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DIRETORIA DE OPERAÇÃO
OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO
DE ETAs
ANTONIO BATISTA GUEDES
JOSE MARIA TEIXEIRA DE
CARVALHO
MARÇO/1997
OBJETIVO
2
1. ABASTECIMENTO D’ÁGUA, IMPORTÂNCIA SANITÁRIA E ECONÔMICA
Á água é necessária para beber, cozinhar e muitos outros usos, dentro das várias
atividades humanas.
Seu uso para abastecimento passa previamente pôr tratamento objetivando atender as
seguintes finalidades :
a) De ordem sanitária, através de :
- controle e prevenção de doenças;
- Implantação de hábitos higiênicos ( banho, limpeza de utensílios, etc. )
- Facilitar limpeza pública;
- Facilitar práticas desportivas;
- Proporcionar conforto e bem estar
b) De ordem estética, através de :
- Correção de cor, turbidez, odor e sabor
c) De ordem econômica, através de :
- Aumenta a vida média pela diminuição da mortalidade;
- Aumenta a vida produtiva do indivíduo, quer pelo aumento da vida média, quer pela
diminuição de tempo perdido com doenças;
- Facilitar a instalação de indústrias, inclusive turismo;
- Facilitar o combate a incêndios
2. PROBLEMÁTICA DA ÁGUA
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2.1 - OCORRÊNCIA DE ÁGUA NA NATUREZA
A água que se encontra hoje na terra é a mesma que existia há milhões de anos quando se
formou a primeira nuvem e ocorreu a primeira chuva. A quantidade existente nos mares
representa, cerca de 97%, de toda a água existente na terra e cobre 71% da superfície do planeta.
Os 3% restante são constituídos de água doce, aproximadamente 40 quatrilhões de metros
cúbicos. Desse total, 75% estão nas calotas polares e os 25% restantes estão assim distribuídos :
24,5% constituem as águas subterrâneas e os 0,5% estão nos rios, lagos e na atmosfera.
A precipitação média anual é em torno de 860 mm. Cerca de 70% dessa precipitação
retornam a atmosfera através da evapotranspiração e os 30% restantes correm na superfície onde
65% voltam aos rios e o restante é consumido e volta a atmosfera.
fig. 2.1
LEGENDA
P Precipitação
ES Escoamento Superficial
I Infiltração
ESB Escoamento Subterrâneo
E Evaporação
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substâncias calcárias e magnesianas que tornam a água dura; e outras ferruginosas que dão cor e
sabor diferentes, bem como produtos industriais que a tornam imprópria ao consumo. A água
também pode carrear substâncias em suspensão que lhe confere turbidez.
Os tipos e teores dessas substâncias dão as características próprias de cada água.
Denomina-se água potável aquela que se apresenta em condições próprias para consumo
humano. Isto considerando sob os aspectos organolépticos (odor e sabor ), físicos, químicos e
biológicos.
É aquela que contém substâncias que alteram suas características, tornando-a imprópria
para consumo.
Representam a fixação dos limites máximos aceitáveis de impurezas contidas nas águas
destinadas ao abastecimento público.
Os motivos que levaram os órgãos competentes a estabelecerem os limites máximo
aceitáveis, decorreram da não existência na natureza de água absolutamente pura.
As exigências quanto a qualidade da água crescem de acordo com o progresso humano e
o da técnica.
Á água destinada ao consumo humano deve obedecer a certos requisitos de ordem :
- organoléptica : não ter odor e sabor objetáveis;
- física : ter aspecto agradável, não apresentar teores de cor e turbidez acima do padrão de
potabilidade;
- química : não possuir substâncias nocivas ou tóxicas com concentrações superiores aos limites
estabelecidos pelo padrão;
- biológica : não possuir germes patogênicos.
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- A cor da água é causada pela presença de substâncias em dissolução na água. Determina-se em
aparelho chamado colorímetro e é expressa em mg/L, comparada com platino-cobalto.
Atualmente é expressa em unidade Hazen (UH) que eqüivale a mg/L;
- A turbidez é causada por matéria em suspensão na água (argila, silte, matéria orgânica, etc. )
que perturba sua transparência É expressa em mg/L, através de aparelhos denominados
turbidímetros, sendo o mais comum o de Jackson. As unidades que também expressam turbidez
são: unidade de turbidez (UT), unidade de turbidez Nefelométrica (UTN), Unidade Jackson (UJ),
onde todas eqüivalem a mg/L.
Água potável deve ser isenta de bactérias patogênicas. A água quando contaminada, pôr
indivíduos doentes ou portadores, não é facilmente percebida, uma vez que o número é
relativamente pequeno em relação a massa de água.
Na água normalmente existem microrganismos de vida livre e não parasitária que dela
extraem os nutrientes indispensáveis a sua subsistência. Eventualmente pode acontecer a
introdução de organismos parasitários e/ ou patogênicos que, usando a água como veículo,
podem causar doenças tornando assim perigo sanitário em potencial.
Os seres patogênicos, na sua quase totalidade, são incapazes de viver na sua forma adulta
ou reproduzir-se fora do organismo que lhe serve de hospedeiro. Portanto tem vida limitada
quando se encontram na água.
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Os agentes destruidores na água de organismos patogênicos são : temperatura, luz,
sedimentação, parasitas ou predadores de bactérias, substâncias tóxicas ou antibióticas
produzidas pôr outros microrganismos como algas e fungos, etc.
Em razão da dificuldade de identificação na água de organismos patogênicos, utiliza-se a
identificação de bactérias do “ GRUPO COLIFORME ”, pôr existirem normalmente no
organismo humano e serem obrigatoriamente encontradas em águas poluídas pôr material fecal.
Sua eliminação através do material fecal é da ordem de 300 milhões pôr grama de fezes.
De acordo com o padrão de potabilidade ,a água só pode ter no máximo 1 coli/100 mL.
Ocasionalmente uma amostra pode apresentar até 3 COLI/100 mL, desde que isso não ocorra em
amostras consecutivas ou em mais de que 10% das amostras examinadas.
2.12 - FORMA DE COLETA DE AMOSTRA
Devido a impraticabilidade de análise de toda massa de água, destinada ao consumo
humano, colhem-se amostras representativas e , através de sua análise, conclui-se a qualidade da
água.
A análise da água de um manancial ou de ponto da rede pública, dada a variação que é
sujeita a ocorrer, revela suas características apenas no momento em que foi colhida.
As amostras para exames físico-químicos comuns devem ser de 2 litros e colhidas em
garrafas limpas, preferencialmente de plástico e convenientemente arrolhadas. Após a coleta
devem ser imediatamente encaminhadas ao laboratório.
Veja a seguir o esquema de colheita de amostra para o exame bacteriológico.
fig. 2.2
Caso a coleta seja feita em torneira ou proveniente de bomba, recomenda-se deixar
escoar, cerca de 2 a 3 minutos para que a amostra seja representativa da água a ser analisada.
Quando o manancial for poço raso , recomenda-se retirar a amostra mergulhando o frasco
com a boca para baixo e não simplesmente retirar da superfície.
