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Quebrando Gramática com Betinho Português com Betinho!

SUMÁRIO
....................................................................................................................................................... 1
SUMÁRIO ....................................................................................................................................... 2
SINTAXE II ...................................................................................................................................... 3
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO .......................................................................................... 3
INTRODUÇÃO AO PERÍODO COMPOSTO .................................................................................. 4
FORMAS ORACIONAIS ............................................................................................................... 6
ORAÇÕES COORDENADAS ....................................................................................................... 10
ORAÇÕES COORDENADAS REDUZIDAS ................................................................................... 12
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS ............................................................................ 12
ORAÇÕES SUBSTANTIVAS REDUZIDAS .................................................................................... 16
ORAÇÕES SUBSTANTIVAS JUSTAPOSTAS ................................................................................ 17
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS.................................................................................... 19
ORAÇÕES ADJETIVAS REDUZIDAS ........................................................................................... 21
ORAÇÕES ADJETIVAS JUSTAPOSTAS ....................................................................................... 21
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS.................................................................................. 22
ORAÇÃO EXPLICATIVA X ORAÇÃO CAUSAL ............................................................................. 24
ORAÇÕES ADVERBIAIS REDUZIDAS ......................................................................................... 25
ORAÇÕES ADVERBIAIS JUSTAPOSTAS ..................................................................................... 27
ORAÇÕES INTERCALADAS........................................................................................................ 28
PERÍODO MISTO ...................................................................................................................... 28
QUADRO RESUMITIVO ............................................................................................................ 30

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SINTAXE II
Agora, vamos começar com período composto. O período composto é aquele em
que há duas ou mais orações, lembra? Agora nós vamos conhecer a construção desses
períodos. Eu me lembro de ter dito que os períodos podem ser formados por subordinação
ou por coordenação, certo? Bem, mas, antes de vermos isso, vem a pergunta: O que são
a coordenação e a subordinação? Vamos aprender!

COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
Segundo Bechara, coordenação e subordinação são propriedades dos estratos de
estruturação gramatical. Óbvio que não vou explicar usando um monte de nomes super-
técnicos. O fato é que a coordenação e a subordinação são processos que não ocorrem
somente com oração, mas também com termos sintáticos e, até mesmo, com morfemas.
Vou mostrar como isso pode acontecer com termos, para depois mostrar como acontece
com orações.
Veja esta frase, atentando para o termo destacado:
 Aquela menina loira estuda na minha sala.
Bem, vamos confirmar uma coisa: o que acontece se eu trocar menina por me-
nino?
 Aquele menino loiro estuda na minha sala.
Você percebeu que o “Aquele” e o “loiro” mudaram também? Isso acontece por-
que esses elementos estão subordinados ao substantivo “menino”, ou seja, dependem
desse substantivo. Isso também acontece com verbos. Veja:
 Eu preciso de ajuda.
Bem, eu posso usar qualquer preposição ali? Eu posso escrever “Eu preciso para
ajuda” ou “Eu preciso em ajuda”? Não, né? Pois é. Isso indica que essa preposição é
exigida pelo verbo, então o termo “de ajuda” está subordinado a ele.
A subordinação, então, acontece quando algum elemento está em um nível inferior
ao de outro.
Agora, veja este outro exemplo:
 A minha irmã e o amigo dela estão de férias.
Se eu passar o termo “o amigo” ao plural, o que acontece?
 A minha irmã e os amigos dela estão de férias.
Percebeu que o substantivo “irmã” não sofreu modificação nenhuma? Ou seja,
posso afirmar, certamente, que os substantivos “irmã” e “amigos” estão no mesmo termo
(ambos estão dentro do sujeito), mas eles não dependem um do outro, são independentes.
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Eu consigo mudar um sem mudar o outro, certo? Isso designa a coordenação. Esses dois
termos estão coordenados porque assumem a mesma função (estão dentro da mesma
função) mas não dependem um do outro.
Então, a coordenação, diferentemente da subordinação, acontece quando dois ele-
mentos estão no mesmo nível hierárquico.
Sacou? Agora vamos ver esses dois processos diretamente no período composto.

INTRODUÇÃO AO PERÍODO COMPOSTO


Bem, agora que entendemos os processos de subordinação e de coordenação, va-
mos vê-los no texto. A melhor maneira de entender o período composto é comparando-o
ao simples. Veja só.
Falamos sobre subordinação. Vamos pegar um exemplo de subordinação:
 Preciso da sua ajuda.
Isso é um exemplo de termo subordinado ao verbo, lembra? Bem, o núcleo desse
termo é o substantivo “ajuda”, concorda? Reveja a tabela de Morfossintaxe: os objetos
indiretos têm como núcleo elementos de natureza substantiva. Agora, vamos tentar trans-
formar esse termo numa oração inteira:
 Preciso de que você me ajude.
Olha só! Agora nós temos uma oração no lugar daquele termo simples. Vamos
entender alguns detalhes fundamentais:
1) Essa oração substituiu um termo subordinado, certo? É por isso que essa oração
recebe o nome de oração subordinada.
2) Essa oração substituiu um termo de natureza substantiva. É por isso que essa ora-
ção é subordinada substantiva.
3) Além disso, a oração substituiu um objeto indireto. Logo, trata-se de uma oração
subordinada substantiva objetiva indireta.
Mas, Betinho, se a segunda oração é subordinada substantiva objetiva indireta,
a primeira é o quê? Bem, todas as orações subordinadas estão subordinadas a uma oração
principal. Então, a primeira oração (Preciso) é principal para essa.
Legal, não é? Vamos ver mais exemplos!
Veja este período simples:
 O jovem estudante tira boas notas.
Você diria que esse termo é um adjunto adnominal, certo? É isso mesmo. Esse
termo está subordinado ao substantivo “jovem”. Vamos transformar esse adjetivo numa
oração.
 O jovem que estuda tira boas notas.

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Novamente, temos um exemplo parecido com o anterior. Vamos ver a nomencla-


tura:
1) Essa oração substituiu um termo subordinado, certo? É por isso que essa oração
recebe o nome de oração subordinada.
2) Essa oração substitui um termo com núcleo adjetivo. Por isso, trata-se de uma
oração subordinada adjetiva.
3) Essa oração tem valor restritivo, ou seja, existem vários jovens, mas apenas os
que estudam tiram boas notas. Por isso, essa oração é subordinada adjetiva res-
tritiva.
Vale relembrar que a outra oração (O jovem tira boas notas) é principal em relação
a “que estuda”.
Próximo exemplo:
 Rodrigo não foi a aula por causa da gripe.
Isso é um adjunto adverbial de causa, certo? Agora, vamos transformar em oração:
 Rodrigo não foi à aula porque está gripado.
E agora, o que isso é? Vamos ver!
1) Essa oração substituiu um termo subordinado, certo? É por isso que essa oração
recebe o nome de oração subordinada.
2) Essa oração substitui um termo com núcleo adverbial (uma locução adverbial),
por isso é uma oração subordinada adverbial.
3) Por fim, esse adjunto adverbial que a oração substituiu é um adjunto adverbial de
causa. Logo, aquela oração é subordinada adverbial causal.
Vale, novamente, ressaltar que a primeira oração (Rodrigo não foi à aula) é prin-
cipal em relação à causal.
Betinho, e a coordenação? Veja só esta frase:
 João já voltou, mas Maria ainda não chegou.
Esse período é composto? Sim, porque tem dois verbos. Mas alguma dessas ora-
ções está subordinada à outra? Não. Isso pode ser percebido pela independência, ou seja,
eu consigo separar as duas orações sem sentir problemas:
 João já voltou.
 Mas Maria ainda não chegou.
Então, essas orações não dependem uma da outra, elas estão no mesmo plano, por
isso são coordenadas. A primeira é coordenada assindética, porque não tem conjunção;
a segunda é coordenada sindética adversativa, porque tem uma conjunção adversativa.
Assim, vou frisar algo muito importante: toda oração subordinada está ligada
a uma oração principal e toda oração coordenada está ligada a outra oração coor-
denada, entendeu? É sempre assim: subordinada com principal e coordenada com coor-
denada. Lembre-se bem disso.

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Além disso, você precisa entender que essas classificações de orações são classi-
ficações de um para um. Por exemplo, vamos supor que, em um período, você tem três
orações: A + B + C, beleza? É possível que a oração B seja classificada como coordenada
para A e principal para C ao mesmo tempo, ou seja, ela só é coordenada em relação à
oração A e só é principal em relação à oração C. Vamos a um exemplo prático:
 Vi o jogo e quero que meu time melhore.
Esse período é composto por três orações:
A) Vi o jogo
B) e quero
C) que meu time melhore
A oração C depende da oração B, já que funciona como objeto direto do verbo
“querer”. Você quer o quê? Que meu time melhore. Então, a oração C é subordinada
substantiva objetiva direta em relação à B, que, por sua vez, é principal para C (lembre:
subordinada para principal).
Agora, as orações A e B são independentes:
A) Vi o jogo
B) Quero que meu time melhore
Então, as orações A e B são coordenadas entre si. A oração B é coordenada sin-
dética aditiva para A, que por sua vez é coordenada assindética para A.
Portanto, note bem, mas muito bem mesmo: A oração B é coordenada para A e
subordinada para C. Por isso, essas classificações de orações dependem do par que você
está analisando. Se você analisar o par AB, as duas orações são coordenadas. Se você
analisar o par BC, a oração B é principal e C é subordinada. Beleza?
Por último, preciso dizer que, em alguns casos, o verbo de uma oração estará im-
plícito, e mesmo assim o período será composto. Veja um exemplo:
 Eu trabalho mais que ele.
Esse período é composto. Existe verbo implícito.
 Eu trabalho mais que ele (trabalha).
Às vezes, é o auxiliar que fica elíptico.
 Eu posso ver o trabalho e (posso) entregá-lo amanhã.
Mas fique tranquilo, que isso é algo que veremos ao longo do estudo do período
composto.

FORMAS ORACIONAIS

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As orações no Português podem ser classificadas quanto à forma. Essa classifica-


ção vai além daquela que expus no tópico anterior. Ou seja, antes de uma oração ser
classificada como coordenada ou subordinada, ela deve ser classificada quanto à forma.
Basicamente, as orações podem ser classificadas, quanto à forma, em três grupos:
orações desenvolvidas, orações reduzidas e orações justapostas.
Antes de entender essa classificação, você deve entender que as orações têm o que
chamaremos de conectivo padrão, ou seja, existe um elemento que introduz as orações.
1.º As orações coordenadas assindéticas não têm conectivo padrão, já que não são
introduzidas por conectivo algum.
2.º As orações coordenadas sindéticas têm como conectivo padrão as conjunções co-
ordenativas1.
(a) Essas orações são justamente classificadas pela classificação da conjun-
ção. Por exemplo, uma oração coordenada sindética introduzida por uma
conjunção coordenativa conclusiva será uma oração coordenada sindética
conclusiva.
3.º As orações subordinadas substantivas têm como conectivo padrão as conjunções
subordinativas integrantes.
4.º As orações subordinadas adjetivas têm como conectivo padrão os pronomes re-
lativos.
5.º As orações subordinadas adverbiais têm como conectivos padrão as conjunções
subordinativas adverbiais.
(a) Essas orações são justamente classificadas pela classificação da conjun-
ção. Por exemplo, uma oração subordinada adverbial introduzida por uma
conjunção subordinativa adverbial final será uma oração subordinada ad-
verbial final.
Isso significa que todas essas orações serão introduzidas por esses conectivos?
Não! Isso significa que essas orações são geralmente iniciadas por esse conectivo. Esse
conhecimento faz parte da classificação das orações.
Vamos aprender a determinar a forma das orações? Para isso, você precisa levar
em consideração somente dois fatores: o verbo e o elemento que introduz (ou não) a ora-
ção.
6.º Orações desenvolvidas são aquelas que
(a) Possuem um verbo conjugado (em qualquer tempo, modo, número e pes-
soa).
(b) São introduzidas pelo conectivo padrão (antecedido ou não de preposição).
7.º Orações reduzidas são aquelas que

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Consulte a tabela de conjunções que está no apêndice e decore-as!
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(a) Possuem um verbo numa forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particí-


pio).
(b) São introduzidas por preposição, locução prepositivas ou não são introdu-
zidas por nenhum conectivo2.
8.º As orações reduzidas em geral podem ser desenvolvidas, assim como as orações
desenvolvidas podem ser reduzidas em geral.
 É necessário estudarmos mais. [reduzida]
 É necessário que estudemos mais. [desenvolvida]
(a) Existem, porém, orações reduzidas fixas, que são aquelas que não podem
ser desenvolvidas.
 Gosto de comer bolo.
9.º Orações justapostas são aquelas que
(a) Possuem verbo conjugado (em qualquer tempo, modo, número ou pessoa).
(b) São introduzidas por pronome interrogativo, por advérbio interrogativo
(antecedido de preposição ou não) ou não são introduzidas por nenhum
conectivo.
Sintetizando a história toda, temos isto:
Verbo Conectivo introdutório
Desenvolvidas Conjugado Padrão
Reduzidas Em forma nominal Inexistente ou preposição
Inexistente, pronome interrogativo
Justapostas Conjugado
ou advérbio interrogativo

Agora, eis a pergunta: todas as orações podem aparecer em todas as formas?


