RESUMO:

PALAVRAS-CHAVES:

ABSTRACT:
KEY-WORDS:

1.INTRODUÇÃO
Este artigo tem o objetivo de identificar e compreender possíveis
problemas que existam na hora do acolhimento de pessoas que buscam
atendimento e de apresentar uma proposta de intervenção, no âmbito da
Delegacia da Mulher da cidade de União da Vitória-PR, para qualificar o
acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica, e buscar soluções
para os mesmos. Trata-se de uma pesquisa-observação do fenômeno do
comportamento humano relacionado à temática acima mencionada, fazendo
com que as pessoas sintam-se mais acolhidas, seguras e encorajadas a
buscarem ajuda no combate a violência contra a mulher, violência essa que
pode ser configurada como violência física, patrimonial, moral, psicológica e
sexual.
No Brasil teve um aumento de 8,3% na taxa de homicídios de mulheres
ocorridos na esfera familiar, isso na última década, em concordância com o
Atlas da Violência de 2020, engendrado pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), ainda segundo a pesquisa, a cada 6 horas e 23 minutos uma
mulher é morta dentro de casa, sendo seus atuais ou ex-parceiros os principais
autores do crime. Em 2015 foi criada a Lei de nº 13,104, tencionando mudar
essa conjuntura de violência, instituindo como feminicídio os casos de
homicídio de mulheres em condição de violência doméstica e familiar ou em
decorrência da desconsideração ou descriminação à condição de mulher
(BRASIL, 2015).
Contudo, o Direito Penal não tem sido convergente para explanar delitos
dessa natureza, apesar da existência de leis mais inexoráveis. Assim, resta
sublinhar que os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher
devem ter um tratamento multidisciplinar, portanto, para além do direito penal e
de suas penas desoladoras. Se tornando assim imprescindível, diante da sua
importância, abordar sobre a Rede de proteção das mulheres em situação de
violência doméstica e familiar, prevista na Lei de nº 11.340/2006 - conhecida
como Lei Maria da Penha (LMP).
Sendo assim, o principal papel da rede de proteção é prevenir e
combater práticas de violência contra a mulher, através das Delegacias
Especializadas, dos Juizados e Varas Especiais, das Coordenadorias de
Violência contra a Mulher, das Casas-abrigo, entre outros órgãos. Visto que
este tema é bastante relevante e vasto, o presente artigo terá como foco
principal, a importância da rede de proteção da LMP no combate a violência
doméstica e familiar contra a mulher na cidade de União da Vitória-PR.
Dessa forma, objetiva-se realizar observações do fenômeno do
comportamento humano relacionado à temática acima mencionada.
Caracteriza-se por uma pesquisa de campo, de observação, com mulheres e
crianças que buscam ajuda na Delegacia da Mulher de União da Vitória-PR,
por um período de 8 semanas, sendo feita essa observação durante 1 hora, 1
vez por semana. O intuito da observação foi levantar dados de como é
realizado o acolhimento de quem procura ajuda na Rede de proteção, no caso
aqui, na Delegacia da Mulher de União da Vitória-PR. Assim, com os dados
levantados e com a bibliografia já existente, sugerir uma possível proposta de
intervenção.

Faz um resumex de:

1. Problema de Pesquisa
Foi percebido a falta de capacitação e orientação por parte da equipe
em relação ao acolhimento das pessoas que procuraram atendimento nas
dependências da mesma, fazendo com que as vítimas e acompanhantes
tivessem que esperar por certo tempo e relatar o motivo de estarem ali mais de
uma vez e para mais de uma pessoa, o que ao invés de ocorrer em uma sala
reservada, acontece na própria recepção. Tendo em vista que relembrar certos
fatos pode gerar mais traumas e dificultar o processo da vítima na procura de
ajuda, fazendo com que ela até desista da denúncia ou acabe modificando os
fatos ocorridos por receio de contar ao profissional.
Ao presenciar isso, as acadêmicas debateram sobre a necessidade de
uma acolhida única, onde apenas um profissional ouvisse o relato e
encaminhasse o indivíduo para o atendimento necessário, para que fossem
evitados possíveis problemas, como relatado no parágrafo anterior.

