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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E DESPORTO ESCOLAR - SEDUC/AM

SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA PEDAGÓGICA - SEAP

Título da UCA: Biodiversidade e produção de alimentos

O Núcleo de Gestão Curricular, está enviando


este caderno pedagógico da Área de CNT, da
parceira IUNGO, customizada para a realidade
local em consonância com a PCP-EM e os
Planos de Ensinos construídos por esta
Secretaria, para leitura crítica e analítica.

A capa deste caderno pedagógico está em produção pela ASSCOM com prazo de entrega
para o dia 14/11/2023

Manaus – AM
2024
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E DESPORTO ESCOLAR

WILSON MIRANDA LIMA


Governador do Estado do Amazonas

ARLETE FERREIRA MENDONÇA


Secretária de Estado de Educação e Desporto Escolar

ROSANA APARECIDA FREIRE NUNES


Secretária Executiva de Educação e Desporto Escolar

LUIZ HENRIQUE PACHECO DA SILVA


Secretária Executiva Adjunta de Gestão

EDILENE FERREIRA PINHEIRO


Secretária Executiva Adjunta da Capital

ANA MARIA ARAÚJO DE FREITAS


Secretária Executiva Adjunta do Interior

GEORGETE BORGES MONTEIRO


Secretária Executiva Adjunta Pedagógica

HADAQUEL DA SILVA ALCÂNTARA


Coordenadora do Comitê da Reforma de Ensino Médio e Currículo

ERIBERTO BARROSO FAÇANHA FILHO


Diretor do Departamento de Políticas e Programas Educacionais

MANOEL FEITOSA JEFFREYS


Gerente do Núcleo de Gestão Curricular

YAMILES PINTO SOUZA


Gerente de Ensino Regular

LÚCIA REGINA DOS SANTOS ANDRADE


Coordenadora do Ensino Médio
ITINERÁRIO FORMATIVO – CADERNO PEDAGÓGICO DA UNIDADE
CURRICULAR DE APROFUNDAMENTO - UCA

FICHA TÉCNICA

Comitê Executivo de Implementação Novo Ensino Médio


Hadaquel da Silva Alcântara
Hellen Grace Melo Gomes
Karol Regina Soares Benfica
Ivânia Miranda Rodrigues Cardoso
Márcia Kazumi Okura Kikuchi
Rauciele da Silva Cazuza

Gerente responsável do Núcleo de Gestão Curricular


Manoel Feitosa Jeffreys

Equipe Executora do Núcleo de Gestão Curricular


Caroline Correa Viana
Francisco Karyvaldo Magalhães Secundino
Jaqueline de Oliveira Gonçalves
Josildo Severino de Oliveira
Manoel Feitosa Jeffreys
Raphael Xavier Barbosa

Capa
Adriel Medeiros de Araujo
FICHA TÉCNICA
Coordenação Instituto Reúna
REALIZAÇÃO DANIEL CORDEIRO

INSTITUTO IUNGO Apoio à coordenação


Presidente CAMILLY LIMA
PAULO EMÍLIO DE CASTRO ANDRADE STEFANNY LOPES
VANESSA COSTA
Diretora de educação
ALCIELLE DOS SANTOS
CONCEPÇÃO DO PROGRAMA
Diretora de estratégia e implementação
JOANA RENNÓ Equipe
ALCIELLE DOS SANTOS
INSTITUTO REÚNA ANTONIO CARLOS OSCAR JÚNIOR
Diretora-Executiva CARLOS GOMES DE CASTRO
KÁTIA STOCCO SMOLE CAROLINA MIRANDA
CLÉA FERREIRA
CYNTHIA SANCHES
UMA CONCERTAÇÃO PELA AMAZÔNIA
FABIANA CABRAL SILVA
Secretaria Executiva FERNANDA RENNÓ
FERNANDA RENNÓ GRAZIELA SANTOS
LÍVIA PAGOTTO IZADORA RIBEIRO PERKORKI
JEFFERSON SODRÉ MENEZES
JOANA RENNÓ
PARCERIA JULIANA FRIZZONI CANDIAN
BNDES KÁTIA SMOLE
INSTITUTO ARAPYAÚ LÉA CAMARGO
MOVIMENTO BEM MAIOR MARISA BALTHASAR
MICHELE BORGES
PROGRAMA ITINERÁRIOS AMAZÔNICOS PAULO EMÍLIO DE CASTRO ANDRADE
REGINA TUNES
RENATA ALENCAR
IDEALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO RENATA MONACO
SAMUEL ANDRADE
Idealização THAMARA STRELEC
FERNANDA RENNÓ (Uma Concertação pela Amazônia)
JOANA RENNÓ (Instituto iungo) Gestores, técnicos e educadores de redes de ensino
PAULO EMÍLIO DE CASTRO ANDRADE (Instituto iungo) ALDEVÂNIA BARRETO DE MATOS - SEED RORAIMA
ALISSON THIAGO PEREIRA - SEDUC AMAZONAS
Coordenação geral ANTONIO FONSECA DA CUNHA - SEDUC PARÁ
SAMUEL ANDRADE CARMEM LÚCIA SOUZA - SEDUC AMAZONAS
CLEIBERTON SOUZA - SEED AMAPÁ
Equipe pedagógica DARLETE SOUZA DO NASCIMENTO - SEED RORAIMA
CARLOS GOMES DE CASTRO EDILMA DA SILVA RIBEIRO - SEED RORAIMA
CAROLINA MIRANDA STELLA DAMAS - SEED RORAIMA
CYNTHIA SANCHES (Coordenadora) IRENE PEREIRA- SEED RORAIMA
REGINA TUNES (Coordenadora) LUCIA REGINA ANDRADE - SEDUC AMAZONAS
MELINA TONINI - SEDUC RONDÔNIA
Coordenação de produção MONALISA SANTOS SILVA - SEDUC MARANHÃO
THAMARA STRELEC REGINA PEREIRA - SEDUC MARANHÃO
RICARDO SANTA CRUZ - SEED RORAIMA PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
SALOMÃO SOUZA ALENCAR - SEDUC AMAZONAS
Coordenação
SIMONE BATISTA - SEED RORAIMA
PAULO ROBERTO DA CUNHA

