Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
[Ebook]
MÓDULO BÁSICO DO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
LAERTE RABELO
E DIOGO VEIIRA
1
01 O que é o Osciloscópio 06
Entendendo as
02 especificações técnicas
20
03 Operando o equipamento 23
05 Enquadramento do sinal 32
Ferramentas especiais:
06 cursores e medidas
37
Funcionamento do gatilho:
08 trigger
51
10 Conhecendo os acessórios 64
11 Transdutor de pressão 68
13 Ondas de referência 80
Laerte Rabelo
O QUE É O
OSCILOSCÓPIO
Na eletricidade básica, muitos sinais são estáveis. Vejamos por exemplo quando
medimos uma tensão de bateria, uma alimentação de um sensor Hall ou a
resistência de um sensor de rotação indutivo, as medições não apresentam
variações. Em geral, os valores se apresentam de forma fixa, sem variações
bruscas, como 12,7 volts, 5,0 volts ou 2,4 KOhms. Simples medições o multímetro
é suficiente, pois os valores medidos são constantes.
A figura 1.2 apresenta dois sinais de alimentação. Observe que a tensão não
varia ao longo do tempo.
10
Tipos de Osciloscópio
● Osciloscópios Digitais
Hoje em dia existe uma grande variedade de osciloscópios digitais no mercado.
Estes equipamentos possuem um princípio de funcionamento diferente dos
osciloscópios analógicos.
11
12
Nos modelos mais simples, sua placa de som é utilizada como circuito de
conversão analógico/digital. A ponta de prova adaptada é conectada a entrada
do microfone do computador. Na prática, a placa de áudio realiza normalmente
a função de conversor A/D, transformando o sinal analógico de áudio captado
pelo microfone em informação digital.
Dos itens mencionados acima, o que mais limita a aplicação deste tipo de
osciloscópio, é sua baixa frequência, pois seus 20kHz, ou 20 mil leituras por
segundo, não chegam nem perto dos 20Mhz, ou 20 milhões de leituras por
segundo, utilizados pelos osciloscópios digitais de entrada.
13
14
Múltiplos e Submúltiplos
15
Frequência X Período
Por sua vez, o período é o inverso da frequência. Ele é definido como sendo
o intervalo de tempo que decorre entre dois eventos consecutivos. Pode ser
medido, por exemplo, entre picos ou vales consecutivos.
16
Figura 17 – Equação 1
Figura 18 – Equação 2
17
Figura 20 – Exemplo 1
18
02
ENTENDENDO AS
ESPECIFICAÇÕES
TÉCNICAS
19
2.Entendendo algumas
especificações técnicas
Appendix A: Specifications Hantek 6074BC
● Acoplamento DC
20
● Acoplamento AC
Com esta função, no mesmo sinal podemos “mover” componente DC e deixamos
somente a oscilação.
21
03
OPERANDO O
EQUIPAMENTO
22
3.Operando o equipamento
O osciloscópio é constituído por diversas partes, cada qual com sua função e
particularidades, que devem ser conhecidas e estudadas pelo técnico que deseja
utilizar o máximo de recursos deste equipamento. Desta forma, iniciaremos
nossa abordagem explorando o display ou mostrador.
● Display ou Mostrador
Os osciloscópios possuem um display para exibir o gráfico, o sinal e outras
informações. Esta tela deve ter dimensões e resoluções suficientes para mostrar
os dados com nitidez. O gráfico mostrado no display possui dois eixos. No
horizontal, está representada a escala do tempo. No eixo vertical, é exibido o
nível de tensão do sinal. A escala de cada um dos eixos é exibida no canto da
tela. Os eixos possuem divisões para que possamos medir, visualmente, o tempo
decorrido ou a diferença de tensão entre pontos distintos do gráfico.
23
24
25
Quando calibrar?
Como?
26
04
TIPOS DE SINAIS
ELÉTRICOS
27
28
Figura 31 – Exemplo de onda amortecida. Temos um sinal semelhante quando analisamos um sensor
de rotação indutivo no momento que desligamos a ignição.
● Ondas Quadradas
Esta forma de sinal, apresenta pulsos discretos (não contínuo), e apresenta
apenas dois estados (1/0, ligado/desligado). A figura 4.3 destaca a amplitude e
o período do sinal.
● Onda Triangular
É uma espécie de forma de onda não senoidal/cossenoide básica. A figura 4.4
mostra a forma de onda triangular seu ciclo assim como a equivalência de suas
áreas.
