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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO – RIO CLARO

DIREITO CIVIL: DIREITO DAS COISAS


PROFA. VIVIANE A. GREGO HAJEL
6º/7º Semestre – 26/02/2024

1. Álvaro, caseiro de Maria Luísa, reside no local de trabalho, uma fazenda no interior de São Paulo, há doze anos. Certo dia, cansada das crises de
alcoolismo do empregado, Maria Luísa resolve pôr fim à relação empregatícia, por justa causa (encontrou o empregado completamente bêbado e
com uma prostituta no interior da casa principal, fazendo uso da bebida do bar particular do marido de Maria Luísa). Álvaro trabalha há 15 anos
para o casal, mas somente há seis anos teve sua carteira assinada. Embora notificado para desocupar a casa utilizada por ele como moradia, Pedro
se recusa a deixar o imóvel alegando que somente sairia se lhe fossem restituídos os valores gastos com as benfeitorias feitas no imóvel (conserto
do telhado, ampliação da cozinha e construção de um banheiro). Pergunta-se: Procedem as alegações de Álvaro? Haveria o dever de indenizá-lo?
Explique.

2. Antônio adquiriu por R$ 500.000,00 a posse de um imóvel localizado em Ilhabela (SP), onde construiu a sua casa de praia. O instrumento
particular de aquisição onerosa de direitos possessórios foi registrado no Cartório de Títulos e Documentos da Comarca e nele os vendedores,
descendentes de pescadores da região, declararam exercer posse mansa e pacífica no local por mais de 30 anos ininterruptos. Um dos vizinhos de
Antônio, de nome Pedro, revoltado por ter sido preterido na compra dessa posse, invadiu o imóvel adquirido por Antônio, destruiu os marcos
divisórios, várias plantas e diversos objetos decorativos que se encontravam no jardim. O ato foi presenciado por Luiz, caseiro de Antônio, e por
Mário, amigo de Luiz. Os dois nada puderam fazer para conter o ato de vandalismo porque Pedro estava acompanhado por duas pessoas armadas.
O invasor ainda disse em alto e bom tom que de nada adiantaria reconstruir o que fora destruído, porque ele faria tudo outra vez e que, por bem
ou por mal, iria tomar posse da área toda. “É só questão de tempo”, prometeu antes de deixar o imóvel.
Como advogado(a) de Antônio, indique a medida possessória mais adequada e justifique a sua opção.

3. Leia o texto abaixo.

JUSTIÇA AUTORIZA FORÇA POLICIAL PARA PROTEGER FERROVIA CONTRA MST


Sem-terra ameaçam interditar ferrovia de Carajás, no Pará, em protesto a favor da reestatização da Vale
(Fonte: Jornal “O Estado de São Paulo”, 08/10/2007)

BELÉM - A Justiça Federal de Marabá, no sudeste do Pará, determinou que seja usada força policial para proteger a ferrovia de Carajás contra "atos
atentatórios" do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que ameaça interditá-la desde o último domingo em protesto a favor da
reestatização da Companhia Vale do Rio Doce.
A Polícia Militar deve auxiliar a Polícia Federal no que for necessário para evitar que os militantes do MST ocupem a ferrovia, segundo decisão do
juiz federal substituto Arthur Pinheiro Chaves.
"Trata-se de possível violência a ser perpetrada contra bem que tem destinação específica, ou seja, o transporte de minérios e passageiros,
estando-se diante de relevante interesse público a clamar pela concessão de providência possessória", diz Chaves na decisão.
Segundo nota da Companhia Vale do Rio Doce, um grupo do MST invadiu a estrada de ferro, na altura do distrito Vila dos Palmares II, no município
de Parauapebas, mas "não conseguiu" paralisar os trens. A empresa afirmou que integrantes do MST continuam acampados próximo à ferrovia,
"gerando um clima de insegurança".
"A informação que circula na região é a de que o MST deseja chamar a atenção para a divulgação do resultado do plebiscito realizado na Semana
do Grito dos Excluídos, que questionou o processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, e cujo resultado está previsto para ser
divulgado em Brasília", alegou a companhia, por meio da nota.

Agora, com base no texto, indique qual a medida jurídica cabível para solução do impasse instalado, explicando-a e justificando a sua resposta.

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