Jovens amazônicos
Concepção e redação
BRUNA LIMA - RIO BRANCO | ACRE
GILBERTO STAM
INGRID MARIA AVIZ DE ARAÚJO - ANANINDEUA | PARÁ
JEFFERSON SODRÉ MENEZES
KARINA PENHA - SÃO JOSÉ DE RIBAMAR | MARANHÃO
KÁTIA HENRIQUE
ODENILZE RAMOS - CARÃO, BAIXO RIO NEGRO | AMAZONAS
OREME IKPENG - XINGU | MATO GROSSO
Leitura crítica
PEDRO ALACE - AGROVILA ITAQUI, CASTANHAL/PARÁ
ANA LÚCIA RAMOS AURICCHIO
DAYANE OLIVEIRA RODRIGUES - SEED RORAIMA
Especialistas em educação
ERONILDO CORNÉLIO DE CASTRO - SEED RORAIMA
ANA LUÍSA GONÇALVES
MANOEL FEITOSA JEFFREYS - SEDUC AMAZONAS
FERNANDA SAEME
VANESSA COSTA TRINDADE
NÁDIA CARDOSO
PAULO CUNHA
Edição pedagógica
THIAGO HENRIQUE
CAROLINA MIRANDA
VANESSA COSTA TRINDADE
Mobilização de jovens
RICARDO PENIDO
Apoio à concepção - Jovens amazônicos
DAVI LIMA MELO
Mapeamento de tecnologias educacionais
GUILHERME LIMA FREITAS
PORVIR

Apoio à concepção - Técnicos e educadores de redes


Convidados do seminário de aprofundamento temático
de ensino
DILSON GOMES NASCIMENTO - SEDUC AMAZONAS
DORIELSON FRANÇA DA COSTA - SEED AMAPÁ
MAICKSON SERRÃO - SEDUC AMAZONAS
ROSIMAR MAGALHÃES SANTANA - SEED RORAIMA
TATIANA SCHOR
VINICIUS FARIA DE OLIVEIRA - SEDUC AMAZONAS

COMUNICAÇÃO E DESIGN Especialistas temáticos


GEORGIA JORDÃO
Coordenadora de Comunicação
ANGELA MARIS DO NASCIMENTO Produção de infográfico
CAROLINA MIRANDA
Produção de conteúdo - Comunicação
ANA CATARINA PARISI PINHEIRO Edição de texto e revisão ortográfica
CAMILA SARAIVA GONÇALVES ANA ELISA FARIA DO AMARAL
DIOGO DA COSTA RUFATTO
Identidade visual e projeto gráfico JAQUELINE COUTO KANASHIRO
CLÁUDIO VALENTIN LUCAS TADEU DE OLIVEIRA
DENIS LEROY MARCIA GLENADEL
MARIANE GENARO
Assessoria para arquitetura da informação
PORVIR Diagramação
NATÁLIA XAVIER
Plataforma digital RENAN DA SILVA ARAÚJO
PORVIR (PRODUÇÃO EXECUTIVA) VICTOR SOARES
SINTRÓPIKA (DESIGN E DESENVOLVIMENTO) WELLINGTON TADEU
SUMÁRIO
UCA: Biodiversidade e produção de alimentos

Ementa .......................................................................................................................... 05

Unidade Temática 1: Alimentação e saúde ................................................................ 09

Unidade Temática 2: Qualidade de vida e prevenção e promoção da saúde ..... 19

Referências ................................................................................................................... 24
EMENTA

Carga horária média sugerida


20 horas
Resumo
O foco desta unidade é a relação entre a biodiversidade amazônica e a produção de alimentos.
Nele, os estudantes pesquisam sobre o uso da terra em diferentes contextos amazônicos,
tendo como foco a produção de alimentos e seus impactos socioambientais e na saúde. Para
isso, eles fazem um mapeamento das práticas agrícolas na escala local da Amazônia Legal,
identificando tecnologias atuais e tradicionais que tenham potencial para contribuir com a
conservação da sociobiodiversidade e relacionando alimentação, saúde e tradições culturais.
Os conhecimentos construídos são utilizados na elaboração de materiais educomunicativos
para ampliar a compreensão da população sobre a produção de alimentos na Amazônia.
Expectativas de aprendizagem
● Mapear práticas agrícolas e outros usos da terra e reconhecer tecnologias que
contribuem para a conservação dos recursos naturais.
● Compreender as necessidade e potencialidades do conhecimento das populações
tradicionais para o desenvolvimento de políticas públicas.
● Investigar o potencial da biodiversidade amazônica na produção de materiais para
diferentes setores, com ênfase no setor alimentício.
Competências gerais da BNCC
CG 1, CG 2 e CG 10
Eixos estruturantes
Investigação científica
Empreendedorismo
Processos criativos
Objetos de conhecimento
Plantas medicinais; plantas alimentícias não convencionais (PANCs); alimentação e
biodiversidade na Amazônia; saúde e bem-estar; saúde pública e coletiva; diferentes conceitos
de saúde e doença; qualidade de vida; dados epidemiológicos relacionados às populações
amazônicas; dados relacionados ao uso da terra; tecnologias modernas e tradicionais
associadas à produção de alimentos.
Habilidades da área do conhecimento
(EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus impactos nos
seres vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos
da matéria e nas transformações e transferências de energia, utilizando representações e
simulações sobre tais fatores, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como
softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros).

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(EM13CNT206) Discutir a importância da preservação e conservação da biodiversidade,
considerando parâmetros qualitativos e quantitativos, e avaliar os efeitos da ação humana e
das políticas ambientais para a garantia da sustentabilidade do planeta.
(EM13CNT304) Analisar e debater situações controversas sobre a aplicação de conhecimentos
da área de Ciências da Natureza (tais como tecnologias do DNA, tratamentos com células-
tronco, neurotecnologias, produção de tecnologias de defesa, estratégias de controle de
pragas, entre outros), com base em argumentos consistentes, legais, éticos e responsáveis,
distinguindo diferentes pontos de vista.
(EM13CNT310) Investigar e analisar os efeitos de programas de infraestrutura e demais
serviços básicos (saneamento, energia elétrica, transporte, telecomunicações, cobertura
vacinal, atendimento primário à saúde e produção de alimentos, entre outros) e identificar
necessidades locais e/ou regionais em relação a esses serviços, a fim de avaliar e/ou promover
ações que contribuam para a melhoria na qualidade de vida e nas condições de saúde da
população.
Habilidades dos eixos estruturantes
(EMIFCNT01) Investigar e analisar situações-problema e variáveis que interferem na dinâmica
de fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, considerando dados e
informações disponíveis em diferentes mídias, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos
digitais.
(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de
fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos e
aplicativos digitais, utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFCNT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,
exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica
dos fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos
de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
(EMIFCNT04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e
reflexão crítica sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com
ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade
virtual, entre outros).
(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências
da Natureza podem ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos,
considerando as diversas tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.
Foco das etapas
Etapa 1: Alimentação e saúde

Carga horária média sugerida: 15 horas

Nas atividades desta etapa, os estudantes:

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● Mapeiam, por meio de um processo investigativo, a diversidade de práticas agrícolas no
contexto da Amazônia, incluindo aquelas oriundas de comunidades e povos tradicionais,
e seus impactos no ambiente e na saúde humana.
● Compreendem o impacto da redução da variedade de espécies utilizadas na alimentação
humana em decorrência da introdução de espécies exóticas.
● Discutem a segurança e a soberania alimentar e reconhecem os desafios para a adoção
de hábitos alimentares saudáveis, além de propor recomendações sobre a escolha de
alimentos e estratégias para a promoção da saúde no cenário local.

