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FATEB E SOBRAPPSI

CURSO FORMACAO DE TERAPEUTAS


ESPECIALISTAS EM MULHERES

INSTITUTO DE FORMAÇÃO FATEB-SOBRAPSI


FORMACAO
Dra. MariaDE
doTERAPEUTAS ESPECIALISTAS
Carmo Mombach
EM MULHERES
Prof.a Dra Maria do Carmo O. Mombach
51980130910
m.carmoow@ hotmail.com
Instagram: dra.carmo.mombach.psi

ASSÉDIO
ASSEDIOMORAL, BURNOUT,
MORAL, BURNOUT, DEMANDAS
DEMANDAS DO
DO TRABALHO E CARREIRA
TRABALHO E CARREIRA
O Assédio Moral no Trabalho (AMT),
O Assédio Moral no Trabalho (AMT),
O Assédio Moral no
Trabalho (AMT),
-embora exista desde sempre,
-é uma temática recente entre as
pesquisas no Brasil.
-os estudos sobre AMT só se
iniciaram nas últimas décadas
-alertar a sociedade da gravidade e
consequências desse tipo de violência
à saúde psicológica e física do
trabalhador (Palácios & Rego, 2006).
Estudos evidenciam que AMT
-é identificado como fenômeno destruidor do ambiente
de trabalho;
-causando baixa produtividade;
-absenteísmo:
*falta ao trabalho ñ justificadas;
* excesso de atestados;
*falta de pontualidade na entrada;
*saídas adiantadas frequentes;
*não cumprimento do dever
devido ao desgaste psicológico que provoca.
As práticas de assédio moral nas organizações,
são principalmente às voltadas ao sexo feminino.

A violência baseada em gênero é uma


manifestação de relações desiguais de poder entre
mulheres e homens (Pellegrini, Nunes & Tolfo, 2017).
-Prática que causa impactos danosos à saúde
física e mental, principalmente :
*quando sofridos no início da carreira profissional,
*as vítimas deveriam procurar atendimento
psicoterapêutico para elaborar a experiência negativa.
"(...) O assédio moral é a conduta reiterada no
sentido de desgastar o equilíbrio emocional
do sujeito passivo, seja por meio de atos,
palavras, gestos, que vise o enfraquecimento
da vítima ou o seu desequilíbrio emocional.
(CALCINI, 2021)
ABUSADOR PSÍQUICO
O assédio moral pode ser dividido em:
1) Assédio moral vertical: é aquele que
ocorre em relação de hierarquia. Pode ser
descendente, da chefia em direção ao
chefiado, ou ascendente, do chefiado em
relação a chefia.
2) Assédio moral horizontal: verifica-se
quando há tentativa de desequilíbrio
emocional oriundo de colegas em relação
a outro colegas.
3) Assédio moral organizacional
ou straining: ocorre quando todos os
trabalhadores da empresa são vítimas de
terror psicológico com ameaças de sofrer
castigos caso metas de produção não
sejam atingidas” (CALCINI, 2021)
A Lei 14.188/21, criou o tipo penal de violência
psicológica contra a mulher, com pena de reclusão de
seis meses a dois anos, além de multa.
Foi inserido o artigo 147-B, que passou a dispor o seguinte:
"Causar dano emocional à mulher que a prejudique e
perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a
degradar ou a controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento,
humilhação, manipulação, isolamento, chantagem,
ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer
outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e
autodeterminação” (CALCINI, 2021)
Ministério Público do Trabalho e a Cartilha sobre a
violência contra as mulheres no trabalho.
Esse documento tem por objetivo elucidar concepções referentes à
violência contra a mulher, e que podem ter consequências no ambiente de
trabalho.
A cartilha preceitua que o assédio moral no trabalho:
"consiste em condutas abusivas, reiteradas e sistemáticas,
manifestadas por meio de comportamentos, palavras, gestos e
agressões leves, que interferem na dignidade humana e direitos
fundamentais das vítimas (liberdade, igualdade e direitos de
personalidade de outrem), por meio da humilhação e
constrangimento, e que resulta em prejuízo às oportunidades na
relação de emprego ou na expulsão da vítima de seu ambiente de
trabalho” (CALCINI, 2021) .
O AMT é também caracterizado por condutas repetitivas no meio
ambiente do trabalho
-ofensas a dignidade da pessoa humana, causando angústia e
padecimento :
- intimidações, piadas rudes e ofensas sobre o físico e as
vestimentas;
- deterioração proposital das condições de trabalho,
- isolamento, violência verbal, física e sexual.
- Pode chegar ao extremo, como abuso ou violência
sexual(através de gestos ou propostas.

