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COMANDO DA AERONÁUTICA

OPERAÇÕES

MCA 55-30

GLOSSÁRIO DE SENSORIAMENTO
REMOTO NO COMANDO DA AERONÁUTICA

25 Maio 2001
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESTADO-MAIOR DA AERONÁUTICA

OPERAÇÕES

MCA 55-30

GLOSSÁRIO DE SENSORIAMENTO
REMOTO NO COMANDO DA AERONÁUTICA

25 Maio 2001
25 Maio 2001 MCA 55-30

PORTARIA EMAER Nº 12 /3SC2, DE 04 DE JULHO DE 2001.

Aprova a edição do MCA 55-30 – Glossário de


Sensoriamento Remoto no Comando da
Aeronáutica.

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA AERONÁUTICA, no uso das


atribuições previstas na ICA 5-1, de 27 outubro de 2000 e tendo
em vista o disposto no Art. 5º inciso IV da Portaria Nº 744/GC3,
de 23 de novembro de 1999, resolve:

Art. 1o Aprovar a edição do MCA 55-30 “Glossário de


Sensoriamento Remoto no Comando da Aeronáutica”.

Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua


publicação.

Ten.-Brig.-do-Ar JOSÉ MARCONI DE ALMEIDA SANTOS


Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica

(Bol. Ext. Ost. do EMAER nº 08 , de 06 de julho de 2001).

.
25 Maio 2001 MCA 55-30

SUMÁRIO
Página
PREFÁCIO.................................................. 7
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES.................................. 9
1.1 FINALIDADE ........................................... 9
1.2 CONCEITUAÇÃO ......................................... 9
1.3 ÂMBITO ............................................... 9
2 O GLOSSÁRIO DE SENSORIAMENTO REMOTO...................... 11
2.1 LETRA A ............................................. 11
2.2 LETRA B ............................................. 13
2.3 LETRA C ............................................. 14
2.4 LETRA D ............................................. 19
2.5 LETRA E ............................................. 21
2.6 LETRA F ............................................. 27
2.7 LETRA G ............................................. 30
2.8 LETRA H ............................................. 31
2.9 LETRA I ............................................. 31
2.10 LETRA J ............................................. 34
2.11 LETRA L ............................................. 34
2.12 LETRA M ............................................. 36
2.13 LETRA N ............................................. 38
2.14 LETRA O ............................................. 39
2.15 LETRA P ............................................. 39
2.16 LETRA R ............................................. 42
2.17 LETRA S ............................................. 47
2.18 LETRA T ............................................. 50
2.19 LETRA U ............................................. 52
2.20 LETRA V ............................................. 52
3 DISPOSIÇÕES FINAIS....................................... 55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................... 57
ÍNDICE................................................... 59
25 Maio 2001 MCA 55-30

PREFÁCIO

Uma das principais conseqüências da inovação tecnológica


é a constante inserção de novas terminologias.

Para que as inovações sejam mais rapidamente assimiladas,


é imprescindível que essas terminologias sejam absorvidas pela
comunidade na qual estão sendo inseridas.

Este trabalho é uma realização da Divisão de


Sensoriamento Remoto, do Instituto de Estudos Avançados, do CTA,
e compila alguns dos termos mais usados em Sensoriamento Remoto
com o objetivo de harmonizar o seu uso dentro do Comando da
Aeronáutica.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

O Glossário de Sensoriamento Remoto (GLOSER) tem por


finalidade a utilização de termos, palavras, vocábulos e
expressões de uso no Comando da Aeronáutica, visando facilitar a
correspondência oficial.

1.2 CONCEITUAÇÃO

Por tratar-se de uma publicação que conceitua e define,


este item não necessita de maiores desenvolvimentos.

1.3 ÂMBITO

O presente Manual aplica-se a todos os níveis e setores


do Comando da Aeronáutica.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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2 O GLOSSÁRIO DE SENSORIAMENTO REMOTO

2.1 LETRA A
ABSORÇÃO ATMOSFÉRICA
Em contraste com o fenômeno do espalhamento, a absorção
atmosférica resulta na efetiva perda de energia da radiação para
os constituintes atmosféricos. Esta absorção normalmente ocorre
em comprimentos de onda específicos. Os absorvedores de radiação
solar mais eficientes são o vapor d’água, o dióxido de carbono e
o ozônio. Pelo fato desses gases tenderem a absorver a radiação
eletromagnética em comprimentos de onda específicos, eles
influenciam fortemente a faixa espectral a ser “observada” por
qualquer sistema de sensoriamento remoto.

ABSORTÂNCIA (α)
Razão entre a energia radiante absorvida e a energia
radiante incidente.
ABSORVEDOR PERFEITO
Aquele que absorve toda a radiação incidente sobre ele.
Esse objeto será, obrigatoriamente, um emissor perfeito.
ÂNGULO AZIMUTAL

O ângulo azimutal, juntamente com o ângulo zenital,


permite determinar a posição do sol num instante em relação ao
referencial local. É definido como o ângulo compreendido entre a
projeção do vetor posição do sol sobre o plano do horizonte e o
vetor norte verdadeiro. O azimute é considerado positivo, quando
medido a partir da orientação positiva do norte verdadeiro, ou
seja, no mesmo sentido dos ponteiros de um relógio.
ÂNGULO DE ASPECTO
Orientação geométrica, no plano horizontal, de um objeto
com relação à iluminação, ou ao feixe de radar transmitido.
ÂNGULO DE INCIDÊNCIA
Ângulo formado entre a direção de propagação da radiação
incidente e a normal à superfície.
ÂNGULO DE INCIDÊNCIA LOCAL
Ângulo que leva em consideração o declive do terreno no
qual o alvo está localizado.
ÂNGULO DE REFLEXÃO
Ângulo formado entre a direção de propagação da radiação
refletida e a normal à superfície.

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ÂNGULO DE REFRAÇÃO
Ângulo formado entre a direção de propagação da radiação
refratada e a normal à superfície.
ÂNGULO LIMITE
Ângulo de incidência da radiação que produz um ângulo de
refração igual a 90º.
ÂNGULO SÓLIDO
Ângulo definido por uma superfície com área “∆A” e uma
fonte pontual a uma distância “r”. Sua unidade é o
esferorradiano ou esterradiano e é simbolizado pela letra Ω.
ÂNGULO ZENITAL
Ângulo formado entre a normal e a linha que une o centro
do sol ou do satélite ao local considerado.
ANTENA DE RADAR
Parte de um sistema de radar responsável pela transmissão
e recepção da energia eletromagnética.
ÁREA-TESTE
Áreas identificáveis na imagem que possuem uma
refletância espectral distinta ou alguma propriedade útil para a
identificação de outras áreas similares.
ASSINATURA
Conjunto de características espectrais, tonais, temporais
ou espaciais que, juntas, servem para identificar uma classe ou
feição através de técnicas de sensoriamento remoto.
ASSINATURA ESPECTRAL (PADRÃO DE RESPOSTA ESPECTRAL)
Medições de respostas espectrais, feitas por sistemas
sensores, acerca de uma determinada feição ou classe de alvo. As
curvas de refletância espectral e as curvas de emitância
espectral (para comprimentos de onda superiores a 3 µm) normal-
mente são referidas dessa forma. Embora seja verdade que muitas
feições terrestres manifestem características de refletância
espectral e/ou emitância de formas muito distintas, tais
características resultam muito mais em padrões de resposta, do
que em assinaturas espectrais. A razão para tal está no fato de
que o termo assinatura tende a embutir um padrão que é absoluto
e único. Certamente não é esse o caso para os padrões espectrais
observados no mundo natural. A experiência tem mostrado que
padrões de resposta espectral medido por sistemas de SR podem
ser quantificados, mas não são absolutos. Podem ainda ser
distinguíveis, mas não são necessariamente únicos. Embora o
termo assinatura espectral seja freqüentemente utilizado na
literatura de SR, o leitor deve ter em mente a variabilidade das
assinaturas espectrais. Essa variabilidade pode causar sérios
problemas na análise de dados de SR, especialmente se o objetivo
é identificar, espectralmente, várias feições terrestres.

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ATRIBUTO NÃO-ESPACIAL
Qualquer informação descritiva (nome, número, tabela e
texto) relacionada com um único objeto.
AVIRIS (“AIRBORNE VISIBLE/INFRARED IMAGING SPECTROMETER”)
Sensor hiperespectral que opera em 224 bandas,
desenvolvido e operado pelo “Jet Propulsion Laboratory” (JPL).
AZIMUTE
Posição angular de um objeto dentro do campo de visada de
uma antena, no plano que intercepta a linha de vôo do radar.
Este termo é normalmente utilizado para indicar distância linear
ou escala da imagem, na direção paralela à trajetória de vôo do
radar. Em uma imagem, azimute também é conhecido como a direção
ao longo da faixa imageada.
2.2 LETRA B
BANDA
Secção do espectro eletromagnético; compreende um
intervalo de comprimentos de onda específico. Expressa por um
número que pode vir acompanhado pelos valores do menor e maior
comprimento de onda contido no intervalo [Sensor TM - Banda 1
(0,45 a 0,52 µm)]; ou ainda, expressa por uma letra [(Sensor
Radarsat - Banda C (5,3 Ghz)]. Sinônimo de Canal.
BANDA C
Banda de microondas na qual os comprimentos de onda estão
entre 5,2 cm a 7,0 cm (5,75 Ghz a 3,90 Ghz).
BANDA L
Banda de microondas na qual os comprimentos de onda estão
entre 19 cm e 77 cm (1,55 Ghz a 0,39 Ghz).
BANDA P
Banda de microondas na qual os comprimentos de onda estão
entre 77 cm e 133 cm (0,39 Ghz a 0,225 Ghz).
BANDA S
Banda de microondas na qual os comprimentos de onda estão
entre 7 cm e 19 cm (3,90 Ghz e 1,550 Ghz).
BANDA X
Banda de microondas na qual os comprimentos de onda estão
entre 2,75 cm e 5,20 cm (10,9 Ghz e 5,75 Ghz).
BANDAS DE ABSORÇÃO
Regiões do espectro eletromagnético que contêm os
comprimentos de onda da radiação que é absorvida pelos
constituintes do meio no qual essa radiação se propaga. Causam
depressões na curva de refletância espectral.
BIT
Dígito Binário, o menor elemento de informação. São
possíveis dois valores: “0” e “1”, “on” e “off” ou “falso” e
“verdadeiro”.

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BITS POR POLEGADA


Medida de dados lineares armazenados em um meio
magnético, tal como uma fita.
BITS POR SEGUNDO
Medida de velocidade de transferência/comunicação de
dados.
BRILHO
Propriedade de uma imagem de radar na qual a intensidade
da refletividade do radar é expressa como sendo proporcional a
um número digital (imagem digital).
BYTE
Representa um montante de 8 bits, podendo assumir 256
valores. Um byte pode representar quaisquer 256 valores,
geralmente inteiros, entre 0 e 255 ou, em um sistema diferente,
um inteiro entre -127 e + 128.
2.3 LETRA C
CALIBRAÇÃO
Determinação da relação entre as medidas de um
instrumento e as de outro considerado “padrão” ou com valores
conhecidos.
CÂMARA CCD
Câmara do satélite CBERS que opera no visível e
infravermelho-próximo.
CÂMARA FOTOGRÁFICA
Dispositivo para registrar imagens num substrato sensível
(filme), usando uma ou mais lentes para focalizar os objetos e
projetar a luz refletida por estes no filme. Possui um
obturador, dispositivo para controlar a exposição (tempo x
quantidade de luz) do filme à luz.
CÂMARA FOTOGRÁFICA DIGITAL
Dispositivo idêntico ao da câmara fotográfica
convencional, porém com o registro das imagens feito num meio
magnético ou “chip” de memória.
CÂMARA IR-MSS (“INFRARED MULTISPECTRAL SCANNER”)
Câmara de varredura no infravermelho do satélite CBERS.
CÂMARA WFI (“WIDE FIELD IMAGER”)
Câmara de largo campo de visada do satélite CBERS.
CAMPO DE VISADA (FOV)
Ângulo sólido no qual um instrumento é sensível a
radiação.
CAMPO DE VISADA INSTANTÂNEA (IFOV)
Num dispositivo sensor, é a área sensoreada num dado
instante. É definida tanto pelo ângulo através do qual o sensor
coleta a radiação quanto pela área na superfície para uma
determinada altitude.

