imagem dada pela
objectiva é real.

b) Num microscópio composto a imagem dada pela


objectiva é virtual.

c) Num microscópio composto a imagem dada pela


objectiva é maior do que o objecto.

d) Num microscópio composto a imagem dada pela


objectiva é menor do que o objecto.

e) Num microscópio composto a imagem dada pela


objectiva é igual ao objecto.

f) Num microscópio composto a imagem final é dada


pela lente objectiva.

g) Num microscópio composto a imagem final é dada


pela lente ocular.

3. A figura representa a formação da imagem num microscópio composto.


Faça a legenda da figura preenchendo os espaços vazios em frente de
cada algarismo.

280 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 28 - O MICROSCÓPIO COMPOSTO

Agora compare as suas respostas com a Chave de


Correcção dada em seguida.

CHAVE DE CORRECÇÃO
1. a) lente; olho b) lente; objecto
2. a) V b) F c) V d) F e) F
f) F g) V
3. 1- Objecto
2- Objectiva
3- Imagem intermédia
4- Ocular
5- Imagem final

Então acertou em todas? Bom trabalho! Se não acertou


em todas as questões, volte a ler a lição e tente resolver a
actividade de novo. Boa sorte!

Empenhemo-nos no combate e
prevenção da SIDA. Por uma
geração livre da SIDA!

FÍSICA - MÓDULO 2
281
LIÇÃ0 28 - O MICROSCÓPIO COMPOSTO

A Malária
A malária é o mesmo que paludismo. É transmitida atra-
vés de picadas de mosquito e se não for tratada a tempo
pode levar à morte, principalmente de crianças e mulheres
grávidas.

Quais os sintomas da malária?

 Febres altas.
 Tremores de frio.
 Dores de cabeça.
 Falta de apetite.
 Diarreia e vómitos.
 Dores em todo o corpo e nas articulações.

Como prevenir a malária?

Em todas as comunidades nos devemos proteger contra a


picada de mosquitos. Para isso, devemos:

 Eliminar charcos de água à volta da casa - os


mosquitos multiplicam-se na água.
 Enterrar as latas, garrafas e outros objectos que
possam permitir a criação de mosquitos.
 Queimar folhas antes de dormir para afastar os
mosquitos (folhas de eucalipto ou limoeiro).
 Colocar redes nas janelas e nas portas das casas,
se possível.
 Matar os mosquitos que estão dentro da casa,
usando insecticidas.
 Pulverizar (fumigar) a casa, se possível.

282 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 29 - O OLHO HUMANO

Lição O OLHO HUMANO


No 29

Objectivos de Aprendizagem
No fim desta lição, você deve ser capaz de:

Explicar a constituição do olho humano.


Explicar o funcionamento básico do olho humano e compará-lo
com a máquina fotográfica.
Caracterizar as imagens produzidas pelo olho humano e compará-
-las com as de uma máquina fotográfica.

O olho humano
O olho humano é aproximadamente esférico, possuindo um diâmetro com
cerca de 25 mm. É um sistema complexo, sendo constituído por vários meios
transparentes atravessados pela luz.

De uma forma simplificada, podemos considerar o olho humano como


constituído por uma lente convergente chamada cristalino, situada na
região anterior do globo ocular - figura 1. No fundo deste globo está
localizada a retina, que funciona como um ecran sensível à luz. As sensações
luminosas recebidas pela retina são levadas ao cérebro pelo nervo óptico.

Retina

Cristalino
Nervo óptico

Fig. 1
O olho humano

FÍSICA - MÓDULO 2
283
LIÇÃ0 29 - O OLHO HUMANO

Embora a imagem de um objecto formada na retina seja invertida, a


mensagem levada ao cérebro passa por processos complicados, fazendo com
que consigamos ver o objecto na sua posição correcta.

A constituição e o funcionamento do olho humano assemelha-se ao de uma


máquina fotográfica. No olho humano, a imagem projecta-se na retina e na
máquina fotográfica projecta-se sobre o filme - figura 2 a) e b). Em ambos os
casos, a imagem é invertida.

Imagem
Imagem
Lente
Objecto
Lente
Objecto

Retina
Nervo óptico

Fig. 2
A máquina fotográfica e o olho humano

ACTIVIDADE
1. Quais são as principais partes do olho humano? Assinale com um 9 a
resposta correcta.

9 9
a) Lente.
d) Cristalino.
b) Filme.
e) Nervo óptico.
c) Retina.

2. Quais são as principais partes de uma máquina fotográfica? Assinale


com um 9 a resposta correcta.

