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As funções reais.
Os poderes do monarca são apenas simbólicos e cerimoniais,
mas ele ainda é relevante para a nação. Quem defende a
manutenção da monarquia argumenta que a figura do rei (ou da
rainha) cria uma identidade nacional e sentimento de unidade,
além de ajudar a expressar estabilidade e continuidade no
governo britânico.
Essa representação não é restrita ao Reino Unido: o monarca é
chefe da Commonwealth, uma associação de 56 países
independentes e 2,4 bilhões de pessoas. Para 14 desses países (os
reinos da Commonwealth, como Jamaica, Canadá e Austrália), o
rei também é o chefe de Estado.
A descrição do cargo de Charles será a mesma que a
de Elizabeth. Ele vai assinar leis, abrir e dissolver o Parlamento
na época das eleições e receber chefes de Estado e embaixadores
estrangeiros. Vale reforçar: tudo não passa de mera
formalidade.
E agora, Charles?
Com a coroação, a imagem de Charles vai substituir a da mãe em
novos selos e notas do Banco da Inglaterra. Além disso, o texto
dos novos passaportes britânicos será atualizado para “His
Majesty” (“Sua Majestade, no masculino”), e o hino nacional vai
mudar para “God Save The King”, “Deus Salve o Rei”.
A família real contribui com US$ 2,7 bilhões para a economia
britânica. Segundo a revista Forbes, o dinheiro vem,
basicamente, do turismo. Todos os anos, milhares de pessoas
visitam o Palácio de Buckingham e outros endereços da
realeza. São turistas ávidos por tentar conseguir um vislumbre
dos membros da família que aparecem diariamente em
tabloides, jornais – e na série The Crown. Resta saber se Charles
será um imã cultural tão grande quanto sua mãe foi.