Hirigoyen (2002)
A mulher, além de ter de lidar, muitas vezes, com o
preconceito, ainda enfrenta inúmeros desafios, tais
como:
-diferença salarial em relação aos homens;
-falta de oportunidades para o crescimento
profissional;
- as múltiplas jornadas decorrentes do trabalho —
afazeres domésticos e filhos, dada a cultura
machista arraigada em nossa sociedade.
Outro ponto que gera a desigualdade é
insegurança à mulher, se refere à
maternidade.

E, diante de tal contexto, identifica-se


com certa frequência, infelizmente, a
ocorrência do assédio moral contra a
mulher no ambiente de trabalho, sendo
que, aliás, na maioria das vezes, tal
conduta não é punida, e nem sempre
é perceptível .
Exemplos de assédio moral contra as
mulheres:
- impossibilitar ou punir as gestantes de
comparecer em consultas médicas;
-exigir que não engravidem;
-desvalorizar, de forma sumária, suas opiniões
técnicas nas áreas de conhecimento que atuam;
-desmoralizar a mulher na frente de outros
trabalhadores homens;
-ignorar a presença feminina;
- dispender tratamento desrespeitoso e
humilhante em razão do sexo;
-criar constrangimento e/ou exposição da
intimidade, entre outros.
A empresa tem o dever e a obrigação de combater o assédio
moral no ambiente de trabalho.

O artigo 932, inciso III, do Código Civil trata da responsabilidade


objetiva do empregador, pela reparação civil, por atos praticados aos
seus empregados.

Aliás, a conduta de assédio moral, além de poder configurar dano


moral propriamente dito, ensejando inclusive o pagamento de uma
indenização, ainda pode acarretar na rescisão indireta do contrato de
trabalho, conforme já se pronunciou o Tribunal Superior do
Trabalho(todos direitos garantidos, 40% do fundo + indenização)
COMBATE AS CONDUTAS ASSEDIADORAS

Uma das formas de combate às condutas


assediadoras seria estabelecer políticas
preventivas e corporativas, com a instauração de
procedimentos de segurança e transparência, e
que garantam acima de tudo à denunciante que a
sua denúncia não irá lhe causar uma represália .
A criação de um canal de denúncias eficaz, com critérios
previamente estabelecidos, além de trazer tranquilidade,
encoraja em igual sentido a mulher a romper o silêncio.
Outra forma de lutar contra o assédio moral seria a
implementação de uma rede de apoio às mulheres, com
profissionais especializados, garantindo a saúde física e
mental da trabalhadora, acolhendo-a, visando a superar a
violência sofrida para que resgate a sua autoestima.
Medidas podem ser adotadas pela empresa a exemplo de
treinamentos corporativos explicativos, de modo que é
fundamental que a empresa invista em políticas de igualdade
entre homens e mulheres.
É certo que, se não houver um tratamento preventivo e de
orientação quanto às atividades tóxicas no ambiente laboral,
dificilmente o cenário irá se alterar, tendo em vista que, muitas
vezes, as condutas são praticadas em virtude dos conceitos
culturais e estruturais outrora resultados de uma sociedade
patriarcal.
O Assédio Moral e o Assédio Sexual
(Freitas, 2001).
Conforme aponta Freitas (2001), o assédio moral na
maioria das vezes inicia-se através do abuso de poder
(qualquer que seja a sua base de sustentação), segue por um
abuso narcísico no qual a outra pessoa perde a autoestima
e pode gerar o abuso sexual. O que pode começar como
uma leve mentira, um ato de falta de respeito, torna-se uma
fria manipulação por parte do indivíduo abusador, que
tende a reproduzir o seu comportamento em todas as
circunstâncias de sua vida: no local de trabalho, com o
cônjuge, com os familiares, com amigos, etc.
Soboll (2008) aponta quatro elementos essenciais
na identificação do assédio moral interpessoal, sendo
eles:
1) Ataques psicológicos (situações que causam desconforto
psicológico);
2) Habitualidade (repetição e continuidade);
3) Intencionalidade (intenção de prejudicar, anular ou excluir);
4) Pessoalidade (o alvo das agressões é uma pessoa
específica).
Tolfo (2011) destaca que:

a frequência e a continuidade
com que são manifestos os
comportamentos do assediador são
os principais critérios aceitos para
configurar a ocorrência do
fenômeno,
isto é, as situações de vexame,
ofensas, ameaças que se tornam
repetitivas longitudinalmente
O assédio sexual, constitui ação criminosa
devidamente tipificada no código penal
No assédio sexual, o criminoso na maioria das vezes
busca obter vantagens de natureza sexual, geralmente
chantageando as vítimas.
Nos casos de assédio sexual, a vítima sempre
encontra-se em uma condição de subordinação com
relação ao sujeito ativo, diferentemente do assédio moral
onde o grau de subordinação não é um fator determinante
para a constatação do assédio (Oliveira & Silva, 2012).
Para Soboll (2008) o AMT é definido como uma situação
extrema de agressividade no trabalho, sinalizada por
comportamentos ou omissões, repetitivos e duradouros.
Caracteriza-se por sua natureza agressiva, processual,
pessoal e mal-intencionada, considerado como uma violência
perversa, engloba:
- a desqualificação, o isolamento, a atribuição de tarefas
de menor valor, a indução ao erro, o assédio sexual, a
exclusão, as mudanças de horários e de atividades sem
prévio aviso, abusos de poder, etc (Andrade & Assis, 2018).
MOTIVOS DE AMT
Conforme Tolfo (2011) o assédio moral em âmbito laboral
é desencadeado por dois MOTIVOS principais:

-a recusa frente a diferenças, que pode se relacionar ao


sexo, cor, etnia, deficiências, orientação sexual, etc.(pre-
conceito)

- medo/inveja das características que destacam o


assediado, referente às competências, comprometimento
no trabalho e visão crítica sobre o mesmo e o abuso de
poder nas relações de trabalho(inveja/desejo de se
sobrepor)
Os agressores das mulheres estão distribuídos:

- 30% dos casos tanto homens quanto mulheres foram os


agressores,
- 30% foram agredidas apenas por homens e
- 40% das mulheres foram agredidas por mulheres.
Portanto, torna-se importante pensar em ações
organizacionais de prevenção do AMT e de enfrentamento,
voltadas tanto para o público feminino, quanto o masculino. Sim
porque também ocorre com homens. Em menor numero, mas
ocorre.
Trabalhar com Prevenção, Como?
Através da educação e treino com gerente e líderes, criar um
código de conduta, de ética e incluir normas de conduta. Intervir
por meio da criação de espaços de confiança onde o colaborador
possa expressar suas queixas, além de aplicar medidas
disciplinares aos agressores, proteger judicialmente a vítima e
minimizar as consequências para a mesma. (Glina e Soboll, 2012).
É interessante ressaltar que os assediadores, assim como as
vítimas, podem necessitar de reabilitação, desta forma, o
assediador é treinado para usar empatia no desenvolvimento
de estratégias menos destrutivas de gerenciamento
interpessoal.
GRUPOS DE APOIO
Segundo Cassitto, Fattorini, Gilioli, Rengo (2004), uma
possibilidade de intervenção são os grupos de apoio formados por
pessoas que sofreram AMT. Estes grupos permitem, que o indivíduo
tenha mais clareza sobre a situação vivenciada e possa refletir sobre
diferentes formas de enfrentamento através do compartilhamento
das experiências, a conscientização de que o trabalhador não é o
responsável pelo ocorrido, o reconhecimento da agressão e a
modificação de comportamentos por parte das vítimas para lidar com
a situação.
É importante então que o problema da pessoa seja
reconhecido por outros, pois o reconhecimento tem papel
significativo para diminuir a negação da vítima diante da
agressão.
FATORES CONTRIBUINTES PARA
A CONTINUIDADE DE ASSÉDIO
MORAL NO TRABALHO

- O salário permite pagar as contas


obrigatórias do lar + faculdade /
imobilizando a vítima de denunciar .

