Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Faculdade de Ciencias
Curso de Meteorologia
Radar meteorologico
Discente:
1.2.Contextualização
O termo Radar é um acrônimo em inglês para Radio Detection and Ranging, que pode ser
traduzido como “detecção e telemetria por ondas de rádio”. Substituiu o termo RDF, na década
de 1930, e é acrônimo de Radio Direction Finding, do inglês, ou localização de direção por
ondas de rádio.
Foi um pouco antes e durante a Segunda Guerra Mundial (SGM) que o radar surgiu como um
dispositivo de engenharia prática. Tem suas origens nas pesquisas com rádio de Taylor e Young:
dois engenheiros que trabalhavam com rádio para a Marinha Americana no ano de 1922.
Perceberam que quando navios passavam entre o transmissor e o receptor, havia reflexões do
sinal. Em 1930, Taylor escreveu um relatório para a Marinha sobre eco de sinais de rádio de
objetos em movimento, que conduziu ao desenvolvimento do radar .
O primeiro radar surgiu em 1904, pelas mãos de um engenheiro alemão de nome Christian
Hulsmeyer que criou um aparelho capaz de detectar a presença de um objeto afastado a alguma
distância. O radar teve grande desenvolvimento durante a SGM, sendo considerado por alguns
autores como “a invenção que mudou o mundo (Leal, 2017).
Seu principal desenvolvimento foi durante os anos 1930, quando a Inglaterra se preparava para a
SGM, sendo usado para indicar e monitorar navios e aviões de guerra . Sob esse aspecto a chuva
1.3.Justificativa do Estudo
A relevância do presente trabalho está no facto de que, de acordo com a pesquisa realizada os
radares meteorológicos são importantes ferramentas para as previsões de curtíssimo prazo e o
monitoramento do tempo. Através deles é possível estimar taxas de precipitação para lugares
onde não há cobertura total de pluviômetros em superfície, e é possível analisar o deslocamento e
o ciclo de vida do sistema actuante em sua área de cobertura.
1.4.Problematização
Os Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM) são sistemas que se formam rapidamente e são
caracterizados por grandes volumes de precipitações que ocorrem durante um curto período de
tempo. Por isso, os modelos de Previsão Numérica do Tempo (PNT) têm dificuldades em prever
a precipitação relacionada ao sistema, sendo possível detectar a sua ocorrência com algumas
horas de antecedência. Embora a evolução de um SCM não seja bem prevista pela modelagem,
esta área de pesquisa tem conseguido avanços significativos com o aumento da capacidade
computacional e de pesquisas científicas em áreas relacionadas a modelagem, sensoriamento
remoto e assimilação de dados.
1.6. Objectivos
1.6.1.Objectivo Geral
Estudar os Radares Meteorologicos
2.1.Sistemas de radar
Sensoriamento Remoto
Passivo Activo
Radiometro Radares
2.2.Classificação do radar
2.2.1.Radar Primário
Transmitem sinais de alta freqüência que são refletidas pelos alvos. Os ecos de retorno são
recebidos e analisados.
Desta forma produz-se um trem de impulsos de RF à saída. Nos estado on, o duplexer deixa
passar o impulso; no estado off comuta para o receptor. O receptor é, de um modo geral, de tipo
super-heterodino, com um detector de amplitude. O amplificador de vídeo tem uma banda
relativamente larga (daí a designação de vídeo), para deixar passar o sinal correspondente aos
impulsos detectados. Pelas suas particularidades, abordaremos mais adiante os indicadores,
antenas e transmissores de radares de impulsos.
O radar onda continua isola tanto as partículas soltas, quanto as características do tanque e
especifica o nível real do material. E, possui como padrão componente, um flange giratório, que
direciona a unidade para a posição ideal no interior do tanque.
Figura 2.
Fonte: (http://cee.uma.pt/edu/st2/apo/radares_parte2.pdf)
2.2.4..Radar Secundário
2.3.Equação do radar
Na literatura poderão ser encontradas várias formas para a chamada equação do radar. De um
modo geral, a equação do radar exprime o alcance máximo do radar em função de um conjunto
de parâmetros característicos do radar. As diversas formas da equação do radar diferem
precisamente no conjunto de parâmetros considerado ou em certas aproximações assumidas.
Note-se que na derivação da equação do radar não foram considerados:
efeitos de propagação;
interferências;
perdas suplementares no sistema.
Alcance máxima
Alcance máxima
alcance máxima
Outras aproximações e constantes : 𝐴𝑜 ≈ 0,65𝜋𝐷2 /4 𝑇 ≈ 𝑇𝑜 = 290𝑘 𝑘 = 1,38𝑥10−23 j/k
Segundo (Leitão ) . As equações em função da área efectiva de captura mostram que o alcance
máximo depende de um conjunto de factores, sendo necessário estabelecer compromissos.
Assim, para duplicar o alcance seria necessário:
Aumentar 16 vezes a potência transmitida → não rentável a partir de determinados
limites;
Diminuir 16 vezes a potência mínima detectável, ou a relação sinal-ruído mínima →
receptor mais complexo; torna o sistema mais sujeito a interferências;
Aumentar 2 vezes o diâmetro da antena → limitações físicas;
Diminuir 4 vezes o comprimento de onda (assumindo que os outros parâmetros seriam
constantes, o que não é exactamente verdadeiro) → problemas de propagação; diagrama
de radiação da antena pode tornar-se demasiado estreito.
Ao precipitar atingem a região quente da nuvem ( alturas com temperaturas acima de 0°C) e
começam a derreter virando gotas de águas e assim serem influenciados por processos
dominantes como a colisão-coalescência (i.e. coleta de gotículas pequenas por outras maiores em
razão da diferença entre as suas velocidades terminais de queda), a quebra de gotas e a
evaporação, que causam por sua vez, variações na DSD.
Ao tempo que as gotas precipitam, ficam expostas a forças gravitacionais, elétricas e de arrasto,
além da tensão superficial. Aceleram-se no começo da queda até chegar num equilíbrio entre a
força de gravidade e o arrasto (as forças mais significativas), e a partir deste instante a
velocidade mantém-se constante.
Segundo Morell 2018, esta velocidade terminal (wt ) depende do diâmetro das gotas (D), e para
alturas próximas ao solo no intervalo de 0,5 < D < 5 mm pode-se aproximar como:
Como consequência das forças anteriormente citadas as gotas perdem a sua esfericidade na
medida em que ficam maiores, tornando-se mais parecidas com um esferóide de base plana.
2.4.2.Determinação de Z
Através da equação da precipitação estratiforme (a mais utilizada) é possível calcular o valor de
Z (dbz), através da própria equação, sendo: 𝑍 = 200𝑅1.6 Equação (6)
Segundo Morell 2018, a potência recebida pelo radar como resultado do processo de
retroespalhamento pode-se representar pela seguinte equação.
Z
𝑃𝑟 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡([𝐾|2 ). A λ2 dis𝑡 2 Equação ( 7)
onde, const é uma constante que depende, entre outras coisas, da potência transmitida, o ganho
da antena e a abertura do feixe. Entretanto, K é o índice de refração do material iluminado (no
caso da estimativa de chuva o volume de amostra é geralmente composto por gotas de água), A é
a atenuação do sinal causada por hidrometeoros e gases na atmosfera, Z é a refletividade efetiva
(mm6m-3 ), λ é o comprimento de onda do radar e dist a distância até o alvo.
∞
𝑍 = ∫0 𝑁 (𝐷)𝐷2 dD equação (8)
2.4.3.Relação entre Z e R
Justifica-se através das suas respectivas dependência com a DSD da chuva. Sendo que, ao
considerar as gotas como esféricas e desconsiderando as correntes verticais, pode-se expressar R.
π Γ(4+μ+bw)
𝑅 = 3,6. 106 6 . awNo Equação (9)
Λ4+μ+bw
Γ(7+μ)
Z = 𝑁𝑜 Equação (10)
Λ7+μ
Do anterior conclui-se que os coeficientes a e b da relação Z(R) mudam seus valores conforme
ao tipo de chuva,sendo que o conhecimento da DSD permite a sua determinação.
Para fazer uma estimativa de qualidade e interpretar melhor os resultados dos estudos onde se
utilizam essas estimativas é preciso conhecer os erros ou possíveis erros com o uso do radar
nesta tarefa.
As possíveis causas de erros têm uma ampla gama, como são a falta de calibração do hardware
do sistema de radar, o erro ao fazer a calibração com o uso de outros medidores (pluviômetro ou
disdrômetro), propagação anômala do feixe do radar, erros aleatórios em razão do movimento
independente de numerosos hidrometeoros, bloqueio total ou parcial do feixe ( prédios, torres de
comunicação ou a própria orografia) e a atenuação do sinal por conta da chuva, as nuvens ou os
gases atmosféricos, assim como a atenuação pela acumulação de uma película de água no
radome.
