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MÓDULO BÁSICO DO

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01 O QUE É O OSCILOSCÓPIO

[Ebook]

MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

Um guia prático da aplicação do osciloscópio


para a realização de diagnósticos de forma
rápida,assertiva e eficaz.

LAERTE RABELO
E DIOGO VEIIRA
1

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Sumário

01 O que é o Osciloscópio 06

Entendendo as
02 especificações técnicas
20

03 Operando o equipamento 23

04 Tipos de sinais elétricos 28

05 Enquadramento do sinal 32

Ferramentas especiais:
06 cursores e medidas
37

Sinais de controle: pulse with


07 modulation (PWM)
48

Funcionamento do gatilho:
08 trigger
51

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09 Compressão relativa 54

10 Conhecendo os acessórios 64

11 Transdutor de pressão 68

12 Sensores de variação linear 71

13 Ondas de referência 80

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SOBRE
O AUTOR

Laerte Rabelo

Técnico em Manutenção Automotiva, Pedagogo,


Consultor Técnico do SIMPLO MANUAIS TÉCNICOS
AUTOMOTIVOS, Consultor do Jornal Oficina Brasil,
Co- Criador do Treinamento diagnóstico na veia,
Criador do Treinamento O ESTRATÉGISTA, Instrutor
técnico, Palestrante, e Sócio proprietário da SIMCAR
Diagnóstico Automotivo Avançado.

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01

O QUE É O
OSCILOSCÓPIO

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01 O QUE É O OSCILOSCÓPIO

1.O que é o osciloscópio?


O osciloscópio é um instrumento de medição que permite visualizar os sinais
eletroeletrônicos em forma de gráficos. Em relação ao multímetro, isso representa
uma grande vantagem, pois, possibiliza a análise detalhada da forma de onda
do sinal.

O multímetro, que é o instrumento mais utilizado para medições de grandezas


elétricas como a tensão, a corrente e resistência, por exemplo, em termos de
equipamento, é o mínimo necessário para o técnico iniciar uma análise em um
circuito elétrico. Entretanto, este equipamento mostra apenas números e, em
alguns casos, uma barra gráfica, que ajuda na visualização da medição.

Figura 1 – Osciloscópios e multímetros

O osciloscópio, a seu turno, apresenta em sua tela um gráfico que mostra o


comportamento de um sinal elétrico ao longo do tempo. A visualização deste
gráfico nos permite determinar com maior precisão se o circuito eletrônico está
funcionando corretamente. Desta forma, temos uma informação mais completa
que a medição obtida pelo multímetro.

Na eletricidade básica, muitos sinais são estáveis. Vejamos por exemplo quando
medimos uma tensão de bateria, uma alimentação de um sensor Hall ou a
resistência de um sensor de rotação indutivo, as medições não apresentam
variações. Em geral, os valores se apresentam de forma fixa, sem variações
bruscas, como 12,7 volts, 5,0 volts ou 2,4 KOhms. Simples medições o multímetro
é suficiente, pois os valores medidos são constantes.

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A figura 1.2 apresenta dois sinais de alimentação. Observe que a tensão não
varia ao longo do tempo.

Figura 2 – Sinais de Alimentação na tela do osciloscópio

Nos sistemas eletroeletrônicos, por outro lado, os sinais apresentam variações


peculiares para cada componente, seja ele um sensor ou atuador. Ainda que o
circuito funcione de forma correta, a tensão pode variar de positiva para nula ou
até negativa em frações de segundo. Estas variações no sinal nos possibilitam
distinguir com maior precisão o bom funcionamento dos componentes. Todavia,
para visualizarmos estes sinais, não bastará utilizarmos o multímetro, vamos
precisar de um osciloscópio.

Na figura 1.3 temos sinais típicos do sensor de rotação e fase de um Ford


Rocam Flex. Veja que os sinais variam bastante. Isso impede a medição com o
multímetro, pois não existe um valor único a ser medido.

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01 O QUE É O OSCILOSCÓPIO

Figura 3 – Sinais de rotação e fase analisados com osciloscópio

No decorrer desta apostila, vamos conhecer a utilização do osciloscópio e


sua aplicação no diagnóstico dos sistemas eletromecânicos automotivos.
Aprenderemos a efetuar a correta instrumentação para realizarmos diagnósticos
mais conclusivos sobre os componentes.

Neste primeiro capítulo conheceremos os principais componentes e recursos do


osciloscópio, assim como sua aplicação no setor automotivo.

Como funciona o osciloscópio?

Basicamente, o osciloscópio possui uma tela gráfica, alguns botões de ajuste e


conector para a ponta de prova. Um osciloscópio de 2 ou mais canais é capaz
de analisar dois ou mais sinais simultaneamente, um sinal para cada canal.
No nosso exemplo, figura 1.4, temos um osciloscópio simples de dois canais
para efeito ilustrativo. Para osciloscópios de mais canais, as funcionalidades
são as mesmas. Outros mais avançados, figura 1.5, possuem recursos extras de
tratamento de sinal, funções matemáticas e outros.

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Figura 4 – Representação de um osciloscópio analógico simples

Figura 5 – Representação de um osciloscópio digital avançado, com funções extras

Ao observarmos atentamente a tela do osciloscópio, iremos identificar dois eixos


coordenados graduados a fim de nos dar as referências do sinal analisado. O eixo
horizontal representa o TEMPO em Segundos(S) e seus submúltiplos, enquanto
o eixo vertical indica a tensão, em VOLTS com seus submúltiplos. Quando em
funcionamento, visualizamos uma linha sendo traçada constantemente na tela.
Esta linha corresponde aos vários níveis de tensão que o sinal assume ao longo
do tempo. Posteriormente veremos como interpretar essas imagens.

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Figura 6 – Tela do osciloscópio com sinal e principais informações

Os botões de controle do osciloscópio são utilizados para ajustar o sinal no


enquadramento da tela. As funções serão detalhadas nos tópicos sobre
enquadramento vertical e horizontal contidos nesta apostila. Os botões de
ajuste do vertical e horizontal podem ser vistos conforme foto ao lado, marcados
pelas linhas pontilhadas.

Figura 7 – Principais botões no NEWTECNOSCÓPIO

Quando a ponta de prova é inserida no circuito que se deseja analisar, o


osciloscópio faz milhares de leituras de tensão consecutivas e as mostra na tela
na forma de um gráfico. Desta forma, as imagens mostradas pelo osciloscópio
são formadas por milhares de valores individuais de tensão.

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Figura 8 – Formação da imagem do sinal ponto a ponto

Tipos de Osciloscópio

Existem essencialmente dois tipos de osciloscópios: os analógicos e os digitais.


Os osciloscópios analógicos foram os primeiros a serem desenvolvidos e
ainda são amplamente utilizados até hoje. Os equipamentos digitais são mais
modernos e possuem mais recursos que os analógicos. Para nosso estudo
iremos explorar, especificamente, os osciloscópios digitais devido a sua ampla
aplicação no setor automotivo.

