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LUANDA – ANGOLA
SETEMBRO / 2020
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA
FACULDADE DE ENGENHARIAS - FAE
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE
INFORMAÇÃO - DEITIC
LUANDA – ANGOLA
SETEMBRO / 2020
IMPLEMENTAÇÃO DE DISPOSITIVO BLOQUEADOR DE SINAL TELEFONICO
NO POSTO DE COMBUSTIVEL DA PUMANGOL ROTUNDA DO CAMAMA
Aprovado:______/________/_________
BANCA EXAMINADORA
I
AGRADECIMENTOS
II
EPÍGRAFE
III
RESUMO
IV
ABSTRACT
A Jammer device is an electronic device designed to block a certain signal (light, RF, etc.)
creating a noise capable of interfering, shuffling and blocking this signal. Jammers can be
developed to block an infrared remote control, an FM transmitter or any type of transmitter. In
this work the jammer will be used to block cell phones. The place chosen for the
implementation of this project is the Pumangol gas station - Rotunda do Camama, as the
practice of using cell phones in gas stations exposes the consumer and employee to the risk of
causing an explosion due to the static electricity generated by the spark caused when
answering or making a call, as the gas contact can generate ignition that would make this
explosion possible. A case study on BBN (Broadband Noise Jamming), PBN (Partial-Band
Noise Jamming) and NBN (Narrowband Noise Jamming) noise blockages on the mobile
phone system is presented. The PBN type jammer is implemented using the C type jamming
technique. In this type of blocking, the cell signal is overcome by a stronger signal. Based on
a generic model of the reception of a signal in telecommunications systems, some
considerations are presented about the relationship between the power of the blocking signal
and the power of the signal of the system to be interfered. The design of a blocking device
with scanning for the 900 MHz to 1.8 GHz band is carried out. A simulation is made using the
Multisim 12.0 program and all the results obtained during the simulation events are presented
and commented on. Due to the system design and implementation of the blocking device, it´s
observed that the results satisfy and meet the objectives set.
V
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
2G 2 Geração
3G 3 Geração
4G 4 Geração
AC Alternating Current
AE Ataque Eletrônico
AM Modulação em Amplitude
dB Decibels
DC Direct Current
FM Modulação em Frequência
GHz Gigahertz
KHz Kilohertz
MHz Megahertz
PM Modulação em Fase
RF Rádio Frequência
TM Termina Móvel
V Volts
W Watts
VII
LISTAS DE SÍMBOLOS E UNIDADES SI
A: Ampere
dB: Decibel
F: Farad
G: Giga
Hz: Hertz
K: Quilo
M: Mega
V: Volts
W: Watts
µ: Micro
Ω: Ohms
*: Multiplicação
VIII
ÍNDICE DE FIGURAS
IX
ÍNDICE DE TABELAS
XX
ÍNDICE
INTRODUÇÃO...................................................................................... ...................................1
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA.................................................................................................2
OBJECTIVOS............................................................................................................................2
OBJECTIVO GERAL: ..............................................................................................................2
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS: .................................................................................................2
JUSTIFICATIVA........................................................................................................................2
CAPITULO 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................3
1.2 EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO TELEFÓNICA...................................................4
1.3 CONCEITOS SOBRE BLOQUEO ELECTRÓNICO...................................................5
1.4 CME (Contra - Medidas Eletrônicas) do Tipo Bloqueio................................................8
1.4.1 Bloqueio com Ruído........................................................................................................8
1.4.2 Bloqueio com Ruído em Banda Larga - BBN................................................................9
1.4.3 Bloqueio com Ruído em Parte da Banda - PBN...........................................................10
1.4.4 Bloqueio com Ruído em Banda Estreita - NBN...........................................................11
1.4.5 Bloqueio Por Tom.........................................................................................................11
1.4.6 Bloqueio Por Tom Simples...........................................................................................11
1.4.7 Bloqueio Por Tons Múltiplos ........................................................................................12
1.4.8 Bloqueio com Varredura...............................................................................................12
1.4.9 Bloqueio Por Pulso........................................................................................................13
1.4.10 Bloqueio Inteligente......................................................................................................13
1.5 Relação entre as Potências dos Sinais de Bloqueio e do Sistema.................................13
CAPITULO 2 METODOLOGIA.............................................................................................17
2.1 Tipo de Pesquisa.............................................................................................................17
2.2 Campo de estudo...........................................................................................................17
2.3 Delimitação e limitação de estudo.................................................................................17
2.4 Análise de Requisitos....................................................................................................18
2.5 Técnicas e Ferramentas.................................................................................................19
2.5.1 Telefonia Móvel Celular...............................................................................................19
2.5.2 Principais elementos da Rede de Telefonia Móvel Celular...........................................19
2.5.3 Tecnologia usadas pelas operadoras nacionais..............................................................21
2.5.4 Propagação do Sinal em Rádio Frequência...................................................................22
2.5.6 Bandas de Rádio Frequência..........................................................................................22
2.5.7 Transmissores e Receptores RF....................................................................................24
2.5.8 Técnicas de Modulação.................................................................................................26
2.5.9 Modulação Analógica...................................................................................................27
2.5.10 Modulação Digital.........................................................................................................28
2.5.11 Técnicas de Jamming....................................................................................................30
2.5.12 Tipo de bloqueio escolhido...........................................................................................31
2.5.13 Parâmetros do projecto..................................................................................................31
2.5.15 Amplificador de potência RF........................................................................................34
CAPITULO 3 RESULTADOS.................................................................................................36
3.1 Funcionamento do Bloqueador...........................................................................................36
3.2 Geração do ruído.................................................................................................................36
3.3 Amplificação e saída do sinal RF.......................................................................................38
3.5 Implementação das Antenas................................................................................................39
3.6 Área Bloqueada (Posto de Combustível Pumangol – Rotunda do Camama) ....................40
CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES..................................................................................41
REFERÊNCIAS........................................................................................................................43
APÊNDICE...............................................................................................................................44
Apêndice I: .................................................................................. ............................................44
Apêndice II: .............................................................................................................................45
Apêndice III: ............................................................................................................................45
Apêndice IV: ............................................................................................................................46
Apêndice V: ............................................................................................................................47
ANEXOS..................................................................................................................................48
Anexo I:.....................................................................................................................................48
Anexo II: ..................................................................................................................................48
Anexo III: .................................................................................................................................48
INTRODUÇÃO
O acto de se comunicar é uma das maiores necessidades das sociedades humanas desde os
tempos antigos, e com o advento da tecnologia excepcionalmente no século XX, diversas novas
formas de comunicação foram implementadas, possibilitando praticamente a conexão de todo
o mundo em tempo real.
Dentre as tecnologias que utilizam o espaço livre como meio de transmissão para as suas
comunicações, uma das que mais se desenvolveu nos últimos anos foi a das redes de
comunicações móveis, que permitiram a facilidade da comunicação entre pontos distintos com
mobilidade e qualidade.
Entretanto, existem alguns locais em que esta facilidade de comunicação móvel celular é
passível de restrições e proibições, tal como em postos de combustíveis. A proibição do uso de
telefones celulares, se dá especialmente pelo fato da alta circulação de gases inflamáveis,
podendo ser detectados pelo odor de combustível, comuns nos postos de gasolina, expondo
assim todo o pessoal local a certos riscos por conta da chamada eletricidade estática. Ela pode
ser gerada ao acionar uma tecla do celular no acto de efectuar ou receber chamadas, pois o
contato do gás pode gerar ignição. Isso pode produzir faíscas, o que tornaria possível uma
explosão.
A implementação de dispositivo bloqueador de sinal telefônico vem de uma forma geral anular
os riscos de explosão, consequência do uso indevido do celular telefônico garantindo assim
maior segurança ao estabelecimento e a todo pessoal local.
1
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
A prática do uso do celular em postos de combustível, expõe o consumidor e funcionário a certo
risco por conta da chamada eletricidade estática. Esta pode ser gerada quando acionamos uma
tecla no acto de efectuar ou receber chamadas, pois o contato do gás pode gerar ignição. Isso
pode produzir faíscas, o que tornaria possível uma explosão.
OBJECTIVOS
OBJECTIVO GERAL:
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
JUSTIFICATIVA
2
CAPITULO 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Há pouco mais de um século, um acontecimento teve lugar em Boston, Estados Unidos, e tem,
desde então, influenciado o curso do mundo de diversas maneiras. Um jovem professor de
surdos, Alexander Bell, que preferia ser chamado pelo nome do meio que ele mesmo se havia
conferido: "Graham", de certo modo inesperadamente, concluiu o invento sobre o qual vinha
trabalhando há meses, a transmissão de voz humana inteligível através da corrente elétrica.
Com Bell, naquela noite de 10 de maio de 1876 em sua oficina no sótão havia um outro homem,
então ainda mais jovem que ele. Tratava-se de Thomas Watson, um mecânico que construía
protótipos para inventores e que, ao ajudar Bell, tornou-se a primeira pessoa a ouvir a voz
humana transmitida por fios. Há 94 anos em 1926, Tom Watson registrou sua própria e nítida
lembrança daquela noite importante, o corrido meio século antes. Ele estava lá e estas são suas
palavras: "Meu primeiro encontro com Alexander Graham Bell foi em 1874 quando ele foi à
loja, em Boston, para encomendar a construção de seu telégrafo harmônico. O trabalho foi-me
entregue. Durante os anos em que trabalhamos juntos neste telégrafo, Bell falou várias vezes
de uma outra invenção que tinha em mente o telefone. Lembro de minha surpresa quando me
falou pela primeira vez que esperava poder, em breve, falar através de um telégrafo, explicando-
me sua concepção de uma corrente elétrica que captaria as vibrações da fala.
Guiado pela luz de sua própria e maravilhosa teoria, Bell encontrou o caminho que levava a sua
ideia de um telégrafo falante. Na noite de 10 de Maio de 1876, Bell sentou-se em frente a um
novo transmissor, no quarto dos fundos, no andar superior do número 5 da Praça Exeter, Boston,
que havia transformado em laboratório. Bell desceu até o quarto da frente para ouvir os
resultados com um receptor telefônico. No momento em que Bell estava pronto para falar do
novo instrumento, um movimento de seu braço derrubou em suas roupas uma bateria de água
acidulada. Na confusão do acidente, Bell gritou por mim, 'Sr. Watson, venha aqui. Preciso de
sua ajuda'. O grande bocal captou o seu pedido de ajuda e eu ouvi cada palavra, através do
receptor em meu ouvido. O novo transmissor era melhor do que havíamos esperado ou do que
havíamos ousado esperar." Bell esqueceu o acidente na alegria do sucesso do teste que ocupou
toda a noite. Ele havia levado sua invenção ao ponto em que seu futuro estava assegurado. E
esta primeira frase enviada através de um telefone ainda que seja aparentemente um lugar
comum foi na verdade altamente significativa.
3
1.2 EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO TELEFÓNICA
A história das comunicações é tão antiga quanto o próprio homem, pois desde os primórdios,
este sentiu necessidade de comunicar-se rapidamente com outros homens além do alcance da
voz e visão. Os primeiros métodos de comunicação utilizados pelo homem eram essencialmente
telegráficos (escrita a distância), uma vez que empregavam sinais codificados como por
exemplo batidas de tambor, sinais de fumaça, reflexos de luz, fogo, etc.
Foi somente no século 19 que se iniciou o estudo científico dos sons falados, e foi também neste
século que foi inventado o telefone (1876). A palavra TELEFONE deriva da composição de
duas palavras gregas TELE + PHONOS, onde TELE significa distância e PHONOS significa
fala (voz). Modernamente a palavra telefone embute no seu significado o uso de ondas
eletromagnéticas (radio, luz, eletricidade) para a transmissão da voz a distância.