Etapa 2: Qualidade de vida e prevenção e promoção da saúde

Carga horária média sugerida: 5 horas


Nas atividades desta etapa, os estudantes:
● Mapeiam o conhecimento popular a respeito de plantas alimentícias e medicinais locais
e regionais.
● Aprofundam, por meio da leitura de textos de divulgação científica, o conhecimento
sistematizado a respeito dos recursos vegetais (plantas medicinais e plantas alimentícias
não convencionais) e sua relevância para a sociedade.
● Investigam os malefícios decorrentes do consumo indiscriminado de plantas medicinais
e avaliam os riscos da exposição a determinadas substâncias.
● Investigam os malefícios da exposição humana a determinadas substâncias, como os
agrotóxicos.
● Propõem soluções coletivas para a promoção e a prevenção da saúde.
● Produzem materiais educomunicativos com base nas informações levantadas e nos
conhecimentos construídos.
Estratégias de ensino e aprendizagem
● Situações didáticas pautadas na investigação científica que considerem a análise do uso
de plantas medicinais, das boas práticas de alimentação e do uso do solo.
● Investigação por meio do levantamento de dados em fontes confiáveis e da utilização
de questionários.
● Produção de material educativo na forma de campanhas, cartilhas e manuais.
Avaliação
A avaliação ocorrerá de forma processual e formativa. O engajamento nas atividades, a
organização das produções, a interação com os colegas, os registros individuais e os produtos
finais (cartilhas e campanhas educativas) previstos servirão de instrumento de avaliação. As
discussões, os dados oriundos das investigações no decorrer da unidade e as demais
produções são considerados evidências de aprendizagem dos estudantes. A produção final
está em concordância com o foco pedagógico do eixo Investigação científica, pois visa

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desenvolver a habilidade de seleção de informações de fontes confiáveis e a capacidade de
elaborar ferramentas de comunicação com a utilização de diferentes linguagens.

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UNIDADE TEMÁTICA 1: ALIMENTAÇÃO E SAÚDE

UNIDADE | BIODIVERSIDADE E PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 15 horas

• Discussão sobre práticas agrícolas e de produção de alimentos e seus


ACONTECE impactos no ambiente e na saúde humana.
NA ETAPA • Construção de um painel de aprendizagens.
• Pesquisa sobre a produção de alimentos nos contextos amazônicos.
• Investigação por meio de entrevistas e pesquisa de campo.
• Produção de vídeos educomunicativos.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 8 horas
Esta situação de aprendizagem convida os estudantes a refletir sobre os impactos da agricultura
nos serviços ecossistêmicos na Amazônia Legal. Para isso, eles investigam as características dos
diferentes sistemas produtivos e seus impactos sobre o ambiente. Analisam, dessa forma, os
distintos modos de produção e consumo de alimentos. Em atividades de levantamento de
conhecimentos prévios, entrevistas, estudos de campo, diálogos entre pares e construção de painel
de aprendizagens, os estudantes investigam e mapeiam práticas de produção de alimentos
predominantes na Amazônia Legal. Ao longo da unidade, eles são convidados a investigar diferentes
processos de produção de alimento, bem como seus impactos sociais, ambientais e na saúde das
populações.

PONTO DE PARTIDA

1. Apresente o percurso de aprendizagens que será vivenciado pela turma nesta unidade. O
infográfico pode apoiar esse momento de mediação. Na sequência, convide os estudantes a refletir
coletivamente sobre os impactos da agricultura intensiva e extensiva na Amazônia. Para promover
a ancoragem e o levantamento de conhecimentos prévios, você pode exibir o vídeo Episódio 1:
“Você sabe de onde vem sua comida?" | Greenpeace Brasil | YouTube1. Na impossibilidade de exibi-
lo, as seguintes perguntas podem colaborar para a problematização da temática e o levantamento
das ideias dos estudantes:

● Quais são os impactos da agricultura nos serviços ecossistêmicos na Amazônia Legal? Como

1
Todos os links indicados neste material foram acessados em fevereiro de 2023.

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a ciência e as tecnologias podem colaborar nesse processo?
● Quais são as principais características dos sistemas de produção de alimento? Como eles
impactam a erosão do solo?
● Vocês reconhecem em seus contextos práticas de produção de alimentos caracterizadas
como tradicionais?
● Como os saberes e a cultura de populações amazônicas contribuem para essas práticas?

2. Realize uma exposição dialogada sobre a temática e sugira a construção de um glossário para fins
de registro de aprendizagens e de conceitos fundamentais, como patrimônio socioambiental,
serviços ecossistêmicos, agricultura intensiva e extensiva, sistemas agrícolas tradicionais etc. No
boxe Saiba mais, há uma indicação da Embrapa que apresenta alguns sistemas e tecnologias
agrícolas adotados no Brasil, como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que é uma
estratégia de produção conhecida por unir diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e
florestais em uma mesma área. Além de gerar benefícios ambientais e econômicos, permite a
recuperação de pastagens degradadas e a diversificação da produção.

SAIBA MAIS

Os sistemas agrícolas tradicionais (SATs) são processos de produção dinâmicos caracterizados pela
interação entre elementos culturais, ecológicos, históricos e socioeconômicos. Eles possibilitam
diferentes arranjos e técnicas produtivas que, em seu conjunto, se mostram resilientes e
sustentáveis. Trata-se de atividades produtivas (agricultura, pesca, extrativismo, beneficiamento
artesanal, manejo florestal, criação de animais etc.) que ocorrem segundo determinadas lógicas,
elaboradas conforme o manejo adaptativo dos recursos naturais, as experiências acumuladas ao
longo de gerações e a interação de conhecimento tradicionais e científicos. Leia mais em Sistemas
agrícolas tradicionais – SATs | Ministério de Agricultura e Pecuária.
Veja também:
● Impactos da agricultura: do surgimento da agricultura ao agronegócio | Maria Luiza
Salatino | E-disciplinas-USP: material de apoio que discute os principais elementos que
caracterizam a agricultura intensiva e extensiva e os seus impactos nos ambientes
naturais.
● Intensificação e sustentabilidade dos sistemas de produção agrícolas | Portal Embrapa:
material produzido pela Embrapa que apresenta e conceitua uma série de sistemas e
tecnologias sustentáveis amplamente adotados, à luz dos princípios da agricultura
sustentável, que garantem qualidade ambiental e preservam os recursos naturais.
● “Cadeia produtiva da mandioca no Pará" | Amazônia+ | YouTube: vídeo que aborda a
cadeia produtiva da mandioca, base da alimentação de milhões de pessoas no mundo,
eleita pela Organização das Nações Unidas como o alimento do século 21.
● Ouro líquido: produção de dendê explora populações negras e indígenas no Brasil |
Rebeca Borges | Metrópoles: reportagem que aborda como a produção de dendê do

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Pará à Bahia explora populações negras e indígenas no Brasil e produz danos
socioambientais.
● “Bioeconomia na cozinha" | Spotify: podcast que fomenta o debate sobre a participação
de distintos atores que integram a bioeconomia, como indígenas, ribeirinhos,
agricultores familiares, associações e cooperativas de base comunitária e
empreendedores de inovação.

