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Transtornos

Específicos da
Aprendizagem
Anael Amorim, Dália Eduarda Abreu, Flávia
Alves, Gabriel Rangel, Samira Gomes
O que são?

Segundo a CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) e o DSM-5


(Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), os TAEs
estão relacionados a dificuldade de aprendizagem ou de outras
habilidades que podem ser desenvolvidas no meio acadêmico, como: o
transtorno da leitura,, da matemática e da expressão escrita
Instituições de ensino em
que a pesquisa de campo foi
aplicada:

Liceu de Humanidades de Campos &


Escola Científica
Informações gerais sobre o LHC:

Instituição de ensino público.

Nº de alunos: 1.689 alunos no total.

Etapas de ensino: Fundamental I e II; Médio.

Estrutura: Possui banheiros para cadeirantes.


Em relação aos alunos

Como a escola identifica alunos que podem ter necessidades específicas


de aprendizagem?

Normalmete os pais trazem laudos. Os professores quando percebem,


também solicitam o laudo.

Quais são os procedimentos utilizados para identificar esses alunos e o


que é necessário para que se receba atendimento especializado na
escola, se essa opção estiver disponível?

Até hoje, só conseguimos cuidadores. O ideal seria um mediador, mas


isso a escola não consegue. Fazemos um ofício solicitando à regional.
Atendimento Especializado:

A instituição oferece atendimento especializado para alunos com


necessidades específicas de aprendizagem?

Não temos sala de recurso. Eles ficam nas salas de ensino regular. Cada um tem sua
pasta com materiais específicos na coordenação.

Como funciona esse atendimento especializado? Quais são as modalidades


ou serviços oferecidos?

Não houve resposta.


Inclusão:

De que forma a escola busca promover a inclusão de alunos com


necessidades específicas de aprendizagem na sala de aula regular?

Através da capacitação dos professores. Existem vários cursos formativos de


capacitação, porém, não são obrigatórios. Muitas vezes em horários de dificultam a
participação.
Recursos e Estratégias de Apoio:

A escola possui recursos ou estratégias específicas que favorecem a


permanência e o sucesso acadêmico desses alunos? Se sim, quais são eles?

Não. A escola não está preparada, até porque sem mediador fica difícil para o
professor dar aula para 40, 45 alunos e dar atenção a um aluno com laudo. Existe boa
vontade e tentativas.
Quais são os maiores desafios que a escola enfrenta ao lidar com alunos com
necessidades específicas de aprendizagem?

O maior desafio é a ausência de mediador.


Família:

Existe um canal de comunicação efetivo entre a escola e as famílias dos


alunos com necessidades específicas de aprendizagem? Como a escola
envolve as famílias no processo educacional e no apoio aos alunos?

Em relação a família, tudo é explicado, inclusive que existe escola do estado com sala
de recurso, mas por outras questões, inclusive de locomoção, preferem a nossa
escola.
Professor entrevistado: STEFANE MOÇO
Professora de artes visuais

Você se sente preparada para lidar com alunos que têm transtornos
específicos da aprendizagem (dislexia, disortografia, discalculia)?

Não somos preparados para lidar com essa realidade. Precisaríamos que a escola
tivesse um psicopedagogo e fizesse uma formação com os professores para
conseguirmos dar esse apoio para esses alunos.

Você possui algum tipo de capacitação ou habilidades que te possibilite


identificar e trabalhar de forma eficaz com alunos que possuem esses
transtornos?

Nós professores conseguimos identificar alguns alunos com esses


transtornos, pelo nosso dia a dia em sala de aula. Percebemos quando esses
alunos apresentam alguma dificuldade.
Professor entrevistado: STEFANE MOÇO
Professora de artes visuais

Como funcionam as aulas em sua sala de aula em relação a esses alunos? As


atividades são adaptadas para atender às suas necessidades individuais?
Que estratégias você adota?

A situação é desafiadora, porque a inclusão na sala de aula acaba por ser mais social
do que efetiva em termos de aprendizado. A presença de mediadores seria muito útil
para planejar atividades adaptadas às necessidades dos alunos com necessidades
especiais e fornecer o suporte necessário.

Como é o sistema avaliativo para esses alunos? As avaliações são adaptadas


de alguma forma para garantir que eles tenham oportunidades justas de
demonstrar seu conhecimento?
A gente tem um trabalho muito limitado. Mas arte é uma matéria que, por ser muito
subjetiva, a gente acaba alcançando mais até os alunos especiais do que as outras
matérias.
Professor entrevistado: STEFANE MOÇO
Professora de artes visuais

Quais são os principais desafios que você enfrenta ao lidar com esses alunos
em sua sala de aula e como você os supera?

A gente tem turmas muito cheias. Fica difícil dedicar uma atenção concentrada para o
aluno com essas questões. Eu, por exemplo, consigo ter um olhar, observar, às vezes
eu vou nas mesas e converso com eles. Tento ver se estão compreendendo o que eu
tô falando.

Você acredita que a instituição oferece um apoio adequado e recursos


disponíveis para professores que trabalham com alunos que têm
transtornos específicos da aprendizagem?
Não. Há uma defasagem muito grande do Estado, não tem acessibilidade, não há sala
de recursos, não há capacitação, nem mediadores.
Pesquisa com os alunos:
Pesquisa com os alunos:
Pesquisa com os alunos:
Pesquisa com os alunos:
Informações gerais sobre a EC:

Instituição de ensino privado

Nº de alunos: 80 alunos em todos os


seguimentos

Etapas de ensino: Infantil; Fundamental I e II.

Estrutura: pensada para receber qualquer


aluno, com qualquer condição. acessibilidade
em toda a área da escola.
EM RELAÇÃO AOS ALUNOS

Como a escola identifica alunos que podem ter necessidades específicas


de aprendizagem?

Todos os alunos e alunas que precisam de uma adaptação em sua


rotina, seja o TEA, TOD, TDAH..., trazem para a escola o laudo, de
acordo com a especificidade.

Quais são os procedimentos utilizados para identificar esses alunos e o


que é necessário para que se receba atendimento especializado na
escola, se essa opção estiver disponível?

A escola se reúne com a família e todos os responsáveis pelo tratamento ou


adaptação da criança, Fono, Psicólogo, TO, Psicopedagoga..., para prepararmos o
PEI (Plano Educacional Individualizado), de acordo com a proposta da escola, junto
ao desenvolvimento da criança.
Atendimento Especializado:

A instituição oferece atendimento especializado para alunos com


necessidades específicas de aprendizagem?

Sim, caso a criança necessite, temos o(a) mediador(a) para esse aluno ou aluna.

Como funciona esse atendimento especializado? Quais são as modalidades


ou serviços oferecidos?

Esse profissional é o mediador dessa aprendizagem, junto ao professor, esse ou essa


profissional vai conduzir o conhecimento, que foi adaptado para a criança, caso ela
necessite dessa mudança no material. O mediador é um facilitador para a execução
das habilidades e competências, que a criança precisa alcançar, para que seu
desenvolvimento seja concluído.
Inclusão:

De que forma a escola busca promover a inclusão de alunos com


necessidades específicas de aprendizagem na sala de aula regular?

Promover a inclusão de nossas crianças com necessidades específicas de


aprendizagem na sala de aula, dentro da nossa proposta de educação, que é a
construtivista, requer uma abordagem cuidadosa e estratégica, que valorize a
individualidade de cada aluno, seu potencial de aprendizado e o ambiente de
colaboração.
Personalizamos o currículo para atender às necessidades individuais de cada aluno,
considerando seu ritmo de aprendizado, estilo de aprendizagem e objetivos
específicos.
Usamos recursos educacionais diferenciados, como materiais em formatos acessíveis
(braile, áudio, texto grande, materiais concretos), tecnologia assistiva e estratégias
pedagógicas flexíveis.
Recursos e Estratégias de Apoio:

A escola possui recursos ou estratégias específicas que favorecem a


permanência e o sucesso acadêmico desses alunos? Se sim, quais são eles?

Sim, a construção do PEI é a principal forma de olhar para esse aluno e entender
quais são as necessidades individuais e atender, junto à família, a condição
necessária para o aprendizado da criança.

Quais são os maiores desafios que a escola enfrenta ao lidar com alunos com
necessidades específicas de aprendizagem?

O maior desafio acredito que seja a aceitação da família. Pode levar um tempo maior
até que a família entenda a condição e aceite todas as adaptações da criança.
Família:

Existe um canal de comunicação efetivo entre a escola e as famílias dos


alunos com necessidades específicas de aprendizagem? Como a escola
envolve as famílias no processo educacional e no apoio aos alunos?

A família está presente no processo de aprendizagem de cada aluno ou aluna. No


caso de crianças atípicas, precisamos ainda mais dessa presença e dedicação. É
fundamental que os responsáveis entendam as necessidades da criança e ajude a
escola nesse processo. Somos uma escola que aproxima a família do
desenvolvimento de cada criança.
Professor entrevistado: Quéllen Fesansi
Professora de teatro

Você se sente preparada para lidar com alunos que têm transtornos
específicos da aprendizagem (dislexia, disortografia, discalculia)?

Infelizmente não me sinto preparada. Hoje tenho alunos atípicos, e o planejamento


da aula tem sido produzido para atender a todos igualmente porém respeitando as
necessidades diferenciadas.

Você possui algum tipo de capacitação ou habilidades que te possibilite


identificar e trabalhar de forma eficaz com alunos que possuem esses
transtornos?

Infelizmente não! Estou aprendendo na prática e no dia a dia.


Professor entrevistado: Quéllen Fesansi
Professora de teatro

Como funcionam as aulas em sua sala de aula em relação a esses alunos? As


atividades são adaptadas para atender às suas necessidades individuais?
Que estratégias você adota?

80% das minhas aulas são práticas. Não faço divisão entre os alunos, todos
participam. Quando acontece de algum aluno com transtorno não querer fazer a aula,
dou uma outra atividade ou um tempo para ele fazer o que gosta e depois tento trazer
ele novamente para a aula. 20% das minhas aulas são conteúdos teóricos. Esse
conteúdo eu adapto oralmente para todas as crianças, assim não acontece segregação
na turma. Esses momentos eu realizo em roda, as vezes em sala de aula, as vezes em
um outro espaço externo dentro da escola
Professor entrevistado: Quéllen Fesansi
Professora de teatro

Como é o sistema avaliativo para esses alunos? As avaliações são adaptadas


de alguma forma para garantir que eles tenham oportunidades justas de
demonstrar seu conhecimento?

Na escola onde leciono não tem prova. Então as atividades avaliativas são feitas
durantes as aulas ou projetos desenvolvidos com eles ao longo do trimestre. Sempre
é um trabalho acessível a todos!
Professor entrevistado: Quéllen Fesansi
Professora de teatro

Quais são os principais desafios que você enfrenta ao lidar com esses alunos
em sua sala de aula e como você os supera?

O maior desafio é fazer com que os alunos compreendam o conteúdo. Dessa forma
eu busco fazer ou criar jogos de perguntas e respostas, para analisar como estão o
rendimento do aluno com o conteúdo estudado no trimestre.
Você acredita que a instituição oferece um apoio adequado e recursos
disponíveis para professores que trabalham com alunos que têm
transtornos específicos da aprendizagem?

Sim! A escola onde leciono nos proporciona mediadores aptos para o trabalho. E
recursos nas aulas práticas, assim contribuindo para a formação desses alunos.
Pesquisa com os alunos:
Pesquisa com os alunos:
Pesquisa com os alunos:
Pesquisa com os alunos:
REFERÊNCIAS

ROTTA, N., OHLWEILER, L. RIESGO, R. S. Transtorno da


Aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar.
Porto Alegre: Artmed. 2016

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