Vejamos, a seguir, alguns detalhes sobre este tipo de osciloscópio.

● Osciloscópios Digitais
Hoje em dia existe uma grande variedade de osciloscópios digitais no mercado.
Estes equipamentos possuem um princípio de funcionamento diferente dos
osciloscópios analógicos.

Figura 9 – Osciloscópios digitais de bancada

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Nos osciloscópios digitais, a tensão elétrica captada pela ponta de prova


é direcionada a um circuito chamado conversor Analógico/Digital (ou,
simplesmente, conversor A/D). Neste circuito, a tensão é convertida em
informação digital. A informação passa por um processador que a envia ao
display de cristal líquido (LCD).

Figura 10 – Esquema de funcionamento de um osciloscópio digital

Uma das inúmeras vantagens destes equipamentos em relação aos analógicos


é exatamente a conversão da tensão em informação digital, pois viabiliza o
armazenamento dos dados ou sua transferência para um computador.

Outra vantagem é a ausência do tubo de raios catódicos, o que permite a


construção de osciloscópios mais leves e compactos.

Figura 11 – Exemplos de osciloscópios digitais compactos

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● Curiosidade - Osciloscópios digitais por PC (computador) baixo custo


Utiliza um computador ou um notebook como plataforma de funcionamento.

Nos modelos mais simples, sua placa de som é utilizada como circuito de
conversão analógico/digital. A ponta de prova adaptada é conectada a entrada
do microfone do computador. Na prática, a placa de áudio realiza normalmente
a função de conversor A/D, transformando o sinal analógico de áudio captado
pelo microfone em informação digital.

Um programa desenvolvido especificamente para esta aplicação busca estas


informações e traça os sinais na tela do computador. Estes programas possuem
alguns recursos de controle e ajuste de sinal.

O benefício do osciloscópio via placa de áudio é o seu custo. Para tanto, é


necessário ter apenas um computador disponível, construir a ponta de prova
e instalar o software. Todavia, este tipo de osciloscópio também possui seus
inconvenientes:

- A placa de áudio da maioria dos computadores não suporta tensões elétricas


maiores que 5 volts; desta forma, é grande o risco de danos ao circuito;

- Baixa frequência de leitura de dados de sua placa de áudio que, em média, é


da ordem de 20kHz, ou seja, 20mil leituras por segundo;

- A construção da placa de áudio que possui filtros de entrada especialmente


desenvolvidos para receberem sinal de áudio.

Dos itens mencionados acima, o que mais limita a aplicação deste tipo de
osciloscópio, é sua baixa frequência, pois seus 20kHz, ou 20 mil leituras por
segundo, não chegam nem perto dos 20Mhz, ou 20 milhões de leituras por
segundo, utilizados pelos osciloscópios digitais de entrada.

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Figura 12 – Software e ponta de prova de osciloscópio de baixo custo

● Osciloscópio com hardware via USB


Com princípio de funcionamento semelhante ao osciloscópio baseado em
computador que utiliza a placa de som como circuito de conversão de sinal
analógico para digital, temos um que utiliza um circuito externo para realizar a
leitura e conversão A/D. Um módulo é ligado ao computador através da porta
USB ou outra porta de comunicação. As pontas de contato são ligadas a esse
modulo, não mais a placa de áudio. Como o modulo é desenvolvido para este
fim, a frequência de leitura é maior, chegando a 100Mhz ou mais. A tensão de
leitura também pode ser ajustada para valores maiores, como 50 volts.

Figura 13 – Osciloscópio baseado em PC

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O módulo converte o sinal analógico em informação digital e transfere para o


computador, onde os dados podem ser exibidos na tela e armazenados. Este
tipo de osciloscópio apresenta custo um pouco inferior ao de um osciloscópio
de bancada e exige um computador/notebook para funcionar.

Múltiplos e Submúltiplos

Da mesma forma que aplicamos múltiplos e submúltiplos em diversas unidades


no nosso dia a dia, na eletrônica também o fazemos.

Figura 14 – Prefixos e unidades de medida elétrica

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Figura 14.2 - Trabalhando com as casas

Frequência X Período

A frequência é o número de vezes que um evento ocorre num espaço de tempo.


A unidade de frequência, segundo o sistema internacional de unidades (SI), é
o Hertz, cujo símbolo é Hz. O intervalo de tempo desta unidade é o segundo.
Desta forma, a unidade Hertz é a quantidade de eventos por segundo. Por
exemplo, a energia elétrica de nossa rede pública é uma tensão alternada de
60Hz. Isto significa que a tensão apresenta 60 ciclos por segundo, ou seja, 60
picos positivos e 60 picos negativos neste intervalo de tempo.

Figura 15 – Sinal elétrico de 60Hz, 60 ciclos por segundo

Um motor funcionando a 900 rotações por minuto (RPM) completa 15 rotações


a cada segundo. Assim, podemos afirmar, que o motor está funcionando a 15Hz.

Por sua vez, o período é o inverso da frequência. Ele é definido como sendo
o intervalo de tempo que decorre entre dois eventos consecutivos. Pode ser
medido, por exemplo, entre picos ou vales consecutivos.

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MÓDULO BÁSICO DO
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Figura 16 – Representação de um período em formas de onda diferentes

Para calcular o período, podemos aplicar a seguinte equação:

Figura 17 – Equação 1

De forma análoga, temos:

Figura 18 – Equação 2

Se considerarmos a frequência em Hertz, o período será dado em segundos.


Como exemplo, vamos calcular o período referente à frequência de 15Hz, citada
anteriormente. Logo, temos que:

Figura 19 – Período em segundos

Isso significa que um motor a 900rpm, que corresponde a 15Hz, possui um

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MÓDULO BÁSICO DO
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período de 0,0667 segundos, ou 66,7 milissegundos. Assim sabemos que cada


rotação do motor se completa em 66,7 milissegundos. Para você exercitar os
conceitos de frequência e período, seguem dois exemplos de aplicação prática
onde se solicitam os valores de período (exemplo 1) e frequência (exemplo 2).

- Exemplo 1: calcule o período do sinal de um corpo de borboleta eletrônico


acionado pelo Módulo de Comando a uma frequência de 300Hz.

Figura 20 – Exemplo 1

- Exemplo 2: Calcule a frequência correspondente a um sinal cujo intervalo entre


seus picos é de 40 milissegundos.

Figura 21 – Sinal de 40ms de intervalo entre picos.

Este conhecimento é importante, pois alguns osciloscópios não mostram


diretamente a frequência. A escala do sinal é apresentada apenas em
milissegundos por divisão. Por isso é fundamental sabermos calcular a frequência
a partir do período e também o período a partir da frequência.