2. Hipótese
Para as acadêmicas que compõem este grupo de observação, o
fenômeno é problemático, já que a falta de acolhimento adequada prejudica as
vítimas e demais pessoas que procuram auxílio. Partindo do ponto de vista das
mesmas, o que determina o acontecimento do fenômeno é a falta de
capacitação dos profissionais que ali atuam, o despreparo para o acolhimento
de quem os procura. O ambiente também contém suas falhas, pois possui uma
sala de vidro mais reservada, podendo ser usada para conversas mais
particulares, mas que é pouco utilizada, fazendo com que a população que
procura a unidade tenha que relatar o motivo da procura na recepção.
Novamente citando que é algo negativo para a sociedade que precisa deste
serviço e ressaltando a necessidade de mais treinamento e capacitação dos
profissionais que trabalham na unidade, para que o acolhimento,
principalmente de vítimas, seja mais eficaz e humanizado, diminuindo a
probabilidade do acontecimento de revitimização das vítimas e a ocorrência de
crimes de violência moral, com a diminuição da exposição de quem procura o
serviço e também a diminuição de possíveis traumas a serem causados.

1.2 OBJETIVOS
 3. Objetivo Geral
Este artigo tem como objetivo geral observar os funcionários da
Delegacia da Mulher de União da Vitória-PR, de como é feito o acolhimento às
pessoas que procuram a Rede de proteção, pessoas essas acometidas de
violência doméstica, pelo prazo de 8 semanas, sendo realizada a observação
durante 1 hora, 1 vez por semana.

4. Objetivos Específicos

a. Observar os funcionários da Delegacia de União da Vitória-PR, durante

1 hora, 1 vez por semana, pelo prazo de 8 semanas.
b. Levantar o comportamento dos funcionários em relação ao acolhimento
das pessoas que ali (quais dados vocês querem levantar observando?)
c. Unir e analisar os dados coletados referencial teórico já existente.
d. Apresentar uma possível intervenção para auxiliar ( auxiliar o que?)