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Para água de rio, retirar também abaixo da superfície com o gargalo em sentido contrário
ao da corrente.
Os frascos para exames bacteriológicos devem vir do laboratório já limpos, esterilizados e
convenientemente tampados.
Quando a amostra a ser colhida tratar-se de água clorada, além da esterilização, o frasco
deve conter em seu interior 2 mL de hiposulfito de sódio.
As amostras colhidas devem ser conservadas à temperatura de 6 a 10 ºC, para evitar a
proliferação de germes. O tempo entre a coleta e o exame, para água pouco poluída, recomenda-
se em torno de 6(seis) horas.
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2.13.14 - ÁGUA SALGADA - é a água dos oceanos e mares com elevado teor de
cloreto de sódio.
2.13.15 - ÁGUA SALOBRA - é a água que possui dureza; Costuma-se dar essa
denominação também para as águas que contém teor elevado de cloreto de Sódio.
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3.1 - DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUAS CONTAMINADAS POR
MICRORGANISMOS.
3.1.5 - CÓLERA
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Sintomas - infecção bacteriana intestinal aguda que se caracteriza pôr inicio súbito de
vômito, diarréia aquosa com aspecto de água de arroz, desidratação rápida, cianose(coloração
azul da pele ), colapso, coma e morte.
Transmissão - o indivíduo infectado(reservatório) elimina pelas fezes ou vômitos as
bactérias” VIBRIÃO COLÉRICO”, são transportados para o elemento sadio através dos
veículos comuns : água contaminada, alimentos crus, moscas, etc.
Profilaxia - educação sanitária do público. Vacinação, Disposição adequada dos dejetos
humanos. Proteção e tratamento da água de abastecimento. Saneamento dos alimentos. Fervura
ou pasteurização do leite, etc.
3.1.7 - LEPTOSPIROSE
Agente - Leptospira, bactéria contida na urina de ratos infectados que pode ser
transportada pela água contaminada e pelo lixo. É uma doença que ataca o fígado, baço e causa
hemorragia.
3.2.3 - BÓCIO
Agente - carência de iodo nas águas e nos alimentos;
Profilaxia - adição de iodo a água ou a algum alimento ( pôr ingestão do sal).Trocar de
manancial. As quotas diárias exigidas pelo organismo humano, para conferir imunidade ao bócio
variam de 10 a 300 mg/dia.
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3.2.4 - SATURNISMO
Agente - teor inadequado de chumbo ( deve ser inferior a 0,1 mg/L ). É causado pelo
ataque de água agressiva ( com CO2 ) as canalizações de chumbo;
Sintomas Gerais - envenenamento ( efeito cumulativo );
Profilaxia - controlar a agressividade da água. Evitar o uso de tubulação de chumbo ou de
plásticos a base de chumbo.
- a altura da fonte de suprimentos de água é tal que ela não poderá escoar pôr gravidade
para os encanamentos;
- a pressão nas linhas distribuidoras deve ser aumentada;
- a água precisa ser elevada de um nível a outro.
- Elevado
- Apoiado
- Semi - enterrado
- Enterrado
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ESQUEMA GERAL DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO
Fig.4.1
LEGENDA
a - manancial ( represa )
b - Captação
c - Adução
d - Elevação
e - Estação de Tratamento
f - Reservatório
g - Rede de Distribuição
5 - TIPOS DE MANANCIAIS
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5.2 - SUBTERRÂNEOS - Na camada subterrânea existem dois aqüíferos : o freático e o
artesiano.
- No lençol freático a água se encontra sobre a primeira camada impermeável e fica sob a
pressão atmosférica.
- Com relação ao lençol artesiano a água situa-se entre duas camadas impermeáveis
submetidas a uma pressão maior que a atmosférica. Então os poços que atingem o lençol freático
são chamados poços rasos e os que atingem o lençol artesiano são denominados de poços
profundos ou artesianos. Veja a seguir esquema ilustrando os dois tipos de aquífero.
Fig. 5.1
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6.2 - CLASSE I - Águas destinadas ao abastecimento doméstico após filtração e
desinfecção, à irrigação de hortaliças e a natação.
7.1 - AERAÇÃO
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7.1.1 - CONCEITO : É um processo de tratamento que consiste em provocar a
troca de gases e substâncias voláteis, dissolvidas na água, pelo ar, de modo que haja um
equilíbrio dessas impurezas.
- Cascata
Fig. 7.1
- Bandeja
Fig. 7.2
- Ar Difuso
Fig. 7.3
- Aspersão
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Fig. 7.4
A unidade de mistura rápida é destinada a criar condições para que, em poucos segundos,
o coagulante seja uniformemente distribuído pôr toda a massa de água.
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7.2.1 - PRINCIPAIS TIPOS DE UNIDADE UTILIZADAS COMO CÂMARAS DE
MISTURA RÁPIDA
- Não Mecanizadas
- Calha Parshall;
Fig. 7.6
- Vertedouro Retangular;
Fig. 7.7
- Vertedouro Triangular.
Fig. 7.8
- Mecanizadas
Fig. 7.9
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Fig. 7.10
dV
G V1 V2 (Equação 7.1)
y1 y2 dy
O gradiente pode ser expresso em (m/s)/m ou s-1
A diferença de velocidade de duas partículas na água pode ser causada pela introdução no
meio de um dispositivo mecânico. Caso isto ocorra o valor do gradiente é definido pela fórmula :
P
G ( 6. 2. 2 ) (Equação 7.2)
onde :
P = Potência introduzida no liquido pôr unidade de volume;
= Viscosidade absoluta do liquido ( Kgfs/m2 ).
Onde :
N = a velocidade do rotor em r.p.m. ( medida pelo instrumento tâcometro);
t = torque ( medida pôr torcômetro);
V = volume do líquido.
2 N t
G (Equação 7.4)
60 V
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7.2.2 - QUANTIDADE DE COAGULANTE A SER APLICADO NO
TRATAMENTO
A dosagem ideal do coagulante e dos auxiliares eventuais da coagulação deve ser definida
em laboratório, objetivando melhor eficiência e economia.
Para isto faz-se uso do JAR-TEST ( Teste do Jarro ) como mostra a seguir:
Fig. 7.11
Para um produto ser empregado como coagulante é necessário que reaja com álcalis
produzindo precipitados floculentos. O motivo do largo emprego de sulfato de alumínio, prende-
se ao fato de ter custo baixo e ser produzido em várias regiões do Brasil e também ser fácil de
transportar e de manejar.
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Abaixo apresentamos uma TABELA que mostra diversos coagulantes e as faixas de pH
em que geralmente se obtém as condições ótimas de tratamento.
COAGULANTES F A I X A DE pH
Sulfato de alumínio 5,0 À 8,0
Sulfato Ferroso 8,5 À 11,0
Sulfato Férrico 5,0 À 11,0
Cloreto Férrico 5,0 À 11,0
Sulfato Ferroso Clorado ACIMA DE 4,0
Aluminato de Sódio e Sulfato de Alumínio 6,0 À 8,5
Normalmente são empregados para conferir alcalinidade a água para promover uma boa
floculação ou para correção de pH.