- Preocupação com outro familiar


trabalhando na mesma organização,
ameaçado de demissão caso a
vítima não ceder as chantagens.
AS CONSEQUÊNCIAS DO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO
A NIVEL INDIVIDUAL, ORGANIZACIONAL E SOCIAL:
-prejuízos na qualidade de vida do sujeito assediado (Niedl, 1996);
-suicídio, desenvolvimento de Transtorno de Estresse Pós Traumático ou Depressivo
(Hansen et al., 2006);
- problemas nas relações familiares (Duffy & Sperry, 2007);
- diminuição da satisfação do sujeito assediado com o trabalho (Hoel & Cooper, 2000);
-problemas de relacionamento interpessoal no trabalho (Vega & Comer, 2005);
-desempenho grupal prejudicado e aumento do comportamento agressivo nos
trabalhadores (Ramsay, Troth, & Branch, 2010);
-problemas nas funções cognitivas, como atenção e concentração, até possibilidade de
desenvolvimento de transtornos psicológicos como depressão (International Labor
Organization [ILO], 2000; OMS, 2004)
- aumento de custos médicos e tendência a aposentadoria precoce (Hoel, Sparks, & Cooper,
2001).
- queda de produtividade e aumento de despesas com benefícios da previdência social,
respectivamente.
- casos de suicídio podem estar entre as possíveis decorrências do assédio moral (Freitas,
2011).
AS CONSEQUÊNCIAS FÍSICAS DO AMT
- desgaste físico;
- LER (Lesão por Esforço Repetitivo);
- dor de cabeça ; -problemas gastrointestinais;
- dores nas costas; -crises de ansiedade;
- Dores de pescoço; - estômago; -problema postural ;.
- uma diminuição considerável da concentração;
- um manifesto desinteresse pelo trabalho;
- surgimento e aprofundamento de sintomas como insônia e ansiedade.
- ficar cada vez mais doente e pegar atestado ( em razão de atividades
incompatíveis com sua constituição física)

O AMT pode iniciar com sintomas psicológicos, mas com o tempo


acarretar sintomas físicos OU vice-versa.
AS ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS DECORRENTES DO AMT
A impossibilidade de exteriorizar os sentimentos no local de trabalho,
faz com que o indivíduo exploda sobre pessoas mais próximas que são
seus familiares (Rufino, 2006).

À vista disso, o convívio familiar se torna insuportável, pois a violência


vivida no trabalho ocasiona um mal-estar no trabalhador, que se reflete
nas relações familiares.
o AMT acarreta consequências negativas não somente para a vítima,
com sintomas psicológicos e físicos, mas também na sua relação com
pessoas de seu convívio devido às alterações comportamentais.
REDE DE APOIO SOCIAL
O suporte social é prestado na sua
maioria pelos familiares e as relações de
amizade. Os pesquisados relatam que esta
rede de apoio foi importante: desabafo com
mãe, pai, namorado etc.
Pesquisas aponta que somente 47%
das vítimas procuraram por auxílio com
profissionais da psicologia, psicanálise e
psiquiatria
O profissional que trabalha com a saúde
mental(psicanalista/psicólogo/psiquiatra/terapeuta)
deve aprofundar-se em conhecer resultados de
pesquisas sobre o tema, com vistas a qualificar seu
atendimento clínico, assim como, contribuir com a
sociedade através de divulgação e conscientização
por meio de encontros, palestras, lives, relacionado
ao AMT e consequentemente possibilitar a realização
de ações voltadas à prevenção ao AMT,
principalmente junto às organizações de trabalho.
FIM DA
1ª AULA
ASSEDIO MORAL NO TRABALHO

CURSO FORMACAO DE TERAPEUTAS ESPECIALISTAS


EM MULHERES

Profª. Dra. Maria do Carmo Mombach-Psicanalista Clínica


2ª AULA SÍNDROME DE BURNOUT,
DEMANDAS DO TRABALHO

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Profª. Dra. Maria do Carmo Mombach-Psicanalista Clínica

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SINDROME DE BURNOUT. O QUE É?