E inicia no próximo tópico

2. REFERENCIAL TEÓRICO
A nossa sociedade ainda cria e contribui para diversos tabus, que fazem
assuntos necessários, não sejam pautados e nem divulgados isso facilita que o
senso comum se sobressai sobre o senso científico, o que acaba fazendo com
que temas relevantes e com teor científico seja visto de forma banalizada
socialmente, desmoralizando o cientista, e retardando o desenvolvimento da
sociedade (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008 p.20).
2.1 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
O termo violência doméstica é definido por onde se dá o determinado
fenômeno, ou seja, abrange todas as modalidades de crônicas do cotidiano,
sendo elas: mulheres agredidas, crianças maltratadas, idosos violentados,
sendo que esta violência vem a afetar todo o contexto familiar. A violência é
entendida como a relação das forças, seja ela em termos de classes sociais ou
até mesmo interpessoais. Há a possibilidade desta ser vista por dois ângulos,
em primeiro momento como uma conversação de diferença e assimetria em
junções hierárquicas de desigualdade, esta tem o objetivo de dominar, explorar
e oprimir. A segunda está relacionada em não tratar o sujeito com um ser
humano, mas como um objeto, em ambas as situações existe a violência (SILVA
et. al 2019, apud CHAUÍ, 1985).
Grande parte dos homens que cometem esse tipo de violência não são
cobrados pelo seu erro e a vítima muitas vezes acaba não registrando a queixa
do fato, outros tipos de violência por exemplo o abuso sexual, muitas vezes
passa despercebido pelos olhos da sociedade, portanto é importante auxiliar
tanto os homens quanto as vítimas da violência, para assim tentar reverter essas
atitudes em ambas as partes, o padecente para ter mais coragem e o agressor
para ganharem um auxílio com o objetivo de transformar as suas ações e
perceber seu erro (SEIXAS;DIAS, 2013).
 A Lei n° 11.340/06, a qual foi denominada de Lei Maria da Penha, tem
objetivo de reprimir todas as formas existente de violências contra pessoas do
sexo feminino, além de servir como uma prevenção e segurança para as
mulheres, ela ainda pune o agressor, a Lei Maria da Penha delineia que a
violência doméstica e familiar contra a mulher é deliberada por qualquer ação ou
eliminação que se baseia no gênero, sendo que esta pode vir a ocasionar a
morte, uma lesão sexual, agressão patrimonial ou moral (GOMES;DINIZ, 2008).
A violência surge muito antes da agressão, ela está presente na cultura
da sociedade, frases machistas, silêncio em vozes, desrespeito, diminuição de
gêneros, crianças sendo criadas a partir deste conceito, crianças deixando de
ser criadas como crianças e sim como ideologias. A violência doméstica é
também chamada de intrafamiliar, pois mesmo que apenas uma pessoa seja
agredida, isto afetará todo o conjunto familiar (GOMES;DINIZ, 2008).
2.2 A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DE QUALIDADE EM REDES DE
PROTEÇÃO
É de grande relevância o papel da denúncia e de encaminhamentos
necessários, neste momento difícil e de grande sofrimento, cabe aos
profissionais realizar o acolhimento, posteriormente o atendimento, e a
inserção da vítima na rede, existindo ainda, a importância de um o olhar
qualificado na identificação precoce dos casos de violência no contexto
doméstico e intrafamiliar. Dessa forma, a relevância dos profissionais e
servidores principalmente o da saúde, para que tenha a consciência na
responsabilidade de desenvolver um suporte de atendimento voltado não
somente para quando à identificação e acompanhamento terapêutico das
situações de violência e negligência (FIORELLI, 2020).
Torna-se necessário a qualificação correta, para que não haja
julgamentos, revitimização e sim para que ocorra capacitações contínuas dos
servidores públicos, manejo necessário, resguardo e proteção da vítima,
atendimentos sempre pautados no sigilo e na ética da profissão, tendo em
vista que a pessoa que procura órgãos de proteção estão em sofrimentos, bem
como um atendimento conduzido de forma inadequada por resultar na
necessidade de repetições de falas, expondo a vítima e aumentando o risco de
violência institucional (SILVA, 2009).

3. MÉTODO – resumido e corrido

Com a finalidade de obter resultados na problematização do presente

projeto de pesquisa, será realizada uma pesquisa de observação,
levantamento e bibliográfica.
A intervenção será realizada com a equipe que trabalha junto a rede de
proteção da Delegacia da Mulher de União da Vitória/PR, tendo observado a
falta de qualificação no comportamento dos servidores, dessa forma será
realizada uma palestra, com a finalidade de orientá-los e psicoeducá-los sobre
a importância da assertividade e empatia na hora da realização de
atendimentos prestados para a sociedade, tendo em visto o público vulnerável
que o local abrange.

3.2 INSTRUMENTO DA PESQUISA

 Para a realização do presente estudo, se fez necessário entrar em
contato com a Delegacia da Mulher, requisitando a possibilidade de aplicação
do referido estudo. Após a assinatura dos documentos necessários para a
realização da pesquisa, será informado a população alvo sobre a dinâmica.
Serão realizadas observações em campo e os dados observados serão
mantidos em registros sigilosos para posterior análise.

POPULAÇÃO/ AMOSTRA E LOCAL DA PESQUISA

A coleta dos dados será realizada com os servidores da Delegacia da
Mulher com maior foco naqueles que estão na linha de frente dos atendimentos
públicos, bem como a presente pesquisa será realizada no mesmo local.

4 – DISCUSSÃO E RESULTADOS

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS