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ORIGENS DAS ARTES MARCIAIS

Na antiga Índia, cuja origem se perde a mais de 5000 anos a.C. surgiu uma luta
marcial cujo nome em sânscrito era “Vajramuschti”, cuja tradução literal significa “Punho
Real”, ou “direto”. Era uma arte guerreira, segundo Herbert Velte, desenvolvida pela casta
marcial da Índia chamada Dshastra. Era, e é, uma Arte Marcial que se desenvolve
simultaneamente como práticas de meditação e estudos dos antigos clássicos da Índia,
como os Vedas e Gita, os Purana.
Tinha por objetivo o desenvolvimento espiritual, físico e de defesa pessoal. Nas
origens do Budismo era ensinada junto com as técnicas de meditação. Sakyamuni, o Buda,
era um príncipe e como tal pertencia à classe guerreira dos Dshastra e aprendeu o
Vajramushti como parte de sua educação militar. Mais tarde. Também como guerreiro,
ensinava o Vajramushti, visando a unificação da mente com o corpo. Embora Buda o
ensinava como uma prática ascética. Que visava a vivência dos preceitos budistas, os
monges que se tornaram seus discípulos, o apreciavam também, como um recurso para
defesa pessoal para enfrentar os perigos daqueles tempos em suas perigrinações. Quase mil
anos depois da morte de Buda, Bodhidharma, que era filho do Rei Sughanda e, portanto,
príncipe, aprendeu o Vajramushti de um velho mestre chamado, Prajnatara.
Tendo se tornado 28º patriarca do budismo, viajou à China a convite do Imperador
Ling Wu Ti, que era um admirador do Budismo. Porém, Wu Li era seguidor de uma linha
nova do Budismo, com características ritualístico-salvacionistas, contrárias às do
Bodhidharma, que pregava a meditação e a busca interior, por esta razão ele viajou ao
reinado de Wei e hospedou-se no templo Shaolin.
Valorizando o Vajramushti como auxiliar do homem em sua pesquisa interior, os
monges budistas se desenvolveram enormemente nesta Arte Marcial e o templo Shaolin
ficou mais famoso, como centro de Artes Marciais, do que de budismo, O Vajramushti era,
no templo Shaolin, ensinado em segredo, devido ao seu poder como Arte Marcial, e as
técnicas somente era ensinadas as pessoas que entendessem o conhecimento de seu
verdadeiro significado.
Teria ocorrido uma cisão nos propósitos do templo. Conhecimentos de Vajramushti
adicionados ao Kung-Fú antigo oriundo dos tempos de Huang Ti, eram ensinados ao povo
com nome de Kung-Fú Shaolin, com o objetivo de ensinar-lhes a se defenderem do
domínio dos oficiais corruptos do governo Manchu. Mas, entre os monges do Shaolin
mantinha-se preservado o verdadeiro Vajramushti, que como recurso à meditação e o
desenvolvimento do espírito passou a ser Chamado em chinês, “Ch’ An Ta Chuan” (A Arte
dos Punhos no Caminho da Meditação), O Budismo é uma doutrina que propõe a libertação
dos sofrimentos e o caminho da gentileza de coração para todas as coisas vivas. Era natural
que os budistas estivessem interessados na saúde e aumentar o número de seus seguidores.
Assim eles fizeram grande utilização da medicina da época. Eles traduziram importantes
documentos médicos Indianos e trouxeram Importantes valores culturais à China.
Assim nos exercícios de respiração, foi introduzida a técnica Yogues para acalmar o
espírito e relaxar as tensões. A medicina e o Kung-Fú tornaram-se inseparáveis.
No século XII, o general Yo Fei da dinastia Sung, em conjunto com o monge Chian
Yan, uma série de 173 movimentos, que foram a pedra fundamental para o Karatê Japonês,
posteriormente.
A arte permaneceu no templo Shaolin, hoje com o nome de Tai chi, existe em duas
formas, a Yin e a Yang, que unidos realizam tudo que existe no mundo e no ser humano.
Tudo deve estar em equilíbrio por estas duas energias.
Do Livro AIKIDO, de Wagner J. Bull, EDITORA PENSAMENTO.

Somos originários do universo sem fim.


Viemos da unidade absoluta, dos milhões e bilhões.
Hoje somos seres humanos, nesta terra,
Neste tempo.
E nos divertimos, sobre os ciclos inexoráveis dos fenômenos.
A vida é passageira, mas nosso destino é eterno.
Dia e noite, saúde e doença, ascensão e queda são nosso cotidiano.
Mas nosso sonho não muda, nossa origem do Um, não finda.
Enquanto formos homens, desfrutamos a vida.
E, quando nos manifestarmos em outro estado, digamos uns aos outros, “Somos parte
da unidade eterna”.
E, nos veremos de novo;
Em nossa nova dimensão, desta existência infinita e relativa.

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