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Obs.: embora a temática de diversidade e inclusão não seja o conteúdo mais importante
da prova, ele será transversal a todos os demais conteúdos, não somente da parte
de conhecimentos gerais, mas também da parte dos conhecimentos específicos.
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DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA SOCIEDADE
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A reflexão proporcionada pela charge é importante pois pessoas que são de uma geração
anterior não costumavam debater ou se envolver nessas causas e não entendem o porquê
de as novas gerações o fazerem. Por vezes, as pessoas que não entendem ou concordam
com tais pautas, as percebem como insuficientes ou “coisas de adolescentes rebeldes.”
Porém, é preciso compreender que quando essas pautas vem à tona, isso se deve
ao fato de existirem grupos que sinalizam para a sociedade que há uma lacuna naquele
tema e que é preciso visibilidade para ele pois se vive em uma sociedade heterogênea,
diversa e plural.
“Estamos no século XXI, no qual as mudanças tecnológicas, a aproximação das frontei-
ras via mundo virtual, as imigrações, as desigualdades, a globalização capitalista, os fun-
damentalismos, a luta pela terra e pela igualdade de direitos assumem outros contornos.
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Também tomaram outros contornos, além das lutas sociais, a resistência às estra-
tégias de exploração capitalista, ao racismo, ao machismo, à xenofobia, à LGBTfobia, ao
fundamentalismo político e religioso, à intolerância religiosa nos mais diversos lugares
do mundo (Gomes, 2017)”
Um questionamento a ser feito é quais seriam os motivos dessa mudança com rela-
ção a trazer as pautas de diversidade e inclusão social para a discussão? Porque tais
temas parecem ser o assunto do momento e há uma preocupação mais intensa sobre
falas que podem soar preconceituosas ou que desrespeitem a diversidade do outro,
inclusive em reality shows, por exemplo?
Muitas vezes tais questões são consideradas como reclamações injustificadas,
porém, é necessário entender que se elas se constituem em uma dor para o outro, essa
dor não pode ser ignorada
Sobre os motivos dessas discussões surgirem com mais intensidade, dispõe Gomes:
“Nos últimos vinte anos, sujeitos sociais diversos passaram a ocupar um outro lugar
de protagonismo social e político, organizados ou não em movimentos sociais. E quando
se organizam, não o fazem vinculados a todo e qualquer movimento social, mas, sim,
àqueles que levantam bandeiras emancipatórias de gênero, raça, idade, relação campo/
cidade, deficiência (Gomes, 2017).”
É trazida nesse caso a ideia de protagonismo social e político das minorias, o que
ocorre em especial por tais indivíduos estarem praticando o exercício da cidadania, uma
vez que o controle social e a participação social são instrumentos legítimos na Consti-
tuição Federal, o que traz a ideia de democracia participativa, que consiste na reivindi-
cação de reconhecimento ou direitos e na formulação e avaliação de políticas públicas, à
medida em que se traz as bandeiras das lutas, assim como ocorre com a participação de
controle social, como em conselhos, conferências, fóruns, associações, etc.
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Segundo Gomes:
“Somos, hoje, quer queiramos ou não, obrigados a ver o outro, o diferente, não
somente na sua diferença, mas, principalmente, reivindicando o direito à sua diferença e
ao mesmo tempo a igualdade de direitos, aos direitos humanos (Gomes, 2017).
A relação entre políticas públicas e diversidade está no cerne das mudanças do
mundo. A onda imigratória enfrentada pela Europa, América Latina, América do Norte
e outras regiões do mundo, fruto da busca por sobrevivência e dignidade daqueles que
perderam tudo por causa da guerra, dos governos autoritários, do terrorismo, do funda-
mentalismo e do capitalismo exacerbado, colocam questões ligadas ao direito à diversi-
dade para os Estados, os governos e suas políticas (Gomes, 2017).”
Todas as questões de diversidade e inclusão social não ocorrem somente no Brasil,
mas sim no mundo todo. Essas questões têm impactado e solicitado aos estados e aos
governos uma atenção especial para tais acontecimentos o que proporciona a formula-
ção de políticas públicas.