9 9
a) Lente.
d) Cristalino.
b) Filme.
e) Nervo óptico.
c) Diafragma.

284 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 29 - O OLHO HUMANO

3. Faça corresponder através de uma linha, os elementos constituintes da


máquina fotográfica aos elementos que constituem o olho humano.

Máquina Olho Humano


Fotográfica

1. Lente A . Retina

2. Filme B . Cristalino

Excelente trabalho! Agora compare as suas respostas com


a Chave de Correcção que lhe propomos em seguida:

CHAVE DE CORRECÇÃO
1. c), d), e)
2. a), b), c)
3. 1 – B ; 2 - A

Então…. acertou nas suas respostas? Decerto que acer-


tou. Caso contrário, leia de novo a lição e se tiver algu-
mas dúvidas vá até ao CAA e converse com o seu Tutor.

Ora como pode reparar, caro aluno, realmente o olho


humano e a máquina fotográfica são dois instrumentos
ópticos bastante semelhantes na sua constituição e funci-
onamento.

Esperamos que tenha achado estas lições interessantes e


não muito complicadas. Recomendamos agora que faça
uma breve revisão do que acabou de estudar àcerca dos
instrumentos ópticos antes de tentar fazer o exercício que
se segue. Boa sorte!

FÍSICA - MÓDULO 2
285
LIÇÃ0 29 - O OLHO HUMANO

Exercícios - 12
1. Assinale com um V as afirmações verdadeiras e com um F as afirmações
falsas.
V/F
a) Os instrumentos de observação fornecem imagens reais
e maiores do que o objecto.

b) Os binóculos e o microscópio pertencem ao grupo de


instrumentos de projecção.

c) Os instrumentos de observação fornecem imagens virtuais


e maiores do que o objecto.

d) Os instrumentos de projecção fornecem imagens reais


que podem ser projectadas sobre um ecran.

e) A máquina fotográfica e o projector de slides pertencem


ao grupo de instrumentos de observação.

2. Uma lupa consiste numa lente convergente. Quando utilizada correctamente


na observação de um pequeno objecto, ela fornece uma imagem com as
seguintes características: Assinale com um 9 a alternativa correcta.
9
a) Real, direita e maior do que o objecto.

b) Virtual, direita e menor do que o objecto.

c) Virtual, direita e maior do que o objecto.

d) Real, invertida e maior do que o objecto.

3. Assinale com um 9 as afirmações correctas sobre a máquina fotográfica.

a) A finalidade da objectiva é de aumentar a nítidez da


9
imagem do objecto sobre o filme.

b) A finalidade do diafragma é de regular a penetração da


luz na câmara.

c) A imagem produzida é real, invertida e menor que o


objecto.

286 FÍSICA - MÓDULO 2


LIÇÃ0 29 - O OLHO HUMANO

4. Assinale com um 9 a resposta correcta em relação às características da


imagem produzida pelo projector de slides.
9
a) A imagem é real, invertida e maior do que o objecto.

b) A imagem é virtual, direita e maior do que o objecto.

c) A imagem é real, direita e menor do que o objecto.

5. Complete a frase que se segue de modo a obter uma afirmação correcta


dentro do contexto da Física.

O sistema óptico de um microscópio composto é constituído por duas

____________ , a ____________ e a ____________ . Ambas as lentes

são ______________ .

6. Complete a frase seguinte assinalando com um 9 a alínea correcta.

Na formação de imagens na retina do olho humano, o cristalino funciona


como uma lente:

a) Convergente, formando imagens reais, direitas e 9


diminuídas.

b) Divergente, formando imagens reais, direitas e diminuídas.

c) Convergente, formando imagens reais, invertidas e


ampliadas.

d) Convergente, formando imagens reais, invertidas e


diminuídas.

e) Convergente, formando imagens virtuais, invertidas e


diminuídas.

FÍSICA - MÓDULO 2
287
LIÇÃ0 29 - O OLHO HUMANO

Bom trabalho! Agora compare as suas respostas com a


Chave de Correcção que lhe propomos no final do
Módulo. Se acertou completamente em 5 exercícios,
os nossos parabéns! Caso contrário, não desanime, pois
o que deve fazer é estudar de novo as lições anteriores e
voltar a resolver os exercícios.

Faça uma pequena pausa antes de passar a completar


o dicionário de Física que se segue. Depois de
completar o dicionário, pode-se dedicar ao Teste de
Preparação. O dicionário de Física vai ajudá-lo a
rever alguma matéria e ao mesmo tempo, vai ajudá-lo
a preparar-se para fazer o Teste. Boa sorte!

Uma gravidez não planeada irá mudar a


sua vida.