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CANAL
Vide Banda.
CARTA
Representação dos aspectos naturais ou artificiais da
Terra, destinada a fins científicos da atividade humana,
permitindo a avaliação precisa de distâncias, direções e a
localização geográfica de pontos, áreas e detalhes.
Geralmente usa-se, indistintamente, as denominações
cartas e mapas para a representação cartográfica, independente
da escala. Todavia, alguns cartógrafos costumam distinguir as
cartas como sendo as representações cartográficas com escalas
maiores que 1/1 000 000. Os mapas seriam aquelas com escalas
menores que o milionésimo. Vide Mapa.
CARTAS AERONÁUTICAS
Cartas que representam a superfície da Terra com sua
cultura e relevo de maneira a satisfazer especificamente às
necessidades da navegação aérea.
CARTAS CADASTRAIS E PLANTAS
Cartas, geralmente em grande escala usada para mostrar
limites verdadeiros e usos das propriedades.
CARTAS ESPECIAIS
Cartas para fins específicos, tais como as cartas
meteorológicas, que mostram as classificações climáticas e as
que, em serviço contínuo, diário e sistemático, contêm
informações meteorológicas, observadas simultaneamente em vários
lugares, além das alterações progressivas nas condições do
tempo; as cartas de solo, que identificam e classificam os
diversos tipos de solos e sua distribuição geográfica; as cartas
de vegetação, que representam as características e a
distribuição da cobertura vegetal; as cartas de uso da terra,
que representam a classificação e distribuição geográfica dos
diversos usos aos quais está sujeita a superfície da Terra; e os
globos, que contêm representações da superfície da Terra em
outra superfície semelhante.
CARTAS PLANIMÉTRICAS
Cartas semelhantes às cartas topográficas, porém não
apresentam indicação de altitudes.
CARTAS TOPOGRÁFICAS
Cartas confeccionadas mediante levantamento topográfico
regular, ou compiladas de cartas topográficas existentes, e que
incluem os acidentes naturais e artificiais, permitindo
facilmente a determinação de altitudes.
CARTAS NÁUTICAS
Cartas que resultam dos levantamentos de mares, rios,
canais e lagoas navegáveis e se destinam à segurança da
navegação marítima.

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CARTOGRAFIA
Ciência e exercício da representação gráfica da
superfície da terra, em parte ou no seu todo, de acordo com a
escala.
CAST (“CHINESE ACADEMY OF SPACE TECHNOLOGY”)
Academia Chinesa de Tecnologia Espacial
CBERS (“CHINA-BRAZIL EARTH RESOURCES SATELLITE”)
Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres
CCD (“CHARGE-COUPLED DEVICE”)
Semicondutor dopado coberto com uma camada isolante entre
o cristal e os eletrodos de contato.
CENTRO DO ESPELHO
Centro de curvatura de um espelho esférico.
CHAVE DE INTERPRETAÇÃO
Método de interpretação baseado no estudo comparativo, ou
seja, depende do conhecimento prévio de imagens dos objetos ou
feições a reconhecer. Essas imagens serão então utilizadas como
guias na interpretação.
CHAVE ELIMINATÓRIA DE INTERPRETAÇÃO
Chaves eliminatórias de interpretação são arranjadas de
modo que o fotointérprete siga um processo passo-a-passo, pré-
definido, do geral para o específico, o qual leva à eliminação
de todos os objetos, feições, ou condições que não correspondam
ao alvo a ser identificado.
CHAVE SELETIVA DE INTERPRETAÇÃO
Chave de interpretação é dita seletiva quando contém um
grande número de exemplos (imagens de objetivos típicos) com
suporte de texto, de modo que o fotointérprete selecione qual
exemplo corresponde ao objeto ou feição a ser identificado.
CLASSIFICAÇÃO
Operação que consiste na análise dos valores digitais de
uma imagem, incluindo uma ou mais relações espaciais, temporais
e das bandas espectrais para obtenção de categorias de
informações (classes) de determinadas feições. Atribui a cada
pixel da imagem um “rótulo”, descrevendo um objeto real.
CLASSIFICAÇÃO MANUAL
Identificação manual de feições em fotografias aéreas ou
imagens de satélite baseada na cor, tonalidade, textura, padrão,
forma e tamanho dessas feições.
CLASSIFICAÇÃO NÃO-SUPERVISIONADA
Classificação automática de dados em categorias
distintas, agrupando-os em função de propriedades comuns sem o
uso de áreas-teste.
Este tipo de classificação baseia-se no princípio de que
o computador (na realidade o “software” utilizado) é capaz de
identificar por si só as classes dentro de um conjunto de dados.

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CLASSIFICAÇÃO SUPERVISIONADA
Classificação de dados em categorias distintas baseadas
em estatísticas obtidas a partir de áreas-teste.
Neste tipo de classificação é necessário que o usuário
tenha algumas informações da área a ser classificada antes do
início do processo e vá orientando o computador na tarefa de
classificação.
CMY
Espaço de cor bastante empregado para a manipulação das
cores por dispositivos de deposição de pigmentos em papel
(impressoras e copiadoras)
COBERTURA DO SOLO
Materiais que cobrem a superfície do solo, tais como:
vegetação, solo exposto etc.
COMPOSIÇÃO COLORIDA
Técnica de processamento de imagens que utiliza a
combinação de três bandas espectrais, respectivamente aos canais
R, G e B de um monitor colorido, de modo a produzir uma imagem
com colorido característico.
COMPOSIÇÃO COLORIDA FALSA-COR
Composição colorida em que as bandas utilizadas na
associação com os canais R, G e B não correspondem, realmente,
às cores da maneira pela qual são percebidas pelo ser humano.
COMPOSIÇÃO COLORIDA REAL
Composição colorida em que as bandas utilizadas na
associação com os canais R, G e B correspondem, realmente, às
cores da maneira pela qual são percebidas pelo ser humano.
CONDUÇÃO
Transferência de calor entre dois corpos que estão em
contato.
CONSTANTE DE TEMPO
Também denominado tempo de resposta, é a medida do tempo
necessário para o detector responder à radiação que incide em
sua superfície. Pode ser definido também como sendo o tempo
necessário para que o sinal de resposta se eleve de 10% a 90% da
amplitude de pico.
CONTRASTE
Diferença de intensidade (claro / escuro) entre
diferentes partes de uma imagem. O maior contraste possível é
entre branco e preto.
CONVECÇÃO
Transferência de calor entre dois corpos em contato,
sendo que um dos meios se encontra em movimento.
CONVERSOR A/D
Conversor analógico-digital. Dispositivo usado para
converter valores analógicos de voltagem em valores digitais.

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CONVERSOR D/A
Conversor digital-analógico. Dispositivo usado para
converter valores digitais em valores analógicos de voltagens. É
encontrado em sistemas de visualização, onde os valores digitais
são convertidos em sinais analógicos para modular o feixe
eletrônico do vídeo.
COORDENADAS
Conjunto de sinais, numéricos ou alfabéticos, pré-
estabelecidos, dispostos em forma de grade e usados para
determinar posições num determinado sistema de referência.
COORDENADAS GEODÉSICAS
Ver Coordenadas Geográficas.
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Expressas pelas latitudes e longitudes. São pontos de uma
grade representativa dos ângulos formados pela divisão do globo
terrestre nos eixos vertical e horizontal por círculos
concêntricos. Tem como referência dois círculos máximos: o
Equador e o Meridiano de Greenwich. A latitude é medida de 0o a
90o para Norte ou Sul do Equador e as longitudes de 0o a 180o
para Leste(E) ou Oeste(W) a partir do Meridiano de Greenwich. Os
graus de latitude sempre são indicados com dois algarismos e os
de longitude com três. Os minutos são sempre expressos com dois
algarismos.
COR
Efeito visual provocado pela variação nas proporções de
energia refletida, absorvida e transmitida por um objeto na
faixa do Espectro Visível.
CORPO CINZA
Um absorvedor-emissor que possua uma absortância-
emissividade constante e menor que 1 (um) em todos os
comprimentos de onda.
CORPO NEGRO
Expressão utilizada para definir um radiador hipotético
ideal que absorve e reemite completamente toda a energia nele
incidente. Objetos reais apenas se aproximam deste ideal
teórico.
CORREÇÃO GEOMÉTRICA
Transformação de uma imagem de modo que a mesma assuma as
propriedades de escala e projeção de um mapa.
CURVA DE REFLETÂNCIA ESPECTRAL
Gráfico da refletância espectral de um objeto, em função
do comprimento de onda. A configuração dessa curva denota as
características espectrais do objeto e exerce forte influência
na escolha da região espectral na qual os dados de SR deverão
ser coletados, visando alguma aplicação em particular.

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CURVAS NÍVEL
DE
Linhas isométricas, ou seja, linhas que unem pontos de
mesma altitude. Permite representar num plano as seções de uma
elevação. São paralelas entre si e com diferença regular, isto
é, eqüidistância.
2.4 LETRA D
DADOS AUXILIARES
Dados adicionais, complementares.
DADOS ESPACIAIS
Quaisquer tipos de dados que descrevem fenômenos aos
quais esteja associada alguma dimensão espacial. Por exemplo, as
estruturas moleculares de um composto químico são dados
espaciais. Estes dados apresentam natureza dual, ou seja,
expressam a sua localização espacial e o seu relacionamento
espacial com outros dados espaciais.
DADOS GEOGRÁFICOS OU GEO-REFERENCIADOS
Dados que representam fatos, objetos e fenômenos do globo
terrestre, dos quais a localização geográfica sobre a superfície
terrestre num certo instante ou período de tempo é uma
característica inerente à informação, e indispensável para
analisá-la.
Todo dado geográfico apresenta natureza dual; ou seja,
expressa a localização geográfica, que é expressa como
coordenadas em um espaço geográfico e a relação espacial com
outros dados, ou seja, suas inter-relações espaciais.
Estes dados são normalmente caracterizados a partir de
três componentes fundamentais: suas características não
espaciais, descrevendo o fenômeno estudado, tais como o nome e o
tipo da variável; suas características espaciais, informando a
localização espacial do fenômeno, ou seja, seu geo-
referenciamento, associada a propriedades geométricas e
topológicas; e suas características temporais, identificando o
tempo para o qual tais dados são considerados, isto é, quando
foram coletados e sua validade.
DAWN-DUSK
Padrão de órbita realizado por um satélite, no qual o
painel solar está quase que continuamente voltado para a luz
solar. O painel solar gera a energia para a emissão do feixe de
energia do radar.
DECLINAÇÃO SOLAR
Ângulo entre a linha que liga o centro do sol ao centro
da terra e o plano do Equador.
DENSIDADE DE FLUXO RADIANTE
Grandeza que engloba os conceitos de exitância radiante
(emitância radiante) e irradiância.
DENSIDADE RADIANTE
Concentração de energia por unidade de volume (derivada
parcial da energia radiante - Q - em função do volume - V).
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DESLOCAMENTO DO RELEVO
Distorção que ocorre em imagens de radar, na direção
transversal, causada por feições do terreno que estão acima (ou
abaixo) da elevação de referência da cena imageada e, portanto,
ficando mais próximas (ou afastadas) do radar do que sua posição
planimétrica. Este efeito pode ser usado para criar pares
estereoscópicos (“radar stereo images”). Este efeito pode ser
removido de uma imagem mediante o conhecimento do perfil do
terreno.
DETECÇÃO
Estágio do processamento no qual a intensidade do sinal é
determinada. A detecção extrai a informação de fase dos dados.
DETECTOR
Dispositivo sensível à radiação eletromagnética que,
quando exposto à mesma, tem suas propriedades elétricas
alteradas de forma mensurável e proporcional à variação ou
quantidade do fluxo de radiação.
DETECTOR QUÂNTICO
Detector no qual as propriedades elétricas variam em
função da interação direta de fótons incidentes com os níveis de
energia para produzir elétrons livres. Possuem alta
sensitividade e curto tempo de resposta.
DETECTOR TÉRMICO
Detector no qual as propriedades elétricas variam em
função da variação de temperatura induzida pela absorção da
radiação incidente.
DETETIVIDADE
Razão entre a relação sinal-ruído e a unidade de potência
radiante incidente. Pode-se dizer que a detetividade (D) é o
inverso da potência equivalente ao ruído (NEP). A unidade de
medida é watt −1 .
DETETIVIDADE ESPECÍFICA (D ∗ )
Relação sinal-ruído efetiva, medida em uma largura de
banda de 1Hz, por unidade de potência incidente, dividida pela
raiz quadrada da área do detector. A unidade de medida é
Hz −1/ 2 /watt.
DIFUSÃO
Fenômeno que ocorre quando a reflexão na fronteira entre
os meios não mantém as relações geométricas dos raios
incidentes, ocorrendo um espalhamento da radiação em todas as
direções.
DIGITALIZADOR
Dispositivo usado para converter informação analógica em
formato digital.
DIREÇÃO DE VISADA
Direção na qual os pulsos de microondas são transmitidos.
A direção de visada é perpendicular à direção azimutal ou
direção de vôo. Também é chamada de direção transversal.
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25 Maio 2001 MCA 55-30