3. Contextualize e problematize as práticas agrícolas, os usos da terra e a contribuição das


populações tradicionais para a conservação dos recursos naturais na Amazônia Legal, considerando
os contextos para o desenvolvimento da bioeconomia local. Proponha aos estudantes que
sistematizem as reflexões por meio de uma rotina de pensamento conhecida como os “três
porquês”. No diário de bordo ou em um mural colaborativo, os estudantes devem responder aos
seguintes questionamentos:

● Por que esse tema/tópico/pergunta é importante para mim?


● Por que isso é importante para as pessoas ao meu redor e para o meu contexto?
● Por que isso é importante para o mundo?

Essa estratégia desloca o estudante da posição de informação, memória e reprodução para a


experiência da investigação, da conexão e da problematização. Ao final, proponha que os
estudantes apresentem suas reflexões em uma plenária coletiva. As informações sistematizadas
serão importantes para a proposição de soluções para as atividades subsequentes.

DE OLHO NAS ESTRATÉGIAS

As rotinas de pensamento são estruturas simples, formadas por um conjunto de perguntas ou


uma sequência de etapas que podem ser praticadas individualmente ou em grupo. Servem como
ferramenta de investigação e estudo de um objeto de conhecimento, estruturas para nomear e
conduzir o pensamento, diferenciando seus movimentos, raciocinar com base em evidências,
formular hipóteses, fazer comparações, promover sínteses e simbolizações (ANDRADE, 2021).
As rotinas conhecidas como “vejo, penso e pergunto” e as dos “três porquês” ajudam os estudantes
a fazerem observações cuidadosas e interpretações embasadas e, ainda, preparam o cenário para
a investigação, pois permitem interpretar fatos e fenômenos com evidências, bem como
estabelecer a conexão com saberes prévios. As rotinas de pensamento foram desenvolvidas pelo
Agency by Design – Project Zero – Harvard, com o propósito de dar visibilidade às aprendizagens.
Conheça mais em:
● Catalisador traduz rotinas de pensamento do Agency by Design – Project Zero – Harvard |
Instituto Catalisador.
● Duas rotinas de pensamento “vejo-penso-pergunto” e “cabo de guerra” – relato de
experiência | Danielly Bonilha | Ativa.

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● Avaliação: as rotinas de pensamento | Lilian Bacich.
DESENVOLVIMENTO

4. Para sensibilizar os estudantes, selecione algumas imagens sobre as práticas agrícolas da região
e utilize a estratégia “vejo, penso e pergunto”. Em pequenos grupos ou individualmente, peça a eles
que respondam: “O que vocês veem? O que pensam sobre isso que veem? Qual é sua interpretação?
O que vocês perguntam a respeito do que veem e pensam? Têm dúvidas ou curiosidades?”. Essa
estratégia é interessante para introduzir e explorar ideias iniciais sobre um tema, fazer perguntas
instigantes e registrar conhecimentos ou hipóteses prévias.

5. Após uma partilha coletiva, organize a turma para a proposta desse momento: a realização de um
trabalho de campo e coleta de dados por meio de entrevistas sobre a produção de alimentos (de
origem vegetal e também de pescados) no contexto da Amazônia Legal e seus impactos ambientais,
com trabalhadores envolvidos nos sistemas de produção de alimentos e familiares. Também podem
ser feitas consultas em fontes confiáveis e visitas de campo a feiras, mercados e centros de
abastecimento, se possível. Pretende-se, com isso, aproximar os jovens de suas realidades e
possibilitar que entrem em contato com o trabalho das pessoas que atuam na cadeia produtiva de
alimentos. Ao entrevistar trabalhadores, eles podem reconhecer atividades econômicas, valorizar a
diversidade de saberes e vivências culturais, bem como refletir sobre as relações da atividade com
o meio ambiente e com a biodiversidade da Amazônia.

6. Explique que a pesquisa deve ser conduzida em pequenos grupos e, após a análise, as
informações podem ser compartilhadas em um mural colaborativo. Ressalte que é necessário citar
as fontes dos dados. Apoie os estudantes no desenvolvimento do questionário, a fim de assegurar
a coleta de informações que estejam em consonância com o foco da pesquisa, ajudando-os, dessa
forma, no desenvolvimento de habilidades ligadas ao letramento científico. Essa estratégia fomenta
o desenvolvimento da curiosidade intelectual, da reflexão e da análise crítica, além da capacidade
de resolver problemas e argumentar com base em dados e informações, posicionando-se de forma
crítica, ética e responsável. Para apoiar esta etapa, sugerimos o seguinte material: Aula de campo
como mecanismo facilitador do ensino-aprendizagem sobre os ecossistemas recifais em Alagoas |
Alana de Oliveira e Monica Correia | Alexandria.

7. Oriente os estudantes a investigar e mapear as práticas de produção de alimentos predominantes


na Amazônia Legal, os efeitos ambientais e seus impactos no ambiente e na saúde humana. Resgate
com eles o conceito de bioeconomia e estimule-os a compreender as práticas agropecuárias como
atividades relacionadas à bioeconomia. Em seguida, questione-os a respeito de como tornar essas
práticas mais sustentáveis do ponto de vista socioambiental. Os materiais a seguir podem servir
como subsídio para este momento:

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● A agricultura na Amazônia é produtiva e auxilia as comunidades locais | CropLife Brasil.
● Na Amazônia, práticas agrícolas indígenas interligam cosmologia e conservação | Luiz Felipe
Silva e Fellipe Abreu | National Geographic.
● Comunidades ribeirinhas amazônicas: modos de vida e uso dos recursos naturais | Piatam |
Ufam.
● Os saberes e práticas de pescadores na Amazônia são foco de pesquisa do Instituto
Mamirauá | Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