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MÓDULO BÁSICO DO ENTENDENDO AS
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
02 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

02

ENTENDENDO AS
ESPECIFICAÇÕES
TÉCNICAS

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MÓDULO BÁSICO DO ENTENDENDO AS
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
02 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

2.Entendendo algumas
especificações técnicas
Appendix A: Specifications Hantek 6074BC

Figura 22 - Specifications Hantek 6074BC

● Analog Channel (número de canais analógicos)


Nos mostra a quantidade de canais analógicos de entrada do equipamento.
Podem variar de 1 (um) canal a 8 (oito) canais ou mais. No uso automotivo,
geralmente escolhemos equipamentos que possuem de 2 (dois) a 4 (quatro)
canais.

● Largura de banda (Bandwidth):


Corresponde à outra especificação importante do osciloscópio, no que concerne
a sua aplicação. Este parâmetro informa a frequência máxima de um sinal a
ser medido pelo osciloscópio sem que o sinal sofra atenuação relevante. Sinais
de entrada com frequência superior à largura de banda sofrem atenuação
considerável e, consequentemente, o osciloscópio apresentará medições
incorretas prejudicando o diagnóstico.

● Input Coupling (Acoplamento de entrada)


Neste exemplo, temos o acoplamento AC e o acoplamento DC

● Acoplamento DC

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MÓDULO BÁSICO DO ENTENDENDO AS
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
02 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Figura 22 - Corrente de uma bomba de combustível usando acoplamento DC

A forma de captura mais comum. O sinal de tensão contínua lido no aparelho


pode ser uma linha fixa ou uma linha fixa com oscilações.

● Acoplamento AC
Com esta função, no mesmo sinal podemos “mover” componente DC e deixamos
somente a oscilação.

Figura 23 - Corrente de uma bomba de combustível usando acoplamento AC

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
03 OPERANDO O EQUIPAMENTO

03

OPERANDO O
EQUIPAMENTO

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
03 OPERANDO O EQUIPAMENTO

3.Operando o equipamento
O osciloscópio é constituído por diversas partes, cada qual com sua função e
particularidades, que devem ser conhecidas e estudadas pelo técnico que deseja
utilizar o máximo de recursos deste equipamento. Desta forma, iniciaremos
nossa abordagem explorando o display ou mostrador.

● Display ou Mostrador
Os osciloscópios possuem um display para exibir o gráfico, o sinal e outras
informações. Esta tela deve ter dimensões e resoluções suficientes para mostrar
os dados com nitidez. O gráfico mostrado no display possui dois eixos. No
horizontal, está representada a escala do tempo. No eixo vertical, é exibido o
nível de tensão do sinal. A escala de cada um dos eixos é exibida no canto da
tela. Os eixos possuem divisões para que possamos medir, visualmente, o tempo
decorrido ou a diferença de tensão entre pontos distintos do gráfico.

Figura 24 – Tela típica de um osciloscópio

● Botões de Ajuste Vertical e Horizontal


Existem alguns botões de uso comum que independem do tipo de osciloscópio.
Eles são fundamentais para configurar o seu funcionamento e regular a exibição
do sinal.

Os botões da escala horizontal e vertical são utilizados para mudar a escala


dos eixos do gráfico. O eixo horizontal é exibido em bases de tempo que variam
de Nanosegundos de divisão para segundos de divisão. O eixo vertical pode ser

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
03 OPERANDO O EQUIPAMENTO

ajustado para apresentação em milivolts por divisão até algumas dezenas de


volts por divisão na seleção de x1.

Figura 25 – Botões de ajuste no Hantek

Figura 26 – Botões de ajuste no NewTecnoscópio e Hantek 1008 (novo Software)

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01 O QUE É O OSCILOSCÓPIO

Figura 27 – Principais botões no OWON 1022i

No decorrer deste capítulo aprenderemos a utilizar este recurso. Os botões de


função, próximos ao display, podem apresentar funções diferentes, dependendo
da configuração do fabricante. Em geral são utilizados para captura de tela,
inversão de sinal, operação entre os sinais e outras operações possíveis.

● Referência e Compensação das sondas


Os osciloscópios possuem um gerador próximo às entradas dos canais. É gerado
um sinal fixo, utilizado para o ajuste de compensação da ponta de prova.
Geralmente, o sinal de referência do gerador é uma forma de onda quadrada,
com frequência de 1Khz e amplitude de 2 a 5 volts.

Figura 28 – Gerador de sinal com valores de frequência e tensão de pico

Conectando a ponta de prova no terminal do sinal de referência, a forma de


onda gerada será apresentada na tela. Utilizando o parafuso de regulagem da

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
03 OPERANDO O EQUIPAMENTO

ponta e prova e os botões de ajuste, horizontal e vertical, é possível enquadrar


o sinal e deixá-lo no formato correto na tela e conferir se a medição realizada
está correta.

Figura 29 – Calibrando a sonda de teste

Quando calibrar?
Como?

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
04 TIPOS DE SINAIS ELÉTRICOS

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TIPOS DE SINAIS
ELÉTRICOS

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
04 TIPOS DE SINAIS ELÉTRICOS

4.Tipos de Sinais Elétricos


Os sinais elétricos que não conseguimos ver com um multímetro, os enxergamos
com o osciloscópio. Estes sinais têm um período, onde conseguimos ver sua
Intensidade, Amplitude e Tempo. É a partir desta visualização que conseguimos
detectar se existe ou não uma interferência eletromagnética, no circuito
analisado, pois os enxergamos como ruído na linha dos sinais.

● Sinal analógico alternado


Esta forma de sinal, apresenta uma oscilação repetitiva, curva matemática
apresentada no gráfico como uma função seno ou cosseno. A figura 4.1 exibe o
sinal destacando seus principais pontos.

Figura 30 – Exemplo de onda analógica alternada

● Onda alternada amortecida


A figura 3 apresenta um tipo especial de onda Senóide que sofre amortizações
no decorrer do tempo, diminuindo a amplitude de seu sinal.

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
04 TIPOS DE SINAIS ELÉTRICOS

Figura 31 – Exemplo de onda amortecida. Temos um sinal semelhante quando analisamos um sensor
de rotação indutivo no momento que desligamos a ignição.

● Ondas Quadradas
Esta forma de sinal, apresenta pulsos discretos (não contínuo), e apresenta
apenas dois estados (1/0, ligado/desligado). A figura 4.3 destaca a amplitude e
o período do sinal.

Figura 32 – Exemplo de onda quadrada

● Onda Triangular
É uma espécie de forma de onda não senoidal/cossenoide básica. A figura 4.4
mostra a forma de onda triangular seu ciclo assim como a equivalência de suas
áreas.

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
04 TIPOS DE SINAIS ELÉTRICOS

Figura 33 – Exemplo de onda triangular. Não convencional em sensores

● Onda Dente de Serra


Da mesma forma que a onda triangular, a onda dente de serra é uma espécie
de forma de onda não senoidal/cossenoide básica. A figura 4.5 apresenta a
onda dente de serra com seu ciclo e áreas iguais.

Figura 34 – Exemplo de onda dente de serra. Pode ser encontrada em circuitos Eletrônicos
automotivos (UCE)

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
05 ENQUADRAMENTO DO SINAL

05

ENQUADRAMENTO
DO SINAL

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
05 ENQUADRAMENTO DO SINAL

5.Enquadramento Horizontal e
Enquadramento Vertical
Os botões de ajuste do eixo horizontal (tempo) e eixo vertical (tensão), permitem
enquadrar o sinal na tela do osciloscópio para que seja possível analisar o sinal.