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CÁLCULO DA VAZÃO DA SOLUÇÃO DE SULFATO A SER APLICADA
DADOS:
20.000g 20g
C 3
- concentração de sulfato na tina
m L
30mg 30g
d 3 3
- dosagem ótima encontrada
m m
60m3
Q - vazão da água a ser tratada
h
q =? - Vazão da solução do coagulante a ser adicionada na água
30g 60m3
d Q m3 h 90L
q q
C 20g h
L
OBS : Para determinar a concentração do alcalinizante o processo é análogo.
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Temperatura : a coagulação é melhor em temperaturas mais elevadas. Em temperaturas
mais baixas espera-se maior consumo de coagulante.
Agitação : se a velocidade de agitação for pequena, a formação de flocos diminui, o que
dificulta a decantação.
Presença de núcleos : os coadjuvantes ( aditivos de floculação ) são substâncias capazes
de promover núcleos mais densos para flocos mais pesados.
Dosagem ótima de coagulante : é a menor dosagem de coagulante para se obter o melhor
resultado, quanto à qualidade da água a ser tratada. A dosagem requerida para o tratamento de
uma água é feita experimentalmente em laboratório. Esta experiência será rapidamente concluída
se antes tivermos conhecimento da :
. Temperatura da água a se ensaiar;
. pH;
. cor;
. O2 consumido.
Existe uma tabela que relaciona a dosagem de sulfato de alumínio com a turbidez da água
bruta, dando já uma idéia.
Sabemos que cada 1 mg de sulfato de alumínio requer 0,45 mg de alcalinidade de água.
Para sabermos se a água tem alcalinidade suficiente, efetuamos as seguintes determinações:
turbidez da água bruta e, mediante a tabela turbidez X dosagem, tomamos o valor máximo da
dosagem de sulfato de alumínio correspondente. A dosagem máxima de sulfato multiplicada pôr
0,45 mg/L, dá a alcalinidade requerida para a completa reação do coagulante.
Os principais são:
a) Carvão ativado - Apresentando-se na forma de pó, tem grande poder de adsorção. Em vista
disto, é utilizado no tratamento da água para remover gosto e odor produzidos por matéria
orgânica;
b) Betonita - Pode ser aplicada misturada com o sulfato de alumínio para melhorar a coagulação,
em águas com teores baixos de cor e turbidez (principalmente). Em razão do seu poder
absorvente, tem eficácia na remoção do gosto e odor resultantes de matéria orgânica;
c) Ácido Sulfúrico - O ácido Sulfúrico que tem múltiplas aplicações pode ser empregado como
auxiliar da coagulação de águas de cor e pH acentuadamente elevados;
d) Sílica Ativada - Quando adicionada ao sulfato de alumínio ou sulfato ferroso, devido sua
elevada carga negativa, promove a formação de flocos maiores, mais densos e resistentes, o que
aumenta a eficiência da coagulação, principalmente para a remoção de dureza, desde que utilize o
sulfato de alumínio;
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e) Polieletrólitos - São polímeros de cadeia molecular grande que uma vez lançados na água,
apresentam cargas distribuídas ao longo desta cadeia. Quando as cargas são positivas o
polieletrólito é denominado de catiônico, quando negativas aniônico e quando não iônico é
neutro. O polieletrólito usado com coagulantes metálicos comuns permite a redução da dosagem
desses coagulantes, com o aumento da densidade e do tamanho dos flocos, o que implica em
economia.
Fig. 7.12
chicanas de fluxo vertical
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Fig. 7.13
chicanas de fluxo horizontal
b) Mecânico - são construídos em câmaras nos tipo com eixos vertical e horizontal, com paletas,
e do tipo turbina com fluxo axial.
Veja ilustração das figuras a seguir:
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TURBINA DE FLUXO AXIAL
Fig. 7.15
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Veja ilustração em seção longitudinal de decantação, abaixo,
Fig. 7.16
temos:
L = comprimento do decantador
H = altura
V = velocidade horizontal da água
V1 = velocidade de decantação da menor partícula que se deseja remover.
A partícula na posição a está na condição mais desfavorável para decantação. Para que isto
ocorra é necessário que sua trajetória seja af. Caso isto aconteça, estando definidos L e H, o
período de detenção deve igualar a
L H
V V1
Para as partículas com velocidade de decantação igual ou maior tem chance de ser
eliminada, atingido o fundo antes da extremidade f.
Os pontos a e b, com partículas com velocidade V 1 menor que V, são desfavoráveis para
eliminação. Para o ponto a, por exemplo, sua trajetória seria ae, o que não atingiria o fundo, que
para isso teria que percorrer a trajetória af.
As partículas elimináveis com velocidade V1 e V atendem à proporção:
bc V 1
- devido à semelhança de triângulos.
ac V
7.4.1 -TIPOS DE DECANTADORES: retangulares (os mais comuns),
circulares, trapezoidais, de placas paralelas; estes dois últimos são mais modernos e de
menores dimensões.
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Fig. 7.17
Corte longitudinal de um decantador convencional
Como existem espaços mortos, curto - circuitos, etc; o período de escoamento é sempre
inferior ao teórico.
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O primeiro caso só se verifica quando há grande produção de lodo. O segundo caso
ocorre quando há pouco lodo e a fermentação se inicia antes do lodo atingir a altura que impede a
decantação normal dos flocos. O inicio da fermentação é notado através do aparecimento de
pequenas bolhas de gás na zona de turbilhonamento.
Além da produção de gosto e odor desagradáveis na água efluente, haverá levantamento
de grandes placas de lodo na zona de decantação (jacaré).
Fig. 7.18
Fig. 7.19
30
- A vazão por metro linear no vertedor da canaleta recomenda-se na faixa de 2 à 7 l/s.
O módulo formado por duto de PVC de 4,9 x 8,8 cm, com paredes em torno de 1mm de
espessura, pesa cerca de 28 kg por m2.
A cor preta adotada foi pelo fato de ser mais desfavorável ao desenvolvimento de
microorganismos.
O ângulo de inclinação dos tubos deve ser mantido entre 55 e 600 .
Os comprimentos dos tubos adotados, devem ser na faixa de 0,60 a 1,20m, em módulos
com alturas de 0,53 a 1,06m.
Tratando-se de placas a inclinação adotada é a mesma (600) e o espaçamento entre elas
varia de 5 a 6 cm, com comprimento obedecendo o mesmo critério adotado para os módulos.
Veja figura:
Fig. 7.20
7.5 - FILTRAÇÃO
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7.5.1 - CLASSIFICAÇÃO DOS FILTROS
- De pressão: fechados, metálicos, nos quais a água a ser filtrada é aplicada sobre pressão
(usados em piscinas, indústrias e companhias de saneamento).
- De gravidade: os mais comuns.