O trabalho é uma atividade que


geralmente ocupa uma grande parcela de
tempo na rotina da sociedade.

Muitas horas de expediente, reuniões,


projetos, novas demandas, cobranças,
pouco lazer... esse é um cenário comum
para profissionais de diferentes áreas de
atuação.
.
Muitas horas de expediente

AAA
Mas até que ponto o excesso de atividades laborais
são sinônimo de produtividade ? E, quando passam a
afetar sua saúde e bem-estar?
Embora o estresse e/ou pressão cotidiana no ambiente
de trabalho lhe pareça “ossos do ofício”, essas situações
podem lhe causar uma Síndrome de Burnout, gerando
sérios danos psicológicos, comportamentais, sociais e
também físicos.
É importante que o psicanalista conheça o conceito
dessa doença que cresce consideravelmente em todos os
cantos do mundo, entender suas causas, sintomas e como
tratá-la
SINDROME DE BURNOUT
Também conhecida como Síndrome do
Esgotamento Profissional, é um distúrbio
psíquico que consiste em tensão
emocional e estresse crônico resultante
de situações de trabalho desgastante de
um indivíduo.
O significado de burnout provém dos
termos em inglês burn (queimar) e out
(fora/exterior), e foi cunhado pelo
psicanalista norte-americano Herbert J
Apesar de ainda sofrer estigmas, como frescura
ou pretexto, a síndrome foi incluída na Classificação
Internacional de Doenças da Organização Mundial
da Saúde (OMS) em 2019, em uma lista que entrará
em vigor em 2022, passando a ser considerada
como doença crônica e se não tratada pode evoluir
para doenças físicas, como doença coronariana,
hipertensão, problemas gastrointestinais, depressão
profunda e alcoolismo.
Segundo um estudo realizado em 2019, cerca de 20
mil brasileiros pediram afastamento médico no ano
por doenças mentais relacionadas ao trabalho, o
que justifica o crescente aumento de sintomas de
ansiedade e depressão e do consumo de bebidas
alcoólicas, por exemplo .
SÍNDROME DE BURNOUT: SINTOMAS
De acordo ao Ministério da Saúde brasileiro os principais sinais e sintomas
que podem indicar a Síndrome de Burnout são:
• Cansaço excessivo, físico e mental;
• Dor de cabeça frequente;
• Alterações no apetite;
• Insônia;
• Dificuldades de concentração;
• Sentimentos de fracasso e insegurança;
• Negatividade constante;
• Sentimentos de derrota e desesperança;
• Sentimentos de incompetência;
• Alterações repentinas de humor;
• Isolamento;
• Fadiga;
• Pressão alta;
• Dores musculares.;
• Problemas gastrointestinais;
• Alteração nos batimentos cardíacos.
BURNOUT: SINTOMAS FÍSICOS
Os sintomas de Burnout podem se manifestar na condição física
de um indivíduo, através de sinais como:
-Exaustão: talvez essa seja a característica mais marcante do
esgotamento profissional, marcada pelo cansaço excessivo, físico
ou mental.
-Dores musculares: sensação de músculos mais rígidos e
doloridos mesmo sem lesão;
-Insônia: os efeitos do estresse impedem que a pessoa consiga
relaxar, tornando os problemas com o sono parte da rotina.
-Problemas gastrointestinais: o funcionamento do seu organismo
está diretamente relacionado à saúde mental, desta forma, uma
pessoa com sintomas de Burnout pode enfrentar:
- Desregulação no funcionamento do sistema digestivo;
-Batimentos cardíacos acelerados e sudorese: como o indivíduo
fica mais tenso nessa
BURNOUT: SINTOMAS PSICOLÓGICOS
A saúde mental talvez seja a mais prejudicada nessa situação, afetando
sua qualidade de vida e a capacidade de realizar tarefas simples da rotina.
Entre as principais características, destacam-se:
-Isolamento: as pessoas com a sintomas da Síndrome de Burnout podem
começar a se afastar de familiares e amigos mais próximos, passando a maior
parte do tempo sozinho sob a justifica de que tem muito trabalho a fazer ou
necessita descansar;
-Baixa autoestima: a Síndrome de Burnout tem grande influência na
autoestima, principalmente relacionadas a capacidade e performance cognitiva,
por isso certas pessoas também demonstram pessimismo;
-Dificuldade de concentração: é muito comum a pessoa enfrentar certa
dificuldade para focar até nas atividades mais simples do dia a dia. Além de
apresentar alguns episódios de lapso de memória;
-Irritabilidade: por conta da situação, o indivíduo se irrita com mais facilidade e
pode apresentar episódios de agressividade;
-Oscilação no humor: como o indivíduo está vivendo um momento de
instabilidade emocional, é comum verificar mudanças repentinas no humor.

