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BRASIL
ESTE TÓPICO APRESENTA A RELATIVAMENTE BREVE HISTÓRIA DAS NEUROCIÊNCIAS NO
BRASIL, INDICANDO AS REGIÕES E AS INSTITUIÇÕES MAIS ATUANTES NESSA ÁREA.
Como visto no tópico anterior, as Neurociências possuem uma extensa história, remetendo a
milênios. No Brasil, todavia, a prática de pesquisa neurocientífica teve um início
relativamente recente. Apesar de jovem, como será visto a seguir, as Neurociências no Brasil
foi, e ainda é, capaz de gerar trabalhos de grande relevância, sendo uma das áreas científicas
mais produtivas no país.
Nicolelis estão voltadas para o estudo e desenvolvimento das interações entre sistema
nervoso e computadores, de forma proporcionar que o indivíduo mova membros mecânicos
ou virtuais apenas pensando nestes movimentos. Herculano-Houzel se dedica ao campo da
neuroanatomia comparada, analisando a estrutura do sistema nervoso de diversos animais,
inclusive o do ser humano. A carreira científica de Roberto Lent, por sua vez, envolve o
estudo do desenvolvimento do sistema nervoso durante a gestação, área chamada de
neuroembriologia. Por fim, Sidarta Ribeiro pesquisa uma série de tópicos, como os
mecanismos do sono e da memória, neuroplasticidade, genética e linguagem. Vale lembrar
que Herculano-Houze e Lent também são divulgadores científicos bem ativos em meios de
comunicação não-acadêmicos.
Uma das grandes demandas no período atual é garantir que as Neurociências no Brasil se
mantenham e floresçam ainda mais. Ventura (2010), delineou algumas estratégias
existem. Para tanto, faz-se necessário aporte financeiro e melhor infraestrutura, além de
garantir recursos humanos o suficiente para tais pesquisas. Esta última medida é essencial,
dada a tendência de imigração de pesquisadores brasileiros para outros países, em busca de
melhor valorização do trabalho de pesquisa. Deve-se, portanto, encontrar algum meio para
evitar a saída de acadêmicos e estimular a volta daqueles que imigraram.
programa, desde trabalhos básicos até aplicados. Nesse sentido, pesquisas translacionais
são essenciais para a área clínica, principalmente no que se refere à criação e testagem de
intervenções medicamentosas novas.
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722010000500011
(http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722010000500011)
conhecimento científico, ainda que ele não possua aplicação óbvia no momento. Um
exemplo é um autor que estuda o comportamento de apego entre filhotes e mães em
alguma espécie de macacos. Por outro lado, pesquisas aplicadas são voltadas para o
desenvolvimento de tecnologias, intervenções ou medicações com alguma finalidade
sendo aplicada no Brasil. O artigo pode ser acessado pelo link abaixo:
https://www.scielo.br/pdf/csc/v18n6/24.pdf
(https://www.scielo.br/pdf/csc/v18n6/24.pdf )
objetivam a análise da base neural de funções psicológicas (como, por exemplo, atenção,
memória, emoção, linguagem, percepção, personalidade e tomada de decisão) tanto em
participantes saudáveis como em pacientes com algum quadro patológico instalado.
Entender como que diferem o funcionamento dos circuitos cerebrais de pessoas com
saudáveis e aquelas com um determinado transtorno pode ajudar a esclarecer como que tais
psicoterapêuticas podem ser mais efetivas em seu tratamento. Ventura (2010) recomenda a
criação de novos centros de referência que treinem pesquisadores nessas técnicas e que
Por fim, recomendou-se a adoção das novas técnicas de genética no estudo do sistema
nervoso. Tal linha de ação possui fortes implicações para a investigação de síndromes
ATIVIDADE FINAL
Brasil. Qual região do país que mais concentrou, nas décadas de 40 e 50,
neurocientíficos?
A. Centro-oeste
B. Sudeste
C. Sul
D. Nordeste
A. Suzana Herculano-Houzel
B. Roberto Lent
C. Miguel Nicolelis
D. Sidarta Ribeiro
importante tipo de pesquisa que deve se tornar cada vez mais presente
A. Pesquisas genéticas
B. Pesquisas de neuroimagem
C. Pesquisas de neuroanatomia comparada
D. Pesquisas translacionais
REFERÊNCIA
GUIMARÃES, Reinaldo. Pesquisa Translacional: uma interpretação. Ciência & Saúde
em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v18n6/24.pdf
(https://www.scielo.br/pdf/csc/v18n6/24.pdf )
RIBEIRO, Sidarta. Tempo de cérebro. Estud. av., São Paulo , v. 27, n. 77, p. 07-22, 2013 .
https://doi.org/10.1590/S0102-37722010000500011 (https://doi.org/10.1590/S0102-
37722010000500011).