7.5.2 - DEFINIÇÕES
Tamanho Efetivo: Abertura da malha, em mm, da peneira que deixa passar 10% em peso
de uma amostra, representativa de areia. Este valor é obtido graficamente.
A60%
C.U
A10%
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7.5.3 - ESPECIFICAÇÕES DOS MATERIAIS FILTRANTES
CAMADA DE AREIA
AREIA SELECIONADA
CAMADAS DE PEDREGULHO(SUB-CAMADAS)
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DIÂMETRO (mm) ESPESSURA
1” - 2” 23 cm
1/2” - 1” 10 cm
1/4” - 1/2” 10 cm
1/8” - 1/4” 10 cm
Total 53 cm
CAMADA DE AREIA
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7.5.5.1 - FILTRO RÁPIDO DE GRAVIDADE CONVENCIONAL
Funcionamento:
A água procedente do decantador, alimenta o filtro, através de canal ou tubulações,
armazenando-se no reservatório, conforme ilustra esquema a seguir.
Durante a filtração a água vai se processando a velocidade constante, por intermédio de
um controlador de vazão, consequentemente a areia vai se colmatando aos poucos, em
decorrência da detenção das partículas em suspensão (flocos), carreadas para o filtro. Ao mesmo
tempo a perda de carga vai aumentando até atingir um valor limite o qual não deve ser
ultrapassado.
A vazão de lavagem é cerca de 8 vezes maior que a de filtração. A água quando começa
cair na canaleta apresenta-se bastante turva, e após 5 a 7 minutos começa-se a clarear indicando
que a areia está limpa, oportunidade em que são fechados os registros 3 e 4 e abertos os de n o 1 e
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5, sendo que este último só quando a água atingir o nível de filtração (N.A. máx). O registro 5 só
deverá ficar aberto o tempo suficiente para expurgar a primeira parcela d’água filtrada, tempo
esse de alguns minuto, em seguida é fechado e aberto o no 2 para reiniciar a filtração.
O controlador de vazão, devido a problema de custo e de ordem operacional está havendo
uma forte tendência de substituição dos filtros com esse dispositivo por unidades de filtração com
taxa declinante.
Os filtros de pressão tem muita coisa em comum em relação aos filtros de gravidade.
Diferem apenas por serem fechados, confeccionados em metal, de forma cilíndrica, e operarem
sob pressão. Sua pressão varia de 10 à 50m e a perda de carga máxima é da ordem de 7 metros.
Característica do Sistema
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Nesse tipo de sistema, caracteriza-se por existir um conduto comum de água decantada
não existindo controlador de vazão na entrada de cada filtro. Esse conduto ou canal deverá ser de
secção suficientemente grande para servir aos filtros com suas vazões variáveis e com pequena
perda de carga.
O vertedor situado no interior do reservatório de água filtrada, destina-se principalmente a
impedir a ocorrência de carga negativa no leito de areia.
O funcionamento de um filtro, após a lavagem, caracteriza-se por apresentar seu nível na
posição mais baixa, por sinal no mesmo dos demais.
Nesse momento a maior taxa de filtração, na bateria, ocorre exatamente nesse mesmo
filtro e a menor no próximo a ser lavado.
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Para a vazão de lavagem recomenda-se taxa da ordem 1.100 m 3/m2/dia à 1.300 m3/m2/dia.
A operação de lavagem assemelha-se a recomendada para filtros de gravidade convencionais com
restrição apenas que antes de iniciar a lavagem propriamente dita, lança-se para o esgoto toda
água armazenada no filtro acima da camada filtrante. Isto para que os flocos retidos no interior,
das camadas sejam arrastados para os esgotos.
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Filtro de areia, diagrama da seção - Fig. 7.25
Amadurecimento do Filtro: a medida que o filtro funciona pela descarga, a areia vai retendo o
material mais grosso em suspensão: algas, protozoários, etc, que vai formando sobre ela uma
camada de lodo (camada biológica).
A medida que ela se forma, por ser gelatinosa vai absorvendo partículas menores
(colóides, emulsóides, etc) e melhorando a qualidade da água. Só quando a água está em boas
condições pelo tratamento, fecha-se a descarga e abre-se o efluente enviando a água para o
reservatório de distribuição, depois de clorada e corrigido o pH. A operação de amadurecimento
pode levar de 2 à 3 semanas e o filtro assim operado pode fornecer água de boa qualidade por 2 à
3 semanas.
Perda de Carga: continuando a filtração, a camada de lodo vai aumentando e oferecendo maior
resistência à passagem da água (perda de carga) e o filtro vai perdendo vazão. Quando a perda de
carga atingir de 0,90 à 1,50m (limite comum 1,20) o filtro deve ser lavado, pois já não oferece
vazão econômica.
Lavagem do Filtro Lento: ao atingir o limite de perda de carga, fecha-se o influente e deixa-se
que a água seja drenada através do filtro. Ao atingir a superfície da areia, fecha-se o efluente.
Exposta ao sol, a camada de lodo se contrai formando placas que podem ser facilmente
removidas; ou retira-se uma camada(enquanto úmida) de 1 à 2cm de areia com lodo de toda a
superfície filtrante. O filtro pode ser limpo diversas vezes antes da reposição de qualquer areia
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retirada; entretanto, recomenda-se que a profundidade de areia no filtro nunca deve ser menor do
que 60 à 75 cm, uma vez atingida essa profundidade, toda areia removida, em diversas limpezas,
deve ser lavada e estocada para posterior recolocação.
7.6 - DESINFECÇÃO
A desinfecção deve ser em caráter corretivo ou preventivo.
Conceito: consiste na destruição de organismos causadores de doenças e de outros de origem
fecal, mas não necessariamente a destruição completa de formas vivas. Este último caso
designaremos por esterilização.
d) Desinfecção por Irradiações - é efetuada por luz ultravioleta, através de lâmpada de vapor de
mercúrio com bulbo de quartzo.
Vantagens: - não altera gosto e odor;
- período de contato pequeno;
- dosagens alta não é prejudicial.
Desvantagens: - não tem ação residual;
- esporos, cistos e vírus são resistentes;
- custos elevados.
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Reações do Cloro com a Água
HOClH+ + OCl-
Fig. 7.26
O cloro na forma de ácido hipocloroso e de íon hipoclorito é definido como cloro residual
livre.
42
Fig. 7.27
Fig. 7.28
a) da sua concentração;
b) da forma como se apresenta: cloro livre ou cloro combinado;
c) do tempo de contato;
d) da temperatura;
e) do pH já que influi na dissociação do ácido hipocloroso;
f) do tipo de microrganismos a ser destruído;
h) da turbidez;
i) do grau de mistura.
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A dureza é causada pelos sais de cálcio e magnésio presentes na água. Os processos mais
empregados para remoção são: cal soda, resina e eletrodiálise.