Concretize os seus sonhos e as suas


ambições.

Faça planos para o seu futuro! Por isso


evite a gravidez prematura abstendo-
-se da actividade sexual.

288 FÍSICA - MÓDULO 2


CHAVE DE CORRECÇÃO

CHAVE DE CORRECÇÃO
CORRECÇÃO

FÍSICA - MÓDULO 2
289
CHAVE DE CORRECÇÃO

290 FÍSICA - MÓDULO 2


CHAVE DE CORRECÇÃO

CHAVE DE CORRECÇÃO

Exercícios – 1
1. a) V b) V c) V d) F e) V
2. a) interceptam; trajecto; existissem
b) luminoso; altera; sentido
3. a) A b) C c) C
4. AB – Convergente
BC – Convergente
DE – Convergente
EF – Convergente

Exercícios – 2
1. A. a) B. b) C. b)
2. A. c) B. b) C. c)
3. A. a) B. a) C. c) D. a)
4. a)

Exercícios – 3
1. a) V b) F c) F d) V
2. A – Sombra
B – Penumbra
C – Luz
D – Sombra
E – Luz

3. Afirmação A - d)
Afirmação B – a)
Afirmação C – d)
4. eclipse; a Lua; Sol
5. M – Lua Nova
N – Fase Crescente
P – Lua Cheia
O – Fase Decrescente

FÍSICA - MÓDULO 2
291
CHAVE DE CORRECÇÃO

Exercícios – 4
1. a) F b) F c) V d) F e) V f) F
2. a) A b) C
3. a) B b) B

Exercícios – 5
1. a) B b) C c) C
2. a) B b) C c) D
3. A. c) B. c) C. b) D. c) E. b)

Exercícios – 6
1. c)
2. A. a) B. b)
3. d)
4. a)
5. c)
6. d)
7. b)

Exercícios – 7
1. A. b) B. a) C. c)
2. c)
3. c)
4. A. d) B. a) C. c) D. a) E. b)
5. A. b) B. b) C. b) D. b) E. a)

Exercícios – 8
1. a) C b) A c) A d) B
2. a) A b) C
3. c)

292 FÍSICA - MÓDULO 2


CHAVE DE CORRECÇÃO

Exercícios – 9
1. c)
2. a) B b) A c) A
3. a) C b) B c) A
4. e)
5. a) C b) B c) C

Exercícios – 10
1. a) B b) B
2. a) V b) F c) V d) V e) V
f) V g) V
3. a)
4. a)
5. d)
6. b)
7. c)

Exercícios – 11
1. Assinalou com um círculo o número 2
2. c)
3. A. b) B. b) C. a) D. b) E. b)
4. b) d)
5. c)
6. b)

Exercícios – 12
1. a) F b) F c) V d) V e) F
2. c)
3. a) b) c)
4. a)
5. lentes; objectiva; ocular; convergentes
6. d)

FÍSICA - MÓDULO 2
293
CHAVE DE CORRECÇÃO

294 FÍSICA - MÓDULO 2


DICIONÁRIO DE FÍSICA

Dicionário de Física

1. Corpos luminosos:

2. Corpos iluminados:

3. Corpos transparentes:

4. Corpos translúcidos:

FÍSICA - MÓDULO 2
295
DICIONÁRIO DE FÍSICA

5. Corpos opacos:

6. Feixe luminoso:

7. Raio luminoso:

8. Feixe paralelo:

9. Feixe divergente:

296 FÍSICA - MÓDULO 2


DICIONÁRIO DE FÍSICA

10. Feixe convergente:

11. Sombra:

12. Penumbra:

13. Eclipse do Sol:

14. Eclipse da Lua:

FÍSICA - MÓDULO 2
297
DICIONÁRIO DE FÍSICA

15. Fases da Lua:

16. Reflexão da luz:

17. Raio incidente:

18. Raio reflectido:

19. Ângulo de incidência:

298 FÍSICA - MÓDULO 2


DICIONÁRIO DE FÍSICA

20. Ângulo de reflexão:

21. Espelho plano:

22. Espelho esférico:

23. Centro de curvatura de um espelho esférico:

24. Vértice de um espelho esférico:

FÍSICA - MÓDULO 2
299
DICIONÁRIO DE FÍSICA

25. Eixo óptico de um espelho esférico:

26. Foco de um espelho côncavo:

27. Refracção da luz:

28. Meio óptico:

29. Meio mais denso:

300 FÍSICA - MÓDULO 2


DICIONÁRIO DE FÍSICA

30. Meio menos denso:

31. Raio refractado:

32. Ângulo de refracção:

33. Ângulo limite:

34. Fibra óptica:

FÍSICA - MÓDULO 2
301
DICIONÁRIO DE FÍSICA

35. Miragem:

36. Lâmina de faces paralelas:

37. Lente esférica:

38. Lentes convergentes:

39. Lentes divergentes:

302 FÍSICA - MÓDULO 2


DICIONÁRIO DE FÍSICA

40. Distância focal de uma lente:

41. Eixo principal de uma lente:

42. Foco de uma lente convergente:

43. Instrumentos de observação:

44. Instrumentos de projecção:

FÍSICA - MÓDULO 2
303
DICIONÁRIO DE FÍSICA

45. Diafragma:

46. Microscópio:

47. Ocular:

48. Objectiva:

Bravo! Para ver se completou o Dicionário de


Física correctamente, visite o CAA e mostre o
seu trabalho ao Tutor. Aproveite esta oportu-
nidade para rever assuntos onde teve dificulda-
de durante o estudo deste Módulo 2.

304 FÍSICA - MÓDULO 2


DICIONÁRIO DE FÍSICA

E com este exercício de revisão chegamos ao final do estudo do


Módulo 2 de Física para a oitava classe - Óptica Geométrica.
Excelente trabalho! Esperamos que esteja a gostar do estudo
desta disciplina.

Conforme procedeu no final do Módulo anterior, recomendamos


que faça uma revisão da matéria deste Módulo antes de fazer o
Teste de Preparação que se segue. O Teste de Preparação é um
teste de auto-avaliação para o ajudar a avaliar se está ou não
preparado para fazer o Teste de Fim de Módulo no CAA. Boa
sorte!

O Teste de Preparação está dividido em duas partes, e cada


parte tem uma duração recomendada de 45 minutos. Tente
resolver todos os exercícios dentro do tempo recomendado.

Recomendamos que só faça o Teste de Fim de Módulo depois


de conseguir atingir um resultado de 100% no Teste de Prepara-
ção. Desta forma assegura-se de que está bem preparado para
resolver o teste de avaliação com sucesso!

Faça uma revisão geral da matéria e quando se sentir confiante


resolva os exercícios do Teste de Preparação. Boa sorte!

FÍSICA - MÓDULO 2
305
DICIONÁRIO DE FÍSICA

306 FÍSICA - MÓDULO 2


TESTE DE PREPARAÇÃO 1 E 2

Teste de Preparação - Parte I


Duração recomendada - 45 minutos

1. Das afirmações que se seguem, assinale com um 9 a única


afirmação verdadeira.
9
a) A velocidade de propagação da luz no ar, é de 340 m/s.

b) Corpos transparentes permitem a passagem da luz


através de si próprios e não permitem que se observem
nitidamente os objectos que se encontram atrás de si
próprios.

c) Um corpo luminoso emite luz e um corpo iluminado


recebe luz.

2. Uma senhora encontra-se a 25 cm de um espelho plano.


Das afirmações que se seguem, assinale com um 9 aquela que
descreve correctamente a imagem obtida pelo espelho.

a) A imagem da senhora está a 50 cm do espelho, é real,


9
direita e tem o mesmo tamanho da senhora.

b) A imagem da senhora está a 25 cm do espelho, é


virtual, invertida e tem o mesmo tamanho da senhora.

c) A imagem da senhora está a 12,5 cm do espelho, é


virtual, direita e tem o mesmo tamanho da senhora.

3. A figura representa uma banana em frente de um espelho esférico.

FÍSICA - MÓDULO 2
307
TESTE DE PREPARAÇÃO 1 E 2

Assinale com um 9 a resposta correcta.

a) A imagem correcta da banana dada pelo espelho é:

9
A) Imagem 1

B) Imagem 2

C) Imagem 3

b) Assinale com um 9 a resposta que classifica correctamente a


imagem obtida pelo espelho.

9
A) A imagem é real, direita e maior do que o
objecto.
B) A imagem é virtual, invertida e maior do que o
objecto.

C) A imagem é real, invertida e maior do que o


objecto.
4. Observe atentamente a figura em que α é o ângulo limite e a lâmpada
se encontra dentro da água, emitindo raios luminosos.

B Ar
Água
D α

308 FÍSICA - MÓDULO 2


TESTE DE PREPARAÇÃO 1 E 2

a) O fenómeno óptico que ocorre em A e B chama-se:

9
A) Refracção da luz.

B) Miragem.

C) Reflexão total.

b) O fenómeno óptico que ocorre em D chama-se:

9
A) Eclipse do sol.

B) Reflexão total.

C) Reflexão difusa.