DISPERSÃO LUZ BRANCA


DA
Fenômeno que ocorre quando um feixe de luz branca incide
sobre uma superfície e é refratado dando origem a um feixe
colorido. Este fenômeno ocorre devido ao fato dos comprimentos
de onda que formam a luz branca possuírem índices de refração
diferentes.
DISTÂNCIA EM LINHA DE VISADA (“SLANT RANGE”)
Distância que conecta o radar a cada elemento espalhador.
Esta distância é medida em tempo a partir do momento em que o
sinal é transmitido até o momento em que retorna ao sensor.
DISTÂNCIA FOCAL
1- No espelho, é à distância entre o foco e o vértice do
espelho.
2- Num sistema óptico, é à distância entre o centro óptico
da lente (ou conjunto de lentes) e o plano focal do
sistema (plano onde se forma a imagem).
DISTÂNCIA NO SOLO (“GROUND RANGE”)
Distância que vai da projeção da trajetória de vôo no
solo (nadir) até um determinado objeto.
É uma distância na direção transversal de uma imagem de
radar quando projetada sobre um plano de referência horizontal.
Para dados de satélites, um modelo geoidal da Terra é utilizado,
ao passo que para dados provenientes de radares
aerotransportados uma aproximação para o plano é suficiente. A
projeção em “ground range” requer uma transformação geométrica
das distâncias em linha de visada (“slant range”) para
distâncias no solo, ocasionando deslocamento do relevo,
encurtamento e inversão, a menos que a informação de elevação do
terreno seja usada.
2.5 LETRA E
EFEITOS ESPACIAIS
Refere-se a fatores que causam, em tipos iguais de
objetos ou feições (culturas agrícolas, por exemplo) e ao mesmo
tempo, o aparecimento de diferentes características em
diferentes localizações geográficas. Análises conduzidas em
imageamentos de pequenas áreas podem reduzir os efeitos
espaciais. No entanto, quando são analisadas imagens de
satélite, as localizações geográficas podem distar dezenas de
quilômetros umas das outras, onde condições bastante distintas
de solo, clima e práticas de cultivo podem existir. Tal
distanciamento pode provocar enormes diferenças nos resultados
daquelas análises.
EFEITOS TEMPORAIS
Quaisquer fatores que mudem as características espectrais
de um objeto ou feição ao longo do tempo. As características
espectrais de muitas espécies vegetais, por exemplo, estão num
estado quase contínuo de mudanças durante a estação de
crescimento. Essas mudanças freqüentemente influenciam a coleta
de dados de um sistema sensor para uma aplicação particular.
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25 Maio 2001 MCA 55-30

EIXO ESPELHO
DO
Linha que une o centro ao vértice do espelho.
ELEMENTOS BÁSICOS DE LEITURA
Ver Elementos de Interpretação.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO
Imagens aéreas/orbitais que reproduzem, em maior ou menor
grau de detalhamento, os objetos e fenômenos do terreno no
momento do imageamento. As características com as quais esses
objetos e fenômenos são representados na imagem constituem os
elementos de interpretação, conhecidos também por elementos de
reconhecimento, elementos básicos de leitura ou fatores guia.
ELEMENTOS DE RECONHECIMENTO
Ver Elementos de Interpretação.
ELETRO-ÓPTICA
Estudo dos efeitos de campos elétricos em fenômenos
ópticos.
ELIPSÓIDE
Superfície do segundo grau em que todas as seções normais
a um eixo são círculos, e todas as outras são elipses.
EMISSIVIDADE
Parâmetro que expressa em valores de 0 a 1 a eficiência
com que o corpo irradia quando comparado a um irradiador
perfeito à mesma temperatura, ou seja, é a razão entre a energia
radiante emitida pelo material considerado e a energia radiante
emitida por um corpo negro à mesma temperatura.
EMISSORES ESPECTRALMENTE SELETIVOS (CORPO REAL)
Fontes de radiação óptica cuja exitância espectral
radiante não coincide com uma curva de corpo negro. Mais
precisamente, fontes de radiação óptica seletiva espectralmente
possuem, genericamente, uma exitância radiante confinada a uma
faixa relativamente estreita de comprimentos de onda e de
freqüências. Um exemplo típico é o diodo emissor de luz (LED).
EMITÂNCIA RADIANTE
Ver Exitância Radiante.
ENCURTAMENTO (“FORESHORTENING”)
Caso especial de deslocamento do relevo. Este efeito é
mais pronunciado para declives mais íngremes, e para radares que
usam ângulos de incidência pequenos.
É uma distorção especial pela qual declives do terreno
que estão voltados para o feixe de iluminação do radar são
mapeados como tendo uma compressão de escala no sentido
transversal da imagem (em relação à sua aparência se o terreno
fosse plano). O efeito complementar, a expansão da escala,
também no sentido transversal, ocorre para declives que estão
voltados para o lado contrário à iluminação do radar.

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ENERGIA RADIANTE
Grandeza fundamental da radiação óptica é caracterizada
pelo símbolo Q e é dada em joules (J). Representa a energia
transportada pela radiação eletromagnética e é definida como
sendo a medida da capacidade da radiação realizar um trabalho
físico, aquecer um objeto ou causar uma mudança de estado na
matéria. É a partir dessa grandeza fundamental que derivam todas
as outras grandezas radiométricas usadas para descrever a
radiação óptica.
ERS-1 (“EARTH RESOURSES SATELLITE”)
Satélite europeu de sensoriamento remoto. Possui diversos
sensores a bordo, tais como: Instrumento Ativo de Microondas
(que incorpora um Radar de Abertura Sintética), Radar Altímetro
e Radiômetro de Varredura em Azimute e Sonda de Microondas. O
maior deles é o Instrumento Ativo de Microondas. O SAR que está
nele incorporado é capaz de produzir imagens de 100 X 100 Km,
com 30 m de resolução.
ESA (“EUROPEAN SPACE AGENCY”)
Agencia Espacial Européia. Coordena as atividades
espaciais conjuntas dos membros da comunidade européia.
ESCALA
Grandeza utilizada em mapas, desenhos, fotografias e
imagens em geral para indicar a proporção entre as distâncias
reais e as representadas na imagem, mapa, desenho, etc. Pode ser
apresentada como uma escala gráfica (linha graduada relacionando
as distâncias) ou numérica (como uma fração, 1/10.000, por
exemplo). Quanto à escala os mapas/cartas podem, para facilidade
de estudos, dividirem-se em:
Plantas – iguais ou maiores que 1/5 000
Cartas – entre 1/5 000 a 1/1 000 000
Mapas – iguais ou menores que 1/1 000 000
Corográficas - 1/100 000 a 1/1 000 000
Geográficas - menores que 1 000 000
ESCALA DE MEDIDA
Sistema usado para quantificação de observações de acordo
com regras predeterminadas, que definem 4 níveis sucessivos para
a precisão dos dados (nominal, ordinária, intervalo e razão).
ESCALA GRÁFICA
Reta ou um retângulo, dividido em partes iguais, onde
cada divisão corresponde a certa medida linear no terreno.
ESCALA NUMÉRICA
Representada de dois modos. Exemplos: 1:100 000 ou 1/100
000 o que significa que 1cm na carta corresponde a 100 000 cm
(1Km) no terreno.

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ESFERORRADIANO
Grandeza correspondente ao ângulo sólido que, projetado
em uma superfície esférica, cujo centro encontra-se no vértice
desse ângulo, forma uma área igual ao quadrado do raio, ou seja,
1
da área total da esfera. Em outras palavras, como a área da

esfera é dada por A = 4πr2, conclui-se que esta possui 4πr2/r2
esferorradianos, ou seja, 4π esferorradianos.
ESPAÇAMENTO ENTRE PIXELS
Distância no solo entre o centro de um pixel e o centro
do pixel vizinho, ou seja, é à distância entre pixel adjacentes,
e é medida em metros. Este espaçamento pode ser diferente para
as dimensões transversal e azimutal da imagem.
ESPALHAMENTO ATMOSFÉRICO
Difusão, de forma aleatória, da radiação por partículas
na atmosfera.
ESPALHAMENTO MIE
Ocorre quando as partículas existentes na atmosfera
possuem diâmetros essencialmente de mesmo tamanho dos
comprimentos de onda da radiação incidente. As maiores causas do
espalhamento Mie são vapor d’água e poeira em suspensão na
atmosfera. Esse tipo de espalhamento tende a influenciar
comprimentos de onda maiores, se comparado ao espalhamento
Rayleigh. Ao contrário deste, que é associado a um céu “limpo”,
o espalhamento Mie ocorre quando há tênues coberturas de nuvens.
ESPALHAMENTO NÃO-SELETIVO
Tem lugar sempre que o diâmetro das partículas em
suspensão é bem maior que a radiação considerada. Gotas d’água,
por exemplo, provocam esse tipo de espalhamento. Como elas
normalmente possuem diâmetros que variam entre 5 e 100 µm,
espalham radiação de todos os comprimentos de onda desde o
visível até o infravermelho médio quase que indistintamente.
Conseqüentemente, o espalhamento é não-seletivo no que diz
respeito ao comprimento de onda. Na faixa do visível, o
espalhamento não-seletivo afeta igualmente o azul, o verde e o
vermelho, razão pela qual nuvens e nevoeiros apresentam a cor
branca.

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ESPALHAMENTO RAYLEIGH
Ocorre quando a radiação interage com moléculas e outras
minúsculas partículas na atmosfera que são bem menores, em
diâmetro, que o comprimento de onda da radiação incidente. O
efeito do espalhamento Rayleigh é inversamente proporcional à
quarta potência do comprimento de onda. Assim sendo, há uma
forte tendência para que os comprimentos de onda menores sofram
mais o efeito do espalhamento do que os maiores. Um dia
ensolarado com “céu azul” (ciano, na verdade) é uma manifestação
do espalhamento Rayleigh. Na ausência de espalhamento, o céu
seria negro. Entretanto, como a luz solar interage com a
atmosfera terrestre, esta espalha os menores comprimentos de
onda (azul) de forma mais preponderante que outros comprimentos
de onda do Espectro Visível. Conseqüentemente, vemos o “céu
azul”. No entanto, tanto no nascer-do-sol como no pôr-do-sol, a
radiação solar atravessa um percurso maior que aquele do meio-
dia. Por causa desse percurso maior, o espalhamento (e a
absorção) dos comprimentos de onda menores é tão completo, que
só conseguimos ver aqueles menos espalhados, de maiores
comprimentos de onda, dando à atmosfera uma coloração
laranja-avermelhada. O espalhamento Rayleigh é uma das causas
primárias da “névoa” observada em imagens. Visualmente, essa
névoa reduz drasticamente o contraste de uma imagem. Em
fotografias coloridas, o resultado é uma coloração
cinza-azulada, particularmente quando tomada a partir de grandes
altitudes. A névoa provocada pelo espalhamento Rayleigh pode ser
minimizada, ou até mesmo eliminada através do uso de filtros que
restringem a passagem dos comprimentos de onda menores.
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
Intervalo de comprimentos de onda das radiações
eletromagnéticas conhecidas, incluindo raios cósmicos, raios
gama, radiação ultravioleta, visível, infravermelho e
microondas. A representação gráfica mais comum é através de uma
escala linear onde se encontra indicado os diversos comprimentos
de onda correspondentes às diversas faixas (subdivisões)
espectrais.
ESPECTRO ÓPTICO
Região do espectro eletromagnético onde a radiação pode
ser direcionada através de lentes e espelhos. Corresponde ao
intervalo compreendido entre o ultravioleta até o infravermelho
termal.
ESPECTRO ÓPTICO REFLETIDO
Região do espectro óptico onde os sistemas sensores
operam captando a radiação refletida pelos objetos. Corresponde
ao intervalo compreendido entre o ultravioleta até o
infravermelho médio.
ESPECTRO ÓPTICO EMITIDO
Região do espectro óptico onde os sistemas sensores
operam captando a radiação emitida pelos objetos. Corresponde ao
intervalo compreendido pelo infravermelho termal.

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ESPECTRÔMETRO
Um radiômetro com um sistema de dispersão (prisma, filtro
de interferência circular) que possibilita a determinação de
características da radiação incidente em função dos comprimentos
de onda.
ESPECULAR
Superfície lisa para um determinado comprimento de onda,
apresentando as qualidades de um espelho.
ESPELHO CÔNCAVO
Espelho esférico no qual a reflexão ocorre na superfície
interna.
ESPELHO CONVEXO
Espelho esférico no qual a reflexão ocorre na superfície
externa.
ESPELHO ESFÉRICO
Superfície lisa, de forma esférica, que reflete
especularmente a luz.
ESPELHO PLANO
Superfície lisa e plana na qual a luz é refletida
especularmente.
ESPESSURA ÓPTICA DA ATMOSFERA
Grandeza adimensional que descreve a resistência
provocada pela atmosfera à propagação da radiação solar em seu
meio.
ESTEREOSCOPIA
Visão tridimensional de objetos ou feições terrena
(relevo), obtida através da observação de imagens planas de uma
mesma cena, tomadas em diferentes ângulos de observação.
ESTEREOSCÓPIO
Instrumento óptico utilizado para observação
tridimensional de imagens planas obtidas especialmente para essa
finalidade.
ESTERRADIANO
Ver Esferorradiano.
ESTRUTURA FOTOGRÁFICA
Lei que define o padrão de organização no espaço dos
elementos texturais retilíneos, curvilíneos, formas geométricas,
etc.
EXITÂNCIA
A exitância, Μ, é definida de maneira semelhante a
irradiância, contudo, neste caso considera-se o fluxo emergente
de um elemento de superfície.
EXITÂNCIA RADIANTE
Densidade de fluxo radiante emitido por uma superfície.

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2.6 LETRA F
FAIXA
Largura da cena imageada na direção transversal, ou seja,
perpendicular à trajetória de vôo da plataforma. É medida em
distância no solo (“ground range”) ou distância em linha de
visada (“slant range”).
FAIXA ESPECTRAL
Região do Espectro Eletromagnético na qual um sistema
sensor opera. Ela determina o domínio do sistema sensor
utilizado, em função da característica da radiação por ele
empregada. Via de regra, o Espectro Eletromagnético é dividido,
para efeito de Sensoriamento Remoto, em cinco faixas espectrais,
assim distribuídas do menor para o maior comprimento de onda
visível, infravermelho próximo, infravermelho médio,
infravermelho distante (termal), e microondas.
FEIXE
Pulso de energia focalizado.
FEIXE DE LUZ
Representação de um conjunto de raios de luz.
FEIXE DE LUZ CONVERGENTE
Conjunto de raios de luz que se dirige a um ponto.
FEIXE DE LUZ DIVERGENTE
Conjunto de raios de luz que tem origem em um ponto.
FEIXE DE LUZ INCIDENTE
Feixe de luz que se dirige para a fronteira entre dois
meios.
FEIXE DE LUZ PARALELO
Conjunto de raios de luz que não se cruzam, mantendo a
mesma distância entre si.
FEIXE REFLETIDO
Feixe que volta a se propagar no meio.
FEIXE REFRATADO
Feixe que, após a radiação incidir na fronteira
meio1/meio2, propaga-se no meio 2 com uma direção de propagação
diferente.
FILTRAGENS ESPACIAIS
Operações no processamento de imagens que servem para
destacar as bordas, feições lineares em determinadas direções e
padrões de textura, através do realce ou da supressão de
determinadas freqüências espaciais.
FILTRO PASSA-ALTA
Filtro que realça os detalhes de uma imagem e aumenta as
variações entre os níveis de cinza, e por isso é eficiente para
melhorar o contraste nas regiões de transição ou bordas dentro
da imagem.

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25 Maio 2001 MCA 55-30

FILTRO PASSA-BAIXA
Tipo de filtro que suaviza os detalhes da imagem,
reduzindo o contraste da mesma.
FITA CCT
Fita magnética contendo dados em formato digital,
compatível para leitura em computadores.
FITA DIGITAL DE ALTA DENSIDADE (HDDT)
Sistema analógico para gravação de dados de alta
densidade que não é diretamente compatível com sistemas
computacionais de uso geral.
FLUXO RADIANTE (φ)
Taxa de transferência de energia radiante por unidade de
tempo. É a derivada parcial da energia radiante em função do
tempo.
FOCO DE UM ESPELHO
Ponto para o qual convergem os raios refletidos por um
espelho esférico, quando os raios incidentes são paralelos ao
eixo do mesmo. É real quando o espelho é côncavo e virtual
quando o espelho é convexo.
FONTE DE LUZ
Corpo com a capacidade de emitir luz.
FONTE DISCRETA
Fonte caracterizada por emitir energia radiante
concentrada em um ou poucos comprimentos de onda individuais. O
laser é o melhor exemplo de uma fonte discreta.
FONTES DE BANDA ESTREITA
Fontes que, como os LED (“Light-Emitting Diodes”), têm a
maior parte de sua energia radiante confinada a uma faixa
relativamente curta de comprimentos de onda. A distribuição é
considerada como sendo tipicamente contínua ao longo da faixa,
em contraste aos comprimentos de onda individual de uma fonte
discreta.
FONTES DE BANDA LARGA
Fontes que incluem essencialmente todas as outras fontes
de radiação óptica.
FONTES DE ENERGIA
Toda matéria, cuja temperatura exceda o Zero Absoluto
(0 K, ou -273° C), emite radiação continuamente. Assim sendo,
todos os objetos dispostos na superfície terrestre são também
fontes de radiação, embora de magnitude e composição espectral
consideravelmente distintas da radiação solar.
FONTES DE RADIAÇÃO COERENTE
Fontes ópticas obtidas por meio de filtragens de fontes
seletivas espectralmente.

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FONTES DERADIAÇÃO ÓPTICA


Radiação óptica proveniente de um objeto tem duas origens
possíveis: a primeira, a emissão, é a atividade interna dos
átomos que constituem o objeto. Energias correspondentes aos
comprimentos de onda do espectro óptico envolvem tipicamente
transições de elétrons no átomo. À medida que esses elétrons
mudam seus níveis de energia, eles absorvem e/ou emitem energia
na forma de radiação eletromagnética. Os elétrons podem ser
estimulados a fazer transições por meio de energia interna,
reações químicas ou fontes externas de energia, como campos
eletromagnéticos, por exemplo. A intensidade e os comprimentos
de onda da radiação emitida dependem da natureza da estimulação;
a segunda fonte de radiação a partir de um objeto é a reflexão
ou a transmissão de fontes radiantes no ambiente em que se
encontra o objeto. A reflexão pode ocorrer em função de um
simples espalhamento, ou pode envolver a absorção seguida de
reemissão de comprimentos de ondas selecionados. Um comprimento
de onda transmitido é aquele que passa através do objeto.
FORMATO
Organização física dos elementos de dados num conjunto de
informações. Determina a organização e compressão dos dados
contidos em um arquivo digital e, ainda, a classificação de
produtos de Sensoriamento Remoto. (digital ou analógico).
A identificação do formato de um arquivo digital é feita
pela extensão do seu nome, isto é, a abreviação que vem depois
nome do arquivo e do “ponto”(nome.doc). Através da extensão do
arquivo, verifica-se se o arquivo trata-se de uma imagem, texto,
planilha, banco de dados etc. Tais extensões também determinam a
compatibilidade com softwares e programas para a sua leitura. No
caso de imagens, diversos formatos são conhecidos e muito
usados, entre eles pode-se citar os formatos “pcx”, “bmp”,
“tif”, “jpg”, “img”.
FOTOGRAFIA
Imagem detectada e gravada em filme fotográfico.
FOTOGRAMETRIA
Técnicas para obtenção de medidas precisas em imagens.
FOTOINTERPRETAÇÃO
Conjunto de atividades que objetivam a extração de
informações a partir dos dados obtidos com o Sensoriamento
Remoto, através da identificação de objetos ou feições e
determinação de seus significados.
FOV (“FIELD OF VIEW”)
Ver Campo de visada
FREQÜÊNCIA DOPPLER
Deslocamento em freqüência causado pelo movimento
relativo, ao longo da linha de visada, entre o sensor e a cena
imageada.

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2.7 LETRA G
GEOCODIFICAÇÃO
Correção geográfica de uma imagem para que se ajuste a
uma determinada projeção. Pontos de controle no terreno são
normalmente utilizados para aumentar a exatidão do processo de
geocodificação.
GEOMÁTICA
Ciência e tecnologia de coleta, análise, interpretação,
distribuição e uso de informações geográficas. A Geomática
abrange um grande número de disciplinas que podem ser usadas em
conjunto para se criar uma visão mais detalhada e mais
compreensível do mundo. Estas disciplinas incluem: Cartografia,
Sensoriamento Remoto, Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e
Sistemas de Posicionamento Global (GPS).
GEOPROCESSAMENTO
Disciplina que utiliza técnicas matemáticas e
computacionais para o tratamento de informações geográficas.
É um agrupamento de tecnologias utilizado na manipulação
dos dados geográfico, respondendo questões sobre localização,
condição, tendência, roteamento, padrões e modelos.
GEO-REFERENCIAMENTO
Localização geográfica relativa de uma imagem pela
incorporação de informação de latitude e longitude na imagem.
GRADE REGULAR
Matriz de elementos com espaçamento fixo, onde a cada
elemento é associado o valor estimado de uma grandeza, na
posição geográfica coberta pelo elemento, ou seja, é uma
representação matricial onde cada elemento da matriz está
associado a um valor numérico.
GRADE TRIANGULAR
Estrutura topológica vetorial do tipo arco-nó, onde os
nós são conectados formando triângulos que não se sobrepõem e
cobrem totalmente a área de interesse. Uma grade triangular é
formada por conexão entre amostras, com distribuição espacial
possivelmente irregular, utilizando algum método de
triangulação.
GRADE UTM – GRADE UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR
Grade baseada na projeção transversa de Mercator, podendo
ser sobreposta a qualquer mapa. A projeção UTM é caracterizada
pela propriedade de conformidade, significando que a escala e os
ângulos são bem preservados, e pela facilidade com que permite
que uma grade retangular seja sobreposta a ela. É também chamada
de projeção Gauss-Kruger.
Nesta projeção a Terra é dividida em 60 zonas, cada uma
com 6º de longitude. A zona 1 vai de 180ºW a 174ºW, e a zona 60
de 174ºE a 180ºE.

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GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS
Sistema de grandezas da radiação utilizado na
caracterização de alguns dispositivos eletro-ópticos.
GRANDEZAS RADIOMÉTRICAS
Sistema de grandezas da radiação utilizado para se
discutir a radiação óptica em termos quantitativos.
2.8 LETRA H
“HARDWARE”
Componentes físicos de um computador: unidade de
processamento, memórias, unidades de disco etc.
HISTOGRAMA
Gráfico que descreve a distribuição estatística dos
níveis de cinza da imagem em termos do número de pixels (ou
percentagem do número total de pixels) para cada nível de cinza.
HRV (“HIGH RESOLUTION VISIBLE IMAGING INSTRUMENT”)
Sensor que foi lançado a bordo dos satélites SPOT. Possui
4 bandas espectrais: verde (0,5 a 0,59 µm), vermelho (0,61 a
0,68 µm), infravermelho próximo (0,79 a 0,89 µm) e pancromático
(0,59 a 0,73µm). No modo multiespectral (verde, vermelho e
infravermelho próximo), possui resolução espacial de 20 m. No
modo pancromático, esta resolução é de 10 m.
2.9 LETRA I
IFOV (INSTANTANEOUS FIELD OF VIEW)
Ver Campo de Visada Instantânea.
IHS
Espaço de cor conveniente para a representação da
percepção de cor pelo ser humano.
IMAGEADORES DE QUADRO
Sensores que imageiam toda a cena delimitada pela óptica
de uma só vez. Possuem um elemento detector para cada elemento
de cena. O olho humano, os sistemas fotográficos convencionais,
os aparelhos de raios-X hospitalares são exemplos de imageadores
de quadro.

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IMAGEADORES DE VARREDURA DE LINHA


Exemplos de imageadores conhecidos com “linescanners” e
efetuam a varredura na direção transversal ao deslocamento da
plataforma de reconhecimento. A imagem é composta de linhas
justapostas, geradas à medida que a plataforma se desloca sobre
a área a ser reconhecida. Desta forma, este tipo de imageador
necessita do movimento relativo entre a plataforma e a cena,
razão pela qual o eixo de visada é sempre mantido no plano
paralelo ao eixo transversal da plataforma sensora. Destina-se
essencialmente ao reconhecimento aerotático. São empregados em
missões nas quais a aeronave é obrigada a fazer somente uma
passagem sobre o alvo, deslocando-se a altíssima velocidade e a
altura muito baixa a fim de reduzir o risco de ser abatida pelas
baterias inimigas. Como exemplo, pode-se citar o Linescan, da
“British Aerospace”.
IMAGEAMENTO
Processo de aquisição de dados realizado por sistemas
sensores fotográficos eletrônicos ou óptico fotográficos que dá
origem às imagens.
IMAGEM
Representação bidimensional, analógica ou digital, de
dados que foram adquiridos através de sistemas sensores
fotográficos, eletrônicos ou ópticos fotográficos. São
apresentadas em diversos formatos: digital (gravadas nos mais
diversos meios), em papel, transparências, e negativos.
IMAGEM FALSA-COR
Imagem obtida através da combinação de bandas geradas por
sensores multiespectrais, atribuindo-se cores primárias a cada
uma dessas bandas utilizadas. A imagem resultante contém cores
nem sempre correspondentes à realidade, daí o termo “falsa-cor”.
IMAGEM REAL
Imagem formada no ponto de encontro dos raios refletidos.
IMAGEM VIRTUAL
Imagem formada atrás da superfície refletora, no ponto de
encontro dos prolongamentos dos raios refletidos.
ÍNDICE DE REFRAÇÃO
Razão entre a velocidade da luz no vácuo e a velocidade
da luz no meio.
INFORMAÇÃO
Dados que foram processados para determinado uso.
INFRAVERMELHO
Porção do espectro eletromagnético que compreende a
radiação com comprimento de onda entre 0,75 µm e 1 mm. Está
subdividida em IV próximo (0,75 a 3 µm), IV médio (3 a 6 µm) e IV
distante (6 µm a 1 mm).

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INFRAVERMELHO TERMAL
Para a maioria dos autores, a região do infravermelho
termal é aquela compreendida entre 4 µm e 20 µm, ou a janela mais
usada: 8 µm a 14 µm.
INTELIGÊNCIA DE IMAGENS
Utilização de produtos de Sensoriamento Remoto para gerar
informações de interesse da Inteligência Militar.
INTENSIDADE RADIANTE
Fluxo irradiado de uma fonte pontual por unidade de
ângulo sólido, numa dada direção. Sua unidade é Watt/sterradiano
e é representada pela letra I.
INTERFEROMETRIA
No sensoriamento remoto por microondas, corresponde a uma
técnica para geração de dados altimétricos da região imageada.
Utiliza as diferenças de fase dos sinais de retorno do radar de
duas imagens da mesma cena tomadas por duas antenas ao mesmo
tempo (interferometria de uma passagem), ou por uma mesma antena
em ocasiões diferentes (interferometria de duas passagens).
INTER-RELAÇÕES DO DADO GEOGRÁFICO
Dados geográficos que assumem os seguintes padrões de
inter-relação:
• Correlação espacial, na qual um fenômeno espacial, por
exemplo, a topografia, está relacionada com o entorno de
forma tão mais intensa, quanto maior for a proximidade de
localização. Diz-se informalmente que “coisas próximas
são parecidas”.
• Correlação temática, na qual as características de uma
região são moldadas por um conjunto de fatores. Assim, o
clima, as formações geológicas, o relevo, o solo e a
vegetação formam uma totalidade inter-relacionada. Desse
modo, pode-se traçar pontos de correspondência entre o
relevo e o solo ou entre o solo e a vegetação de uma
região.
• Correlação temporal, como a fisionomia da Terra está em
constante transformação, em ciclos variáveis para cada
fenômeno. Cada paisagem ostenta as marcas de um passado
mais ou menos remoto, apagado ou modificado de maneira
desigual, mas sempre presente.
• Correlação topológica, de particular importância na
representação computacional, as relações topológicas como
adjacência, pertinência e intersecção, permitem
estabelecer os relacionamentos entre os objetos
geográficos que são invariantes à rotação, à translação e
à escala.
INTERVALO
Medida de dispersão equivalente à diferença entre o maior
e o menor valor em um conjunto de observações.

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25 Maio 2001 MCA 55-30

No sensoriamento remoto por microondas, quando derivado


da expressão inglesa “range”, representa a distância em linha de
visada entre o radar e cada elemento espalhador que é iluminado.
Em radares de abertura sintética o termo também é aplicado à
dimensão de uma imagem que se distância transversalmente da
trajetória de vôo do radar.
INTERVALO DINÂMICO
Relação entre o sinal máximo que pode ser medido e o
sinal mínimo detectável.
INVENTÁRIO
Coletânea de informações sobre os elementos de
informação.
INVERSÃO (“LAYOVER”)
Caso extremo de deslocamento do relevo ou de
encurtamento, no qual o topo de um objeto refletor (tal como uma
montanha), está mais próximo do radar (em linha de visada) do
que as partes mais baixas do mesmo. A imagem de tal objeto
apresenta-se inclinada na direção do radar. Este efeito é mais
pronunciado para radares que têm ângulos de incidência menores.
IRRADIÂNCIA (E)
Fluxo radiante incidente por unidade de área, numa dada
direção, com relação à normal.
2.10 LETRA J
JANELAS ATMOSFÉRICAS
Faixas espectrais nas quais a atmosfera é particularmente
transparente para a radiação eletromagnética.
JERS (“JAPANESE EARTH RESOURCES SATELLITE”)
Satélite Japonês de Recursos Terrestres. É o maior
projeto japonês de sensoriamento remoto. Possui dois grandes
sistemas de imageamento: um Radar de Abertura Sintética com uma
resolução de 18 m e um Sistema Sensor Óptico. Devido a problemas
na aquisição das imagens, este último foi desativado.
2.11 LETRA L
LANDSAT
Série de satélites de observação da Terra (originalmente
denominada ERTS - “Earth Resources Techonology Satellite” -
Satélite Tecnológico de Recursos Terrestres.
LARGURA DE BANDA
Medida da quantidade de freqüências disponíveis no sinal,
ou freqüências passadas pelos estágios de limitação de banda de
um sistema. A largura de banda é um parâmetro fundamental de
qualquer sistema imageador, e determina a máxima resolução
disponível.

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25 Maio 2001 MCA 55-30

LARGURA FEIXE
DO
Medida da largura do padrão de irradiação de uma antena.
Para aplicações do SAR, tanto a largura do feixe vertical (que
afeta a extensão da faixa imageada), quanto a horizontal ou
padrão azimutal (que determina, indiretamente, a resolução
azimutal) são conceitos freqüentemente utilizados.
LATITUDE
Sistema para indicar uma posição ao norte ou ao sul do
Equador, baseado no mínimo ângulo subtendido entre a posição em
questão, o centro da Terra e o Equador.
LEI DE KIRCHHOFF
Estabelece a relação entre a emissividade e as
propriedades reflectivas do material.
LEI DE SNELL
Descreve matematicamente o fenômeno da refração. Uma das
formas mais comuns de representá-la é n1senθ1= n2senθ2.
LEI DO COSSENO
Estabelece que para a energia radiante emitida por uma
superfície plana, a intensidade radiante I (W/sr) varia com o
cosseno do ângulo entre a linha de visada e a normal à
superfície.
LENTE
Dispositivo óptico empregado em um grande número de
instrumentos. Constitui-se de um meio transparente limitado por
partes curvas, que normalmente são esféricas. Em geral são de
vidro ou plástico, mas podem ser de água ou ar.
LENTE BICÔNCAVA
Lente que possui as duas faces côncavas.
LENTE BICONVEXA
Lente que possui as duas faces convexas.
LENTE CÔNCAVO-CONVEXA
Lente que possui uma face côncava e outra convexa.
LENTE CONVERGENTE
Lente na qual raios que incidem paralelos ao eixo da
mesma são refratados passando por um único ponto no eixo.
LENTE DIVERGENTE
Lente na qual raios que incidem paralelos ao eixo da
mesma são refratados de modo que o prolongamento dos raios passa
por um único ponto no eixo.
LENTE PLANO-CÔNCAVA
Lente que possui uma face plana e outra côncava.
LENTE PLANO-CONVEXA
Lente que possui uma face plana e outra convexa.

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LIDAR
Abreviatura de “Light Detection and Ranging” (Deteção e
Medição por Luz). Sistema de sensoriamento remoto, que usa a
interação da luz com materiais numa certa distância. Usado para
determinação de constituintes atmosféricos e medições de
superfícies remotas, entre outras.
LONGITUDE
Sistema para indicar uma posição à leste e oeste baseados
na distância angulares em torno da superfície da Terra a partir
de um grande círculo passando entre os pólos norte e sul e pela
cidade de Greenwich, Inglaterra.
LUZ MONOCROMÁTICA
Radiação na faixa do visível, composta por uma única cor.
2.12 LETRA M
MALHA
Distância entre duas amostragens sucessivas da cena, em
qualquer direção.
MAPA
Ver Carta.
MAPA DE CONTORNO
Também chamada de carta hipsométrica. Cartas onde as
curvas de nível ligam os pontos de igual altitude. Estas
representam a topografia continental emersa, isto é, o relevo
positivo, enquanto as batimétricas representam a topografia
submersa.
MAPA PLANIMÉTRICO
Mapa desenhado para representar as posições horizontais
das feições, as posições verticais são ignoradas.
MAPA CADASTRAL
Cada um de seus elementos é um objeto geográfico, que
possui atributos e pode estar associado a várias representações
gráficas. Por exemplo, os lotes de uma cidade são elementos do
espaço geográfico que possuem atributos (dono, localização,
valor venal, IPTU devido, etc.) e que podem ter representações
gráficas diferentes em mapas de escalas distintas.
MAPA DE REDE
Suporte para geo-objetos, e cada objeto possui uma
localização exata, estando sempre associado a atributos
descritivos presentes em um banco de dados. São mapas de objetos
com topologia arco-nó, utilizados para redes conectadas, ou
seja, os objetos são conectados e a informação flui de um objeto
para outro.

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MAPA TEMÁTICO
Mostra uma região geográfica particionada em polígonos,
segundo os valores relativos a um tema, por exemplo, uso do solo
ou aptidão agrícola. Os valores dos dados são em geral inseridos
no sistema por digitalização ou, de forma mais automatizada, a
partir de classificação de imagens. Estes mapas descrevem a
distribuição espacial de uma grandeza geográfica, expressa de
forma qualitativa, como os mapas de pedologia.
MAPEADOR TEMÁTICO ( TM )
Scanner multiespectral de 7 canais e campo de visada
instantânea de 30 metros, desenvolvido para monitoramento dos
recursos terrestres. Lançado a bordo dos Landsat 4 e 5.
MÁXIMA VEROSSIMILHANÇA
Critério de decisão para auxiliar na designação de
classes. Onde há confusão entre classes a designação é feita
pela classe de maior probabilidade.
MDE - MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO
Modelo quantitativo de uma característica do terreno
(elevação), em formato digital.
MECB (MISSÃO ESPACIAL COMPLETA BRASILEIRA)
Iniciada em 1979, tem como principais objetivos:
desenvolvimento de recursos humanos e materiais para a
consolidação das atividades espaciais no país; a redução da
dependência do país em plataformas espaciais estrangeiras tanto
como de veículos e o engajamento da indústria nacional em
programas espaciais de âmbito internacional.
Dentro da MECB está previsto o desenvolvimento de foguete
lançador para satélites de pequeno porte (o VLS - Veículo
Lançador de Satélites) e dois tipos de satélites experimentais
para aplicações em órbita terrestre baixa.
MEIO
Dispositivo físico no qual os dados são armazenados. São
exemplos: produtos fotográficos, mapas e fitas magnéticas.
MERIDIANOS
Círculos máximos da esfera cujos planos contêm o eixo dos
pólos. O meridiano de origem, também conhecido como inicial ou
fundamental, é usualmente aquele que passa pelo observatório
britânico de Greenwich.
MÉTODO LÓGICO DE INTERPRETAÇÃO
Também conhecido como método sistemático, se apóia no
estudo da textura, estrutura fotográfica e das formas, de modo
que, ao contrário do método das chaves, a fotointerpretação
possa ser utilizada como um meio de descoberta autônomo, que
permite a análise da imagem sem idéias preconcebidas.
MICROONDAS
Região do espectro eletromagnético que contém radiação
com comprimento de onda entre 1 mm e 1 m.