.
COMO É DIAGNÓSTICADO A SÍNDROME DE
BURNOUT?
Os sintomas do Burnout aparecem constantemente na
rotina e existe uma grande necessidade de identificá-los.
Com tantos indivíduos passando por essa situação, é
importante reconhecer os sinais para diagnóstico e
tratamento adequado, o mais rápido possível.
No entanto, o diagnóstico do transtorno de Burnout só
pode ser realizado por um profissional de saúde mental.
DIFERENCA DE BURNOUT E ESTRESSE
A síndrome de esgotamento profissional costuma ser confundida com
estresse devido às semelhanças no que diz respeito aos sintomas .
O estresse consiste em uma reação natural do organismo que ocorre
quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça, nos colocando em
estado de alerta, provocando alterações físicas e emocionais. Geralmente,
os sintomas de estresse são momentâneos, causando maior dano à saúde
quando vivenciado com muita frequência

Na doença de Burnout, estar no ambiente, por si só, já causa sinais de


ansiedade e profundo esgotamento, o que leva a maioria dos pacientes a ter
uma crise, caracterizada principalmente pela queda expressiva no
rendimento e questionamento das próprias capacidades, causando maior
desmotivação profissional e pessoal- Estresse crônico.
Outros sintomas e
comportamentos ligados à
rotina exaustiva de trabalho
podem contribuir para a liberação
de diferentes hormônios, como o
cortisol, colaborando com o
aumento do risco de crises de
pânico, cardiopatias, doenças
autoimunes e depressão.
Levando o profissional ao
esgotamento total de forma
gradual .
TRATAMENTO PARA A SÍNDROME
DE BURNOUT
A síndrome é tratada com o
acompanhamento
psicoterapêutico.
O profissional deve ser capaz
de identificar os sintomas
e causas de Burnout, e assim
poder auxiliar no enfrentamento
desta patologia. Dependendo do
caso o paciente poderá necessitar
o uso de medicação, precisando
também consultar com o
psiquiatra.
O Psicanalista (psicoterapeuta) deve ajudá-lo a
observar os pensamentos e comportamentos que
possam engatilhar uma crise de Burnout em meio a
rotina.
Além do tratamento psicoterapêutico é importante o
paciente incluir:
-atividade física regular;
- práticas de relaxamento,
- hábitos alimentares mais saudáveis;
- pratica de hobbies saudáveis: a leitura, artes
plásticas, shows de musica, balé, visita a museus,
exposição de fotografia e momentos de lazer ao ar livre,
encontro com amigos, etc.
A duração do tratamento é relativa, com a
possibilidade de durar anos.
Em alguns casos, o colaborador precisa se afastar
completamente do trabalho. Contudo, é possível se cuidar
sem precisar se licenciar.
É importante lembrar que quando o paciente faz o
tratamento de forma correta, os sinais de melhora são
perceptíveis no rendimento do trabalho e no aumento da
autoconfiança.
As sequelas da síndrome de burnout afetam não
somente a vida profissional, mas também a pessoal. O
colaborador que desenvolve a síndrome de burnout, além
de ter tendência a apresentar doenças psicológicas, como
ansiedade e depressão, também pode estar mais
vulnerável a resfriados e gripes.
COMO REDUZIR O ESTRESSE NO TRABALHO E PREVENIR
OS SINTOMAS DO BOURNOUT
Para isso, o profissional pode:
• Estabelecer uma rotina de trabalho, com horário fixo de entrada
e saída;
• Colocar metas reais e possíveis de serem cumpridas;
• Não levar trabalho para a casa;
• Não abrir mão dos seus momentos de lazer e descanso;
• Aproveitar as pausas durante o expediente para desopilar;
• Trabalhar a respiração ou a meditação.
