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Ferreira (2011) afirma que a educação social no Brasil é compreendida

desde o início da história da edução. O autor afirma que “Toda ação


educativa é uma ação no social e para o social” (p.15 ). A identidade do
educador social é constituída por sua prática com a educação não formal e
nas relações interpessoais com aqueles que fazem parte desse contexto
educativo.

Todavia, é a partir da modernidade que se estabelece um foco maior para


essa educação.

O autor cita Libâneo (2004) que afirma que há a educação intencional e a


educação não intencional. Esta se refere aos processos educacionais
relacionados a crenças, religião, costumes, valores, práticas cotidianas que
se caracterizam por pouco planejamento e sistematização. Essa educação
está presente também na educação intecional, pois são os processos
eduacativos “não esperados”.

A educação intencional se caracteriza por objetivos sociopolíticos explícitos,


conteúdos, métodos,lugares e condições específicas de educação que
possibilitem uma participação consciente, ativa e crítica do sujeito na vida
social”. Essa educação é dividida em educação formal e não formal. A
educação formal é estruturada, planejada e organizada a partir de conceitos
formalizados, ao passo que a educação não formal é caracterizada por
propostas pedagógicas não formalizadas, que possuem baixo grau de
estruturação e sistematização.

Vieira evidencia a corrente filosófico e pedagógica de Paulo Freire para


compreender a educação não formal. Cita a obra Pedagogia do Oprimido
( 2005) em que Freire evidencia as relações de opressão e a importância da
educação como processo de compreensão dessa realidade. Traz a
Pedagogia da Libertação para retratar sobre os processos bancários
encontrados em nos processos educativos de opressão; evidencia a prática
dialógica Em Pedagogia da esperança, há afirmação da importância do
diálogo como categoria pedagógica do processo de educação não formal.

Segundo a letra do artigo 91 do Estatuto da Criança e do Adolescente, as


entidades não governamentais deverão ter em seu quadro pessoas idôneas.

A identidade trabalhista do Educador Social está em construção, embora o


CBO apregoa a descrição de cargo como

As categorias educando-pobre, educador social, a realizção pessoal, o


sistema escolar e a ONG caritativa foram evidenciadas, bem como identidade
para si, identidade para o outro identidade herdada e identidade constituida
para si.
Freire ( 1996;2005;2006) , Claude Dubar ( 2005, 2006)
O autor menciona que é necessário pensar a identidade profissional do
educador social além das relações trabalhistas e de empregabiliade, mas a
importância de formação específica

Identificar que tipo de educador o outro é não deve ser uma conclusão, mas
uma aproximação da constante busca de um melhor compreensão do
movimento identitário deste educador, que traz em si a cultura institucional, a
sua realização pessoal e sua necessidade de pertença a grupo profisisonal
( p. 352)

Na página 17 utiliza o termo “fenótipo europeu” para explicar a relação de


dominação e de educação instalada pelos portugueses que catequizaram,
doutrinaram os índios, mestiços e negros brasileioros,estabelencendo assim
uma diferança entre a educação européia e educação brasileira.
O fim da escravidão e a industrialização tiveram como consequencia o
aumento da população pobre. Na Primeira República o ensino possuia um
caráter moralizante para os pobres, os quais para evitarem de adentrar o
mundo da criminalidade deveriam trabalhar. Enquanto o pobre homem servia
o exército e a marinha, a mulher deveria receber uma educação para o lar,
para seu casamento.

Entre 1850 e 1930, as meninas não eram “preparadas somente para a


formação de uma família, mas também para o seu estado de vida social, ou
seja, a pobreza” (P.32)
Ao afirmar que “a moral, como uma preocupação constante na educação das
jovens pobres, é algo que legitima o conceito cultural de que a pobreza é
uma condição corrompedora do ser humano e, portanto, um empecilho para
que possa assumir sua função social seja como um trabalhador seja como
cidadão. Desta forma, a educação possui o papel de corrigi-lo.

Compreendemos assim que a categoria educando pobre se assemelha à


categoria situação limite anunciada por Freire e que a educação seria um ato
limite para a mulher ter um inédito viável que na época seria um bom marido
e um casamento.