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MODELO CAMPO
DE
Contexto de aplicações de Sistema de Informação
Geográfica (SIG), o mundo real é freqüentemente modelado segundo
duas visões complementares: o modelo de campo e o modelo de
objetos. O modelo de campo enxerga o mundo como uma superfície
contínua, sobre a qual os fenômenos geográficos a serem
observados variam segundo diferentes distribuições, ou seja, os
fenômenos geográficos são representados através de variáveis
geográficas contínuas, tais como mapas temáticos (e.g. mapa de
solos), mapas de isolinhas, imagens de satélite, modelos
numéricos de terreno, etc.
Ver também Modelo de Objetos.
MODELO DE OBJETOS
Representa o mundo como uma superfície ocupada por
objetos identificáveis, com geometria e características
próprias. Estes objetos não são necessariamente associados a
qualquer fenômeno geográfico específico e podem inclusive ocupar
a mesma localização geográfica. Artefatos humanos (redes
viárias, edificações, etc.) são tipicamente modelados como
objetos.
Os objetos são variáveis geográficas discretas,
individualizáveis, não precisam existir em todos os pontos do
espaço geográfico. São tipicamente representados no formato
vetorial, ou seja, sua geometria é descrita utilizando pontos,
linhas e polígonos, por exemplo, um mapa cadastral (mapa de
bairros, mapa de lotes), mapa de redes, etc.
Ver também Modelo de Campo.
MODO DO FEIXE
Configuração de operação de um SAR, definida pela largura
da faixa imageada e pela resolução. No caso do RADARSAT, por
exemplo, Fine, Standard, Wide, ScanSar ou Extended.
“MULTISPECTRAL SCANNER” (MSS)
Sensor que foi lançado a bordo dos satélites LANDSAT 1, 2
e 3. Possuía 4 bandas espectrais (5 no LANDSAT 3) e uma
resolução de 80 m.
2.13 LETRA N
NADIR
Ponto, na cena imageada, que está precisamente abaixo do
centro óptico do sensor, na extremidade de uma reta
perpendicular ao terreno.
NASDA (“NATIONAL SPACE DEVELOPMENT AGENCY OF JAPAN”)
Agência espacial japonesa. Coordena as atividades
espaciais e de sensoriamento remoto naquele país.
NÍVEL DE AQUISIÇÃO
Determina, de maneira geral, o alcance do sistema e sua
manobrabilidade. Pode ser orbital, aéreo ou terrestre e tem
influência direta na resolução temporal do sistema.

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NÍVEL CINZA
DE
Número que corresponde à média da intensidade da energia
eletromagnética refletida ou emitida pelos diferentes materiais
presentes em um pixel, para a área da superfície da Terra
correspondente ao tamanho do pixel.
NÚMERO DIGITAL
Valor numérico de determinado pixel. Corresponde a um tom
de cinza ou cor nas imagens monocromáticas ou composições
coloridas, respectivamente.
2.14 LETRA O
OPERAÇÕES ARITMÉTICAS SIMPLES
Podem ser usadas em processamento digital de imagens, com
o objetivo de se analisar imagens multiespectrais e/ou
multitemporais. Todas estas operações são utilizadas para a
geração de novas bandas espectrais, normalmente combinando-se
resultados de outros tipos de processamento, sempre com o
objetivo de realçar feições de interesse.
ÓRBITA HÉLIO-SÍNCRONA
Órbita sincronizada com o Sol, isto é, o ângulo entre o
plano orbital do satélite e a direção do Sol é constante. Para
imagens adquiridas em uma mesma latitude, no mesmo horário e
época do ano, assegura-se condição idêntica de aquisição dos
dados.
ÓRBITA QUASE POLAR
Plano orbital localizado dentro de ±10º de um plano que
contém o norte verdadeiro (90º de latitude).
ORTOFOTO
Fotografia que foi manipulada de modo a eliminar os
deslocamentos de imagem devidos à inclinação da câmera e ao
relevo.
ORTO-RETIFICAÇÃO
Geocodificação de uma imagem utilizando-se um modelo
digital de elevação.
2.15 LETRA P
PALETA CORES
DE
Tabela que estabelece uma relação entre os índices dos
pixels de uma imagem e as respectivas cores no espaço RGB
PARALELOS
Círculos da esfera cujos planos são perpendiculares ao
eixo dos pólos.
PEGADA
Área da superfície que está sendo investigada por um
dispositivo sensor. Equivale aproximadamente ao produto da
largura do feixe (em radianos) pela altitude da plataforma.

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PIXEL
Termo derivado de “picture element” em uma representação
digital para indicar a posição espacial de uma amostra de uma
imagem, a qual consiste de uma matriz de números digitais.
O pixel é um elemento que contém tanto um aspecto
espacial quanto um aspecto espectral. A variável espacial define
o tamanho aparente e a posição da célula de resolução, isto é, a
área do solo representada por um valor; e a variável espectral
define a intensidade da resposta espectral para aquela célula em
n canais.
PLATAFORMA
Em Sensoriamento Remoto, é um objeto físico (balão,
foguete, satélite) que carrega os instrumentos ou sensores que
fazem o sensoriamento.
PLOTADORA (“PLOTTER”)
Dispositivo usado para imprimir dados, tais como gráficos
ou mapas, em papel ou filme. Freqüentemente opera com uma ou
mais canetas (penas) que se movem, controladas por computador.
POLARIZAÇÃO
Orientação do vetor campo elétrico (E) em uma onda
eletromagnética. Os radares imageadores são capazes de
transmitir e receber com a mesma polarização ou com polarizações
diferentes.
HH - transmissão horizontal / recepção horizontal
VV - transmissão vertical / recepção vertical
HV - transmissão horizontal / recepção vertical
VH - transmissão vertical / recepção horizontal
PONTO PRINCIPAL
Em fotografia aérea, é o ponto que corresponde ao eixo do
sistema de lentes, comumente é tido como o centro exato da
fotografia.
PONTOS DE CONTROLE
Feições bem definidas, geralmente de grande contraste
espectral em relação aos seus arredores na imagem e facilmente
reconhecíveis, que podem ser precisamente localizados tanto no
mapa como na imagem. Podem ser usadas para determinar as
correções geométricas destas imagens.
POSIÇÃO DO FEIXE
Área dentro da faixa imageada que está sendo de fato
iluminada. Para o RADARSAT, por exemplo, em qualquer dos modos
de operação, existem sete áreas que podem ser iluminadas quando
se utiliza o modo Standard, entre os ângulos de incidência de
20º e 49º.

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POTÊNCIA EQUIVALENTE AO RUÍDO


Também conhecida como NEP (“Noise Equivalent Power”), é o
valor do fluxo incidente que produziria um sinal de saída igual
ao valor do ruído interno de um detector. Pode ser definida como
sendo a medida do fluxo radiante que produziria uma relação
sinal-ruído igual a um ou, ainda, à medida que dá uma indicação
do menor fluxo radiante que pode ser detectado. A unidade da
potência equivalente ao ruído é o watt.
PRECISÃO
Grau de exatidão com o qual uma quantidade é expressa.
Está diretamente relacionado com o número de algarismos
significativos usados numa descrição. Uma medida que divide um
fenômeno em 100 intervalos é mais precisa que uma medida que
divide o mesmo fenômeno em 10 intervalos.
PRÉ-PROCESSAMENTO
Manipulação de dados para tornar possível uma análise
posterior. Freqüentemente inclui modificações geométricas para
normalização de projeção e escala, bem como reclassificação.
PROCESSAMENTO DE IMAGENS DIGITAIS
Manipulação e análise de imagens por computador, de modo
que a entrada e a saída do processo sejam imagens.
PROJEÇÃO
Construção sistemática de feições numa superfície plana
para representar as feições de uma superfície esférica
correspondente. Essas feições incluem fenômenos observáveis
(linhas costeiras, rodovias), bem como construídas (linhas para
representar os paralelos e meridianos, fronteiras políticas ou
unidades estatísticas).
PROJEÇÃO CILÍNDRICA
Projeção na qual a superfície curva da Terra é projetada
sobre um cilindro tangente ou secante à superfície da Terra, que
é depois “desenrolado” sobre um plano. Em todas as projeções
cilíndricas, os meridianos e paralelos são representados por
retas perpendiculares. Um exemplo desta projeção é a Projeção de
Mercator.
PROJEÇÃO CÔNICA
Projeção na qual a superfície curva da Terra é projetada
sobre um cone tangente ou secante à superfície da Terra, que é
depois “desenrolado” sobre um plano. Os meridianos são retas que
convergem em um ponto, o vértice do cone, e os paralelos são
circunferências concêntricas a esse ponto. Um exemplo desta
projeção é a Projeção Cônica de Lambert.
PROJEÇÃO PLANA OU AZIMUTAL
Projeção na qual a superfície curva da Terra é projetada
sobre um plano tangente ou secante a Terra. Um exemplo desta
projeção é a Projeção Plana Estereográfica Polar.

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PSEUDOCOR
Composição colorida que é obtida através da simples
transformação dos pixels da imagem original, que têm valores
digitais situados em determinadas faixas de níveis de cinza, em
determinada cor. Pode ser obtida também através da manipulação
diferenciada dos histogramas de três cópias de uma imagem
original, sendo as mesmas, após tal processamento, associadas
aos canais R, G e B de um monitor colorido.
2.16 LETRA R
RADAR
Termo derivado do termo em inglês “Radar Detection And
Ranging”, é basicamente um sistema eletrônico para a detecção e
localização de alvos, pela medição das reflexões da freqüência
de rádio emitida por ele. Este termo também é aplicado a
aparelhos ou sistemas que fazem uso desse princípio.
RADAR ALTÍMETRO (RA)
Radar de pulso com visada nadir, projetado para medições
precisas de altura, através da análise dos ecos da superfície.
RADAR DE ABERTURA SINTÉTICA (“SYNTHETIC APERTURE RADAR” - SAR)
Sistemas de radar que usam o movimento da aeronave ou
satélite, e a mudança na freqüência doppler para sintetizar
eletronicamente uma antena longa o suficiente para a aquisição
de imagens de radar de alta resolução.
RADAR IMAGEADOR
Dispositivo de Sensoriamento Remoto ativo que transmite
pulsos de energia na faixa de microondas e recebe as reflexões
destes pulsos, após a sua interação com o alvo, transformando-os
esse sinal num sinal de vídeo e gerando uma imagem. O componente
refletido é chamado de eco ou retroespalhamento.
RADARSAT
Satélite canadense de observação da Terra. Opera um radar
de abertura sintética na banda C (λ = 5,6 cm), com polarização
HH. A grande inovação incorporada no RADARSAT é a capacidade de
imageamento multimodo, com resolução nominal variando de 10 a
100 m e largura de faixa imageada variando de 50 a 500 Km.
RADIAÇÃO
Processo no qual um corpo irradia calor sob a forma de
ondas eletromagnéticas. Neste processo é dispensado o contato
físico entre o emissor e o receptor.
RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA
Energia se propagando no vácuo ou em um meio físico, na
forma de ondas formadas pela interação entre os campos magnético
e elétrico, perpendiculares entre si.
RADIAÇÃO ÓPTICA
Radiação eletromagnética contida no espectro óptico.