FIM

Excelente trabalho! Esperamos que o Teste lhe


esteja a correr bem!
Faça uma pequena pausa antes de continuar
com a parte II do Teste de Preparação. E não
se esqueça... consulte a Chave de Correcção
só depois de completar a segunda parte do
Teste. Não desanime e boa sorte!

FÍSICA - MÓDULO 2
309
TESTE DE PREPARAÇÃO 1 E 2

310 FÍSICA - MÓDULO 2


TESTE DE PREPARAÇÃO 1 E 2

Teste de Preparação - Parte Ii


Duração recomendada - 45 minutos

1. Considere os seguintes tipos de feixes luminosos:

1 2 3

a) Assinale com um 9o feixe convergente:

9
A) 1

B) 2

C) 3

b) Assinale com um 9o feixe divergente:

9
A) 1

B) 2

C) 3

c) Assinale com um 9o feixe paralelo:

9
A) 1

B) 2

C) 3

FÍSICA - MÓDULO 2
311
TESTE DE PREPARAÇÃO 1 E 2

2. Considere a situação apresentada na figura que se segue.

Assinale com um 9 a afirmação correcta.

9
a) Se um raio luminoso corta outro, a luz é desviada.

b) Se um raio luminoso corta outro, ele segue o seu


caminho como se nada tivesse acontecido.

c) Se um raio luminoso corta outro, a luz deixa de se


propagar.

3. A formação dos eclipses do Sol e da Lua, é um fenómeno interessante


a ser observado na Natureza.

a) A formação do eclipse do Sol é possível quando a


9
Lua estiver posicionada entre o Sol e a Terra.

b) A formação do eclipse do Sol é possível quando a


Terra estiver posicionada entre o Sol e a Lua.

c) A formação do eclipse do Sol é possível quando o


Sol estiver posicionado entre a Terra e a Lua.

312 FÍSICA - MÓDULO 2


TESTE DE PREPARAÇÃO 1 E 2

4. A figura representa uma borboleta em frente de uma lente


convergente.

a) A imagem correcta da borboleta dada pela lente, está


representada pelo número: (Assinale com um 9 a resposta
correcta).
9
A) 1

B) 2

C) 3

b) Assinale com um 9 a resposta que classifica correctamente a


imagem obtida pela lente.
9
A) Virtual, invertida e maior do que o objecto.

B) Virtual, direita e maior do que o objecto.

C) Real, direita e maior do que o objecto.

FÍSICA - MÓDULO 2
313
TESTE DE PREPARAÇÃO 1 E 2

c) A formação de imagens de objectos colocados na posição da


borboleta representada na alínea a) (entre o foco e o vértice da
lente), é muito importante nos instrumentos ópticos de
observação. Um dos instrumentos ópticos que utiliza este método
de observação é: (Assinale com um 9 a resposta correcta)

9
A) Lupa.

B) Máquina fotográfica.

C) Máquina de filmar.

5. Nas Figuras que se seguem estão representados os percursos dos


raios refractados após incidirem sobre a superfície de separação de
dois meios (ar e água).
Marque com um círculo, a figura que representa correctamente a
refracção do raio de luz incidente.

A B C

Ar Ar Vidro
Vidro Vidro Ar

FIM
Excelente trabalho, caro aluno! Parabéns! Acabou
de completar o Teste de Preparação para o Módulo 2
da disciplina de Física!

Agora compare as suas respostas com a Chave de


Correcção que lhe propomos já de seguida para ver
se está bem preparado para ir ao CAA fazer o Teste
de Fim de Módulo.

Já sabe… só recomendamos que faça o Teste de Fim


de Módulo quando tiver 100% de respostas certas no
Teste de Preparação. Boa sorte!

314 FÍSICA - MÓDULO 2


TESTE DE PREPARAÇÃO 1 E 2

CHAVE DE CORRECÇÃO

Teste de Preparação - Parte I


1. c) 4. a) A

2. b) b) B

3. a) C

b) C

Teste de Preparação - Parte II


1. a) A 4. a) B

b) C b) B

c) B c) A

2. b) 5. A

3. a)

Então, acertou em todas as questões? Parabéns!


Está bem preparado para fazer o Teste de Fim de
Módulo! Converse com o seu Tutor para ver
quando é que pode ir ao CAA para fazer o Teste.
Boa sorte! Vai ver que não terá dificuldade!

Se não acertou em todas as respostas,


recomendamos que faça uma revisão da matéria e
depois resolva o Teste de Preparação de novo. Se
continuar a ter dificuldades, vá ao CAA e peça ajuda
ao Tutor. Não desanime!

FÍSICA - MÓDULO 2
315

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