● Enquadramento Vertical (Tensão):

Figura 35 - Principais pontos de referência do sinal

Ao se observar a figura acima, conseguimos analisar o sinal como um todo.


Desta forma, poderemos considerar o valor de tensão selecionado no canal
2 (200 mVolts) adequado para este tipo de análise. A próxima figura exibe a
mesmo sinal, mas com o valor de tensão incorreto, ocasionando a visualização
parcial da onda.

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
05 ENQUADRAMENTO DO SINAL

Figura 36 - Exemplo visualização de onda com ajuste incorreto da tensão

Figura 37 - Exemplo visualização de onda com ajuste da tensão ok

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
05 ENQUADRAMENTO DO SINAL

Figura 38 - Gráfico de uma onda alternada com correto ajuste do tempo

● Enquadramento Horizontal (Tempo):

Figura 39 - Mesmo sinal da figura anterior ajustado incorretamente

IMPORTANTE: ao analisarmos um sinal, devemos conhecer ao menos o nível de


tensão que ele pode atingir. Uma tensão elevada pode danificar o equipamento.
Por segurança, ao iniciar a análise de um sinal desconhecido, mantenha a escala
no maior valor e sonda em x10. Assim o equipamento estará apto a receber
tensões mais altas (sempre dentro do limite operacional do equipamento). Em
seguida, reduza a escala até que o sinal esteja apropriadamente enquadrado
na tela. Esta dica é importante para evitar saturações de sinal e preservar a

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
05 ENQUADRAMENTO DO SINAL

integridade e a vida útil do equipamento. A maioria dos dispositivos automotivos


funcionam com tensões de 5 e 12 volts. Alguns dispositivos indutivos, porém,
podem atingir valores elevados de tensão. Os sensores indutivos, como o sensor
de rotação podem gerar tensões da ordem de 30 a 40 volts, em rotações
elevadas. O sistema de ignição, pela sua própria função, atinge centenas de
volts no circuito primário e dezenas de milhares de volts no circuito secundário.
Isso exige um equipamento/acessório adequado, desenvolvido especificamente
para esta aplicação. Nestes casos, o uso de um dispositivo atenuador é
necessário.

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MÓDULO BÁSICO DO FERRAMENTAS ESPECIAIS:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
06 CURSORES E MEDIDAS

06

FERRAMENTAS
ESPECIAIS:
CURSORES E MEDIDAS

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MÓDULO BÁSICO DO FERRAMENTAS ESPECIAIS:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
06 CURSORES E MEDIDAS

6.Ferramentas especiais: Cursor


Horizontal e Cursor Vertical
Uma ferramenta comum e bastante útil no osciloscópio são os cursores. Eles são
utilizados para auxiliar a realização de medições de intervalos de tempo ou de
diferença de tensão, diretamente na tela. O cursor é uma linha reta, horizontal
ou vertical, que aparece na tela quando está ativo. Para os osciloscópios da
fabricante HANTEK, para ativar os cursores deve-se acessar o menu “Cursor”,
na parte superior da tela, seleciona-se o canal de origem da medição no item
“Fonte” (“Source”) e o tipo de cursor a ser utilizado.

O display pode mostrar cursores horizontais e verticais, que funcionam como


guias para facilitar a medição de tempo ou a diferença de tensão. O valor de
tempo e de tensão onde estão os cursores e os intervalos de tempo e de tensão,
compreendidos entre os cursores, são exibidos no canto da tela.

Figura 40 – Cursor vertical (tempo) em vermelho na tela do osciloscópio

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MÓDULO BÁSICO DO FERRAMENTAS ESPECIAIS:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
06 CURSORES E MEDIDAS

Figura 41 – Cursor horizontal (tensão) em vermelho na tela do osciloscópio

Figura 42 – Seleção dos Cursores no Newtecnoscópio

Os cursores na prática, são ferramentas bastante úteis para a verificação de


valores de tempo e tensão, pois franqueiam-nos o caminho para a análise da
tensão enviada pelos sensores, tempo de centelha do sistema de ignição, além
de possibilitar a verificação da rotação de motores elétricos, como de uma
bomba de combustível, por exemplo.

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MÓDULO BÁSICO DO FERRAMENTAS ESPECIAIS:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
06 CURSORES E MEDIDAS

Figura 43 – Cursor horizontal (tensão) em vermelho na tela do osciloscópio Hantek 1008c

Figura 44 – Seleção dos cursores no OWON 1022i

Ferramentas especiais: Medidas na família Hantek

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MÓDULO BÁSICO DO FERRAMENTAS ESPECIAIS:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
06 CURSORES E MEDIDAS

● Medidas (Measure)
Possibilita a visualização de parâmetros e características do sinal medido
diretamente na tela do osciloscópio. Ao acessar o menu medidas, o técnico
deve escolher o canal de origem da medição através do item “Fonte” (“Source”).

Figura 45 – Tela osciloscópio

Vertical - Permite a seleção dos parâmetros referentes ao eixo vertical:

● Máximo (Maximum)
Apresenta o valor máximo que o sinal medido atingiu.

● Mínimo (Minimum)
Apresenta o valor mínimo que o sinal medido atingiu.

● Pico à Pico (Peak to Peak)


Calcula a diferença entre os valores máximos e mínimos do sinal medido.

● Topo (Top)
Informa o máximo estatístico do sinal.

● Base (Base)
Informa o mínimo estatístico do sinal.

● RMS
Informa o valor eficaz do sinal medido.

● Amplitude
Calcula a diferença entre os valores de topo e base.

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MÓDULO BÁSICO DO FERRAMENTAS ESPECIAIS:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
06 CURSORES E MEDIDAS

● Média (Mean)

Calcula a média aritmética do sinal medido.

Figura 46 – Seleção medida vertical no Hantek série 6000

Figura 47 – Seleção de Medidas no OWON 1022i

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MÓDULO BÁSICO DO FERRAMENTAS ESPECIAIS:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
06 CURSORES E MEDIDAS

Figura 48 – Seleção de Medidas no NEWTECNOSCÓPIO são feitas quando se arrastam os cursores

Figura 49 – Seleção de Medidas no novo software do HANTEK 1008

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MÓDULO BÁSICO DO FERRAMENTAS ESPECIAIS:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
06 CURSORES E MEDIDAS

Ainda neste menu, podemos selecionar as medidas referentes ao tempo no item


“horizontal”.

Horizontal - Possibilita a seleção dos parâmetros referentes ao eixo horizontal


de medição:

● Período (Period)
Informa o valor do período do primeiro ciclo do sinal medido.

● Frequência (Frequency)
Informa o valor da frequência do sinal.

● + Ciclo de Trabalho (+ Duty Cicle)


Calcula o ciclo de trabalho de pulsos com modulação por largura de pulso
(PWM) positivos.