DE OLHO NAS ESTRATÉGIAS


Para orientar os estudantes nesta atividade, proponha algumas questões que visam ajudá-los a
planejar as etapas da investigação a ser feita:
Ideias e hipóteses iniciais: “Com quais tipos de pessoa vocês pensam em conversar? O que sabem
e pensam sobre as práticas agrícolas que podem identificar em campo? São capazes de antecipar
aspectos econômicos, ambientais e sociais positivos e negativos relacionados a essas práticas
agrícolas?”.
Planejamento: “O que vocês precisam conhecer melhor sobre a comunidade, os atores locais e as
práticas agrícolas antes de ir a campo para a coleta de dados? Que informações gostariam de
obter? Como vão registrar essas informações? A aproximação com as pessoas em campo será
feita em duplas, em rodas de conversa, com questionários fechados?”.
Organização e análise dos dados: “Na volta do campo, como organizarão as informações: por
categorias ou olhando para aspectos específicos identificados no campo? É possível reconhecer
práticas que tornam a produção menos poluente e favorecem o desenvolvimento social? E quanto
aos impactos identificados, o que poderia ser feito para minimizá-los? Que aspectos (consumo de
água e energia, uso da terra, dedicação e trabalho, geração e aproveitamento de resíduos,
utilização de mão de obra local etc.) relacionados às práticas agrícolas foram mais significativos?
É possível relacionar alguma prática agrícola à economia circular ou à economia linear?”.
Compartilhamento: “Como vocês compartilharão seus estudos? Como apresentar os aspectos
positivos, os possíveis problemas e as soluções para resolvê-los? Por meio de uma apresentação
oral apoiada por imagens e informações relevantes ou fazendo uso de vídeos curtos que mostrem
e analisam as práticas agrícolas, trechos de entrevistas e conversas feitas em campo?”.

EIXOS ESTRUTURANTES EM AÇÃO

As habilidades EMIFCNT01, EMIFCNT02 e EMIFCNT03, do eixo Investigação científica, são


mobilizadas por meio das entrevistas, das visitas de campo e do levantamento de dados. No
decorrer das atividades, os estudantes desenvolvem competências e habilidades relativas à

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resolução de problemas, à tomada de decisão, à capacidade de argumentação e ao trabalho
efetivo em equipe. Diante disso, com criatividade e criticidade, identificam, selecionam,
processam e analisam, individual e coletivamente, dados que tratam de trajetórias de vida e
mundo do trabalho. A atividade também favorece o desenvolvimento de habilidades do eixo
Empreendedorismo, como a EMIFCNT10, uma vez que o estudo de contextos locais ou regionais
e a busca coletiva por soluções que visem ao bem comum podem se configurar como
oportunidades para a concretização de projetos pessoais ou produtivos.

SISTEMATIZAÇÃO

8. Para aumentar o engajamento dos estudantes e aprofundar seus conhecimentos, após a


finalização da pesquisa, solicite que apresentem os resultados. Dessa forma, os estudantes vão
conhecer distintas práticas, impactos ambientais e algumas alternativas tecnológicas (empregadas
na produção do agronegócio e/ou tradicionalmente empregadas por comunidades tradicionais) que
visam mitigar os problemas ambientais. Peça aos estudantes para complementarem as informações
com pesquisas em fontes confiáveis. Uma vez que todos conhecerão as produções uns dos outros,
solicite-lhes que façam uma síntese do que aprenderam no circuito. A estratégia de apresentação
pode ser proposta segundo os interesses dos estudantes e a disponibilidade de recursos. Algumas
opções são: confecção de murais interativos ou painéis, apresentações interativas, ferramentas
digitais para comunicação etc.

AVALIAÇÃO EM PROCESSO

As atividades de leitura compartilhada e sistematizações, o desenvolvimento das


pesquisas, o planejamento e o desenvolvimento de soluções que são trabalhados no
decorrer do processo devem servir como referência para a avaliação dos estudantes. Para
fomentar a empatia, a cooperação e o envolvimento dos estudantes, é importante
também prever momentos de autoavaliação e avaliação entre pares.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 7 horas
Nesta situação de aprendizagem, os estudantes ampliam seus estudos sobre a relação entre saúde,
alimentação e tradições culturais, temas que permeiam o cotidiano das populações. Por meio de
uma abordagem investigativa, os estudantes são convidados a compreender o impacto da redução
da variedade de espécies utilizadas na alimentação humana, em decorrência da introdução de
espécies exóticas e das mudanças dos hábitos alimentares promovidas pela revolução verde. Eles
também são incentivados a analisar dados e evidências e a posicionarem-se de forma ética, crítica

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e responsável, incorporando valores para uma formação cidadã. Por meio de um world café,
discutem o conceito de soberania alimentar, debatem sobre os principais desafios para alcançar
esse princípio e propõem recomendações sobre a escolha de alimentos e estratégias para a
promoção da saúde.

PONTO DE PARTIDA

1. Retome as discussões levantadas em outras situações de aprendizagem e proponha uma


atividade de mobilização para promover o engajamento e o levantamento de conhecimentos
prévios sobre a diversidade de espécies utilizadas na alimentação. Para estabelecer a conexão
entre as situações de aprendizagem, sugerimos uma adaptação da metodologia cooperativa think,
pair, share (pensar, parear e compartilhar).

● Na primeira etapa, think (pensar), os estudantes, individualmente, elegem um alimento


que seja consumido na região em que habitem, pensam nos prós e nos contras
envolvidos na produção e no consumo desse alimento e, por fim, organizam suas
próprias ideias e hipóteses. Nesse momento, questione-os se os exemplos são espécies
nativas ou exóticas, se conhecem o processo de produção dos alimentos e se os que são
consumidos são produzidos de forma sustentável. Para contextualizar, comente que o
arroz, o trigo, a soja, a cana e muitos outros alimentos que fazem parte do sistema
alimentar brasileiro são espécies exóticas, ou seja, são originários de outras regiões do
mundo.
● Posteriormente, inicie a segunda etapa, pair (parear). Nesse momento, os estudantes
compartilham suas experiências em duplas e refletem sobre as considerações do colega.
A exposição e o compartilhamento dos argumentos são importantes para conhecer
outros pontos de vista e ampliar o repertório sobre a temática proposta.
● Por fim, na última etapa, share (compartilhar), as duplas compartilham suas ideias e suas
conclusões com toda a turma.

DE OLHO NAS ESTRATÉGIAS

A metodologia ativa think, pair, share é uma estratégia de aprendizagem cooperativa em que os
estudantes têm um tempo para pensar e para compartilhar entre pares e com um grupo maior.
Essa ferramenta possibilita a aprendizagem entre pares e o engajamento dos estudantes. Nesse
contexto, o docente assume a posição de mediador e conduz uma situação-problema que pode
ser acrescida de vários recursos, tais como imagens, vídeos, charges ou perguntas norteadoras.
A cartilha Metodologia ativa think, pair, share (TPS): estratégias para o ensino e aprendizagem no
Ensino Fundamental I | Angelina dos Reis e Maria Auxiliadora Barreto reúne informações sobre a
estratégia e como utilizá-la em sala de aula.