29
Figura 34 – Exemplo de onda dente de serra. Pode ser encontrada em circuitos Eletrônicos
automotivos (UCE)
30
05
ENQUADRAMENTO
DO SINAL
31
5.Enquadramento Horizontal e
Enquadramento Vertical
Os botões de ajuste do eixo horizontal (tempo) e eixo vertical (tensão), permitem
enquadrar o sinal na tela do osciloscópio para que seja possível analisar o sinal.
32
33
34
35
06
FERRAMENTAS
ESPECIAIS:
CURSORES E MEDIDAS
36
37
38
39
● Medidas (Measure)
Possibilita a visualização de parâmetros e características do sinal medido
diretamente na tela do osciloscópio. Ao acessar o menu medidas, o técnico
deve escolher o canal de origem da medição através do item “Fonte” (“Source”).
● Máximo (Maximum)
Apresenta o valor máximo que o sinal medido atingiu.
● Mínimo (Minimum)
Apresenta o valor mínimo que o sinal medido atingiu.
● Topo (Top)
Informa o máximo estatístico do sinal.
● Base (Base)
Informa o mínimo estatístico do sinal.
● RMS
Informa o valor eficaz do sinal medido.
● Amplitude
Calcula a diferença entre os valores de topo e base.
40
● Média (Mean)
41
42
● Período (Period)
Informa o valor do período do primeiro ciclo do sinal medido.
● Frequência (Frequency)
Informa o valor da frequência do sinal.
43
Salvando a imagem
Diagnóstico com osciloscópio é diagnóstico por imagem. Então temos que ter
imagens de referência para podermos fazer comparações. O reparador pode
criar seu próprio banco de dados, mas o mais sensato a se fazer é um banco
de imagens compartilhadas. Afinal, são tantos carros e tantos sistemas que é
impossível que o reparador tenha imagens de referência de todos os veículos
circulantes.
http://ondasautomotivas.forumeiros.com/
44
É possível salvar uma forma de onda como arquivo e abrir no seu osciloscópio
Hantek ou Owon como uma onda de referência ou mesmo um sinal a ser
analisada posteriormente.
45
Você inveja aqueles osciloscópios automotivos que tem um Menu com um monte
de configuração prontinha pra usar? Faça você mesmo suas pré-configurações
e agilize o diagnóstico!
46
07
SINAIS DE CONTROLE:
PULSE
WITH MODULATION
(PWM)
47
7.Sinais de Controle
● Modulação PWM
A modulação por largura de pulso ou PWM (Pulse Wirth Modulation) surgiu
da necessidade de controlar a velocidade de motores de corrente contínua
e, atualmente, é muito utilizada como forma de controle nas mais variadas
aplicações.
● Ciclo de Trabalho
O ciclo de trabalho é caracterizado pela porcentagem que um pulso PWM
fica em nível lógico alto em relação ao período do sinal. Pode-se descrever,
matematicamente, o ciclo de trabalho da seguinte forma:
48
Exemplo:
49
08
FUNCIONAMENTO DO
GATILHO:
TRIGGER
50
8.Funcionamento do Gatilho
(Trigger)
O gatilho ou trigger é um recurso que serve para estabilizar a imagem do
sinal exibida no display do osciloscópio. No momento que o gatilho reconhece
um padrão previamente configurado, o processo de medição tem início e a
sequência de dados medidos é apresentada na tela em forma de curva. Com
essa ferramenta é possível sincronizar o sinal e visualizá-lo no intervalo de
tempo mais adequado para a análise.
51
52
09
COMPRESSÃO
RELATIVA
53
9.Compressão relativa
Matérias escritas por Diogo Vieira para o Jornal Oficina Brasil)
● Como funciona?
Vamos a um exemplo bem simples. Quando o reparador automotivo quer verificar
o sincronismo do motor (conferir as corretas posições do eixo virabrequim e
comando de válvulas) e com o auxílio de uma chave, gira o eixo virabrequim
até que este fique na correta posição descrita no manual daquele veículo, fica
evidente que quando um dos pistões sobe comprimindo o ar, temos que pôr
mais força pra girar o eixo porque nesse momento ele fica “pesado”. Assim como
você percebeu um esforço físico maior para girar o Eixo, na hora da partida o
MP (motor de partida) também percebe isto e quando há este “peso”, o consumo
de corrente elétrica varia assim como a tensão nos bornes de bateria.