Fig. 7.29
EXEMPLO DE REAÇÕES:
No abrandamento:
44
Ca SO4 + R-2Na+ R-Ca + Na2 SO4
Na lavagem:
R-Ca + 2NaCl R-2Na + CaCl2
b) Por desmineralização de águas
Conceito: É o processo de remoção praticamente total dos íons em uma água, através de resinas
catiônicas e aniônicas. Como a desmineralização da água consiste na remoção dos íons nela
presentes, o processo é também chamado de deionização.
Esquema
Fig. 7.30
Reações
7.7.3 - ELETRODIÁLISE:
É um tratamento que consiste na remoção dos íons presentes na água, provenientes dos
sais minerais dissolvidos, através da influência do campo elétrico, formado entre dois eletrodos,
entre os quais são colocadas paralelas e alternadamente membranas catiônicas e aniônicas,
confeccionadas especialmente a base de pergaminho ou matéria plástica com porosidade que
permite a passagem dos catiôns e ânions ou mesmo a retenção, conforme o caso. Em razão disto,
em certos compartimentos obtém-se água doce e em outros, água mais salgada (salmoura).
Considerando que a quantidade de eletricidade gasta no processo é em função do teor de
sal na água, conclui-se que tal processo é mais econômico para águas salobras que para água do
mar.
45
Planta esquemática da eletrodiálise para dessalinização da água
Fig. 7.31
46
Outros Tratamentos
- Remoção de gostos pela Aeração;
- Pré-cloração;
- Permanganato de potásio - dosagens 0,2 à 0,5 p.p.m;
Obs: coloração rósea no filtrado indica, excesso de permanganato.
Fig. 7.32
47
Fig. 7.33
- Coloca-se numa garrafa de boca larga água filtrada e juntam-se pedaços de carbonato de
cálcio puro (mármore ou de calcita).
7.10 - FLUORETAÇÃO
48
Obs: Segundo a OMS recomenda-se um limite máximo de 1,5 mg/L
49
Esta diferença de coluna (H), denomina-se pressão osmótica.
O processo de osmose reversa é obtido através de aplicação de uma pressão superior a
pressão osmótica (H), do lado da solução mais concentrada, forçando o fluxo através da
membrana semi - permeável, assim permitindo-se obter solução pura do outro lado.
OSMOSE NATURAL
FIG. 7.34
- Filtro de Cartucho
A água de alimentação da osmose reversa deverá obrigatoriamente passar pelo(s) filtro(s)
de cartucho(s) instalado(s) na entrada do sistema, com objetivo de remover sólidos suspensos
maiores que 5,0 m.
- Bomba de alta pressão
Após filtro de cartucho, a água seguirá para(s) bomba(s) de alta pressão, com objetivo de
fornecer uma pressão superior a pressão osmótica (H).
- Permeadores
A água já em alta pressão segue para o(s) vasos(s) de pressão onde estão contida(s) a(s)
membrana(s) de osmose reversa. O(s) conjunto(s) vaso(s) e membrana(s) denomina(m)-se
permeador(es).
Parte da solução que transpassar a(s) membrana(s), tem alta qualidade de pureza, sendo
esta denominada de produto ou permeado.
A parte da solução que não transpassar a(s) membrana(s) de concentração superior é
denominada de rejeito.
51
Fig. 7.35
PI = MANÔMETRO
FI = ROTÂMETRO
CI = CONDUTIVÍMETRO
PS = PRESSOSTATO DE PROTEÇÃO DA BOMBA
- Limpeza Química
Após algum tempo de uso ocorre uma deposição de sais na superfície da membrana de
osmose reversa. Proporcional a concentração de sais minerais dissolvidos na água.
Esta incrustação provoca uma queda gradativa na vazão produzida pelo sistema e
aumento gradativo da pressão de operação.
Estes sinais indicam a necessidade de limpeza química nas membrana, que ocorre em
média a cada 03 meses de operação.
Para a remoção das incrustações na superfície da membrana, a limpeza química é
realizada utilizando-se produtos ácidos ou alcalinos dependendo do tipo de incrustração ocorrida.
Caso a água bruta não obedeça a qualidade referida, então deverá ser previsto um pré -
tratamento anterior ao sistema de osmose reversa, que geralmente são:
- ETA para remover cor ou turbidez;
- Filtro de areia;
- Filtro de carvão;
52
- Dosagem de anti - incrustante.
8. TIPOS DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA
Fig. 8.1
53
Tratamento recomendado para águas de turbidez baixa ou moderada, pouco contaminada
e de baixo teor de sólidos em suspensão.
Unidades componentes: Coagulação (mistura rápida), floculação, filtração e desinfecção.
Filtro Russo
Fig. 8.3
8.4 - ESTAÇÃO COMPACTA
É uma estação convencional funcionando sob pressão.
54
Unidades componentes: Coagulação (mistura rápida), floculação (mistura lenta),
decantação, filtração e desinfecção.
9.1.1 - ORIGEM
O Sulfato de Alumínio é um sal resultante da reação do minério do alumínio (bauxita),
com o ácido sulfúrico a 600 Be.
O produto é vendido no comércio nas duas formas: granulada e líquida.
55
9.1.2.2 - COMPOSIÇÃO QUÍMICA - O sulfato de alumínio deve
apresentar as características indicadas na tabela a seguir:
SULFATO DE
CARACTERÍSTICAS ALUMÍNIO
SÓLIDO LÍQUIDO
Resíduo insolúvel em água, máximo 10 0,1
Alumínio total solúvel como Al2 O3 , mínimo 15 7,5
Ferro total como Fe2 O3 2,5 1,0
Acidez (Alumínio livre como Al 2 O3), 0,05 0,02
mínimo
Y = 0,33 mg/L, ou seja 1 mg/L de sulfato de alumínio reage com 0,33 mg/L de hidróxido
de cálcio (cal hidratada).
9.2 - CAL
9.2.1 - INTRODUÇÃO
A fabricação de cal e o seu emprego são conhecidos pelo homem há mais de 2000 anos.
Sua obtenção é efetuada através da calcinação do calcário em fornos dos tipos horizontal e
vertical.
Reação: CaCO3 1000 0C 1000 0
CaO + CO2
C
57
O cal hidratada (hidróxido de cálcio) é obtida através da hidratação da cal virgem.
3
500m h 5g 3
q
Q D
m 50 L
C 50 g h
L
58
5L 5L 1L 0,5 L
q
6min 360seg 72 seg 36seg
Se o dosador for do tipo caneca ou nível constante, ajusta-se a dosagem para o valor
calculado.
9.3 - CLORO
59
- Os cilindros não devem ser golpeados ou deixados cair;
- Os cilindros com capacidade de até 70 kg são movimentados, a pequenas distâncias, por
carrinho de mão apropriado;
- Os cilindros de capacidade iguais ou maiores que 900 kg podem ser movimentados por talhas;
- Os cilindros não devem ser movimentados pelo capacete de proteção da válvula;
- Os cilindros pequenos devem ser armazenados e instalados sempre na posição vertical e em
locais cobertos e devidamente arejados;
- Os cilindros grandes devem ser armazenados e instalados na posição horizontal e com ligação
do cloro em uma das válvulas que se encontra na posição superior.