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2. A fim de dar mais um passo no conhecimento iniciado na atividade think, pair, share, proponha
uma leitura compartilhada do material Espécies exóticas: uso econômico, controle e redução de
impactos | Débora Marques et al. | Embrapa e, durante a leitura, instigue os estudantes a
refletirem sobre o impacto da redução da variedade de espécies utilizadas na alimentação humana,
em decorrência da introdução de espécies exóticas. De acordo com o texto, espécies exóticas são
aquelas que estão fora de seu local de origem e podem ser introduzidas em um novo ambiente de
forma intencional ou não. Algumas dessas espécies podem acarretar fortes desequilíbrios
ambientais, portanto, tornam-se necessários medidas e mecanismos de controle dessas espécies.
Após lerem o texto, peça aos estudantes para organizarem as informações obtidas no diário de
bordo, respondendo à seguinte questão: “De que maneira o uso de diferentes plantas (nativas ou
exóticas) pode afetar a saúde e a qualidade de vida das pessoas?”. Nesse momento, os estudantes
ainda terão poucas informações para ter uma resposta muito elaborada, por isso, essa questão
será retomada no final desta situação de aprendizagem.

DESENVOLVIMENTO

3. Converse com os estudantes sobre o fato de o bem-estar físico e mental ser fruto, entre outros
fatores, de uma boa alimentação, visto que as condições favoráveis para o crescimento e
desenvolvimento de um indivíduo dependem da sua nutrição. Esse diálogo mobiliza o conhecimento
construído durante os anos finais do Ensino Fundamental e fomenta o desenvolvimento da
competência geral 8 da BNCC, que se refere ao autoconhecimento e ao autocuidado. É importante
que os estudantes compreendam que a alimentação não diz respeito apenas à ingestão de
nutrientes, mas também à natureza dos alimentos que fornecem esses nutrientes, ao modo como
são combinados e preparados entre si e às dimensões culturais e sociais das práticas alimentares.
Historicamente, os alimentos são classificados segundo o tipo de nutriente predominante, contudo
as novas diretrizes mundiais trazem outra perspectiva, conforme mostra o boxe Saiba mais.

SAIBA MAIS

A reportagem A classificação NOVA | Nupens USP aborda a nova categorização dos alimentos
segundo sua finalidade e extensão de seu processamento. Essa teoria aponta que a extensão e o
propósito do processamento de alimentos são preponderantes na presença de nutrientes e no
potencial de influenciar o risco de obesidade e outras doenças crônicas relacionadas à
alimentação.

4. Diante dessa nova perspectiva na alimentação, peça aos estudantes que realizem uma atividade
de investigação na qual devem analisar frases recorrentes do senso comum, divulgadas em redes
sociais e na mídia em geral e que abordem a relação entre alimentação e saúde, por exemplo: “É
preciso comer várias vezes ao longo do dia”; “Consumo de carboidratos e alimentos gordurosos é

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prejudicial à saúde”; “Leite é um alimento necessário para o fortalecimento dos ossos”. Em seguida,
os estudantes devem selecionar e sistematizar, com base em estudos e pesquisas, argumentos
sobre as frases investigadas, posicionando-se de forma crítica e reconhecendo-as como “fato ou
fake”. Esse momento pode ser finalizado com uma plenária coletiva ou, caso disponha de tecnologia,
as frases podem ser publicadas em um mural digital, como Jamboard, juntamente com as evidências
levantadas pelo grupo.

5. Posteriormente, dedique um tempo para que a turma possa dialogar a respeito do


comportamento alimentar das pessoas com quem convivem e da comunidade local. O intuito é fazer
com que os estudantes reflitam sobre seu próprio processo alimentar e comecem a pensar, mesmo
sem nomear, o que é segurança alimentar e nutricional.

6. Peça aos estudantes que façam um levantamento de informações sobre o conceito de segurança
alimentar e nutricional (SAN) e, também, do conceito de insegurança alimentar. Em seguida,
proponha um world café para debater os principais desafios para alcançar esse princípio.

O world café é uma metodologia ativa que visa estimular o diálogo e o trabalho colaborativo. No
material A dinâmica do world café | André Benito et al., você encontrará as diretrizes do jogo e as
regras, bem como referências para ampliar seu repertório sobre essa estratégia. Você pode atuar
como mediador e trazer questões norteadoras para o debate. A ideia é que os estudantes
reconheçam obstáculos para a adoção de hábitos alimentares saudáveis e proponham
recomendações para a escolha de alimentos e estratégias que promovam a saúde. Além disso, em
uma das mesas, você pode colocar em questão a relação entre a produção e o consumo de
alimentos. Ao longo das mesas da dinâmica, os estudantes fazem registros das discussões, que
podem ser retomados em uma plenária final, com sua mediação e seus alinhamentos sobre os
temas em questão.

EIXOS ESTRUTURANTES EM AÇÃO

Nesta situação de aprendizagem, em que os estudantes investigam os sistemas agrícolas


tradicionais, é importante estar atento ao desenvolvimento de habilidades do eixo Investigação
científica, tais como EMIFCNT01, EMIFCNT02 e EMIFCNT03. Isso pode ser feito por meio da
observação e da mediação da forma como identificam situações-problema, exercitam o
levantamento de hipóteses, selecionam fontes e analisam dados.

SISTEMATIZAÇÃO

7. Convide os estudantes a pensar, refletir e debater sobre as seguintes questões:

● De que maneira o uso de diferentes plantas (nativas ou exóticas) pode afetar a saúde e a

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qualidade de vida das pessoas?
● Qual é a relação entre a produção e o consumo de alimentos?
● Qual é a relação entre hábitos alimentares e a saúde coletiva e individual?

AVALIAÇÃO EM PROCESSO

Ao final desta etapa, para fomentar a autoavaliação, convide os estudantes a responder a três
perguntas: “Como as ideias e as informações vistas durante esta etapa se conectam com o que
você já sabia? De que forma esses novos conhecimentos ampliaram seus pensamentos, seus
valores e suas ideias? Quais dúvidas você ainda tem sobre os temas abordados ou as realidades
pesquisadas?”. Essas perguntas permitem aos estudantes avaliarem seu desempenho no
processo. Na ocasião, peça, ainda, que revisitem as respostas dos “três porquês” previstas na
primeira situação de aprendizagem, avaliando o que mudariam, nesse momento, como resposta.

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UNIDADE TEMÁTICA 2: QUALIDADE DE VIDA E PREVENÇÃO E
PROMOÇÃO DA SAÚDE

UNIDADE | BIODIVERSIDADE E PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 5 horas

• Investigação sobre o conhecimento popular a respeito do conceito de saúde.


