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Sumário

1. Apresentação 1
2. Assédio Moral 4
2.1 Objetivos e estratégias 5
2.2 O que a vítima deve fazer 6
2.3 Ações preventivas da empresa 5
2.4 Casos concretos submetidos aos tribunais 5

3. Assédio Sexual 4
3.1 Historicidade 5
3.2 O Assédio Sexual no ordenamento jurídico: O delito, seus
sujeitos e classificação dos elementos. 6
3.3 Os efeitos psicológicos e físicos do assédio sexual 5
3.4 As Formas de Assédio Sexual 5

4. Bibliografia 4
1. APRESENTAÇÃO

Neste trabalho abordaremos sobre conceitos e exemplos, de um


relevante tema de interesse e discussão atual das relações entre as categorias
econômicas e profissionais, o assédio moral e sexual com o foco maior no
trabalho, pois bem, o lugar de maior discussão atualmente.

Embora o assédio moral seja ainda uma figura em construção no meio


doutrinário, diferente do que ocorre com o assédio sexual, o Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) promove ampla divulgação entre essas duas
modalidades a empregados e empregadores, com o foco de contribuir para
eliminar práticas abusivas no ambiente de trabalho.
2. ASSÉDIO MORAL

O assédio moral, conhecido como bullying psicológico é um grande


problema social que tem chamado a atenção dos médicos e psicólogos do
trabalho e que, a pouco tempo ingressou no mundo jurídico brasileiro. Somente
nos últimos cinco anos a matéria passou a ser tratada pela doutrina e chegou
aos Tribunais já sendo possível encontrar jurisprudência sobre o tema.

No campo da psicologia do trabalho, o assédio moral passou a aguçar o


interesse do mundo jurídico, como meio de proteger o trabalhador contra esta
maneira prejudicial de pressão que, na maioria das vezes, dissimula a busca
do lucro através da competitividade voraz em busca de uma eficiência que só
rende benefícios para o patrão.

O assédio moral pode ser definido como sendo a situação imposta pelo
empregador que visa ridicularizar o trabalhador o grupo, ou vice versa,
expondo-o de forma repetitiva e prolongada a diversas situações humilhantes,
constrangedoras ou vexatórias, durante a jornada de trabalho e no exercício de
suas funções, praticadas com a finalidade de lhe subtrair a auto-estima e
diminuir seu prestígio profissional, na tentativa de levá-lo a desistir do emprego
ou de “motivá-lo” na busca de metas de produção.

2.1 OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS

Os objetivos do agressor são desestabilizar emocionalmente e


profissionalmente sua vítima, livrando-se e até mesmo forçando a mesma a
pedir demissão ou demiti-lo, em geral, por insubordinação.

As estratégias são, escolher a vítima e isolar do grupo, impedir que ela


se expresse, fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar em seu local de
trabalho, culpar e responsabilizar publicamente, levando os comentários sobre
a incapacidade da vítima, muitas vezes, até o espaço familiar. Destruir
emocionalmente a vítima por meio de vigilância acentuada e constante. Muitas
vezes, isolando a vítima e impedindo que ela tenha uma vida saudável, até
mesmo fora do ambiente laboral. Em alguns casos a vítima passa a usar
drogas, principalmente o álcool, com frequência, desencadeando ou agravando
doenças preexistentes.

2.2 O QUE A VÍTIMA DEVE FAZER

A vítima tanto mulher como homem deve resistir, anotar com detalhes todas as
humilhações sofridas: dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor ou
agressora, colegas que testemunharam os fatos, conteúdo da conversa e o que
mais achar necessário. Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas,
principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que sofreram
humilhações, evitar conversa, sem testemunhas com o agressor. Procurar seu
sindicato e relatar o acontecido, buscar apoio junto a familiares, amigos e
colegas.

