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DESIGUALDADES DE GÉNERO: O PAPEL DO HOMEM E

DA MULHER NA ATUALIDADE
Eliana Almada Nº7; Lara Gomes Nº14; Sara Paixão Nº21; Sara Cardoso Nº22

As desigualdades de género têm sido uma realidade persistente ao longo da história, com
homens e mulheres a serem designados para trabalhos distintos na nossa sociedade. Isso
criou diferenças no tratamento, nas oportunidades e nos direitos entre os dois géneros.
Essas diferenças são influenciadas pela forma de como a sociedade molda homens e
mulheres e como estes interagem no dia a dia.

Nas civilizações primordiais, o papel do homem e da mulher era frequentemente moldado


pelas exigências básicas de sobrevivência e pelas habilidades físicas e sociais de cada
género. Enquanto os homens dedicavam-se a tarefas físicas mais exigentes, como caçar e
pescar, as mulheres dedicavam-se a tarefas que exigiam menos esforço físico e que
necessitavam de mais delicadeza, como cuidar do lar e dos filhos. Apesar das diferenças
nas tarefas, nestas civilizações, homens e mulheres tomavam decisões importantes juntos,
refletindo uma abordagem mais igualitária. Por outro lado, nas sociedades
contemporâneas, começaram a surgir mudanças significativas, onde os papéis de cada
género tornaram-se mais rígidos e específicos. O patriarcado, um sistema social
estabelecido, criou uma hierarquia onde os homens ocupavam posições de liderança e
poder, enquanto as mulheres eram destinadas a papéis secundários, muitas das vezes
limitados ao espaço doméstico e ao cuidado dos filhos. (Noronha, 2022)

Ao mesmo tempo que o patriarcado ia ganhando espaço, os estereótipos de género


começaram a desenvolver-se, influenciando as expectativas e comportamentos das
crianças desde tenra idade. Os rapazes eram incentivados a serem fortes e corajosos,
enquanto que as raparigas eram ensinadas a serem dóceis, delicadas e preocupadas com
as tarefas domésticas e familiares. Estes estereótipos contribuíram para a crença de que
homens e mulheres têm habilidades e interesses distintos, prevalecendo assim a
desigualdade de género ao longo do tempo.

No âmbito desta temática, foi realizado um estudo por Mariana Soares (2020), onde a
investigadora sublinha o forte impacto da pandemia da Covid-19 nas mulheres. Elas
representam cerca de 70% dos profissionais de saúde na linha da frente e, durante o
período de confinamento, tiveram de certo modo um aumento significativo da carga de
trabalho doméstica. No estudo destaca-se ainda a urgência de combater a violência contra
mulheres e crianças, com o secretário-geral da ONU, António Guterres, a descrever a
crise como uma "guerra oculta contra as mulheres", enquanto o relatório da ONU
Mulheres apela para uma mudança imediata para alcançar a igualdade de género e justiça
para todos.

Em suma, é evidente que as desigualdades de género persistem na nossa sociedade, apesar


das várias manifestações realizadas ao longo dos anos. Necessitamos desafiar os
estereótipos de género e colaborar para criar um ambiente onde todos possam prosperar,
independentemente do seu género.
Referências:
 Soares, Mariana. (2020). Pandemia amplia desigualdade de género e ameaça
“frágeis avanços”. https://www.cgtp.pt/igualdade/noticias/14867-pandemia-
amplia-desigualdade-de-genero-e-ameaca-frageis-avancos
 Noronha, Heloísa. (2022). Por que as tarefas domésticas ainda são tão vinculadas
às mulheres? https://www.terra.com.br/amp/nos/por-que-as-tarefas-domesticas-
ainda-sao-tao-vinculadas-as-
mulheres,602f53224c29a05d1efbb65b68f2f802gshejgcu.html
 Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. (2021). Desigualdade de
gênero. https://ces.uc.pt/pt/agenda-noticias/destaques/2021/desigualdade-de-
genero

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