● - Ciclo de Trabalho (- Duty Cicle)


Calcula o ciclo de trabalho de pulsos com modulação por largura de pulso
(PWM) negativos.

● + Largura de Pulso (+ Pulse Widht)


Mede o tempo de duração do primeiro pulso positivo do sinal medido.

● - Largura de Pulso (- Pulse Widht)


Mede o tempo de duração do primeiro pulso positivo do sinal medido.

Figura 50 - Osciloscópio Hantek 1008 mostrando duty cycle

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MÓDULO BÁSICO DO FERRAMENTAS ESPECIAIS:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
06 CURSORES E MEDIDAS

Salvando a imagem
Diagnóstico com osciloscópio é diagnóstico por imagem. Então temos que ter
imagens de referência para podermos fazer comparações. O reparador pode
criar seu próprio banco de dados, mas o mais sensato a se fazer é um banco
de imagens compartilhadas. Afinal, são tantos carros e tantos sistemas que é
impossível que o reparador tenha imagens de referência de todos os veículos
circulantes.

http://ondasautomotivas.forumeiros.com/

Figura 51 - Salvando imagem no Osciloscópio Hantek série 6000

Figura 52 - Salvando imagem no Osciloscópio Hantek 1008

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MÓDULO BÁSICO DO FERRAMENTAS ESPECIAIS:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
06 CURSORES E MEDIDAS

Figura 53 - Banco de imagens nas nuvens do Newtecnoscópio

Salvando uma forma de onda

É possível salvar uma forma de onda como arquivo e abrir no seu osciloscópio
Hantek ou Owon como uma onda de referência ou mesmo um sinal a ser
analisada posteriormente.

Figura 54 - Salvando arquivo REF

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MÓDULO BÁSICO DO FERRAMENTAS ESPECIAIS:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
06 CURSORES E MEDIDAS

Figura 55 - Salvando arquivo .CSV no OWON 1022i

Salvando uma configuração

Você inveja aqueles osciloscópios automotivos que tem um Menu com um monte
de configuração prontinha pra usar? Faça você mesmo suas pré-configurações
e agilize o diagnóstico!

Figura 56 - Salvando configurações no Hantek 6074

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MÓDULO BÁSICO DO SINAIS DE CONTROLE: PULSE
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
07 WITH MODULATION (PWM)

07

SINAIS DE CONTROLE:
PULSE
WITH MODULATION
(PWM)

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MÓDULO BÁSICO DO SINAIS DE CONTROLE: PULSE
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
07 WITH MODULATION (PWM)

7.Sinais de Controle
● Modulação PWM
A modulação por largura de pulso ou PWM (Pulse Wirth Modulation) surgiu
da necessidade de controlar a velocidade de motores de corrente contínua
e, atualmente, é muito utilizada como forma de controle nas mais variadas
aplicações.

A modulação PWM consiste em variar o nível médio do sinal através do controle


de um sinal pulsado de onda quadrada. Tomando como referência um período,
quanto maior for o tempo que o sinal de onda quadrada ficar em nível lógico
alto, maior será o valor médio do sinal, podendo assim ser usado como tensão
de controle dos atuadores de uma infinidade de sistemas embarcados (injeção
eletrônica, ar-condicionado, arrefecimento, etc.)

● Ciclo de Trabalho
O ciclo de trabalho é caracterizado pela porcentagem que um pulso PWM
fica em nível lógico alto em relação ao período do sinal. Pode-se descrever,
matematicamente, o ciclo de trabalho da seguinte forma:

Figura 57 - Exemplo de sinal PWM e cálculo do ciclo de trabalho

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MÓDULO BÁSICO DO SINAIS DE CONTROLE: PULSE
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
07 WITH MODULATION (PWM)

Exemplo:

Figura 58 – Ciclo de trabalho

Exemplificação gráfica de diferentes ciclos de trabalho:

Figura 59 - Sinal PWM com diferentes ciclos de trabalho

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MÓDULO BÁSICO DO FUNCIONAMENTO DO GATILHO:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
08 TRIGGER

08

FUNCIONAMENTO DO
GATILHO:
TRIGGER

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MÓDULO BÁSICO DO FUNCIONAMENTO DO GATILHO:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
08 TRIGGER

8.Funcionamento do Gatilho
(Trigger)
O gatilho ou trigger é um recurso que serve para estabilizar a imagem do
sinal exibida no display do osciloscópio. No momento que o gatilho reconhece
um padrão previamente configurado, o processo de medição tem início e a
sequência de dados medidos é apresentada na tela em forma de curva. Com
essa ferramenta é possível sincronizar o sinal e visualizá-lo no intervalo de
tempo mais adequado para a análise.

Configuração do Gatilho (Trigger)

Para que o trigger funcione de forma adequada, é de suma importância, que


o técnico faça a configuração correta, ou seja, selecione no osciloscópio qual
o padrão deve ser seguido para que o processo de medição seja iniciado.
Para acessar as configurações de trigger o técnico pode utilizar da barra de
ferramentas lateral (side bar) ou o menu “Configurar>Gatilho” (“Setup>Trigger”),
no canto superior da tela. Atualmente, encontramos na maioria dos osciloscópios
dois modos principais de configuração, o trigger por borda (Edge) e o trigger
por pulso (Pulse).

Figura 60 - Trigger é dar um disparo e parar o sinal na tela

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MÓDULO BÁSICO DO FUNCIONAMENTO DO GATILHO:
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
08 TRIGGER

Figura 61 - Acesso e configurações do trigger no Hantek

Trigger por borda (Edge)

Aguarda o sinal ultrapassar um nível de tensão selecionado para que o sinal


seja mostrado na tela.

● Varrer Gatilho (Trigger Sweep)


Seleciona como o sinal será exibido na tela. Quando o Sweep AUTO está
selecionado, o osciloscópio mostra o sinal mesmo quando o trigger não é
acionado. Já o modo NORMAL, só mostra o sinal após o acionamento do
trigger. E o modo SINGLE pausa o sinal logo após o trigger ser acionado e o
sinal ser mostrado na tela.

● Disparo Fonte (Trigger Source)


Seleciona qual canal será a referência para o disparo das medições. Quando
trigger externo (EXT) está selecionado, o osciloscópio sincroniza as medições
com um sinal que pode ser independente dos sinais medidos nos canais do
osciloscópio.

● Disparo Slope (Trigger Slope)


Seleciona se o nível de tensão para acionamento do trigger será encontrado no
instante em que o sinal está subindo (+) ou descendo (-).

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
09 COMPRESSÃO RELATIVA

09

COMPRESSÃO
RELATIVA

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
09 COMPRESSÃO RELATIVA

9.Compressão relativa
Matérias escritas por Diogo Vieira para o Jornal Oficina Brasil)

Teste de compressão relativa de motores de


combustão interna. Parte 1.