Instituições e órgãos que devem ser procurados:

• Ministério do Trabalho e Emprego

• Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego

• Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher

• Conselhos Estaduais dos Direitos da Mulher

• Comissão de Direitos Humanos

• Conselho Regional de Medicina

• Ministério Público

• Justiça do Trabalho

• Ouvidoria:

0800 61 0101 (Região Sul e Centro-Oeste, Estados do Acre, Rondônia e


Tocantins)

0800 285 0101 (Para as demais localidades)


• www.mte.gov.br/ouvidoria

2.3 AÇÕES PREVENTIVAS DA EMPRESA

Quanto mais desorganizada for a empresa, maiores os problemas de


relacionamento dentro do ambiente de trabalho e os prejuízos daí resultantes
serão maiores, e maior sendo o grau de tolerância do empregador ou
empregado em relação ás práticas de assédio moral.

Para um ambiente harmônico é essencial estabelecer diálogo sobre os


métodos de organização de trabalho com os gestores (RH) e trabalhadores,
ainda, realizando seminários, palestras e outras atividade voltadas á discussão
e sensibilização sobre tais práticas abusivas, e por fim, criar um código de ética
que proíba todas as formas de discriminação e de assédio moral.
3. ASSÉDIO SEXUAL

3.1 HISTORICIEDADE DO ASSÉDIO SEXUAL

O assédio sexual sempre fez parte da história, hoje apenas


parametrizamos ele em nossas normas, porem ele sempre fez parte da história
do mundo. O assédio vem principalmente da discriminação do homem com a
mulher, do poder que o homem exercia sobre a mulher, tanto físico, quanto
psicológico. Através da evolução histórica essa situação se aprimorou, as
revoluções (Industrial e Sexual) trouxeram um novo patamar à mulher, sendo
que podemos dizer que a mulher e o homem, hoje, estão no mesmo nível de
igualdade.

Porém, novos modelos de discriminação surgem, como o do âmbito do


trabalho, e é neste lugar que entra a figura do assédio sexual, porem esta
noção somente se clareou nos anos 60, após as revoluções citadas, pois foi
quando houve a abertura de discussão sobre esta questão sexual, em vários
meios (escolares, trabalhistas etc.) sendo que a exata expressão “assédio
sexual” surgiu apenas em 1970, nos estados unidos.

3.2 O ASSÉDIO SEXUAL NO ORDENAMENTO JURÍDICO: O DELITO, SEUS


SUJEITOS E CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS

O crime de assédio é o fato típico de o agente “constranger alguém com


o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente
de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício
de emprego, cargo ou função” (CP, Art. 216-A, caput). Falando em outras
palavras: obtenção de vantagem ou favorecimento sexual através de
constrangimento.

A descrição de assédio, acima, foi adicionada como crime pela Lei


10.224/2001, antes dessa lei, os casos eram solucionados por outras áreas do
Direito (Direito Civil, Trabalhista, Administrativo). Existem juristas que
consideram a tipificação penal do Assédio Sexual errônea, pois pelo princípio
da subsidiariedade (ultima ratio do Direito Penal) são raras as ações penais
que imputam esse crime porem não são raros os casos de assédio dentro de
repartições públicas, sociedades empresarias e empresas de pequeno e médio
porte.

Antes da Lei 10.224/2001 a conduta do crime de assédio sexual era, não


com este mesmo nome, considerado na esfera administrativa como
improbidade administrativa, gravíssima com pena de demissão e na esfera
trabalhista (Art.482, CLT), o assédio, que pode ocorrer com a menosprezo do
funcionário (dar menos tempo para um trabalho que exige mais tempo), exigir
condutas exageradas (maneira de se sentar, cor de roupas, etc) eram
condições para a rescisão indireta do contrato de trabalho, sem ônus para a
vítima do mesmo.

O bem jurídico protegido pelo crime de assédio sexual é a liberdade


sexual, no ambiente laboral, no sentido de, proteger para que a vítima não seja
coagida por seus superiores.