Bem...não. Depende muito da oração. Vou mostrar uma tabela que relaciona as possibi-
lidades e depois vou mostrar nos exemplos, então não se assuste com toda essa nomen-
clatura:

Desenvolvida Reduzida Justaposta


Oração coordenada assindética –
Oração coordenada sindética aditiva X X X
Oração coordenada sindética adversativa X
Oração coordenada sindética alternativa X
Oração coordenada sindética conclusiva X
Oração coordenada sindética explicativa X
Oração subordinada substantiva subjetiva X X X
Oração subordinada substantiva objetiva direta X X X
Oração subordinada substantiva objetiva indireta X X X

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Quando digo que uma oração “não é introduzida por nenhum conectivo”, quero dizer que ela vem “gru-
dada” com a outra oração, sem nenhum conectivo que a conecte com ela.
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Oração subordinada substantiva completiva nominal X X X


Oração subordinada substantiva predicativa X X X
Oração subordinada substantiva apositiva X X X
Oração subordinada substantiva agentiva da passiva X
Oração subordinada adjetiva restritiva X X X
Oração subordinada adjetiva explicativa X X X
Oração subordinada adverbial causal X X
Oração subordinada adverbial comparativa X
Oração subordinada adverbial concessiva X X X
Oração subordinada adverbial condicional X X X
Oração subordinada adverbial conformativa X
Oração subordinada adverbial consecutiva X X
Oração subordinada adverbial final X X
Oração subordinada adverbial proporcional X
Oração subordinada adverbial temporal X X X
Oração subordinada adverbial modal X X
Oração subordinada adverbial locativa X
Oração subordinada adverbial de assunto X X
Oração subordinada adverbial de companhia X
Oração subordinada adverbial de favor X

Por fim, a última tabela deste tópico: todas as orações reduzidas podem ser de
infinitivo, de gerúndio ou de particípio. Nem todas. Veja as possibilidades:

Orações reduzidas de Infinitivo Gerúndio Particípio


Oração coordenada sindética aditiva X
Oração subordinada substantiva subjetiva X X
Oração subordinada substantiva objetiva direta X X
Oração subordinada substantiva objetiva indireta X
Oração subordinada substantiva completiva nominal X
Oração subordinada substantiva predicativa X
Oração subordinada substantiva apositiva X X
Oração subordinada adjetiva restritiva X X X
Oração subordinada adjetiva explicativa X X X
Oração subordinada adverbial causal X X X
Oração subordinada adverbial concessiva X X X
Oração subordinada adverbial condicional X X X
Oração subordinada adverbial consecutiva X
Oração subordinada adverbial final X
Oração subordinada adverbial temporal X X X
Oração subordinada adverbial modal X X
Oração subordinada adverbial de assunto X

Vamos, agora, a alguns exemplos, para entender o que são cada uma dessas ora-
ções!
 Eu sei que houve um problema.
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Aí temos uma oração subordinada substantiva. Perceba que ela foi introduzida
pelo “que”, uma conjunção integrante (que é conectivo padrão para esse tipo de oração),
e seu verbo, “houve”, está conjugado. Se o conectivo é padrão e o verbo está conjugado,
essa oração é desenvolvida. Quando a oração desenvolvida, costumamos não identificar;
então, essa oração é, simplesmente, uma oração subordinada objetiva direta.
 Apesar de estudar muito, ele não foi aprovado no concurso.
Aí temos uma oração subordinada adverbial. Perceba que ela foi introduzida pela
locução prepositiva “apesar de”, e seu verbo está numa forma nominal. Se o verbo está
numa forma nominal e a oração não foi introduzida pelo conectivo padrão, ela é reduzida.
Comumente, indicamos assim: essa oração é subordinada adverbial concessiva redu-
zida de infinitivo.
 O caderno de quem acertou a questão recebeu uma estrelinha.
Aí temos uma oração adjetiva. Perceba que ela foi introduzida pelo pronome in-
terrogativo “quem”, e o verbo está conjugado. Se o verbo está conjugado e a oração não
foi introduzida pelo conectivo padrão, então é justaposta. Então, dizemos que essa é uma
oração subordinada adjetiva restritiva justaposta.
Novamente, alerto que ainda veremos todas essas nomenclaturas, mas fui obri-
gado a citá-las para explicar o que são essas formas oracionais. Agora, leia os próximos
tópicos com calma e atenção e depois, se necessário, volte a essas tabelas que eu expus.
Beleza?

ORAÇÕES COORDENADAS
As orações coordenadas, como eu disse em Coordenação, são aquelas sintatica-
mente independentes entre si. Isso significa dizer que essas duas orações podem ser se-
paradas. Então, as orações coordenadas podem ser separadas em dois grupos:
10.º As orações coordenadas assindéticas são aquelas que não têm síndeto (ou seja,
conjunção).
 O mundo não gira, ele capota.
 Venha comer: a comida já está pronta!
 Rafael leu os livros, fez os deveres e dormiu.
11.º As orações coordenadas sindéticas são as que possuem síndeto. Elas são classi-
ficadas de acordo com a conjunção que aparece nelas:
(a) As orações coordenadas sindéticas aditivas são introduzidas por con-
junção coordenativa aditiva.
 Rafael leu os livros, fez os deveres e dormiu3.

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Vale deixar claro que a conjunção faz parte da oração sim. Não se esqueça disso.
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 Ele não só estuda, mas também trabalha.


 João foi à escola, e Maria, à Universidade4.
(b) As orações coordenadas sindéticas adversativas são introduzidas por
conjunção coordenativa adversativa.
 Ele disse que chegaria às 8h, mas acabou chegando mais cedo.
 Ele quer passar, porém sei que não vai conseguir.
 O menino disse que foi assaltado; não há, contudo, evidências para isso.
(c) As orações coordenadas sindéticas alternativas são introduzidas por
conjunção coordenativa alternativa.
 Você fala a verdade ou eu vou falar!
 A criança ora brinca, ora chora alto.
 Ele passará seja estudando muito, seja insistindo nos erros.
(d) As orações coordenadas sindéticas conclusivas são introduzidas por
conjunção coordenativa conclusiva.
 Não estudou, logo não passou.
 Ele provou que estava certo, portanto o menino será preso.
 Choveu muito; não sairemos, pois, à rua hoje.
(e) As orações coordenadas sindéticas explicativas são introduzidas por
conjunção coordenativa explicativas.
 Estude muito, que a vida não para!
 Tomara que ele venha, porque estou com muitas saudades.
 Ricardo está doente, pois não veio à aula.

Perceba um detalhe: a simples remoção da conjunção muda a classificação da ora-


ção. Note:
 Venha comer: a comida já está pronta! [OC Assindética]
 Venha comer, que a comida já está pronta! [OCS Explicativa]
A única diferença é que a primeira não recebeu conjunção (por isso, assindética),
e a segunda recebeu.
Ah, Betinho, e como funciona a vírgula com essas orações? Não vou falar disso
neste capítulo, mas você encontrará as respostas no capítulo que trata da Vírgula.

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O verbo está implícito: ...e Maria foi à Universidade.
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ORAÇÕES COORDENADAS REDUZIDAS


Se você analisou as tabelas que eu mostrei no tópico de Formas Oracionais, per-
cebeu que não existem orações coordenadas justapostas e somente as orações coordena-
das sindéticas aditivas podem ser reduzidas. É, de fato, as orações coordenadas, em geral,
só se apresentam em forma desenvolvida.
12.º Oração coordenada sindética aditiva reduzida de gerúndio: na forma desenvol-
vida, em geral é introduzida pela conjunção “e”.
 Ele estudou a matéria organizando o caderno. [...e organizou o material]5

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS


Agora, vamos entrar nas orações subordinadas. Elas são mais complicadinhas, por
causa das inúmeras relações que podem estabelecer. Vamos começar pelas orações subs-
tantivadas substantivas, que substituem termos com núcleo substantivo (mostrei isso em
Subordinação).
13.º Primeiro, vou mostrar algumas características das orações substantivas. Elas va-
lem tanto para as desenvolvidas quanto para as reduzidas e as justapostas.
(a) As orações substantivas podem ser substituídas por isso ou, às vezes, por
esse, essa, esses ou essas.
 Eu quero que você fique comigo. [Eu quero isso]
 É necessário que você esteja saudável. [Isso é necessário]
 Não estou certo de se passarei na prova. [Não estou certo disso]
 O problema é que você nunca sai. [O problema é esse]
(b) A oração principal a que a subordinada substantiva se associa está, em
geral, incompleta, ou seja, falta a ela a oração substantiva.
 Pedi a ela que esperasse do lado de fora. [Pedi a ela (?)]
 Nota-se que você não está pronto para isso. [Nota-se (?)]
 É importante que você leve o RG para a prova. [(?) é importante]
(c) As orações substantivas podem ser deslocadas sem haver prejuízo na Sin-
taxe.
 Fica claro que você se dedica demais.
 Que você se dedica demais fica claro.

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Sempre que eu apresentar uma oração reduzida, mostrarei ao lado como seria sua forma desenvolvida, se
existir.
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(d) Na ordem direta, as orações substantivas não recebem pontuação.


 Preciso de que você se esforce neste momento.
 O fato é que não há mais tempo.
 Eu sei se você passou na prova.
(e) A única exceção a algumas dessas regras é a oração subordinada subs-
tantiva apositiva, já que a oração principal a que ela se associa sempre
está completa ela sempre recebe pontuação (vírgula, travessão, parêntesis
ou, se estiver no fim da oração, dois-pontos).
 Preciso contar-te algo: que te amo. [Preciso contar-te algo]
 A pergunta, se ele podia ir à festa, foi ignorada. [A pergunta foi ignorada]
(f) As orações subordinadas substantivas são classificadas quanto à função
sintática que assumem em relação à oração principal: subjetiva (de su-
jeito), objetiva direta (de objeto direto), objetiva indireta (de objeto in-
direto), completiva nominal (de complemento nominal), predicativa6 (de
predicativo do sujeito), apositiva (de aposto explicativo) e agentiva da
passiva (de agente da passiva).
14.º As orações subordinadas substantivas desenvolvidas são introduzidas por con-
junção subordinativa integrante7. Só existem duas conjunções desse tipo no Por-
tuguês: que e se. Qual é a diferença entre uma e outra?
Veja estas duas frases:
1) Eu sei que Rafael passou na prova.
2) Eu sei se Rafael passou na prova.
Agora, faça um teste. Vou fazer a seguinte pergunta: Rafael passou na prova? Se
você ouvisse a frase 1, você responderia a essa pergunta com sim ou com não? Certa-
mente, sim. Se eu sei que Rafael passou na prova, é porque Rafael passou na prova, ob-
viamente.
Porém, na frase 2, a resposta seria a mesma. Não. Você responderia, provavel-
mente, não sei. É, de fato, inconclusivo. Se eu sei se Rafael passou, eu não disse se ele
passou ou não, eu apenas disse que eu sei. Então, não é possível saber, somente por essa
frase, se Rafael passou ou não.
Daí, podemos chegar às conclusões:
(a) A conjunção que indica certeza.
 Disse que ele está bem. [ele está bem.]
 Não sabia que ele estudava muito. [ele estudava muito.]

6
Não se usa oração predicativa “do sujeito”. Quando se usa a nomenclatura oração subordinada subs-
tantiva predicativa, já se entende que seja do sujeito.
7
Vale deixar ressaltar que as conjunções integrantes (assim como qualquer conjunção) não assumem função
sintática alguma.
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(b) A conjunção se indica dúvida.


 Disse se ele está bem. [ele está bem?]
 Não sabia se ele estudava muito. [ele estudava muito?]
Agora, vamos falar de cada um dos tipos de orações subordinadas substantivas.
15.º As orações subordinadas substantivas subjetivas, quando desenvolvidas, nor-
malmente aparecem quando a oração principal está estruturada destas formas:
(a) Verbo de ligação + predicativo do sujeito
 É importante que você apareça.
 Estava evidente que tudo daria errado.
(b) Verbo transitivo direto + partícula apassivadora
 Sabe-se que nem tudo está fadado ao fracasso.
 Não se vê se este período dará bons frutos.
(c) Verbo transitivo direto e indireto + partícula apassivadora + objeto
indireto
 Pediu-se aos alunos que fizessem uma redação.
(d) Verbo intransitivo
 Ontem constava que você faltou na sexta-feira.
 Acontece que você não me dá valor!
 Neste momento grave, convém que você venha mais vezes.
(e) Porém, por vezes, ele pode aparecer numa construção diferente. Tudo de-
penderá do contexto.
 Vale a pena que você espere pela encomenda. [O que vale a pena? Isso.]
16.º As orações subordinadas substantivas objetivas diretas aparecem em constru-
ções de oração principal como esta:
(a) Sujeito + verbo transitivo direto
 Entendo que você não esteja tão bem. [o sujeito está oculto]
 Teus pais sabem que tu não estás em casa?
 Meu amigo quer que você venha conosco.
(b) Sujeito + verbo transitivo direto e indireto + objeto indireto
 Eles me avisaram que a aula já começou.
 A professora falou a cada aluno se ele tirou boa nota.
17.º As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas aparecem em cons-
truções de oração principal como esta:

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(a) Sujeito + verbo transitivo indireto


 Gosto de que meu namorado esteja comigo.
 Precisa-se de que haja paz no mundo. [o sujeito é indeterminado]
(b) Sujeito + verbo transitivo direto e indireto + objeto direto
 Mesmo perto das salas, os fiscais não o informaram de que a prova havia
começado.
 Obrigaram o aluno a que estudasse mais.
18.º As orações subordinadas substantivas predicativas aparecem nesta construção
de oração principal:
(a) Sujeito + verbo de ligação (ser)
 O fato é que não temos tempo!
 O essencial é que você não se esqueça de nada.
(b) Tenha cuidado para não confundir a oração subjetiva com a predicativa.
Quando o verbo da oração principal for ser (de ligação), veja qual termo
o acompanha: se for um adjetivo, então a oração é subjetiva; se for um
substantivo, a oração é predicativa.
 É importante que você venha. [adjetivo, oração subjetiva]
 O importante é que você venha. [substantivo, oração predicativa]

Betinho, como assim?! É a mesma palavra! Como pode ser substantivo em uma frase
e adjetivo na outra?! Calma, calma... Esse tipo de dúvida pode surgir porque nesta
apostila eu não trouxe um guia completo de Morfologia. O que acontece é o seguinte:
originalmente a palavra importante é um adjetivo. Pessoa importante, mundo impor-
tante, é importante etc. Porém, quando se usa artigo com qualquer palavra, ela passa a
agir como substantivo. Esse processo se chama derivação imprópria ou conversão
(se ficou curioso, pesquise). Então, note:

1) Não é um advérbio, mas, na frase abaixo, ele é substantivo, por causa do artigo.
 Ele me deu um não bem seco.
2) Bom é adjetivo, mas, na frase abaixo, ele é substantivo, por causa do artigo.
 Os bons serão privilegiados.

19.º As orações subordinadas substantivas completivas nominais aparecem quando


a oração for exigida por um nome transitivo (substantivo abstrato, adjetivo, ad-
vérbio ou, às vezes, substantivo concreto).
 Estou certo de que tudo dará certo. [adjetivo]
 Gostei da ideia de que sairemos juntos. [substantivo concreto]
 O alerta para que as pessoas saíssem foi claro. [substantivo abstrato]
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 Ele falava favoravelmente a que o projeto fosse aprovado. [advérbio]


20.º As orações subordinadas substantivas apositivas assumem função de aposto
explicativo e são separadas por pontuação:
 O meu apelo, que ele ficasse na sala, foi ignorado.
 Tenho uma coisa a pedir: que fique comigo aqui.

ORAÇÕES SUBSTANTIVAS REDUZIDAS


As orações substantivas podem ser reduzidas de infinitivo ou de gerúndio.
21.º As orações substantivas reduzidas de infinitivo podem ser
(a) Subjetivas
 É preciso amar as pessoas. [que amem as pessoas]
 Vê-se jovens estudarem bastante. [que jovens estudam bastante]
 Convém ir às aulas nesta semana. [que vão às aulas nesta semana]
(b) Objetivas diretas
 Acho difícil passar nesse concurso. [que passem nesse concurso]
 A filha deixou o copo cair no chão. [que o copo caísse no chão]
 O amor significa pôr as necessidades do outro sobre as suas. [que ponham
(c) Objetivas indiretas
 Ela se esqueceu de descer com o cachorro.8
 O funcionário se referia a fazer o trabalho.
 A estudante concordou com haver um problema ali. [com que houvesse um
problema ali]
(d) Completivas nominais
 Eles já estavam aptos a trabalhar em grupo. [a que trabalhassem em grupo]
 Não acho legal essa ideia de sair tarde. [de que saiam tarde]
 O grupo tinha certeza de ser derrotado. [de que seriam derrotados]
(e) Predicativas
 Meu objetivo é conhecê-la melhor.
 A meta é chegarmos ao topo. [que cheguemos ao topo]

8
Essa oração e a de baixo são reduzidas fixas, não podem ser desenvolvidas. Tente desenvolver: Ela se
esqueceu de que descesse com o cachorro. Fica esquisito, estranho.
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 Objetivo é sabermos resolver as questões. [que saibamos resolver as ques-


tões]
(f) Apositivas
 Minha intenção é esta: sair com você. [que eu saia com você]
 Temos um compromisso: viver juntos. [que vivamos juntos]
22.º As orações substantivas reduzidas de gerúndio podem ser
(a) Subjetivas
 Não se ouve mais jovens contando histórias. [que jovens contem histórias]
 Deixa-se ainda menino indo à rua. [que menino vá à rua]
(b) Objetivas diretas
 Vi você jogando bola. [que você jogava bola]
 Eu senti uma aranha subindo em mim. [que uma aranha subia em mim]
(c) Apositivas
 Só há uma forma de passar: estudando muito.
 Existe uma maneira de ser feliz: fazendo o que ama.

ORAÇÕES SUBSTANTIVAS JUSTAPOSTAS


As orações justapostas são aquelas iniciadas por pronome interrogativo (que,
quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas) ou por advérbio interrogativo (por
que, como, quando, onde). Antes de falar delas, preciso dar uma megaintrodução, para
que você não caia em equívocos. Olha só:
23.º As conjunções integrantes (que iniciam as orações substantivas desenvolvidas)
não têm função sintática, beleza? Porém, isso não acontece com os pronomes in-
terrogativos e com os advérbios interrogativos (nas orações justapostas): eles as-
sumirão função, sim! Vou dar dois exemplos de análise sintática completa. Veja
só:
 Sei que você precisa de ajuda.
“que você precisa de ajuda”: oração subordinada substantiva objetiva direta

“você”: sujeito simples


“precisa de ajuda”: predicado verbal
“precisa”: verbo transitivo indireto
“de ajuda”: objeto indireto

 Não sei quem estava na sala.

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“quem estava na sala”: oração subordinada substantiva objetiva direta justaposta

“quem”: sujeito simples


“estava na sala”: predicado verbal
“estava”: verbo intransitivo
“na sala”: adjunto adverbial de lugar

Perceba alguns detalhes. Na primeira frase, o “que” é conjunção integrante, ele


não participou da análise sintática. Note que eu não atribuí nenhuma função ao “que”,
justamente porque ele é uma conjunção, e conjunções não assumem função sintática. Na
segunda frase, o “quem” é pronome indefinido e ele participou da análise, justamente por
ser um pronome. Revisite a tabela de Morfossintaxe, para entender esses detalhes.
Agora, vamos às orações justapostas de fato.
24.º As orações subordinadas substantivas justapostas podem ser
(a) Subjetivas
 Já se sabe qual funcionário foi o responsável pelo problema?
 Quem estuda muito passa direto.
(b) Objetivas diretas
 Eu quero entender como você entrou aqui.
 Você sabe quanto custa aquela máquina?
 Não entendo por que você ficou tão chateado.
 Deus ajuda quem cedo madruga.
 Você viu onde está o meu caderno?
(c) Objetivas indiretas
 Pense em que argumentos você usará no discurso9.
 Eu não concordo com como as coisas foram feitas.
 Gostava de quando nós saíamos juntos.
(d) Completivas nominais
 Ele já tinha certeza de quem havia cometido o delito.
 Já estou certo de quando o roubo foi feito.
 Os alunos estão atentos para como a prova será aplicada.
(e) Predicativas
 Quem fez a prova foram vocês.

9
Betinho, mas esse “que” não é conjunção integrante? “Nananinanão”. Vá ao tópico de Pronomes Inter-
rogativos e reveja a diferença. É possível criar uma pergunta: Pense em que argumentos você usará no
discurso. > Que argumentos você usará no discurso?
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 A minha pergunta é quando a prova vai começar.


(f) Apositivas
 Meu desejo é só um: você venha comigo.
(g) Agentivas da passiva
 O trabalho foi feito por quem estava na sala.
 A entrega foi realizada por quem trabalhava na sexta-feira.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS


25.º Assim como fiz nas orações subordinadas substantivas, vou introduzir este tópico
citando algumas características gerais das orações adjetivas, que valem para todas,
inclusive para as reduzidas e as justapostas.
(a) Todas as orações subordinadas adjetivas assumem função de adjunto ad-
nominal10.
(b) A oração principal está completa, ou seja, a oração adjetiva é acessória.
 O cidadão que sou não aceita isso. [O cidadão não aceita isso]
(c) Elas não podem ser deslocadas sem que o sentido se altere. Por assumirem
função de adjunto adnominal, elas ficam “grudadas” com o substantivo a
que se ligam.
 Os meninos que saíram da sala já terminaram a prova.
 *Que saíram da sala os meninos já terminaram a prova. [sem sentido]
(d) Podem ser classificadas em dois grupos: adjetivas restritivas e adjetivas
explicativas, a depender da pontuação.
 Os professores que dão aula de Português são muito legais! [restritiva]
 Os estudantes, que, a essa hora, estão na escola, estudam muito. [explica-
tiva]
26.º As orações subordinadas adjetivas desenvolvidas são introduzidas por pronomes
relativos. Os pronomes relativos, por serem pronomes, assumem função sintática
dentro da oração. Eu falei de todas as funções sintáticas dos pronomes relativos
no tópico Pronomes Relativos.
 Conversei com o grupo a que pertenço.
 Marquei as questões das quais tinha certeza.
 Esse é o meu pai, a quem fielmente obedeço.

10
Isso é o que diz a maioria dos gramáticos; porém, há quem acredite em que as orações subordinadas
adjetivas explicativas assumem função de predicativo ou de aposto explicativo.
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 Tudo quanto vi emocionou-me.


 As mães cujas filhas correrem serão alertadas.
(a) Uma boa dica para saber se o que é pronome relativo é tentar substituí-lo
por o qual. Se funcionar, é pronome relativo. Se não funcionar, não é pro-
nome relativo.
 Conversei com o grupo a que pertenço. [pronome relativo]
 Conversei com o grupo ao qual pertenço. [pronome relativo]
 Sei que você está triste. [conjunção integrante]
 Sei o qual você está triste. [não fez sentido]
27.º O básico de orações restritivas e explicativas a maioria já sabe: as orações subor-
dinadas adjetivas restritivas são as que não recebem pontuação, enquanto as ex-
plicativas são separadas por vírgula, travessão ou dois-pontos.
 Os professores que dão aula de Português são muito legais! [restritiva]
 Os estudantes, que, a essa hora, estão na escola, estudam muito. [explica-
tiva]
 Os estudantes (que, a essa hora, estão na escola) estudam muito. [explica-
tiva]
 Os estudantes – que, a essa hora, estão na escola – estudam muito. [expli-
cativa]
(a) Porém, o mais importante é saber a diferença semântica (de sentido) que
existe entre as duas. A oração restritiva restringe o grupo, ou seja, falade
um subgrupo.
 Os políticos que são corruptos destroem a nação.
O pronome relativo se refere a “Os políticos”. Então, como essa oração é restri-
tiva, pode-se interpretar que existem políticos que são corruptos e políticos que não são
corruptos, mas somente os que são corruptos destroem a nação.
(b) As orações explicativas se referem ao grupo inteiro.
 Os políticos, que são corruptos, destroem a nação.
Agora, o sentido mudou. Nessa frase, a oração é explicativa, ou seja, todos os
políticos com certeza são corruptos, e esses destroem a nação.

Cuidado com esta construção!


 Ele comprou o que queria.
Quando você vir a construção o que, em geral ela será resultado da sequência pronome
demonstrativo + pronome relativo. Veja: tente substituir o por aquilo.
 Ele comprou aquilo que queria.

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Então, a oração “que queria” é adjetiva restritiva, perfeitamente.

ORAÇÕES ADJETIVAS REDUZIDAS


As orações adjetivas podem ser reduzidas de infinitivo, de gerúndio ou de particí-
pio.
28.º Orações adjetivas reduzida de infinitivo
 Ela não é mulher de beber muito. [que bebe muito]
 O melhor a fazer sobre isso é ficar calado. [que se faz sobre isso]
29.º Orações adjetivas reduzidas de gerúndio
 Havia crianças correndo na rua. [que corriam na rua]
 Eu, fazendo tanto por meus filhos, sou feliz. [que faço tanto por meus filhos]
30.º Orações adjetivas reduzidas de particípio
 A revolução ocorrida na Europa mudou o mundo. [que ocorreu na Europa]
 A pergunta respondida pelo professor causou tumulto. [que foi respondida
pelo professor]

ORAÇÕES ADJETIVAS JUSTAPOSTAS


As orações adjetivas justapostas são introduzidas por pronome interrogativo ou
por advérbio interrogativo. Pode parecer difícil identifica-las porque os pronomes inter-
rogativos e os advérbios interrogativos se parecem com os pronomes relativos, mas existe
uma característica que os diferencia.
Os pronomes relativos retomam o antecedente. Os pronomes interrogativos e os
advérbios interrogativos falam de entidades indefinidas, que estão fora do texto. Veja só
o exemplo:
 A moça de quem gosto está aqui.
 O caderno de quem estava aqui ficou no armário.
Na primeira frase, o “quem” é pronome relativo e retoma “A moça”. Isso pode ser
percebido pela substituição na oração adjetiva:
 A moça de quem gosto está aqui. [gosto da moça]
Na segunda frase isso não funciona, porque o pronome “quem” não se refere a
“caderno”.

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 O caderno de quem estava aqui ficou no armário. [o caderno está aqui?]


Agora, vamos ver os casos.
31.º As orações adjetivas justapostas podem ser:
(a) Restritivas
 A época de quando namorávamos faz-me sorrir genuinamente.
 A vida de quem me acompanhar será minha responsabilidade.
(b) Explicativas
 A nota alta, de quem estuda muito, é parabenizada.
 As guerras, de quando o mundo era pior, espero que acabem.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


32.º Da mesma forma, vou trazer algumas características gerais das orações subordi-
nadas adverbiais.
(a) Todas as orações adverbiais assumem função sintática de adjunto adver-
bial em relação à oração principal.
(b) A oração principal está completa, ou seja, a oração adverbial é acessória.
 Feche a porta quando sair da sala. [Feche a porta]
(c) As orações adverbiais podem ser deslocadas sem prejudicar o sentido. É
necessário, apenas, atentar na pontuação. Falo sobre isso no capítulo de
Vírgula.
 Pode telefonar-me se precisar.
 Pode, se precisar, telefonar-me
 Se precisar, pode telefonar-me.
(d) Algumas poucas orações adverbiais têm posições fixas, mas são raras e
você percebe que não podem ser deslocadas.
 Como estudava muito, tirou boa nota.
 Ele estudou tanto que gabaritou a prova.
(e) As orações adverbiais são classificadas de acordo com a circunstância que
assumem. Se assumem valor de tempo, serão adverbiais temporais; se têm
valor de condição, serão condicionais e assim por diante.
33.º As orações subordinadas adverbiais desenvolvidas são classificadas assim:
(a) Causal, se é introduzida por conjunção subordinativa adverbial causal.
 Como estudei muito, gabaritei a prova!
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 Ele não veio à aula porque está doente.