O Cloro deve ter pureza mínima de 99,5%, em volume, quando obtido da vaporização do
líquido.
60
Figura 10.1
10.1.2 - MISTURADOR PARA SOLUÇÕES OU SUSPENSÕES
Descrição - Os misturadores são equipamentos empregados para acelerar os processos de
dissolução e de preparação ou manutenção de suspensão de Sulfato de Alumínio, Cal hidratada,
Hipoclorito de Sódio, Cloreto de Cálcio, Carvão ativado e outros reagentes que possam ser
utilizados em Estação de Tratamento de Água.
Os motores, monofásicos ou trifásicos poderão, a pedido, ter proteção especial (motor a prova de
explosão ou totalmente fechado para trabalho ao tempo).
Materiais - Eixo - aço inox AISI 316
- hélice - aço inox AISI 410 fixada ao eixo por parafuso tipo ALLEN.
- Base - ferro fundido
- Parafusos - aço inox
- Protetores e mancais - aço 1010
61
Figura 10.2
10.1.3 - FLOCULADOR MECÂNICO
Finalidade - Os floculadores são equipamentos empregados para promoverem uma agitação lenta
e controlada destinada a formação e agregação de flocos para serem separados pelo processo de
sedimentação. Para que os flocos tenham boa densidade e peso, são empregadas câmaras de
floculação dividida em número mínimo de três compartimentos, dimensionados para manter a
água sob agitação lenta, com período de detenção de 30 a 40min, com gradientes de velocidades
variáveis na faixa de 20s-1 à 80s-1 ou selecionadas em função da qualidade da água bruta, por
meio de ensaios em laboratório.
Os principais tipos de floculadores mecânicos são:
- tipo paletas - indicado para médias vazão;
- tipo fluxo axial - indicado para vazões elevadas, onde as câmaras são de grandes dimensões.
Para esse tipo existem os modelos com polias que permitem variação de velocidade para 03
valores e o de variação contínua.
62
Figura 10.3
10.1.4 - MESA DE COMANDO
Finalidade: Centralizar o comando de válvulas, comportas, bombas e eletro-compressores dos
filtros em Estação de Tratamento de água. O comando a distância poderá ser hidráulico ou
pneumático.
Funcionamento: A água ou ar pressurizado é admitido em um “mainfold” interno, do qual por
meio de manobras de registros do tipo 4 vias, é enviada aos elevadores das válvulas ou
comportas, efetuando à distância as operações de abertura efetivamente.
O manuseio dos registros se faz através de manípulas montadas sobre o tampo do
gabinete da mesa.
63
Figura 10.4
64
Fig. 10.5
65
Fig. 10.6
66
Figura 10.7
11.1.2 - APARELHAGEM
- Aparelho para ensaio de floculação
Este aparelho deve ter os seguintes requisitos:
- dispositivo de controle das rotações aplicadas (erro máx. de 5%)
- possibilidade de correlacionamento das rotações aplicadas com o gradiente de velocidade;
- sistema para coletar amostras em profundidade definida, da maneira mais simultânea possível
em todos os copos;
- aplicação dos produtos químicos em todos os copos, da maneira mais simultânea possível.
- Aparelho para determinação da turbidez - Turbidímetro
- Equipamento para determinação da cor - Aqua - Test
- Equipamento para determinação do pH - Potenciometro
11.1.3 - EXECUÇÃO DO ENSAIO
11.1.3.1 - ENSAIO DE ROTINA
Para realização deste ensaio deve ser obtidas informações básicas na própria instalação de
tratamento.
Produtos Químicos Utilizados: seguir as instruções no manual do equipamento.
67
A ordem de adição, bem como os tempos em que tais adições devem ocorrer estão
relacionadas com as condições da instalação de tratamento existente.
t
Vn
60Q
onde: t = tempo de detenção em minutos
V = volume da unidade de floculação em m3
n = nº de unidades de floculação
Q = vazão total da estação de tratamento em m3/s
68
O coletor com diâmetro interno não superior a 4mm, deve dispor de curva e escala.
Posicionando o coletor com o nível da água nas marcas de 5 ou 10, coletam-se amostras a
5 e 10 cm de profundidade, bastante para isto determinar em que tempo se deve processar a
coleta. Para o funcionamento do coletor deve-se aplicar um sinfonamento durante o processo de
floculação e mantê-lo através da colocação de uma pinça ou torneira que feche um tubo plástico
que leva a amostra do coletor para o frasco de recepção. A coleta em cada copo deve ser efetuada
simultaneamente. Um volume inicial de cerca de 10 mL deve ser desprezado, recolhendo-se a
seguir, não mais do que 200 mL da amostra e com cuidado de que todos eles devem ser iguais
para cada copo.
A freqüência de ensaio deve ser em função das alterações ocorridas na água a ser tratada.
11.1.3.8 - RESULTADOS
Após as realizações das análises, deve-se construir vários gráficos que expressem as
variações dos parâmetros de pH, cor e turbidez, em função da variação das dosagens de sulfato
de alumínio, cal e outros que venham ser usados.
A análise efetuada nos gráficos permite determinar as dosagens recomendadas, bem como
dar uma idéia da qualidade esperada da água a ser tratada.
11.2 - ALCALINIDADE
11.2.1 - INFORMAÇÕES
O conhecimento da alcalinidade na água é importante para efeito na dosagem do
coagulante e auxiliares e no controle do tratamento.
A alcalinidade é uma medida dos constituintes alcalinos na água.
11.2.2 - CAUSA
A alcalinidade é causada por sais alcalinos principalmente de Sódio e Cálcio e mede a
capacidade da água em neutralizar os ácidos.
A presença de bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos (Sódio, K, Ca e Mg), juntos com
pH, permitem por meio de gráfico obtermos o CO2.
69
4,4 < pH < 8,3 apenas bicarbonato.
11.3 - COR
70
11.3.1 - INTRODUÇÃO
A cor na água é causada pela presença de íons metálicos, principalmente ferro e
manganês, de plancton, de algas, de húmus, de ligninas e produtos de sua decomposição (taninos,
ácidos húmicos) e efluentes industriais.
A cor na água dependendo do pH da mesma aumenta com sua elevação.
A cor torna a água esteticamente inaceitável para uso doméstico, bem como em alguns
casos, para uso industrial.
Para sua determinação utilizam-se os seguintes métodos:
a) a amostra pode ser comparada com solução - padrão cor;
b) comparação efetuada em aparelhos comparadores;
c) por equipamento espectrofotométrico.
11.3.2 - DEFINIÇÕES
a) cor aparente - é a cor conferida pelas substâncias dissolvidas e também pelas substâncias em
suspensão;
b) cor real - é a cor da amostra da qual se removeu as substâncias em suspensão, causadoras de
turbidez;
c) unidade de cor - é dada por 1 mg de platina na forma de cloro platinado, dissolvido em 1000
mL de água destilada, na presença de cobalto em quantidade adequada para comparação com
águas nativas.