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RADIAÇÃO TÉRMICA
Energia emitida por um corpo sob forma de radiação
eletromagnética em função de sua temperatura termodinâmica.
RADIÂNCIA
Intensidade radiante proveniente de uma fonte extensa, em
uma dada direção θ por unidade de área perpendicular a esta
direção. É medida em unidades de potência (W).
RADIÔMETRO
Instrumento utilizado para medir quantitativamente a
intensidade de radiação eletromagnética em uma faixa de
comprimentos de onda, em qualquer parte do espectro
eletromagnético. É normalmente utilizado com um modificador,
como por exemplo, um radiômetro infravermelho ou um radiômetro
de microondas.
RAIO DO ESPELHO
Raio de curvatura de um espelho esférico.
RAIOS DE LUZ
Linhas retas que indicam a direção de propagação da luz
“RANGE”
Ver Intervalo.
RAZÃO
Medida de escala distingue elementos numa determinada
ordem de grandeza (por exemplo, comprimento ou idade), onde a
divisão ou multiplicação dos valores tem significado, uma vez
que o ponto inicial não é arbitrário.
REALCE DE CONTRASTE
Procedimento para aumentar artificialmente o contraste de
uma imagem, geralmente usado como auxílio pelo intérprete para a
identificação de feições ou alvos.
REAMOSTRAGEM
Conjunto de procedimentos matemáticos que modificam as
características geométricas de dados espaciais. É usada em
processos de retificação e registro.
REDES
Em Geoprocessamento, o conceito de “rede” denota as
informações associadas a serviços de utilidade pública, como
água, luz e telefone; redes relativas a bacias hidrográficas e;
rodovias. As redes, à diferença de outros tipos de dados
utilizados em SIGs, são o resultado direto da intervenção humana
sobre o meio-ambiente.
As informações gráficas de redes são armazenadas em
coordenadas vetoriais com topologia arco-nó. Os arcos incluem o
sentido de fluxo e os nós sua impedância (custo de
percorrimento). Por exemplo, tome-se uma rede elétrica que tem,
entre outros, os seguintes componentes: postes, transformadores,
subestações, linhas de transmissão e chaves. As linhas de
transmissão serão representadas topologicamente como arcos,
estando as demais informações concentradas em seus nós.
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25 Maio 2001 MCA 55-30

REFLETÂNCIA
Razão entre o fluxo incidente e o refletido por uma
superfície.
REFLETÂNCIA ESPECTRAL
Medida de refletância de objetos na superfície terrestre
feita em função do comprimento de onda.
REFLETORES DIFUSOS (LAMBERTIANOS)
Superfícies rugosas que refletem uniformemente em todas
as direções.
REFLETORES ESPECULARES
Superfícies lisas que manifestam comportamento semelhante
ao do espelho em relação à luz visível. Neles, o ângulo de
reflexão da REM é igual ao de incidência.
REFLEXÃO
Fenômeno que ocorre quando a radiação eletromagnética,
propagando-se no meio 1 e incidindo na fronteira meio1/meio2,
não penetra no meio 2, voltando a se propagar no meio 1.
REFLEXÃO DIFUSA
Reflexão na qual o feixe refletido não é definido e no
qual se perdem as relações geométricas entre os raios
incidentes, ocorrendo um espalhamento da radiação em todas as
direções.
REFLEXÃO ESPECULAR
Reflexão na qual o feixe refletido é bem definido,
mantendo as relações geométricas entre os raios incidentes.
REFLEXÃO TOTAL
Fenômeno que ocorre quando o ângulo de incidência da
radiação é maior que o Ângulo Limite. Neste caso, verifica-se
que não há refração e a radiação é totalmente refletida na
superfície de separação entre os meios.
REFRAÇÃO
Fenômeno que ocorre quando a radiação eletromagnética,
propagando-se no meio 1 e incidindo na fronteira meio1/meio2,
penetra no meio 2 e sofre mudança na sua direção de propagação.
De um modo geral, a refração ocorre quando a radiação passa de
um meio para outro, no qual ela se propaga com velocidade
diferente.
REGISTRO
Processo de alinhar geometricamente dois ou mais
conjuntos de imagens, de tal forma que as células de resolução
para uma mesma área possam ser digitalmente ou visualmente
superpostas. Os dados registrados podem ser do mesmo tipo de
sensor ou de sensores diferentes, ou terem sido coletados em
épocas diferentes.
RELAÇÃO SINAL/RUÍDO (S/N OU SNR)
Grandeza que provê informação a respeito da qualidade do
valor medido.

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25 Maio 2001 MCA 55-30

RESOLUÇÃO
Habilidade de um sistema imageador como um todo,
incluindo lentes, antenas, monitores, exposição, processamento e
outros fatores, em gerar uma imagem nitidamente definida. Pode
ser expressa em pares de linhas por milímetro ou metro, ou de
muitos outros modos.
RESOLUÇÃO ESPACIAL
Menor elemento de área que um sistema sensor é capaz de
distinguir. Ela determina se o alvo pode ser identificado na
imagem, em função de seu tamanho e é dada em metros.
Quando se fala em resolução, qualquer que seja, é preciso
ter em mente que, nesse caso, os termos melhor resolução e pior
resolução são conceitos relativos e, portanto, não estão ligados
a valores absolutos. Em outras palavras, se um sistema apresenta
uma resolução espacial de 30 m., enquanto um outro possui 20 m.,
significa dizer que este último possui uma melhor resolução
espacial do que aquele de 30 m. Caso haja interesse em adotar os
termos maior ou menor, deve-se ter o cuidado de acrescentar o
conceito de poder de resolução, a fim de se evitar uma inversão
nos parâmetros considerados. Assim sendo, o sistema que possui
20 m. de resolução espacial, no exemplo acima citado, detém um
maior poder de resolução espacial do que o de 30 m., e não uma
resolução espacial maior.
RESOLUÇÃO ESPECTRAL
Menor porção do Espectro Eletromagnético que um sistema
sensor é capaz de segmentar. Ela determina se o alvo pode ser
visto na imagem, em função de seu comportamento espectral.
Trata-se de um conceito inerente às imagens multiespectrais de
SR. Quanto mais estreitas, espectralmente falando, as bandas
(canais) de um dado sistema, maior é a capacidade desse sistema
de discriminar variações no comportamento espectral do alvo a
ser estudado.
RESOLUÇÃO RADIOMÉTRICA
Menor diferença de brilho que um sistema sensor é capaz
de perceber. Ela determina se o alvo pode ser visto na imagem,
em função de seu contraste com os alvos vizinhos. A resolução
radiométrica é dada pelo número de níveis digitais,
representando níveis de cinza, usados para expressar os dados
coletados pelo sensor. Quanto maior o número de níveis, maior é
a resolução radiométrica. O número de níveis é comumente
expresso em função do número de dígitos binários (“bits”)
necessários para armazenar em formato digital o valor do nível
máximo. O valor em bits é sempre uma potência do número 2, o que
faz com que “6 bits”, por exemplo, corresponda a 26 = 64 níveis.
Os sistemas sensores mais comuns, como as séries Landsat e SPOT,
possuem resolução radiométrica de 8 bits, o que significa 256
níveis de cinza.

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RESOLUÇÃO TEMPORAL (REPETITIVIDADE)


Freqüência com a qual um sistema sensor é capaz de
imagear um mesmo alvo. Ela determina o período mínimo a ser
aguardado para um novo imageamento de determinado alvo. Trata-se
de um parâmetro somente aplicável aos satélites de SR, uma vez
que estes possuem órbitas de períodos regulares como
característica imposta pela Mecânica Orbital, ao contrário das
aeronaves, por exemplo.
RESPONSIVIDADE
Razão do sinal (tensão ou corrente) efetivo de saída pela
potência radiante monocromática incidente. É função do
comprimento de onda, freqüência obturadora, temperatura e
voltagem de polarização.
RESPOSTA EM FREQÜÊNCIA
Variação que ocorre na amplitude do sinal de resposta de
um detector quando a radiação incidente é modulada em
freqüência.
RESPOSTA ESPECTRAL
Maneira pela qual um detector muda seu sinal de saída em
função do comprimento de onda do sinal de entrada.
RETIFICAÇÃO
Processo de projeção de dados num plano, para obtenção
das suas características geométricas em conformidade
(comparação) com um sistema de coordenadas conhecidas. Por
exemplo, uma fotografia oblíqua pode ser retificada de modo que
a localização das feições na foto correspondam à localização num
mapa planimétrico.
RETROESPALHAMENTO
Sinal de microondas refletido de volta na direção do
radar, pelos elementos de uma cena iluminada. É assim chamado
para tornar clara a diferença entre a energia espalhada em
direções arbitrárias, e aquela que retorna diretamente para o
radar, podendo, portanto, ser gravada pelo sensor.
RGB
Espaço de cor utilizado pelos monitores coloridos em
geral para representação das cores. Neste espaço de cor cada cor
é resultado da combinação de suas componentes espectrais de
vermelho, verde e azul.
RUGOSIDADE
Variação da altura da superfície dentro de uma célula de
resolução imageada.

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Eletromagneticamente, uma superfície é considerada lisa


quando obedece o critério de Rayleigh, ou seja, quando a
irregularidade média de sua superfície, de magnitude h, é dada
por h ≤ λ 8cosθ , onde λ é o comprimento de onda e θ o ângulo de
incidência da REM. Uma superfície assim é chamada especular.
Quando ocorre o oposto, a superfície é considerada rugosa. Em
outras palavras, uma superfície é especular quando ∆h é muito
menor que o comprimento de onda (∆h << λ) e é rugosa, quando
ocorre o contrário (∆h >> λ).
RUÍDO
Flutuação no sinal de resposta de um detector quando o
mesmo está exposto a um fluxo constante de radiação
eletromagnética.
RUÍDO DE GERAÇÃO E RECOMBINAÇÃO
Ruído causado por flutuações nas razões de geração
térmica e recombinação de cargas livres em um semicondutor,
ocasionando um aumento na flutuação da concentração média das
cargas.
RUÍDO DE JOHNSON
Também conhecido como ruído térmico, é causado devido à
quantidade aleatória de transportadores de carga dentro de
qualquer material resistivo em equilíbrio térmico, o qual
resulta em aumento de tensão elétrica aleatória através do
elemento. Todos os detectores são afetados por este tipo de
ruído, entretanto sua influência merece realmente destaque em
detectores térmicos.
RUÍDO DE MODULAÇÃO
Causado devido às irregularidades da superfície e ao
ruído que surge nos contatos. É caracterizado por um espectro no
qual a potência de ruído depende aproximadamente do inverso da
freqüência.
2.17 LETRA S
SATÉLITE GEOESTACIONÁRIO
Satélite que órbita numa altitude de aproximadamente
36.000 km, de modo que seu período de revolução em torno da
Terra seja igual ao período de rotação da Terra. Desse modo, o
satélite imageia constantemente a mesma área da superfície
terrestre.
“SCANNER” MULTIESPECTRAL
Dispositivo de sensoriamento remoto que grava níveis de
energia eletromagnética incidentes, em vários comprimentos de
onda simultaneamente. Especificamente, quando se usa denominação
MSS, é um sensor de quatro canais a bordo da série de satélites
LANDSAT, com campo de visada instantânea de 80 m,
aproximadamente.

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“SCANNER HYPERESPECTRAL” (HSS)


Dispositivo de sensoriamento remoto que grava níveis de
energia eletromagnética incidente, em um grande número de
comprimentos de onda simultaneamente.
SEASAT
Satélite de observação da Terra, projetado para coletar
informações dos oceanos. O SEASAT foi lançado pela NASA em 1978,
mas foi repentinamente desativado cerca de 100 dias após o
lançamento. Os dados obtidos pelo radar de abertura sintética a
bordo do SEASAT ainda continuam sendo utilizados.
SEMICONDUTORES
Sólido cristalino com resistividade compreendida entre
−3
10 Ω cm e 1012 Ω cm.
SENSOR
Dispositivo que coleta radiação eletromagnética ou outro
tipo de dado físico e apresenta o resultado num formato possível
de interpretação para obtenção de informações do alvo.
SENSOR ATIVO
Sistema de Sensoriamento Remoto que transmite sua própria
energia eletromagnética sobre um objeto, e, então, grava a
energia refletida ou refratada de volta para o sensor. O radar é
um exemplo de sensor ativo.
SENSOR PASSIVO
Sensores tais como: infravermelhos, termais e ópticos,
que utilizam a radiação eletromagnética produzida pela
superfície ou pelo objeto imageado.
SENSORIAMENTO REMOTO
Ciência e a arte de obter conhecimento acerca de um
objeto, área ou fenômeno, através da análise de dados adquiridos
por um dispositivo que não está em contato com o objeto, área ou
fenômeno sob investigação. Também pode ser entendido como o
conjunto de atividades que têm por objetivo determinar
propriedades de alvos pela detecção, registro e análise da
radiação eletromagnética por eles refletida e/ou emitida.
SISTEMA ATIVO
Em Sensoriamento Remoto, é um sistema que provê sua
própria fonte de radiação eletromagnética, que será emitida pelo
sistema e refletida/espalhada pelo objeto sensoriado. Por
exemplo, um radar é um sistema ativo de microondas, porquanto
emite a energia que interagirá com o alvo e retornará sendo
detectada posteriormente.