• Balancear a vida profissional com a pessoal é o maior aliado na
luta contra o Burnout
MULHERES E BURNOUT- ESGOTAMENTO MARCA A VIDA
PROFISSIONAL DAS BRASILEIRAS
Assédio, exclusão, acúmulo de tarefas e negligência da vida
pessoal são fatores que as levam à síndrome nas mulheres.
De acordo com a pesquisa “Women@Work 2022”, da Delloite, 44% das
mulheres brasileiras se sentem esgotadas. A pandemia e todas as
mudanças no cenário profissional contribuíram consideravelmente para que
essa realidade piorasse para as mulheres.
No Brasil, 35% das entrevistadas do estudo tiveram que se afastar do
trabalho por conta da sua saúde mental.
Outro estudo realizado pela McKinsey & Company, “Women In the
Workplace 2021” que analisa o mercado dos Estados Unidos e do Canadá,
encontrou alguns fatores que intensificam o estresse entre as mulheres. São
condições como posições de liderança, a responsabilidade por crianças
pequenas e a maternidade solo.
BOURNOUT: AS MULHERES SOFREM MAIS
QUE OS HOMENS COM ESGOTAMENTO
MENTAL
Elas se sentem sobrecarregadas com
jornadas excessivas de trabalho profissional e
doméstico. As mulheres estão mais esgotadas
que os homens.
De acordo com a pesquisa Women in the
Workplace 2021, feita pela consultoria McKinsey
& Company e pela organização LeanIn, 42% das
mulheres convivem com sintomas da
síndrome de burnout.
As funções de mãe, esposa, profissional e
filha tem sobrecarregado as mulheres.
A jornada de trabalho delas
geralmente não termina depois do
expediente. Quando elas voltam pra
casa, ainda é preciso cuidar dos filhos,
das múltiplas atividades domésticas e
as escolares dos filhos ou suas.
Por conta dessa rotina, elas são o
público mais vulnerável a desenvolver
burnout.
“De maneira geral, observa-se que
pessoas com burnout apresentam um
estado de esgotamento devido ao volume
de trabalho e a características do
ambiente profissional, além de colegas e
chefia que dificultam o bem estar
emocional” (MELO, 2021) .
Em alguns casos, o ambiente
pode ser entendido como bom,
com colegas e chefia adequados,
mas o volume de atividades ou
interação com o público-alvo do
trabalho podem ser muito árduos.
“Em outras situações, as
atividades podem ser adequadas
ao tempo e habilidades da
pessoa, mas a chefia, colegas e
clima organizacional são tóxicos e
promovem muito estresse, tais
como situações de assédio moral,
violência psicológica, entre outras”
(MELLO, 2021)
As mulheres são mais vulneráveis.
Outro fator de risco é o fato de que
mulheres são mais sujeitas à violência
psicológica e assédio moral, o que as
torna alvos fáceis no trabalho.
Muitas atividades laborais
tipicamente femininas também são de
alta incidência de burnout. Ele foi
descrito pela primeira vez em
professores, sendo os de ensino
fundamental e médio as primeiras
pessoas a serem identificadas. Também
com grande incidência com
profissionais da saúde. Essas funções
são majoritariamente ocupadas por
mulheres”, aponta Mello(2021).
O desconforto das mulheres no ambiente de trabalho
perpassa por diferentes razões. Uma delas, apontada no
estudo, são as micro agressões. São pequenos incidentes,
que para outros podem não ter relevância, mas que criam
uma atmosfera de exclusão. As entrevistas relatam que
percebem essas violências menores quando:

- são frequentemente excluídas de conversas


informais,

- -ao não levarem os créditos pelas suas ideias,

-quando sentem menos oportunidades para falar em


reuniões,

-quando não são convidadas para atividades


tradicionalmente dominadas por homens.