Olá, Reparadores. Mês passado vimos um interessante método de testes de


falhas de combustão (MISFIRE) onde se é possível analisar o torque produzido
no eixo virabrequim, que é proporcional à explosão de cada cilindro, tendo uma
ideia de como está a queima do motor. Neste mês, veremos um teste que pode
nos dizer a pressão de compressão de cada cilindro, simplesmente analisando
a queda de tensão nos bornes de bateria ou a corrente consumida pelo motor
de partida.

O presente teste já é conhecido dos reparadores. A análise da pressão máxima


de compressão pode ser feita tanto via software pela central eletrônica que
gerencia o motor ou por alguns osciloscópios analisadores de motor.

● Como funciona?
Vamos a um exemplo bem simples. Quando o reparador automotivo quer verificar
o sincronismo do motor (conferir as corretas posições do eixo virabrequim e
comando de válvulas) e com o auxílio de uma chave, gira o eixo virabrequim
até que este fique na correta posição descrita no manual daquele veículo, fica
evidente que quando um dos pistões sobe comprimindo o ar, temos que pôr
mais força pra girar o eixo porque nesse momento ele fica “pesado”. Assim como
você percebeu um esforço físico maior para girar o Eixo, na hora da partida o
MP (motor de partida) também percebe isto e quando há este “peso”, o consumo
de corrente elétrica varia assim como a tensão nos bornes de bateria.
Na prática: se temos um cilindro com baixa compressão, o esforço ou “peso” na
hora que o pistão sobe comprimindo é menor e temos um sinal diferente na tela
do osciloscópio. Ou se todos os cilindros mantêm a compressão no momento
da partida, as variações de corrente elétrica ou queda de tensão são iguais.
Um teste tão rápido que ajuda muito o reparador na hora do diagnóstico.
Compare o tempo que é feito o procedimento com o osciloscópio com o
procedimento padrão de colocar o manômetro de pressão em cada cilindro!

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
09 COMPRESSÃO RELATIVA

Figura 62 – Imagem 1

● Captação do sinal
A forma de captura poderá ser feita de duas maneiras. Um transdutor de
corrente elétrica junto ao osciloscópio “enxerga” o consumo de corrente do MP
(motor de partida). Como o osciloscópio apresenta valores de tensão em sua
tela, o transdutor transforma corrente (Amperes) em tensão (volts). Figura 62 -
imagem 1.

Outra forma de captura de sinal é simplesmente medindo a Tensão dos bornes


de bateria com uma sonda x1 ou x10 (Figura 63 – imagem 2). Entretanto se o
osciloscópio do reparador for um modelo universal, que não seja um analisador
de motor automotivo que tenha a função teste de cilindros incluída no seu
software, este deve possuir a função “acoplamento AC”. O acoplamento AC traz
a variação de tensão “pra baixo” e possibilitando ver as variações de tensão
produzidos pelo MP.

Figura 63 – Imagem 2

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
09 COMPRESSÃO RELATIVA

● Requisitos para o teste


O teste deve ser realizado com uma bateria em boas condições de uso. A injeção
de combustível deverá ser interrompida. O pedal do acelerador deverá estar
totalmente acionado.

As imagens que seguem mostrarão casos reais feitos em nossa oficina, a


Automotriz Serviços em Fortaleza- CE.

A Figura 64 – imagem 3 mostra a compressão relativa realizada no Audi A4


2.0 TSFI 2011. O Audi tinha uma leve tremida na marcha lenta. Verificamos a
compressão relativa dos cilindros analisando a queda de tensão da bateria
e juntamente com outros testes, descartamos uma falha mecânica do motor.
O sinal em vermelho é o disparo da ignição do cilindro 1 que possibilita a
identificação de cada cilindro.

Figura 64 – Imagem 3

Agora na Figura 65 – imagem 4, um GM classic 1.0 que falhava muito e com


dificuldades para entrar em funcionamento. Antes mesmo dos testes de ignição
e injeção, fizemos o teste de compressão relativa e obtivemos este sinal nos
bornes de bateria. Observe que os cilindros com baixa compressão produziram
ondas com intensidades menores. Antes de desmontar o cabeçote, conferimos
as pressões de cada cilindro e o manômetro exibiu respectivamente os seguintes
resultados: 190 Psi, 170 Psi, 120 Psi, 50 Psi. Este teste foi realizado no osciloscópio
OWON 1022i. Mostramos desta forma que o diagnóstico automotivo avançado
independe da marca do aparelho. Este OWON 1022i possui dois canais externos
e um isolamento no cabo USB, atenuando os Diogo Vieira e Laerte Rabelo -
Diagnóstico Avançado Treinamentos Jan – 2020 Consultores Técnicos do Jornal
Oficina Brasil http://www.diagnosticoavancado.com/ 42 ruídos indesejados.
Outra opção de baixo custo para o reparador automotivo.

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
09 COMPRESSÃO RELATIVA

Figura 65 – Imagem 4

Um Kia Sportage ano 1997 com motor 2.0 chegou no reboque, não pegava.
Noutra oficina, já haviam sido trocadas as velas, cabos e as bobinas. Checando a
queda de tensão nos bornes de bateria, de imediato verificou-se falha mecânica.
Esta falha foi confirmada com o manômetro de pressão em cada cilindro que
exibiu as seguintes pressões: 140 Psi, 70 Psi, 145 Psi e 15 Psi. O problema se
encontrava na vedação das válvulas do cabeçote. Figura 66 – imagem 5.

Figura 66 – Imagem 5

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
09 COMPRESSÃO RELATIVA

Dividiremos este complexo assunto em três partes. Nesta matéria apresentamos


a parte teórica e alguns casos práticos de diagnóstico de motores. Entretanto se
o reparador hoje mesmo como seu osciloscópio e sondas reproduzir os testes,
poderá se sentir frustrado na captura de alguns sinais, pois poderão aparecer
uma quantidade grande de ruídos tanto na sonda X1 como no transdutor de
corrente. No próximo mês, trataremos em específico deste problema, dando
o passo a passo na construção de um dispositivo eletrônico que filtrará estas
interferências, logrando êxito nos testes.

Por último, na terceira parte mostraremos as formas de apresentar este


diagnóstico de motores ao seu cliente, imprimindo o resultado obtido na tela
(na forma de ondas) ou de uma forma bem profissional, utilizando-se de barras
gráficas como nos equipamentos analisadores de motores. Até a próxima.

Teste de compressão relativa de motores de


combustão interna. Parte 2.

Vimos na edição passada que o teste de compressão relativa feito com


osciloscópio aumenta a produtividade do reparador na oficina. O teste feito
desta forma, diminui consideravelmente o tempo do diagnóstico. O tempo
médio para o teste de compressão dos cilindros do motor gira em torno de 1
(um) minuto!

Muitos reparadores adquiriram osciloscópios que não possuem um software e


hardware dedicados à análise de motores. Estes aparelhos “analisadores de
motor” têm internamente filtros para eliminar certos ruídos elétricos, proteções
elétricas e um software que mostra resultados de forma clara e objetiva.
Ter um equipamento mais simples não impedirá de realizar os testes no motor do
veículo. Sobre os artifícios que devem ser usados para obter um bom resultado
no diagnóstico, tendo um sinal “limpo” na tela do computador, trataremos nesta
edição.