O criador do telefone foi Alexander Graham Bell, um pesquisador escocês que patenteou o
invento em 1876. Após meses de estudo conseguiu transmitir uma frase completa através de
uma linha de 45 metros: "Senhor Watson, venha aqui. Preciso da sua ajuda". A sorte de Bell,
segundo a história, foi por questão de horas. No mesmo dia em que Bell ganhou a patente do
telefone, um professor chamado Elisha Gray submetia ao escritório de patentes um aparelho
que funcionava com os mesmos princípios e com a mesma finalidade. Outra curiosidade
histórica é a ocorrência policial registrada no New York Times em 09/04/1876:
"A Policia Militar deve ser cumprimentada por suas providências. Na manhã daquele dia, no
lado de fora da bolsa de valores, a Policia Militar prendeu um homem que, obviamente, estava
tentando vender ações falsificadas. Dizia ele que ia formar uma companhia telefônica.
Obviamente, roubando esta palavra do termo Telegrafia, que está bem estabelecida como um
serviço útil. Todo mundo sabe que é impossível falar através de um fio de arame. Somente as
providências da Polícia, que prendeu rapidamente este indivíduo, evitaram que se tomasse o
dinheiro público".
Em 1877 Bell repetiu a façanha utilizando uma linha externa de 4Km. Em pouco mais de um
século a telefonia evoluiu do primitivo aparelho com que Bell fez suas experiências até os atuais
aparelhos e equipamentos de comutação e transmissão digital, telefonia celular, etc.
O telefone foi inicialmente apresentado no mesmo ano de 1876, numa feira em Philadelfia.
Entretanto, naquela circunstância, este foi deixado em segundo plano face as invenções da
energia elétrica e do telégrafo impressor (telex).
4
1.3 CONCEITOS SOBRE BLOQUEO ELECTRÓNICO
Os jammers apesar de serem aparelhos electrónicos com dois módulos, um de hardware e outro
de software, por restrições de caracter temporal, para a execução do trabalho o presente estudo
vai incidir predominantemente na parte de software.
Um outro exemplo seria a distorção de fase. Neste caso, as várias componentes espectrais
sofrem diferentes atrasos quando passam por um sistema, não guardando a mesma relação de
fase da sua entrada. Com relação às distorções não lineares, um exemplo seria a intermodulação,
caracterizada pelo surgimento de novas componentes espectrais na saída de um sistema, que
não fazem parte do espectro do sinal observado na entrada, e que não podem ser filtradas por
técnicas convencionais (TOSCANO 2006, p. 19).
5
Figura 1.1: Perturbações sofridas pelos sinais em sistemas de telecomunicações
Fonte: Toscano (2006)
Silva e Barradas, (1978) diz que as perturbações independentes do sinal (ruídos) podem ser
desmembradas em interferências e ruídos naturais. As interferências podem ocorrer dentro do
próprio sistema como, por exemplo, quando um estágio capta o sinal de outro estágio do próprio
sistema. Outra forma de interferência seria a causada por outros sistemas que utilizam o mesmo
espectro de frequências em suas comunicações ou que produzam sinais no espectro de operação
do sistema em análise. Neste caso, pode-se citar, por exemplo, a interferência causada por uma
estação de rádio em outra.
Existem ainda os ruídos produzidos pelo homem que inserem energia eletromagnética espúria
no espectro, como, por exemplo, instalações industriais com motores elétricos ou fornos
elétricos, instalações de radiotermia, iluminação fluorescente, linhas de alta tensão e sistemas
interferidores intencionais.
O outro tipo de perturbação independente do sinal são os ruídos naturais, que podem ser
classificados como externos e internos ao sistema. Como exemplos de ruídos externos tem-se
o ruído galáctico, causado pela emissão eletromagnética de estrelas da Via Láctea e o ruído
atmosférico, proveniente de descargas elétricas na atmosfera.
6
com isso, o efeito desejado, a inviabilização do estabelecimento de enlaces de comunicação,
será ainda mais efetivo.
De acordo Schleher (1986), CME são "ações tomadas para impedir ou reduzir o uso efetivo do
espectro eletromagnético de determinados sistemas de comunicação". Elas são amplamente
utilizadas no cenário das Forças Armadas, em operações de Guerra Eletrônica. Em algumas
bibliografias mais recentes, o termo CME é apresentado como " Ataque Eletrônico (AE) ".
Conforme (Poisel, 2004), geralmente (embora não exclusivamente) as CME consistem de três
tipos principais:
Bloqueio (Jamming)
Despistamento (Deception)
Energia Direcionada (Directed Energy)
Para este trabalho é adotada a abordagem com CME do tipo "bloqueio", seguindo o objetivo de
proporcionar a implementação de um dispositivo bloqueador que impeça o estabelecimento das
comunicações em uma determinada faixa de frequências através desta técnica. As CME dos
tipos "despistamento" e "energia direcionada", que têm, respectivamente, como seus objetivos
gerais, fornecer sinais falsificados ao receptor e inserir altos níveis de potência no sistema a ser
interferido, são mais indicados para aplicações específicas de interesse das Forças Armadas e,
portanto, fogem ao escopo principal do trabalho que se refere à geração de interferência em
sistemas de comunicações móveis.
7
1.4 CME (Contra - Medidas Eletrônicas) do Tipo Bloqueio
Podemos dizer que de forma genérica, a CME do tipo bloqueio caracteriza - se pela irradiação
ou reflexão intencional de energia eletromagnética com o objetivo de degradar a qualidade do
sinal a ser recebido pelo receptor de um sistema de comunicação (TOSCANO 2006, p. 21).
De acordo Poisel (2004), as estratégias mais comuns para aplicação do conceito de bloqueio
sobre um sistema são:
No bloqueio com ruído, a portadora do sinal de bloqueio é modulada com um sinal de ruído
aleatório. A intenção é perturbar a comunicação através da inserção desse ruído aleatório dentro
do receptor do sistema a ser interferido. Normalmente, esse ruído aleatório que é inserido no
espectro para causar a interferência é um ruído branco.
O ruído branco é um processo estocástico cuja função de densidade de probabilidade segue uma
distribuição gaussiana, a qual é dada por:
(1.1)
Veremos na figura 1.2 o aspecto do ruído branco e sua distribuição gaussiana, considerando µ
= 0 e σ 2 = 1.
8
Figura 1.2: Representação gráfica do ruído branco
Fonte: Toscano (2006)
O bloqueio com ruído pode ser realizado de três formas, no que diz respeito à ocupação do
espectro (POISEL, 2004):
No bloqueio BBN, que também recebe as denominações de bloqueio com ruído em banda
completa e bloqueio com ruído em barreira, o sinal de bloqueio é irradiado em todo o espectro
de comunicação de interesse, cobrindo assim, várias frequências simultaneamente, podendo
inclusive atingir canais de comunicação intermediários de outros sistemas que não se deseje
interferir na ocasião.
Segundo Schleher (1986), o bloqueio BBN deve ser usado quando os parâmetros de frequência
do sistema (frequência central e largura de banda) não são conhecidos ou conhecidos de forma
imprecisa.
Este tipo de bloqueio pode também ser utilizado em sistemas que trabalham com altas taxas de
chaveamento em frequência.
9
Figura 1.3: Espectro do bloqueio BBN
Fonte: Toscano (2006)
No bloqueio PBN, o sinal de bloqueio é inserido em múltiplos (mas, não todos) canais do
espectro utilizados pelo sistema a ser interferido. Esses canais podem ou não ser contínuos
(POISEL, 2004).
Figura 1.4: Espectros do bloqueio PBN para (a) canais contínuos e (b) canais alternados
Fonte: Toscano (2006)
10
1.4.4 Bloqueio com Ruído em Banda Estreita - NBN
Uma característica deste tipo de bloqueio é o maior valor de densidade espectral de potência,
em virtude da largura de banda estreita do sinal de bloqueio, quando comparado, por exemplo,
ao bloqueio BBN. Essa característica pode ser importante quando o objetivo é atuar somente
sobre um canal específico de um determinado sistema.
No bloqueio por tom, um ou mais sinais de tom são estrategicamente inseridos no espectro para
provocar a condição de bloqueio. Em que o local do espectro do sistema a ser interferido e em
que quantidade eles são inseridos influenciam o desempenho do bloqueio (POISEL, 2004). Esse
tipo de bloqueio pode ser implementado em tom simples e tons múltiplos.
Neste tipo de bloqueio, um sinal de tom é inserido de forma contínua em uma única frequência
do espectro utilizado pelo sistema a ser interferido, sendo classificado como um tom simples
de "onda contínua" (Continuous Wave - CW). O espectro do bloqueio por tom simples está
ilustrado na figura 1.6.
11
Figura 1.6: Espectros do bloqueio por tons simples
Fonte: Toscano (2006)
O bloqueio por tom simples também recebe a denominação de bloqueio pontual (spot jamming)
(POISEL, 2004).
Neste tipo de bloqueio, múltiplos tons de onda contínua são inseridos no espectro de interesse
de forma aleatória ou em frequências específicas. Quando os tons são inseridos em canais
consecutivos, ele é chamado de bloqueio em pente (comb jamming) (POISEL, 2004).
Esse método permite uma alta densidade espectral de potência do sinal de bloqueio na forma
de banda estreita por um curto intervalo de tempo. Segundo Poisel (2004), o conceito do
bloqueio com varredura pode ser comparado aos conceitos de bloqueio BBN e bloqueio PBN.
12
1.4.9 Bloqueio Por Pulso
Neste caso, pode-se buscar a invalidação dos mesmos através da inserção do sinal de bloqueio
somente sobre os canais de sincronismo.
Mesmo sem a presença de uma fonte de bloqueio atuante sobre um determinado sistema de
comunicação, todo sinal transmitido pelo mesmo sofre diversos tipos de perturbações,
caracterizando assim uma relação sinal-ruído RSRi na entrada do receptor do sistema, conforme
discutido anteriormente.
(1.2)
De acordo a equação. 1.2, o valor de Ni aparece somado ao valor de J. Como o presente trabalho
se refere à geração de interferência intencional, o valor de Ni pode ser eximido da relação sinal-
ruído na entrada do receptor (RSRi). Quanto maior for o valor de Ni, melhor será o resultado
da interferência sobre o sistema.
13
Portanto, a RSRi de interesse para CME passa a ser expressa por Si/J. Podendo ser reescrita
como J /Si, visto o interesse em verificar a relação da potência do sinal interferente J sobre a
potência do sinal do sistema Si na entrada do receptor. Para fins de compatibilização com a
bibliografia utilizada, a relação J /Si será expressa simplesmente por J /S.
Considerando que os sinais que compõem a relação J /S são inseridos no espectro por fontes
distintas, cada um possui os seus respectivos parâmetros de irradiação de energia
eletromagnética. Geralmente, as variáveis de um sistema utilizadas para o cálculo da potência
recebida por um receptor em função da distância são a potência de transmissão, o ganho da
antena transmissora, o ganho da antena receptora, a frequência de transmissão a distância do
enlace e o fator relacionado a perdas de implementação do próprio sistema. Através da
frequência de transmissão e da distância do enlace é possível calcular a atenuação do sinal no
espaço livre, com a utilização de uma equação específica. O cálculo da relação J /S segue o
mesmo princípio do cálculo de um enlace de rádio.
Entretanto, duas observações devem ser feitas. A primeira se refere à frequência de operação,
pois ela é a mesma utilizada pelo sistema a ser interferido e pelo dispositivo bloqueador.
Consequentemente, não é necessária a inclusão deste parâmetro nos cálculos.
Como citado acima, a frequência deve ser usada caso seja necessária a determinação do valor
da atenuação no espaço livre para os sinais. A outra observação se refere à inclusão da largura
de banda dos sinais (interferente e do sistema a ser interferido), pois na maioria dos casos este
parâmetro terá importância na eficiência de atuação do dispositivo bloqueador, conforme
demonstrado a seguir.
(1.3)
Onde:
14
GRT = Ganho da antena receptora para o sinal principal (receptor do sistema)
RTR = Distância entre o transmissor e o receptor do sistema
RJR = Distância entre o bloqueador e o receptor do sistema
LR = Perdas no sinal principal
LJ = Perdas no sinal de bloqueio (incluindo o descasamento da polarização)
BR = Largura de banda do sinal principal
BJ = Largura de banda do sinal de bloqueio
Os parâmetros relacionados a perdas no sistema, LJ e LR, se referem a perdas de implementação
do mesmo.
Observando a Eq. 1.3, no caso geral, pode-se dizer que J e S representam respectivamente, a
densidade espectral de potência do sinal do bloqueador e do sistema na entrada do receptor,
pois
(1.4)
(1.5)
onde os primeiros termos das equações acima, representam a potência e o ganho dos sinais
transmitidos divididos pelas respectivas larguras de banda, caracterizando assim a densidade
espectral de potência de cada sinal.
(1.6)
então
(1.7)
Para utilização da Eq. 1.3, é desejável a obtenção de alguns parâmetros de transmissão (RF) do
sinal a ser interferido, além dos mesmos parâmetros do dispositivo bloqueador.
15
Basicamente, para sistemas que operam sem a condição do ganho de processamento, a relação
J/S necessária para se efetuar o bloqueio vai ser diretamente definida pela RSRi mínima de
operação do sistema.
Portanto, uma vez definida a relação J /S e esses parâmetros de RF, a partir da Eq. 1.3, pode-se
calcular a potência de transmissão do dispositivo bloqueador PJ necessária para efetuação do
bloqueio. No espaço livre, tem-se:
(1.8)
Quando alguns parâmetros da Eq. 1.8, não são conhecidos, recomenda-se trabalhar com valores
estimados. Uma outra opção seria medir no local de realização do bloqueio, o valor da potência
recebida do sinal do sistema S, através de medidores de intensidade de campo, para o ajuste do
valor da potência PJ necessária para proporcionar a condição de bloqueio.
Para os sistemas que utilizam o espalhamento espectral, a relação J/S necessária para efetuação
do bloqueio não pode ser definida diretamente pela RSRi mínima de operação do sistema,
devido ao ganho de processamento do sistema. Sendo assim, outras considerações devem ser
feitas, as quais são apresentadas a seguir.
(1.9)
(1.10)
16
CAPITULO 2 METODOLOGIA
No geral quanto ao tipo de pesquisa, considera-se uma pesquisa do tipo aplicada pois esse
trabalho não traz um conceito novo em si, porém é um tema que outros autores já
desenvolveram e para este trabalho científico abordar-se-á apenas alguns pontos muito
importantes que nos ajudarão a solucionar os problemas demostrados acima. Pois o uso de
bloqueadores de sinais no posto de combustível será capaz de inibir o uso de aparelhos
telefônicos no estabelecimento, evitando grandes riscos de explosão.
Quanto ao objetivo do tipo de pesquisa, o trabalho será desenvolvido de forma descritiva. Pois
ela tem como objetivo retratar as características do objeto estudado, expondo com precisão os
fatos ou fenômenos, para estabelecer a natureza das relações entre as variáveis delimitadas no
tema. Quanto a abordagem, o trabalho será desenvolvido de forma qualitativa. Por ser um
projecto que não terá necessariamente dados estatísticos é considerado quanto a sua abordagem
como qualitativo, devido as suas análises muito direcionais e muito subjetivas, levando ao leitor
a compreender e poder aplicar na prática alguns conceitos aqui abordados.
Esse projecto será elaborando visando na necessidade que os postos de combustíveis têm de
manter o controle de fluxo de clientes usando telefones celulares dentro do estabelecimento. Os
dispositivos desenvolvidos a partir deste projecto serão elaborados para operar especificamente
dentro do estabelecimento. Os dispositivos desenvolvidos a partir deste projecto foram
elaborados para operar especificamente num raio de aproximadamente 10 metros.
17
2.4 Análise de Requisitos
Com o aumento crescente das tecnologias de informação, o uso de telefone é cada vez mais
frequente até em lugares em que é possível notar um aviso de proibição. Porém com o
desenvolvimento dos bloqueadores de sinais telefónicos (Jammer), essas questões têm-se
tornado um problema menos relevante. O planejamento pretende implementar um jammer no
posto de combustível, identificar a melhor forma de bloqueio e desenvolvimento do sistema
para a solução dos problemas atuais. Um dispositivo bloqueador de frequências é composto por
módulos, que permitem fazer o processamento de todo o sinal até ao bloqueio da faixa de
frequência desejada. Será apresentado nessa sessão os principais módulos que compõem um
jammer.
O objectivo de um sinal gerado por Jammer é interromper a comunicação entre a estação base
de comunicação e o dispositivo celular do usuário, fazendo com que a relação entre o sinal
transmitido e o sinal interferente medido pelo dispositivo ou pela estação base sejam
suficientemente baixo, para que nenhum mecanismo digital sinal possa diferencia-la.
Antenas – Os jammer menos complexos tem a sua antena no interior do dispositivo, porém os
mais sofisticados têm várias antenas na parte exterior do dispositivo, pois assim é possível
atingir um maior alcance e bloquear várias bandas de frequência em simultâneo. Para este
projecto serão usadas duas antena exterior. Obedecendo o princípio para transmissores móveis
o jammer precisará conter os seguintes elemento:
VCO – Voltage Controlled Oscilator: É o componente responsável por gerar um sinal rádio que
interfere com o sinal do TM.
Circuito de controlo – Permite ajustar a frequência a que se vai fazer broadcast, impondo uma
tensão à entrada do VCO.
Amplificador de RF – Amplifica o sinal de saída até à potência do sinal rádio necessária para
se bloquear comunicações.
18
2.5 Técnicas e Ferramentas
A telefonia móvel celular caracteriza-se por uma rede de telecomunicações capaz de agregar
um conjunto de técnicas para a comunicação entre uma ou mais estações móveis. É um sistema
que possui uma área de cobertura dividida em células, e permite a mobilidade aos usuários da
rede de forma contínua entre as células.
19
Figura 2.1: Representação de uma CCC
Fonte: Telefonia celular – Unicamp (2005)
Estação Rádio Base (ERB)
A Estação Rádio Base é a interface entre que está alocada entre a CCC e os TM, e tem como
finalidade transmitir e receber sinais de controle, voz e dados dos terminais móveis.
Unidade de Controle
Transceptores Rádio
Antenas
Plantas de Alimentação
Terminais de Dados
20
Termina Móvel (TM)
Terminais Móveis (TM) são todos os elementos que transmitem e recebe sinais de voz (e
dados), além de sinais de controle, permitindo assim o estabelecimento de chamadas. Sua
principal função é fazer a interface entre o usuário e o sistema. São os terminais dos usuários,
como por exemplo os aparelhos celulares e smartphones, um dos principais elementos do
sistema de telefonia móvel.
As duas grandes prestadoras de serviços nas áreas de telefonia celular (Unitel e Movicel), já
migraram de uma a outra tecnologia móvel desde a sua criação até aos dias de hoje, visando o
melhoramento da qualidade de seus serviços. Desde os anos de 1998, 2003 a 2020, essas
empresas conseguiram evoluir as suas tecnologias desde a CDMA até a LTE, especificamente
as tecnologias de 2G para as tecnologias de 4G.
CDMA (Code Division Multiple Access): Sistema digital que permite o acesso de muitos
usuários simultaneamente em um único canal de estação rádio-base aumentando assim a
capacidade da rede. Essa tecnologia compete diretamente com o GSM. A grande desvantagem
é que os celulares que operam em CDMA são mais suscetíveis a clonagem. CDMA Opera nas
frequências de 850 e 1900 MHz.
GPRS (General Packet Radio Service): O Padrão de Transmissão de Rádio por Pacote
(GPRS) é a evolução da tecnologia GSM em 2,5 G. Essa tecnologia oferece velocidades
máximas de dados de 115 kbps e um throughput médio de 30 a 40 kbps.
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1900 MHz e mais recentemente em 1700 MHz. A UMTS é uma tecnologia baseada em IP que
suporta voz e dados em pacotes oferecendo taxas máximas de transmissão de dados de até 2
Mbps e velocidades médias de 220-320 kbps quando o usuário está andando ou dirigindo.
LTE (Long Term Evolution): As redes 4G LTE têm como função garantir um maior tráfego
de dados (pacotes), ao contrário dos sistemas anteriores, híbridos, que alternavam entre redes
de pacotes ou de circuitos a depender da demanda. O LTE, especificamente, mantém
compatibilidade com sistemas anteriores. O LTE pode atingir uma velocidade máxima de até
120 Mbps, e têm a frequência de operação na faixa de 2,5 GHz.
O espectro eletromagnético possui a parte de rádio frequência e essa por sua vez ocupa
as frequências entre os 3 kHz e os 300 GHz. As diferentes bandas de radiofrequências
(frequências admissíveis 3 kHz a 300 GHz) são constituídas por diferentes intervalos de
frequência. De uma forma geral, torna-se difícil determinar e caracterizar de forma exata
e concreta cada uma destas bandas, pois são inúmeros os fatores que influenciam na
distância de transmissão, como a potência do transmissor, tipo de antena, horário e época
do ano.
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As ondas de rádio podem ser classificadas em função do valor de sua frequência, e o
conjunto de todas elas recebe o nome de espectro radioelétrico. O espectro radioelétrico
é dividido em faixas de frequência. A sigla dessas bandas de frequências pode variar
dependo de cada país e língua, porém abaixo será apresentado a nomenclatura
internacional.
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2.5.7 Transmissores e Receptores RF
Transmissor RF
Amplificador frequência de áudio (AF): Dispositivo que tem como função, aumentar a
amplitude do sinal de frequência de áudio das ondas electromagnéticas produzidas no
microfone.
Amplificador de rádio frequência (RF): Este dispositivo tem como função, aumentar a
amplitude do sinal de rádio frequência produzido pela modulação, conservando a frequência,
para assim poder ser enviado através do canal de comunicação pela antena.
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Antena: É o dispositivo condutor que emite para o espaço as ondas electromagnéticas geradas
no emissor ou que recebe do espaço essas ondas destinadas ao receptor. A forma geométrica
que uma antena pode apresentar depende, essencialmente, do comprimento de onda das ondas
que ela emite ou recebe.
Receptor RF
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Desmodulador: É o elemento que executa o processo inverso da modulação, ou seja, elimina
a onda portadora do sinal modulado, a fim de extrair o sinal modulante, que é o sinal que contêm
a informação a ser transmitida.
Essas diferenças de pressão são interpretadas pelos nossos ouvidos como sendo o som que
ouvimos. Veja uma animação sobre o funcionamento de um altifalante
Em termos gerais, as ondas de baixa frequência são atenuadas no ar por este motivo, elas
percorrem distâncias muito pequenas, o que não as torna incapazes de transmitir informações a
grandes distâncias. Para que a informação possa ser transmitida a grandes distâncias, é
necessário combinar sinal de baixa frequência com outro de alta frequência.
Um sinal de baixa frequência cujas variações contêm a informação que se deseja transmitir é
chamado de onda moduladora. Um sinal de frequência mais alta que atua como “suporte” na
transmissão recebe o nome de onda portadora. O processo que combina uma onda com outra
para transmitir a informação é chamado de modulação, e o conjunto desses dois sinais
combinados constitui uma onda modulada. Na modulação, a onda portadora é modificada em
função das variações da onda moduladora.
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2.5.9 Modulação Analógica
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Modulação em Fase (PM)
Ao transmitir uma sequência de dados digitais, o sinal original é convertido em outra forma de
sinal. As características desse sinal são amplitude, frequência e fase. Porém pode-se alterar
qualquer uma dessas três características para se formular um esquema de modulação (como nas
modulações analógicas).
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Frequency Shift Keying (FSK)
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Binary Phase Shift Keying (BPSK)
Este tipo de modulação acontece quando a fase da portadora sofre dois desvios.
Minimum Shift Keying (MSK): A modulação MSK é uma modulação FSK com a separação
mínima entre as portadoras utilizadas de modo a garantir a ortogonal idade entre elas. Essa
ortogonalidade é imprescindível para uma detecção confiável do sinal recebido, pois sinais
ortogonais são independentes, ou seja, facilmente diferenciáveis.
Das técnicas de modulação digital para comunicações móveis, a MSK apresenta menor
complexidade de implementação.
A modulação GMSK é uma modificação da técnica MSK, na qual a sequência de bits de entrada
do modulador é filtrada por um filtro passa-baixas com resposta a um pulso retangular
gaussiana. A saída desse filtro é então responsável por modular em MSK a portadora utilizada.
O efeito do filtro é o de conformar os pulsos de entrada do modulador MSK tornando as
transições de frequência mais suaves.
Existem várias maneiras de bloquear um dispositivo RF. As três técnicas mais comuns podem
ser categorizadas da seguinte forma:
A) Spoofing: Nesse tipo de bloqueio, o dispositivo força o celular a se desligar. Esse tipo é
muito difícil de ser implementado, pois o dispositivo de bloqueio primeiro detecta qualquer
telefone celular em uma área específica e, em seguida, o dispositivo envia o sinal para desativar
o telefone móvel. Alguns tipos desta técnica pode detectar se um telefone celular próximo está
lá e enviar uma mensagem para dizer ao usuário para mudar o telefone para o modo silencioso
(Disablers Intelligent Beacon).
B) Ataques de blindagem: Isso é conhecido como TEMPEST ou blindagem EMF. Este tipo
requer o fechamento de uma área em uma gaiola de Faraday para que qualquer dispositivo
dentro dessa gaiola não possa transmitir ou receber sinais de RF de fora da gaiola. Essa área
pode ser tão grande quanto edifícios.
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C) Negação de serviço: Essa técnica é conhecida como DOS. Nessa técnica, o dispositivo
transmite um sinal de ruído na mesma frequência de operação do telefone celular para diminuir
a relação sinal-ruído (SNR) do celular abaixo de seu valor mínimo.
Este tipo de técnica de interferência é o mais simples, pois o aparelho está sempre ligado. O
dispositivo a ser implementado nesse projecto é de classe C.
Para este projecto o bloqueador será implementado, seguindo o conceito de bloqueio com ruído
em banda larga – PBN e a técnica jamming é a do tipo C. Nesse tipo de bloqueio o sinal do
celular é superado por um sinal mais forte, ele opera transmitindo interferências de
radiofrequência (RF).
É adotado neste trabalho, o dispositivo bloqueador para sinais GSM, para atuação em sistemas
de telefonia celular. Os jammers com o bloqueio do tipo C são na sua maioria dispositivos
equipado com vários osciladores, transmitindo sinais de interferência capazes de bloquear
frequências usadas por telefones celulares.
Com base ao exposto, esse dispositivo que está relacionado com a técnica DOS, vai transmitir
um ruído nas mesmas frequências das duas bandas GSM 900 MHz e GSM 1,8 GHz (1800MHz)
(também conhecido como banda DCS 1800). Estabeleceu-se alguns parâmetros de projeto para
estabelecer as especificações do projeto. Estes os parâmetros são os seguintes:
A distância a ser atolada (D): Este parâmetro é muito importante no projecto, já que a
quantidade de potência de saída do jammer depende da área que precisa-se bloquear. É
estabelecido no projecto D = 10 metros para a banda DCS 1800 e D = 10 metros para a banda
GSM 900.
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Para atuar com sucesso uma determinada região, considera-se também um parâmetro muito
importante a relação sinal-ruído, conhecida como SNR. Cada dispositivo funcionando em
princípios de comunicação de rádio só podem tolerar ruído em um sinal até um determinado
nível. Isso é chamado de capacidade de manuseio SNR do dispositivo.
A maioria dos aparelhos celulares tem uma capacidade de manipulação de SNR de cerca de 12
dB. Para garantir o bloqueio desses dispositivos, precisa-se reduzir o SNR até 9 dB.
Perda de espaço livre (F): Para que se possa bloquear efetivamente a recepção do dispositivo
móvel, precisamos ter uma intensidade de sinal de interferência de aproximadamente -24dBm.
O sinal irradiado, sofrerá algumas atenuações na transmissão da antena do bloqueador para o
antena do dispositivo móvel. Esta perda de caminho pode ser calculada usando a perda de
caminho de espaço livre simples (Lp) aproximação dada por:
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Fonte de Alimentação
Ela fornece a energia elétrica necessária para todo o circuito, e a fonte aqui usada é de 15V DC.
É composta por:
Transformador: Usado para transformar o 220 VAC para outros níveis de voltagem.
Retificador de meia onda: Tensão de saída aparece apenas durante os ciclos positivos
do sinal de entrada.
Retificador de onda completa: uma tensão de saída retificada ocorre durante os ciclos
positivo e negativo do sinal de entrada.
Filtro: usado para eliminar as flutuações na saída do retificador de onda completa “eliminar o
ruído” de forma que a tensão contínua constante seja produzida.
Gerador de Ruído
O primeiro canal como saída de frequência 1.8 GHz. O segundo canal tem saída de frequência
de 900 MHz, que é necessário para bloquear um sinal dentro de uma faixa específica. Portanto,
é um bloqueador de telefone celular de banda dupla.
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Figura 2.15: IC555
Fonte: Afzal Ibrahim (2014)
O IC 555 está no modo Astável. No modo astável, o temporizador 555 emite um fluxo contínuo
de pulsos retangulares com uma frequência especificada. Resistor R 1 está conectado entre V
CC e o pino de descarga (pino 7) e outro resistor (R 2) é conectado entre o pino de descarga
(pino 7) e os pinos de gatilho (pino2) e limite (pino 6) que compartilham um nó comum.
Os projetos de classe A são mais simples do que outras classes; por exemplo, os projetos das
classes -AB e -B requerem dois dispositivos conectados no circuito (saída push-pull), cada um
para lidar com uma metade da forma de onda; a classe A pode usar um único dispositivo
(terminação única).
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Figura 2.16: Exemplo de amplificador de classe A
Fonte: Afzal Ibrahim (2014)
Circuitos LC são usados para gerar sinais em uma determinada frequência ou selecionar um sinal em
uma determinada frequência de um sinal mais complexo. Circuito LC, também chamado de
circuito ressonante, circuito tanque ou circuito sintonizado, consiste em dois componentes
eletrônicos conectados entre si; um indutor, representado pela letra L, e um capacitor,
representado pela letra C. O circuito pode atuar como um ressonador elétrico, um análogo
elétrico de um diapasão, armazenando energia que oscila na frequência de ressonância do
circuito.
Os circuitos LC comportam-se como ressonadores eletrônicos, sendo um componente chave
em muitas aplicações, tais como osciladores, filtros e misturadores de frequência. Esse tipo de
circuito é muito usado em transmissores sem fio, como em comunicações de rádio tanto para
emissão quanto recepção.
1 1 (2.2)
𝑤 = √𝐿𝐶 ; f = 2𝜋√𝐿𝐶
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CAPITULO 3 RESULTADOS
A primeira etapa do bloqueio dá-se pela geração de uma onda triangular. O temporizador 555
emite um fluxo contínuo de pulsos retangulares tendo uma frequência especificada. Resistor R1
está conectado entre V CC e o pino de descarga (pino 7) e outro resistor R2 é conectado entre
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o pino de descarga (pino 7) e os pinos de gatilho (pino 2) e limite (pino 6) que compartilham
um nó comum. Portanto, o capacitor é carregado por meio de R1 e R2, e descarregado apenas
através de R2, uma vez que o pino 7 tem baixa impedância para o terra durante os intervalos
baixos de saída do ciclo, descarregando, portanto, o capacitor. No modo astável, a frequência
do fluxo de pulso depende dos valores de R 1, R 2 e C6. Com isso foi possível obter uma
frequência de aproximadamente 8.29 MHz na saída do gerador de ruído.
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3.3 Amplificação e saída do sinal RF
Usou-se um amplificador de classe A com oscilador sintonizado LC. Aqui vemos a oscilação
dos dois sinais a saída.
Aqui vemos saída de frequência dos dois sinais, através do Canal 1 e do Canal 2.
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Figura 3.6: Frequência vista pelo canal 2
Fonte: Autoria própria (2020)
As antenas vão permitir o acoplamento do sinal RF, como um meio, guiando-o para o espaço
livre. Com referência a esse projecto, empregamos uma antena para transmitir os sinais de RF
vinda dos osciladores através dos amplificadores de potência classe A, para o espaço livre.
Parâmetros como o coeficiente de reflexão, Voltage Standing Wave Ratio (VSWR), ganho e
diretividade são fatores que foram considerados ao decidir sobre a antena a ser implantada.
Foram selecionadas duas antenas operando simultaneamente na Faixa de frequência de 868 -
915MHz, com ganho de 3dB.
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3.6 Área Bloqueada (Posto de Combustível Pumangol – Rotunda do Camama)
Após a constituição de todo o sistema de bloqueio para telefones celular, o jammer será
implementado a uma das bases do estabelecimento. O seu raio de propagação é de
aproximadamente 10metros, podendo o utilizador variar a distância de alcance por meio de
um seletor embutido.
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CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
CONCLUSÃO
Uma das grandes motivações em desenvolver este projeto, foi pelo facto de que com o
crescimento do uso de dispositivos móveis, haverá a necessidade de regulamentar seu uso em
alguns locais, daí a necessidade de uma forma de prevenir o seu uso.
Ao longo do trabalho fez-se a abordagem de alguns aspectos importantes sobre telefonia móvel
celular, tipos de bloqueadores existentes e suas técnicas. Foi possível observar que, para que
haja a comunicação entre dois pontos equidistantes por meio de um telefone celular, precisa-se
de três elementos fundamentais; Central de Comutação e Controle (CCC), Estação Rádio Base
(ERB) e os Terminais Móveis (TM).
Sobre o bloqueio na forma de ruído, vimos que existem pelo menos cinco tipos conhecidos;
Bloqueio com ruído em banda larga (BBN), Bloqueio com ruído em parte da banda (PBN),
Bloqueio com ruído em banda estreita (NBN), e neste projecto foi escolhido o bloqueio PBN,
e a técnica usada foi a de negação de serviço, conhecida como (DOS).
O dispositivo jammer a ser usado é o do tipo GSM e 3G, pois o seu sistema foi concebido para
operar em frequências (900 MHz – 1.8 GHz) utilizadas nessas tecnologias.
RECOMENDAÇÕES
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destina-se exclusivamente a fins acadêmicos. Com a conclusão bem-sucedida do projeto,
recomenda-se que:
Possam ser realizados novos trabalho a partir deste projeto, uma vez que ele pode ser
ajustado e modificado para e melhorado para os fins que se desejar alcançar;
Utilizar topologias sugeridas para funcionamento em múltiplas bandas de frequências;
Desenvolver novas composições e topologias de dispositivos bloqueadores;
Aprimorar as configurações de modos a bloquear a recepção de sinas por satélite;
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REFERÊNCIAS
Livros:
1 Resistor 220 Ω 1
2 Resistor 6KΩ 4
3 Resistor 10 K Ω 1
4 Resistor 6.8 K Ω 1
5 Resistor 82 K Ω 1
6 Capacitor variável 30 pF 1
7 Capacitor 1 pF 3
8 Capacitor 50 pF 1
9 Capacitor 5 μF 1
10 Capacitor 5 pF 2
11 Indutor 1.1 nH 7
12 Circuito Integrado LM555CM 1
13 Transístor BC547BP 2
14 Placa de circuito Imprenso 5X7 (432 furos) 1
15 Antena transmissora GSM 900MHz 2
16 Transformador 12 V 1
17 Rolo de estanho 0.5mm 100g 1
18 Led vermelho 5mm 3
19 Caixa preta 100x65 genérica 1
20 Botão on/off Switch 1
21 Conector para bateria 12 V 1
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Apêndice II: Cálculo realizado para definir a frequência emitida pelo gerador de ruído.
Apêndice III: Gerador de onda triangular com 2 Ampop. 741, produzindo uma frequência de
441Hz.
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Apêndice IV: Gerador de duas ondas (triangular e quadrada) com CI555, produzindo uma
frequência de 19.9 KHz, com Tensão de pico-pico = 10.0V.
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Apêndice V: Tabela de orçamento do projecto
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ANEXOS
Anexo I: Circuito Jammer para operação em única banda, com f = 900MHz.
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