11.3.3 - COLETA DE AMOSTRAS
a) as amostras podem ser coletadas em frasco de vidro ou de plástico com volume suficiente para
200 mL;
b) as amostras coletadas, mas não analisadas imediatamente, deverão ser preservadas até 24 horas
em recipiente com temperatura de 4 ºC, evitando incidência de luz;
11.3.4 - RESULTADOS
A cor é expressa por: m g Pt /L = C.F
onde: C = leitura de cor da amostra
F= fator de diluição = volume da amostra diluída
OBJETIVOS:
Através de conhecimento do potencial hidrogeniônico de uma água, permite-se controlar
a:
- corrosão;
- quantidade de alúmens necessária a coagulação;
- proliferação de pequenos seres animais e vegetais;
- capacidade do tanque de coagulação.
71
- amostra.
Para determinar o pH da amostra faz-se antes a calibração do equipamento e em seguido a
medida do pH da amostra.
11.5 - DEMANDA DE CLORO DE UM ÁGUA
OBJETIVO
Calcular a quantidade de cloro necessário para desinfectar quimicamente uma água.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
- conta-gotas;
- vidros de 1 litro, de boca larga, com marca aos 200 mL;
- bastão de vidro;
- termômetro de haste.
EXECUÇÃO
- faz-se inicialmente uma solução de Hipoclorito com 4 g/L de cloro ativo;
- enche até a marca de 200 mL, dez vidros de boca larga, com água de amostra e sob agitação
coloca-se 1 gota no primeiro, 2 gotas no segundo e assim sucessivamente de modo que no 10 o
receba 10 gotas;
- Dessa forma o primeiro vidro recebe 1 p.p.m de cloro ativo e o 10o 10 p.p.m;
- Deixa em repouso durante 30 minutos e em seguida determina em cada vidro o teor de cloro
residual;
- A demanda de cloro corresponde à diferença entre o cloro adicionado e o que restou (cloro
residual).
OBJETIVO
Conhecer o teor de cloro ativo que permanece após a cloração da água, a 20C. Pelo
método colorimétrico de disco completo e o reagente orto-tolidina.
OBJETIVO
A determinação do teor de Cloreto em uma água permite-se obter informações sobre o
seu grau de mineralização ou indícios de poluição.
OBJETIVO
Permitir conhecer e corrigir adequadamente a acidez nas águas devido ao CO 2 , ácidos
minerais e sais hidrolizados.
72
11.9 - DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA
Método do permanganato (oxigênio consumido)
Objetivo - Identificar a demanda química de oxigênio, em razão do teor de matéria
orgânica existente nas águas, informativo do seu grau de poluição.
11.11 - TURBIDEZ
A turbidez determinada em turbidímetro representa uma evolução dos antigos fotômetros
utilizados no passado. Sua ocorrência na água reduz a transparência, em razão da presença de
material em suspensão, o qual reflete a luz, dificultando consequentemente sua passagem pela
solução. Pois as soluções verdadeiras não dispersam a luz, isto acontece apenas com as soluções
coloidais e outras onde hajam partículas em suspensão.
Essas partículas em suspensão originam-se de degradação mecânica ou transformação
química ou biológica dos materiais, principalmente argilas, iodo, limo e plancton com tamanhos
variando de 0,01 à 100 micros. No meio a essas partículas encontram-se substâncias dissolvidas
causadoras da cor.
As partículas em suspensão nas águas encontram-se em movimento em razão da
turbulência e corrente de convecção no líquido e a repulsão causada pelas cargas elétricas
presentes na superfície das partículas.
A turbidez é determinada através da medida da quantidade de luz refletida em função da
grandeza de sólidos em suspensão na amostra.
11.11.2 - TURBIDIMETRIA
Com a evolução dos recursos tecnológicos foi possível desenvolver instrumentos de
precisão e sensibilidade que possibilitou entender a importância do controle da turbidez.
Até a década de 60 não existia equipamentos que detectavam valores baixos de turbidez.
73
A calibração é feita com padrões de turbidez obtidos a partir da dispersão de material finamente
dividido em água destilada, permitindo relacionar turbidez com a concentração (em mg/L) de
sólidos dispersos na solução.
Esse processo, em razão da baixa precisão da vista humana, não permitiu medidas de
turbidez com precisão para valores inferiores a 25 unidades. Por volta de 1930, Hellige
desenvolveu na Alemanha um turbidímetro mais aperfeiçoado, apesar de adotar o mesmo
princípio do de Jackson.
As mudanças foram substituição da vela por lâmpada, com refletor, para direcionar uma
maior luminosidade sobre as partículas da amostra e a inclusão de um espelho para incidir a luz
da lâmpada na base da cuba.
Apesar do avanço as deficiências do turbidímetro de Jackson ainda permaneceram
comparadas com a qualidade de medição existente atualmente.
74
Houve no passado muitas confusões devido a existência de várias unidades de medida de
turbidez e a adoção de diferentes materiais como padrões primários para calibração dos
instrumentos.
Unidades adotadas e posteriormente abandonadas:
- p.p.m. sílica (ou mg/L sílica) - isto usando turbidímetro de comparação visual com
padrões de suspensão de sílica onde os resultados eqüivaliam a mg/L de sílica.
- J.T.U (Jackson Turbidity Unity) - usando o turbidímetro de Jackson com padrões de
suspensão de sílica, formazina ou qualquer outro material em suspensão;
- F. T.U (Unidade Formazina de Turbidez) - os instrumentos de determinação de turbidez
passaram a ser calibrados com formazina com o objetivo de uniformizar os resultados;
- N.T.U ( Unidade Nefelométrica de Turbidez) - as unidades aferidas de turbidez,
tentaram estabelecer um referencial ignorando as características do turbidímetro ou do padrão de
calibração, isto tornou impossível correlacionar os resultados de turbidez obtidos com
equipamentos diferentes ou calibrados com padrões diferentes. Em razão dessa situação confusa,
foi estabelecido a partir da 13ª edição do “Standard Methods Waste Water” (APHA/AWWA),
editada em 1971, uma normatização técnica para corrigir esses desvios.
A partir daí ficou definido as características do nefelômetro e do padrão primário que
permite expressar, de forma mais confiável e precisa, a turbidez de uma solução, através da
Unidade Nefelométrica de Turbidez (N.T.U.). Desse modo 1 N.T.U. é a medida fotométrica de
um feixe de luz refletido a 90º por uma suspensão de 1mg/L de formazina em nefelômetro que
obedece a norma APHA/AWWA nº163 referida anteriormente.
75
Essa luz refletida é detectada por uma válvula fotomultiplicadora, de alta sensibilidade e a
energia luminosa é convertida em sinal elétrico que é medido em uma escala no galvanômetro do
instrumento.
Dessa forma tanto maior for a concentração de partículas em suspensão, tanto maior será
a luz refletida e detectada(turbidez). Veja esquema na fig.11.1
Fig. 11.1
a) Cubas de Amostra
Causa erros quando a leitura é feita usando cubas com paredes sujas, devido a refração
dessas impurezas. Para evitar, o manuseio deve ser feito segurando a cuba pela borda superior.