Sem contar aquelas que sofrem de situações mais


sérias como assédio moral e sexual.
As mulheres mães estão duas
vezes mais propensas do que os pais
a se preocupar que suas
responsabilidades de cuidadores
resultem em julgamentos negativos de
seu desempenho profissional. Com
isso, um terço das mães, versus um
quarto dos pais, estão pensando em
deixar a força de trabalho ou
'desacelerar' suas carreiras.
(BRANDALISE, 2021)
COMO IDENTIFICAR SINTOMAS LOGO
NO INÍCIO
Situações de estresse fazem parte do
cotidiano de qualquer profissão. Porém,
existem limites. Quando elas passam a te
afetar de maneira muito intensa, pode ser
burnout.
“Ansiedade e descontentamento com o
trabalho geralmente iniciam o processo.
Aquilo que antes era um leve desconforto,
torna-se muito cansativo ou é objeto de
preocupações frequentes. A ansiedade
começa a se intensificar e a pessoa tem
problemas de sono, apetite, fica agitada e
nervosa”, alerta Mello, 2021.
Além disso, com o passar do tempo, esta ansiedade demanda
tanta energia da pessoa, que ela começa a ficar cansada de ter
que enfrentar a fonte de estresse constantemente. “Nesse caso,
o humor começa a ficar deprimido. Ir para o trabalho pode gerar
medo ou crises de pânico e pensamentos preocupados
começam a se transformar em pessimismo, a ponto de a pessoa
começar a se questionar sobre o sentido da vida”, complementa
Mello.
Ao cansaço extremo produzido pela ansiedade e estresse,
chamamos de exaustão. Quando relacionado ao trabalho, isso é
burnout.
O esgotamento mental e físico chega em etapas:

- primeiro, o paciente tem uma drástica queda no


rendimento e duvida das próprias capacidades, o
que o leva a sentir-se extremamente
desmotivado.
- A seguir, a agressividade toma conta, o que
colabora para a liberação de hormônios em
ataques de ira, como o cortisol, produzido na
suprarrenal.

- Dessa forma, esse processo bioquímico colabora


com o aumento do risco de diabetes, cardiopatias,
doenças autoimunes, crises de pânico e depressão.
E, por fim, chega o esgotamento total.
INSTERVIR PRECOCEMENTE

“O burnout se arrasta lentamente, o que


dá aos funcionários e empregadores tempo
para observar e intervir precocemente diante
dos sinais de alerta”. “Ao prestar atenção e
procurar os indicadores mais comuns, os
líderes podem estruturar programas de
saúde mental efetivos, de modo a evitar que
a condição aumente ou se desenvolva”
(CAPITANI, 2022)
“Produtividade sustentável”
Curso(Camargo, 2022) que ensina a
equilibrar vida profissional e pessoal.

Neste, ela costuma perguntar para as suas


alunas: “você prefere a louça limpa ou o
cabelo limpo?”. Pode parecer uma pergunta
simples, mas a palestrante reforça que “não
lavar o cabelo é um sinal de bastante
negligência, especialmente para as mulheres”.
NÃO SE NEGLIGENCIAR. PENSAR EM SI.

NÃO PENSAR SÓ NO TRABALHO.

NÃO PENSAR SOMENTE NOS OUTROS.

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-LAVAR O CABELO OU A LOUÇA?


QUE NOSSO ENCONTRO POSSA TER NOS AUXILIADO A
ENTRAR MAIS EM CONTATO CONOSCO , COM A ESSÊNCIA E
ENERGIA FEMININA, NOS POSSIBILITANDO ENTENDER MELHOR
ESTE UNIVERSO, NOS CAPACITANDO MAIS PARA NOSSO
DESEMPENHO CLÍNICO.

AGRADECIMENTOS A

FATEB & SOBRAPPSI

POR ESTA OPORTUNIDADE.


FIM
SER MULHER COM O ENCANTO

& ESSÊNCIA DA MENINA INTERIOR!

Profª. Dra. Maria do Carmo Mombach-Psicanalista Clínica

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