 Não sei o que fazer já que ninguém dá nenhuma instrução.
(b) Comparativa, se é introduzida por conjunção subordinativa adverbial
comparativa. Em geral, o verbo da oração comparativa vem elíptico.
 Ele estuda mais do que eu. [mais do que eu estudo]
 Ele ganha tanto quanto a Rafa. [tanto quanto a Rafa ganha]
 Confesso que sou menos inteligente que você. [que você é inteligente]
(c) Concessiva, se é introduzida por conjunção subordinativa adverbial con-
cessiva.
 Embora gostasse muito do trabalho, saiu do emprego.
 O funcionário, malgrado se mostre bom, tem péssima reputação.
 Eu aceitei o desafio, mesmo que fosse uma má ideia.
(d) Condicional, se é introduzida por conjunção subordinativa adverbial con-
dicional.
 Nós iremos ao parque contanto que vocês arrumem seus quartos.
 Se vocês forem mais rápidos, sairemos mais cedo.
 Estou disposto a conversar desde que você diga a verdade.
Agora, preste atenção no período abaixo:
 Ele estuda como se fosse burro.
Nesse tipo de construção (com como se), há um verbo implícito.
 Ele estuda como [estudaria] se fosse burro.
Assim, existem três orações nesse período, classificadas assim:
1) Ele estuda: oração principal para a seguinte
2) como [estudaria]: oração subordinada adverbial comparativa para a anterior e
principal para a seguinte
3) se fosse burro: oração subordinada adverbial condicional para a anterior

(e) Conformativa, se é introduzida por conjunção subordinativa adverbial


conformativa.
 Eu fiz o bolo conforme dizia a receita.
 Segundo afirma a revista, o ator famoso faleceu.
(f) Consecutiva, se é introduzida por conjunção subordinativa adverbial con-
secutiva.
 Ele estudou tanto que gabaritou a prova.
 Eu escrevi a tal ponto que fiquei com calos nas mãos.
 O jovem bebeu muito de modo que bateu o carro.

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(g) Final, se é introduzida por conjunção subordinativa adverbial final.


 Fomos à escola para que aprendêssemos mais.
 A fim de tirar uma boa nota, fiz a redação.
(h) Proporcional, se é introduzida por conjunção subordinativa adverbial
proporcional.
 À medida que estudo, aprendo.
 Quanto mais leio, mais aprendo sobre o conteúdo.
 Entendo melhor à proporção que me esforço.
(i) Temporal, se é introduzida por conjunção subordinativa adverbial tempo-
ral.
 Quando você sair11, feche a porta.
 Ele me beija sempre que sai de casa.
 Desde que nos separamos, tudo tem sido mais difícil.
(j) Modal, se é introduzida por conjunção subordinativa adverbial modal. Na
forma desenvolvida, é sempre introduzida pela locução sem que.
 Ela correu sem que ninguém a visse.
 O rapaz entrou na sala sem que ninguém falasse com ele.

ORAÇÃO EXPLICATIVA X ORAÇÃO CAUSAL


Antes de falar sobre o próximo grupo de orações, quero falar da diferença entre
duas: a oração coordenada sindética explicativa e a oração subordinada adverbial
causal. Como as orações que as podem compor são muito parecidas, muitos alunos con-
fundem uma com a outra, principalmente quando se usa pois ou porque.
A questão é que nem sempre há solução para isso; em alguns casos, as duas aná-
lises são possíveis. Contudo, existem quatro casos em que a classificação é clara. Deco-
rando esses casos, você já mata uma gama de possibilidades. Vamos ver?
34.º Na estrutura ordem (verbo no imperativo) + conjunção + justificativa, a oração
que representa a “justificativa” será coordenada sindética explicativa.
 Fica aqui, porque eu te quero.
 Venha comer, pois a comida já está pronta.

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Cuidado! Essa oração não está reduzida. O verbo “sair” não está no infinitivo, e sim no futuro do subjun-
tivo. Tente trocar por querer (o infinitivo de querer é querer; o futuro do subjuntivo é quiser). Você usa
“quando você querer” ou “quando você quiser”? Quando você quiser! Logo, em “quando você sair”, o sair
é futuro do subjuntivo, e não infinitivo. Com verbos regulares, o futuro do subjuntivo coincide com o infi-
nitivo pessoal.
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35.º Na estrutura desejo + conjunção + justificativa, a oração que representa a justi-


ficativa é coordenada sindética explicativa.
 Tomara que ele venha, porque estou com saudades.
 Espero que ele esteja bem, pois quero revê-lo.
36.º Se a relação entre causa e consequência for clara, na estrutura consequência +
conjunção + causa, a oração que representa a causa será subordinada adverbial
causal.
 A rua molhou porque choveu.
 O rio secou porque chegou o verão.
37.º Se essa relação clara, porém, for invertida (ficando assim: causa + conjunção +
consequência), a oração que representa a consequência será coordenada sindética
explicativa.
 Choveu, porque a rua molhou.
 Chegou o verão, porque o rio secou.

ORAÇÕES ADVERBIAIS REDUZIDAS


As orações adverbiais são um pouco mais confusas, porque as possibilidades de
redução dependem da circunstância que elas carregam. Vou elencar aqui todas as possi-
bilidades:
38.º As orações subordinadas adverbiais reduzidas de infinitivo podem ser:
(a) Causais
 Ele não foi à aula por estar doente. [porque estava doente]
 Por estar cansado, ficou em casa. [porque estava cansado]
(b) Concessivas
 Apesar de querer estudar, não pôde fazê-lo. [apesar de que quisesse estu-
dar]
 Ele não quis viajar, malgrado ser possível. [malgrado fosse possível]
(c) Condicionais
 Você não passará na prova sem estudar. [sem que estude/ se não estudar]
 A depender de mim, o mundo está perdido. [se depender de mim]
(d) Consecutivas
 Ele estudou muito, de modo a conseguir a vaga. [de modo que conseguiu a
vaga]