O Sujeito ativo do crime de Assédio Sexual somente pode ser o homem,


ou a mulher, que esteja em posição de hierarquia superior ou que seja
ascendente em relação a vítima, e isso deve decorrer do exercício de emprego,
cargo ou função, já o sujeito passivo é o homem ou a mulher que ocupar o polo
oposto da relação de superior hierarquia ou de ascendência, sendo que esteja
subordinado em relação ao agente. Para se caracterizar, o constrangimento
pode ser verbal, por escrito (e-mail, cartas, bilhetes) e por gestos, sendo
afastado desse crime a violência e grave ameaça, pois se houver o delito será
estupro (CP, art. 213) ou seja, este crime é uma modalidade especifica, que
não existe violência.

O termo vantagem, contido na descrição do crime, tem a ver com


proveito, ou ganho, já favorecimento quer dizer benefício ou gratificação, porem
ambos pode emanar de diversas maneiras, desde que possuam cunho sexual.
3.3 OS EFEITOS PSICOLÓGICOS E FÍSICOS DO ASSÉDIO SEXUAL

Por se tratar de um local de trabalho, o assédio pode tornar o mesmo um


ambiente hostil, em que o assediado se sinta desconfortável para trabalhar
ocasionando diversos tipos de transtornos e dificultando o andamento do seu
trabalho.

Alguns estudos médicos de um site inglês de novembro de 2011


apontam que pessoas que sofrem assédio sexual estão mais propícias a ter
problemas com sono, depressão, stress pós traumático, problemas com
pressão arterial e até em últimos casos o suicídio e como podemos evitar,
coibir este tipo de situação?

Segundo um estudo sociológico de Joluzia Batista, o problema está na


educação, as pessoas deveriam aprender mais sobre si, aprender mais sobre o
outro, pois os adultos que praticam e que até mesmo sofrem esse tipo de
violência foram jovens que não tiveram uma educação sexual correta, onde
sempre foram privados de falar abertamente sobre este assunto, e conhecer
sobre este lado de si e também dos outros.

3.4 AS FORMAS DE ASSÉDIO SEXUAL

Como já conceituado, assédio é toda tentativa de constranger outrem


que emane de alguém com poder hierárquico maior que a vítima, para que com
isso obtenha favores ou vantagens sexuais, fazendo isso com o uso do poder
que esse agente detém.

Através desses conceitos, podemos notar algumas formas de assédio:

Assédio sexual por intimidação: segundo uma doutrinadora do direito do


trabalho, Alice Monteiro de Barros "caracteriza-se por incitações sexuais
importunas, de uma solicitação sexual ou de outras manifestações da mesma
índole, verbais ou físicas, com o efeito de prejudicar a atuação laboral de uma
pessoa ou de criar uma situação ofensiva, hostil, de intimidação ou abuso no
trabalho"
Como podemos notar, neste tipo de assédio, não é levada em conta o
poder hierárquico do empregador, não se vê como uma superioridade laboral,
como abuso de poder, mas sim uma atuação reiterada e constrangedora
perante o sujeito passivo.

Assédio sexual por chantagem: esta, pressupõe o abuso de poder, o


agente usa indevidamente seu poder derivado da esfera laboral para
constranger grandemente a vítima, sendo que esta terá estrema dificuldade de
reagir, até mesmo em legitima defesa, por medo da perca do próprio emprego.

A grande diferença entre ambas as espécies de assédio, e como


observamos o poder hierárquico, dispensável na primeira e que é essencial na
segunda Porem estes são conceito fora da espera penal, e o primeiro tipo, por
intimidação, seja impossível se qualificar como assédio sexual tipificado no
código penal, apenas o segundo seria um ilícito penal, ou seja, apena o
assédio por chantagem seria o configurado como crime.
4. BIBLIOGRAFIA

 https://www.youtube.com/watch?v=EpLZFJ2EiMQ (STJ CIDADÃO)

 http://jus.com.br/artigos/4476/o-assedio-sexual-na-visao-do-direito-do-
trabalho

 BARROS, Monteiro Alice, Curso de Direito do Trabalho, 9ª Edição,


Editora Saraiva.

 http://portal.mte.gov.br/data/files/
8A7C812D3CB9D387013CFE571F747A6E/
CARTILHAASSEDIOMORALESEXUAL%20web.pdf

 http://www3.mte.gov.br/trab_domestico/trab_domestico_assedio.asp

 http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista

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