O grupo pobre vai sendo constituído a partir da nossa formação cultural


enquanto um povo multétnico em uma colônia portuguesa de exploração.
Este fato histórico nos ajuda a construir um conjunto de representações,
significados, valores e crenças que vamos atribuindo no campo social aos
indistingos grupos. Assim sendo, o grupo empobrecido carrega as suas
particularidades, no decorrer da história, atendendo aos interesses
fentípicos, econômicos, sociais e culturais dos grupos encarregados da
liderença no jogo social. A pobreza representada pela carência de algo no
conjunto social se faz aglutinadora dos indivíduos para que então recebam,
da parte do poder instituído, o benefício necessário que os capacitará a uma
relação social com outros grupos. ( p. 47)

Pessoas pobres tiveram uma história na educação brasileira. Durante o período


higienista compreendido entre em que vigorava o Código de Menores, a criança
pobre era institucionalizava, com a implantação do Estatuto da Criança havia até
propaganda para as famílias institucionalizarem seus filhos. Com a implantação do
SUAS, o Estado atua como forma de amparar esse pobre e encaminhá-lo ao
mercado de trabalho como forma de

Arthur Viana apresenta o termo “educando-pobre”.

O autor retrata a educação não formal utilizada em grupos empobrecidos e


menciona Paulo Freire como um educador popular na valorização desses
grupos.

De acordo com a psicologia social, nossa identidade é dinâmica, não está


pronta e acabada; é um devir. Se constitui nas relações interpessoais que
estabelecemos, assim, compreendemos que o outro, o grupo no qual
estamos inseridos, as pessoas com as quais convivemos influenciam e
interferem nesse processo identitário.

Buscando se embasar em Cláudio Dubar (2006), Ferreira traz quatro


categorias para explicar a constituição da identidade: biografia para si,
biografia para o outro, relacioanal para si e relacional para o outro. A
categoria biografia para si caracteriza os elementos subjetivos, psíquicos que
constituem os processos psicológicos como sensação e percepção. A
categoria biografia para o outro é caracterizada pelos elementos que o sujeito
interioriza do seu meio social e familiar como crenças, valores.
A identidade relacional para o outro se caracteriza pelos elementos que
introjetamos quando estamos inseridos em um grupo social, em uma
instituição; reverbera de papéis sociais como os funções e cargos que
desenvolvemos. A identidade relacional para si consiste em uma reflexão
consciente sobre os projetos que pretendemos para nosso futuro, o que
corrobora em alinhar com outras pessoas que partilhem desses mesmos
projetos. Podemos fazer uma associação com o diálogicidade presente em
Pedagogia da Esperança.

Compreendemos assim que a identidade profissional se constitui no campo


do trabalho e do emprego. “ A presença do outro é fundamental tanto na
construção da identidade do “eu” como sujeito individual quanto na sua
formação, participação e identificação dos seus grupos de pertença social”.

A alteridade, ou seja, a compreensão do OUTRO na consituição psíquica do


EU. A relação eu- tu, a relação horizontal ou vertical que se estabelece com
as relações interpessoais. Ciampa evidencia que a mulher para ser mãe tem
que ter um filho, o professor precisa do aluno e vice-versa para esses papéis
existirem. E o educador social? Ele precisa de um educando para aplicar os
processos educativos. A sua identidade é o reflexo da identidade do público
atendido, tanto é que pela CBO, o conselheiro tutelar, agente penitenciário,
professor de tempo integral, profissional de projetos sociais, profissional que
atua com dependente químico pode ser nomeado de educador social.

Foram evidenciadas as seguintes categorias figurativas:


a) o educando pobre: ele é e está pobre; o educado é fragmentado; falta
afeto, dinheiro e alimentação.
b) o educador social: professor-educador
c) a realização pessoal: a afetividade é um elemento essencial nas relações
interpessoais
d) o sistema escolar: sistema que reproduz conteúdos e necessidades
institucionais
e) ONG caritativa: espaços educativos que possibilitam a educação dos
pobres

A realização pessoal conincide com a realização da identidade profisisonal do


educador social que podemos associar ao inédito víavel levantado por Paulo
Freire.
Atribuição e pertença Negociação identitária

Está relacionada as instituições, aos grupos orgnizacionais com os quais


convivemos, aos papéis sociais que desenvolvemos como o papel de
educador

Sartre dizia que o inferno são os outros. Para o educador social de ONGs caritativas, o inferno é a
energia, o movimento que se estabelece com aquele com o qual estamos inseridos no processo
educativo.
Esteganalteridade p348- escondido

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