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SISTEMA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG)


DE
Conjunto organizado de hardware e software projetado para
criar, manipular, analisar e apresentar todos os tipos de dados
geograficamente ou espacialmente referenciados. Um SIG permite
operações espaciais complexas que seriam muito difíceis de ser
realizadas por outros meios. Torna possível a automatização da
produção de documentos cartográficos, ou seja, são sistemas
automatizados utilizados para armazenar, analisar e manipular
dados geográficos.
SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL (“GLOBAL POSITIONING SYSTEM” - GPS)
Sistema de navegação ou posicionamento projetado para
utilizar um determinado número de satélites, a fim de
proporcionar a um receptor (usuário), em qualquer lugar na
Terra, com extrema exatidão, medidas de posicionamento tri-
dimensional, velocidade e hora.
SISTEMA PASSIVO
Em sensoriamento remoto, é um sistema que detecta
radiação eletromagnética emitida pelo alvo, ou que provém de uma
fonte natural (por exemplo, o sol) e que foi refletida ou
espalhada por ele.
SISTEMAS DE PROJEÇÃO CARTOGRÁFICA
Sistemas que visam projetar cada ponto do globo terrestre
em uma superfície plana. Estes sistemas são analisados segundo o
tipo de superfície adotada, que pode ser tangente, secante ou
complexa e segundo o grau de deformação.
Quanto ao tipo de superfície de projeção adotada,
classifica-se em planas ou azimutais, cônicas, cilíndricas e
poliédricas.
Quanto à posição da superfície de projeção ou aspecto,
classifica-se em normal ou equatorial, polar, oblíqua ou
horizontal e transversa. O aspecto normal ou equatorial ocorre
quando a superfície de projeção é centrada em algum ponto do
equador. O aspecto polar resulta quando a superfície de projeção
é centrada em um dos pólos. O aspecto oblíquo ou horizontal
acontece quando a superfície de projeção é alinhada ao longo de
qualquer outro ponto do globo. O aspecto transverso ocorre
quando a superfície de projeção é cilíndrica e a linha de
projeção é alinhada a um par de meridianos ao invés do equador.
Quanto ao grau de deformação da superfície representada,
classifica-se em Projeções Conformes ou Isogonais, que mantêm
fidelidade aos ângulos locais observados na superfície
representada (por exemplo, Mercator); Projeções Equivalentes ou
Isométricas, que conservam as relações de superfície, não
havendo deformação de área (por exemplo, Cônica de Alberts,
Azimutal de Lambert); e Projeções Eqüidistantes, que conservam a
proporção entre as distâncias, em determinadas direções, na
superfície representada (por exemplo, Cilíndrica Eqüidistante).
“SOFTWARE”
Conjunto dos programas e rotinas ligadas a um computador
que facilitam a programação e operação do mesmo.
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SOMBRA RADAR
DE
Área que não foi iluminada pelo feixe do radar e,
portanto, não é visível na imagem de radar resultante. Esta
região é preenchida com “não refletividade”, e aparece na imagem
com níveis digitais baixos (escuro).
SOMBRAS TÉRMICAS
Característica dominante nas imagens termais, que ocorre
quando um segmento de uma dada superfície aquece mais tarde ou
resfria mais cedo que o restante da mesma, ocasionado pela
presença de obstáculos na vizinhança.
“SPECKLE”
Flutuação estatística ou incerteza associada ao brilho de
cada pixel de uma imagem. Um sistema SAR de um (01) “look” obtém
uma estimativa da refletividade de cada célula de resolução da
imagem. O “speckle” pode ser reduzido, à custa do decréscimo da
resolução, utilizando-se imagens de vários “looks” (multilook).
O “speckle” é usualmente considerado como um ruído
multiplicativo.
SPOT (“SISTÈME PROBATOIRE D’OBSERVATION DE LA TERRE”)
Satélite multiespectral de sensoriamento remoto com
sensores capazes de imagear fora da vertical. O campo de visada
instantânea do sistema é de 20 m no modo multiespectral e 10 m
no modo pancromático. Este sistema francês foi lançado em 1986.
SUPERFÍCIE LAMBERTIANA
Superfície para a qual a Lei do Cosseno é válida, também
conhecida por superfícies difusas.
2.18 LETRA T
TEMPERATURA DE BRILHO
Temperatura que um irradiador perfeito, chamado de corpo
negro, teria de possuir para irradiar com a mesma potência que
um corpo real com uma dada temperatura termodinâmica e uma dada
emissividade.
TEMPERATURA DE CORPO NEGRO
Ver Temperatura de Brilho.
TEMPERATURA TERMODINÂMICA
Temperatura obtida por um termômetro em contato e em
equilíbrio térmico com o corpo cuja temperatura se deseja
conhecer. Chamada de temperatura “verdadeira” de um corpo.
TEXTURA
Padrão espacial da variação e do arranjo das tonalidades.
TEXTURA FOTOGRÁFICA
Impressão visual de rugosidade ou uniformidade nas
fotografias e imagens em geral. A textura é estabelecida pelo
agrupamento de muitos elementos iguais ou similares, que são
freqüentemente muito pequenos para serem discriminados
individualmente, mas que, em conjunto, compõem um objeto.

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TOM
Cada tonalidade de nível de cinza distinguível em uma
imagem, variando do branco ao preto.
TOPOGRAFIA
Conjunto de feições na superfície da Terra, incluindo
relevo, hidrografia e feições agrícolas.
TOPOLOGIA
Representação vetorial usada para representar as relações
espaciais entre os dados geográficos. Define as relações
invariantes à rotação, translação e escala entre as entidades
geográficas no mapa, como adjacência, proximidade e pertinência.
TOPOLOGIA ARCO-NÓ
Representação vetorial associada a uma rede linear
conectada. Um nó é um ponto de intersecção entre duas ou mais
linhas.
TOPOLOGIA ARCO-NÓ-POLÍGONO
Representação vetorial usada quando se quer representar
elementos gráficos do tipo área.
TRAJETÓRIA NO SOLO
Projeção vertical da trajetória de vôo de uma aeronave ou
satélite sobre a superfície da Terra.
TRANSFORMAÇÃO CARTOGRÁFICA PROJETIVA
Operação de conversão dos dados espaciais representados
segundo um determinado sistema de projeção cartográfica para
outro sistema de projeção.
TRANSFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS
Transformações digitais onde a geometria da imagem é
alterada, mantendo-se o máximo possível os valores dos níveis de
cinza originais.
TRANSFORMAÇÕES RADIOMÉTRICAS
Transformações digitais onde os valores de níveis de
cinza dos pontos da imagem são alterados, sem modificação da
geometria da mesma.
TRANSFORMAÇÕES RADIOMÉTRICAS LOCAIS
Transformações onde o novo nível de cinza de um pixel
depende não só de seu antigo nível de cinza, mas também dos
níveis de cinza dos pixels vizinhos.
TRANSFORMAÇÕES RADIOMÉTRICAS PONTUAIS
Transformações onde o nível de cinza de um pixel na
imagem transformada depende somente do nível de cinza do pixel
na imagem original (ou nas imagens originais se houver mais de
uma imagem de entrada).
TRANSMITÂNCIA
Razão entre a energia radiante transmitida e a energia
radiante incidente.

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2.19 LETRA U
ULTRAVIOLETA
Radiação eletromagnética com comprimento de onda entre
1,5 e 400 nm
UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR ( UTM )
Sistema simples para localização na superfície da Terra,
baseado em distâncias no solo. Uma série de zonas (regiões)
norte - sul são estabelecidas e a localização é feita em termos
de distância em metros a leste ou oeste da borda da zona, e a
norte ou sul do equador.
USO DA TERRA
Função de uma porção de terra, determinada pelo homem.
2.20 LETRA V
VELOCIDADE DA LUZ NO VÁCUO
3 X 108 m/s.
VERDADE DE CAMPO
Dados que são adquiridos a partir de verificações em
campo; dados de Sensoriamento Remoto de alta resolução ou outras
fontes de dados conhecidas, para auxiliar na interpretação de
dados adquiridos remotamente. A verdade de campo é utilizada
como a base na tomada de decisões, no treinamento de áreas e na
avaliação de resultados de classificações.
VERDADE TERRESTRE
Termo usual para dados de referência. Esse termo não tem
significado literal, uma vez que várias formas de dados de
referência não são coletados na superfície e podem, no máximo,
se aproximar das condições reais da superfície. Por exemplo, a
verdade terrestre pode ser coletada no ar, sob a forma de
fotografias aéreas detalhadas e utilizadas como dados de
referência em relação a imagens de resolução espacial mais
pobre, como fotografias aéreas de grande altitude ou imagens de
satélite.
VÉRTICE DO ESPELHO
Centro da superfície refletora de um espelho curvo.
VETOR
Genericamente, é uma grandeza que possui módulo e
direção. Em termos de sistemas de informação geográfica,
representa a fronteira entre objetos espaciais.
VISADA OBLÍQUA OU “OFF-NADIR”
Visada do sistema de sensoriamento remoto no qual a
radiação eletromagnética observada não provém da vertical ou da
direção nadir.
VISADAS (“LOOKS”)
Cada uma das sub-imagens usadas para formar a imagem de
saída de um processador SAR.

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VISIBILIDADE DA IMAGEM
Capacidade de observação de objetos ou fenômenos em
imagens (fotográficas ou digitais) em função de suas próprias
características (tamanho, material, etc.), bem como das
características da imagem tipo, escala e qualidade.
YIQ
Espaço de cor usado para codificar de maneira eficiente a
informação de cor do sinal de TV.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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3 DISPOSIÇÕES FINAIS
3.1 Esta publicação será revisada, em princípio, a cada dois
anos. Solicita-se, portanto, que as sugestões e críticas sejam
enviadas até o mês de dezembro de cada ano, via cadeia de
comando, ao Estado-Maior da Aeronáutica para as atualizações
necessárias.
3.2 Os casos não previstos serão resolvidos pelo Chefe do
Estado-Maior da Aeronáutica.

DISTRIBUIÇÃO G

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Andrade, N.S.O. Avaliação Quantitativa da Qualidade Geométrica


de Imagens de Radares Orbitais - Proposta de dissertação de
mestrado em Sensoriamento Remoto, INPE, São José dos Campos,
Agosto de 1998.
Damião, D.P. Princípios Físicos de Sensoriamento Remoto Centro
Técnico Aeroespacial, Instituto de Estudos Avançados, São
José dos Campos, Setembro de 1998.
Damião, D.P.; Máximo, O.A. Elementos de Imageamento por Radar
Centro Técnico Aeroespacial, Instituto de Estudos Avançados,
São José dos Campos, Junho de 1998.
Damião, D.P.; Mendes, V.L.; Rocha, A.; Fernandes, F.T.; Barros,
F.M. Inteligência de Imagens Centro Técnico Aeroespacial,
Instituto de Estudos Avançados, São José dos Campos, Setembro
de 1998.
Fonseca, J.S. Elementos de Imageamento Termal Centro Técnico
Aeroespacial, Instituto de Estudos Avançados, São José dos
Campos, Junho de 1995.
Máximo, A.; Alvarenga, B. Curso de Física 3 ed. São Paulo,
S.P., Ed. Harbra Ltda, 1993. v.2 , 908 p.
Silva, D.A. Detectores de Radiação Óptica Centro Técnico
Aeroespacial, Instituto de Estudos Avançados, São José dos
Campos, Novembro de 1995.
Silva, D.A. Sistemas Sensores Orbitais Centro Técnico
Aeroespacial, Instituto de Estudos Avançados, São José dos
Campos, Dezembro de 1995.
Silva, D.A.; Rechiuti, L.V. Processamento de Imagens Digitais
Centro Técnico Aeroespacial, Instituto de Estudos Avançados,
São José dos Campos, Julho de 1998.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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ÍNDICE

disposições finais, 55

disposições preliminares, 9
âmbito, 9
conceituação, 9
finalidade, 9

índice, 59

o glossário do sensoriamento remoto, 11


letra a, 11
letra b, 13
letra c, 14
letra d, 19
letra e, 21
letra f, 27
letra g, 30
letra h, 31
letra i, 31
letra j, 34
letra l, 34
letra m, 36
letra n, 38
letra o, 39
letra p, 39
letra r, 42
letra s, 47
letra t, 50
letra u, 52
letra v, 52

prefácio, 7

referências bibliográficas, 57

sumário, 5

59

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