• Relação entre consumo de vegetais e saúde.
ACONTECE • Investigação sobre os malefícios da exposição humana a determinadas
NA ETAPA substâncias.
• Proposições de soluções coletivas para a promoção e a prevenção da saúde.
• Produção de materiais educomunicativos.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 5 horas
Esta situação de aprendizagem convida os estudantes a investigar a relação entre ações humanas e
saúde ambiental, analisando fatores determinantes que promovam danos à saúde individual e
coletiva, como os riscos da exposição a agrotóxicos e os malefícios decorrentes do consumo
indiscriminado de plantas medicinais. Por meio de uma abordagem investigativa, os estudantes
analisam a relação entre a produção de alimentos e o uso massivo de agrotóxicos, questionam os
conflitos de interesse no enfrentamento do uso de substâncias com alto grau de toxicidade na
produção de alimentos para consumo humano e compreendem como a transição agroecológica
pode contribuir para a promoção da soberania e da segurança alimentar, a justiça social e a
preservação ambiental. Propõe-se que os estudantes identifiquem medidas de prevenção e
promoção à saúde por meio da construção de materiais educomunicativos voltados à melhoria da
qualidade de vida da comunidade, uma das metas (ODS 2) previstas na Agenda 2030.

PONTO DE PARTIDA

1. Inicie esta etapa com uma tempestade de ideias sobre o que os estudantes têm de concepção de
saúde. Algumas perguntas podem apoiar a etapa: “O que vocês entendem como saúde? Saúde pode
ser definida como ausência de doença?”.

2. Peça aos estudantes que façam uma leitura compartilhada de trechos da Carta de Ottawa e
registrem no diário de bordo pontos importantes sobre a leitura. Essa carta é o resultado da

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Primeira Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde, que aconteceu em Ottawa, Canadá,
cujo objetivo foi estabelecer parâmetros para se atingir saúde para todos.

SAIBA MAIS

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares | Ministério da Saúde e a Política


Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta | Ministério da Saúde abordam
as condições e os determinantes sociais do campo e da floresta nos processos de saúde e doença.
As práticas integrativas e complementares (PICs) são terapias que se baseiam em conhecimentos
tradicionais, voltadas à prevenção e aos tratamentos de diversas enfermidades.

3. Oriente os estudantes a produzirem uma síntese das mudanças conceituais que aconteceram ao
longo dos anos acerca do que se entende como saúde. Essa atividade tem como objetivo
desmistificar a concepção única de que saúde seja ausência de doença e mapear práticas que
estejam associadas à prevenção e à promoção da saúde, como o cuidado com a alimentação, o uso
de plantas medicinais e outras práticas integrativas e complementares. Nesse momento, sua
mediação será importante para que os estudantes compreendam que a equidade, a universalidade
e a integralidade são princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS) e, também,
reconheçam a necessidade do acesso à atenção integral à saúde. Para que eles ampliem o
conhecimento de outras abordagens de prevenção, promoção e possibilidades terapêuticas, podem
acessar a cartilha Práticas integrativas e complementares em saúde | Liga de Educação em Saúde
(FURG). Mencione que, em 2016, a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF)
completou dez anos, cujo objetivo é garantir à população brasileira o acesso seguro a plantas
medicinais e fitoterápicos e seu uso racional, a fim de promover o uso sustentável da biodiversidade,
bem como o desenvolvimento da bioeconomia, da cadeia produtiva e da indústria nacional.

4. Para finalizar esse momento, peça aos estudantes que sistematizem o que aprenderam sobre o
conceito de saúde. Para isso, devem selecionar e conectar as principais ideias do que aprenderam
e elaborar uma representação gráfica (mapas mentais, conceituais etc.). Os mapas conceituais são
recursos bem indicados, pois permitem estabelecer relações entre os conteúdos, oportunizando
novos ciclos de aprendizagem, a autonomia do estudante e seu protagonismo.

DESENVOLVIMENTO

5. Faça uma leitura compartilhada da reportagem O uso de plantas medicinais é uma tradição que
requer cuidados, diz especialista | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(Fapeam).

6. Em seguida, oriente os estudantes a, em grupos, fazerem um processo investigativo de

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levantamento de dados sobre o consumo de plantas medicinais. As perguntas a seguir podem
ajudar na condução: “Quais são as principais plantas medicinais consumidas em sua casa ou região?
Como as comunidades tradicionais empregam as plantas na promoção da saúde e na prevenção de
doenças?”. É importante que os estudantes registrem os nomes populares e científicos das espécies
analisadas, se são exóticas ou nativas, as indicações de uso, as substâncias encontradas e os efeitos
adversos decorrentes do consumo e possíveis interações com medicamentos tradicionais. A turma
pode produzir um catálogo físico ou virtual das espécies investigadas. Por meio do uso de conceitos
e habilidades da investigação, essa atividade incentiva os estudantes a compreender o contexto local
e a propor intervenções que o considerem e contribuam para o enfrentamento de problemas
cotidianos, como o uso indiscriminado de plantas medicinais e os danos à saúde, tendo objetivo de
melhorar a qualidade de vida da comunidade.

7. Os alimentos constituem outro fator importante para a saúde e a qualidade de vida das pessoas
e das populações. Por isso, desafie os estudantes a estabelecerem essa relação com a exibição do
vídeo Comida que alimenta | Centro Sabiá | YouTube, que discute a importância das feiras
agroecológicas dos sistemas agroflorestais e como os alimentos oriundos desses sistemas
contribuem para o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar e nutricional. Proponha
uma conversa sobre o tema e destaque que a agricultura familiar apresenta como vantagens a
disponibilidade de terra e trabalho e a preservação de conhecimentos tradicionais decorrentes da
experiência acumulada com a biodiversidade. Destaque que as práticas agroecológicas voltadas ao
atendimento dos pequenos mercados, incluindo o de alimentos e de plantas medicinais e
fitoterápicos, desempenham um papel importante na economia local e regional.

8. Para aprofundar as discussões a respeito do uso de agrotóxicos e os potenciais prejuízos


decorrentes de sua utilização (ambientais e para a saúde humana), mobilize os estudantes para
investigar os agrotóxicos mais utilizados na produção de alimentos no seu contexto e apontar os
principais efeitos adversos e toxicológicos, além de investigar alternativas que vêm sendo utilizadas
para mitigar os danos decorrentes do uso excessivo destas substâncias. Para isso, lance mão do
método de aprendizagem cooperativa jigsaw. Essa estratégia pode ser adaptada de diversas
maneiras. Leia mais sobre ela em: Aprendizagem cooperativa: método jigsaw, como facilitador de
aprendizagem do conteúdo químico separação de misturas | Marco Aurélio da Silva, Leonardo
Catanhede e Severina Catanhede | ACTIO: Docência em Ciências.

Os seguintes materiais podem ser fornecidos como apoio:

● Os impactos socioambientais do uso de agrotóxicos na Amazônia | Natalia Antunes e Keity


de Oliveira | Internacional da Amazônia.
● Uma proposta de avaliação integrada de risco do uso de agrotóxicos no estado do Amazonas,
Brasil | Andréa Waichman.

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● Painéis: saúde, ambiente e sustentabilidade.
● Os impactos dos agrotóxicos na saúde | Dossiê Abrasco.