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(e) Finais
 Fomos à escola para aprender mais. [para que aprendêssemos mais]
 Vim aqui a fim de sairmos juntos. [a fim de que saíssemos juntos]
 Fui ao supermercado comprar frutas. [para que comprasse frutas]
(f) Temporais
 Ao sair da sala, apague as luzes. [quando sair da sala]
 Antes de sair, dê-me um beijo. [antes de que saia]
(g) Modais
 Ela saiu sem chamar atenção. [sem que chamasse atenção]
39.º As orações subordinadas adverbiais reduzidas de gerúndio podem ser:
(a) Causais
 Ele correu não querendo ser pego. [porque não queria ser pego]
 Estando com medo da reação de sua família, ele escondeu a verdade. [por-
que estava com medo da reação de sua família]
(b) Concessivas
 Mesmo não acreditando, ele ouviu atentamente a história. [mesmo que não
acreditasse]
 Estudando pouco, conseguiu boa nota. [embora estudasse pouco]
(c) Condicionais/Temporais
 Precisando de ajuda, telefone-me. [se/quando precisar de ajuda]
 Querendo desistir, pode me avisar. [se/quando quiser desistir]
(d) Modais
 Ele já chegou na sala quebrando tudo.
 A mulher desceu a escada gritando alto.
(e) De assunto
 Em se tratando de futebol, sei muito pouco.
40.º As orações subordinadas adverbiais reduzidas de particípio podem ser:
(a) Causais
 Iniciadas as chuvas, tivemos que ficar em casa. [porque/quando12 iniciaram
as chuvas]
(b) Concessivas

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Essa oração também pode ser analisada como temporal, a depender do contexto.
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 Mesmo dado o aviso pelo chefe, ele fez o que quis. [mesmo que o aviso ti-
vesse sido dado pelo chefe]
(c) Condicionais
 Realizadas as minhas ordens, isso não teria acontecido. [se as minhas or-
dens tivessem sido realizadas]
(d) Temporais
 Entregues a mim os documentos, procederei ao processo. [quando os do-
cumentos forem entregues a mim]

ORAÇÕES ADVERBIAIS JUSTAPOSTAS


As orações subordinadas adverbiais justapostas também são meio bagunçadinhas.
Algumas não têm elemento introdutório, outras são começadas por pronome interrogativo
ou advérbio interrogativo. Vamos ver essa zona!
41.º As orações subordinadas adverbiais justapostas podem ser
(a) Concessivas
 Iremos à aula hoje, haja o que houver.
 Cumpriremos a missão, custe o que custar.
(b) Condicionais
 Tivesse mais tempo, eu daria mais aulas.
 Não chovesse, nós sairíamos.
(c) Temporais
 Não vejo meus amigos há algumas semanas.
 Fazia um bom tempo que a gente não vinha aqui.
(d) Locativas
 Estou onde quero estar.
 Havia muitos policiais aonde nós fomos.
(e) De Assunto
 Falávamos sobre quem apareceu por lá ontem.
 Discutíamos acerca de quando a vida era mais simples.
(f) De Companhia
 Hoje posso dizer que vivo com quem amo verdadeiramente.

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 Viajei com quem fez trabalho comigo.


(g) De Favor
 Vivo e morro por quem amo.
 Estarei aqui por quem me faz feliz.

ORAÇÕES INTERCALADAS
As orações intercaladas são aquelas que acrescentam um comentário à outra. A
oração intercalada (ou também chamada de interferente) não mantém relação sintática
com a outra.
Todas as orações intercaladas são separadas por pontuação (vírgula, travessão,
parêntesis ou dois-pontos).
 A vida – disse a menina – não é fácil para todos.
 O meu pai, que, diga-se de passagem, é a minha maior inspiração nos estu-
dos, é professor de computação.
 Ana (por que esse nome é tão comum?) é uma menina muito estudiosa.

É só isso. Simplesinho assim. Não vou me aprofundar muito nesse tema, porque
as orações intercaladas quase nunca aparecem em prova. Porém, peço que você atente na
primeira frase. Notou que esse recurso é típico de falas diretas, de narrações? Pois é,
acontece muito lá.

PERÍODO MISTO
Antes de passarmos ao próximo tópico, preciso falar dos períodos mistos, ou seja,
daqueles em que há orações subordinadas e coordenadas simultaneamente. Veja o período
abaixo:
 Sei que o tempo é curto e que a necessidade palpita.
Três orações, certo? Lembre-se de que o número de orações é igual ao número de
verbos ou de locuções verbais. Nós temos, nesse período, três verbos: “Sei”, “é” e “pal-
pita”, logo há três orações. Podemos dividir essas orações assim:
A) Sei
B) que o tempo é curto
C) e que a necessidade palpita
Como se classificam essas orações?

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Bem, você pode procurar o complemento do verbo saber. Tente substituir as ora-
ções à frente por isso.
 Sei que isso e isso.
Se dá para substituir por isso, a oração é substantiva, certo? Se essas orações com-
pletam o sentido do verbo saber, transitivo direto, então elas são orações subordinadas
substantivas objetivas diretas.
Podemos afirmar que as orações B e C são subordinadas substantivas objetivas
diretas em relação à oração A, que, por sua vez, é principal para aquelas duas. Legal! Mas
note outro detalhe:
 Sei que o tempo é curto e que a necessidade palpita.
Essas orações estão ligadas pela conjunção coordenativa aditiva e, que, como o
próprio nome já sugere, coordena essas duas orações. É por isso que elas, inclusive, as-
sumem a mesma função sintática (de objeto direto). Então, podemos afirmar que a oração
B é coordenada assindética para C, que, por sua vez, é coordenada sindética aditiva
para B.
Eu sei que eu já havia comentado isso anteriormente, mas quero frisar.
Chegamos ao fim do capítulo dedicado ao período composto. Agora veja a análise
sintática completa de várias frases selecionadas no apêndice desta obra. Pratique bastante!
Divirta-se!

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QUADRO RESUMITIVO
OP+OS
Coordenação e subordinação Estruturas fixas:
OC+OC
Não mantêm relação de dependência entre uma e outra
Classificação Aditiva
Adversativa
Orações coordenadas
Alternativa
Conclusiva
Explicativa
Em geral, a oração principal está incompleta
Podem ser deslocadas
Subjetiva
Objetiva direta
Objetiva indireta
São classificadas de acordo com a função que as-
Completiva nominal
Orações substantivas sumem
Predicativa
Apositiva
Agentiva da passiva
Podem ser substituídas por ISSO
Na forma desenvolvida, são introduzidas por conjunção subordinativa integrante
Podem ser reduzidas de infinitivo ou de gerúndio
São acessórias
Não podem ser deslocadas sem alterar o sentido
Restritiva (sem pontuação)
Orações adjetivas São classificadas quanto ao valor
Explicativa (com pontuação)
Na forma desenvolvida, são introduzidas por pronome relativo
Podem ser reduzidas de infinitivo, de gerúndio ou de particípio
São acessórias
Podem ser deslocadas
Causais
Comparativas
Concessivas
Condicionais
Conformativas
Consecutivas
Orações adverbiais São classificadas quanto à circunstância Finais
Proporcionais
Temporais
De assunto
De favor
Locativa
Modal
Na forma desenvolvida, são introduzidas por conjunção subordinativa adverbial
Podem ser reduzidas de infinitivo, de gerúndio ou de particípio

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