“Apesar de alguns Estados e governos responderem a esse processo com medidas
conservadoras e segregacionistas, outros começam a se questionar sobre o que fazer
diante de tal fatalidade do mundo à luz dos direitos humanos.”
As medidas conservadoras e segregacionistas muitas vezes são adotadas por gover-
nos que não reconhecem a luta da população e que não reconhecem a importância das
políticas públicas para combater as desigualdades sociais. Já o paradigma de segrega-
ção se refere a não reconhecer que o diferente pode chegar no lugar que aqueles consi-
derados como “padrão” também chegaram.
As medidas conservadoras e segregacionistas muitas vezes são adotadas por grupos
que não possuem interesse de provocar mudanças sociais e que muitas vezes adotam ati-
tudes caritativas e benemerentes não para provocar uma equidade social, mas para dar
medidas paliativas para os grupos considerados excluídos socialmente ao longo da história.
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“A questão das políticas para a diversidade assume um lugar de responsabilidade
social e política não somente das cidadãs e cidadãos comuns, mas dos governos e das
políticas públicas. E ela vem tensionando cada vez mais não só o setor público mas,
também, o mercado e o mundo privado.”
Ao se observar as agendas internacionais tais como do Banco Mundial, da ONU, da
UNICEF, FMI, entre outros, todos trazem questões de cultura, diversidade e inclusão, o
que também é abordado por empresas privadas através do incentivo à pluralidade e a
diversidade, o que é muitas vezes adotado como políticas institucionais.
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“Nos últimos anos, quando o debate sobre a DIVERSIDADE passa a ocupar mais espaço
acadêmico e político, começamos a nos colocar questões diferentes: democracia, direito
e diversidade; sustentabilidade e produção das diferenças; desigualdades e diversidade;
povos ribeirinhos, das florestas, do campo, geraizeiros, quilombolas, ciganos, indígenas
e o mundo da produção; lucro, igualdade e diversidade; sustentabilidade e compromisso
social das empresas; mudanças climáticas, pobreza, fome; mundo da produção; terra,
território e propriedade privada. (Gomes, 2017.)”
Nesse sentido, é preciso entender que diversidade vai muito além de se falar somente
da temática LGBTQIAP+ ou sobre diversidade de gênero.
“Essas questões que hoje se tornam preocupações sociais, políticas e acadêmicas em
vários lugares do mundo tensionam o campo das políticas públicas e do conhecimento.
Elas não vieram de um movimento do Estado para a sociedade mais ampla. Antes, vieram
das pressões sociais e políticas organizadas pelos movimentos sociais, sindicatos e cole-
tivos culturais, bem como pelos coletivos sociais diversos tratados como desiguais.”
O reconhecimento pela diversidade por parte dos estados e do governo não ocorre
de forma imotivada, mas se dá devido aos indivíduos que se organizam social e politica-
mente para trazer à tona suas bandeiras, as quais são apropriadas pelos governos e pelo
estado a fim de torná-las políticas públicas e direitos sociais.
“Essa situação impõe uma nova dinâmica no mundo, no campo do conhecimento, na
organização do Estado e no mundo privado. Os movimentos sociais emancipatórios e os
coletivos sociais diversos transformados em desiguais cada vez mais tomam consciência
dos seus direitos não somente individuais, mas também coletivos. Compreendem que a
exploração capitalista não se dá somente na fábrica, no mundo das ações e investimen-
tos, mas, também, nos mais diversos espaço-tempo e setores da vida social e cultural.
E com isso, realizam uma inflexão na sua forma de exigir e lutar por direitos. O direito à
diversidade é um deles. (Gomes, 2017)”
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Obs.: �os movimentos sociais emancipatórios são movimentos sociais que reconhecem
a necessidade de reconhecimento de suas diferenças, respeito as suas diferenças,
igualdade de oportunidade e pelo reconhecimento de suas maiores reivindicações.
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Obs.: a luta por hegemonia se refere a destituir poderes que foram constituídos
historicamente no Brasil à luz da colonização e da escravidão, por exemplo.
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Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula prepa-
rada e ministrada pela professora Aline Menezes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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