Este último reúne informações sobre os agrotóxicos, as lutas pela redução desses produtos e a
busca pela superação do modelo de agricultura químico-dependente predominante no
agronegócio.

Caso disponha de conexão, os estudantes podem acessar o portal Agrofit, do Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no qual estão disponíveis dados sobre a marca e o nome
comercial, a classificação toxicológica e a classificação ambiental de alguns agrotóxicos. Nesse
momento, é importante que os estudantes compreendam a relação entre modelos econômicos e
de produção e a saúde individual e coletiva.

EIXOS ESTRUTURANTES EM AÇÃO


A sistematização final prevista para esta etapa e as produções intermediárias desenvolvidas
concorrem para o desenvolvimento das habilidades EMIFCNT01, EMIFCNT02, EMIFCNT03, do eixo
Investigação científica, e EMIFCNT10, do eixo Empreendedorismo, pois propiciam a investigação, o
levantamento e a seleção de informações com base em pesquisa para o desenvolvimento de
projetos pessoais ou produtivos utilizando as Ciências da Natureza por meio de diferentes
linguagens.

SISTEMATIZAÇÃO

9. Proponha aos estudantes a produção de campanha, a ser veiculada via rádio local ou por uma
série de podcasts, sobre os perigos da automedicação, do uso indiscriminado de medicamentos
e/ou plantas medicinais, do consumo e da exposição a agrotóxicos e de como uma bioeconomia
sustentável relacionada à produção de alimentos e plantas medicinais pode contribuir com a
prevenção e promoção à saúde.

O material é inspirado no projeto Rádio Web Saúde, que informa, de maneira dinâmica, os principais
assuntos relacionados à saúde, com o intuito de conscientizar e alertar o público sobre prevenção e
tratamento de doenças. A proposta é registrar experiências por meio de entrevistas em formatos
de diálogos com estudantes, docentes, profissionais da saúde e representantes de movimentos
sociais.

A intencionalidade desse momento é utilizar a comunicação nas mídias sociais como estratégia, para
diminuir as disparidades do acesso ao SUS e às informações sobre saúde, a fim de incluir
socialmente os cidadãos de forma acessível e democrática e promover a saúde e a prevenção de
doenças no país. O glossário Saúde de A a Z | Ministério da Saúde reúne os principais temas, ações
e políticas públicas do Ministério da Saúde na prevenção de doenças e promoção da saúde no Brasil.

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O documento também reúne informações como sintomas, diagnósticos, exames, tratamentos e
campanhas de vacinação.

AVALIAÇÃO EM PROCESSO
As sistematizações desse momento são instrumentos avaliativos de natureza formativa e
processual. Ademais, indicamos que sejam promovidos momentos dedicados para a autoavaliação
e o registro de percepções, com caráter reflexivo, sempre acompanhados de devolutivas do
docente durante todo o percurso.

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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Brenda B. et al. Práticas integrativas e complementares em saúde. Liga de Educação em


Saúde. 2020. Disponível em:
https://diex.furg.br/images/Documentos_publicacoes/Cartilhas/Cartilha_-_Pics.pdf. Acesso em: 25
fev. 2023.

AMAZONAS (Estado). Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). O uso de


plantas medicinais é uma tradição que requer cuidados, diz especialista. Amazonas: Fapeam,
2015. Disponível em: http://www.fapeam.am.gov.br/entrevistas/o-uso-de-plantas-medicinais-e-
uma-tradicao-que-requer-cuidados-diz-especialista/. Acesso em: 25 fev. 2023.

AMAZONAS (Estado). Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado


do Amazonas. Pesca e aquicultura. Amazonas: Idam, [20--]. Disponível em:
http://www.idam.am.gov.br/ater/aquicultura-e-pesca/. Acesso em: 25 fev. 2023.

ANDRADE, Julia P. (org). Aprendizagens visíveis: experiências teórico-práticas em sala de aula. São
Paulo: Panda Educação, 2021.

A CLASSIFICAÇÃO NOVA. Nupens USP, São Paulo, [2021?]. Disponível em:


https://www.fsp.usp.br/nupens/a-classificacao-nova/. Acesso em: 25 fev. 2023.

BEBER, Silvia Z. C. Aprendizagem significativa, mapas conceituais e saberes populares:


referencial teórico e metodológico para o ensino de conceitos químicos. 2018. Tese (Doutorado em
Química) – Universidade federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2018. Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/181067. Acesso em: 25 fev. 2023.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Orientações sobre o uso de


fitoterápicos e plantas medicinais. Brasília, DF: Anvisa, 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/medicamentos/publicacoes-
sobre-medicamentos/orientacoes-sobre-o-uso-de-fitoterapicos-e-plantas-medicinais.pdf. Acesso
em: 25 fev. 2023.

BRASIL. Ministério da Agricultura e Pecuária. Sistemas Agrícolas Tradicionais – SATs. Brasília, DF:
Mapa, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/agricultura-
familiar/sipam/sistemas-agricolas-tradicionais-sats-de-relevancia-nacional. Acesso em: 25 fev.
2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Saúde da Família (Desf). Secretaria de Atenção


Primária à Saúde (SAPS). Política nacional de práticas integrativas e complementares. Brasília,
DF: Desf/SAPS, [20--]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-
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24
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Política nacional de atenção à saúde
dos povos indígenas. Brasília, DF: Funasa, 2002. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_saude_indigena.pdf. Acesso em: 25 fev. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Textos de epidemiologia para


vigilância ambiental em saúde. Brasília, DF: Funasa, 2002. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/textos_vig_ambiental.pdf. Acesso em: 25 fev.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de saúde integral das populações do campo e da
floresta. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_populacoes_campo.pdf.
Acesso em: 25 fev. 2023.

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19 jul. 2021. Disponível em: https://portalamazonia.com/noticias/saude/conheca-alguns-alimentos-
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COSTA, Camilla. Amazônia: o que ameaça a floresta em cada um de seus 9 países? BBC News Brasil,
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vídeo (10 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AELP19ocg38. Acesso em: 25
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GAROFALO, Débora. Educomunicação: o que é e como usar na sua aula. Nova Escola, 13 ago. 2019.
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/18177/educomunicacao-o-que-e-e-como-usar-
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MARQUES, Débora et al. Espécies exóticas: uso econômico, controle e redução de impactos.
Embrapa, 2018. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-
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em: 25 fev. 2023.

O SISTEMA alimentar e sua complexidade. Sustentarea, São Paulo, abr. 2022. Disponível em:
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PRIMEIRA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE. Carta de Ottawa.


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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/carta_ottawa.pdf. Acesso em: 25 fev. 2023.

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Acesso em: 25 fev. 2023.

SANTOS, Jaldo S. Homeopatia e fitoterapia: por que? Pharmacia Brasileira, Brasília, n. 81, abr./maio
2011. Disponível em:
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