As cubas devem ser lavadas com sabão, detergente ou com solução sulfocrômica e
enxaguada com abundante água destilada.
Para remover gotículas, usar papel absorvente.
b) Bolhas de Ar
A presença de bolhas propiciam leituras falsas.
A aderência de bolhas indica que a cuba não foi devidamente limpa.
c) Homogeneização das Amostras
A amostra antes da leitura deve ser agitada para evitar a sedimentação.
A sedimentação causa oscilação do ponteiro, não significando defeito do instrumento.
d) Conjunto de Lentes do Banco Óptico
As lentes devem ser mantidas limpas, ou seja, isentas de poeira ou incrustação, pois
diminuem a intensidade de luz.
e) Tempo para Estoque das Amostras
A amostra estocada deve ser preservada pela adição de 1g/L de cloreto de mercúrio. O
prazo limite para determinação da turbidez é de 24 horas.
76
12 - PADRÃO DE POTABILIDADE DE ACORDO COM A PORTARIA Nº 36/90 DO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
77
12.2 - PADRÃO DE POTABILIDADE
A água destinada ao consumo humano deve atender às seguintes características de
qualidade apresentadas nas Tabelas à seguir
12.2.1- FÍSICAS, ORGANOLÉPTICAS E QUÍMICAS
TABELA 12.1 - Valores máximos permissíveis das características físicas, organolépticas e
químicas da água potável.
CARACTERÍSTICAS UNIDADE VMP
I- Físicas e Organolépticas
Cor aparente uH (1) 5 (obs-1)
Odor Não objetável
Sabor Não objetável
Turbidez uH (2) 1 (obs-2)
CARACTERÍSTICAS UNIDADE VMP
II- Químicas
II- a) Componentes Inorgânicos que afetam a saúde
Arsênio mg/L 0,05
Bário mg/L 1,0
Cádmio mg/L 0,005
Chumbo mg/L 0,05
Cianetos mg/L 0,1
Cromo Total mg/L 0,05
Fluoretos mg/L obs-3
Mercúrio mg/L 0,001
Nitratos mg/L N 10
Prata mg/L 0,05
Selênio mg/L 0,01
II- b) Componentes Orgânicos que afetam a saúde
Aldrin e Dieldrin ug/L 0,03
Benzeno ug/L 10
Benzo-a-pireno ug/L 0,01
Clordano(Total de Isômeros) ug/L 0,3
DDT(p-p’DDT; o-p’DDT; p-p’DDE; o-p’DDE) ug/L 1
Endrin ug/L 0,2
Heptacloro epóxido ug/L 0,1
Hexaclorobenzeno ug/L 0,01
Lindano (Gama HCH) ug/L 3
Metoxicloro ug/L 30
Pentaclorofenol ug/L 10
Tetracloreto de Carbono ug/L 3
78
Tetracloroeteno ug/L 10
Toxafeno ug/L 5,0
Tricloroeteno ug/L 30
Trihalometanos ug/L 100 (obs-4)
1,1 Dicloroeteno ug/L 0,3
1,2 Dicloroetano ug/L 10
2,4 D ug/L 100
2, 4, 6 Triclorofenol ug/L 10 (obs-5)
Observações:
Obs.1 - Para a cor aparente, o VMP é 5(cinco) uH para água entrando no sistema de
distribuição. O VMP de 15(quinze) uH é permitido em pontos da rede de distribuição.
Obs.2 - Para à turbidez, o VMP é 1,0 uT, para a água entrando no sistema de distribuição.
O VMP de 5,0 uT é permitido em ponto de rede de distribuição se for demonstrado que a
desinfecção não é comprometida pelo uso desse valor menos exigente.
12.2.2 RECOMENDAÇÕES
79
b) A concentração mínima de cloro residual livre em qualquer ponto da rede da
distribuição, deverá ser de 0,2 mg/L.
c) A água de abastecimento não deverá apresentar nenhuma das substâncias relacionadas
na tabela 12-2, em teores que lhe confiram odor característico.
TABELA 12-2
SUBSTÂNCIA CONCENTRAÇÃO LIMIAR DE ODOR
Clorobenzenos 0,1 a 3 ug/L
Clorofenóis e Fenóis 0,1 a ug/L
Sulfetos de Hidrogênio(não ionizável) 0,025 a 0,25 ug/L (em S)
d) Recomenda-se a realização de análises pelo método da medida da atividade
anticolinesterásica para verificação da presença de carbamatos e fosforados nas águas de
abastecimentos público( limite detec. do método = 10 ug/L).
12.2.3 - AMOSTRAGEM
O número mínimo de amostras e a frequência mínima de amostragem a serem
efetuadas pelos serviços de abastecimento público de água deverão obedecer a tabela 12-3.
TABELA 12-3
REDE DE REDISTRIBUIÇÃO
ENTRADA DO
SISTEMA DE NÚMERO MÍNIMO DE AMOSTRAS
DISTRIBUIÇÃO
POPULAÇÃO *********** Até 50.001 a Acima de
ABASTECIDA(Hab) **** 50.000 250.000 250.000
NÚMERO DE 1 1 1 p/ cada 4+(1 p/ cada
AMOSTRAS 50.000 250.000)
80
II - CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS
81
II - c) Componentes que afetam a qualidade Organolépticas
12.2.4 - BACTERIOLÓGICAS
82
serão tolerados até 10 (dez) coliformes totais em 100 (cem) mL, desde que isso não
ocorra em duas amostras consecutivas, coletadas sucessivamente no mesmo ponto.
Neste caso, deve-se providenciar a melhoria dessa condição ou a utilização de água
que apresente melhor qualidade bacteriológica, acompanhada por inspeções sanitárias
frequentes e coleta de dados epidemiológicos.
f - Se ocorrer positividade das amostras analisadas pelos órgãos responsáveis pela
vigilância da qualidade da água, o Serviço de Abastecimento de Água deverá ser
notificado para adoção das medidas corretivas e execução de novas análises, até que 2
(duas) amotras sucessivas apresentem resultados satisfatórios, após o que informará
aos órgãos responsáveis pela vigilância da efetividade das medidas.
g - Recomendações
Para avaliar as condições sanitárias dos sistemas de abastecimento público de água, é
recomendado que, em 20% (vinte por cento) das amostras analisadas por mês,
semestre ou ano, seja efetuada a contagem de bactérias heterotróficas, que não
poderão exceder a 500 (quinhentas) Unidades Formadoras de Colônias (UFC) por
mL. Se ocorrer número superior ao recomendado, deverá ser providenciada imediata
recoleta e inspeção local. Confirmada e/ou constatada irregularidade, deverão ser
tomadas providências para sua correção. A técnica do espalhamento em
placa("Spread Plate Method") também poderá ser adotada. Na recoleta, para
verificação da colimetria positiva, recomenda-se que sejam coletadas 3(três) amostras
simultâneas, no local da amostragem e em 2(dois) pontos situados antes e depois do
mesmo.
Bibliografia
83