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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
1 TEMA 4
2 JUSTIFICATIVA 6
3 PARTICIPANTES 7
4 OBJETIVOS 8
5 PROBLEMATIZAÇÃO 9
6 REFERENCIAL TEÓRICO 10
7 METODOLOGIA 16
8 CRONOGRAMA 17
9 RECURSOS 18
10 AVALIAÇÃO 19
CONSIDERAÇÕES FINAIS 20
REFERÊNCIAS 21
INTRODUÇÃO
O impacto dessa censura sobre a sociedade foi imenso, uma vez que as
pessoas tinham acesso limitado a informações verdadeiras sobre o que ocorria no
regime. Apenas com o fim da ditadura em 1985 e com a promulgação da nova
Constituição, em 1988, a liberdade de imprensa e a democracia foram restauradas.
1 TEMA
Durante a Ditadura Militar no Brasil, que ocorreu de 1964 a 1985, houve uma
forte censura à imprensa. O regime militar restringiu a liberdade de expressão e
controlou a divulgação de informações de maneira rigorosa. Jornais, revistas, rádio e
televisão eram monitorados de perto pelo governo, que buscava suprimir qualquer
conteúdo crítico ao regime, que fosse considerado subversivo ou que não honrasse
com a moral e os bons costumes.
Essa estratégia de aplicar a censura à imprensa de forma discreta era uma das
maneiras de conferir uma fachada de legitimidade à ditadura, ocultando sua
natureza autoritária. Da mesma forma que a manutenção do funcionamento do
Congresso e a realização de eleições para alguns cargos, a tentativa de aparentar
que a liberdade de imprensa ainda existia era uma forma de sugerir que os militares
estavam, de fato, preservando a democracia brasileira (FICO, 2001).
.
2 JUSTIFICATIVA
Objetivo geral:
Objetivos específicos:
Marcos Silva mostra que desde seu fim e até no presente, persiste um
discurso de elogio a práticas ditatoriais, como a tortura, e uma visão benevolente e
positiva dos anos da ditadura, essa posição dentro das batalhas pela memória do
regime, conseguiu se fortalecer e mesmo chegar ao Executivo Federal em 2018 até
2022. O negacionismo em relação a 1964-1985 como ditadura foi um dos pilares
dessa recente ascensão política autoritária no país, levando esse tema para
diversas mídias muito acessadas por jovens (SILVA, 2021).
Institucionalização da censura
Logo no Ato Institucional n. 01, editado oito dias após o golpe, existiu o
esforço de transmitir um tom de manutenção da ordem constitucional vigente,
entretanto o Ato dava poder ao governo militar de alterar aspectos das leis que
fossem necessárias para aquela nova etapa. No AI-2 (1965), foi alterado um trecho
da Constituição de 1946, mudando parte do artigo 141, artigo que garantia a
liberdade de pensamento, substituindo “Processos violentos para subverter a ordem
política e social”, para “[propaganda] de subversão, da ordem ou de […]”. Esta
alteração se refletiu na coerção da imprensa e passou a fazer parte da Constituição
de 1967 posteriormente.
As duas censuras
Anne Marie Smith discute que havia lógicas de atuação diferentes para
segmentos diferentes de expressão de ideias, no caso da imprensa, a censura
política era ilegal dentro das leis anteriores a 64 e também da própria ditadura. A sua
existência nem mesmo era admitida pela ditadura e a ocorrência da censura
também era proibida de ser divulgada (SMITH, 2000). O historiador Juliano
Doberstein trabalha especificamente a existência de dois tipos de censura bem
delimitados em suas ações:
Esse artifício de exercer uma censura à imprensa de forma velada foi uma
das maneiras de garantir o véu da legitimidade da ditadura, disfarçando seu caráter
autoritário. Assim como manter o congresso funcionando e a ocorrência de eleições
para alguns cargos, a tentativa de aparentar a existência de liberdade de imprensa
era uma maneira de fazer parecer que os militares estavam de fato defendendo a
democracia brasileira.
Isso não significa, entretanto, que a prática da censura tenha ocorrido com
desorganização de maneira generalizada ou sem observar diretrizes consistentes e
previamente determinadas. Ao contrário, “a censura política à imprensa obedecia a
ordens centralizadas, proferidas por um núcleo institucional devidamente
estabelecido. Nada havia de aleatório nas proibições efetuadas por meio dos
telefonemas ou bilhetinhos encaminhados às redações” (CARVALHO, 2014).
Beatriz Kushnir também sustenta que “as regras estão claras. Não há nada de
caótico e perdido na burocracia, como muitas análises tentam apontar. Não há
acefalia.” (KUSHNIR, 2004)
Dessa forma, é importante notar que havia uma centralização política e uma
organização institucional que conferiram sustentação e operacionalidade à censura
política à imprensa da ditadura militar, embora essa sistematicidade organizada não
tenha tido uma correspondente formalização jurídica. Este fato se justifica, como já
foi discutido acima pela pretensão de forjar uma face legalista ao regime militar
brasileiro.
7 METODOLOGIA
1. Planejamento 1 semana
Esta será uma aula expositiva sobre o tema proposto. Os recursos a serem
utilizados serão a própria sala de aula equipada com projetor e computador para que
o recurso de imagens possa ser usado. As imagens serão essenciais para expandir
o entendimento dos alunos, por tornarem os fatos mais vívidos. Será necessário
também um quadro com instrumento de escrita, como giz ou caneta especial, com o
objetivo de anotar palavras chave ou ideias a fixar.
10 AVALIAÇÃO
ASSIS, Charleston. Memórias da ditadura – uma proposta para a sala de aula. In:
ENCONTRO PERSPECTIVAS DO ENSINO DE HISTÓRIA, 5, 2004, Rio de Janeiro.
Anais. Rio de Janeiro, RJ: 2004
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Em guarda contra o perigo vermelho. São Paulo:
Perspectiva/Fapesp, 2002.
PINTO, Leonor Souza. “O cinema brasileiro face à censura imposta pelo regime
militar no Brasil - 1964/1988”. In: CHAGAS, Cláudia Maria de Freitas et al (Org.).
Classificação indicativa no Brasil: desafios e perspectivas. Brasília: Secretaria
Nacional de Justiça, 2006.
SILVA, Marcos. Ditadura relativa e negacionismos: Brasil, 1964 (2016, 2018...). São
Paulo: Maria Antonia Edições, 2021.
SOARES, Glaucio Ary Dillon. Censura durante o regime autoritário. RBCS, nº 10,
1989.