Quem já teve a experiência em captar um sinal de tensão de bateria no


momento da partida para ter o diagnóstico da compressão dos cilindros e não
usou um dispositivo eletrônico para filtrar o sinal, deve ter capturado um sinal
semelhante às figuras 67 e 68 – imagens 1 e 2.

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
09 COMPRESSÃO RELATIVA

Figuras 67 – Imagens 1

Figuras 68 – Imagens 2

Na figura 67 – imagem 1, a parte que nos interessa para os testes de compressão


na partida são os que estão circulados em verde. Estes são os menores valores
de tensão em cada ciclo. Percebe-se que os ruídos acabam atrapalhando
a visualização dos valores. Um veículo com as compressões igualmente
balanceadas, apresentam um valor semelhante em cada vale do sinal.

O mesmo problema acontece na figura 68 – imagem 2 onde tínhamos um


Vectra com problemas no cabeçote. O sinal em vermelho é o vácuo do motor na
partida. Percebe-se a irregularidade neste sinal que nos mostra um problema
no assentamento de válvulas. Entretanto o sinal em azul que representa a
compressão do motor, tem a interpretação prejudicada pelo acúmulo de ruídos
em cada vale do sinal.

Vale ressaltar que nem todo ruído é problema. Em alguns casos, a presença
de ruídos nos mostrará problemas específicos. Na presente edição, os ruídos
atrapalham o diagnóstico de compressão e veremos agora como solucionar o
problema.

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
09 COMPRESSÃO RELATIVA

. 1 metro de cabo para microfone (preferência ao de boa qualidade)


. 1 conector BNC ou 1 par de Plug Banana (que vai ligar ao osciloscópio e
depende do modelo que o reparador possui)
. 2 garras de jacaré (para ligar nos bornes de bateria)
. 1 capacitor cerâmico 100nF (número 104)
. 1 potenciômetro de 200 k (200.000 ohms)
. Materiais para montagem: solda estanho, ferro solda, isolante.

Todo material pode ser encontrado facilmente em lojas especializadas em


componentes eletrônicos.

Figura 69 – Imagem 3

A figura 69 – Imagem 3 mostra com detalhes a ligação do nosso Filtro eliminador


de ruídos. A ligação ao osciloscópio é feita por conector BNC ou Plug. Geralmente
os osciloscópios usam conectores do tipo BNC. O capacitor cerâmico é ligado
em paralelo, entre o cabo negativo e fio de sinal. Já o potenciômetro é ligado
em série no fio do sinal. As garras devem ser bem fixadas nos bornes de bateria.
Todo material deve ser bem soldado e devidamente isolado. Lembre-se que não
há fusíveis de proteção e um curto-circuito nesta fiação causará muitos danos.

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
09 COMPRESSÃO RELATIVA

Figura 70 – Imagem 4

● Calibração e uso
- Com o osciloscópio no acoplamento AC, escolha uma tensão apropriada no
botão de ajuste vertical.

- O ajuste do botão horizontal depende de cada aparelho. No Hantek usamos


500ms (quinhentos milissegundos) por divisão.

- Iniba o funcionamento do carro, desligando o sensor de rotação ou injetores.


Dê a partida.

- Ache um melhor ajuste para o sinal variando o potenciômetro. Ajustes para


pouca resistência, o sinal quase não altera e vemos ruídos elétricos no sinal.
Quanto maior a resistência selecionada, mais limpo o sinal fica. Entretanto o
sinal sofre atenuação e fica atrasado em relação ao sinal verdadeiro. Cabe ao
reparador achar um valor que lhe agrade e que seja de leitura confiável.

As figuras 70 e 71 – imagens 4 e 5 apresentam testes de compressão relativa


usando nosso filtro especial e o osciloscópio Owon 1022i, que também é um
bom equipamento de baixo custo para ser usado em oficinas.

A figura 70 – imagem 4 foi um teste feito na Ford Courier 1.6 Flex. Buscávamos o
que causava uma leve falha de cilindros. Analisando a parte mais baixa de cada
oscilação, as tensões são praticamente iguais e não representam um problema
de compressão. Neste veículo, a falha se encontrava em um dos injetores.

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
09 COMPRESSÃO RELATIVA

A figura 71 – imagem 5 mostra o sinal de compressão relativa obtido no New


Fiesta com motor sigma. Funcionamento irregular e dificuldades para pegar.
Analisando a imagem, fica evidente que há cilindros com compressões desiguais
já que os níveis de tensão embaixo variam (circulado em verde).
Na próxima edição concluiremos este assunto, mostrando algumas técnicas e
um resumo geral do que foi falado até agora. Até a próxima!

Figura 71 – Imagem 5

Teste de compressão relativa de motores de


combustão interna. Parte 3.

Disponível somente no link: encurtador.com.br/aBH48

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
10 CONHECENDO OS ACESSÓRIOS

10

CONHECENDO OS
ACESSÓRIOS

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10 CONHECENDO OS ACESSÓRIOS

10.Conhecendo os acessórios

Figura 72 - Sonda Universal com garras de jacaré

Figura 73 - Sonda Universal para osciloscópio

Figura 74 – Atenuadores

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Figura 75 - Sonda Secundário cabo de vela

Figura 76 - Sonda de Trigger

Figura 77 - Sonda para bobinas Cop

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10 CONHECENDO OS ACESSÓRIOS

Figura 78 - Sonda de baixa corrente

Figura 79 - Sonda de alta corrente

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11 TRANSDUTORES DE PRESSÃO

11

TRANSDUTORES DE
PRESSÃO

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11 TRANSDUTORES DE PRESSÃO

11.Transdutores de pressão
Transdutor piezo elétrico

Consiste, basicamente, de uma pastilha piezo elétrica que transforma


variações de pressão em sinais elétricos. Pode ser utilizado para verificar
variações de pressão em vários pontos do veículo, por exemplo:

- Coletor de admissão (vácuo do motor)


- Vareta de nível de óleo (variação depressão no cárter)
- Tubo de escapamento (pulsos de escape)
- Tomada de vácuo do regulador de pressão de combustível na flauta

Figura 80 - Transdutor piezo elétrico

Bastante útil para a verificação e análise de componentes mecânicos e


eletromecânicos do motor, como bicos injetores, válvulas, anéis de segmento,
comando de válvulas, cabeçote, dentre outros, evitando assim a desmontagem
parcial ou total do motor.

Figura 81 - Transdutor de vácuo e sinal de referência

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11 TRANSDUTORES DE PRESSÃO

Transdutor pressão de cilindro

Consiste em um chip que converte variações de pressão em sinais elétricos que


serão exibidos na tela do osciloscópio.

