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UNICEUSA – CENTRO UNIVERSITÁRIO SALVADOR

ADRIELE DAMASCENO
JAMYLE OLIVEIRA
LEONAIA MATIAS
LEONARDO LIMA

ABREVIATURAS E SIGLAS
SALVADOR – BA
2023.

ADRIELE DAMASCENO
JAMYLE OLIVEIRA
LEONAIA MATIAS
LEONARDO LIMA

ABREVIATURAS E SIGLAS

Apresentação, abordando o tema Abreviaturas e


Siglas, matéria Português Instrumental Jurídico,
sob a orientação da Prof.(a.) Bruno Garrido
SALVADOR – BA 2023

SUMÁRIO

Conceito

Regras das Abreviaturas

Regras das Siglas

Siglas mais Utilizadas no texto Jurídico


. Abreviaturas e Siglas

CONCEITO:

ABREVIATURAS E SIGLAS

Abreviatura é uma representação por meio de algumas de suas


sílabas ou letras.

Desde logo não podemos confundir abreviação (um processo de


formação de palavras que consiste na redução até o limite que não
prejudique a compreensão ) ‘com abreviatura que é uma reapresentação
por meio de algumas de suas sílabas ou letras.

Artigo = Art.

Inciso = Inc.

Quando a abreviatura se dá pela utilização das inicias das


palavras , tem-se a Sigla.

Sigla é um tipo de abreviatura formada pelas letras iniciais de


algumas palavras, sobretudo palavra de uma determinada instituição.

ONU= Organização das Nações Unidas

O formulário Ortográfico oficial, que traz registrada as reduções


mais correntes, com a explicação de uma palavra pode esta reduzida de
duas ou mais formas (ACADEMIA BRASILEIRA DE
LETRAS ,2009,P.865),não mostra , por seu lado, a uniformidade .É
confuso e deficiente nesse campo ,deixando sem solução diversos
problemas.

Bem por isso, ante a própria visão oficial mais permissiva, quando
tiver que abreviar, dever-se-á ter em mente a advertência de Napoleão
Mendes de Almeida “o que a abreviatura, contração ou sigla deve
objetivar é a clareza; alcançada esta, não cabe objeções” (1981,p.6).
Regras das Abreviaturas

Bem por isso, ante a própria visão oficial mais permissiva, quando
tiver que abreviar, dever-se-á ter em mente a advertência de Napoleão
Mendes de Almeida “o que a abreviatura, contração ou sigla deve
objetivar é a clareza; alcançada esta, não cabe objeções” (1981,p.6).

Em outras palavras, o melhor é concluir que ao usuário do idioma


assiste certa liberdade para abreviar as palavras e expressões ,
guardados determinados parâmetros e princípios.

Estabelecida algumas premissas, algumas regras são de grande


utilidade nessa tarefa de abreviar.

Por Primeiro, deve-se ter a cautela de, que sempre que


possível ,terminar a abreviatura em consoante, e não em vogal.
Ex.:filosofia há de ser abreviada como filos. ou fil., mas não filo.

Se a palavra é cortada no grupo de consoantes, todas essas


devem aparecer na abreviatura. Ex.: a forma abreviada de geografia há
de ser geogr., e não geog.

Apesar de ser este o posicionamento tradicional,Regina Toledo


Damião e Antonio Henriques (1994,p.244), após observarem que,por
“via de regra,substituem-se as letras por um ponto colocado após a
consoante,e após a ultima consoante dos encontro consonantais” , como
adj. para adjunto e ant. para antropônimo, lembram que “a
ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas ) determinou o ponto
nas abreviaturas técnicas modernas após a vogal ou depois da primeira
consoante do encontro: ago.(agosto).anu.(anuário), téc.(técnica).

Além disso, pelo Decreto-lei 592, de 4/8/38, mantido e seguido


pelo Formulário Ortográfico, as abreviaturas de unidades de medidas de
peso, extensão e tempo hão de ser escritas com inicial minúscula, sem
ponto final e sem o s indicativo do plural. Ex.: grama é g, metro é m, e
hora é h; o plural de gramas é g, de metros é m e de horas é h.
Aires da Mata Machado Filho (1969h, p. 1.453) aconselha a que
não se empregue o ponto nas abreviaturas usadas em matemática: log
(logaritmo), cot (cotangente). Talvez aqui se possa especular tal
ausência pelo fato de que o próprio ponto tem o seu próprio significado
em Matemática.

Quanto ao plural das abreviaturas – feita a ressalva já apontada


para as unidades de medida, de peso, extensão e tempo, que são
escritas sem ponto final e sem o s indicativo do plural – a própria
ortografia oficial, em alguns casos, emprega a mesma forma abreviada,
sem modificação alguma, no singular e no plural: assim, determina o uso
de ex. por exemplar ou exemplares, esc. por escudo ou escudos; em
outros casos, porém, usa uma forma para cada número: assim, registra
p. ou pág. para o singular e pág. ou págs. para o plural.

Ante tal indefinição oficial, também aqui parece aceitável que, nos
casos comuns, se pluralize ou não a forma abreviada, de acordo com a
melhor conveniência do usuário, que poderá, por exemplo, abreviar
artigos como art. ou arts, incisos como inc. ou incs., colaboradores como
colab. ou colabs.

Ainda no que concerne à pontuação, anote-se que, se a palavra


abreviada aparecer em final de período, este não receberá outro ponto
(SACCONI, 1979, p. 236).
Regras das Siglas

Nas siglas, o mais lógico é não usar o ponto de separação, se as letras


são pronunciadas formando nova palavra, como ARENA (Aliança Renovadora
Nacional, antigo partido político dos tempos da ditadura); se, todavia, a leitura
da sigla se dá em soletração, então o mais adequado é usar o ponto de
separação entre as letras, como em I.N.S.S. (Instituto Nacional de Seguridade
Social).