Na prática: se temos um cilindro com baixa compressão, o esforço ou “peso” na
hora que o pistão sobe comprimindo é menor e temos um sinal diferente na tela
do osciloscópio. Ou se todos os cilindros mantêm a compressão no momento
da partida, as variações de corrente elétrica ou queda de tensão são iguais.
Um teste tão rápido que ajuda muito o reparador na hora do diagnóstico.
Compare o tempo que é feito o procedimento com o osciloscópio com o
procedimento padrão de colocar o manômetro de pressão em cada cilindro!
54
Figura 62 – Imagem 1
● Captação do sinal
A forma de captura poderá ser feita de duas maneiras. Um transdutor de
corrente elétrica junto ao osciloscópio “enxerga” o consumo de corrente do MP
(motor de partida). Como o osciloscópio apresenta valores de tensão em sua
tela, o transdutor transforma corrente (Amperes) em tensão (volts). Figura 62 -
imagem 1.
Figura 63 – Imagem 2
55
Figura 64 – Imagem 3
56
Figura 65 – Imagem 4
Um Kia Sportage ano 1997 com motor 2.0 chegou no reboque, não pegava.
Noutra oficina, já haviam sido trocadas as velas, cabos e as bobinas. Checando a
queda de tensão nos bornes de bateria, de imediato verificou-se falha mecânica.
Esta falha foi confirmada com o manômetro de pressão em cada cilindro que
exibiu as seguintes pressões: 140 Psi, 70 Psi, 145 Psi e 15 Psi. O problema se
encontrava na vedação das válvulas do cabeçote. Figura 66 – imagem 5.
Figura 66 – Imagem 5
57
58
Figuras 67 – Imagens 1
Figuras 68 – Imagens 2
Vale ressaltar que nem todo ruído é problema. Em alguns casos, a presença
de ruídos nos mostrará problemas específicos. Na presente edição, os ruídos
atrapalham o diagnóstico de compressão e veremos agora como solucionar o
problema.
59
Figura 69 – Imagem 3
60
Figura 70 – Imagem 4
● Calibração e uso
- Com o osciloscópio no acoplamento AC, escolha uma tensão apropriada no
botão de ajuste vertical.
A figura 70 – imagem 4 foi um teste feito na Ford Courier 1.6 Flex. Buscávamos o
que causava uma leve falha de cilindros. Analisando a parte mais baixa de cada
oscilação, as tensões são praticamente iguais e não representam um problema
de compressão. Neste veículo, a falha se encontrava em um dos injetores.
61
Figura 71 – Imagem 5
62
10
CONHECENDO OS
ACESSÓRIOS
63
10.Conhecendo os acessórios
Figura 74 – Atenuadores
64
65
66
11
TRANSDUTORES DE
PRESSÃO
67
11.Transdutores de pressão
Transdutor piezo elétrico
68
69
12
SENSORES DE
VARIAÇÃO LINEAR
70
Como o próprio o nome diz, para cada valor de tempo, uma tensão que varia
linearmente. Diferente dos sinais digitais em que assumem somente duas
posições (sim ou não) estes sensores têm amplo uso nos sistemas de controle
eletrônico veiculares.
Princípio de funcionamento
Tipos
ANOTAÇÕES
71
72
Figura 87 – Reparos
73
74
Sensor de pressão absoluta (MAP) analógico – Para cada valor de pressão, uma
membrana especial junto à um circuito eletrônico se deforma e gera um sinal
proporcional a variação desta membrana.
Uma corrente de ar que passa pelo sensor faz com que um circuito eletrônico
sofra alterações, enviando sinais de tensão de acordo com a fluxo de ar.
75
Estudos de caso
● Estudo 1
● Estudo 2
76
● Estudo 3
● Estudo 4
77
● Estudo 5
● Estudo 6
78
13
ONDAS DE
REFERÊNCIA
79
13.Ondas de referência
Neste último capítulo, traremos algumas ondas de referência de sensores,
atuadores e linha de comunicação. A interpretação dos sinais na busca das
falhas é escopo do próximo treinamento. Apenas colocamos aqui como um
guia rápido de consulta.
80
● Primário de Ignição
81
82
83
84
85
Figura 112 - Sensor CKP indutivo e sensor CMP Hall (Fiesta Rocam flex)
86
87
88
89