O transdutor de pressão é ideal para:

- Verificação de sincronismo entre o eixo comando de válvulas e virabrequim;


- Verificação de sincronismo entre a roda fônica e o virabrequim;
- Verificação da integridade do motor (vedação de válvulas, vedação de cilindro,
obstrução no escape, etc.);
- Diagnóstico dos atuadores presentes nos veículos que utilizam a tecnologia
de comando de válvulas continuamente variável, conhecidos como VVT, VVTi
e etc.

Figura 82 - Transdutor pressão de cilindro

Figura 83 - Exemplo de sinal do transdutor de compressão (MPX)

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12 SENSORES DE VARIAÇÃO LINEAR

12

SENSORES DE
VARIAÇÃO LINEAR

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
12 SENSORES DE VARIAÇÃO LINEAR

12.Sensores de variação linear


Conceito

Como o próprio o nome diz, para cada valor de tempo, uma tensão que varia
linearmente. Diferente dos sinais digitais em que assumem somente duas
posições (sim ou não) estes sensores têm amplo uso nos sistemas de controle
eletrônico veiculares.

Princípio de funcionamento

Estes sensores pegam uma grandeza que se movimenta e transforma em sinal


elétrico 12.3.

Tipos

Potenciômetro do pedal do acelerador – Transforma cada posição do pedal


num valor elétrico. No pedal geralmente temos sensores duplos, ou seja, sinais
redundantes. Caso um sinal falhe, a UCE se baseia no outro sinal e toma as
medidas necessárias.

Figura 84 - Sensor de variação linear

ANOTAÇÕES

Quando o condutor aciona o pedal do acelerador, onde estão localizados dois


potenciômetros, APP1 e APP2, estes transformam o movimento do pedal em um

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12 SENSORES DE VARIAÇÃO LINEAR

sinal de tensão elétrica variável, enviando-o em seguida ao ECM.

Figura 85 – Tensão do sensor X Posição do acelerador

Potenciômetro da Borboleta do TBI – Quando o motorista solicita a abertura


da borboleta pelo pedal, a borboleta abre e a UCE precisa da informação de
cada posição angular da borboleta para a realização dos cálculos de injeção,
ângulo ignição e etc.

Figura 86 - Potenciômetro da Borboleta do TBI

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12 SENSORES DE VARIAÇÃO LINEAR

Figura 87 – Reparos

“Função matemática” e “inverter canais” - Interessantes recursos que existem no


Hantek e owon que facilitam a captura de defeitos em pistas duplas.

Figura 88 – TBI Cobalt pistas 1 e 2

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12 SENSORES DE VARIAÇÃO LINEAR

Figura 89 – TBI Cobalt pista invertida e função matemática

Figura 90 – Configuração vertical

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12 SENSORES DE VARIAÇÃO LINEAR

Figura 91 – Configuração matemática

Sensor de pressão absoluta (MAP) analógico – Para cada valor de pressão, uma
membrana especial junto à um circuito eletrônico se deforma e gera um sinal
proporcional a variação desta membrana.

Figura 92 – Corolla MAP X TPS

Sensores de massa de ar analógico

Uma corrente de ar que passa pelo sensor faz com que um circuito eletrônico
sofra alterações, enviando sinais de tensão de acordo com a fluxo de ar.

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12 SENSORES DE VARIAÇÃO LINEAR

Figura 93 – MAF – 3 acelerações

Estudos de caso

● Estudo 1

Figura 94 – Corsa 1.0 mpfi 1999

● Estudo 2

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12 SENSORES DE VARIAÇÃO LINEAR

Figura 95 – Celta VHC

● Estudo 3

Figura 96 – Cambio Dualogic pino 39 ao engatar a ré

● Estudo 4

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
12 SENSORES DE VARIAÇÃO LINEAR

Figura 97 – TPS duplo Fiat tipo 1.6 com falha

● Estudo 5

Figura 98 - TPS duplo Fiat tipo 1.6 com falha

● Estudo 6

Figura 99 – Peugeot 207 1.4 8V corpo Bosch

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
13 ONDAS DE REFERÊNCIA

13

ONDAS DE
REFERÊNCIA

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
13 ONDAS DE REFERÊNCIA

13.Ondas de referência
Neste último capítulo, traremos algumas ondas de referência de sensores,
atuadores e linha de comunicação. A interpretação dos sinais na busca das
falhas é escopo do próximo treinamento. Apenas colocamos aqui como um
guia rápido de consulta.

● Rede CAN Ford Fusion

Figura 100 - Rede CAN Ford Fusion

● Rede LIN (sensor bateria Renault 3 cilindros)

Figura 101 - Rede LIN (sensor bateria Renault 3 cilindros)

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13 ONDAS DE REFERÊNCIA

● Primário de Ignição

Figura 102 - Primário de Ignição

● Secundário de Ignição e Rampa de corrente da Bobina

Figura 103 - Secundário de Ignição e Rampa de corrente da Bobina

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13 ONDAS DE REFERÊNCIA

● Injetor mpfi. Onda de tensão e rampa de corrente

Figura 104 - Injetor mpfi

● Injetor monoponto Fiat Uno (laranja) – rampa de corrente e tensão

Figura 105 - Injetor monoponto Fiat Uno

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
13 ONDAS DE REFERÊNCIA

● Injetor diesel (frontier)

Figura 106 - Injetor diesel (frontier)

● Injetor diesel S10 MWM – Rampa de corrente e tensões

Figura 107 - Injetor diesel S10 MWM

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
13 ONDAS DE REFERÊNCIA

● Injetor GDI Audi A4 - Pulso de acionamento

Figura 108 - Injetor GDI Audi A4

● Sensor do rail e Pulso PWM Mprop S10

Figura 109 - Sensor do rail e Pulso PWM Mprop S10

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
13 ONDAS DE REFERÊNCIA

● Sensores do pedal do Fox 1.0 Flex

Figura 110 - Sensores do pedal do Fox 1.0 Flex

● Acionamento do motor elétrico do TBI (azera)

Figura 111 - Acionamento do motor elétrico do TBI (azera)

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
13 ONDAS DE REFERÊNCIA

● Sensor CKP indutivo e sensor CMP Hall (Fiesta Rocam flex)

Figura 112 - Sensor CKP indutivo e sensor CMP Hall (Fiesta Rocam flex)

● Acionamento válvula do cânister – Rampa de corrente e tensão

Figura 113 - Acionamento válvula do cânister

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
13 ONDAS DE REFERÊNCIA

● Sensor MAF digital Spin 1.8 flex

Figura 114 - Sensor MAF digital Spin 1.8 flex

● Sensor de roda ABS Palio 1.4 2013

Figura 115 - Sensor de roda ABS Palio 1.4 2013

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01
13 ONDAS DE REFERÊNCIA

● Sensor de Oxigênio convencional de 4 fios

Figura 116 - Sensor de Oxigênio convencional de 4 fios

● Pulso do aquecedor do Sensor de Oxigênio convencional de 4 fios

Figura 117 - Pulso do aquecedor do Sensor de Oxigênio convencional de 4 fios

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MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01 O QUE É O OSCILOSCÓPIO

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