Essa, aliás, é a lição de Cândido de Oliveira: “se lemos letra por letra
(ene, gê, bê), entre elas há ponto (N. G. B.); se as letras formam um todo
significativo, não há ponto: DEA”.

Do primeiro caso, para o mesmo autor (OLIVEIRA, C., 1961, p. 77), são
exemplos I.N.S.S. (Instituto Nacional de Seguridade Social) e P.V.O.L.P.
(Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), enquanto do
segundo são MEC (Ministério da Educação e Cultura), PETROBRAS (Petróleo
Brasileiro), SESI (Serviço Social da Indústria) e UBE (União Brasileira dos
Escritores). Observa-se, por importante, que as siglas não têm acento, motivo
por que PETROBRAS e SESI se escrevem sem ele.

Apesar de lição tradicional anterior, Luciano Correia da Silva anota que o


uso constante vem contrariando a regra segundo a qual se utilizam pontos nas
siglas cujas letras se pronunciam separadamente: I.N.P.S., O.A.B., segundo tal
autor, passou-se a escrever INPS, OAB.
Em outra passagem, acrescenta tal autor (SILVA, L., 1991, p. 182 e 323)
que “há uma tendência crescente para a eliminação dos pontos nas siglas em
geral: MP (Ministério Público), CPC (Código de Processo Civil), TJ (Tribunal de
Justiça), RT (Revista dos Tribunais), STF (Supremo Tribunal Federal), STJ
(Superior Tribunal de Justiça), CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), MP
(Medida Provisória), PM (Polícia Militar)”.

Em mesmo sentido, para Regina Toledo Damião e Antonio Henriques,


as siglas, em casos dessa natureza, podem vir, indiferentemente,
acompanhadas ou não de ponto – MEC ou M.E.C., CIC ou C.I.C. –
acrescentando tais autores que “a tendência moderna é o uso de siglas sem
pontuação” (1994, p. 245).

Parece integralmente aceitável a lição de Napoleão Mendes de Almeida


(1981, p. 298) de que se pluralizam as siglas pelo acréscimo de um s
minúsculo às letras já integrantes delas: CEPs, CICs, RGs.

Desse entendimento também é Arnaldo Niskier, para quem “não há


motivos para não marcar o plural das siglas com um s minúsculo” (1992, p.
111).

Regina Toledo Damião e Antonio Henriques também partilham do


mesmo entendimento de que, “com respeito ao plural das siglas, aceitase o uso
do s (minúsculo) para efeito de pluralização: PMs, INPMs, MPs” (1994, p. 245).

Tal uso de um s minúsculo ao final da sigla, no entendimento de


Edmundo Dantès Nascimento, “é uma solução gráfica sem aprovação de
convenção acerca do assunto, mas que resolve o caso” (1982, p. 208).

A junção do s minúsculo à sigla visa a levá-la ao plural. Isso significa que


se deve unir o s sem mais nada, o que seria o caso do apóstrofo. Aliás,
pluralizar pelo acréscimo de um s é como se faz em nosso idioma. Além disso,
só para exemplificar, ninguém pensaria em escrever o plural de caneta como
caneta’s

Não se pode dizer que essa mania seja uma tentativa de americanizar o
modo de escrever o vocábulo, uma vez que, no próprio inglês, quando o s
representa o plural, vem ele unido diretamente ao vocábulo (terms,
translations), e só se emprega o apóstrofo, quando se pretende expressar a
posse entre dois substantivos, com referência a pessoas ou animais, hipótese
em que se usa o esquema “possuidor + apóstrofo (’) + possuído”. Exs. a) The
country of John > John’s country (O país de John); b) The car of Mary > Mary’s
car (O carro de Mary).

Parece interessante sintetizar o que há de mais importante nessa


questão com as seguintes observações: a) uma palavra pode ser abreviada de
uma ou mais formas; b) o modo de tratar o assunto pela autoridade respectiva
não mostra uniformidade, além de ser confuso e deficiente; c) guardados
determinados parâmetros e princípios, fica ao usuário a liberdade nessa tarefa,
desde que haja objetividade e clareza; d) quando uma sigla é pronunciada
como nova palavra, normalmente não se usa ponto (PETROBRAS), ao
contrário do que ocorre quando há soletração (I.N.S.S.); e) essa regra, porém,
não é rígida, e se pode escrever DASP ou D.A.S.P, e I.N.S.S. ou INSS; f)
ressalvadas as unidades de medida, de peso, extensão e tempo, que são
escritas sem ponto final e sem o s indicativo do plural, as demais abreviaturas
podem ser com s ou sem ele (pode-se abreviar artigos como art. ou arts,
incisos como inc. ou incs., colaboradores como colab. ou colabs.); g) as siglas
podem, sem obrigatoriedade, ser pluralizadas pelo acréscimo de um s
minúsculo (CEPs, CICs), mas sem apóstrofo algum (CEPs [e não CEP’s] e
CICs [e não CIC’s]).
Bibliografias

https://www.jusbrasil.com.br/artigos/linguagem-juridica/860914737

Manual de redação Jurídica. 6ª edição,Revista e Ampliada Editora: Mgalhas


José Maria da Costa
Ribeirão Preto (SP), 30 de novembro 2016.

Normas da ABNT . 1ª edição,Revista e Ampliada Editora: Unoesc


Ardinete Rover e Regina Oneda Mello
.

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