Outra fonte de erro é o preenchimento incompleto do feixe pela chuva, o que pode ocorrer
quando o feixe fica muito alto e uma fração dele não capta a chuva ou quando o feixe abrange ao
mesmo tempo duas fases da precipitação (e.g. chuva e uma camada de gelo). Igualmente, existe
diferença entre a chuva observada pelo radar e a que chega ao solo, produto da evaporação, da
advecção e/ou de movimentos verticais.
2.5.Banda brilhante
Acima da isoterma de zero grau, o gelo cai com uma velocidade terminal relativamente mais
lenta e logo que o gelo atinge essa isoterma entra em processo de fusão. Uma vez que o gelo está
em temperaturas ligeiramente acima da temperatura de congelamento, começará a derreter de
fora para dentro. Isto significa que as extremidades do gelo derreterão primeiro, formando um
revestimento de água, enquanto ainda permanece moderadamente grande e de forma irregular.
Assim, o radar detecta este gelo como se fosse uma grande gota de água, podendo aumentar
significativamente o valor da refletividade lida pelo radar.
Este efeito na variação do valor da refletividade pode ser observado na Figura 4, onde é
apresentado um modelo conceitual para o PVR de dados afetados pela banda brilhante. Este
modelo de PVR é assumido para representar as condições atmosféricas através de uma certa
região da área do radar.
Essa camada de banda brilhante pode causar significativos erros no cálculo da taxa de
precipitação se uma correção não for aplicada, erros esses que acontecem em consequência do
perfil vertical de refletividade não uniforme.
O PVR climatológico pode ser obtido através de estudos ao longo do tempo e espaço. Este perfil
não reflete a estrutura vertical da refletividade em tempo real, não detectando assim, eventos
como a presença de banda brilhante. Em muitos estudos eles são utilizados como PVR padrão
quando os PVRs em tempo real não estão disponíveis.
2.6.Radar Doppler
Ocorre efeito Doppler se o alvo tiver uma componente radial da velocidade, relativa ao radar – o
valor do desvio de frequência é o dobro do que se verifica numa ligação simples
2.6.1.Aplicações
Medição de velocidades de deslocamento,
O efeito Doppler é responsável pela diferença entre a frequência transmitida e recebida no radar.
Deve notar-se que, neste caso, o alvo recebe e emite ao mesmo tempo, fazendo com que o desvio
de frequência seja duplo daquele que ocorreria numa ligação simples ponto-a-ponto.
3.1. Materiais
Para realizacao deste trabalho foram usados: papeis, canete, computadores e internete.
3.2.Métodos
De acordo com (Lakatos & Marconi, 2001; Cervo & Bervian, 2002), a pesquisa bibliográfica é
considerada uma fonte de colecta de dados secundária, sendo definida como contribuições
culturais ou científicas realizadas no passado sobre um determinado assunto, tema ou problema
que possa ser estudado.
Neste trabalho optou-se por um método bibliográfico, este método, descreve a esfera de
conhecimento sobre os radares meteorologicos.
4. Resultados e discussão
Cada instalação do radar deve determinar o melhor valor dessas constantes para as características
de precipitação na área de operação do rada
Neste artigo foi abordado a importância do radar meteorológico utilizado as suas equações
basicas, estimativas de precipitação que possam ajudar em diversas áreas, inclusive na previsão
de desastres naturais. É de grande valia a utilização de ferramentas que possam auxiliar na
cocleta, armazenamento, gerenciamento, processamento e interpretação de dados
meteorológicos. A soma dos eventos associados a ciclones, tornados e vendavais, referente aos
desastres naturais ocorridos no mundo, estão vinculados às instabilidades atmosféricas severas e
o radar meteorológico é uma ferramenta primordial para análise das mesmas.
Em todo o globo constatou-se que o maior número de ocorrências de desastres naturais foi do
grupo hidrológico e meteorológico.
6. Revisão Bibliografia
http://cee.uma.pt/edu/st2/apo/radares_parte2.pdf.
LAKATOS, E., & MARCONI. (2008). Marina de Andrade. Metodologia científica. Sao Paulo:
5. ed Atlas.